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A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR
E PREGAR O ANTIGO TESTAMENTO
INDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
3.4. Uma pregação que exclui o Antigo Testamento é uma meia verdade. ......... 12
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13
INTRODUÇÃO
1
Page Kelley apud BAPTISTA, Walter Santos. O Antigo Testamento e a Pregação. Artigo disponível
em: <http://www.pesformosos.org/estudos/o_antigo_testamento_e_a_pregacao.pdf > Acessado em:
16/06/2008
2
FILHO, Isaltino Gomes Coelho. O uso do Antigo Testamento na pregação contemporânea.
Disponível em:
<http://www.ibcambui.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=405&Itemid=82 >
Acessado em: 16/06/2008
3
A Confissão de Fé de Westminster. 3a ed. São Paulo: Cultura Cristã, 1997. Capitulo I.
4
Cf. MEISTER, Mauro. Pregação no Antigo Testamento: É mesmo necessária? Artigo disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/pregacao/pregacao_meister.htm> Acessado em: 16/06/2008
Há varias razões pelas quais os cristãos não estudam e pregam com frequência no
Antigo Testamento. Aqui veremos apenas três.
5
Ver: MEISTER, Mauro. Lei e Graça. São Paulo. Editora: Cultura Cristã, 2004. p.73
6
Ver ANGLADA, Paulo. Introdução à Hermenêutica Reformada. Ananindeua. Knox Publicações. 2006.
p. 49.
7
Cf. BAPTISTA, Walter Santos. O Antigo Testamento e a Pregação. Artigo disponível em:
<http://www.pesformosos.org/estudos/o_antigo_testamento_e_a_pregacao.pdf > Acessado em:
16/06/2008
Lloyd-Jones comentando o sermão do monte diz: “Ora isso é algo que muito
freqüentemente percebemos haver sido olvidado nessa tentativa de se estabelecer a
antítese entre a lei e a graça; e o resultado é que os homens e mulheres com
freqüência ignoram, completa e inteiramente, a lei”. 8
1.2.3. Língua. Talvez essa seja a principal razão pela qual os cristãos evitam o
Antigo Testamento. Falta de conhecimento, do Hebraico (língua em que o Antigo
Testamento foi escrito) têm levado muitos a não estudar e expor os textos do Antigo
Testamento.
Muitos cristãos evitam o estudo do Antigo Testamento por causa do abismo que
há entre ele e o texto. A diferença de tempo, idioma, escrita, costumes e outros
8
LLOYD JONES, Martyn, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: Editora Fiel, 1999. p. 12
9
Para compreender a História de Israel ver SCHULTZ, Samuel J., A Historia de Israel no A.T. Ed. Vida
Nova, 1986. 413 p.
E também: John Bright, História de Israel. São Paulo: Paulinas, 1978.
10
Ver Pregação Cristocêntrica
11
BAPTISTA, Walter Santos. O Antigo Testamento e a Pregação. Artigo disponível em:
<http://www.pesformosos.org/estudos/o_antigo_testamento_e_a_pregacao.pdf > Acessado em:
16/06/2008
aspectos fazem do Antigo Testamento algo não tão familiar para os cristãos
contemporâneo. Pelo fato do AT não ser histórias e narrativas do dia-a-dia muitos
optam por desprezar o antigo Testamento, por alegar que não consegue entendê-lo.
2.2.1. Contexto imediato. Diz respeito às sentencias que vem antes e depois da
do texto que se está estudando.
12
Arnold, Bill T. Descobrindo o antigo testamento São Paulo. Editora: Cultura Cristã, 2001. p. 30.
13
Ver também: ibid e idem
Ao ler o Antigo Testamento não se deve esquecer que ele aponta para Cristo.
Para Agostinho o cânon bíblico, inclusive o Velho Testamento, deve ser abordado como
16
uma unidade cristocêntrica. Cristo é o tema central tanto de Novo como do Velho
Testamento. Thomas Adams afirmar que Cristo é “a suma de toda Bíblia, profetizando,
tipificando, prefigurando, exibido, demonstrado, a ser encontrado em cada folha e em
17
cada linha”. Para Calvino, “cristo é a substância, escopo e essência da revelação
bíblica, e só é possível compreender as Escrituras, se elas forem lidas „com o propósito
de encontrar Cristo nelas‟”. 18
Segundo Abraão Kuyper um evento na vida dos patriarcas, um episódio da vida
de Davi uma experiência dos profetas não ser apresentada como uma cena isolada,
19
mas como uma unidade Cristologia. Sendo assim, o Antigo Testamento só será
entendido de forma clara e completa se lido na perspectiva Cristocêntrica.
14
Ibid e idem.
15
Cf. Arnold, Bill T. Descobrindo o antigo testamento São Paulo. Editora: Cultura Cristã, 2001. p. 30.
16
Ver ANGLADA, Paulo. Introdução à Hermenêutica Reformada. Ananindeua. Knox Publicações.
2006. p. 125.
17
Ibid p. 100
18
Ibid p. 125
19
Kuyper apud ANGLADA, Paulo. Introdução à Hermenêutica Reformada. Ananindeua. Knox
Publicações. 2006. p. 125.
“Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com
toda longanimidade e ensino” (2 Timóteo 4. 2). A verdade expressar por Paulo a
Timóteo aqui é que ele deve pregar a Palavra. Ele não diz pregue parte da Palavra,
mas a Palavra. Aqui observarenos algumas razões pelas quais devemos pregar “todo o
conselho de Deus”, inclusive os revelados no Antigo Testamento.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, convencer, corrigir e
educar na justiça [...]" (2 Timóteo 3:15-16). O autor das Escrituras é o próprio Deus. Ele
que as inspirou de Gênesis ao Apocalipse. Essa verdade está explicitamente descrita
no capítulo I da Confissão de Fé de Westminster quando diz: “Sob o nome de Escritura
Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do
Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para
20
serem a regra de fé e de prática [...]” (negrito meu). Deus não se revelou apenas em
parte da história, mas em todas as épocas e isto nos mostra a unidade das Escrituras
como revelação progressiva, lógica e coerente. 21 As Escrituras do Antigo Testamento é
tão Palavra de Deus como as reveladas e escritas no Novo. C. H. Spurgeon
aconselhava os seus alunos que apegassem a verdade e anunciassem todo o conselho
22
de Deus ao invés de procuraremos ajustar a nossa Bíblia a esta época. Devemos
pregara o Velho Testamento porque também é Palavra de Deus.
20
A Confissão de Fé de Westminster. 3a ed. São Paulo: Cultura Cristã, 1997. Capitulo I.
21
Cf. MEISTER, Mauro. Pregação no Antigo Testamento: É mesmo necessária? Artigo disponível
em: <http://www.monergismo.com/textos/pregacao/pregacao_meister.htm> Acessado em: 16/06/2008
22
Spurgeon apud ANGLADA, Paulo. Spurgeon e o Evangelicalismo Moderno. São Paulo. Editora: Os
Puritanos, 1996. p. 31
23
Vários livros do Antigo Testamento fazem referência à bem-aventurança. Dentre eles o livro de
Provérbios e o livro dos Salmos são os que mais fazem referências às bem-aventuranças. Estes livros do
Antigo Testamento eram lidos constantemente nas sinagogas, e mesmo aqueles que não sabiam ler
conheciam de cor algumas das citações, entre elas as que envolviam a idéia da bem-aventurança.
Ver também os textos que São base para o texto do sermão do monte: Is 57: 15; Sl 51: 17 ; Is 57: 15;
Sl 51: 10; Is 61: 1- 2; Nm 12: 3; Is 29: 19; Sl. 22: 26; Sl. 37: 11.
da Lei e dos Profetas. A carta aos Hebreus teve como sua base o as verdades
reveladas aos Patriarcas. As cartas de Paulo é uma interpretação da Lei e dos profetas.
Assim, a base da pregação dos apóstolos e da Igreja primitiva foi o Antigo
Testamento. E se o AT foi o alicerce da pregação de Cristo, dos Apóstolos e dos Pais
da Igreja, não pode ser desprezado em nossos púlpitos nos dias de hoje.
3.4. Uma pregação que exclui o Antigo Testamento é uma meia verdade.
24
Kuyper apud ANGLADA, Paulo. Introdução à Hermenêutica Reformada. Ananindeua. Knox
Publicações. 2006. p. 180.
CONCLUSÃO
Agora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre
a importância do Antigo Testamento, a ponto de vê-lo como Palavra de Deus, respeitá-
lo em sua forma e valorizarmos o seu estudo e a pregação. Como já dissemos estudar
e pregar no Antigo Testamento exige mais cuidado e mais atenção que pregar no Novo.
Exige um bom conhecimento da cultura daquela época, precisa-se saber dos costumes
e ter um bom conhecimento do contexto histórico, cultural e religioso.
Essas dificuldades, por sua vez não podem nos impedir de estudarmos de forma
sistemática o Antigo Testamento. O seu estudo é fundamental para o entendimento do
Novo Testamento, e traz lições grandiosas e práticas para vida cristã.
Na Lei há os princípios que regem todas as sociedades. Nos profetas há uma
declaração da vontade de Deus para o seu povo. Os Salmos são conforto para a alma.
Provérbios trazem instruções para a vida. Os livros Históricos nos ajudam a
entendermos o presente.
Não podemos nos apegar ao Antigo Testamento e anularmos a Cristo como faz
muitos pregadores, por outro lado não podemos desprezá-lo como faz os liberais, mas
de forma sensata e equilibrada devemos estudar e pregar “todo o conselho de Deus”,
inclusive os revelados no Antigo Testamento. Por isso, estudemos mais e preguemos
mais o Antigo Testamento, pois ele também o é a Palavra de Deus.
Contato: sem.jailson@gmail.com
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Apostilhas.
Bíblias:
Dicionários:
Livros:
ARNOLD, Bill T. Descobrindo o antigo testamento. Editora Cultura Cristã, 2001. 527
p.
CARSON, D.A., Os Perigos da Interpretação Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova,
1992. 143 p.
LLOYD JONES, Martyn, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: Editora Fiel, 1999.
MEISTER, Mauro. Lei e Graça. São Paulo. Editora: Cultura Cristã, 2004. p.73
KAISER, Walter C. Jr. e Moisés Silva. Introdução À Hermenêutica Bíblica. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 2003. 288 p.
Internet: