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Antonio G.

Thomé
Thome@nce.ufrj.br
021 9956-4800
COMUNICAÇÃO DE DADOS

I - INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
I.1 HISTÓRICO X CRONOLOGIA ......................................................................................... 3
I.2 CLASSIFICAÇÃO DAS REDES....................................................................................... 3
I.3 OBJETIVOS E CARACTERIZAÇÃO DAS REDES......................................................... 3
I.4 FATORES FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS NO AMBIENTE DE REDES............... 4
I.5 ARQUITETURA CLIENTE-SERVIDOR............................................................................ 5
I.6 ABORDAGENS SOBRE A COMUNICAÇÃO DE REDE................................................. 6
II – COMUNICAÇÃO DE DADOS........................................................................................ 9
II.1 REPRESENTAÇÃO DOS DADOS.................................................................................. 9
II.2 TIPOS DE SINAL (DIGITAL E ANALÓGICO) ................................................................ 9
II.3 PROCESSAMENTO DE DADOS (P&D)......................................................................... 9
II.4 TELEPROCESSAMENTO ............................................................................................... 9
II.5 MODALIDADES DE PROCESSAMENTO...................................................................... 9
II.6 REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS........................................................................ 10
II.7 TIPOS DE TRANSMISSÃO ........................................................................................... 10
II.8 MODULAÇÃO - MODEM............................................................................................... 11
II.9 INTERFACE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS............................................................ 15
II.10 LIGAÇÃO DEDICADA X LIGAÇÃO COMUTADA ..................................................... 16
II.11 DECIBEL – GANHO OU ATENUAÇÃO...................................................................... 17
II.12 MULTIPLEXAÇÃO....................................................................................................... 18
II.13 CONCENTRADOR/CONVERSOR.............................................................................. 18
II.14 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO ......................................................................... 18
II.15 MEIOS DE TRANSMISSÃO ........................................................................................ 23

______________________________________________________
Comunicação de Dados - Celso Cardoso Neto e Antonio G. Thomé
3

I - INTRODUÇÃO

Num sentido amplo, uma rede de computadores tem por finalidade distribuir meios de
acesso, em que usuários, em uma localidade qualquer, possam acessar outros que se encontrem
em localizações diferentes. A essência está no compartilhamento de recursos. E que tipo de
recursos ?

RECURSOS BANCO
DE MEMÓRIA DE
CPU TRANSMISSÃO PROGRAMAS DADOS
SECUNDÁRIA

I.1 HISTÓRICO X CRONOLOGIA

1962 - Pesquisa do DEPARTAMENTO DE DEFESA AMERICANO (DARPA)


1967 - Primeira Rede experimental entre Universidades e Centros de Pesquisas
americanos
1969 - Rede CYCLADES entre Centros de Pesquisas na França
1974 - Rede ETHERNET da XEROX Corporation introduzindo o conceito de Estação de
Trabalho
1974 - Rede CAMBRIDGE na Universidade de Cambridge com velocidade da ordem de
Mbps
Década - INTERNET X INTERNET X EXTRANET
de 1990

I.2 CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

As redes podem ser classificadas e caracterizadas segundo o quadro a seguir.

DISTÂNCIA PROCESSADORES
ENTRE LOCALIZADOS NO(A) EXEMPLO
PROCESSADORES MESMO(A)
0,1 m Placa Máquina de Fluxo de Dados
1m Sistema Multiprocesssador
10 m Sala LAN
100 m Prédio LAN
1 km Campus LAN
10 km Cidade WAN
100 km País WAN
1000 km Continente Interconexão de WANs
10.000 km Planeta Interconexão de WANs

I.3 OBJETIVOS E CARACTERIZAÇÃO DAS REDES

Uma rede tem por objetivo aumentar a capacidade de executar tarefas de


maneira mais produtiva.
4

Uma LAN caracteriza-se por possibilitar :

• ARMAZENAMENTO COMPARTILHADO EM DISCO


• USO COMPARTILHADO DE DISPOSITIVOS PERIFÉRICOS
• SOFTWARE COMPARTILHADO DAS APLICAÇÕES
• SOFTWARE EM GRUPO : "GROUPWARE"

I.4 FATORES FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS NO AMBIENTE DE REDES

Fatores favoráveis: • existência de considerável número de terminações em operação,


localizadas geograficamente distantes e que em determinado
momento necessitem ser ligadas para permitir a extração e a
correlação de informações sobre o grupo inteiro.
• aumento da confiabilidade do sistema obtida com esta interligação;
• preço relativo entre computadores e facilidades de comunicações;
• relação custo/desempenho de pequenos computadores sobre um
único computador de grande porte
Fatores desfavoráveis:

NOS COMPUTADORES (DISCOS GRANDES, ...) O CUSTO VARIA COM


CARACTERÍSTICAS (RAM, VELOCIDADE, ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO,...)
5

I.5 ARQUITETURA CLIENTE-SERVIDOR

Uma rede consiste de vários computadores interconectados através de placas que


funcionam como interfaces através de cabos especiais. Uma rede permite que discos e impressoras
que não façam parte de um computador sejam vistas por aplicações como se deste computador
fizessem parte.

Isto é possível através de


novas letras que denominam drives
(F:, G:, por exemplo) e portas de
impressoras (LPT2, LPT3, já que
LPT1 normalmente faz referência à
impressora local). Assim,
aplicações podem tratar todos os
discos e impressoras como se
fizessem parte daquele
computador, mesmo que
fisicamente estejam conectados a
outra máquina. REDE COM SERVIDOR DEDICADO

Nesta arquitetura, o SERVIDOR é um computador dedicado para gerenciar os recursos da


rede, normalmente em posição central. Outros computadores, denominados CLIENTES, acessam
este servidor central para aplicações, dados e espaço em disco, que por sua vez, gerencia o
compartilhamento das aplicações e arquivos de dados entre clientes utilizando estes recursos.
Servidores também manipulam recursos de impressão através do armazenamento de jobs de
impressão até que as impressoras estejam disponíveis, e não direcionam estes jobs para suas
respectivas impressoras de destino.

• BD NO SERVIDOR + ESTAÇÃO DE TRABALHO


ü computador que executa o BD no servidor realiza o trabalho pesado e passa os
resultados para a estação CLIENTE, que enviou a solicitação
• software CLIENTE/SERVIDOR
ü pode fornecer ao usuário na estação CLIENTE respostas mais rápidas,
minimizando a carga de tráfego na LAN e o custo dos computadores

Numa rede ponto-a-ponto não existe


um servidor dedicado, qualquer computador
com um disco rígido é um servidor potencial.
Computadores da rede oferece aplicações,
arquivos, impressoras e espaço em disco
para outros computadores. Numa rede ponto-
a-ponto os recursos são compartilhados pelo
computador onde os recursos estão
residentes, não sendo locados num REDE PONTO-A-PONTO
computador central.
6

I.6 ABORDAGENS SOBRE A COMUNICAÇÃO DE REDE

As redes de comunicação utilizam técnicas de comutação que permitem a transmissão de


voz, dados, imagem ou serviços integrados, independentes do tipo de conexão que façam, seja
entre computadores ou entre terminais e computadores. Os principais tipos de comutação são :
circuitos, pacotes e células.

C
COOM
MUUT
TAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
ECCIIR
RCCU
UIIT
TOOS
S

É o tipo mais antigo,


opera formando uma conexão
dedicada (circuito) entre duas
pontas. O exemplo clássico é
a Rede Pública de Telefonia.
É também conhecida como
REDE BASEADA EM
CONEXÃO.

São características da comutação de circuitos :


• Uma chamada telefônica estabelece um circuito de linha de quem telefona, através de
uma central de comutação local, passando por linhas do tronco, até uma central de
comutação remota e, finalmente, ao destinatário da chamada.
• Enquanto o circuito estiver aberto, o equipamento telefônico testa o microfone várias
vezes, converte os sinais para o formato digital e os transmite através do circuito para
o receptor.
• O transmissor tem a garantia de que os sinais serão distribuídos e reproduzidos, pois
o circuito oferece um percurso de dados seguro, de 64 Kbps, o mínimo necessário
para o envio de voz digitalizada.
• São vantagens da comutação de circuitos :
ü capacidade segura. Uma vez que o circuito é estabelecido, nenhuma outra
atividade de rede poderá reduzir a capacidade do circuito,
ü é transparente ao tipo de informação,
ü custos baixos e
ü gerenciamento simples.
• São desvantagens da comutação de circuitos :
ü falta de qualidade, particularmente quando parte de seus componentes é
analógica,
ü não implementa a detecção e correção de erros,
ü custo alto,
ü preço fixo, independente do tráfego,
ü limitação no que diz respeito à faixa de transmissão, de 300 a 3.400 Hz.

C
COOM
MUUT
TAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
EPPAAC
COOT
TEES
S

Engloba dois esquemas :

1) REDES SEM CONEXÃO.

2) REDES COM CONEXÃO.


7

C
COOM
MUUT
TAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
EPPAAC
COOT
TEES
S // R
REED
DEES
SSSE
EMMC
COON
NEEX
XÃÃO
O

É conhecida por
REDES SEM CONEXÃO,
devido ao fato de não haver
uma conexão “fim-a-fim” entre
origem e destino.

São suas características :


• Utilizando o TCP/IP, o principal exemplo é a INTERNET, que usa em nível de REDE o
protocolo IP, operando de forma “assíncrona” e executando a função do roteamento,
sem confirmações ou controle de fluxo.
• A Novell NetWare, uma das tecnologias de redes locais, utiliza o IPX como protocolo
de nível REDE, também usando esta técnica de comutação.
• Este esquema, conhecido como DATAGRAMA, constitui um serviço sem conexão,
utilizando a técnica de comutação de pacotes, no qual um HOST (ALFA), para enviar
seus dados, conecta-se ao nó de comutação através de um meio físico.
• Considerando a figura, para o host ALFA se comunicar com o host BETA não há
nenhum procedimento de chamada; os dados são enviados de ALFA para BETA,
fragmentados em unidades de informação denominadas DATAGRAMAS. O host
ALFA envia seus DATAGRAMAS diretamente ao nó de comutação, ao qual está
diretamente conectado. O nó de comutação executa o algoritmo de roteamento e
envia os datagramas recebidos ao próximo nó. Este processo é repetido
sucessivamente até o nó ao qual está conectado o host de destino (BETA).
• Cabe ressaltar que, não havendo conexão entre origem e destino, nesta técnica de
comutação não há rotinas de confirmação, detecção ou correção de erros, ficando
estas tarefas a cargo de protocolos de nível superior, geralmente aqueles da camada
de TRANSPORTE. Convém destacar também que não havendo controle de fluxo,
pode ocorrer duplicação, perda, atraso ou mesmo chegada dos DATAGRAMAS fora
de ordem.
• São vantagens deste tipo de comutação de pacotes :
ü alto compartilhamento dos meios de transmissão, considerando que um
DATAGRAMA ocupa apenas o necessário do meio de transmissão não havendo
reserva do mesmo, sendo utilizado apenas quando existe informação a ser
transmitida;
ü flexibilidade, tendo em vista que os protocolos que utilizam esta técnica de
comutação podem ser encapsulados em diferentes tecnologias em nível de
ENLACE, como HDLC ou PPP ou mesmo X.25 e FRAME RELAY, podendo ser
transportados inclusive por células ATM.
• São desvantagens deste tipo de comutação de pacotes :
ü a tecnologia é restrita a dados, não podendo ser utilizada em sistemas de voz ou
imagem tendo em vista a possibilidade de ocorrerem retardos para os
datagramas de uma mesma mensagem;
ü a recepção dos datagramas pode acontecer na ordem diferente da transmissão.
Os datagramas podem ser entregues no ponto de destino não necessariamente
na mesma ordem em que foram transmitidos. Desta forma, há necessidade da
existência de um mecanismo de seqüenciamento que permita a recuperação da
mensagem transmitida.
8

C
COOM
MUUT
TAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
EPPAAC
COOT
TEES
S // R
REED
DEES
SCCO
OMMC
COON
NEEX
XÃÃO
O

É um dos esquemas
mais antigos, funcionando com
base na comutação de
circuitos, sendo estabelecido
um circuito virtual para o tráfego
dos pacotes. Este tipo de
comutação de pacotes usa um
serviço de conexão fim-a-fim.

