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I congresso brasileiro de fisioterapia do pé e tornozelo
14 congressso brasileiro de pé e tornozelo
1 maio 2009
Plano da apresentação
Diatétes?
Prevelência e impacto socio econômico
Por que o PÉ?
Por que e como avaliar o pé diabético?
Protocolo de avaliação
Comentários: Prevenção de úlceras e amputações
Diabetes Mellitus tipo I : destruição
da célula beta do pâncreas, em geral
por decorrência de doença auto
imune, levando a deficiência absoluta
de insulina.
Diabetes Mellitus tipo II: um estado
de resistência à ação da insulina
associado a uma relativa deficiência
de sua secreção.
Outras formas de Diabetes
Mellitus: quadro associado a
desordens genéticas, infecções,
doenças pancreáticas, uso de
medicamentos, drogas ou outras
doenças endócrinas. Diabetes
Gestacional
Diabetes afeta quase
250 milhões de pessoas
(OMS)
Diabetes Mellitus
Impacto SocioEconômico
7,6% da população brasileira entre 30 e 69 anos [1]
~50% desconhecem o diagnóstico [1]
4% não fazem tratamento [1]
50 à 80% das amputações estão associadas ao DM [2]
15% dos DM terão uma úlcera ao longo da vida [2]
1 – 29% terão neuropatia periférica associada [2]
Estimase que 50% das amputaçoes possam ser
previnidas [2]
[1] Gross, 1999
[2] Green, 2002
Complicações crônicas
Morbidade & Mortalidade
• 50% morte cardiovascular (Tipo 2)
• Hipertensão arterial sistêmica (>morbidade)
• 40% Nefropatia Diabética
(40% morbidade 1 ano de diálise)
* RS/BR: R$18mil hemodiálise + medicamentos/paciente *
• 40% Retinopatia diabética (principal causa de
cegueira entre 25 e 74 anos) * Prevenção 90% *
Complicações crônicas
Morbidade & Mortalidade
• Amputações de MMI 100 X > Pacientes
DM (dados epidemiológicos BR)
• Lesões graves nos pés DM: 51% dos
pacientes internado em enfermarias
(90dias)
• Custo/Gasto: Tratamento R$ 7mil/úlcera
pé (Internação) + R$31mil (ambulato) (DF/
BR)
cuidados com o diabetes
cuidados com os pés
Por que o tantos
cuidados com pé???
Pé & Tratamento do DM
DM
Custo elevado com tratamento
Ulceras & Amputaçoẽs
Pé & função
Contato com o solo
Equilíbrio / locomoção
Neuropatia diabética
Diferentes superfícies periférica
Proteção Lesão de
fibras aferentes
Propriocepção
Sensibilidade Reduz percepção
Não nociceptiva Aumenta o risco
de lesão
• Nociceptiva
Desinformação sobre os cuidados com os pés
Presença de pontos de pressão anormal que favorecem as calosidade
Deformidades
Doença vascular periférica
Dermatoses comuns (sobretudo entre os dedos)
Úlcera ou amputação prévia
Fidelis, 2003
Exame clínico dos pés
Inspeção do pé (pele, unhas, estrutura dos pés e coloração)
baropodometria ddp (FScan, Emed) (Souza, 2001, Henning)
Palpação da pele (temperatura, umidade)
termografia indica microcirulação (Briocshi, 2007, Ávila)
Palpação dos pulsos arteriais tibial posterior e pedioso
podem estar ausentes em 10% de indivíduos normais
Sensibilidade plantar (protetora)
Inspeção dos calçados (verificar a presença de pontos de atrito ou de
pressão plantar excessiva, desgaste irregular, entre outros)
Mobilidade dinâmica e funcional (análise de marcha)
Repetir o procedimento à CADA consulta
Diamond, 1989; McCabe, 1997; Pieper, 2003, Armstron, 2005
Inspeção dos pés e calçados
Formação de calo Abertura da pele
Hemorragia subcutânea Infecção do pé com osteomielite
Áreas
de risco
Verificar se há
áreas quentes (Pé de Charcot)
áreas fritas (insuficiência arterial)
Palpação dos pulsos
[avaliação vascular]
Pulso Pedioso Pulso Tibial
Posterior
Observar: Palidez acentuada ao longo do minuto;
Paciente sentado, medir tempo do enchimento venoso &
observar o Rubor de Declive, quanto mais intenso, maior
Sensibilidade plantar
1. Mostrar o filamento ao paciente/ aplicálo em sua mão.
2. Pedir que o paciente não olhe para o local que estará
sendo testado.
3. Pedir que o paciente preste atenção e simplesmente
responda "sim" quando sentir o filamento; não perguntar
se ele sente ou não, para não induzilo.
4. Ao aplicar o filamento, mantenhao perpendicularmente à superfície testada, a uma
distância de 12 cm: com um movimento suave, façao curvarse sobre a pele e retire o,
contando mentalmente a seqüência numérica "10011002" enquanto o filamento toca a
pele, curvase e sai do contato.
5. Não use movimentos bruscos na aplicação; se o filamento escorregar pelo lado,
desconsidere a eventual resposta do paciente e teste o mesmo local novamente mais
tarde.
Sensibilidade plantar
6. Use uma seqüência ao acaso nos locais de teste, para
não induzir o paciente a prever o local seguinte onde o
filamento será aplicado.
7. Havendo áreas ulceradas, necróticas, cicatriciais
ou hiperceratóticas, teste o perímetro da mesma, não sobre
a lesão.
8. Se o paciente não responder à aplicação do filamento num determinado local,
continue a seqüência randômica e volte posteriormente àquele local para
confirmar.
9. Anote os resultados segundo a percepção do filamento em cada região testada.
10. Conserve o filamento protegido, cuidando para nãoamassálo ou quebrálo, se
necessário, limpeo com solução de hipoclorito de sódio a 1:10.
Sensibilidade plantar
Sensibilidade tátil (algodão) – testar no dorso do pé
Sensibilidade dolorosa (palito)– testar no dorso do pé
Sensibilidade vibratório (diapasão 128 Hertz) – testar no dorso do pé
Reflexo Aquileu (martelo neurológico)
Mobilidade, Força e Função
Força Muscular Panturrilha – andar na ponta dos pés
Força Muscular Tibial Anterior andar nos calcanhares
ADM Extensão do hálux (Muniz, Souza, Ávila, 2001)
Questionários...
Ficha de avaliação HU/UFSC
Já apresentou algum tipo de ulceração nos pés?
( ) D ( ) E
Apresenta dor ao caminhar?
( ) D ( ) E
Apresenta dor, principalmente noturna que melhora quando caminha? ( ) D ( ) E
Já teve seus pés examinados por algum profissional da saúde? ( ) sim
Já recebeu orientação sobre o cuidado com os pés? ( ) sim
Tem convívio social? ( ) sim
Tem o hábito de caminhar descalço?
( ) sim
Existe fraqueza muscular nos pés ou MMII? (
) D ( ) E
Apresenta pontadas, agulhadas, formigamentos, dormência, cãibra nos pés ou membros
Rastreamento do pé em
risco de úlcera
Qualquer achado positivo identifica paciente com pé em risco
Ulcera prévia
Neuropatia [Monofilamento]
Calosidade
Deformidade
Calçados inadequados
Doença vascular periférica [Ausência de pulsos tibial posterior/pedioso]
Micose, Bolha, Rachaduras, Fissuras
Orientar o paciente
1. Examinar os pés diariamente [se necessário com familiar/espelho]
2. Comunicar ao prof. da saúde: calos, rachaduras, alterações de cor ou
úlceras.Nunca remover os calos, nem procure corrigir unhas encravadas
3. Sempre usar meias limpas preferentemente de lã ou algodão.
4. Calçados Confortáveis: não apertem o pé, couro macio, palmilha.
Calçados novos: uso progressivo, comprar no fim do dia
5. Nunca andar descalço, mesmo em casa.
6. Lavar os pés diariamente, com água morna e sabão neutro. Evite água
quente. Seque bem os pés, especialmente entre os dedos.
7. Cortar as unhas de forma reta, horizontalmente.
Muito obrigada
pela atenção
Juliana.barcellos.de.souza@gmail.com