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ALCIR JOSE MONTICELLI Professor do Departamento de Engenharia Elérica do UNICAMP. Engenheiro de Eletranice, ITA Doutor em Engenharia Elétrica, UNICAMP FLUO DE GARGA EW REDES Ot ENERGIA ELETRIGA Oh ae votre 4 Contvais Eiricas Braieiras SA % EDITORA EDGARD BLUCHER LTDA, A publicago deste livro se tornou possivel gragas ao apoio do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL). Monticelli, Aleir Joa, 1946- Fluxo d@ carga ea redes de ca / Aleir J. Monticelli. Biticher , 1983. Bibliografia. 1, Energia elétrica ~ Sistemas 2. Kirchhoff - Stricas I. Titulo. onp-621.31920212 Ines Céteuios : ‘Engenharia 621.31920212 Fluxo de carga : 2. Fluxo de carga : liedes elétricas : Leis de Kirchhoff + Engenharia 621.31920212 de Kirchhoff : Fluxo de carga : Rede eae : Engenharia 621.31920212 3. Lei elétri- 1983 Editora Edgard Bliicher Ltda. E proibia a eprodugdo toal ou parcial (Por quasquer melas sem autorizaga eserta da eduora EDITORA EDGARD BLUCHER LTDA. (01000 Cares Postat $450 Eno, Tentonarico: Bicientsvno Sko Pauto— SP — Brast Inmpreso no Brasil Printed in Brazil Nota Introdutéria Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) foi criado em 1974, pela Eletrobras e suas subsididrias regionais, com 0 objetivo de contribuir para o desenvolvimento tecnolégico nacional na rea de cenergia elétrica. Para tanto, o CEPEL dispde de dois laboratorios onde trabalham, atualmente, cerca de S00 pessoas: 0 Laboratorio de Siste- mas Elétricos (LSE), onde sio realizados pesquisas e projetos tecnolégi- ‘cos nas éreas de sistemas de poténcia, materiais para equipamentos elé- tricos e eletrénica aplicada; e 0 Laboratrio de Equipamentos Elétricos (LEE), dedicado a estudos, projetos e ensaios em alta poténcia e alta tensio nas dreas de linhas, substagdes e equipamentos elétricos. ‘No ambito do LSE, o CEPEL vem hé alguns anos desenvolvendo in- tensa atividade de pesquisa na area de planejamento da expansio de re~ des de transmissio. Este projeto conta com 0 apoio técnico e financeiro do Departamento de Sistemas de Transmissio (DEST) da ELETRO- BRAS e ¢ realizado em conjunto com o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da UNICAMP. Dentre os resultados alcangados, pode-se mencionar 0 desenvolvimento de um sistema interativo de planejamento de redes de transmissio, de métodos para sintese automética de redes ¢ reforgos para contingéncia e de modelos para célculo de confiabilidade de sistemas de geragao/transmissao. presente livro tem como origem os relatérios de pesquisa da UNI- CAMP sobre anilise de redes. Seu autor, Prof, Alcir Monticelli, é um pesquisador de renome internacional, cuja contribuigio técnica tem sido extremamente valiosa nao s6 para o CEPEL como para varias empresas do setor elétrico. 0 CEPEL, ao co-editar o texto, visa divulgar técnicas que representam o “estado da arte nesta area e que tem amplas possibi- lidades de aplicagao no planejamento nao sé da expansio, como também da operagao e controle em tempo real de sistemas elétricos de poténcia. ‘Além de servir como referéncia abrangente, atualizada ¢ confidvel aos téenicos do setor, sua forma diditica permite sua utilizagao em cur- sos de engenharia elétrica, tanto a nivel de graduagao como pés gradua si. JERZY LEPECKI Diretor Executivo CEPEL, Agradecimentos Este livro é em parte, uma extensio natural do trabalho desen- volvido nos ailtimos sete anos no Departamento de Engenharia Elétrica da UNICAMP, tanto no ensino como em projetos de pesquisa ¢ desen- volvimento, que contaram com 0 apoio do Centro de Pesquisas de Ener- ‘gia Elétrica (CEPEL), das Centrais Flétricas Brasileiras (ELETROBRAS) , mais recentemente, da Companhia Energética de Sio Paulo (CESP). Durante todos esses anos, foi para mim muito gratiicante ter podido trabalhar com Ariovaldo Verandio Garcia, Sigmar Maurer Deckmann, Femando Urbano, Fujio Sato, Carlos A. F. Murari, Antonio Chaves Pizzolante, André 'L. M. Franga, Vivaldo Fernando da Costa, Anésio dos Santos Jr., Orlando Luiz Semensato © Manuel Moreira Baptista, como orientador de seus trabalhos de tese de mestrado ¢/ou doutorado Uma divida adicional eu tenho com Orlando, Ariovaldo ¢ Carlos, pela Ajuda na revisio dos originais pelas sugestoes na organizagao final do livro, Entre outros, agradego a Brian Stott, Ongun Alsag, Mario V.F. Pereira, Sérgio H. Cunha, Gerson Couto e’ Frederico M. Gomes, pela ‘convivéncia no desenvolvimento de trabalhos em comum. Estendo meus agradecimentos a Edson Pedro de Lima e Luiz Cliudio Pasquini que, ‘com muita paciéncia, fizeram os desenhos que compdem este livro. Meu reconhecimento ao Dr. Jerzy Lepecki, nao s6 pelo apoio do CEPEL mas, também pelo incentivo para que cu preparasse este trabalho. Aleir José: Monticelli CONTEUDO CAPITULO 1... Fluxo de carga Aspectos gerais, 1.1. Formulasto bisica do problema 1.2. Modelagem de linhasetransformadores 1.2.1, Linas de transmissto... 1.2.2. Transformadores em-fase 1.2.3. Transformadores defasadores, 1.3, Fluxos de poténcia ativae reativa..., 1.341. Linhas de transmissto, 13.2 Transformadores em-fase.... 1.3.3. Transformadores defasadores... 1.34, Expressdes gerais dos faxes. 1.4, Formulagio matricial... 1.5, Impeddincia equivalent entre dois ns ‘CAPITULO? Flux de carga linearizado. 2.1, Linearizagao. 2.2. Formulagao matricial (@ = B" 8)... 2:3, Modelo CC, . . 2.4. Representacao das perdas no Modelo CC... CAPITULO 3 Fliminagto de Gauss... sang 3.1. Maries tipo admitancia nodal... 3.2, Método da eliminagao de Gauss 3.3. Matrzes elementares. 3.4. Decomposiglo LDU... 3.5. Resolugdo do sistema Ax — b a fatorestriangulares. 3.6. Eliminagdo de Gauss ¢redugao de citcuitos.. 3.7. Crtérios de ordenagto CAPITULO 4.. 3 Anilise de alterages em redes de transmissio 3 4. Alteragdes na matriz admiténcia nodal. 33 4.1, AlteragBes simples 33 4.1.2, Alteragbes miltplas 56 4.2, Analise de sensibildade 38 42.1, AlteragBes simples. 39 4.2.2, Alteragdes miltiplas... 6 ‘Alteragdes na matriz impedincia nodal, a 4.3.1, Alteragdes simples... 4 4.3.2, Alteragdies miltiplas 6 ‘Teorema da Compensacdo = 4.5. Lema de inversao de matrices nm CAPITULOS.. 1 Fave ecarg ndotncar:aigoritmos bea. 1 $.1, Formulacio do problema basco ...e1. 