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SUMÁRIO

Capítulo 1: Organização Celular.....................................................................................................................2


1.1 Sessão Leitura ...............................................................................................................................7
1.2 Pintou no ENEM ............................................................................................................................9
1.3 Exercícios de Fixação...................................................................................................................11
1.4 Gabarito........................................................................................................................................12

Capitulo 2: Química da Célula......................................................................................................................12


1.5 Sessão Leitura..............................................................................................................................24
1.6 Pintou no ENEM...........................................................................................................................28
1.7 Exercícios de Fixação...................................................................................................................31
1.8 Gabarito........................................................................................................................................34

Capítulo 3: Membrana Nuclear.....................................................................................................................35


1.9 Sessão Leitura..............................................................................................................................39
1.10 Pintou no ENEM.....................................................................................................................41
1.11 Exercícios de Fixação............................................................................................................42
1.12 Gabarito.................................................................................................................................48

Capítulo 4: Citoplasma..................................................................................................................................49
1.13 Sessão Leitura.......................................................................................................................60
1.14 pintou no ENEM.....................................................................................................................62
1.15 Exercícios de Fixação............................................................................................................64
1.16 Gabarito..................................................................................................................................66

Capítulo 5: Núcleo e Cromossomos............................................................................................................67


1.17 Sessão Leitura.......................................................................................................................80
1.18 Pintou no ENEM.....................................................................................................................81
1.19 Exercícios de Fixação............................................................................................................82
1.20 Gabarito..................................................................................................................................83

Capítulo 6: Meiose e Mitose..........................................................................................................................84


1.21 Sessão Leitura......................................................................................................................93
1.22 Pintou ENEM........................................................................................................................93
1.23 Exercícios de Fixação..........................................................................................................95
1.24 Gabarito..................................................................................................................................97

Capítulo 7: Histologia- A Diversidade Celular............................................................................................98


1.25 Sessão Leitura.....................................................................................................................124
1.26 Pintou no ENEM...................................................................................................................127
1.27 Exercícios de Fixação..........................................................................................................129
1.28 Gabarito................................................................................................................................131

Referencias...................................................................................................................................................131

CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014


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CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO CELULAR

1.1 INTRODUÇÃO

A invenção do microscópio em 1591 por Zacharias Janssen e Hans Janssen, possibilitou a


descoberta das células e inaugurou um novo campo de investigação da ciência, a Citologia (do grego
kitus, célula, e logos, estudo). O termo “célula” deriva do latim cellula, diminutivo de cella, que significa
pequeno compartimento.

Foto de microscópio desenvolvido por Hooke


(1670)

1.2 TEORIA CELULAR

Hipótese: todos os seres vivos são formados por células.

2.1 AMPLIAÇÃO DA TEORIA CELULAR

1- Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem; as células
são, portanto, as unidades morfológicas dos seres vivos.
2- As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; estas são,
portanto, as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos.
3- Novas células se formam pela divisão de células preexistentes, por meio da divisão celular; a
continuidade da vida depende, portanto, da reprodução celular.
Apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos têm em comum o fato
de serem constituídos por células.

2.2 OS VÍRUS E A TEORIA CELULAR


Os vírus não apresentam células em sua constituição, portanto são acelulares. Os vírus são
parasitos intracelulares obrigatórios, e precisam de células vivas para se reproduzir. A figura abaixo
representa de forma esquemática o vírus.

Em síntese: Vírus é um parasita intracelular


obrigatório!

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2.2.1 Vírus e Príons

Os vírus são formados por um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA) protegido por uma cápsula
protéica. Alguns vírus possuem um envelope formado por membrana lipoprotéica semelhante á das células.

Sem envelope lipoprotéico Com envelope lipoprotéico

Os príons são proteínas anormais que têm a capacidade de alterar outras proteínas. Essas
proteínas podem produzir réplicas de si mesma e espalhar a doença.
Os príons patogênicos são responsáveis pelas doenças classificadas como encefalopatias
espongiformes (doença da vaca louca), que recebem este nome devido ao aspecto de esponja adquirido
pelo tecido nervoso cerebral acometido pelas doenças.

