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Boletim Informativo de Educação Ambiental


Gerência de Educação de Joinville
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Agosto de 2010
Ano 01 – Edição nº. 02

Nesta Edição:
- Destaque
EEB Felipe Schmidt
Lucas Dalla Barba

- Notícias
- Dicas
4ª série 01

- Lembrete do Ensino
- Referências bibliográficas
- Sobre o boletim

DESTAQUE

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A expansão da urbanização ocorrida no último século Reforçando isso, as indústrias e empresas prestadoras
gerou o aparecimento de diversas aglomerações de serviço, apoiadas pela mídia, criam a ideia da
urbanas, processo que resulta da transferência de necessidade do uso de novos produtos e substituição
pessoas do campo para a cidade, causando com isso a de outros, mesmo que ainda estejam funcionando ou
transformação de ambientes naturais e, em em condições de uso.
consequência, pressão e degradação ambiental.
Porém, esses fatores, ao contrário do conceito de
No Brasil, essa realidade não foi diferente. Os qualidade de vida que se imaginava, aumentou
municípios cresceram e ainda vêm crescendo em ritmo significativamente o volume de resíduos produzidos e
acelerado, principalmente nos últimos 50 anos, de trouxe problemas sérios do ponto de vista
modo que “o crescimento urbano transformou e socioambiental. Além da poluição produzida pela
inverteu a distribuição da população no espaço quantidade e imobilidade dos resíduos sólidos no
geográfico: em 1945 a população urbana era de 25%, ambiente, o fenômeno social dos “catadores de lixo”
na última década de 1990 aumentou para 75%”. surgiu nesse cenário.
(RATTNER, 1999, p. 53).
Diante dessa complexidade, o gerenciamento de
Esse quadro traz consigo problemas socioambientais e resíduos sólidos urbanos tornou-se um desafio para os
novas responsabilidades à administração pública. Uma gestores públicos. Responsabilidade da administração
delas é a gestão dos resíduos sólidos que satisfaçam pública e competência dos municípios, essa gestão
aos padrões ambientalmente sustentáveis. compreende a coleta, tratamento e disposição final de
resíduos em estado sólido e semi-sólido, resultantes
Contudo, antes de tratarmos a respeito do complexo das atividades de origem doméstica, industrial,
processo de gerenciamento de resíduos sólidos, é comercial, hospitalar, agrícola, de serviços de varrição,
importante refletir sobre outro fenômeno que bem como os gerados nas Estações de Tratamento de
intensificou o aumento da produção de resíduos: a Água e os resultantes de equipamentos e instalações
industrialização, que modificou de forma contundente de controle de poluição, conforme classificação de
as características do resíduo produzido. “Até o início 1
resíduos normatizada pela ABNT , 2004.
do século passado, o lixo gerado – restos de comida,
excrementos de animais e outros materiais orgânicos Vários aspectos devem ser levados em consideração
– reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização Aspectos ambientais, legais, sociais e econômicos
e a concentração da população nas grandes cidades, o precisam ser compreendidos e considerados e as
lixo foi se tornando um problema”. (MMA/MEC, 2005, estratégias de gestão, adaptadas à realidade do
p. 114) município. Contudo, dois outros fatores fundamentais
devem ser levados em consideração nesse processo.
Com a industrialização, uma nova cultura foi surgindo,
por intermédio da produção de objetos com vida útil O primeiro diz respeito ao uso sustentável dos
reduzido, vindo com o propósito de dar maior recursos naturais e minimização da produção dos
comodidade ao ser humano, influenciando resíduos sólidos, possíveis por meio de programas de
sobremaneira o comportamento das pessoas e o Educação Ambiental que estimule o consumo
padrão de consumo. Uma nova maneira de consumir consciente e a separação dos resíduos para posterior
surgiu nesse contexto, não mais pela necessidade do reciclagem. O outro é o reconhecimento e trabalho em
objeto, mas por uma busca de satisfação pessoal e parceria com associações e cooperativas que
comodidade, que se acredita agregar maior qualidade executam a coleta informal, evitando a concorrência e
de vida. diminuindo com isso os custos dessa etapa.

