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Sumário
No contexto da TI, usamos a palavra hardware para designar o conjunto formado pelos
equipamentos empregados em um sistema de informação. Em especial hardware designa os
dispositivos que compõem um sistema de computador.
Unidade
de
memória
a) Unidade de entrada
b) Unidade de saída
Por fim, devemos considerar que cada elemento ou posição de armazenamento da memória
apresenta um endereço. O endereço de uma posição de memória identifica cada uma das
posições. Essa identificação permite ao sistema buscar e enviar dados e instruções em determinada
posição de memória para fins de processamento. Esse endereçamento toma a forma de conjuntos de
bits que são emitidos pela UCP e decodificados por um circuito de endereçamento existente na
memória principal.
Unidade
Lógico-
Aritmética
Registradores
Unidade de
Controle
f) Barramentos
A evolução dos sistemas de computador pode ser caracterizada por gerações tecnológicas
(Laudon e Laudon, 2000) que se sucederam desde a década de 1940, quando surgiram os primeiros
computadores eletrônicos.
- 1ª geração – Tecnologia de válvulas (décadas de 1940 e 1950): os sistemas desta
primeira geração utilizavam válvulas como componente básico. Neste período os
sistemas de computador apresentavam grandes dimensões, ocupando andares inteiros de
um edifício. Sua velocidade era da ordem de 10 mil instruções por segundo e sua
capacidade de armazenamento era de cerca de 2 kbytes. Neste período os sistemas eram
caros e de difícil manutenção e operação. Eram usados sobretudo na resolução de
problemas científicos, em alguns casos para fins militares. Sua operação era realizada
por técnicos, engenheiros e cientistas que os projetaram.
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- 2ª geração – Tecnologia de transistores (final da década de 1950 e década de 1960):
a invenção do transistor proporcionou o primeiro grande salto qualitativo da indústria
eletrônica. Os sistemas de computador desta geração usavam o transistor como
componente básico, ocasionando uma drástica redução de tamanho. Estes sistemas
passaram a ocupar uma sala e seu custo e tecnologia permitiram que começassem a ser
fabricados para uso comercial. Sua velocidade era da ordem de 300 mil instruções por
segundo e sua capacidade de armazenamento chegava a 32 kbytes. Ainda eram sistemas
caros, sendo utilizados por grandes empresas e governos. Nesta época surgem os
primeiros sistemas operacionais que proporcionavam maiores facilidades de operação.
Além disso, surgiram as primeiras linguagens de programação de alto nível que
proporcionaram a construção de softwares dedicados a aplicações científicas e
comerciais. Sua operação passou a ser realizadas por pessoal especializado em
processamento eletrônico de dados nas empresas.
- 3ª geração – Tecnologia de circuitos integrados (final da década de 1960 e década
de 1970): a tecnologia de circuitos integrados permitiu a miniaturização de circuitos
eletrônicos e sua produção na forma de chips de silício. Na terceira geração, os circuitos
puderam integrar milhares de componentes propiciando mais uma redução no porte dos
equipamentos eletrônicos. Os sistemas de computador desta geração empregavam chips
como componente básico e suas dimensões foram reduzidas drasticamente. A velocidade
destes sistemas era da ordem de 5 MIPS e sua capacidade de armazenamento chegou a 2
mbytes.. Neste período ocorre o desenvolvimento de linguagens de programação de
terceira geração para usos científico, comercial e educacional. Inicia a popularização do
uso do computador pelas empresas. Ao final deste período começam a surgir os
primeiros microprocessadores. Estes chips eram capazes de concentrar em um único
componente todas as funções de uma UCP. Os microprocessadores passam a ser
utilizados pela indústria na produção de microcomputadores. O conceito de computação
pessoal surge. Inicialmente os microcomputadores são peças de hobbistas e, em seguida,
começam a aparecer as primeiras aplicações individuais e domésticas dos
microprocessadores e microcomputadores.
