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Relacéo fundamental e taxas de juros Matematica financeira A matematica financeira trata, essencialmente, do estudo do valor do dinheiro no decorrer do tempo, isto é, considera que uma unidade monetaria expressa em qualquer moeda exis- tente nao tem o mesmo valor financeiro em datas diferentes. Por conseguinte, seu objetivo € analisar operacoes de carater financeiro que envolvam entradas e saidas de caixa (dinheiro) ocorridas em momentos distintos. Entende-se por fluxo de caixa as entradas e saidas de di- nheiro efetivadas no decorrer do tempo numa dada operacdo. Assim, pode-se dizer que a matematica financeira propde-se avaliar fluxos de caixa, de modo a permitir uma tomada de decisdo racional a partir dessa avaliacao. Representacao grafica de um fluxo de caixa O fluxo de caixa de uma operaciio pode ser representado graficamente pelo diagrama apresentado a seguir: SERIE GESTAO EMPRESARIAL ig oO 3 l Periodas: | 1 2 (unidades de tempo) FG, = Fluxo de cana j No eixo horizontal do diagrama estao a unidade de tempo eas datas de ocorréncia das entradas e safdas de caixa. Normal- mente a unidade de tempo é denominada periodo e expressa em dia, més, ano etc. A data inicial de ocorréncia dos fluxos de caixa € representada por zero, enquanto a data n representa o prazo da operacao. No eixo vertical estado as entradas e saidas liquidas de cai- xa. As entradas liquidas de caixa, representadas por setas verti- cais apontadas para cima, caracterizam-se por apresentar valo- res de entrada de caixa maiores que os valores de saida de caixa nas respectivas datas. FC,, FC,, FC, e FC, sao exemplos desse tipo de entradas. Ja as saidas liquidas de caixa, representadas por setas verticais apontadas para baixo, caracterizam-se por apre- sentar valores de saida maiores que os valores de entrada nas respectivas datas. FC, e FC; sao exemplos desse tipo de saidas. Capital, juros e montante Operacoes financeiras como, por exemplo, emprésti- mos e descontos de titulos envolvem pelo menos dois valo- res. O primeiro identifica a quantia que uma das partes (0 tomador ou devedor do recurso) necessita. O segundo defi- ne o valor a ser devolvido a outra parte (0 credor) ao término do prazo da operacdo. Dada a posicao antagonica que as partes ocupam na transa- ao, é natural que o credor cobre do tomador de recursos uma quantia equivalente a remuneracao que o primeiro receberia na melhor opor- tunidade de emprego desses recursos. Essa remuneracao ¢ denomi- nada juros. Portanto, a nogao de juros decorre do fato de que, na sociedade, a maioria dos individuos prefere consumir bens e servicos hoje, e nao numa data futura. Ou seja, paga-se um juro pela prefe- réncia temporal de nao adiar 0 consumo. Pode-se, entao, definir juros como a quantia cobrada pelo credor ao tomador de recursos pela utilizagéo do seu capital, denominado capital inicial ou principal, por um periodo deter- minado. Como consequéncia, 0 credor passa a possuir, findo esse periodo, um novo capital, denominado montante, que nada mais é do que a soma do capital inicial mais os juros auferidos nesse periodo. Essa relacao fundamental entre capital, juros e montante, do ponto de vista do credor (cedente) dos recursos financeiros, pode ser vista na representagdo de fluxo de caixa apresentada a seguir: Montante Data atual vi. Ll Lo Perfados oO 1 2 3 4 n (unidades de tempo) A ee Data futura —| Capital O Montante ou Valor futuro. FV (future value) 0 Capital ou Valor atual PV (present value) Juros = J (nierest) Relacaio fundamental de equivaléncia de capitais: FV = PV + J MATEMATICA FINANCEIRA f i] SERIE GESTAO EMPRESARIAL A