1. Associação Brasileira de Normas Técnicas.


ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA FELIPE SCHMIDT
Atividade de Aprendizagem: A Escola não é Lixo!
A Teoria da Atividade proposta por Leontiev1 traz da escola. O objetivo da atividade foi estimular a
contribuições importantes para a compreensão e percepção e um olhar crítico sobre o assunto, levando-
organização da prática pedagógica. Segundo o autor, a os a compreender que pequenas ações, individuais e
atividade, inerente ao ser humano, parte de uma coletivas, podem modificar essa problemática na escola.
necessidade do sujeito ou motivo, que por meio de uma
Dessa maneira, a ação inicial foi a apresentação da
intencionalidade estimula e confere direção para o
história em quadrinhos “Cascão em: Proposta
desencadeamento de ações e a escolha de instrumentos
Repelente”. A articuladora da sala informatizada foi
que visem dar materialidade ou a transformação de
quem contou a história, que foi scaneada e reproduzida
uma realidade.
em aparelho de multimídia.
Em outras palavras, no processo psicológico da
Depois da história, duas ações, uma reflexiva e outra
atividade humana, num movimento intencional, o
prática foram organizadas para dar início à atividade em
sujeito é impelido a planejar ações e escolher
grupo. A primeira foi um debate sobre a história e sobre
instrumentos que respondam ao motivo da atividade, no
o tema proposto e a segunda foi uma observação no
sentido de transformar e produzir uma nova realidade.
pátio da escola após o intervalo.
Nesse processo, transforma a si mesmo e a partir dessa
transformação, novos motivos surgem, dando início a
uma nova atividade.
O conceito de atividade no âmbito pedagógico traz
contribuições significativas, à medida que permite ao
sujeito professor refletir sobre sua prática e agir
buscando dar materialidade aos motivos que orientam
suas ações. Isto é, partindo de um motivo que direcione
sua prática pedagógica, irá planejar ações e escolher
instrumentos que atendam a essa necessidade e que
sejam motivadoras para os alunos, de modo que estes
Professoras Geovana e Gisele e alunos da 4ª série 01
também atribuam sentido para sua atividade.
A professora Geovana organizou 03 equipes
Dessa forma, a aproximação da realidade do aluno e o responsáveis em criar uma única história em
favorecimento do trabalho colaborativo, são pontos quadrinhos, baseada no tema e problemática observada
importantes que devem ser considerados no na escola. Cada equipe, responsável por uma parte da
planejamento de ações e instrumentos que possibilitem história, dialogou, debateu, combinou entre si, para
motivos eficazes, que a aprendizagem deve então passar para a segunda etapa da atividade, a
proporcionar. reprodução da história. Nesse momento, a turma foi
dividida em duas equipes: o grupo de voz e a do
Contudo, dentro da concepção histórico-cultural, só é
desenho.
possível falar em conhecimento por meio da práxis:
relação entre a atividade teórica e prática. Se por um Assim, a história foi gravada, scaneada e editada pela
lado a atividade prática de ordem transformadora é articuladora da sala informatizada e o resultado pode
ajustada a objetivos, ela só é possível por meio da ser conferido pelo link abaixo:
relação entre a atividade teórica, produtora de http://www.youtube.com/watch?v=td4yKcrRXzg
conhecimentos.
O aspecto coletivo da atividade é um ponto importante
Nessa perspectiva, a mediação é elemento fundamental a ser ressaltado e esse exemplo demonstra o processo,
no processo de apropriação do conhecimento e o cujas ações foram planejadas e realizadas no espaço
professor, nesse contexto, assume uma postura coletivo, consideradas significativas para a objetivação
facilitadora, que possibilita que o sujeito de do motivo que a impulsionaram.
aprendizagem se coloque ativamente diante da Nesse contexto, a linguagem e o processo de
experiência de ensino-aprendizagem. construção do conhecimento dos alunos ficam evidentes
Foi o que a articuladora da sala informatizada e a no resultado. O professor como mediador, manteve a
professora de 4ª série da EEB Felipe Schmidt (São linguagem dos alunos, permitindo, a partir daí, re-
Francisco do Sul) fizeram na Atividade de Aprendizagem significar os conceitos que eles atribuíram no texto que
“A Escola não é Lixo”. construíram. Um exemplo disso é o adjetivo “porco”,
para expressar pessoas sem consciência ambiental.
O motivo que deu origem à atividade teve sentido, num
Dessa forma, o caráter dinâmico da atividade se faz
primeiro momento, para Gisele Vidal de Almeida,
presente, possibilitando que professores e alunos
articuladora da sala informatizada, que procurou a
atribuam novos sentidos, dando início a uma nova
professora Geovana Ostroski, para juntas planejarem
atividade.
uma atividade que proporcionasse reflexão com os
1. Alexei Nikolaevich Leontiev – Psicólogo russo, trabalhou com Lev Vygostsky, com
alunos, sobre a quantidade de lixo depositado no chão relevante participação na proposição da construção da Psicologia Histórico-cultural.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFª. MARLI MARIA DE SOUZA
Projeto: Lixo – Um novo começo para o fim
Motivada pelo curso de Educação Ambiental que Desde então, são realizadas reuniões esporádicas para
participou na Gerência de Educação (Água e avaliação das ações planejadas.
Saneamento), a professora Magali Rute dos Santos, da
EEB Marli Maria de Souza, iniciou uma Atividade de A primeira ação aconteceu com a apresentação do
Aprendizagem com 60 alunos de 3ª série do Ensino projeto para a comunidade, ocorrida no início do mês de
Fundamental, no ano de 2009. No retorno para a março. Na ocasião, a comunidade participou com a
escola, iniciou um diálogo com as crianças para votação do slogan do projeto produzido pelos alunos.
contextualizar os temas tratados no curso e as

Autor: Jean Carlos Albertti da Costa


especificidades da escola e região. As enchentes
ocorridas na época, ficaram em evidência nesse diálogo
e, por conta disso, esse tema foi o ponto de partida
para uma pesquisa, visando compreender as causas e
aspectos preponderantes nessa problemática levantada.
Estudando sobre as causas das enchentes ocorridas na
região, a professora e seus alunos observaram que uma

3ª série 01
delas tinha destaque nesse cenário. O hábito da
população circunvizinha despejar lixo em locais
inadequados, chamou a atenção e em decorrência
disso, planejaram ações de sensibilização com a
comunidade escolar, buscando levar essa discussão O planejamento dos conteúdos contemplou vários
também para as demais turmas de séries iniciais. aspectos sobre resíduos sólidos: lixo e consumo, coleta
seletiva e reciclagem, impactos ambientais, tipos e
Uma dessas ações foi a coleta de lixo na escola durante tratamento de lixo, categoria de resíduos sólidos e
um mês, para depois realizar uma exposição do lixo princípios dos 5 Rs (erres), são alguns temas geradores
recolhido, com o intuito de motivar as demais turmas que estão sendo abordados e pesquisados com os
para a discussão do tema. alunos, contando também com o apoio da articuladora
da sala informatizada.
Outras ações foram inseridas no processo. Uma delas,
por meio de revezamento, alunos de 1ª a 4ª série
coletam o lixo produzido após o intervalo do lanche,
para posterior análise de redução durante o
desenvolvimento do projeto. Além disso, os alunos das
3ªs séries já estão socializando as pesquisas realizadas,
organizadas em momentos de troca de experiências.
Três grandes parcerias foram firmadas no projeto. O
projeto Reciclar da UNIVILLE, contribuiu com um curso
Marcelo e Magali: professores de 4ª e 3ª série - 2009 e oficina sobre reciclagem de papel. A FUNDEMA
(Fundação do Meio Ambiente) irá promover aos
Tratando sobre a questão de destinação dos resíduos professores e funcionários, um curso sobre Gestão de
sólidos, os professores envolvidos observaram que essa Resíduos Sólidos e a cooperativa de reciclagem Recipar
situação era comum aos alunos, que pareciam ter se Paranaguamirim, localizada ao lado da escola irá auxiliar
acostumado com o despejo de lixo em qualquer lugar. no processo de destinação dos resíduos da escola.
Contudo, durante seu desenvolvimento, perceberam
também o efeito positivo que as ações de pesquisa e Pensando no processo de gestão dos resíduos na
sensibilização proporcionaram, instigando os alunos escola, lixeiras de coleta seletiva foram instaladas em
para um olhar mais crítico sobre o assunto. locais estratégicos, ação essa que mais tarde será
ampliada para as salas de aula das séries iniciais. Está
Nesse sentido, a continuidade da ação nessa escola sendo construída também uma composteira para o
para o ano de 2010 demonstrou ser necessária. Assim, destino de resíduos orgânicos e revitalizada a horta
objetivando aprofundar o tema e trabalhar de forma escolar, com o apoio de professores, alunos e
interdisciplinar, os professores de séries iniciais e equipe voluntários da comunidade.
gestora se reuniram, discutiram, elaboraram um projeto
e inscreveram no Prêmio Embraco de Ecologia, sendo Para o segundo semestre estão previstas visita ao aterro
vencedores na categoria Semente, ainda com alunos de sanitário, entrega de cartões temáticos produzidos pelos
séries iniciais como público alvo. alunos junto à comunidade, apresentação teatral,
criação do grupo de Voluntários Ecológicos e a Feira do
Para iniciar as ações em 2010, os professores e equipe Conhecimento, que irá apresentar todos os trabalhos
gestora reuniram-se e revisaram as ações propostas em produzidos durante o ano letivo.
2009, para integrá-las ao planejamento dos professores.
Boletim Informativo de Educação Ambiental