- 4ª geração – Tecnologia de circuitos integrados em escala muito alta (década de
1980 até os dias atuais): a evolução da indústria de circuitos integrados permitiu que
um único chip pudesse concentrar centenas de milhares e até milhões de componentes.
Esta tecnologia passou a produzir os LSIC (Large Scale Integrated Circuits) e os VLSIC
(Very Large Scale Integrated Circuits) como componentes eletrônicos com aplicações
nas mais diversas áreas. A velocidade dos sistemas de computador baseados nesta
tecnologia ultrapassa os 300 MIPS e sua capacidade de armazenamento chega ao
gigabytes e terabytes. Os sistemas de computador passam a ser empregados nas mais
diversas áreas. Novas tecnologias como a Multimídia, Internet, a telefonia celular e a
transmissão sem fio agregam recursos cada vez mais sofisticados aos sistemas.
A evolução dos sistemas de computador continua, a ponto de alguns considerarem que já
estaríamos no início da quinta geração tecnológica. Esta quinta geração seria caracterizada pela
convergência entre as diversas tecnologias de base microeletrônica, o uso de novas arquiteturas de
computador e o emprego de novas tecnologias que permitissem a construção de sistemas que
efetivamente disponham de uma inteligência artificial. Por outro lado, como argumenta O´Brien
(2000), é possível que já não possamos mais empregar o conceito de gerações tecnológicas, em
virtude das rápidas mudanças que vem ocorrendo nas tecnologias de hardware, software e
comunicações e a dificuldade de aplicar os parâmetros de classificação que vínhamos utilizando até
agora.
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Tipos de computadores
Uma forma de classificar os software é levar em conta as principais funções que este
componente dos sistemas de informação desempenha em relação ao hardware e ao usuário. O
software pode ser compreendido como uma camada intermediária entre o hardware e o usuário.
Esta camada pode ser caracterizada como sendo uma interface através da qual hardware e usuário
mantém trocas de dados e instruções. Por outro lado a própria camada de software pode ser
subdividida em software de sistema ou básico e software aplicativo.
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USUÁRIO
SOFTWARE APLICATIVO
SOFTWARE BÁSICO
HARDWARE
a) Sistemas operacionais
b) Utilitários
Os utilitários são softwares que permitem realizar tarefas rotineiras que proporcionam
melhoraria da performance e segurança do sistema. Nesta classe se enquadram softwares de
antivírus, backup, segurança, organização de unidades de memória entre outros.
Feedback
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Figura 7.4 – Componentes do processo de comunicação
- Emissor: é o componente que emite a mensagem. Para isso o emissor utiliza um código
que permite registrar a mensagem em um determinado meio de transmissão.
- Canal: é o componente que conecta o transmissor ao receptor durante a transmissão de
uma mensagem. Um canal faz essa conexão através de um determinado meio que possa
dar o suporte de transmissão a uma mensagem.
- Mensagem: é o componente que contém as informações que se deseja tornar comum
entre emissor e receptor.
- Receptor: é o componente que capta a mensagem e a decodifica.
- Feedback: é o mecanismo através do qual o receptor confirma para o emissor o
recebimento da mensagem. Neste momento o receptor pode indicar se a mensagem foi
recebida ou não.
Tecnologia de telecomunicações
a) Tipos de sinais
Um sinal é uma forma de representação e tratamento da informação através das variações que
um determinado fenômeno sofre ao longo do tempo. Por exemplo, a transmissão de uma corrente
elétrica por um meio condutor pode ser medida através das variações de voltagem. Estas variações
constituem um sinal que pode ser empregado na transmissão de informação. A tecnologia de
telecomunicações emprega dois tipos de sinais:
- Sinal analógico: é o sinal que sofre variação contínua ao longo do tempo entre alta e
baixa voltagem. Ao ser representado graficamente, este sinal terá a forma de uma curva
senoidal.