determinacao do valor dos juros, numa operacdo para mais de um periodo, depende do calculo do seu valor a cada periodo e do processo de sua incorporacao ao novo capital exis- tente a cada periodo transcorrido. Calcula-se esse valor utilizando-se um coeficiente (um ntimero real) denominado taxa de juros (interest rate). O processo (regime) de incorporacao dos juros ao novo capital existente a cada periodo transcorrido é denominado capitalizacdo. Esse processo de capitalizagao pode-se realizar pelos regimes de juros simples ou de juros compostos. Aqui apresentamos operagdes com apenas um periodo e varias taxas de juros praticadas no mercado financeiro Taxa de juros Considere que o prazo de uma operacdo € uma unidade de tempo qualquer. A taxa de juros i é definida como a remunera- cao cobrada por unidade utilizada do capital PV. E calculada através do quociente entre J e PV: A taxa de juros i caracteriza, pois, o valor do aluguel do dinheiro por um certo periodo. Logo, a taxa de juros é um coeficiente que sempre se refere a uma unidade de tempo qualquer. A taxa de juros pode ser expressa nas seguintes formas equivalentes: Q forma percentual; Q forma unitéria, caracterizada pelo valor na forma percentual dividido por 100. Assim, uma taxa de juros de 5% ao més pode ser expressa tanto por 5% a.m. quanto por 0,05 a.m. Vale notar que nas formulas emprega-se a forma unitaria. Exemplo: Numa operacdo de empréstimo pessoal de $100,00, pagou-se, findo o periodo de um més (30 dias), a titulo de juros, o valor de $12,00. Qual a taxa mensal cobrada na operagao? Solugdo: Dados — J = $12,00; PV = $100,00. _ _$12,00 PS PV $100,00 © i= 0,12 am. = 12% am. Exemplo: Um investidor aplicou a importancia de $200,00, gerando uma remuneracao de $40,00 ao final de um periodo de um ano (360 dias). Qual a taxa anual paga na operacao? Solucao: Dados — PV = $200,00; J = $40,00. J _ _$40,00 PV ~ $200.00 * |= 020aa. = 20% aa. Relacao de equivaléncia de capitais para um periodo Da definigao de taxa de juros resulta a seguinte expressaio para juros por um periodo: J=PVxi Se vocé substituir essa expressao na relacdo fundamental de equivaléncia de capitais, FV = PV + J, obtera as duas equa- Coes que permitem caracterizar a relacao de equivaléncia de capitais para wm perfodo: FV=PV (1+i) e PV = MATEMATICA FINANCEIRA 4 SERIE GESTAO EMPRESARIAL ig S Denominamos fator de capitalizacdo a expressdo (1 + i), € fator de descapitalizagao a expressao aap Exemplo: Uma empresa pediu um empréstimo no valor de $1.000,00 a uma taxa de 10% ao més. Qual o montante a ser pago no final de um més? Solucdo: Dados — PV = $1.000,00; i = 10% a.m. FV=PV(14i) FV=$1.000,00 (1 +0,10) -. FV=$1.100,00. Exemplo: Uma poupan¢a remunera aplicagoes de recursos a 1% ao més. Que valor deve ser aplicado hoje para gerar um montante de $1.212,00 um més depois? Solucdo: Dados — FV = $1.212,00; i = 1% am FV _ $1.212,00 We ae = . PV = $1.200,00 (+i) (1+ 001) Assim, das relacdes de equivaléncia de capitais decorre a seguinte relacao alternativa para o conceito de taxa de juros: =—-1 , sendo i a taxa na forma unitaria ou , sendo i a taxa na forma percentual. Essas relacdes permitem definir a taxa de juros como a taxa de variacao percentual, por unidade de tempo, do capital empregado. Exemplo: Numa operacdo de empréstimo de $100,00, pa- gou-se, lindo o periodo de quatro meses (um quadrimestre), 0 montante de $105,00. Qual a taxa de variacao percentual, por unidade de tempo, do capital empregado na operacao? Solucdo: Dados — FV = $105,00; PV = $100,00. Fv «j= $195,00 _ PV “ $100,00 1=1,05-1 + i= 005aq = 5%aq Exemplo: Um investidor aplicou a importancia de $500,00 num lote de acGes, mas teve necessidade de vendé-lo, um més apés a compra, por $400,00. Calculando a taxa de variacao percentual, por unidade de tempo, do capital empregado na operagao, diga se vocé gostaria de ter passado por essa situacao como investidor. Solucdo: Dados — FV = $400,00; PV = $500,00. FV _y | — $400,00_ # 1=080-1 ~. PV $500,00 -020am. = — 20% am. Portanto, nao gostaria de ter passado por essa situacao. Finalmente, da relacao de equivaléncia de capitais para um periodo: We , temos que: exp. a+i) a+i) A partir desta ultima relacdo, pode-se caracterizar a taxa i como a que iguala a saida de recursos a entrada de recursos na data de hoje. No caso de aplicacdo de recursos para posterior recebimento do respectivo montante, denomina-se i a taxa in- terna de retorno da operacao. s lf MATEMATICA FINANCEIRA SERIE GESTAO EMPRESARIAL x N n Porém, havendo uma tomada de recursos para posterior pagamento do respectivo montante, da relacao de equivaléncia FV a+i Nesse caso, denomina-se i a taxa interna de juros da operacao. Seja qual for o caso, a denomina¢ao de taxa interna refere- se ao fato de i ser dependente exclusivamente dos valores de PV ede FY. para um periodo temos que: 0 = PV — Classificacao das taxas de juros Taxas de juros efetiva e nominal Taxa de juros efetiva é aquela na qual a unidade de tempo de referéncia coincide com a unidade de tempo de ocorréncia da capitalizacdo (dos juros). Nesse caso, em geral omite-se o pe- riodo de capitalizacao. Assim, a taxa de 10% ao ano é apresenta- da como 10% a.a., em vez de 10% a.a. capitalizados anualmente. Em contrapartida, taxa de juros nominal é aquela para a qual a unidade de tempo de referéncia é diferente da unidade de tempo relativa 4 ocorréncia da capitalizacdo. Assim, a taxa de 10% ao ano capitalizados mensalmente é apresentada como 10% a.a. nominais mensais. Taxas de juros proporcionats Sejam duas unidades de tempo n ¢ k. Consideremos que n € maior do que k, e que k sera tomada como unidade de tempo de referéncia. Por exemplo, n é ano, e k é més. Assim, temos a seguinte relacgao entre os perfodos ne k: a zxk s Hof k k k sendo z 0 mimero de vezes que 0 periodo k ocorre no periodo n € necessariamente maior do que 1. Diz-se que duas taxas de juros (efetivas) i, © ip, teferentes _ 20s periodos n e k, respectivamente, sao proporcionais quando wale a relacao: tn — ©, ou equivalentemente a relacdo: 'n _ 7 i, ok ik Exemplo: Uma taxa de juros de 24% ao ano é proporcional auma taxa de juros de 2% ao més? Solucdo: Dados —n = ano; k = més; i, = 24% aa; i, = 2% am. _ 24% _ lano _ 12 meses n z z=" ee 2% : k 1més més Como os dois lados da proporcionalidade sao iguais, as taxas de juros sao proporcionais. Da relacao de proporcionalidade de taxas e da relacao en- tre os periodos ne k, conclui-se que: a dada uma taxa de juros ao pertodo menor, pode-se obter a taxa de juros proporcional ao periodo maior através da rela- cao: Ly =ZXis a dada uma taxa de juros ao periodo maior, pode-se obter a taxa de juros proporcional ao periodo menor através da rela- +z Exemplo: Qual a taxa de juros anual proporcional a 4% ao trimestre? Solucao: Dados — i, = 4% a.t.; z = (1 ano = 4 trimestres) / 1 trimestre = 4. = 0,164a. = 16% aa. MATEMATICA FINANCEIRA 4 nw a SERIE GESTAO EMPRESARIAL ks 2 Exemplo: Qual a taxa de juros mensal proporcional a taxa de juros anual de 18%? Solucéo: Dados — i, = 18% a.a.; z = (1 ano = 12 meses) / 1 més = 12. in = = ==> «1 =0,015am. = 15% am. Exemplo: Qual a taxa de juros mensal proporcional a taxa de juros de 4% no periodo de 45 dias? Solucdo: Dados — i, = 4% a.45d.; z= 45 dias / (1 més = 30 dias) = 45/30 = 1,5. = las _ 0,04 z 15 in i = 00267 am. = 