NOTÍCIAS
Joinville
bairro a bairro
É o título do livro publicado pela Fundação Instituto de
Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento
Sustentável de Joinville (IPPUJ), sob a coordenação geral
da Gerência de Pesquisa e Documentação.
O livro oferece subsídios históricos de todos os bairros
de Joinville. Fatores sociais, econômicos, ambientais são
alguns temas tratados nesta obra.
Como material de apoio didático, é uma importante fonte
de pesquisa para a elaboração de projetos educacionais,
sobretudo de Educação Ambiental, com o objetivo de
conhecer a realidade local em que a escola está inserida.
Todas as escolas da Rede Estadual de Ensino, do
município de Joinville receberam o livro.
Embrulhado para presente, o livro “O Jovem cientista no micro
macro mundo dos artrópodes”, publicado pela Escola
Municipal Karin Barkemeyer foi entregue para as 62 escolas
dos 08 municípios de abrangência da Gerência de Educação de
Joinville.
O livro, resultado de um ano de pesquisa e o desenvolvimento
de práticas educativas em Educação Ambiental, é um relato do
processo e dos resultados colhidos no ano de 2007.
O projeto, vencedor do Prêmio Embraco de Ecologia no ano de
2006, em sua trajetória, vai do Universo ao pequeno mundo dos
artrópodes, buscando entender a relação de interdependência
entre esses seres e o ecossistema e vice e versa.
Mas afinal, o que são os artrópodes?
O livro está disponível nas bibliotecas das escolas e vale a
pena conferir o que os 1030 alunos desta escola descobriram
sobre isso.
Uma preciosidade novamente disponível para as
escolas da Gerência de Educação de Joinville.
50 escolas de Ensino Médio receberam 01 exemplar do
Atlas Ambiental da Região de Joinville, publicado pela
Fundação do Meio Ambiente (FATMA).
A obra reúne informações sobre aspectos físicos-
naturais e humanos, além de questões sócio-
econômicas e de gestão ambiental dos municípios de
Joinville, São Francisco do Sul, Garuva, Araquari,
Itapoá e Balneário Barra do Sul.
Trata-se de um material único, riquíssimo, cuja edição
foi limitada e sua distribuição esgotada.
Contudo, numa parceria entre a Petrobrás e Gerência
de Educação, foi possível a aquisição e distribuição
desse material.
Em tramitação na Câmara dos Deputados durante 21 anos,
foi aprovada no dia 07 de julho de 2010, pelo Senado Federal,
Fonte: Site Senado Federal

a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto de Lei


354/89, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, estabelece
Foto: Geraldo Madela

um regime compartilhado de responsabilidades sobre a


www.senado.gov.br

destinação dos resíduos sólidos para todos os geradores.


Conforme a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
“aquele que gera resíduo será o responsável por dar a
destinação final”.
O projeto já foi sancionado pelo presidente.
Boletim Informativo de Educação Ambiental

NOTÍCIAS

No dia 16 de junho, na Associação Desportiva da


Embraco, aconteceu o Café Lançamento do Prêmio
Embraco de Ecologia de 2010.
Participaram do evento 150 professores de escolas
públicas e privadas, de Educação Infantil e Ensino
Fundamental de Joinville.
O evento iniciou com palestras sobre “Ecoeficiência” e
seguiu com uma oficina, coordenada pela equipe do
Prêmio Embraco de Ecologia e o Instituto Harmonia na
Terra.
As inscrições para o prêmio estão abertas e encerram
no dia 30 de setembro de 2010.
Para participar, as instituições de ensino devem
preencher um formulário, disponível também no
endereço eletrônico: www.embraco.com.br/ecologia