Foi tornado padrão pelo


CCITT na década de 1970 e
largamente empregado na
década de 1980. Atualmente,
existem duas tecnologias que
empregam este tipo de
comutação: X.25 e FRAME
RELAY.

São suas características :


• As redes que utilizam esta modalidade de comutação são estáveis e apresentam
grande flexibilidade no que diz respeito a crescimento.
• No estabelecimento do circuito virtual, ocorrem três fases: conexão, troca de
informações e desconexão. A partir do momento em que o circuito virtual é
estabelecido, os pontos de origem e destino realizam a troca de dados através dele.
• São vantagens deste tipo de comutação de pacotes são:
ü redes estáveis e grande flexibilidade de crescimento.
ü os pacotes são entregues no ponto de destino na mesma ordem em que foram
transmitidos.
• A principal deste tipo comutação de pacotes :
ü baixa velocidade, particularmente quando o circuito virtual é empregado para
tráfego de voz, dados e imagem.

C
COOM
MUUT
TAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
ECCE
ELLU
ULLAAS
S

Desenvolvida para
Redes Digitais de Serviços
Integrados Banda Larga, é uma
técnica orientada à conexão.

São suas características :


• A comutação de células constitui-se numa evolução da técnica de comutação de
pacotes, suportando voz, dados e imagem em tempo real em alta velocidade e
operando com células de tamanho fixo.
9

II – COMUNICAÇÃO DE DADOS

II.1 REPRESENTAÇÃO DOS DADOS

Nos computadores, a representação dos dados é feita utilizando-se símbolos denominados


CARACTERES representados por um código, havendo uma correspondência biunívoca com o
BYTE. Um BYTE é definido como sendo um conjunto de bits, sendo dependente do código
utilizado. Se EBCDIC, 8 bits, se ASCII, 7 bits, normalmente. Um BIT é definido como a menor
unidade de informação, sendo representado por 0 e 1. Os códigos de maior importância em P&D
são EBCDIC e ASCII.

II.2 TIPOS DE SINAL (DIGITAL E ANALÓGICO)

Sinal Analógico Sinal Digital

II.3 PROCESSAMENTO DE DADOS (P&D)

II.4 TELEPROCESSAMENTO

É definido como a troca de informações em sistemas de computação utilizando as


facilidades de telecomunicações. É o processamento executado remotamente, implementado por
hardware e software voltados para comunicação e por todo um conjunto de regras que disciplinam
esta relação. Este conjunto de regras, por sua vez, está relacionado diretamente ao conceito de
protocolo.

II.5 MODALIDADES DE PROCESSAMENTO

P
PRRO
OCCE
ESSS
SAAM
MEEN
NTTO
OBBAAT
TCCH
H

É um tipo de processamento no qual as transações não são processadas de imediato, mas


guardadas em lotes por um determinado período de tempo, para então serem processadas de uma
vez. Um exemplo típico refere-se ao sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no qual as
pessoas preenchem um formulário relativo a cadastro, que é organizado em lote, sendo os lotes
processados numa época pré-determinada, normalmente no final do mês. Os dados são transcritos
para um cadastro em meio magnético, que normalmente gera relatórios e o próprio Título de Eleitor.

P
PRRO
OCCE
ESSS
SAAM
MEEN
NTTO
O ““O
ONN LLIIN
NEE””

É um tipo de processamento no qual os dados são coletados na estação terminal remota


sendo enviados por conexão direta ao computador central e vice-versa. Por exemplo, o Sistema de
Reserva de Passagens Aéreas.

P
PRRO
OCCE
ESSS
SAAM
MEEN
NTTO
O ““R
REEAALL T
TIIM
MEE””

É um tipo de processamento no qual as respostas às entradas são bastante rápidas para


controlar o processo e/ou influir na ação subseqüente. Por exemplo, num desvio de rota de um
míssil, a informação é enviada ao computador que, de imediato, gera um comando que resulta em
uma ação para corrigir a trajetória deste míssil. Diz-se que “Uma aplicação em TEMPO REAL é
sempre ON-LINE mas o inverso nem sempre é verdadeiro”.
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II.6 REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS

Uma Rede de Transmissão de Dados, também conhecida com Sistema de Comunicação de


Dados, é constituído de HARDWARE, SOFTWARE (sistema operacional, protocolo e aplicativos) e
uma ESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO que dá suporte à transmissão.

II.7 TIPOS DE TRANSMISSÃO

T
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
O AAS
SSSÍÍN
NCCR
ROON
NAA X
X T
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
OSSÍÍN
NCCR
ROON
NAA

Na transmissão ASSÍNCRONA, para cada caractere a ser transmitido, utiliza-se um


elemento de sinalização para indicar início do caractere (START) e um outro para indicar o término
do caractere (STOP). O START (bit de partida) corresponde a uma interrupção do sinal na linha e o
STOP (bit de parada), à condição de marca ou repouso, isto é, à existência do sinal na linha
(normalmente o STOP corresponde a 1,4 ou 2,0 vezes o tempo de START), conforme ilustrado a
seguir.

Cada caractere, independente do código adotado, recebe bits adicionais, que indicarão o
início e o fim dos mesmos. Pelo bit START, o receptor será avisado da transmissão de um caractere
com antecedência suficiente para que possa, através de se próprio clock, sincronizar seus circuitos
elétricos para ler cada bit no momento adequado.

O termo “ASSINCRONO” é utilizado como referência à irregularidade dos instantes de


ocorrência dos caracteres, isto é, o tempo decorrido entre dois caracteres (TEMPO DE REPOUSO)
que pode ser variado pelo equipamento transmissor sem que o equipamento receptor tome
conhecimento. O ritmo de transmissão assíncrono, apesar da emissão dos caracteres ser irregular,
possui um sincronismo ao nível dos bits que compõem o caractere (obtido pela identificação do
START), pois o equipamento receptor deve necessariamente conhecer os instantes que separam os
bits dentro do caractere. A transmissão ASSÍNCRONA é caracterizada pela possibilidade de ser
iniciada a qualquer tempo, sem limitação de tamanho de mensagem. Devido a possíveis erros de
sincronismo, a transmissão assíncrona é normalmente utilizada em transmissões de dados com
baixas taxas de sinalização binária. Os equipamentos assíncronos têm, normalmente, um custo bem
menor que os equipamentos síncronos por serem de fabricação mais simples. A grande
desvantagem da transmissão assíncrona é a má utilização do canal, já que os caracteres são
transmitidos irregularmente espaçados no tempo, além do alto overhead (bits de controle adicionais
à informação), ocasionando uma baixa eficiência na transmissão. Exemplificando, no caso do
código EBCDIC (8 bits), acrescentando-se um bit de START e um de STOP (com duração de pulso
igual a 2 vezes o tamanho do START), teremos um total de 11 bits, ou seja 27% do total transmitido
não é informação útil.
11

A transmissão SÍNCRONA é caracterizada pela possibilidade de transmitir um bloco inteiro


com a dição de controles apenas no começo e fim do bloco. Por exemplo, os caracteres de controle
do protocolo BSC (STX – “Start of TeXt”, ETX – “End of TeXt”). O bloco terá aproximadamente a
seguinte configuração:

T
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
OSSE
ERRIIAALL X
X T
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
OPPAAR
RAALLE
ELLAA

SERIAL - Transmissão
de um bit por vez na unidade
de tempo. Há necessidade de
apenas 1 via.

PARALELA - envio
simultâneo de um conjunto de
bits. Há necessidade de tantas
vias quantos forem os bits
utilizados.

T
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
OSSIIM
MPPLLE
EXXX
XTTR
RAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
OHHAALLFF--D
DUUP
PLLE
EXXX
XTTR
RAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
O FFU
ULLLL--D
DUUP
PLLE
EXX

II.8 MODULAÇÃO - MODEM

É um processo pelo qual uma ou mais características de uma onda denominada


PORTADORA, são modificadas segundo um SINAL MODULANTE, que se caracteriza por ser a
12

informação que se deseja transportar através do meio de comunicação. No caso da transmissão de


dados, é o sinal digital binário.

A representação gráfica da sinalização é mostrada a seguir.

Parâmetros como comprimento do cabo, interferência eletromagnética e perdas inerentes ao


meio provocam distorções no sinal digital. A solução aponta para o emprego da modulação.

A modulação
pode ser feita
variando amplitude,
freqüência ou fase da
ONDA
PORTADORA. Os
principais tipos de
modulação utilizados
em comunicação de
dados são: FSK,
PSK, DPSK e QAM.

A modulação FSK (“Frequency Shift Keying”) consiste em se alterar a freqüência da


PORTADORA de acordo com a informação a ser transmitida. Quando se envia do bit “1” , transmite-
se a própria PORTADORA sem alterar sua freqüência, enquanto que para o bit “0”, a freqüência da
portadora é alterada para uma freqüência mais alta. Na falta de dados para transmitir, o modem fica
emitindo na linha a própria portadora. A modulação FSK é utilizada nas transmissões assíncronas
de baixa velocidade. A principal vantagem da modulação FSK está relacionada à simplicidade dos
modems; a principal desvantagem é a necessidade de uma relação sinal/ruído S/R muito elevada.

A modulação PSK (“Phase Shift Keying”) consiste em se variar a fase da PORTADORA de


acordo com a informação a ser transmitida. Às transmissões dos bits “0” e “1” corresponderão
respectivamente as fases “0”e “180°”da PORTADORA.

A modulação DPSK (“Differential Phase Shift Keying”) representa uma variante da ”PSK”,
onde a cada bit não se associa a fase da PORTADORA, mas, sim, uma mudança ou não desta
mesma fase. Assim, para cada bit “0” corresponderá uma inversão de “180°” na fase da
PORTADORA e, ao bit “1”, não se altera a fase. A modulação “DPSK” tornou-se padrão (CCITT)
para as transmissões síncronas.