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- Sinal digital: é o sinal que sofre variações entre dois estados ao longo do tempo. Os dois
estados representam os valores que um bit pode assumir. Ao ser representado
graficamente um sinal digital toma a forma de retas que se sucedem indicando alta ou
baixa voltagem.
O emprego do sinal digital pelo hardware de telecomunicações traz vantagens na medida que há
compatibilidade com os sistemas de computador que em sua maioria são digitais. Além disso o
sinais digitais tendem a ser mais rápidos e estarem menos sujeitos à distorção. Entretanto, é possível
que haja a necessidade de realizar a comunicação entre um dispositivo digital e um analógico
exigindo um processo de conversão:
- Modulação: é o processo de conversão de um sinal digital em sinal analógico.
- Demodulação: é o processo de conversão de um sinal analógico em digital.
b) Modos de transmissão
A transmissão dos sinais pode ser realizada em três modalidades, conforme a direção do fluxo
de comunicações:
- Simplex: uma transmissão é simplex quando ocorre em um único sentido. É a situação
observada na transmissão das estações de rádio ou canais de televisão.
- Half-duplex: as mensagens podem fluir do emissor para o receptor e vice-versa, mas
apenas em uma direção de cada vez. Um exemplo são os aparelhos de rádio amador.
- Full-duplex: a transmissão pode ocorrer do emissor para o receptor e vice-versa ao
mesmo tempo. É a situação encontrada nas comunicações telefônicas.
A transmissão dos sinais também pode ser classificada de acordo com a forma com que os dados
são organizados:
- Assíncrona: a mensagem é enviada na forma de pacotes de bits onde cada pacote
representa um caracter. Em cada pacote há um bit indicando o início e um bit indicando
o fim do caracter. Além disso, há um bit de paridade que permite ao receptor verificar se
o caracter recebido foi o caracter enviado pelo emissor. A transmissão assíncrona é
adequada em situações onde as mensagens são geradas a medida que a comunicação se
processa.
- Síncrona: a mensagem é enviada na forma de pacotes que contém mais de um caracter.
Este tipo de transmissão é melhor empregado em situações onde as mensagens já estão
prontas ou o volume de dados a transmitir é grande.
Por fim, a transmissão dos sinais pode ser classificada levando em conta a transmissão de um bit
de cada vez ou de vários simultaneamente:
- Serial: os bits são transmitidos um a um.
- Paralela: ocorre a transmissão de vários bits simultaneamente através de linhas paralelas
de transmissão.
c) Meios de transmissão
Um meio de transmissão dá o suporte para que as mensagens possam ser transportadas entre o
emissor e o receptor.
- Par trançado: são cabos compostos por dois ou mais fios, geralmente de cobre. São um
meio de baixo custo e adequado para situações em que as distâncias envolvidas são
pequenas. Entretanto, são vulneráveis a interferências e não permitem a transmissão a
velocidades tão altas quanto as conseguidas com outros meios.
- Cabo coaxial: é composto por um fio condutor envolto por três camadas. A mais
próxima do condutor é constituída de um material isolante. A seguir vem uma camada
protetora de material mais rígido e, por fim, uma camada de isolamento adicional. Os
cabos coaxiais são mais resistentes e oferecem uma melhor transmissão que os pares
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trançados. Entretanto são mais difíceis de instalar e exigem a utilização de conectores
especiais.
- Cabo de fibras óticas: é constituído por milhares de fios de fibra de vidro ou plástico
que tem a capacidade de transmitir sinais através de feixes de luz produzidos por um
dispositivo laser. Alcançam grande velocidade e capacidade de transmissão. Entretanto
são mais caros que os pares trançados e cabos coaxiais. Além disso, sua instalação exige
equipamentos e cuidados especiais.