Vírus e Vacinação
Com o advento da vacinação, muitos casos de doenças causadas por vírus tiveram o rumo da sua história
modificado.
O sucesso da vacinação teve seu início com Edward Jenner que, em 1796, estabeleceu as bases da
vacinação, a partir da varíola bovina que infectava os homens.
A vacina se caracteriza por uma transferência de anticorpos seja natural, através da amamentação, o
colostro é rico em imunoglobulinas tipo A e, transferência transplancetaria rico em anticorpos IgG. A
vacinação artificial consiste na aplicação de antígeno que vai induzir o sistema imune do individuo a
responder ao determinado antígeno. As técnicas de produção de vacina apresenta uma engenharia
bastante diversificada. A constituição da vacina pode ser de vírus vivo atenuado ou vírus morto. Além disso,
pode-se obter fragmentos dos constituintes virais para desenvolver a vacina. O grande desafio da vacinação
é o fato do vírus sofrer mutações e apresentar, com isso, características novas, que não serão reconhecidas
pela processo imune.

A vacina, diferentemente do soro, gera o que se chama de memória imunológica. Uma vez vacinado, o
indivíduo, ao entrar em contato com o mesmo antígeno, passa a apresentar anticorpos de forma rápida e
eficaz. A primeira resposta, apresentado pelo individuo quando vacinado, é dita resposta imunológica
primária, enquanto que em outros momentos, tem-se a resposta imunológica secundária. O gráfico a seguir
representa esses dois tipos de resposta:

Anote:
1) A vacinação gera memória imunólogica.
2) A resposta secundária gera uma maior concentração de anticorpos em um menor
intervalo de tempo.

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2.3 CONCEITOS BÁSICOS

1. A célula é a menor unidade viva;


2. Todo organismo celular tem início com a célula ovo;
3. Toda célula provem de outra;
4. Todas as reações metabólicas de um organismo ocorrem dentro das células;
5. O formato das células está ligado à sua função.

1.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO DE VIDA

 Células lábeis: se dividem durante toda a vida do indivíduo. Possuem ciclo vital curto e baixa
especialização. Ex.: células epiteliais, hemácias e gametas.

 Células estáveis: se dividem até certo estágio da vida do indivíduo (crescimento), retornando a
capacidade de divisão em algumas condições (regeneração). Possuem ciclo vital médio. Ex.:
células ósseas, cartilaginosas e glandulares.

 Células permanentes: possuem ciclo vital longo e pequena capacidade de multiplicação com
elevado grau de diferenciação. Multiplicam-se apenas durante o período embrionário. Ex.:
Neurônios, células adiposas. Em algumas situações as células nervosas podem se multiplicar.

1.4 DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Diferenciação é o processo pelo qual as células vivas se especializam para realizar


determinadas funções.
Estas células diferenciadas podem atuar isoladamente, como os gametas, ou podem agrupar-se
em tecidos diferenciados, como o tecido ósseo e o muscular. Esta especialização acarreta não só
alterações da função, mas também da estrutura das células.

1.5 GRAUS DE INDIVIDUALIDADE CELULAR

 Células livres: células totalmente isoladas umas das outras. Ex.: gametas, células do sangue e
protozoários.

 Federadas: células que permanecem juntas (justapostas), formando os tecidos. Ex.: células
epiteliais.

 Anastomosadas: são aquelas que se unem por pontes citoplasmáticas. Ex.: células vegetais.

 Plasmódio: células plurinucleadas. Ex.: fibra muscular estriada esquelética.

 Sincício: grupo de células em que se mantém a continuidade citoplasmática. As células se mantêm


separadas, mas relacionam-se por pequenas partes de comunicação citoplasmática. Ex.: miocárdio,
placenta.

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Células-tronco e Diferenciação celular


As células-tronco, célula-mãe ou células estaminais são células que possuem alta capacidade de originar
outras novas células. Esse processo é denominado de diferenciação celular, permitindo que seja formada
novas células afim de recuperar algum tecido lesado.
As células-tronco tem sido alvo de grandes discussões envolvendo ética. Neste cenário há muito o que se
fazer, se descobrir. O uso de células tronco tem sido a esperança de cura para muitas doenças.