T
TÉÉC
CNNIIC
CAAS
SMMU
ULLT
TIIN
NÍÍVVE
ELL

Nas técnicas vistas até o momento, verificamos que, para cada bit “0” ou “1” que se deseja
transmitir, a PORTADORA sofre uma mudança em uma de suas características, ou seja, ocorrendo
um novo "status" na PORTADORA provocado por um bit (0 ou 1). Estas técnicas são denominadas
MONOBIT.

Uma outra técnica, conhecida por DIBIT, consiste em imprimir à onda PORTADORA a
informação de 2 bits no mesmo intervalo de tempo. Em conseqüência, para cada variação da
PORTADORA, transmitem-se dois bits.
13

Uma terceira técnica, denominada TRIBIT, ocorre uma mudança no ângulo da portadora
para cada três bits que se deseja transmitir.

Uma quarta técnica, conhecida por modulação QAM (“Quadrature Amplitude


Modulation ”), representa um tipo otimizado de modulação, na qual ocorre a alteração simultânea
de duas características da portadora: sua amplitude e sua fase. Desta forma, obtêm-se grande
rendimento e grande performance nas altas velocidades.

P
PAAD
DRRO
ONNIIZZAAÇ
ÇÃÃO
OCCC
CIIT
TTT

Os modems analógicos são padronizados pelo CCITT (ITU-T) visando compatibilizar a nível
internacional os diversos modelos de modems fabricados por diferentes empresas.

As modalidades DIBIT e TRIBIT foram padronizadas pelo CCITT para serem utilizadas em
modulação por fase, assim, encontramos DPSK-4 e DPSK-8, respectivamente.

O CCITT define o termo TAXA DE SINALIZAÇÃO DE DADOS relativo à velocidade de


operação do Equipamento Terminal de Dados (ETD), medida em bps (bits por segundo), isto é, a
velocidade de geração e recepção dos bits no ETD. Um outro termo, TAXA DE SINALIZAÇÃO DE
LINHA, refere-se ao número de vezes que a linha de comunicação é sinalizada, medida em BAUDS.
Quando um bit (0 ou 1) provoca uma alteração na PORTADORA, tem-se uma correspondência
única entre bps e bauds (técnica MONOBIT). Assim, caso se queira determinar a velocidade de
sinalização de linha, em BAUDS, basta conhecer a velocidade do ETD , em bps, e a técnica
multinível utilizada, usa-se a tabela mostrada a seguir.

Técnica Multinív el Velocidade de Sinalização de Linha (BAUDS)


MONOBIT bps
DIBIT bps/2
TRIBIT bps/3
TETRABIT / QAM bps/4

Desta forma, um circuito operando a 57600 bps, utilizando a técnica TETRABIT / Modulação
QAM, possui uma velocidade de sinalização de linha (entre modems) de 14.400 bauds.

M
MOOD
DEEM
MSS AAN
NAALLÓ
ÓGGIIC
COOS
S

M
MOOD
DEEM
MSS D
DIIG
GIIT
TAAIIS
S

São equipamentos que se destinam a tratar o sinal "digital" de tal forma que possa ser
transmitido ao longo de um "meio". A diferença fundamental em relação aos modems analógicos é
que os digitais geram outro tipo de sinal digital de características diferentes do sinal original, não
executando uma "modulação", mas sim uma "codificação". São normalmente conhecidos como
modems de banda base.
14

Obs: MODEMs DIGITAIS RECEBEM COMO SUPORTE APENAS LINHAS FÍSICAS,


ENQUANTO OS ANALÓGICOS ACEITAM TRAFEGAR EM SUPORTES DIVERSOS -
LINHAS FÍSICAS, CANAIS MULTIPLEX.

N
NOOR
RMMAALLIIZZAAÇ
ÇÃÃO
ODDE
EMMO
ODDE
EMMSS P
PEELLO
OCCC
CIIT
TTT

Dois fatores são básicos : a taxa de transmissão de informação (em bps) e o suporte de
transmissão. Para transmissão assíncrona, velocidades típicas de 600, 1200, 2400, 4800, 9600,
14.400, 28.800, 33.600, 57600, 115200 bps. Para transmissão síncrona, todas as velocidades
anteriores mais 64, 128, 256, 512 kbps e superiores.

Com a finalidade de normatizar as facilidades de comunicação em todo o mundo, foram


criados alguns órgãos para desenvolvimento de padrões comuns aos serviços de telefonia
internacional, dentre os quais o CCITT (Comité Consultatif International Telegraphique et
Telephonique). O CCITT, uma das instituições mais atuantes neste segmento, é responsável pelas
recomendações das séries V que são adotadas pela maioria dos fabricantes de modems. A
seguir estão relacionadas de forma resumida estas recomendações que constam no “Yellow
Book” do CCITT.

V.11 Características elétricas para circuitos balanceados “double-current” para uso geral
com equipamentos no campo da comunicação de dados
V.21 Padrão para modems duplex com taxas de transmissão de 300 bps para uso geral
em redes telefônicas comutadas
V.22 Padrão para modems com taxas de transmissão de 1200 bps para uso geral em redes
telefônicas comutadas ou privadas
V.22 Padrão para modems com taxas de transmissão de 2400 bps para uso geral em redes
bis telefônicas comutadas
V.24 Lista de definições para circuitos de comunicação de dados entre DTEs e DCEs
V.32 Padrão para uso geral em modems duplex em circuitos telefônicos comutados em
taxas de 14400 bps
V.34 Padrão para uso geral em modems duplex em circuitos telefônicos comutados em
taxas de 28800 bps
V.42 Padrão que introduz a compressão de dados
V.90 Padrão para modems duplex em circuitos telefônicos comutados em taxas de 56kbps

Ó
ÓRRG
GÃÃO
OSSD
DEEP
PAAD
DRRO
ONNIIZZAAÇ
ÇÃÃO
ONNO
O AAM
MBBIIE
ENNT
TEED
DEER
REED
DEES
S

No universo das telecomunicações e das redes de computadores existe uma gama variada
de empresas, fabricantes e de profissionais que atuam na área. Se não houvesse padronização,
este "mundo" se tornaria um perfeito "caos". Assim, a existência de padrões tornou possível a
comunicação de diferentes tecnologias de rede, aumentando de forma significativa a quantidade no
mercado de produtos aderentes a padrões.

Os padrões se enquadram em duas categorias: "de facto" e "de jure". Os padrões "de facto"
estão aqueles que se ajustaram naturalmente, sem qualquer planejamento formal. É um exemplo
clássico o sistema operacional UNIX. Por outro lado, os padrões "de jure", são adotados
formalmente, normalmente por órgãos criados para este fim, ligados ao governo ou mesmo da
iniciativa privada.

Um dos órgãos mais importantes é a UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES


(ITU - "International Telecommunication Union") , que em 1947 tornou-se uma agência das
Nações Unidas. O ITU atua em três áreas:

• ITU-R ( "Radiocommunications") : preocupa-se com a alocação das freqüências de


rádio, em âmbito mundial;
• ITU-T ( "Telecommunications Standardization") : preocupa-se com os sistemas de
telefonia e comunicação de dados. Cabe ressaltar que, entre 1956 a 1993, o ITU-T foi
conhecido como CCITT ("Comité Consultatif International Télégrafique et
Télëphonique");
• ITU-D ( "Development")
15

Os padrões internacionais são gerados pela ISO ("International Standards


Organization") , uma organização de cunho não governamental, criada em 1946. Seus membros
são organizações de padronização de deversos países, com destaque para a ANSI, nos Estados
Unidos, a AFNOR na França e DIN na Alemanha.

Outro grande no mundo das padronizações é o IEEE ("Institute of Electrical and


Electronics Engineers"), que como o próprio nome diz, atua no desenvolvimento de padrões na
área da engenharia elétrica e computação.

O mundo da Internet possui seus próprios mecanismos de padronização. Quando a


ARPANET foi implantada, o Departamento de Defesa norte-americano (DoD) criou um comitê, o
qual em 1983 passou a ser denominado IAB ("Internet Activities Board" - mais tarde "Internet
Architecture Board") . Em 1989, com o crescimento já exponencial da Internet, o IAB foi dividido
em denominado IRTF ("Internet Research Task Force" e denominado IETF ("Internet
Engineering Task Force) .

M
MOOD
DEEM
MSS IIN
NTTE
ELLIIG
GEEN
NTTE
ESS // C
COOM
MAAN
ND OSS H
DO HAAY
YEES
S

O termo MODEM INTELIGENTE é atribuído ao conjunto de comando executados pelos


modems para desempenhar funções específicas. Assim, um programa rodando em um PC, por
exemplo, pode emitir comandos para serem executados pelo modem. Os produtos mais populares
nesta linha são da Hayes Microcomputer Products, cujos comandos são iniciados com a
transmissão de um Attention Code (AT) para o modem, seguido por comando ou conjunto de
comandos. Exemplificando :

COMANDOS DESCRIÇÃO
A Answer call
D Dial a telephone number
H Hang up telephone (on hook) or pick up telephone (off hook)
P Pulse Dial
T Touch-tone Dial
Z Reset the modem

II.9 INTERFACE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Enlace par a transmissão de dados


16

Onde DTE e DCE correspondem respectivamente a ETD (EQUIPAMENTO TERMINAL DE


DADOS) e ECD (EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS, normalmente um modem).

IIN
NTTE
ERRFFAAC
CEEN
NOOR
RMMAALLIIZZAAD
DAA VV..2244

IIN
NTTE
ERRFFAAC
CEE VV..3355 –– IIN
NTTE
ERRFFAAC
CEES
SEER
RIIAALL M
MAAIIS
SRRÁÁP
PIID
DAA

V.35 é o padrão do ITU (antigo CCITT) descrito como “Transmissão de Dados a 48 kbps
usando circuitos de banda de grupo de 60 --- 108 kHz. Basicamente, o V.35 é uma interface serial
de alta velocidade projetada para suportar tanto altas taxas de dados como conectividade entre DTE
em linhas digitais.

Reconhecido pelo seu conector de 34 pinos, o V.35 combina a faixa de passagem de vários
circuitos telefônicos para proporcionar alta velocidade na interface entre um DTE e um DCE e um
CSU/DSU (Unidade de Serviço de Canal / Unidade de Serviço de Dados).

Apesar de ser comumente usada para suportar velocidades variando entre 48 a 64 kbps,
taxas muito mais altas são possíveis. Por exemplo, a distância máxima do cabo V.35 pode
teoricamente chegar a 1200 m em velocidades de até 100 Mbps. A distância de fato vai depender do
seu equipamento e do cabo.

Para atingir tais velocidades a grandes distâncias, o V.35 combina seinais de tensão
balanceados e não balanceados na mesma interface.

II.10 LIGAÇÃO DEDICADA X LIGAÇ ÃO COMUTADA

Na comunicação de dados um fluxo de dados pode ser estabelecido em um circuito o qual é


configurado por meio de uma ligação permanente ou temporária entre dois ou mais ETD.