8 5.2. Resolugdo de sistemas algbricos pelo méodo de Newion.. * 5.3, Fluxo de carga pelo método de Newton.. . 2 5.4, Métodos desacoplados . 3 5.4.1. Método de Newton desacopiado.. 9 5.4.2, Método desacoplado répido 100 CAPITULO 6 ‘luxo de carga: controle eimites. 6.1. Modos de representagao 62. Ajustes alternados 663, Controle de tensao em barras PV. 6.4, Limites de tens4o em barras PC... 655. Transformadores em-fase com controle sutomético de!) 6.6. Transformadores defasadores com controle automtico de fase. 67. Controle de intercmbio entre éreas 6.8. Controle de vensfo em barras remotas. (69. Cargas varidveis com a tensdo CAPETULOT esis UBT Equivalentes extera0s..0..0 i 127 7.1. Reagdes externas. aa 18 7.2. Equivalente Ward: modelo linea fonnnnnnenes 19 73. Obtengao de equivalents por climinacio de Gauss. CIEE aaa 7.4. Equivalente Ward: modelo nao-lineat... 136 7.5. Equivalente Ward com retengto de barras PY... 14 7.6. Equivalente Ward estendido . 43 7.7. Modelo de fuxo de carga ndo-reduzido “7 APENDICE A... Anilise de redes em centros de supervisio ec ‘ALL Introdugdo aos centros de controle Acl.L, Controle da geragao. ‘AL2, Controle supervisorioe de sewuranga. ‘A.2. Operacdo em tempo real ‘A2LL, Restriges de carga, de operasto e de seguranca A.2.2, Estados de operagto do sistema... ‘A233. Transigbes ene os estados do sistema. AG Sistema de andlise de redes. ‘A3.1. Configurador. A.3.2. Estimador de estado ‘A333. Previslo de carga por barra... ‘A.34, Modelagem da rede em tempo real (fuxo de carga)... ‘35S. Anilise de seguranga.. ‘A.3.6, Fluxo de carga de operagao : AA3.7. Anilse de sensibilidade de tens90 «.srnnveesn A.38. Controle corretivo de emergéncia, APENDICEB. c Anilise de sensibilidade ......0.seeen REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 0.00000 soe 168 Capitulo 1 FLUXO DE CARGA ASPECTOS GERAIS © cileulo de fuxo de carga (ou fluxo de poténeia) em uma rede de energia elétrica consiste essencialmente na determinagao do estado da rede, da distribuigdo dos fluxos ¢ de algumas outras grandezas de inte- resse. Nesse tipo de problema, a modelagem do sistema € estitica, sig- nificando que a rede € representada por um conjunto de equagdes, quagdes algébricas. Esse tipo de representagao € utilizada em situ nas quais as variagdes com o tempo so suficientemente lentas para que se possi ignorar os efeitos transitérios. E claro que os transitérios do sistema s6 podem ser devidamente levados em conta se for utilizada uma modelagem dindmica envolvendo equagdes diferenciais, além de equagdes algébricas. O ciloulo de fluxo de carga é, em getul, realizado utilizando-se métodos. computacionais desenvolvidos especificamente para a resolugao do sistema de equagdes € inequacdes algébricas que constituem o modelo estatico da rede. ‘Os componentes de um sistema de energia elétrica podem ser clas- sifieados em dois grupos: os que estéo ligados entre um né qualquer © 0 noeterra, como € 6 caso de geradores, cargas, reatores ¢ capacitores: € 0s que estdo ligados entre dois nds quaisquer da rede, como € 0 caso. de linhas de transmissio, transformadores ¢ defasadores. Os geradores € cargas sdo considerados como a parte externa do sistema, ¢ so mo- delados através de injegdes de poténcia nos nés da rede, A parte interna do sistema é constituida pelos demais componentes, ou seja, linhas de transmissdo, transformadores, reatores, etc. As equacdes bisicas do fluxo de carga so obtidas impondo-se a conservacao das poténcias ativa © reativa em cada né da rede, isto & a poténcia liquida injetada deve ser igual 4 soma das poténcias que fluem pelos componentes internos que tém este n6 como um de seus terminais. Isso equivale a se impor & Pri meira Lei de Kirchhoff. A Segunda Lei de Kirchhoff é utilizada para expressar os fluxos de poténcia nos componentes internos como fungdes das tenses (estados) de seus nds terminais. 2 FLUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETAVCA 1.1. Formulagdo bésica do problema Conforme foi dito anteriormente, 0 problema do fluxo de carga pode ser formulado por um sistema de equacdes e inequacdes aleébricus nao-lineares que correspondem, respectivamente, s leis de Kirchholl ¢ -um conjunto de restrigdes operacionais da rede elétrica e de seus com- ponentes. Na formulagio mais simples do problema (formulagao bisica), a cada barra da rede slo associadas quatro variaveis, sendo que duas delas entram no problema como dados © duas como incognitas: Vi, — magnitude da tensio nodal (barra K) G, — angulo da tensio nodal P, ~ geragio liquida (geragdo menos carga) de poténcia ativa injecdo liquida de poténcia reativa Dependendo de quais variaveis nodais entram como dados ¢ quais so consideradas como incégnitas, definem-se trés tipos de barras: PQ — sto dados P, € Qj, € calculados \, ¢ Hy PV—sfo dados P, € V, ¢ calculados Q, © 0 REFERENCIA — sio dados K, € 04, € calculados Py © Q, AAs barras dos tipos PQ e PV so utilizadas para representar, respecti- vamente, barras de carga ¢ barras de gerago (incluindo-se os conden- sadores sineronos). A barra V0, ou barra de referéncia, tem uma dupla fungdo: como o proprio nome indica, fornece a referéncia angular do sistema (a referéncia de magnitude de fensdo € o proprio né terra): além disso, € utilizada para fechar o balanco de poténcia do sistema, levando em conta as perdas de transmisso ndo conhecidas antes de se ter a so- lugdo final do problema (dai a necessidade de se dispor de uma barra do sistema na qual nao € expecificada a poténcia ativa) Esses trés tipos de barras que aparecem na formulacdo bisica so (os mais freqiientes ¢ também os mais importantes. Entretanto, existem algumas situagdes particulares, como, por exemplo, o controle de inter- cambio de uma area e o controle da magnitude da tensio de uma barra Temota, nas quais aparecem outros tipos de barras (POV, Pe V), Esses tipos de barras nao sfo considerados na formulagao bisica, mas serao incluidos no processo de resolugao quando for estudada com mais de- talhes a atuagdo dos dispositivos de controle existentes no sistema (Cap. 6). Uma outra situacdo, nao representada na formulagao basica, refere-se & modelagem das cargas: foi visto que as barras de carga sio modeladas