1,4 mil gestores das Escolas Públicas Estaduais de


Santa Catarina participaram do evento “Educação:
Construindo Qualidade – Gestão da Escola”, promovido
pela Secretaria de Estado da Educação, cujo objetivo
foi proporcionar troca de experiências exitosas em
gestão escolar.
O evento ocorreu no dia 27 de junho, em Florianópolis e
contou com a participação de três escolas da Gerência
de Educação de Joinville.
Dentre elas, A EEB João Rocha, apresentou o projeto
de Educação Ambiental “Rio do Ferro – Quem conhece,
preserva” e o livro de Atividades de Aprendizagem –
Água e Saneamento, da Gerência de Educação.
O CEJA e CEDUP também estiveram presentes com as
respectivas experiências: “Uma escola cidadã” e
“Ressocializar Profissionalizando”.
De 12 de abril a 12 de maio de 2010, a Secretaria
Municipal de Saneamento Ambiental em parceria com a
Secretaria Municipal de Educação de Garuva promoveu o
1º Concurso de Educação Ambiental “Saneamento
Básico”.
O concurso selecionou desenhos, slogans e vinhetas
referentes ao tema e contou com a participação de alunos
da Rede Municipal e Estadual de ensino.
Alunos da Escola Carmen Seara Leite, da Gerência de
Educação de Joinville, foram vencedores no 1º lugar, nas
três categorias:
Desenho: Melyssa Pacheco Araújo – 5ª série 01
Slogan: Gabriela da Silva – 6ª série 03
Vinheta: Joice Aparecida da Silveira – 1º ano Ensino
Médio Autora: Melyssa Pacheco Araújo – EEB Carmen Seara Leite

Nos dias 20 e 21 de julho, o Prêmio Embraco de Ecologia em parceria com a Companhia Águas de
Joinville promoveu curso para professores da EEB João Rocha, relacionado aos temas do projeto “Rio
do Ferro – quem conhece, preserva”. O curso propiciou saída de estudo em diferentes ecossistemas:
Mata Atlântica, Restinga, Banhado, Manguezais e Sambaquis. O objetivo foi sensibilizar quanto à riqueza
e importância desses ambientes e associá-los aos problemas socioambientais do bairro.
No dia 22, foi a vez dos professores da EEB Marli Maria de Souza participar de uma oficina que tratou
dos temas abordados no projeto “Lixo – um novo começo para o fim”. O objetivo do curso foi promover
discussão e reflexão sobre as questões socioambientais relacionadas à Gestão de Resíduos Sólidos,
tratando sobre os seguintes temas: ambientes naturais do bairro, cuidado dos espaços da escola, coleta
seletiva de lixo, consumo consciente, horta escolar e compostagem.
Boletim Informativo de Educação Ambiental
DICAS

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: Um desafio na escola


Toda ação na escola deve ser intencional, no sentido de ser pensada, planejada, levando sempre em
consideração o sujeito que se quer formar, a partir dos pressupostos filosóficos que norteiam sua Proposta de
Educação. Assim, as concepções de homem, de mundo e sociedade que a escola adota deverão estar norteando
as ações e estratégias em todas as suas dimensões: pedagógica, física, administrativa, financeira, entre outras,
organizadas no Projeto Político Pedagógico.
A Educação Ambiental presente no currículo escolar, assim como todo o
processo educacional, tem o objetivo de formar crianças e jovens críticos,
com atitudes propositivas na sociedade. Isto é possível com ações que
inter-relacionem a realidade do aluno com as problemáticas ambientais
presentes na sociedade e a compreensão do papel da interferência
humana nesse processo.
Os resíduos sólidos, em toda sua cadeia complexa, que vai desde a
geração até o descarte, é um desses problemas diretamente ligado ao
comportamento humano, que foi se modificando ao longo da história.
Dessa maneira, a escola deve considerar em suas estratégias essa
complexidade e tratar nesse contexto questões de consumo, o papel da
mídia nesse processo, os tipos de resíduos produzidos e suas
especificidades, além de discutir alternativas sustentáveis para lidar com essa problemática.
Contudo, mais do que reflexão, a escola precisa articular o conhecimento com a prática e se tornar um exemplo
para sua comunidade escolar, vivenciando o conhecimento discutido e pesquisado, que demonstre formas
sustentáveis de lidar com a questão. Dessa maneira, a escola precisa no seu planejamento, pensar toda a cadeia
relacionada ao tema “Resíduos Sólidos”, observando todo o fluxo de material inserido em seu ambiente. Ou seja,
ter a preocupação do tipo de material com que trabalha, evitando o uso de materiais que demorem a se
decompor no ambiente, observando se existe uma política de reaproveitamento de materiais, evitando-se o uso
de descartáveis, além do cuidado com a forma correta de descarte, separando os materiais possíveis de serem
reciclados e compostando os resíduos orgânicos produzidos.
Assim, o uso de bases permanentes para a elaboração de maquetes em substituição ao isopor, a escolha de
materiais naturais ao invés do uso do plástico e EVA na confecção de murais e trabalhos artísticos, a adoção de
canecas permanentes para professores e funcionários ao invés de copos descartáveis, são alguns exemplos que
demonstram essa preocupação.
No caso da coleta seletiva, quando se pretende implantá-la, alguns passos importantes devem ser considerados,
já que envolve diversos segmentos da escola. O primeiro passo é a organização de uma comissão interna
responsável, que irá elaborar, implantar e dar continuidade ao programa.
A segunda etapa é a elaboração do projeto de implantação, que deverá responder algumas questões: qual será o
destino dos resíduos após coleta na escola (se vai para o serviço público de coleta seletiva do município, se será
doado a um “catador” ou cooperativa ou ainda, se será vendido). Outro ponto a observar é a existência na
escola, de um local específico para o armazenamento do resíduo, caso seja necessário o acondicionamento. Além
de detalhar outras questões inerentes ao processo: o material necessário para a implantação, a fonte de recursos
para a aquisição desses materiais, o levantamento dos tipos e quantidade de resíduos produzidos.
Assim, o próximo passo é a sensibilização da comunidade escolar. A equipe coordenadora do projeto precisa
“vender” a ideia, divulgar e incentivar, tirando dúvidas sobre a implantação da coleta. Isso pode ocorrer por meio
de reuniões, cartazes produzidos pelas crianças, evento de abertura do programa com atividades culturais, além
de outras que estejam próximas à realidade da escola. O apoio dos conteúdos curriculares é necessário no
processo de sensibilização dos alunos e a participação dos serventes da escola, imprescindível.
Ainda, tendo em vista o êxito da implantação do programa, estratégias de avaliação devem estar contidas no
projeto, considerando toda a cadeia que envolve “Resíduos Sólidos” na escola, cuja mudança de hábitos para
práticas ambientais mais sustentáveis esteja em pauta nesse cenário.
Boletim Informativo de Educação Ambiental