C
CIIR
RCCU
UIIT
TOOD
DEED
DIIC
CAAD
DOO

É caracterizado por um circuito que interliga dois ou mais ETDs (permanentes ou


temporários), pré-determinados e de modo fixo, sendo dispensável qualquer comando de
estabelecimento do circuito. De acordo com o número de ETDs conectados no mesmo circuito, o
circuito dedicado pode ser:
• ponto-a-ponto : circuito dedicado que interliga dois pontos
• Multiponto : circuito dedicado que interliga mais de dois pontos

Geralmente, apresentam os seguintes atributos:


• tempo de conexão ou de estabelecimento de ligação, nulo
• qualidade de transmissão conhecida e razoavelmente constante
17

• eficiência de transmissão depende da qualidade de transmissão e do protocolo


adotado
• transparência a códigos e protocolos
• tarifas fixas, dependentes da distância, independentes da utilização
• retardo de transmissão dependente dos meios de comunicação

C
CIIR
RCCU
UIIT
TOOC
COOM
MUUT
TAAD
DOO

É caracterizado por um circuito que interliga um assinante a outro, à sua escolha, enquanto
dura uma chamada,. Este circuito é estabelecido:
• entre dois ETDs, por iniciativa de um deles;
• o ETD chamador comanda o início de uma ligação com um outro ETD;
• o ETD chamado é escolhido pelo ETD chamador; a ligação é temporária, enquanto
dura a troca de dados;
• a ligação é desfeita por iniciativa de qualquer um dos dois ETDs.

Geralmente, apresentam os seguintes atributos:


• tempo de conexão não é desprezível (segundos)
• qualidade de transmissão pode variar de uma ligação para outra
• eficiência de transmissão depende do protocolo
• retardo de transmissão dependente do meio de transmissão e do protocolo
• tarifas dependem da distância e da utilização (duração e quantidade de chamadas,
volume transmitido)
• podem ser estabelecidos utilizando-se redes comutadas
• uma rede comutada compõe-se de centrais de comutação e meios de comunicação

Exemplo de rede comutada: REDE PÚBLICA DE TELEFONIA.

II.11 D ECIBEL – GANHO OU ATENUAÇÃO

Em Telecomunicações, utilizam-se escalas logarítmicas para medir relações entre potências


de sinais elétricos como conseqüência das grandes variações existentes entre os sinais elétricos.
Exemplificando, uma variação de 1 para 10.000 corresponde em logaritmos decimais a 0 para 4.
Um circuito elétrico pode apresentar uma ATENUAÇÃO ou GANHO no sinal. A ATENUAÇÃO
significa que a potência do sinal de saída é menor que a do sinal de entrada, e GANHO que a
potência do sinal de saída é maior que a do sinal de entrada.

DB
D B ((DDEECCIIBBEELL))

Obs (1) Ambas as potências (entrada e saída) devem estar na mesma unidade.
: (2) “dB” exprime a comparação entre duas potências (valor relativo), não significando
valor absoluto
(3) Cada aumento de 3dB equivale a aumentar 2 vezes a potência, isto é,
10 log (2P/P) = 3 dB
18

DB
D BM
M

Expressa a amplificação (ganho ou


atenuação) de um sinal em relação à potência de
1mW, isto é, indica quantos decibéis o sinal está
acima ou abaixo de 1 mW. Assim, o dBm é um valor
absoluto de potência.

II.12 MULTIPLEXAÇÃO

É uma técnica que permite combinar logicamente diversas interfaces digitais de baixa
velocidade (portas secundárias) em uma interface digital de alta velocidade (porta principal). Para
realizar esta função utiliza os chamados multiplexadores , apresentando a característica de manter
o tráfego simultâneo (dedicado por porta secundária) dispensando procedimentos de
endereçamento, chamada e seleção, considerando que a velocidade de operação da interface de
alta velocidade é igual à somatória das velocidades de operação das interfaces digitais de baixa
velocidade.

II.13 CONCENTRADOR/CONVERSOR

São computadores programáveis que permitem o compartilhamento de uma interface


principal por diversas interfaces digitais secundárias, operando com códigos, protocolos e
velocidades diferentes. Como característica, a velocidade de operação na interface digital principal
não corresponde à soma das velocidades de operação nas interfaces digitais secundárias. Uma
aplicação típica de CONCENTRADOR é permitir o acesso de microcomputadores, geralmente
operando com transmissão assíncrona, em sistemas que operam sincronamente, realizando a
conversão também de códigos e velocidades.

II.14 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO

Um protocolo é definido como um conjunto de normas ou procedimentos necessários para


iniciar e manter uma comunicação entre dois pontos em um sistema de comunicação. É também
definido também como um conjunto de regras preestabelecidas, que disciplinam a comunicação de
dados entre dois ou mais ETD’s com o intuito de garantir a troca de informações de modo ordenado
e sem erros. No caso das redes de computadores, um protocolo é o conjunto de normas que
permite que dois ou mais computadores se comuniquem.

O protocolo consta de uma sintaxe, uma semântica e um tempo. A sintaxe de um


protocolo define os conjuntos de bits (séries de 1 e 0) divididos em campos. A semântica define o
significado exato dos bits dentro dos campos. O tempo define a relação entre a faixa dos bits dentro
dos campos e as pausas entre reconhecimentos dos mesmos.

O protocolo está relacionado com a disciplina de controle da linha, que pode ser assíncrona
(START/STOP ou TTY), para baixas velocidades, ou síncrona (BSC, SDLC, ...), orientados a
caractere ou a bit, para redes de comunicações a longa distância. Para o ambiente de redes locais
vários outros protocolos são conhecidos, como: CSMA/CD e TOKEN PASSING.

Outra característica dos protocolos, que está diretamente relacionada com a disciplina,
decorre da forma como o protocolo é orientado, ou seja, como é feito o tratamento das suas
funções, que pode ser a bit ou a byte. Nos protocolos orientados a byte , existe um conjunto de
caracteres convencionados para desempenhar determinadas funções, enquanto que nos
protocolos orientados a bit , essas funções são desempenhadas por conjuntos de bits que têm
significado para algumas camadas da arquitetura, considerando que estas foram desenvolvidas de
acordo com um determinado modelo e organizadas em camadas que realizam uma função bem
definida.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OSSO
ORRIIE
ENNT
TAAD
DOOS
S AA B
BYYT
TEE // C
CAAR
RAAC
CTTE
ERR

Os protocolos orientados a byte exigem uma sincronização ao nível de caractere, para


que a estação receptora possa identificar quais os bits que formam um caractere. Esta
19

sincronização deve ser estabelecida no início de cada transmissão e mantida até o seu final. Caso o
tamanho do bloco seja muito extenso, a estação transmissora deve enviar caracteres de
sincronismo no interior do bloco, assegurando que o sincronismo de caractere não seja perdido.
Exemplos típicos são os protocolos START-STOP e BSC.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OSS S
STTAAR
RTT//S
STTO
OPP

Comparando com os protocolos atuais são muito simples e um dos mais antigos, tendo sido
exaustivamente utilizado em terminais de vídeo não bufferizados, terminais telex e impressoras de
baixa velocidade. Utilizam basicamente seis caracteres especiais para o controle de linha: INÍCIO
DE BLOCO; FIM DE BLOCO; PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO; RESPOSTA POSITIVA,
RESPOSTA NEGATIVA, ERRO NA LINHA; FIM DE TRANSMISSÃO e RESET.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OBBS
SCC

Tendo sido desenvolvido originalmente pela IBM visando permitir a transmissão síncrona
entre computador e periféricos localizados em pontos remotos, o protocolo BSC foi concebido para
ser utilizado em ligações ponto-a-ponto ou multiponto, dedicadas ou comutadas, podendo operar
com os códigos EBCDIC ou ASCII, no modo HALF-DUPLEX. A estrutura básica :

Onde : PAD – Caracter PAD, utilizado antes da seqüência de sincronismo para


garantir que a estação transmissora não inicie a transmissão antes
que a estação receptora esteja em condições de receber,
assegurando o estabelecimento do sincronismo. Este caractere é
também utilizado para garantir que os últimos bits de um bloco (os
caracteres BCC) sejam realmente transmitidos antes da virada do
modem, em ligações HALF-DUPKEX. Costuma-se utilizar os
caracteres HEX “FF” (seqüência de 1), “AA” ou “55” (seqüência de
0 e 1 alternados).
SYN – caracter de sincronismo.
SOH – “Start of Header” – início de cabeçalho
STX – “Start of Text”
ETB – “End of Transmission Block”
ETX – “End of Text”
EOT – “End Of Transmission”
ACK0 / ACK1 – “Affirmative Acknowledgment” – Reconhecimento Positivo
NACK – “Negative Affirmative Acknowledgment” – Reconhecimento
Negativo
WACK – “Wait Before Transmit Affirmative Acknowledgment” –
Reconhecimento Positivo, Espere antes de Transmitir
ENQ – “Enquiry” – caractere utilizado para requisitar uma resposta da
estação receptora ou solicitar a retransmissão da resposta a uma
mensagem enviada, porque a primeira resposta foi truncada ou não
foi recebida quando esperada.
BCC – “Caractere de Check de Bloco” – verificação, baseado no método
polinomial CRC-16

Disponível em três versões: a primeira BSC-1, ponto-a-ponto; a segunda BSC-2, para


ligação multiponto com terminais inteligentes; a última, BSC-3, para ligação multiponto com
terminais não-inteligentes.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OSSO
ORRIIE
ENNT
TAAD
DOOS
S AA B
BIIT
T

Os protocolos orientados a bit não utilizam caracteres específicos e os campos de


informação, endereço e controle são tratados em nível de bit. São diferenciados dos orientados a
20

byte (caractere) por serem HALF e FULL-DUPLEX, independentes dos códigos, permitem blocos de
tamanho maior. São exemplos típicos SDLC, BDLC, HDLC e X.25.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OSSD
DLLC
C

Desenvolvido pela IBM em 1974 para atender a arquitetura SNA (“Systems Network
Architecture”) em transmissões HALF ou FULL-DUPLEX, este protocolo pode operar em linhas
comutadas ou permanentes, ponto-a-ponto ou multiponto, com uma estrutura de quadros (ou
frames), no seguinte formato:

FLAG - byte padrão 01111110 delimita o início e o fim do quadro


ENDEREÇO - Endereço da estação secundária que está recebendo ou enviando o
quadro para a estação principal.
CONTROLE - Identifica o tipo do quadro que está sendo enviado, se de informação,
de supervisão ou não numerado.
INFORMAÇÃO - Informação propriamente dita
FCS - Frame Checking Sequence”- teste de redundância de 16 bits usado
para detecção de erros, determinado usando o CRC-16, o polinômio
16 12 5
x +x +x +1

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OHHD
DLLC
C

Desenvolvido pela ISO em 1979 visando a padronização de um protocolo orientado a bit


para transmissão de dados síncrono HALF ou FULL-DUPLEX, possui uma estrutura semelhante ao
SDLC, podendo operar em linhas comutadas ou permanentes, ponto-a-ponto ou multiponto.