1.6 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO NUCLEAR

6.1 CÉLULAS PROCARIONTES:

→______________________________________

 Ribossomo como único organóide citoplasmático;


 Fornecimento de energia feito pelo Mesossomo;
 Parede Celular de Peptidioglicanos (Bactérias);
 Material Genético (nucleóide) disperso no citoplasma;
 Ausência de nucléolo;
 Ausência de nucleoplasma.

Ex._____________________________________________________________________________

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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6.2 CÉLULAS EUCARIONTES:

→______________________________________

 Núcleo Individualizado;
 Citoplasma rico em organóides membranosos;
 Presença de Nucléolo;
 Presença de Nucleoplasma.

Ex.:_____________________________________________________________________________

Célula Eucariótica Eucariótica


Procariótica
Organela vegetal animal
Membrana plasmática + + +
Membrana nuclear - + +
Mitocôndrias - + +
Cloroplastos - + -
Reticulo endoplasmático - + +
Ribossomos + + +
Vacúolos - + +
Lisossomos - - +
Centríolos - - +
Cromatina + + +

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1.7 SESSÃO LEITURA.

A Revolta da Vacina

O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e
sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios
estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-
chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas.

Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta
governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas
nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros
Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro. Rodrigues Alves
nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.

O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o
conseqüente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo
era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.

Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele
criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e
comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.

Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A
população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os
pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.

A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e
insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército
até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a
recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e
ocorreram confrontos generalizados.

Disponível em: http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/revolta.html.Acesso em 11/12/13 às 18:05

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Brasileiros estudam usar células-tronco


contra doença ocular
Método em teste visa cultivar células da retina e 'implantá-las' via cirurgia.

Estudo clínico com célula embrionária está entre primeiros do país.

Rafael SampaioDo G1, em Caxambu - o repórter viajou a convite da FesbeImplante no globo ocular de um
rato (Foto: Divulgação/Bruno Diniz)
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão desenvolvendo uma forma de terapia
utilizando células-tronco que pode, no futuro, ajudar a tratar um problema de visão que leva idosos à cegueira,
a chamada degeneração macular relacionada à idade (DMRI). O projeto está em fase de testes e vem sendo
desenvolvido em parceria com a Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.
Detalhes foram apresentados nesta quinta-feira (22) pelos cientistas na reunião anual da Federação de
Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), em Caxambu, Minas Gerais. A pesquisa ainda está em seu
estágio inicial. Além da degeneração macular relacionada à idade, pessoas com outras doenças oculares que
afetam a mácula (como as doenças congênitas maculares) poderão se beneficiar da terapia.
Os testes pré-clínicos com animais, como ratos, tiveram resultados satisfatórios, diz o pesquisador Rodrigo
Brant, da Unifesp, que está fazendo seu doutorado sobre o assunto. Ele afirma que o projeto entrou em uma
nova fase, a primeira etapa de testes clínicos em humanos - 15 pacientes com degeneração macular ou doença
de Stargardt (distúrbio genético ligado à degeneração macular juvenil) vão ser selecionados para participar dos
experimentos, que serão realizados no Brasil.
Dispon http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/brasileiros-estudam-usar-celulas-tronco-contra-
doenca-ocular.html.Acesso em 14/12/2013 às 16 horas e 11 minutos.

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1.8 PINTOU NO ENEM

1)Enem/2013 Milhares de pessoas estavam morrendo de varíola humana no final do século XVIII. Em 1796,
o médico Edward Jenner (1749 - 1823) inoculou em um menino de 8 anos o pus extraído de feridas de
vacas contaminadas com o vírus da varíola bovina, que causa uma doença branda em humanos. O garoto
contraiu uma infecção benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculou, no
mesmo menino, o pus varioloso humano, que causava muitas mortes. O menino não adoeceu.
Considerando o resultado do experimento, qual a contribuição desse médico para a saúde humana?

A) A prevenção de diversas doenças infectocontagiosas em todo o mundo.


B) A compreensão de que vírus podem se multiplicar em matéria orgânica.
C) O tratamento para muitas enfermidades que acometem milhões de pessoas.
D) O estabelecimento da ética na utilização de crianças em modelos experimentais.
E) A explicação de que alguns vírus de animais podem ser transmitidos para os humanos.