2,67% am. Taxas de juros real, prefixada e pés-fixada Taxa de juros real O significado de taxa de juros real pode ser melhor com- preendido a partir dos conceitos € taxas apresentados a seguir. Todas as taxas referem-se a um mesmo periodo. No Brasil, atualmente, utilizam-se varios indices que me- dem a inflacao ou deflacao, isto ¢, o aumento ou a diminuicao (variagao) persistente e generalizada dos precos de bens e ser- vicos na‘economia. Cabe citar como exemplos 0 IGP-M, o INPC, a TR, a taxa Selic, entre outros. Todavia, para calculo da taxa real, vocé s6 deve considerar 0 indice que mede a variacdo de precos (ou que realiza a atualizacao monetaria do poder aquisi- tivo). Trata-se, aqui, da hipétese mais habitual de variacdo de precos, que é a de inflacao. Exemplo: Num determinado periodo, seu salario de $1.000,00 foi reajustado em 50%. Sabendo que a inflacdéo no mesmo periodo foi de 40%, em quanto aumentou ou diminuiu o poder de compra do salario (ganho ou perda real, respectiva- mente) no periodo, em termos de taxa e de valor? Solucao: Dados — i = 50%; inflacdo = 40%. De acordo com a férmula de Fischer, dividir 0 fator de taxa cheia, predeterminada, pelo fator de correcdo monetéria. Logo, a taxa real (r) de acréscimo do salario é dada por: pa 1t95 2 5-04 OL ayy 1+ 04 1+ 04 14 $1.000,00 (1 + 0,5) = $1.500,00; $1.000,00 (1 + 0,4) = $1.400,00; $1.500,00 — $1.400,00 = $100,00. Houve, portanto, um ganho real de $100,00 (a precos de fim do periodo). Taxas de juros prefixada e pds-fixada As operacdes de mercado podem ser classificadas em ope- racoes de renda fixa e de renda variavel. Uma operacao de ren- da fixa pode ser prefixada ou pos-fixada. Por operacao de renda fixa prefixada entende-se uma ope- tacao com titulos (papéis) na qual o investidor e o devedor ja conhecem, no dia da transacao, a taxa de retorno e também o valor nominal do titulo no dia do resgate (vencimento). Em contrapartida, diz-se que uma operacao € de renda fixa pos-fixada quando o aplicador e o devedor conhecem, no dia da sua efetivacdo, a taxa de rendimento e também uma esti- mativa (e nao o valor certo) do indice de atualizacao monetaria pactuado na operacao. O valor nominal do titulo so sera co- nhecido posteriormente a data da aplicacao. MATEMATICA FINANCEIRA f rv a SERIE GESTAO EMPRESARIAL x » a Exemplo: Um investidor se depara com as seguintes alter- nativas de taxas de juros para aplicacao de um capital por um periodo: a) taxa efetiva prefixada de 24%; b) taxa real de 6,5%. Qual a melhor taxa? Responda com base na taxa de inflacao esperada, embutida na taxa prefixada. Solucdo: Dados — i = 24%; r = 6,5%. 5 1+ 0,24 flaca da = ————_ _ ] = 0,1643 inflagaoesperada = | 6065 ) Logo, inflagéo esperada = 16,43%. Assim, se a expectativa de inflacao for maior do que 16,43% a.p., € melhor aplicar pela taxa r. Se a expectativa de inflacao for menor do que 16,43% a.p., é melhor aplicar pela taxa i. No caso de a expectativa de inflacao ser igual a 16,43% a.p., € indi- ferente aplicar pela taxa prefixada ou pela taxa pos-fixada. Nota: Havendo inflagao, a taxa efetiva de uma operacio de renda fixa prefixada é dita aparente ou, no jargio do mercado, nominal. Taxas de juros equivalentes Taxas de juros expressas em unidades de tempo diferentes so ditas equivalentes quando para o decisor é indiferente realizar a operacao por qualquer uma delas. Cada um dos dois regimes de capitalizacao de juros possui uma expressdo especifica de equiva- léncia de taxas, conforme veremos nos capitulos respectivos. Regra basica para realizagao dos calculos em fluxos de caixa Nas formulas utilizadas neste livro sao consideradas a unida- de de tempo a que se refere