- Infravermelho: utiliza ondas de luz para a transmissão das mensagens. Esta tecnologia
de transmissão exige que emissor e receptor estejam em linha de visão e seu alcance é de
poucos metros. Tem sido utilizada para a transmissão de dados entre dispositivos que
estão a curta distância e tem a vantagem de não exigirem a instalação de cabos.
- Microondas: este meio emprega ondas de rádio de alta freqüência para transmitir as
mensagens. As microondas são transmitidas através de estações de recepção e
transmissão cujas antenas não devem ser obstruídas. Além disso, como transmitem as
mensagens através da atmosfera, estão sujeitas a interferências climáticas. O uso de
microondas é uma forma de transmissão interessante em situações onde há grandes
distâncias envolvidas. Por outro lado tem um custo elevado e estão sujeitas a autorização
de agências reguladores de serviços de telecomunicação.
- Satélite: são estações transmissoras e receptoras de microondas situadas no espaço. Os
satélites são mantidos em órbita da terra. Um satélite permite a transmissão de
mensagens a longa distâncias inclusive entre pontos situados em diferentes continentes.
Em geral os satélites são propriedade de empresas, consórcios de empresas e governos
que alugam canais para outras organizações.
- Telefonia Celular: emprega o conceito de divisão de uma área geográfica em células
que são interligadas por um sistema de transmissão de ondas de rádio. Assim, um
dispositivo de comunicação móvel, que esteja habilitado, é capaz de utilizar os recursos
de transmissão e recepção do sistema para realizar suas comunicações a medida que
trafega de uma célula para outra.
d) Capacidade de transmissão
A velocidade de transmissão é medida em bits por segundo (bps). Como os bits são
representados por freqüências altas e baixas, o número de bits que um meio pode transmitir por
segundo depende do número de vezes que um sinal pode mudar de uma freqüência alta para uma
freqüência baixa por segundo naquele meio. Ou seja, o velocidade de transmissão de um meio
depende da freqüência do sinal e esta freqüência é medida em ciclos por segundo ou hertz (Hz).
Além disso, há meios de transmissão que podem transmitir em mais de uma freqüência de sinal
ao mesmo tempo. A diferença entre a maior e menor freqüências que um meio pode transmitir é
denominada de largura de banda. Quanto mais alta a largura de banda, maior a capacidade de
transmissão de um meio.
A escolha do meio de transmissão deve levar em conta a velocidade de transmissão e a largura
de banda de acordo com o tipo de aplicação a ser realizada. Meios de transmissão que permitem
apenas uma freqüência de sinal são mais lentos. Estes meios operam a velocidades de 300 a 9.600
bps e são de uso freqüente para transmissão de voz. Meios de banda média operam na ordem de
9.600 a 256.000 bps. Já meios de banda larga oferecem velocidades acima de 256 kbps.
f) Serviços de telecomunicação
Uma topologia de rede define a forma com que os componentes de uma rede são conectados:
- Rede estrela: é constituída por um computador central ao qual são conectados os demais
computadores e equipamentos. O computador central (host) controla todas as trocas de
informação entre os demais equipamentos. Essa topologia pode ser útil em situações
onde há necessidade de algum processamento centralizado em paralelo a processamentos
locais. O inconveniente desta topologia é o fato de que a falha do computador central
implica na falha das comunicações de rede como um todo.
- Rede em barramento: nesta tipologia os vários computadores que compõem a rede são
conectados a um único circuito que é disposto como uma barra de comunicação. Se um
dos computadores falhar os demais poderão continuar se comunicando. Entretanto, há a
necessidade de um controle para que não haja colisão de mensagens emitidas por
diferentes computadores. Além disso, o barramento só é capaz de lidar com uma
mensagem de cada vez.
- Rede em anel: é uma topologia onde os computadores estão conectados a um
barramento que forma uma laço. As mensagens são emitidas em um único sentido e cada
computador monitora a rede no sentido de captar as mensagens a ele dirigidas. A rede
em anel e a rede em barramento são largamente utilizadas em redes locais.
d) Internet