2)Enem/2011. O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) causa o aparecimento de verrugas e
infecção persistente, sendo o principal fator ambiental do câncer de colo de útero nas mulheres. O vírus
pode entrar pela pele ou por mucosas do corpo, o qual desenvolve anticorpos contra a ameaça, embora em
alguns casos a defesa natural do organismo não seja suficiente. Foi desenvolvida uma vacina contra o HPV,
que reduz em até 90% as verrugas e 85,6% dos casos de infecção persistente em comparação com
pessoas não vacinadas.
O benefício da utilização dessa vacina é que as pessoas vacinadas, em comparação com as não
vacinadas, apresentam diferentes respostas ao vírus HPV em decorrência da
A) alta concentração de macrófagos.
B) elevada taxa de anticorpos específicos anti-HPV circulantes.
C) aumento na produção de hemácias após a infecção por vírus HPV.
D) rapidez na produção de altas concentrações de linfócitos matadores.
E) presença de células de memória que atuam na resposta secundária.

3)Enem/2011. Os sintomas mais sérios da Gripe A, causada pelo vírus H1N1, foram apresentados por
pessoas mais idosas e por gestantes. O motivo aparente é a menor imunidade desses grupos contra o
vírus. Para aumentar a imunidade populacional relativa ao vírus da gripe A, o governo brasileiro distribuiu
vacinas para os grupos mais suscetíveis.
A vacina contra o H1N1, assim como qualquer outra vacina contra agentes causadores de doenças infecto-
contagiosas, aumenta a imunidade das pessoas porque:

A) possui anticorpos contra o agente causador da doença.


B) possui proteínas que eliminam o agente causador da doença.
C) estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea.
D) possui linfócitos B e T que neutralizam o agente causador da doença.
E) estimula a produção de anticorpos contra o agente causador da doença.

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4)ENEM/2010. A vacina, o soro e os antibióticos submetem os organismos a processos biológicos


diferentes. Pessoas que viajam para regiões em que ocorrem altas incidências de febre amarela, de picadas
de cobras peçonhentas e de leptospirose e querem evitar ou tratar problemas de saúde relacionados a
essas ocorrências devem seguir determinadas orientações .
Ao procurar um posto de saúde, um viajante deveria ser orientado por um médico a tomar preventivamente
ou como medida de tratamento:

a) antibiótico contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e vacina
contra leptospirose.
b) vacina contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e antibiótico caso
entre em contato com a Leptospira sp.
c) soro contra o vírus da febre amarela, antibiótico caso seja picado por uma cobra e soro contra toxinas
bacterianas.
d) antibiótico ou soro, tanto contra o vírus da febre amarela como para veneno de cobras, e vacina contra a
leptospirose.
e) soro antiofídico e antibiótico contra a Leptospira sp e vacina contra a febre amarela caso entre em
contato com o vírus causador da doença.

5)Enem/2010-2ª aplicação. A utilização de células-tronco do próprio indivíduo (autotransplante) tem


apresentado sucesso como terapia medicinal para a regeneração de tecidos e órgãos cujas células
perdidas não têm capacidade de reprodução, principalmente em substituição aos transplantes, que causam
muitos problemas devidos à rejeição pelos receptores. O autotransplante pode causar menos problemas de
rejeição quando comparado aos transplantes tradicionais, realizados entre diferentes indivíduos. Isso
porque as:

A) células-tronco se mantêm indiferenciadas após sua introdução no organismo do receptor.


B) células provenientes de transplantes entre diferente indivíduos envelhecem e morrem rapidamente.
C) células-tronco, por serem doadas pelo próprio indivíduo receptor, apresentam material genético
semelhante.
D) células transplantadas entre diferentes indivíduos se diferenciam em tecidos tumorais no receptor.
E) células provenientes de transplantes convencionais não se reproduzem dentro do corpo do receptor.

6) Enem 2012. Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido, são utilizadas como iscas para
pesca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente do arroz cozido,
tal como preconizado pela teoria da geração espontânea. Essa teoria começou a ser refutada pelos
cientistas ainda no século XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que mostraram experimentalmente
que:

a) seres vivos podem ser criados em laboratório.


b) a vida se originou no planeta a partir de microrganismos.
c) o ser vivo é oriundo da reprodução de outro ser vivo pré-existente.
d) seres vermiformes e microorganismos são evolutivamente aparentados.
e) vermes e microrganismos são gerados pela matéria existente nos cadáveres e nos caldos nutritivos,
respectivamente.