como sendo do tipo PQ, em que P, € Q, sio considerados constantes a representagao de barras de carga, nas quais as poténcias ativa ¢ reativa yariam em fungdo da magnitude da tenso nodal, sera considerada no Cap. 6 Puno de cng ~ espectos paris 3 © conjunto de equagdes do problema do fluxo de carga é formado por duas equagdes para cada barra, cada uma delas representando 0 fato de as poténcias ativas ¢ reativas injetadas em uma barra serem iguais 4 soma dos fluxos correspondentes que deixam a barra através de linhas de transmissao, transformadores, etc. Iss0 corresponde a imposigio da Primeira Lei de Kirchhoff © pode ser expresso matematicamente como se segue: PL= SE PinlVes Vans Oes Om) (aay + OM) = E Daal Vi, Vas On, Om) oS, NB, sendo NB o nero de barras da rede junto das barras vizinhas da barra k agnitudes das tensOes das barras terminais do ramo k ~m Aingulos das tensdes das barras terminais do ramo k—m Pom ~ fuxo de poténcia ativa no ramo k—m Qyq — fluxo de poténcia reativa no ramo k—m Q8"— componente da injecio de poténcia reativa devida ao ele- mento shunt da barra k (Q)= bi" V2, sendo bi” a suscep- tancia shunt ligada & barra k). Como sera mostrado mais adiante, nessas equagdes os Jingulos 6, € Dy aparecem sempre na forma 0) ~ (ly, significando que uma mesma dis. Vribuigio de fluxos na rede pode ser obtida se for somada uma cons- tante arbitraria a todos os angulos nodais, ou seja, o problema do fluxo de carga é indeterminado nas variaveis 0,0 que torna necessaria a adogio de uma referéncia angular (isso pode ser feito por uma barra tipo V8, conforme foi mencionado anteriormente). As expresses (I.1) foram mon tadas considerando-se a seguinte convengao de sinais: as injegdes liqu ddas de poténcia sio positivas quando entram na barra (geragao) € n gativas quando saem da barra (carga): 05 fluxos de poténcia so pos tivos quando saem da barra ¢ negativos quando entram: para os ele- mentos shunt das barras é adotada a mesma convengio que para as injegdes. Essas convengdes de sentidos para as poténcias ativas ¢ reativas siio as mesmas utilizadas para correntes ¢ esto indicadas na Fig. 1.1 © conjunto de inequagdes, que fazem parte do problema do fuxo de carga, ¢ formado, entre outras, pelas restrigdes nas magnitudes das tensdes nodais das barras PQ ¢ pelos limites nas injegdes de poténcia reativa das barras PV: kee << Yom Om" <0 < orm ae 4 ALUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA Figura 11 nvengdo de sinais para Muxos ¢ injegBes de corrente, poténcia iva ¢ poténcia reativa AAlém dessas restrigSes, que aparecem na formulagio basica, outras do ‘mesmo tipo serdo consideradas no Cap. 6, no qual serio incluidos no problema os limites nos valores dos taps dos transformadores em-fase € defasadores, os limites na capacidade de geragio de barras responsi- veis pelo controle de intercdmbio, os limites nas magnitudes das tenses das barras PY, etc. 1.2. Modelagem de linkas e transformadores Nesta seco, sdo apresentados os modelos de linhas de transmissao, transformadores em-fase € defasadores. Os principios basicos de funcio- namento dos transformadores em-lasc e defasadores também sio dis- ccutidos, 1.24. Linhas de transmissdo [1] © modelo equivalente x de uma linha de transmissio, representado na Fig. 1-2, € definido por tancia série xq ¢ a suscepti série é metros: a resisténcia Série rug; rea shunt bi. A impediincia do elemento 2h = Fam + FX a3) enquanto a admitancia série € “Ere Ete OM Vem = Gam + iby ou seja, a condutiincia série gag © & susceptancia série by, so dadas, respectivamente, por Pm tat Xm —— as) bie = Tint Xm Gin Quando 0 modelo 7 representa uma linha de transmissd0 tém-S¢ ry © Xm Positivos, o que implica gin POsitiVO € by» negativo (tipo indutivo) Jé 0 elemento bik, & positive, pois © shunt & do tipo capacitive. A cottente Jin (Fig. 1.2) € formada de uma componente série e uma componente shunt © pode ser calculada a partir das tensdes terminais E, € Eq, © dos parametros do modelo equivalente 1: Lim = Vil ~ Enh + jb Ea 0.6) em que Ef= KOM; By Vaet™ a7 Analogamente, a cortente Iyq € dada por Tras = Vaon(Em ~ Ex) + jb Em (1.8) Fam t DXem Figura 1.2 Modelo equivalente x de uma linha de transmissdo 1.22. Transformadores em-fase [A representagio geral de transformadores (em-fase ¢ defasadores) dada na Fig. 1.3 consiste basicamente em uma admitancia série Jim € um auto-transformador ideal com relagdo de transformagao 1:1. Para © transformador em-fase 1 é um numero real (i =a) ¢, para 0 defasador, t € um nimero complexo (t = ae!) 6 PLUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA Figura 13 — Modelo de transformadores: emlase, 1= a: defisador puro, defasador, 1= ae" A Fig. 1.4 mostra o modelo do transformador em-fase, indicando a tensdo do né intermedidrio p. Para este tipo de transformador, a relagio entre as magnitudes das tenses dos nés terminais k e p do transformador ideal € dada por y, Pema 7 (9) que € a propria relagio entre as tenses complexas E ¢ E,. pois E, _ veh Ep aM oa r hem mo Figura 14 ~ Transformador em-ase fato de 0 transformador k~ p, que aparece no modelo, ser ideal implica também que as poténcias complexas na entrada ¢ na saida sio iguais, ou seja, nao ha dissipagdo de poténcia ativa ou reativa entre os nos K€ p: Ex lim + Elta = 0 ay A partir das relagdes (1.10) e (1.11), obtémse f he - tel = 4, (12) Iu Waal ou seja, as correntes Iyy € Inu estilo defasadas de 180° e suas magnitudes esto na razio a:l (0 transformador em-fase pode ser representado por um circuito equi- valente do tipo , conforme esti ilustrado na Fig. 1.5. A determinagao Figura 1.5 — Cireuito equivalentem transformadores em-fase: A= diag B= hd We © CHU Allie das admitincias 4, Be C do eircuito equivalente é feta identiticando-se as cOFFEnteS Ly, Imi do modelo da Fig. 1.4 com as correntes corres- pondentes do cireuito equivalente da Fig. 1.5. Na Fig. 14, tem-se: Jim = ~ AVinl Em — Ep) = (22 vim) Ex + (— and Em Inu = Yaml Em — Ey) = (= yin) Ex + Oren Ew (113) Para 0 modelo da Fig. 1.5, pode-se escrever: ig = (A + BYE, + (— A) Ew Ing = (AVE, + (A + CVE aap Identificando-se os coeficientes de E, © Ey Nas expressdes (1.13) ¢ (1.14), obtém-se: A= aim B= ala— 10m ee C=0- aim [As expresses (1:15) permitem @ analise do efeito da relagao de trans- formagdo 1: sobre as magnitudes das tensdes terminais Hy € Vq. Con- sidere-se inicialmente a= 1. Neste aso, as admitancias B e C so nulas, © 0 Circuito equivalente x reduz-se & admitancia serie Jpq- Alterando-se «1 relagio de transformacdo para um valor a <1, B ter sinal contririo 4 Yim &. portanto, seri do tipo capacitive, enquanto C seri do tipo in- dutivo: isto implicari uma tendéncia a aumentar Hy e reduzit Vq. AO contrario, fazendo-se a > 1, B sera indutivo (mesmo sinal que Je) enquan- to C seri do tipo capacitivo: haverd uma tendéncia a diminuir Y, ¢ au- rmentar by, Se uma das barras terminais tiver tensdo regulada (PY, HO, et.) u estiver eletricamente proxima de uma barra desse tipo, a outra barra terminal solrera os efeitos das alteragdes na relagdo Isa. Nestes casos, ‘ou seja, quando uma das tensoes terminais ¢ rigida, tudo se passa como se 0 transformador se apoiasse em um de seus terminais para clevar ou diminuir a magnitude da tensio do terminal oposto. 8 ‘FLUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA 1.23. Transformadores defasadores Este tipo de transformador permite que se controle 0 fluxo de po- téncia ativa do ramo no qual ele esti inserido. A situagio ¢ andloga a de um circuito (rede) em corrente continua no qual se insere uma fonte de tensio em um de seus ramos. Dependendo da polaridade da fonte, a cortente que passa no ramo poderi aumentar ou diminuir devido a introdugdo da fonte, eventualmente mudando de sinal. Em uma rede de transmissdo em corrente alternada, 0 defasador, como 0 proprio nome indica, consegue afetar o fluxo de poténcia ativa introduzindo uma de- fasagem entre os nds k e p (ver 0 modelo de defasador puro na Fig. 16). Ono) (yore (ns6n) Loe t ° le io Yew ae! Figura 16 ~ Delasador puro (r= 6) Considere-se, por exemplo, uma situagao na qual, antes de se intro- [bir ceasador, otuxo de potencia ative tem o sentido kvm (> 1) Sekt o> 0-0 fingulo introduzido pelo detasador, isto &. #,~% +. Se © ramo k—m for radial, o Nuxo Phy fear’ inalterado, passando nova abertura angular do ramo km a ser dada por ya n+ 0, OW sejay 4 abertura angular sobre a admitincit yg fieard inalterida (Goa = Pols o8 nds pe m sofrerio a mesma variagio angular (8, f= Oz +) Se 0 ramo k— nm nao for radial, situagio que realmente tem inferesse prtico,o restante do sistema tender a impedir que aber- tura angular é,q varie livremente, ea variaedo provoeada pela. introdug do desafador Sera tanto menor guanto mais “forte” for o sistema de transmiss2o (on quanto maior fora magnitude da susceptancia equivalente total entre os nos ke m, em rekigio a susceptineia do delusador), Neste aso, a abertura angular sobre a admitancia ig, PASSA SEF By > fo que implicara um acréscimo no Muxo de potent aliva no ram k — (© mesmo raciocinio pode ser repetide para negative, caso em que © fluxo de poténcia ‘ative no ramo k~m diminuiri com a intro dugio do. defesador. Uma situagio extrema ocorre par sistemss infinitamente “fortes”, pars ox quais os angulos 8, © By so rigidos isto €. nao variam com o angulo « introduzido pelo defasador (obvia- tment. esta € uma situa ideal), Neste C480, teM-Se Pig = Epa — 0 = Son 8, ouseja,aalbertura angular sobre. admitincia Yq. poe introducdo do deiasador, & 8). 820+. Isso significa que todo"s angulo y do dk fasadoré somado a aberiura angular existenteinicialmente entre os pon- tos pe m (se @ for posit, 0 fluxo de poténeia ativa aumentari,e Vic Fino de carga — aspectos gris 9 versa). Existem, portanto, duas situagdes exiremas: o ramo k~m é radial, ASO EM GUE ym = pms Signiticando que © uxO Prw independe de 9: © ramo k—m nao € radial ¢ a rede é infinitamente forte entre os és k € m, caso eM QUE pm = On +g. significando maxima influéncia de @ sobre Pia. AS situagdes praticas esto entre os dois extremos, ou seja. ara ¢ > 0, Lem-S¢ Om < Opn < Opn + @ (relagao aniiloga vale para y <0). Note-se que toda a’ discussdo precedente vale para sistemas de tran: Imisso tipicos, nos quais os fluxos de poténcia ativa dependem basica- mente das aberturas angulares nos ramos (as reatincias série so muito maiores que as resistencias série). No caso do defasador puro (aquele que s6 afeta a relago entre as fases das tensdes Ey © E,, sem afetar a relagdo entre suas magnitudes), tem-se: (116) © que equivale a dizer 0, = +0. (47) pois as magnitudes das tensdes ¥, ¢ Va so iguais. Substituindo-se (1.16) em (1.11), obtém-se Im yt = ee diel (1.18) AS correntes Tim © Tu podem ser escritas em fungio das tensdes sterminais, da mesma forma que foi feito para o transformador em-ase, resultando Fam = UV (Em — Ep) = Ore E+ (= 1% En (1.19) Wud E + (inl En Ine = Yam Ew — E,) = Pode-se observa facilmente que é impossivel a determinagdo dos par: metros 4, Be C do circuito equivalente x neste caso, pois nas expres sdes (1.19) 0 eoeficiente de Ey, na equagio de Iq difere do coeficiente de Fy na equagio de Im (—T*Yim € ~ lq, Fespectivamente). Ja foram discutidos 0 transformador em-fase (1 = a) ¢ 0 defasador puro (1 =e"). O defasador com 1= ae"? afeta nio s6 0 fluxo de poténcia ativa mas também o fluxo de poténcia reativa (ou as tensdes terminais, ‘© que da no mesmo) do ramo onde esta inserido. O procedimento seguido na obiengdo das equagdes de In € Im» NESE Caso, & 0 mesmo dos casos precedentes. © pode ser facilmente repetido por analogia. A iinica dif renga, em relagio as expressdes (1.19), € que 0 coeficiente de E, na equa- ‘¢Ho de fag Passat & Ser d?4m €M Ver dE Yun, Uma possibilidade pratica 10 ‘RLUNO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETAICA © simples de se representar aproximadamente um defasador com a# 1 cconsiste em utilizar-se de um modelo constituido de um transformador em-fase (t= a) em série com um defasador puro (¢ =e!) 1.3. Fluxos de poténcia ativa reativa As expressdes dos fluxos de poténcia ativa Pip € poténcia reativa cm podem ser obtidas a partir dos modelos apresentados na segio pre- cedente, conforme seri mostrado a seguir. 