a taxa de juros, a unidade de tempo relativa a periodicidade da incorporacao dos juros ao capital exis- tente (que poderd ser a mesma que a de referéncia da taxa de juros ou nao) e a unidade de tempo do prazo da operacao. A regra basica de compatibilizacao a ser utilizada nas for- mulas relativas aos fluxos de caixa consiste em que: 4 as taxas de juros utilizadas devem ser eletivas; e G as unidades de tempo da taxa de juros efetiva e do prazo devem ser as mesmas. Os procedimentos de compatibilizacdo das unidades de tem- po e de transformacao de taxas nominais em taxas efetivas serao apresentados nos capitulos referentes aos regimes de capitalizacao, Interacao inicial com a calculadora HP-12C Utilizando as teclas bdsicas Os procedimentos para realizar tarefas basicas com a HP-12C sao descritos na tabela, que mostra: a tarefa a ser exe- cutada, os ntimeros e a(s) tecla(s) a serem pressionados para executar a tarefa, o contetido do visor, que corresponde ao con- teudo do registrador ou memoria temporaria X, e os comenta- tios julgados importantes. TAREFAS BASICAS COM A HP-12C Tarefa Teclas Visor Comentarios Ligar a HP ON 0,00.0u 0.00 Aparece, nesse caso, 0 ntimero zero com duas casas decimais, podendo o mesmo ser represen- tado nos sistemas de numeracao brasileiro ou americano Desligar a HP ON Apagado — Escolher o sistema ONe 0,00 ou 0.00 Pressionar simultaneamente as. de numeracao duas teclas, soltando primeiro a tecla ON e depois a tecla e Entrada de numeros 56 56,00 ou 56.00 A apresentacao depende da re- presentacao escolhida continua y IA MATEMATICA FINANCEIRA SERIE GESTAO EMPRESARIAL Is » & Tarefa Teclas Visor Comentarios Comtigir 0 numero CLX 0,00 ou 0.00 Apaga o valor no visor digitado Entrada de numeros 56.5 56,50 56,50 guardado na memoria X em seqiléncia ENTER 56,50 56,50 guardado na memoria Y 340.5 340,50 340,50 guardado na memoria X Trocar 0 nimero £3 340,500 _Fixa trés casas decimais de casas decimais Extrair raiz quadrada g fx 18,453 Exemplo de acionamento do ntimero na das funces azuis memoria X Armazenar o valor =STO1 18,453 18,453 esté na meméria fixa 1 numa meméria fixa Obter a parte g FRAC 0,453 fracionaria do numero no visor Recuperar um RCL1 18,453 18,453 continua na. memoria valor necessario fixa 1 € agora também esté na X Obter a parte giNIG 18000” inteira do numero no visor Recuperar valor RCL1 18,453 da memoria fixa 1 Eliminar demais fRND 18,453 casas decimais do numero no visor Fixar seis casas 6 18,453000 — Constatacao da eliminacdo decimais das casas Trocar 0 ndmero fs 18,453, Fixa trés casas decimais de casas decimais Obter 10% do 10% 1,845 10% do valor acima numero no visor Obter a diferenca A% — 90,000 100. (X-Y)+¥, ie. 1,845 € 90% percentual entre um numero na memdria Y (18,453) e outro na memoria X (1,845) Menor que 18,453 (considerando todas as casas decimais) continua Tarefa Teclas Visor Comentarios Recuperar 0 RCL1 18,453 contetido da memoria fixa 1 Determinar quanto 1,845 9,999 100 (X + Y) percentualmente 0 %T 18,453 @ guardado em Y valor em X (1,845) representa em relagdo ao valor em Y (18,453) Recuperar o Ultimo g LST x 1,845 Nesse caso especifico, %T valor armazenado em X, apés 0 uso de teclas +, — x, %T etc. Trocar 0 sinal do CHS —1,845 Nesse caso, de + para — niimero no visor (memoria X) Trocar 0 contetido = XZ y 9,999 9,999 esté agora em Y da meméria X pelo da ¥ Entendendo o funcionamento e usando as memérias de armazenamento A HP-12C possui quatro memérias tempordarias, X, Y, Z e T, também identificadas como a “pilha” de armazenamento da calculadora. Quando um numero é digitado, ele imediatamente ocupa a memoria X, a unica cujo contetdo aparece no