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1.9 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1 -(UFLA-JULHO/2006) O jornal Folha de São Paulo, em 6/4/2006, noticiou que a AIDS (em português:
SIDA – síndrome da Imunodeficiência Adquirida), hoje em dia, já faz parte do grupo das doenças
negligenciadas pelos países ricos. Estando 95% dos portadores dessa doença nos países pobres, o
investimento em pesquisa é pequeno, ocasionando pouco avanço na descoberta de novos tratamentos.
Em relação a essa doença, afirma-se:

I-A doença é causada por vírus.


II- A doença provoca diminuição na produção de hemácias.
III- Os sintomas iniciais são característicos, contribuindo para o diagnóstico.
IV- A doença atua sobre o sistema imunológico, diminuindo a resistência do organismo.

De acordo com os conhecimentos atuais, assinale


a) Se apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Se apenas as afirmativas I e II estão corretas.
c) Se apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d) Se apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

2 - (PUC-RS) A chamada “estrutura procariótica” apresentada pelas bactérias nos indica que estes seres
vivos são:
a) destituídos de membrana plasmática.
b) formadores de minúsculos esporos.
c) dotados de organelas membranosas.
d) constituídos por parasitos obrigatórios.
e) desprovidos de membrana nuclear.

3 - (UEMG-2008) As infecções respiratórias são freqüentes


durante o inverno. Tosse, espirros e coriza – corrimento
nasal - são sintomas observados nas pessoas infectadas.

Utilizando os conhecimentos que você possui sobre o assunto, NÃO está correto afirmar que
a) vírus, bactérias e fungos são os causadores mais freqüentes de tais infecções.
b) os antibióticos são eficientes na cura das bacterioses e viroses respiratórias.
c) ambientes abertos e ventilados devem ser preferidos como forma de se evitar a transmissão dos
patógenos.
d) a coriza é uma resposta do epitélio respiratório à presença de um patógeno.

4 - (PUC - RJ-2007) Um grupo de pessoas deu entrada em um Hospital, após ingerirem um bolo de
aniversário comprado em estabelecimento comercial. O diagnóstico foi intoxicação por uma bactéria do
gênero Salmonella.Marque a alternativa que indica a descrição correta de uma bactéria.

a) Um organismo macroscópico, unicelular, eucarionte.


b) Um organismo microscópico, unicelular, procarionte.
c) Um organismo microscópico, unicelular, eucarionte.
d) Um organismo macroscópico, pluricelular, procarionte.
e) Um organismo microscópico, unicelular, heterotérmico.

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5 - UERN. As células em destaque na figura correspondem ao padrão eucariótico, que se caracteriza


essencialmente por:
a) constituir-se de moléculas orgânicas com alto grau de complexidade;
b) possuir o material genético associado a dobras específicas da membrana plasmática;
c) exibir um sistema interno de membranas e consequente compartimentação;
d) apresentar uniformidade estrutural e funcional nos diversos sistemas vivos;
e) realizar vias metabólicas complexas, independente de organelas especializadas.

GABARITO
SESSÃO ENEM
1- A 2- E 3- E 4- B 5-C 6-C
SESSÃO: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
1- D 2 -E 3- C 4- B 5- C

CAPÍTULO 2
QUÍMICA DA CÉLULA

1 INTRODUÇÃO

Quando se analisa a matéria que constitui os seres vivos, encontram-se principalmente os seguintes
elementos: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Esses
elementos constituem cerca de 98% da massa corporal da maioria dos seres vivos.
Podemos classificar os compostos químicos presentes nas células em orgânicos e inorgânicos. São
compostos orgânicos os carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e ácidos nucléicos; são inorgânicos a
água e os sais minerais.

1.1 O CARBONO E A VIDA

A vida na Terra baseia-se essencialmente no elemento carbono, que constitui estrutura básica de
todas as moléculas orgânicas. Os átomos de carbono se unem em sequência, formando cadeias
carbônicas, que se ligam a outros elementos químicos.