1.3.1. Linkas de transmis J4 foi visto anteriormente que a corrente fq em uma linha de trans missio € dada por Fam = Yam Ex — En) + JIE, (1.20) © fuxo de poténcia complexa correspondente € Stn = Pan — iQtm = Et lam = = Tim eM (H OP — Veg eo) + jit, V2 an Os flux0s Pin € Qum SiO obtidos identificando-se as partes reais e ima- ginarias dessa equaigdo complexa, resultando Pam = Vi7Gam — Vi Vnithum C05 On — Vi Vadim S60 Oy (1.22) am = — Vidhan + bit) + VaVinbim 208 Ohm — Vi Vain SEM Ohm Os fuxos Pry © Om, 80 obtidos analogamente: Pra = Vind ~ Vi¥ndum 08 tm + Vi Vobim 860 Hayy (1.23) Qn = — VEU bim + Bi) + VeVi CO8 Om + Vi Vanim SEM Oi As perdas de poténcia ativa e reativa na linha sio dadas, respecti- vamente, por Pam + Pat = Gin VE + V3, 2 VV 00S Oty) tom | Ex — Em? (1.24) am + On = — BEM VE? + V2) — bug VE + VB. 2V, Fn 08 Oo mlVE+ Vi — bim| Ex Em|? ‘Puro de carga aspectos gras u Notar que |£,~Eq| € a magnitude da tensio sobre 0 elemento série do. modelo equivalente 1: im | Ex — Em|? sto as perdas Ghmicas: ~ bun | Ex — Em | S20 as perdas reativas no elemento série: e — beh V+ V3) corresponde i geragio de poténcia reativa nos elementos shut (lembrar que, em linhas reais, bq <0 © By3,> 0). 1.32. Transformadores em-fase Foi visto na seedo precedente que a corrente Iq em um transforma- dor em-fase Jim = Annu — End (125) © Muxo de poténcia complexa correspondente & dado por She = Pim Om = Ef lin = (1.26) = Mam in He eM (dy Vi eM — hye) Os f1Ux0s Pim © Qi SG0 obtidos identificando-se as partes reais © imagi- hnarias dessa equagdo complexa, resultando Pan = (Gam¥a) Gam ~ (nM )Vndim C08 Ooms — (dn ¥) VnPie 86M Oa 27 Dam = — (dn Va? Ban + (ton Yi) Vim €08 Oa ~ (Cin Fe) Vain SEP Oa Estas expressdes poderiam ter sido obtidas por inspegio comparando-se (1.26) com (1.21): em (1.26) ndo aparece o termo jbj}.V? ¢, no lugar de V,, aparece din. Conseqiientemente, as expressies de Pam © Qum Para ‘0 transformador em-fase sio as mesmas deduzidas para linhas de trans- ‘missiio, bastando ignorar 0 termo que depende de if, © substituir h, POF dims 1.33. Transjormadores. defasadores Para 0 defasador puro foi visto que Dam = Var Eg 0°! E g) = Vig Me(Ey em — Eg) (1.28) © Muxo de poténcia complexa correspondente & dado por Ste = Pun — Qin = Et lin = a (129) enh mY, la od — Ve") iim Ve 12 FLUNO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETIICA Os Muxos Puy € Qi S40 obtidos identificando-se as partes reais ¢ ima- gindrias dessa equagao complexa, resultando Pam = Vithn ~ ViVoidam COS (Oy + Pim) — ViVedbim S80 (ame * Pa) (1.30) Qaim = — VE bum + ViVenPin COS (hae + Pare) — Vi Vnilion SE (am + Pam) Estas expressdes poderiam ter sido obtidas por inspecdo comparando-se (1.29) com (1.21): em (1.29) no aparece o termo jbit ¥? ¢, no lugar de 04, aparece 0, + @in. Conseqiientemente, as expresses de Pim © Qim Para ‘0 desafador sdo as mesmas deduzidas para linhas de transmissio, bas- tundo jgnorar 0 termo que depende de Fi SUDSIUIE Min DOF "n+ Bim 1.34. Expressdes gerais dos fluxos s fluxos de poténcia ativa e reativa em linhas de transmissdo, trans- formadores em-fase, defasadores puros ¢ defasadores, obedecem is expres- ses gerais Pam = (am¥a Yam ~ (Gan) Valin £08 (i + ig) ~ (ain Vi) Vebem 82M (Bam + Pam) (131) Qn = (lam Va? (Pam + BIR) + (dam) Vain €08 in + in) + ~ (Gig ¥) Vin $29 lime + Pie No caso de linhas de transmissi0, die = 1 € Gin =O. Para trans- formadores em-lase, b= 0 € Pin = 0. Para os defasadores puros, bik = 0 € din = |. Finalmente, para os defasadores, bi = 0 No inicio deste capitulo, foi formulado 0 problema do fluxo de carga como sendo edmposto de dois sistemas algébricos: o sistema de equa- @8es (1.1) € 0 conjunto de inequagoes (1.2). Neste ponto, € interessante hotar que 05 UX0S Pin € Quq; que aparecem em (1.1), sdo dados gene- ricamente pelas expressoes (1/31) 1.4, Formulacio matricial A injegdo liquida de corrente na barra k pode ser obtida aplicando-se a Primeira Lei de Kirchhoff a situagdo geral representada na Fig, 1.1 Lt M= Stig (k= 1,.NB) (32) ‘Puno decargn — nspecon gers 13 A corrente fig em uma linha de transmissio (Fig. 1.2), transforma- dor em-fase (Fig. [4) e defasador puro (Fig. 1.6) € dada, respectivamente, pelas seguintes expresses: Jam = (am + JPRRVE, + (= Yin) Em Jagg = (GinVindE, + (= dundin) Em (133) In (im) Ee + (= ©" ,m ME conforme ja foi demonstrado anteriormente (expresses (1.20), (1.25) € (1.28), respectivamente). As expressdes (1.33) podem ser postas na seguinte forma geral Van = (dimVion + Fim) Ex + (= Aig ©! Vem Eos (134) sendo que, para linhas de transmis, dim=1 € Gin =0: para trans- formadores em-fase, bi = 0 € @im = 0: & pata defasadores puros, bis = 0 € diq= I. [Lembrar que os delasadores com dyn #1 so representados fon ator pola Tf trom translormador em-fase (m= 0) Considerando-se /ue dado em (1.34), a expresso de J, (1.32) pode ser reescrita da seguinte maneira A= GOP + SGI + dinvim Ex + Aim yg)Em (1.35) ) para k= 1,NB, pode ser posta na forma matricial YE (136) _ Esta express em que 1 —vetor das injegies de corrente, cujas componentes silo 1k= 1, NB) E-~ vetor das tensoes nodais cujas, componentes sto E,= Ve" Y = G+)B— matriz admitancia nodal Os elementos da matriz. ¥ sdo Yin =~ din Vm in = ibe + Yih + adn) gs7) Em geral, essa matriz é esparsa, ou scja, tem uma grande proporgio de elementos nulos, pois Yim =0 sempre que entre os nds k € m nao exis- tirem linhas ou transformadores. Note-se que, se o elemento existente entre as barras Ave m for uma linha de transmissi0, Yq = — Yi $e for lum transformador em fiSe, Yn ~danyugi €, 8e for ui defasador puro, 4 |RLUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA Yim= —€-/*" Yq. Se a rede for formada de linhas de transmissdo © transformadores em-fase, a matriz Y sera simétrica. A presenga de de- fasadores torna a matriz assimétrica, pois neste caso, para o modelo da Fig. 1.6, Yn = Cig © Vag = —O™ Yamw A injecdo de corrente 1,, que € a k-ésima componente do vetor I, pode ser colocada na forma T= Maat Y YwEm = So Yom Eims (1.38) em que K € 0 conjunto de todas as barras m adjacentes i barra k, in- cluindo a propria barra k, ou seja, 0 conjunto K é formado pelos ele- mentos do. conjunto 0, mais a propria barra h. Considerando-se que Yin = Ginn + JBum © Em = Vue? & expresso (1.38) pode ser reescrita da seguinte maneira T= ¥ (Gam + jBim) (Vm) (1.39) A injegdo de poténcia complexa 5, € St = Pe— JO = Eth Substituindo-se (1.39) em (1.40) ¢ considerando-se que E,' obtém-se: St= Ke YL Gem + JB) Vm") al) AS injegdes de poténcia ativa ¢ reativa podem ser obtidas identificando-se ‘as partes real imaginaria da expresso (1.41) PL = Va LY, Val Gim 005 Om + Bi S62 Osh (142) Q, = VT Val Gam SEP Yay — Bay COS Yay) 15. Impedancia equivalente entre dois nds Nesta segdo sera descnvolvida uma expresso que da a impedincia (ou a admitancia) equivalente entre dois nos quaisquer de uma rede de impedincias: modeladas por / = YE. Este resultado & muito importante € sera utilizado varias vezes nos capitulos subsequentes Seja Z= Y-' a matriz impedancia nodal da rede (¥ € Z simétricas). A impedancia equivalente entre os mds k € m pode ser determinada como se segue’ ‘Pvo de cope aspects gees 16 1) Imagine-se que todas as fontes de corrente (L) sio desligadas da rede e que uma fonte de corrente ideal e unitaria seja ligada entre 0s nés k em, conforme esti indicado na Fig, 1.7 Rede (a) (b) Figura 17 ~ Determinagio de 22% a diferenga de tensdio entre os nds k € m sera dada fi) Nesta situaga por Zan + Zam — 2Zem 43) sendo Zi. Zim € Zim elementos da matriz Z, conforme € indicado a seguir. Zim silk (144) 16 ‘UXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA iii) A impedineia equivalente =f & dada pelo cociente da queda de tensio entre os nds k—m e a corrente aplicada. Como a corrente & unitiria tem-se Zu + Lam — 2 Zin (14s) Problemas 1.1. Considerar um sistema constituido de trés barras e ts linhas de transmissdo, cujos dados, em p.u, esto tabelados a seguir (ter 0 ‘modelo equivatente x representado na Fig. 1.2) Linha r x bo 1-2 | 010 | 100 | os 1-3 | 020 0.10 0.10 | 1,00 | 0.05 a) Montar @ matriz. admitincia nodal ¥; tomando 0 né terra como, referéncia, b) Colocar a matriz ¥ na forma condutincia nodal e B é a matriz susceptincia nodal 12, Determinar a matriz. impedancia nodal (Z do problema precedente. 13. Determinar a impediincia equivalent do Prob. 1. 14, Considerar bit: = bi! =b!'s=0 para a rede do Prob. 1.1 ") para o sistema 28's entre os nds 2 ¢ 3 da rede 4) Calcular as matrizes Ye Z para 0 novo sistema, tomando a bar- Fa I como referéncia (note que nao cxistem ligagdes para ono {erra: as matrizes Y © Z passam a ter dimensio 2 x 2) ») Determinar a impedancia equivalente =$ entre os nds 2 ¢ 3 da nova rede; comparar com o resultado obtide no Prob. 1.3 Capitulo 2 FLUXO DE CARGA LINEARIZADO © fuxo de poténcia ativa em uma linha de transmissdo € aproxi- madamente proporcional & abertura angular na linha € se desloca no sentido dos angulos maiores para os Angulos menores. A relago entre 0s Mluxos de poténcia ativa eas aberturas angulares & do mesmo tipo da existente entre os fluxos de corrente e as quedas de tenso em um cir- cuito de corrente continua, para a qual é valida a Lei de Ohm. Esta pro- priedade possibilita o desenvolvimento de um modelo aproximado, cha- mado de fluxo de carga CC, que permite estimar, com baixo custo com- putacional e preciso aceitavel para muitas aplicagdes, a distribuigdo dos fluxos de poténeia ativa em uma rede de transmissdo. Este tipo de modelo linearizado tem encontrado muitas aplicagdes na andlise de sistemas eletricos de poténcia, tanto em planejamento como na operagao do sistema, © fluxo de carga CC ¢ baseado no acoplamento entre as varidveis Pe 0 (potencia ativa/angulo) e apresenta resultados tanto melhores quan- to mais elevado o nivel de tensio. Além disso, o mesmo tipo de relagao valida para linhas de transmissio pode ser estendido também para trans- formadores em fase ¢ defasadores. Este modelo linearizado, no entanto, ndo é aplicavel para sistemas de distribuigio em baixa tensio, nos quais 6s uxos de poténcia ativa dependem também, e de maneira significativa, das quedas de tensdo. Nestes sistemas & possivel a utilizagaio de modelos linearizados baseados em outras caracteristicas fisicas da rede, que nao a relagio Pt Deve-se observar que 0 Modelo CC nio leva em conta as magni- tudes das tensdes nodais, as poténcias reativas € os taps dos transforma- dores, Por esta razio ele no pode substituir por completo os métodos nio-lineares de fluxo de carga, mas tem, todavia, grande utilidade em fases preliminares de estudos que exigem & anilise de um grande niimero de casos, © que dificilmente poderia ser feito utilizando-se os métodos convencionais. Em fases subseqiientes dos estudos, se for necessirio 0 conhecimento de variaveis como as magnitudes das tensdes, os fluxos de poténcia reativa e os valores dos raps de transformadores, entdo deve-se ir para uma solucdo exata utilizando-se um dos métodos elassicos de fluxo de carga (Newton, desacoplado, etc) 1 ALUXO DE CARCA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA 21, Linearizagio Considere-se 0 fluxo de poténcia ativa Py em uma linha de trans- isso, dado pela expresso (1.22) deduzida no capitulo precedente: Pan = Vigin — WV 98 am —V;VgPim 820: 1) © Muxo no extremo oposto da linha & Ps = V2him — VeVedtn COS Oy + ViVain SED Oo 22) Ji foi visto que as perdas de transmissio na linha so dadas por Pam + Pou = GinlV2 + V2 — 2¥,Vn COS Osm) 23) Se os termos correspondentes as perdas forem desprezados nas expres- 80€5 de Puy € Pou, terse Pag = — Prt = ~ViVaPin 8 Ok 24) ‘As seguintes aproximagdes podem ainda ser introduzidas em (2.4): W=Vy = 1 pu se On = Om 25) =1 by Xe © fluxo- Py pode entdo ser aproximado por a= 6, Pia = Hintig= (26) Esta equagdo tem a mesma forma que a Lei de Ohm aplicada a um re- sistor percorrido por corrente continua, sendo Pyq anilogo a intensidade da corrente: 6 € 0 anilogos as tensdes terminals: € X4y andlogo resis téncia. Por esta razdo, 0 modelo da rede de transmissio baseado na lagdo (2.6) & também ‘conhecido como Modelo CC. Considere-se agora 0 fluxo de poténcia ativa Py, em um transfor- mador em-fase, dado pela expressio (1.27) deduzida no capitulo precedente: Pam = (dim Vi)? tmn — (Am Vi) Von Bim COS Pm — (se Ve) Vo Ding SER Oy (2.7) Desprezando-se os termos correspondentes as perdas ¢ introduzindo-se a8 aproximagoes (2.5), chega-se a Pano ce cng inearindo 19 Pn = dimen Ohms (28) sendo que dig pode ainda ser aproximado por din 1, caso em que a expresso do fluxo de poténcia ativa no transformador se reduz.a expresso (2.6) valida para linhas de transmissio. O fluxo de poténcia ativa Py, em um defasador puro & dado pela expresso (1.30): Pam = VE dam — Vi Von am 608 (Oamn + Gi) — Ve Ve Phe $60 (Osm + Pin) (2.9) ile seas os eins Geretponiente a riers eualirandone V.