visor. Ao acionar-se a tecla ENTER, desencadeiam-se as seguin- tes transferéncias de valores entre as quatro memorias tempo- rarias existentes: Q ocontetido de X (visor) é transferido para Y e mantido em X; Q o contetido de Y € transferido para Z; 8 \K MATEMATICA FINANCEIRA SERIE GESTAO EMPRESARIAL ig rn S Q o contetido de Z é transferido para T; Q ocontetido de T é perdido. Assim sendo, o valor digitado apds acionar-se a tecla ENTER torna-se contetido das memorias X e Y. A tecla RL, quando acionada, desencadeia as seguintes transferéncias: x. a o contetido de X é transferido para T; a ocontetido de T é transferido para Z; —y Q o contetido de Z é transferido para Y; \ a ocontetido de Y é transferido para X. See Ocorre, portanto, uma rotacao completa dos contetdos das memorias para cada acionamento da tecla RL sem que se perca informacao. Assim, o acionamento consecutivo dessa te- cla por quatro vezes permite conhecer (ao passarem pelo visor) os contetidos das quatro memorias temporarias X, Y, Z e T. Para limpar as quatro memorias X, Y, Z e T € necessario acionar consecutivamente as teclas RL e CLX até que todos os valores tenham passado pelo visor e sido anulados. Pressiona-se f FIN para apagar apenas os registradores fi- nanceiros (n, i, PV, FV e PMT). Mas se vocé quiser limpar todos os registradores ou me- mérias (temporarias, financeiras e fixas), pressione f REG. As operacées algébricas (+,— , x , +e y*) se efetuam ape- nas com os conteudos das memorias X e Y, obedecendo a se- guinte sistematica: a operacdo se realiza entre os contetidos das memorias X e Y, e o resultado vai para o visor (memoria X); 0 contetido de Z se transfere para a memoria Y; 0 contetdo de T se transfere para a memoria Z; finalmente, 0 contetido de T se mantém inalterado. Os exemplos a seguir visam esclarecer a utilizacdo dessas teclas. Exemplo: Efetuar 2,0 + 8,0 — 1,0 = 9,0. Solucdo: Dados Tecla / funcao VisorX Y Zz T C+). €& 00 00 00 00 2 20 00 00 00 ENTER 20 20 00 90 8 80 20 00 a9 + 190 00 00 90 1 10 100 00 00 ee 90 00 00 90 Exemplo: Efetuar (4,0 + 8,0) + (3,0 + 1,0) = 3,0. Solucdo: Dados Tecla / fungao VisorX Y Z T 4 40 90 00 00 “ENTER 40 40 90 00 8 80 40 90 00 : 120 90 00 00 3 30 120 90 00 ‘ENTER 30 30 120 90 1 10 30 120 90 40 120 90 00 30 90 00 00 A tecla STO serve para guardar (store) e operar (somar, dividir, multiplicar e subtrair) valores nas 20 memorias fixas existentes na maquina HP-12C. Essas memérias sao identifica- bs |4 MATEMATICA FINANCEIRA SERIE GESTAO EMPRESARIAL Ks w S das pelos ntimeros 0 a 9 e .0 a .9. A tecla RCL serve para cha- mar (recall) os valores das 20 memorias fixas (0 a9 e .0 a .9) para o visor (memoria X). Exemplo: Armazenar os valores 20 e 30 nas memorias per- manentes 1 e .2, respectivamente. Some o valor 100 ao conteti- do da memoria permanente 1. Apresente os contetidos das duas memorias permanentes. Solucao: Dados Tecla / funcéo Visor Comentarios 20 SiO. 20,00 — armazena 20 na memeéria fixa 1 30 a 6s & 30,00 armazena 30 na meméria fixa 2 100 “sto: “4 100,00 sama 100 ao contetido da meméria 1 e guarda resultado na prépria meméria 1 RCL 120,00 novo contetido da meméria 1 Ra & 30,00 contetido da meméria.2 Exemplo: Avaliar a expresso (5 + 4)? + (2 + 1)? = 9,0, utilizando as teclas STO e RCL, e apresentar os calculos com duas casas decimais. Solugao: Dados Tecla / funcao Visor Comentarios 0,00 fixa numero de casas decimais 5 5,00 guarda ntimero na memédria X e Y 4 9,00 tesultado da soma continua Comentarios Dados Tecla / funcao Visor 2 81,00 81,00 2 2,00 i oe 3,00 a 9,00 81,00 9,00 9,00 eleva a soma ao quadrado armazena valor da memoria fixa 1 guarda niimero nes memorias X e ¥ resultado da