2 SAIS MINERAIS

Os sais minerais são substâncias inorgânicas formadas por íons, que resultam de átomos que
receberam ou doaram elétrons, ânions (-) e cátions (+), respectivamente.
A falta de certos sais minerais pode afetar seriamente o metabolismo e mesmo causar a morte. Por
+
exemplo, íons de cálcio (Ca² ) participam das reações de coagulação do sangue e da contração muscular,
além de serem componentes principais dos ossos.

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3 ÁGUA

É o composto mais abundante do nosso organismo e da maioria dos seres vivos. Em tempos de
estiagem, esporos de bactérias, cistos de protozoários e sementes de vegetais conseguem sobreviver um
longo período em estado de latência. Este fenômeno é chamado de anidrobiose.

3.1 PROPRIEDADES DA ÁGUA

 Coesão: atração das moléculas de água entre si.


 Adesão: atração entre moléculas de água e de outras substâncias polares.

 Capilaridade: capacidade que a água tem de subir em vasos muito finos.

 Dissolução: Capacidade que a água possui de separar moléculas de um soluto. Por essa
capacidade, a água é conhecida como solvente universal.

3.1 FUNÇÕES DA ÁGUA

 Atuar como solvente;


 Facilitar a entrada e a saída de substâncias da célula;
 Participar das reações de hidrólise;
 Regular a temperatura nos animais endotérmicos.

4 GLICÍDIOS

Também chamados de carboidratos, açúcares ou hidratos de carbono, são moléculas orgânicas


constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio.
Os glicídios constituem a principal fonte de energia para os seres vivos – o mel contém glicose, a
cana-de-açúcar é rica em sacarose, o leite contém galactose e os frutos adocicados contêm frutose e
glicose; exercem função estrutural – a parede das células vegetais é formada de _______________, que dá
sustentação ao corpo das plantas, o exoesqueleto dos artrópodes é formado do glicídio _______________.
Outro papel importante dos glicídios é participar da estrutura dos ácidos nucléicos, tanto do RNA
quanto do DNA.

4.1 MONOSSACARÍDEOS

São glicídios mais simples. Possuem fórmula geral CnH2nOn , em que o valor de n pode variar de 3 a
7. Os monossacarídeos são compostos que possuem energia para uso imediato.

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Os monossacarídeos mais importantes, sob aspecto biológico, são as pentoses e as hexoses.

Pentoses:
 Ribose: matéria prima para produção de ácido ribonucléico (RNA).
 Desoxirribose: matéria prima para produção de ácido desoxirribonucléico (DNA).
Hexoses:
 Glicose: molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. Fabricada na fotossíntese
pelos vegetais.
 Frutose: papel fundamentalmente energético.
 Galactose: constituinte da lactose do leite. Possui papel energético.

4.1.1 Glicose e fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual a energia luminosa do Sol é transformada em energia


química. Um conjunto de reações químicas é responsável pela conversão de moléculas de gás carbônico
(CO2) e água (H2O) em moléculas de glicose (C6H12O6) e gás oxigênio (O2).

A fórmula C6H12O6 é comum às hexoses


glicose, frutose e galactose. O que as
difere é o arranjo dos átomos ao longo da
molécula.

4.2 OLIGOSSACARÍDEOS

Formados pela união de duas até dez unidades de monossacarídeos. Os mais abundantes são os
dissacarídeos, formados pela união de dois monossacarídeos. Possuem fórmula geral C2nH4n – 2O2n – 1 ,
com a formação de uma molécula de água.
Ao serem ingeridos, os dissacarídeos têm que ser quebrados em monossacarídeos, caso não
ocorra, a absorção pelo tubo digestivo dos animais não é efetuada. Essa quebra ocorre a partir do processo
chamado hidrólise, que é a entrada de moléculas água na reação.
A ligação entre monossacarídeos é chamada de ligação glicosídica.

4.3 POLISSACARÍDEOS

São os açúcares mais abundantes na natureza. São moléculas grandes, formadas por centenas de
monossacarídeos, por isso são consideradas macromoléculas. Compõem um grupo de glicídios que cujas
moléculas não apresentam sabor adocicado.
De acordo com suas funções biológicas, podem ser classificados em energéticos de reserva ou
estruturais.