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
OXX..2255

O protocolo X.25 foi definido pelo CCITT como interface padrão entre DCEs para redes de
dados comutadas chaveadas (“switched”) por pacotes, conhecida como Recomendação da Série X.
Este fato ocorreu tendo por objetivo possibilitar aos fabricantes de computadores e equipamentos de
transmissão de dados o desenvolvimento de hardware e software para ligação de um computador a
qualquer rede pública do mundo, além de facilitar o trabalho de interconexão de redes.

O protocolo X.25 pertence à categioria dos protocolos orientados a bit, operando de acordo
com as três primeiras camadas do modelo OSI/ISO, definindo uma disciplina de comunicação entre
terminais e rede pública ou privada, regularizando o estabelecimento de chamada, transmissão de
dados, desconexão e controle do fluxo de dados. Normalmente, as redes de comutação por
pacotes caracterizam-se por um compartilhamento eficiente dos recursos da rede entre diversos
usuários e pela aplicação de tarifas baseadas no volume efetivo de dados transmitidos.

A técnica de pacotes proporciona um elevado padrão de qualidade. A determinação do


caminho mais adequado para transmissão de um conjunto de pacotes permite contornar situações
adversas decorrentes de falhas no sistema ou de rotas congestionadas.

A Recomendação CCITT X.25 define três níveis de interface DTE/DCE (“Data Terminal
Equipment / Data Communication Equipment”): físico, enlace e pacote, fornecendo o uso das redes
de pacotes para funções X.25 --- um exemplo de DTE seria um PC servidor ou “desktop”.
21

O nível FÍSICO define as características mecânicas, elétricas da interface do terminal e da


rede. O padrão adotado é a interface serial RS-232-C, adotada internacionalmente pelo CCITT
como V24. Para as velocidades de acesso superiores a 64 Kbps, a interface utilizada é a V35 ou
V36 (V.11). O nível FÍSICO define o controle e o circuito físico entre o usuário DTE e DCE. As
funções de controle incluem ativação, manutenção e desativação de um circuito físico entre o
dispositivo de comunicação (DTE) e o circuito de comunicação (DCE).

O nível ENLACE ou de QUADROS usa o “Link Access Procedure” para assegurar a


integridade dos dados e o controle das informações que são trocadas entre o DTE e o DCE através
do nível físico. Estas funções incluem a formatação dos dados e o primeiro nível dos procedimentos
de recuperação. As características deste nível são baseadas no HDLC. O nível ENLACE
estabelece o protocolo de linha usado para inicializar, verificar, controlar e encerrar a transmissão
dos dados na ligação física entre o DTE e a rede de pacotes. Esse nível é responsável pela troca
eficiente de dados entre terminal e rede, pelo sincronismo da conexão, detecção e correção de erros
através de retransmissões, identificação e informação de procedimentos de erro para o nível acima
(nível de pacotes) para a recuperação.

O nível de REDE ou PACOTE define como as chamadas são estabelecidas, mantidas e


terminadas, e como os dados bem como informações de controle são formatados ou empacotados.
A unidade de informação no nível de PACOTE é delimitada no início e no fim. O tamanho máximo
da unidade de informação no nível 3 pode ser limitado ou ilimitado, conforme o tipo de serviço
oferecido. A unidade de informação com tamanho limitado é geralmente associada ao termo pacote
de dados , característico das redes de computadores com tecnologia de pacotes, como por exemplo
a RENPAC no Brasil originária da TRANSPAC francesa. A possibilidade de roteamento, através
de sistemas intermediários, para uma conexão entre dois endereços em nível de rede caracteriza
uma das funções básicas do nível de pacotes. O nível de pacotes também pode fornecer serviços
de controle de fluxo e seqüenciamento de informações transmitidas para cada conexão da rede. Os
protocolos do nível de pacote definem a organização dos dados de usuário e o controle das
informações, organizando-as dentro de pacotes que fluirão através da rede. Também especificam a
maneira pela qual chamadas dos DTEs serão estabelecidas, mantidas e desfeitas. Os protocolos
deste nível incluem circuitos permanentes e circuitos virtuais.

P
PAAC
COOT
TEE

Para que uma mensagem seja transmitida via rede de pacotes, é necessário dividi-la,
independentemente do seu tamanho original, em blocos de tamanho máximo limitado. Estes
segmentos contendo informações que permitem o seu encaminhamento, recebem a denominação
de PACOTES. Um PACOTE é, então, a unidade de informação tratada pela rede, contendo, além do
campo de dados, um cabeçalho onde estão registradas todas as informações necessárias ao seu
correto encaminhamento através da rede.

O
OPPR
ROOT
TOOC
COOLLO
OXX..2255 S
SEEG
GUUN
NDDO
OOOM
MOOD
DEELLO
OOOS
SII//IIS
SOO
22

P
PRRO
OTTO
OCCO
OLLO
O FFR
RAAM
MEER
REELLAAY
Y

Uma das formas mais fáceis de descrever FRAME RELAY é compará-lo com a tecnologia
X.25, pois FRAME RELAY é uma técnica que visa à transferência de dados entre dois pontos,
embora empregue uma rede de comunicação inteligente.

O X.25 emprega as três primeiras camadas do modelo de referência OSI. A primeira


camada é a camada FÍSICA e provê a conectividade física e elétrica dos dispositivos dos usuários
da rede ou entre os nós da rede. A Segunda camada é a DATA LINK (ENLACE), responsável por
assegurar a integridade dos dados que fluem através da camada física. Por último, a camada de
REDE, algumas vezes referenciada como PACOTE, encarregada de fazer com que os dados dos
usuários a cheguem em seu destino de forma correta e ordenada.

No esquema X.25, os dados que chegam na rede são examinados, na ordem, para que seja
reconhecido o seu destino e, assim, possam ser roteados de acordo com este endereço. Com a
técnica de PACOTE, isto é normalmente feito pacote a pacote, ou frame a frame. Já para
tecnologias em modo de circuito, isto é feito com base em chamadas. Em ambientes X.25 os dados
recebidos de um dispositivo, como um terminal, são armazenados para processamento ou uma
possível retransmissão. Um envelope é adicionado em torno dos dados do usuário, constituindo o
PACOTE. As informações são usadas pelo nó de destino para checar se os dados chegaram sem
erros, ou pedir retransmissão quando houver erros no pacote. Baseada nas informações do
envelope, a rede determina para onde se destinam os dados que estão sendo transmitidos. Neste
ponto um frame envelope é colocado em tono do envelope-pacote, sendo que este novo envelope é
responsável por assegurar a integridade dos dados que serão transportados sobre uma linha física.
O dado é enviado via camada FÍSICA, sobre um meio apropriado de transmissão como uma linha
telefônica comum, uma linha de fibra ótica ou um canal de satélite. Quando o dado chega no
próximo nó, mais uma vez será armazenado, e então será verificado se existe algum erro. Se algum
erro for encontrado, é solicitada a retransmissão para o nó que o transmitiu a partir da parte com
erro. Se nenhum erro for encontrado, a rede analisa o frame para determinar se os dados foram
destinados para o nó que recebeu este frame ou se o frame terá de ser novamente roteado para
outro nó. Este processo continua até que o nó de destino receba o envelope com o conteúdo dos
dados enviados pelo nó de origem de forma totalmente íntegra.

Em oposição ao X.25, o FRAME RELAY emprega somente dois dos três níveis que
compõem o X.25. Com a tecnologia FRAME RELAY, UM NÓ FINAL INTELIGENTE, COMO UMA
Rede Local, envia dados através do canal X.25 adicionando um envelope Q.992A no frame.
Alternadamente, o nó inteligente pode enviar dados para a rede já encapsulado no frame. Para
ambos os casos, o frame contém informações de roteamento não especificado no segundo nível do
X.25, eliminando, também, a necessidade da rede examinar o terceiro nível. Comparado com X.25,
FRAME RELAY executa algumas funções adicionais na Segunda camada do modelo de rede,
embora não englobe serviços da terceira camada, como a correção de erros. Como as extremidades
são inteligentes, e nestas correm um protocolo ponto-a-ponto, além de geralmente empregar
circuitos de melhor qualidade, a ocorrência de erros é bem menor. Mas com FRAME RELAY o que
23

realmente ocorre é que a rede pode detectar frames com erros, e o procedimento é descartá-los.
Como os nós empregam um protocolo ponto-a-ponto, este é responsável por detectar e recuperar
frames perdidos. Por possuir um processo de recuperação de falhas na rede, os nós finais ganham
enorme eficiência.

II.15 MEIOS DE TRANSMISSÃO

O meio de transmissão é o meio empregado para oferecer suporte ao fluxo de dados entre
dois pontos. O termo linha é freqüentemente usado no jargão do teleprocessamento, e pode
designar um par de fios, um cabo coaxial, um cabo de fibra ótica, canal de satélite. Os meios de
transmissão permitem que os computadores enviem e recebam mensagens, mas não garantem que
as mensagens sejam entendidas. Essa função é deixada para os protocolos de camada superior.

C
CAAR
RAAC
CTTE
ERRÍÍS
STTIIC
CAAS
SDDO
OSSM
MEEIIO
OSSD
DEET
TRRAAN
NSSM
MIIS
SSSÃÃO
O

Cada meio de transmissão possui características próprias que o tornam adequado para tipos
específicos de serviço:
• Custo
• Requisitos de instalação
• Largura de banda : Refere-se à medida da capacidade de um meio para transmitir
dados. As taxas de transmissão freqüentemente são estabelecidas em termos da
quantidade de bits que podem ser transmitidos por segundo. Uma rede local Ethernet
teoricamente pode transmitir 10 milhões de bits por segundo (bps) e tem uma largura
de banda de 10 megabits por segundo (Mbps). A largura de banda que um cabo
pode acomodar é determinada em parte pelo comprimento do cabo. Um cabo curto
geralmente pode acomodar uma largura de banda maior do que um cabo mais longo
e essa é a razão pela qual todos os projetos de cabos especificam comprimentos
máximos. Além desses limites, os sinais de mais alta freqüência podem deteriorar-se
e os erros começam a ocorrer nos sinais de dados.
• Uso da banda (BANDA -BASE ou BANDA -LARGA) : Existem duas maneiras de
alocar a capacidade de transmissão do meio.
ü BANDA BASE : toda a capacidade do meio é dedicada a um canal de
comunicação. A maioria das redes locais funciona no modo de BANDA-BASE. O
método de transmissão de BANDA BASE define que somente um sinal digital
pode viajar pela mídia e que sua velocidade não pode ser superior a 100 Mbps.
A informação é posta na mídia sem nenhum tipo de modulação e cada sinal
transmitido utiliza a largura da banda total da mídia. O cabo UTP, de par
trançado, a fibra ótica e o cabo coaxial para BANDA BASE são os mais comuns
para esse tipo de transmissão.
ü BANDA LARGA : Dois ou mais canais de comunicações compartilham a largura
de banda do meio de comunicação. O método de transmissão de BANDA
LARGA permite que vários sinais possam viajar ao mesmo tempo pela mídia.
Como exemplo, um cabo coaxial CATV com uma largura de banda de 500 MHz
pode levar 80 canais de televisão de 6 MHz de largura de banda cada. Essas
transmissões requerem uma largura de banda maior, ou uma faixa de
freqüências, para poder permitir várias freqüências no mesmo cabo. A
informação é modulada antes de ser transmitida. O sistema de televisão a cabo é
o melhor exemplo de que vários canais podem ser vistos, mesmo viajando
24