soma eleva a soma ao quadrado retoma valor da memoria fixa 1 prepara valores para diviséo resultado final da expressdo A tecla RCL serve também para verificar valores contidos nas cinco teclas (memorias) financeiras. Exemplo: Apresentar o valor armazenado no registrador inanceiro PV. Solucdo: Dados Tecla / funcao Visor Comentarios 81 81,00 armazena valor no registrador PY 81,00 mostra no visor 0 valor armazenado em PV Funcées de calenddrio Possibilitam as seguintes operacdes com datas de calendario: a a fungao g ADYS permite o calculo do numero de dias (cor- ridos ou exato) entre duas datas; e |4 MATEMATICA FINANCEIRA SERIE GESTAO EMPRESARIAL Ig o = Q a funcao g DATE permite somar ou subtrair um ntimero de dias corridos sobre uma data. Elas sao titeis nas operacées, pois permitem relacionar as datas de realizacdo e de resgate da operacdo com seu prazo. Antes de iniciar as operagdes com essas fungdes, vocé deve verificar a func¢do azul escolhida, M.DY ou D.MY, uma vez que tal escolha sera de fundamental importancia na forma de entrada das datas: se a funcdo escolhida for D.MY, as datas deverao entrar na ordem dia-més-ano; se a funcao escolhida for M.DY, as datas deverdo entrar na ordem més- dia-ano. Exemplo: Calcular o numero de dias entre 19-7-1981 e 25- 12-1981. Solucao: Inicialmente, vocé deve fixar o ntimero de casas decimais em seis, acionando as teclas f 6. Q Com a funcdo azul D.MY, efetuamos: Dados Tecla / funcdo Visor Comentarios CH) 6 0,000000 _fixa numero de casas decimais em 6 Cs) DiMY —0,000000 _seleciona padréo brasileiro para datas 19.071981 ENTER 19,071981 primeira data (digitada primeiro) 25.121981 () SADYS = 159,000000 n° ded Q Com a funcao azul M.DY, efetuamos: Dados Tecla / funcao Visor Comentarios Cg.) SBY® ~— 0000000 _ seleciona padrao americano para datas 7.191981 ENTER 7191981 primeira data (digitada = primeiro) 12.251981 ( ADYS 159,000000 n® de dias existentes entre as datas Somar 159 dias a data de 19-7-1981. Q Com a funcao azul D.MY, efetuamos: Dados Tecla / fungao Visor Comentarios (se) 0,000000 _ seleciona padrao brasileiro para datas 19.071981 ENTER 19,071981 data inicial 159 (8) (DATE) 25.12.1981 5 data final sexta-feira Observe que, nesse caso, o visor mostra, além da data, um ntimero 5 na posicao extrema direita. Esse numero indica que 25-12-1981 foi numa sexta-feira, ou seja, no quinto dia da se- mana (segunda-feira é 0 dia mimero 1). Condicdes de erro na HP-12C Erro 0: relacionado a realizacao de operacdées matematicas fora dos intervalos de definicao. 2 \4 MATEMATICA FINANCEIRA GESTAO EMPRESARIAL SERIE is ow o Erro 1: Erro 2: Erro 3: Erro 4: Erro 5: Erro 6: Erro 7: Erro 8: relacionado a utilizacéo de valores maiores do que 9,999999999 x 10° e menores do que —9,999999999 x 10% em operacdes com as teclas STO e 12x. relacionado as operac6es estatisticas. relativo ao computo da taxa interna de retorno (IRR) ou de juros de um fluxo (serao apresentados os fluxos de caixa que ocasionam esse tipo de erro). relativo ao erro de memoria (modo de programacio). relacionado a utilizacao de valores nos registradores financeiros fora de seus intervalos de definigdo (regi- me de juros compostos). relativo 4 utilizacao de valores de registradores STO, RCL, CF;, N; NPV e IRR fora de seus intervalos de definicao. relativo ao cémputo da taxa interna de retorno (IRR) ou de juros de um fluxo, caso nao existam no minimo uma entrada de caixa (fluxo de caixa positivo) e uma saida de caixa (fluxo de caixa negativo). relativo as operacoes com. calendario. Para limpar o visor mostrando uma situacao de erro, pres- sione qualquer tecla.

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