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1 Transformada de Fourier
Exercı́cio 1.2 (A equação da onda em uma corda infinita) Resolva o seguinte problema
∂2
û(ω, t) = −c2 ω 2 û(ω, t) (5)
∂t2
ˆ
û(ω, 0) = f(ω) (6)
∂
û(ω, 0) = ĝ(ω). (7)
∂t
2
A solução geral de (5) é
3
Observação 1.1 Suponha que ux (x, t) e vx (x, t) existam e que g seja contı́nua, então,
Z u(x,t)
∂
g(s)ds = g(u(x, t)) ux (x, t) − g(v(x, t)) vx (x, t). (8)
∂x v(x,t)
Exercı́cio 1.3 Resolva o problema de convecção num fio infinito (isto é existe troca de calor do
fio com o ambiente):
2 ω 2 −iωk)t
û(ω, t) = e−(c fˆ(ω) ≡ ĥ(ω, t)fˆ(ω) (9)
2 ω2 t
ĥ(ω, t) = eiωkt e−c ≡ eiωkt p̂(ω, t)
√ − ax2 x2
Portanto, p(x, t) = ae 2 = √1 e− 4c2 t . Finalmente,
2c2 t
4
Z ∞
1 (x−y+kt)2
u(x, t) = √ e− 4c2 t f (y)dy. (10)
4πc2 t −∞
a x2
Exercı́cio 1.4 Faça f (x) = e− 2 , a > 0, no exercı́cio anterior e resolva-o.
Sugestão. Ao invés de usar (10), parta de (9).
Assuma que u(x, y), ux (x, y) → 0 quando x → ±∞ e que f seja absolutamente integrável.
Resolução. Seja Z ∞
1
b(ω, y) = √
u e−iωx u(x, y) dx,
2π −∞
como u(x, y), ux (x, y) → 0 quando x ± ∞, vimos que
Z ∞
1
√ e−iωx uxx (x, y) dx = −ω 2 u
b(ω, y),
2π −∞
logo, tomando-se a transformada de Fourier das equações (11) e (12) em relação à variável x, temos
∂2
b(ω, y) = −ω 2 û(ω, y),
u (13)
∂y 2
û(ω, 0) = fˆ(ω). (14)
ˆ
de (14) e (15) devemos ter c1 = f(ω). Portanto,
ˆ
û(ω, y) = e−|ω|y f(ω) = ĝ(ω, y) fˆ(ω), (16)
5
onde ĝ(ω, y) = e−|ω|y . Pelo Teorema da convolução, temos
Z ∞
1 1
u(x, y) = √ g(x, y) ∗ f (x) = √ g(x − t, y)f (t) dt. (17)
2π 2π −∞
Note que
Z ∞
1
g(x, y) = √ eiωx ĝ(ω, y) dω
2π
Z−∞
∞
1
= √ eiωx e−|ω|y dω
2π −∞
Z ∞ Z 0
1 iωx −|ω|y iωx −|ω|y
= √ e e + e e dω
2π 0 −∞
Z ∞ Z 0
1 iωx −ω y iωx ω y
= √ e e + e e dω
2π
Z0 ∞ −∞
Z ∞
1
= √ eiωx e−ω y + e −iωx −ω y
e dω
2π 0 0
Z ∞
1 −iωx
= √ eiωx + e e−ω y dω
2π 0
Z ∞
2
= √ cos(ωx)e−ω y dω
2π 0
r ∞
2 −ωy x sen (ωx) − y cos(ωx)
= e
π x2 + y 2 0
r
2 2y
= .
π x + y2
2
As hipóteses feitas acima para a resolução do problema de Dirichlet no semi-plano podem ser
enfraquecidas, este é exatamente o conteúdo do teorema abaixo, veja referência [1].
Teorema 1.1 Seja f : R → R contı́nua e limitada. Então, a expressão (18) define uma função
que é infinitamente diferenciável em y > 0, satisfaz (11) e lim y→0+ u(x, y) = f (x).
Observação 1.2 A menos que façamos a restrição que u(x, y) → 0 quando x 2 +y 2 → ∞, a solução
do problema de Dirichlet dado por (11) e (12) não será única. De fato o problema de Dirichlet dado
por (11) e (12) com f (x) = 0 para todo x tem duas soluções, ou seja, u(x, y) = 0 e u(x, y) = y.
Exercı́cio 1.6 Resolva o problema de Dirichlet dado por (11) e (12) para f (x) = sen x.
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Resolução. De (18), temos
Z
y ∞ sen (t)
u(x, y) = dt
π −∞ y + (t − x)2
2
Z
y ∞ sen (s + x)
= ds, t − x = s
π −∞ y 2 + s2
Z ∞
y sen s cos x + sen x cos s
= ds
π −∞ y 2 + s2
Z
y sen x ∞ cos s
= 2 2
ds
π −∞ y + s
y sen x πe−y
= (usamos (1))
π y
= e−y sen x.
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Exercı́cio 1.8 Mostre que
Z ∞
x 1 1
u(x, y) = − f (t) dt. (23)
π 0 x2 + (y − t)2 x2 + (y + t)2
Assuma que u(x, y), uy (x, y) → 0 quando y → ∞, f (0) = 0 e f seja absolutamente integrável em
(0, ∞)
Referências
[1] Djairo Guedes de Figueiredo, Análise de Fourier e Equalções Diferenciais Parciais, Projeto
Euclides, 1997.