através de um único cabo. Os cabos de fibra ótica e o coaxial para BANDA


LARGA são os mais comuns para esse tipo de transmissão.
• Atenuação : é uma medida de quanto um meio de transmissão enfraquece um sinal,
sempre especificam a freqüência usada para fazer a medida porque a atenuação
varia com a freqüência. Como uma regra, quanto maior a freqüência, maior a
atenuação. Constitui-se em um dos principais fatores que limitam os comprimentos
dos cabos que podem ser usados nas redes.
• Interferência eletromagnética (EMI) : é um ruído elétrico de fundo que distorce um
sinal carregado por um meio de transmissão. É uma grandeza que dificulta a escuta
da estação em um meio para detectar sinais de dados válidos. Alguns meios de redes
são mais sensíveis à essa INTERFERÊNCIA que outros. O cabo de fibra ótica é
imune a todas as formas de EMI. A LINHA CRUZADA ("CROSSTALK") é um tipo
especial de EMI causado por fios próximos entre si que carregam dados e "vazam"
alguns de seus sinais de dados como EMI. A LINHA CRUZADA é de particular
preocupação em redes de alta velocidade que usam cabos de cobre porque existem,
tipicamente, muitos cabos individuais muito próximos entre si.

IIM
MPPE
EDDÂÂN
NCCIIAA E
ERRE
ETTAAR
RDDO
ODDE
EPPR
ROOP
PAAG
GAAÇ
ÇÃÃO
O

Cabos diferentes possuem características diferentes. As duas características importantes


para a Ethernet são a impedância e retardo de p ropagação.

O retardo de propagação está associado à quantidade de tempo que um sinal leva para
viajar através de um meio. O retardo de propagação do cabo RG58 é tipicamente de 0,66 vezes a
velocidade da luz, ou seja, aproximadamente 299.792.458 metros por segundo. O tempo que um
REPETIDOR leva para regenerar o sinal também deve ser considerado. As características de
propagação e repetição de diferentes esquemas de cabeamento Ethernet trazem alterações nas
regras baseadas no tipo de cabeamento usado.

P
PAAR
RTTR
RAAN
NÇÇAAD
DOO ((““T
TW D--PPAAIIR
WIISSTTEED R””))

Utilizado em redes com configuração híbrida


ESTRELA/BARRAMENTO, com topologia semelhante ao
cabeamento telefônico. Este tipo de rede utiliza cabos de
par trançado, tipo telefônico, padrão 24AWG e conectores
modulares tipo RJ-45.

Dois fios são arranjados em forma espiral de maneira que possam reduzir a indução de
ruídos e manter as propriedades elétricas constantes, em toda a sua extensão. O trançado reduz a
sensibilidade do cabo em relação à interferência eletromagnética e também reduz a tendência do
cabo de irradiar o ruído de freqüência de rádio que interfere com cabos próximos e componentes
eletrônicos. Isso acontece porque os sinais irradiados dos fios trançados tendem a se cancelar uns
aos outros. A qualidade da rede baseada em par trançado depende da qualidade dos condutores
empregados, das influências externas e da distância. Foi adotado como um dos padrões para redes
locais, conhecido como 10 BASE T (UTP - Unshilded Twisted Pair), possuindo as seguintes
características:
• topologia ESTRELA (fisicamente)
• tipo de cabo : PAR TRANÇADO 24 AWG
• permite ligações entre estações ou entre HUB e ESTAÇÕES até distâncias de 100
metros
• velocidade teórica de 10 Mbps ("ETHERNET") e aproximadamente 3 Mbps na prática
• conector padrão RJ-45
• uso de "HUB" (ETHERNET), como QUADRO CENTRAL DE FIAÇÃO (8, 12, 16,
24, 32 portas)

““C
CAAB
BLLIIN
NGG””

É a infra-estrutura de colocação dos cabos, a escolha adequada para cada ambiente e a


metodologia de instalação e identificação ou o sistema pelo qual se gera uma estrutura física que
suportará a rede. Representa o ponto do sistema de comunicação responsável pelo maior
25

percentual de falhas (40%). Em vista disso, deve ser executado de modo a facilitar a localização e a
solução de defeitos. Além da qualidade dos cabos escolhidos, devem ser criteriosamente definidos
os armários ou bastidores de distribuição, as tomadas de comunicação para as estações, canaletas,
conectores, identificação de cabos, painéis, e tudo o mais.

O
OQQU
UEES
SEED
DEEVVE
ECCO
ONNS
SIID
DEER
RAAR
RNNAA E
ESSC
COOLLH
HAA D
DOOC
CAAB
BOO ??

BLINDADO X NÃO BLINDADO

Cabo blindado com revestimento PVC,


malha de lâminas, blindagem de Cabo não blindado com
alumínio e condutores blindados revestimento PVC
individualmente

O ambiente normalmente determina se o cabo deve ou não ser blindado. Ambientes


tranqüilos de escritórios, lojas comerciais movimentadas e instalações industriais requerem níveis
diferentes de blindagem. A blindagem é a malha protetora que envolve e protege os condutores do
cabo contra radiação e interferência eletromagnética. Essa atividade eletromagnética (EMI) é
normalmente conhecida como ruído. Entre as fontes de ruídos em locais de trabalho incluem-se os
elevadores, lâmpadas fluorescentes, geradores, compressores, ar condicionado e copiadoras. Para
proteger seus dados em um ambiente ruidoso, deve-se dar preferência para cabos blindados. A
blindagem folheada é a mais básica, mas a malha de cobre proporciona melhor proteção. Deve-se
usar um cabo com blindagem de lâmina em ambientes de escritórios movimentados e comércio.
Para ambientes industriais, deve-se optar por blindagem de cobre trançado. Para ambientes de
escritórios, deve-se optar por cabos não blindados.

P
PVVC
C X
X AAN
NTTIIC
CHHAAM
MAA

A escolha do revestimento PVC ou ANTICHAMA vai depender de onde vai se passar o


cabo. O cabo PVC apresenta um revestimento externo de PVC (Cloreto de Polivinila). Esse tipo de
revestimento desprende gases tóxicos quando queima. É mais comumente usado entre a estação
de trabalho e a tomada de parede. Também pode ser usado em lances horizontais a partir do
quadro de distribuição. Pode-se usá-lo em lances entre os andares --- proém só se o edifício
apresentar um sistema fechado de ventilação. Para se certificar do uso correto do cabo, deve-se
contactar a autoridade fiscalizadora local. O cabo antichama (“plenum”) é usado entre andares de
prédios. Ele possui uma capa especial, tal como TEFLON, que não desprende fumaça tóxica
quando queimado. O “plenum” é um espaço criado pelos componentes da estrutura do edifício
para o movimento de ar ambiental. O teto falso não é um “plenum”. Cabos de comunicações
usados em um plenum são normalmente designados CMP (“Plenum communications, Ref. 1987
NEC).

BITOLA DOS FIOS Quanto maior o número da bitola


menor será o diâmetro do fio. Por exemplo,
um fio 24 AWG é mais fino que um fio 19
AWG. Baixo AWG significa melhor
integridade e maiores distâncias de
transmissão.

CONDUTOR RETORCIDO X CONDUTOR SÓLIDO

O CABO RETORCIDO deve ser usado em instalações mais curtas, entre placas de rede e
tomadas de parede, ou entre concentradores e “patch panels”, hubs e outros equipamentos
26

montados em rack. O cabo de fios retorcidos é muito mais flexível que o cabo de núcleo sólido. A
atenuação é mais alta no cabo de fios retorcidos e, portanto, o comprimento total de cabo retorcido
no seu sistema deve ser o mínimo possível para reduzir a degradação do sinal no seu sistema. O
CABO SÓLIDO deve ser usado para instalações entre dois gabinetes de cabeamento, ou do
gabinete de cabeamento para uma tomada de parede. Um cabo de condutor sólido não deve ser
dobrado, curvado ou torcido repetidamente. Ele é projetado para instalações de cabos horizontais e
de backbone. A atenuação é mais baixa que nos cabos de condutores retorcidos.

CAPAS METÁLICAS X CAPAS PLÁSTICAS

As capas (que protegem os conectores e cobrem os pinos) podem ser metálicas ou


plásticas. Capas de metal oferecem proteção contra insterferência eletromagnética (EMI) e
interferência de radiofreqüência (RFI) na terminação do conector. Geralmente, deve-se escolher
capas de metal quando se estiver usando cabo blindado e capas plásticas com cabo não
blindado.

CAPAS MOLDADAS X CAPAS REMOVÍVEIS

Capas moldadas fornecem uma terminação lacrada e evitam quebras devidas à flexão do
cabo. Cabos com proteções moldadas não podem ser passados por conduítes e outros locais
estreitos. Capas removíveis (em que a parte de cima da capa pode ser removida) podem ter a a
pinagem reconfigurada. Pode-se precisar reconfigurar a pinagem dos cabos por conduítes ou outros
espaços estreitos por onde uma capa moldada não passaria.

C
CAAT
TEEG
GOOR
RIIAA 33

Este cabo cumpre as recomendações elétricas e de distância do EIA/TIA 568 e TSB36


Comercial Building Wiring Standards para cabeamentos UTP. Deve ser usado em aplicações com
taxas de transmissão menores ou iguais a 10Mbps. Entre as utilizações possíveis estão voz e dados
em baixa taxa, sendo o alcance igual a 100m quando operando a 10Mbs.

C
CAAT
TEEG
GOOR
RIIAA 55

Atualmente o tipo de cabeamento UTP preferido é o CATEGORIA 5. Indicado para


aplicações com taxas de transmissão até 100 Mbps. Este cabo é recomendado para redes a
grandes distâncias e redes com altas taxas de transmissão. O alcance a 10Mbs é de 150m.

O padrão Categoria 5 estabelece requisitos mínimos para cabos de comunicação dentro de


um edifício comercial, inclusive até a tomada de comunicação entre edifícios de uma área. Ele
suporta ambiente para múltiplos produtos e fornecedores. Categoria 5 (ou CAT5 como é muitas
vezes conhecido) é o cabo mais usado atualmente para comunicação de dados dentro da categoria
UTP. O CAT5 deve ser capaz de suportar voz e dados a 100 MHz em fios 22 ou 24 AWG. CAT 5 é
tipicamente usado para redes de par trançado de alta velocidade tais como 100BaseTX, Fast
Ethernet e ANSI X3T9.5 TP-PMD a 100 MHz (FDDI em UTP).
27

O mercado de telecomunicações está se estruturando para acomodar fabricantes de


equipamentos e provedores de conteúdo que estão projetando novas aplicações e equipamentos
que demandam aumentos de velocidade e níveis de ruído mais baixo no cabo. Atualmente, existem
aperfeiçoamentos do padrão Categoria 5 sendo votados nos fóruns de padronização EIA/TIA. Os
novos padrões de teste serão maiores que os para CAT5 e provavelmente serão chamados de
CAT5E (CAT5 Enhanced). O CAT5E acrescenta testes de NEXT (Near End Cross Talk), FEXT
(Far End Cross Talk) e Perda de Retorno.