= bg= Ipu © big = Xgl chepa-se a Pan = Xin! Se0(0in + Pin) 2.10) Os Angulos Ox © Pum podem ter, individualmente, valores elevados. O mesmo, entretanto, ndo ocorre com a abertura angular efetiva Om + Pim existente sobre a admitincia yj, que € da mesma ordem de magnitude das aberturas angulares existentes em linhas de transmissio e transfor- madores em fase. Isto permite que seja feita a aproximagao Page = Xin hn + Om) uty © fhuxo Pyq tem duas Componentes: uma, que depende do estado dos 16s terminais (xip!uq) € Outta, que sé depende do Angulo do defasador (Xin Pim) Considerando-se Py como sendo constante (no caso em que in Varia automaticamente pode-se tomar © valor bisico), a expresso (211) pode ser representada pelo modelo linearizado da Fig. 2.1, onde componente invariante do fluxo (tig!Pix) aparece como uma’ carga adicional na barra k e uma geragdo adicional na barra m (ou vice-versa, ara Pum Negativo). oe Figura 21 ~ Modelo linearizado de um transformador deisador puro 20 FLUKO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA 22. Formulacdo macricial (P 'e) (© modelo linearizado desenvolvido anteriormente pode ser expresso matricialmente por uma equagao do tipo 1= YE. Para maior simplici- dade de exposigio, considere-se inicialmente uma rede de (ransmissio sem transformadores em-fase Ou defasadores. Neste caso, 08 fuxos de poténcia ativa nos ramos da rede so dados por Pom = Xiat Om (2.2) fem que Xin € a reatdncia de todas as linhas em paralelo que existem no. amo k—m, A injecio de poténcia ativa na barra k & igual a soma dos fluxos que saem da barra, ow seja Po= ¥ xinlim (k= 1, NB) (213) Esta expresso pode ser colocada na forma Pr=CX xed + YS (xin Od (214) que por sua vez admite uma representagio matricial do tipo P=BO (245) em que: o P= vetor das injegdes liquidas de poténcia ativa B — matriz tipo admitincia nodal ¢ cujos elementos sio: — vetor dos dngulos das tensdes nodais Bin = —Xinl (2.16) Bu= ¥ Xin A matriz BY, que aparece em (2.15), & singular, pois, como as perdas de transmissio foram desprezadas, a soma dos componentes de P é nula, ou seja, a injego de poténcia em uma barra qualquer pode ser obtida a partir da soma algébrica das demais. Para resolver este problema, elimi- hha-se uma das equagdes do sistema (2.15) ¢ adota-se a barra correspon dente como referéncia angular ((,=0). Desta forma, esse sistema passa 4 ser nao-singular com dimensio NB—1 e os fingulos das NB—1 barras uno de crs tinearizaso 2 restantes podem ser determinados a partir das injegdes de poténcia es- pecificadas nessas NB—1 barras (supde-se que a rede seja conexa) Considere-se agora um sistema no qual, além de linhas de trans- missio, existem também transformadores em-fase e defasadores. Em te- lagio ao modelo desenvolvido anteriormente (P = B'0), duas observagoes devem ser feitas: uma referente a formacio da matriz dos coeficientes B © outra quanto ao vetor independente P. Transformadores em-fase © delasadores sdo tratados da mesma forma que as linhas de transmissi0 na formagao da matriz de B, ou seja, a regra de formagdo dessa matriz € 4 mesma para os trés tipos de Componentes. No que se refere ao velor P, deve-sc levar em conta em sua formagio a existéncia das injegdes cquivalentes utilizadas nia representagio de defasadores, conforme € in- dicado na Fig. 2.1 Considere-se como exemplo o sistema representado na Fig. 22, no qual a barra 5 foi adotada como referéneia, Neste caso, 0 modelo BO assume a forma Py tacph | oar 0 0 a Pi] | awk pxidtaiead) a3 o 0 Py 0 =m} sadtasa | ad Os P. 0 0 =i |astras! [o Kae P-Pe-PyP, IP, Figura 22 — Rede-exemplo de cinco barras 22 FLUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA A utilizagio do modelo P= BO pode ser ilustrada pelo sistema de trés barras representado na Fig. 2.3, onde todos os dados aparecem em pu. AS matrizes Be (B)"' so dadas, respectivamente, por (yt = -— Figura 23 — Rede-sremplo de trés burrs Os Angulos nodais (em radianos) so obtidos da seguinte mancira va | 18 0s =14 = (Bye 18 | 5/16 -10 =38 ou seja, 02 = —0.25 ¢ 0, 0,375. Os fluxos nas linhas so dadas por Pia= x02 = 75 = Xi30.3 = 075 x2402.5 028 uno oe carga resins 23 23. Modelo CC A relagio P = B@ pode ser interpretada como o modelo de uma rede de resistores alimentada por fontes de corrente continua, em que P €0 vetor das injegdes de corrente, ) € 0 vetor das tenses nodais € Bé 4 matriz admitancia (condutncia) nodal. Assim sendo, todas as propric- dades validas para circuitos em corrente continua podem ser utilizadas para facilitar o entendimento do modelo linearizado da rede de trans- isso. No Modelo CC, a componente P, do vetor P & a intensidade de uma fonte de corrente continua ligada entre 0 né k € a barra de refe- réncia: a reatincia xy interpretada como uma resistencia: € Us, como fa tensio do n6 k. A’Fig. 24 representa 0 Modelo CC correspondente a rede-exemplo de cinco barras dada na Fig. 22. Figura 24 — Modelo CC para a rede-exemplo de cinco barrus da Fig. 2 Uma caracteristica importante do modelo lincarizado € o fato de ele fornecer uma solugo mesmo para problemas que ndo poderiam ser resolvidos pelos métodos convencionais de fluxo de carga, Isso ocorre freqiientemente em estudos de planejamento quando, para uma dada rede, testam-se acréscimos de carga/geragdo, Nesses estudos observam-se pro- blemas de convergéncia nos programas de fluxo de carga causados ou por insuficiéncia de suporte de poténcia reativa ou, entdo, por falta de capacidade de transmissio para atender as novas condigdes de carga. 24 FLUNO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA Em ambos 0s casos, 0 modelo linearizado fornece uma solugdo que pode servir como indicativo do que esta ocorrendo com a rede. Meso sendo aproximada, a solugao do Modelo CC & mais itil que a informagio dada por um programa convencional de fluxo de carga que diz simplesmente que a convergéncia nao foi obtida. A nica condigao exigida para que ‘© Modelo CC fornega uma solugao € que a matriz B’ nao seja singular, © que equivale a exigir que a rede seja conexa, Figura 25 — Redeexemplo de duas burras Considere-se o sistema de duas barras representado na Fig. 2.5, no qual as magnitudes das tensdes nodais slo unitdrias © a resistencia da linha é nula, A Fig. 2.6 apresenta duas curvas P x ) para o sistema da Fig, 25. A curva I se relere a Modelo CA Pa = Nipl SED Om (2.17) | Curva 2 (modelo CC) Curva 4 (modelo CA) : ~ Oo Om Figura 26 ~ Curvas Pi? para os modelos CC ¢ CA, ‘node carp ineariado 25 enquanto 4 curva 2 corresponde ao Modelo CC Pam = Xia Oam (218) Pode-se notar que, para um nivel de carga P2, ambos os modelos forne- cem uma solugao, Ja para um nivel de carga mais elevado, P', 0 modelo inear nao tem solugdo. A solugao fornecida pelo Modelo CC, apesar de incorreta, pode ser util pois di uma idéia de quanto est sendo exce- dida a capacidade de transmissio da linha, enquanto 0 modelo nio- -linear simplesmente diz que no ha solugio viavel. Conforme foi apontado anteriormente, uma outra razio pela qual fs métodos convencionais de fuxo de carga apresentam dificuldades em alguns esiucos de planejamento € a falta de conhe- cimento sobre 0 comportamento reativo do sistema (reatores, conden- sadores, raps, barras PY, etc), O modelo linearizado P= B'0 ignora a do problema, que entdo s6 serd considerada em fases subse alientes do estudo, quando se tiver uma idéia mais conereta sobre as condigdes futuras do. sistema. 24. Represemtacao das perdas no Modelo CC Em redes de transmissio com dimensdes elevadas, [2] 0 montante das perdas de transmissio pode ser muito grande quando comparado com 0 nivel de geragdo da barra de referéncia (ou barra de folga). Por exemplo, perdas totais de S00 MW para um nivel de geragao na barra de referéneia de 1.000 MW. Em situagdes como esta, os fluxos estimados pelo Modelo CC nas linhas que esto ligadas diretamente a barra de referéncia, ow esto em suas proximidades, podem apresentar erros muito elevados (100%, por exemplo) devido a’ nao consideragao das perdas de transmissao e da conseqiiente redugio da geragio da barra de refe- réncia (por exemplo, em vez de gerar 1 000 MW, gera apenas 500). Visto de outra forma, pode-se dizer que as perdas correspondem a cargas dis- tribuidas por todo © sistema, e que so atendidas pela barra de referencia Isto porque, na formulagio usual do fluxo de carga CA, a injegio de poténcia ativa na barra de referéncia nao é especificada, sendo dada pelas perdas de transmissio (s6 conhecidas apds a resolugao do problema) ‘mais a carga liquida de todas as demais barras do sistema (cargas menos geragioy, Nesta secdo seri apresentada uma maneira aproximada © de baixo custo computacional de ge incluir © efeito das perdas de trans- missaio. no Modelo CC. 26 ‘ALUXO DE CARGA EM REDES DE ENERGIA ELETRICA Considere-se mais uma vez. a expresso da poténcia ativa P, (1.42). deduzida no capitulo precedente e reescrita a seguir: P= Va Y Va(Gin 08 Yom + Bim Se aml, (2.19) fem que K € 0 conjunto das barras vizinhas da barra k, incluindo-se a propria barra k. Aproximando-se as magnitudes das tensOes nodais por 1 pu, € rearranjando-se o somaterio, obtém-se Pe iss +X (Gay COS Oy + Bam SEM Om) (2.20) em que 9, € 0 conjunto das barras vizinhas da barra k, excluindo-se a propria barra k. Considerando-se que (2.21) obiém-se P= (1 = 605 Oe) Gam +S Nig! SEM Oy Aproximando-se 608 ym = 1 — (2 ,/2 223) Se Om = kn cobiém-se, finalmente, Pr 12-¥ dalin = Y Xin!Oam (224) ‘Qual o significado de guaflim? Esta pergunta pode ser respondida anal sando-se-a expresso das perdas de transmissio na linha k—m Perdas = Pim + Pm = GinlVi + Vie > 2Vihm C08 0am) (2.25) Fazendo-se ¥j=Vq= pu. € aproximando-se 08 Om por 1 ~ Oa/2. obtémse Perdas = Pam + Pra = dealin (2.26) Aunocecaryaneareato 27 Portanto, 0 lado esquerdo da Eg. (2.24) & dado pela injegio liquids de poténcia ativa na barra k menos a metade das perdas ativas de todas as as adjacentes a esta barra. Ou seja, 0 efeito das perdas pode ser repre- sentado aproximadamente como cargas adicionais obtidas dividindo-se as perdas de cada linha do sistema entre suas barras terminais (metade para cada lado). Desta forma, 0 Modelo CC passa a assumir a forma B+ powm = BO 227) ou seja, © novo modelo é adicionando-se © vetor PP’ ativa ‘Um procedimento que pode ser adotado na resolugio do sistema (2.27) consiste cm calcular uma solugdo temporaria 9 resolvendo-se 0 sistema P= BD, no qual o efeito é ignorado; calcular as perdas aproximadas a partir da solucdo 0 e distribui-las como cargas adicionais por todo o sistema, conforme foi descrito anteriormente; finalmente, resolver o sistema (2.27), incluindo as perdas calculadas no passo prece- dente ¢ determinar 0 estado da rede 0, a partir do qual podem ser esti- mados os fluxos de poténcia ativa, Neste procedimento sio resolvidos dois sistemas lineares (para determinar 0 e 0, respectivamente). com ve- tores independentes distintos (P e P+ PP, respectivamente), mas com a mesma matriz dos coeficientés B. Ou seja, se a matriz inversa (B)-* for calculada para a resolueao do sistema P= BD, a mesma matriz pode ser utilizada na resolucio do sistema P + P*"* = BY (o mesmo ¢ valido se em lugar da inversa de B’ forem utilizados seus fatores triangulares LDU no processo de resolusio) Na anilise de contingéncias de linhas/transformadores € necessaria a resolugio de virios sistemas semelhantes que correspondem a uma série de configuracdes da rede obtidas a partir de uma configuragio basica pela remogio de uma (ou mais) linha/transformador por vez. Neste tipo de aplicagdo, pode-se considerar, sem deteriorar a qualidade dos resul- tados, que o vetor PP permanece o mesmo pata todas as contingéncias. Isto signifiea que basta calcular © vetor de perdas para a configuragio bisica. tido a partir do modelo original (P= B'A) 40 velor das injegdes nodais de poténc Problemus 2.1, Considerar uma linha de transmissdo k—mi cujos pariimetros do mo- delo equivalente © S80: Fye=Osl Pitts Xin = 1,0 Pu. € Pid, = 005 p, (wer a Fig, 1.2). AS magnitudes das tensdes das barras terminais so Ve= 1.0 pa ¢ Vq=098 pu.:a abertura angular na linha € O_= 15% a) Calcular 0 fluxo de poténcia ativa Po.

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