Lembrete do Ensino:
O livro “Segurança Alimentar – Sua saúde dia-a-dia”
enviado pela Secretaria de Estado da Educação está
disponível na Gerência de Educação.
As escolas que ainda não buscaram o livro, favor entrar
em contato com Dulce, Setor de Ensino.
Sugerimos que o material seja divulgado na unidade
escolar e seu conteúdo trabalhado nas disciplinas
curriculares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- RATTNER, H. Liderança para uma sociedade sustentável. São Paulo: Nobel, 1999.
- MMA, MEC, IDEC. Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília: 2005.
- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 Resíduos Sólidos. Classificação. Ed. ABNT, São
Paulo: 2004.
- LEONTIEV, A. N. Uma contribuição à teoria de desenvolvimento da psique infantil. In VIGOTSKY, L. S. et al.
Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Ícone. São Paulo, 1992.
- GONZÁLEZ, R. F. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. Pioneira Thomson Learning. São Paulo:
2005.
- SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina:
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Formação docente para a Educação Infantil e séries iniciais.
Florianópolis, 1998.
- SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Temas
Multidisciplinares. Florianópolis, 1998.
- VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino e aprendizagem e político-pedagógico. São Paulo, 2002.
- Atividade de Aprendizagem “A Escola não é Lixo” – EEB Felipe Schmidt
- Projeto “Lixo: Um novo começo para o fim” – EEB Marli Maria de Souza
- www.senado.gov.br
- www.sed.sc.gov.br
- www.carmemsearaleite.blogspot.com
- www.embraco.com.br/ecologia

SOBRE O BOLETIM
Secretaria de Estado da Educação
Gerência de Educação
Supervisão de Educação Básica e Profissional
End: Rua Senador Felipe Schmidt, 159 – Centro - Joinville – SC – CEP. 89201440
Fone: (47) 34334351 - E-mail: gereijoinvilleens@sed.sc.gov.br

Elaboração: Adriana Lima Moraes – Coordenadora de Educação Ambiental – Gerência de Educação - e-mail:
adriana_siewert@hotmail.com

Revisão:
Vera Lúcia Marcon – Professora aposentada da Gerência de Educação

Colaboradores:
Alessandra Cristina Bernardino – Coordenadora de Educação Afro (Lei 11645/08)
Inês Odorizzi Ramos – Integradora do Ensino Fundamental
Eleonora Minatto e Jordelina Voos – Orientadoras do Projeto Político Pedagógico

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