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NOOVVO
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S // AALLÉ
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DAA C
CAAT
TEEG
GOOR
RIIAA 55

Fundamental para interligação de equipamentos e redes, a tecnologia de cabeamento está,


atualmente despertando a atenção de fabricantes e órgãos de normatização visando desenvolver
novos padrões que possam atender à necessidade das corporações por maiores taxas de
transmissão, tudo isso provocada pela popularização do Fast Ethernet, ATM e Gigabit Ethernet, a
implantação de Internet/Intranet, o crescimento das LANs e acesso remoto, o avanço da tecnologia
de compactação de dados em modems de alta velocidade e também com o PABX digital, além do
crescimento de aplicações de videoconferência e multimídia,

A experiência tem mostrado que 2% dos custos de investimento se referem aos cabos e
conectores. Os 98% restantes se destinam aos servidores, estações, placas, hubs, switches,
roteadores, centrais de PABX e softwares de rede e aplicativos. No que diz respeito a falhas nas
redes, 50% dos problemas se relacionam a falhas de cabos e conectores (“downtime”),
normalmente conseqüência de má instalação, compra de produtos de qualidade inferior,
precariedade ou manuseio incorreto por parte do usuário. O “downtime” pode acarretar prejuízos
elevados com o tempo inativo da rede.

No Brasil, o processo de abertura do setor de telecomunicações aliado ao avanço das


tecnologias e a preocupação com o cabeamento estruturado tem motivado o interesse de empresas
estrangeiras em se instalarem no país. Empresas tradicionais tem enfrentado concorrência em sua
área de atuação. Algumas tem produzido cabos de alumínio e cobre para energia e telefonia além
dos cabos UTP categoria 5 para informática, que atendem ao método de teste e medição “POWER
SUM” - previsto na norma EIA/TIA 568-A.

Categoria 6 Classe E : está atualmente em revisão pelo EIA/TIA. O Categoria 6 tem por
objetivo dar larguras de banda duas vezes maiores que as do limite do CAT5.

Categoria 7 Classe F é baseado em especificações européias e nas especificações


Categoria 6, projetado para chegar a larguras de banda de 750 MHz. Muito pouco trabalho tem
sido despendido nas especificações Categoria 7 no momento. Os níveis 6 e 7, que não devem ser
confundidos com Categorias 6 e 7, foram criações proprietárias para definir desempenhos além das
exigências do Categoria 5 existente. Através do largo uso e exposição, Nível 6 e Nível 7 têm se
tornado termos comuns porém nenhuma entidade padronização (tais como EIA/TIA) criou ou aceitou
nenhum padrão conhecido como 6 ou Nível 7.

P
POOR
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28

PAR TRANÇADO NÃO BLINDADO é o cabo mais comumente utilizado devido a seu baixo
custo, instalação fácil, flexibilidade para mudanças e trocas e capacidade de suportar toda a largura
de banda das LANs. Embora originariamente projetado para voz, o cabo par trançado passou por
vários avanços que o tornaram adequado para telefones, “workstations”, terminais e sistemas
computacionais. De fato, a Categoria 5, o par trançado de grau mais alto, pode suportar dados a até
100 Mbps. Uma vantagem importante do cabo de par trançado sobre o cabo de par não trançado O
a resistência ao “crosstalk”. Os trançamentos evitam a interferência dos outros pares no cabo. Por
isso, o UTP O recomendado ao invés do cabo não trançado de quatro fios em instalações com
muitas linhas.

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Cuidados necessários que devem ser tomadas na conexão:

• desencapar o cabo;
• identificar e separar os pares conforme o quadro “Código de Cores”;
• posicionar os pares identificados no conector RJ-45 seguindo a seqüência marcada
no diagrama;
• para obter uma boa conectividade, utilizar ferramentas adequadas, obtendo desta
forma uma boa fixação do condutor com o conector.

As principais vantagens são :


• simplicidade,
• baixo custo,
• flexibilidade,
• facilidade de conexão dos nós à rede e facilidade de gerenciamento da rede
29

• oferece proteção a outros computadores da rede no caso de um usuário desconectar


um único computador

As principais desvantagens são :


• menor alcance
• necessidade de uso de Hub como centro de fiação acarretando aumento de custo.

H
HUUB
B

O HUB é um dispositivo eletrônico que estimula


os sinais num cabo Ethernet. Funciona como um
concentrador para o qual convergem as conexões dos
computadores possuindo cada uma comprimento de até
100 metros.

Um HUB necessita de energia elétrica e de pessoal qualificado para fazer o monitoramento


e o controle de sua operação na rede.

São formas de conexão:

EMPILHAMENTO
Quando existir a necessidade de
distribuição centralizada, ou seja, os hub's devem
criar um só nó, multiplicando-se assim a
capacidade de conexão. Os hub's da 3Com
permitem o empilhamento de até 4. No caso de
hub's de 12 portas cada, os 4 hub's empilhados
funcionam como um só de 48 portas. Normalmente
a conexão entre os 4 hub's é feita no painel de trás
do equipamento.

BACKBONE - INSTALAÇÕES QUE SE ESTENDEM NA VERTICAL


30

Normalmente
utilizado em instalações
que envolvem prédios nos
quais a rede se estende na
vertical.

ESTRUTURA HIERÁRQUICA OU EM ÁRVORE

Normalmente
utilizado em instalações se
estendem na horizontal.

C
CAAB
BEEAAM
MEEN
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STTR
RUUT
TUUR
RAAD
DOO

O cabeamento estruturado deve seguir três conceitos básicos para o bom funcionamento de
uma rede:
• deve ser universal, para trafegar qualquer sistema de telefonia e de informática,
• deve ter flexibilidade para modificações simples e rápidas, e
• deve ter uma vida útil de pelo menos 10 anos, de acordo com a norma.

Um aspecto que deve ser observado diz respeito à qualidade do projeto desenvolvido para o
usuário. A finalidade do cabeamento estruturado é que ele seja executado uma vez, sem a
necessidade de ampliações futuras. Assim, quanto mais áreas de trabalho for possível contemplar e
maior for o número de pontos definidos no projeto, os problemas com mudanças de tecnologia e de
layout serão evitados.

C
CAAB
BOOC
COOAAX
XIIAALL
31

Apresenta
características elétricas bastante
favoráveis à transmissão de sinais
de alta freqüência, uma vez que é
muito boa a imunidade à
interferências externas.

O cabo coaxial para


BANDA BASE e o cabo coaxial
para BANDA LARGA são muito
parecidos em sua construção, mas
suas principais diferenças são:
capa do cabo, diâmetro e
impedância.

O cabo coaxial para BANDA BASE é de 3/8 pol e utiliza uma capa de plástico. Já o cabo
coaxial para BANDA LARGA é de 1/2 pol e é coberto por uma malha ou tela de alumínio e uma
camada protetora de plástico.

Uma rede Ethernet pode trabalhar muito bem com os dois tipos de cabos, mas o mais
comum atualmente é o BANDA LARGA, para formar "backbone".

A tabela mostra as diferenças fundamentais entre os dois tipos de cabo coaxial.

BANDA BASE BANDA LARGA


Tipo de cabo RG-58 RG-59 ou RG-6
Velocidade máxima 10 Mbps 6 MHz
de transmissão
Impe dância 50 ohms 75 ohms
Distância máxima de 185-500 metros 3.600 metros
cada segmento
Custo Baixo Alto
Indução de ruído baixa Alta

CABO COAXIAL FINO ("Cheapernet") - (0,2 pol)

Surgiu para reduzir custos em ambientes como escritórios, que não possuem muita
interferência elétrica, possuindo as seguintes características:

• Topologia : BARRAMENTO
• comprimento máximo do cabo : segmentos de 185 metros (10 Base 2), referidos como
"Thinnet," embora existam redes funcionando com 300m, sem problemas.
• Número máximo de nós por segmento : 30
• Distância mínima entre dois nós : 0,50m
• Taxa de trasferência : 10 Mbps ("ETHERNET")
• Utiliza cabo (RG58), de impedância 50 ohms, com espessura em torno de 1/4 da
polegada --- frágeis com blindagem deficiente
• tipo de conectores : BNC (“Bayonet-Neill-Concelman”) / BNC DUPLO em forma de T
• Terminador : BNC --- um terminador BNC é um conector especial que inclui um
resistor, que deve, cuidadosamente, corresponder às características do sistema de
cabeamento. Isso é necessário para afastar reflexões de sinais.
32

As principais vantagens são :


• simplicidade,
• baixo custo,
• flexibilidade,
• facilidade de conexão dos nós à rede e facilidade de gerenciamento da rede
• oferece proteção a outros computadores da rede no caso de um usuário desconectar
um único computador

As principais desvantagens são :


• fato de falha em um segmento de rede derrubar toda a rede
• já que não oferece muita proteção contra interferência elétrica, o cabo não pode ficar
próximo a equipamentos elétricos muito potentes, como os de uma fábrica
• opera em distâncias relativamente reduzidas
• comporta baixa quantidade de conexões

OBS: Uma implementação de Cabo Coaxial refere-se ao 10 Base 5, em desuso, cujos segmentos
são de até 500 metros e referidos como "Thicknet", utilizando cabos RG6, com espessura em
trono de 1/2 polegada.

FFIIB
BRRAA Ó
ÓPPT
TIIC
CAA

O uso da
tecnologia de fibra ótica em
comunicações de dados tem
crescido em popularidade como
resultado do aumento da
demanda por banda passante e
a correspondente queda no
preço da fibra e sua instalação.

O cabo de fibra ótica é o cabo ideal para transmissão de dados. A fibra ótica possui
características que fazem com que esta tecnologia seja superior à comunicação sobre fios de cobre:
• maior banda passante
• baixa atenuação
• imunidade à interferência elétrica
• segurança dos dados
• menor tamanho e peso
• alta velocidade de transmissão
• dimensões reduzidas
33

Distância e banda passante são determinadas por diversos fatores. Os mais importantes
são o tipo do cabo, tipo de fonte de luz e tamanho do cabo.

TIPO DE CABO : quando referindo-se à construção do cabo, há basicamente dois tipos de


cabos de fibra ótica : monomodo e multimodo.

A fibra MONOMODO é utilizada principalmente em telefonia e em telecomunicações para


percorrer grandes distâncias, já que um espectro de luz percorre milhares de metros antes de
requerer algum tipo de repetidor de sinal. Esse tipo de fibra geralmente é manipulado com raios
LASER, permitindo a entrada no “core” de um só raio de luz, o que gera um claro e fino sinal até o
final de cabo.