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POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS

Participa da composição da parede celular dos vegetais. É o


Celulose
carboidrato mais abundante na natureza.

Está presente na parede celular de fungos e no exoesqueleto


Quitina
dos artrópodes.

POLISSACARÍDEOS ENERGÉTICOS

Apresenta função de reserva. É encontrado em raízes, caules e


Amido
folhas.

É o carboidrato de reserva dos animais e dos fungos. É


Glicogênio
armazenado nos músculos e no fígado dos animais.

5 LIPÍDIOS

O termo lipídio designa alguns tipos de substâncias orgânicas cuja principal característica é a
insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes orgânicos. A razão da insolubilidade em água é
que as moléculas desses lipídeos são apolares, por isso não têm afinidade por moléculas água.
Os lipídeos são moléculas formadas pela união de um ácido graxo com um álcool. Os mais
conhecidos são as gorduras e os óleos.
São substâncias que atuam como reserva de energia, auxiliam na formação da membrana
plasmática e formam as vitaminas e os hormônios.

5.1 GLICERÍDEOS

São moléculas do álcool glicerol ligadas a uma, duas ou três moléculas de ácidos graxos
(formados por longas cadeias de número par de átomos de carbono com um grupo carboxila (COOH).
Possuem função de isolamento térmico e reserva energética.

Englobam os óleos e as gorduras.


Ácidos graxos + glicerol

5.2 CERÍDEOS

São ésteres, como os glicerídeos, constituídos por uma molécula de álcool unida a uma ou mais
moléculas de ácidos graxos. Compreendem as ceras que são encontradas na superfície das folhas e dos
frutos, impermeabilizando-os, evitando desidratação.
São encontrados também na secreção de alguns insetos e na secreção da glândula uropigiana das
aves, contribuindo para a impermeabilização das penas.

Englobam as ceras.
Ácidos graxos + álcool de cadeia longa

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5.3 ESTERÓIDES

Diferem dos glicerídeos e das ceras, sendo considerada uma categoria especial de lipídeos. As
moléculas de esteróides são compostas por átomos de carbono interligados, formando quatro anéis
carbônicos aos quais estão ligadas outras cadeias carbônicas, grupos hidroxila ou átomos de oxigênio.

O colesterol é um dos esteróides mais conhecidos, principalmente por estar associado à doenças
do sistema cardiovascular. Porém, sua ingestão é necessária, pois o colesterol é um componente
importante nas membranas celulares.
Asa expressões “colesterol bom” e “colesterol ruim” não se referem propriamente à molécula de
colesterol, mas sim às proteínas sanguíneas encarregadas de seu transporte. Essas proteínas se associam
a lipídios e formam lipoproteínas, que são conhecidas pelas siglas LDL (Low Density Lipoprotein) e HDL
(High Density Lipoprotein).
As LDL são as principais transportadoras de colesterol, enquanto as HDL são as principais
transportadoras de fosfolipídios. Uma alta concentração de colesterol no sangue interfere no processo de
englobamento e degradação do conjunto colesterol-proteína pelas células, sendo este colesterol degradado
utilizado na síntese de membranas celulares.
A redução da captação do complexo LDL pelas células faz com que este fique em excesso no
sangue, oxidando e ficando alojado na parede dos vasos sanguíneos, ocasionando arteriosclerose. Por
isso, o colesterol associado às LDL é chamado de “colesterol ruim”.
As HDL captam parte do excesso de colesterol do sangue, transportando-o até o fígado, que o
excreta na bile. Essas lipoproteínas ajudam, portanto, a eliminar o colesterol do sangue e por isso são
chamadas de “colesterol bom”. A ingestão de óleos vegetais como os presentes no azeite ajudam a
manter os níveis normais de colesterol no sangue e aumentar a produção de HDL.

