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Mulher Rendeira

Ol mui rendera
Ol mui rend
Tu me ensina a faz renda
Que eu te ensino a namor

Lampio desceu a serra


Deu um baile em Cajazeira
Botou as moas donzelas
Pra cant mui rendera

As moas de Vila Bela


No tm mais ocupao
Se que fica na janela
Namorando Lampio

(Registrado no ECAD, em nome de Z do Norte; mas atribuda ao


prprio Lampio. Tornou-se praticamente o hino do Cangao.
Relata-se, entre lendas e peixes, que eles cantavam a msica
durante alguns ataques...)

Coralochas. Coral do Coletivo de Galochas.


So Paulo, Ocupao Leila Kahled,
novembro de 2015
A estrada e o cavalinho

O cavalinho na estrada
pacat, pacat,
com sua sombra mais atrs
pacat, pacat.

Para ao lado de um riacho,


pacat, pacat,
e se v no espelho dgua,
pacat, pacat.

Que gua limpa e fresca,


pacat, pacat,
corre aqui, corre acol,
pacat, pacat,
e uma sombra to boa
pacat, pacat,
no vi noutro lugar,
pacat, pacat,
mas a estrada j me chama
pacat, pacat,
sempre est a me chamar,
pacat, pacat.

O cavalinho volta estrada


pacat, pacat,
com sua sombra mais atrs,
pacat, pacat.

(Srgio Caparelli)

Coralochas. Coral do Coletivo de Galochas.


So Paulo, Ocupao Leila Kahled,
novembro de 2015
Pintando o Sete

Um pinguo pega o pito


e pita debaixo da pita.
A pita, com muita pinta,
pinta uma dzia de pintos,
com pingos pretos de tinta.

E o pinguo?

Pinta o sete.

Como pinta o sete


o pinguo?

Pita pinto pinga pita


pia pintos pingos pingam
pia pia pinto pinto
pinga pito pinto pinga
pingo pinga pinta pia

Depois o pinguo dorme


e a lngua morde
sonhando que chovem
pingos de pinga.
(Srgio Caparelli)

Coralochas. Coral do Coletivo de Galochas.


So Paulo, Ocupao Leila Kahled,
novembro de 2015
Estupro

O primeiro
Foi seu pai
O segundo
Seu irmo

O terceiro
Foi aquele
Que Teresa
Matou com trs golpes de faca,
Fugindo depois pra
So Joo de Meriti
Onde hoje excerce a profisso de
Caminhoneira.

(Renata Pallottini)

Coralochas. Coral do Coletivo de Galochas.


So Paulo, Ocupao Leila Kahled,
novembro de 2015

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