Na fibra monomodo, o tamanho do “core” é tão pequeno que somente um único trajeto de
transmissão existe. Este tipo de cabo possui grande banda passante e baixa atenuação. Devido
à utilização do LASER como emissor de luz para enviar a informação, se esse não for manipulado
com cuidado, pode-se causar efeitos indesejáveis a quem manipula o cabo, já que a luz do LASER
é altamente danosa ao olho humano quando vista diretamente. Por isso sua manipulação é muito
delicada. A pureza da luz a LASER torna os LASERs idealmente adequados para as transmissões
de dados porque eles podem trabalhar em longas distâncias e altas larguras de banda. Os LASERs
são fontes de luz caras e são usados somente quando as suas características especiais são
necessárias.

A fibra MULTIMODO normalmente é usada em aplicações onde as distâncias são


pequenas, como é o caso das redes locais. Esse tipo de fibra é muito mais barato que a
MONOMODO e utiliza diodos eletroluminescentes LED como fonte de luz. Os LEDs (“Light Emitting
Diode”) são de baixo custo e produzem uma luz de qualidade relativamente inferior aos LASERs. Os
LEDs são adequados para aplicações menos rigorosas, tais como conexões de rede local de 100
Mbps ou mais lentas que se estendem por menos de 2 Km. Na fibra MULTIMODO, o tamanho
relativamente grande do “core” permite a propagação da luz em vários ângulos. Como resultado,
este tipo de cabo é limitado no que diz respeito à banda passante e elevada atenuação. Devido ao
fato da largura de banda nesse tipo de fibra ser maior, ela admite que vários raios entrem ao
mesmo tempo, o que provoca um decremento na largura de banda suportado pela fibra.

A luz utilizada nesse tipo de fibra não danifica o olho humano, e por isso é possível olhar
diretamente no cabo sem temor de danos físicos. A propagação da luz na fibra ótica depende de
seu comprimento de onda. A fibra ótica propaga melhor em dois comprimentos de onda: 850 nm e
1300 nm. As fontes de luz (LEDs) para comprimentos de onda de 850 nm, são as mais comuns,
mas são limitadas em banda passante e distância. Os LEDS para 1300 nm são muito caros para
fabricação; no entanto, possibilitam elevadas bandas passantes e longas distâncias. O tamanho
da fibra ótica é definida por um conjunto de 2(dois) números (por exemplo, 50/125). O primeiro é o
diâmetro da fibra (“core”) e o segundo é o diâmetro externo da fibra, ambos em microns. O
conector de fibra ótica é um componente crítico na rede pois sua escolha deve ser cuidadosa desde
que um leve desalinhamento pode resultar em perda de potência. Os 2(dois) tipos mais comuns
são:
• SMA - este é um conector do tipo “screw-on”. Como foi o primeiro padrão, é o mais
conhecido.
34

• ST - este é um conector do tipo “baioneta”. Este conector está se tornando mais


popular desde que a conexão provê maior precisão e segurança.

Outros conectores como o conector FC estão disponíveis para uso.

Outras características das fibras óticas são:

• transmitem sinais de luz codificados dentro do espectro de freqüências do


infravermelho;
• a luz é transmitida ao longo de um cabo ótico, constituído de filamentos de material
plástico ou vidro, revestidos de um material de baixo índice de refração;
• as taxas de transmissão com fibras óticas são bastante altas, devido a atenuação da
fibra ser independente da freqüência. Taxas da ordem de Gbps foram obtidas em
testes de laboratório;
• o fenômeno da atenuação pode ser causado por dispersão ou absorção de luz por
elementos do condutor ótico, sendo a qualidade do material fundamental para o
bom desempenho da fibra ótica;
• taxas da ordem de 50 Mbps podem ser obtidas sem o uso de repetidores, para
distâncias da ordem de 10 km sem restrições, tornando a fibra ótica muito atrativa
para redes locais;
• as dificuldades de instalação e manutenção de redes que empregam fibras óticas
são bem maiores que as redes baseadas nos meios convencionais de transmissão,
tornando seu custo bem mais expressivo;
• por possuirem dimensões muito pequenas, aliado ao fato de operar com pequenas
potências de sinal luminoso, as dificuldades de acoplar as fibras aos dispositivos
emissores de luz e fotodetectores são significativas;
• as conexões multiponto sofrem as mesmas dificuldades, tornando seu custo
praticamente inviável, daí ser a fibra utilizada em geral em redes com topologias em
estrela ou anel

Devido a suas características dielétricas, o uso de fibras óticas é sempre recomendado nas
ligações entre prédios distintos, proporcionando um completo isolamento elétrico, eliminando riscos
para equipamentos e operadores em caso de descargas elétricas atmosféricas, ou falhas graves na
alimentação que possam causar grandes diferenças de potencial de terra

As principais vantagens são :


• maior banda passante, significando capacidade mais alta de dados (100 Mbps),
deixando o sistema físico apto a evoluções tecnológicas (FDDI a 100 Mbps)
• baixa atenuação - sua baixa perda de sinal permite segmentos longos para os cabos
(acima de 1,5 km). com o uso de repetidores, esse cabo pode ser estendido sobre
distâncias muito maiores
• é imune às interferências eletromagnéticas e de rádio-freqüência, o que indica seu
uso em locais onde segmentos de rede devem cruzar ambientes eletricamente
ruidosos
• fornece uma maior grau de segurança, pois dificulta a entrada de intrusos no cabo
• alta qualidade de transmissão
• menor tamanho e peso
• alta velocidade de transmissão
• dimensões reduzidas

As principais desvantagens são :


• é um cabo de mais alto custo
• os componentes anexos são caros
• dificuldade de instalação e manutenção
• são necessários treinamentos e ferramentas especiais para que os técnicos possam
instalar e realizar manutenções nas fibras óticas

A Furukawa investiu na sua linha de fibra ótica, cujas principais características são proteção
contra roedores, umidade e rompimento. Os cabos óticos são geleados, para uso externo e
35

horizontal, e não-geleados, para uso interno e vertical. São duas tecnologias de fabricação ótica: a
loose e a tight. A loose utiliza a geléia para evitar a umidade e toque entre cabos; a tight isola as
fibras uma das outras através de cobertura plástica.

LLIIN
NKKR
RÁÁD
DIIO
O

enlaces de alta performance requerem meios de transmissão mais eficientes,


normalmente cabo coaxial ou rádio, sendo a escolha dependente basicamente da
disponibilidade e custo
o cabo coaxial é bem mais econômico, embora possua limitações de distância. No
rádio, a limitação não é mais a distância e sim o custo

as faixas de freqüência que mais se relacionam com a transmissão de dados estão


acima de 30 MHz

sistemas UHF e VHF (30 a 300MHz)

sistemas SHF
comunicações a longa distância, sendo sistemas de alta performance operando com
elevado número de canais
apresentam inconvenientes, sendo o principal o custo

Todos os sinais transmitidos entre computadores consistem em alguma forma de onda


eletromagnética, variando de freqüências de rádio até luz infravermelha e microondas. Pode-se
subdividir a tecnologia de REDES SEM FIO em três tipos básicos, correspondendo a três cenários
básicos de redes:
• Redes Locais (LANs) : ocasionalmente, pode-se ter uma rede local totalmente sem
fios. No entanto, é mais comum encontrar-se uma ou mais máquinas sem fios que
irão funcionar como membros de uma rede local baseada em cabo. Uma rede local
com componentes sem fio e baseados em cabos são chamadas de híbridas.
• Redes Locais estendidas : uma conexão sem fio serve como um backbone entre
duas redes locais. Por exemplo, uma empresa com redes de escritórios em dois
edifícios separados mas próximos poderiam conectar essas redes usando uma ponte
sem fio.
• Computação móvel : uma máquina móvel se conecta com uma rede usando a
tecnologia celular ou de satélite.

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Espaços onde o cabeamento seria impossível ou inconveniente: isso inclui recepções


abertas, partes inacessíveis de um edifício, edifícios antigos, edifícios históricos onde a renovação é
proibida e instalações externas.
Pessoas que se movem muito ao redor dos seus ambientes de trabalho: os administradores
de redes, por exemplo, precisam solucionar problemas de uma grande rede. As enfermeiras e
médicos precisam circular em um hospital.
Instalações temporárias : essas situações incluem qualquer departamento temporário
definido para uma finalidade específica que logo será desmontado ou realocado.
Pessoas que viajam : muitos funcionários viajam para fora do ambiente de trabalho e
precisam ter acesso instantâneo aos recursos da rede.

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O Comitê 802.11 do IEEE ("Institute of Electrical and Electronic Engineers") homologou um


padrão para a tecnologia de Wireless LAN, estabelecendo especificações sobre os componentes
MAC (controle de acesso à mídia) e PHY (especificação de camada física) de dispositivos sem fio,
assim como sobre os dispositivos spread spectrum e infravermelho que operem na freqüência de
2.4GHz e a velocidades de 1 ou 2 Mbps. O padrão deve possibilitar a interoperabilidade entre os
componentes incorporados ou adaptadores em dispositivos móveis. A especificação, embora possa
36

impulsionar o uso nos tradicionais mercados verticais dos fabricantes de dispositivos sem fio, pode
não gerar o impacto necessário para aumentar a adoção de tecnologias pelos usuários corporativos.

Vários fatores concorrem contra a especificação:

• a extensão do processo formal de padrões,


• a cobertura restrita a baixas velocidades,
• a interminável contenda entre os fabricantes e
• a limitada interoperabilidade.

Apesar de tudo, os especialistas concordam que a tecnologia de rede sem fio evoluiu
bastante durante o processo de padronização, como também salientam que boa parte desse avanço
ocorreu nos últimos dois anos de trabalho do Comitê 802.1 do IEEE. O FCC ("Federal
Communications Commission"), órgão do governo americano que determina as normas de
funcionamento dos serviços de comunicações, logo após Ter aprovado um novo espectro de
comunicação sem fio não licenciado na freqüência de 5.2 GHz, duas grandes empresas anunciaram
o lançamento de produtos capazes de operar nessa banda. A RadioLan, uma dos poucos
fabricantes que está trabalhando com produtos de velocidades mais altas, concluiu em agosto/97 o
beta-teste de adaptadores e dispositivos de acesso de rede sem fio de 10 Mbps em formato de
cartão PC para laptop, lançados em 1996. A Lucent Technolog ies também está desenvolvendo
protótipos de produtos de LAN sem fio a 10 Mbps.

Com a chegada de produtos de alta velocidade, a pergunta que todos se fazem é se o


padrão realmente terá alguma importância.

BIBLIOGRAFIA
A
Tanenbaum, And rew S. - “COMPUTER NETWORKS”, 3 . edição, Prentice -Hall, 1996.
a
Alves, Luiz. - “Comunicação de Dados”, Makron Books, 2 . edição, 1994.
Dvorak, L. C. e all. - “GUIA DE CONECTIVIDADE”,Campus, 1993
a
Schatt, Stan - “Redes Locais de Computadores”, Makron Books, 2 . edição, 1994.

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