Esquema destacando a ação de lipídeos


depositados na parede do vaso sanguíneo,
comprometendo o fluxo sanguíneo no mesmo.não
deixe de ler a reportagem sobre Infarto Agudo no
miocárdio na sessão leitura

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5.4 FOSFOLIPÍDIOS

È uma classe especial de lipídios, sendo os principais constituintes das membranas celulares. Do
ponto de vista químico, é um glicerídeo combinado a um grupo fosfato. Sua molécula lembra um palito
de fósforo, com uma “cabeça” eletricamente carregada (polar), e duas “caudas” sem carga elétrica (apolar)
de ácido graxo.
As membranas biológicas são formadas por fosfolipídios organizados em duas camadas, nas quais
sem encontram algumas proteínas incrustadas. Essas membranas são elásticas e por isso possuem a
capacidade de reorganização evitando a ruptura das membranas, o que explica a capacidade de
regeneração.

6 PROTEÍNAS

As proteínas são compostos orgânicos mais abundantes da matéria viva. São consideradas
macromoléculas complexas, de alto peso molecular e constituídas de unidades menores denominadas
aminoácidos.

6.1 AMINOÁCIDOS

É uma molécula orgânica por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio unidos entre si
de maneira característica.

Os aminoácidos que um organismo não conseguem produzir são chamados de aminoácidos


essenciais, e os que podem ser produzidos a partir de outras substâncias celulares são chamados de
aminoácidos não-essenciais o naturais. A tabela a seguir destaca esses aminoácidos.

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6.2 LIGAÇÃO PEPTÍDICA

É a ligação entre dois aminoácidos vizinhos. Essa ligação se estabelece sempre entre o grupo
amina de um aminoácido e o grupo carboxila de outro formando uma molécula de água.

Polímeros: são macromoléculas formadas


pela união de várias moléculas menores
chamadas de monômeros. As proteínas,
portanto, são polímeros de amonoácidos.
A união de mais de três aminoácidos é
chamada de polipeptídio.

6.3 FATORES QUE DETERMINAM AS PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS

 O número de aminoácidos;
 Tipos de aminoácidos;
 Sequência de aminoácidos;
 Configuração espacial do composto.

6.4 ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS

 Estrutura primária: sequência de aminoácidos;


 Estrutura secundária: enrolamento helicoidal da molécula;
 Estrutura terciária: enrolamento da estrutura secundária;
 Estrutura quaternária: associação de várias cadeias polipeptídicas enoveladas. Ex.: hemoglobina.

6.5 ALTERAÇÕES DAS PROTEÍNAS

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6.5.1 Desnaturação
È a alteração na estrutura espacial das proteínas. Fatores que ocasionam a desnaturação protéica:
 Temperatura (Ex.: febres muito altas) – Ex.: ovo cozido ou frito;
 Variação de acidez (pH) – (queijos e iogurtes - ácido lático);
 Presença de substâncias químicas.

6.5.2 Mudança na sequência de aminoácidos

A sequência de aminoácidos chamada de estrutura primária é responsável pelas propriedades das


proteínas. Cada proteína tem uma sequência determinada de aminoácidos. Essa sequência é determinada
pelos genes do organismo, e qualquer alteração na estrutura desses genes (mutação) pode ocasionar
mudanças na ordem dos aminoácidos e, consequentemente, nas propriedades das proteínas.
Ex.: anemia falciforme.

Hemoglobina normal:
val – his – leu – ter – pro – glu – lis - ...

Hemoglobina anormal:
val – his – leu – ter – pro – val – lis - ...

6.6 TIPOS DE PROTEÍNAS

 Simples ou holoproteínas: Formadas apenas por aminoácidos. Ex.: Histona, albumina.

 Complexas, conjugadas ou heteroproteínas: Possuem um radical não formado por aminoácidos


ligado à sua molécula (Grupo Prostético ou radical). Ex.: Hemoglobina (globina – proteína simples +
pigmento heme – grupo prostético)

6.7 FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS


De uma forma geral, as proteínas são substâncias que desempenham funções fundamentais para
os seres vivos. Podem ser: estrutural, enzimática, hormonal, defesa e nutritiva. Exemplos:
 Forma das células: citoesqueleto (esqueleto interno);
 Reações químicas vitais: enzimas (ptnas especiais – catalisadores biológicos);
 Defesa do organismo – anticorpos;
 Transferência de informações para as células – hormônios;
 Nutrição: servem como fonte de aminoácidos.

6.8 ENZIMAS

São substâncias orgânicas de natureza protéica. São consideradas catalisadores biológicos, pois
aceleram as reações químicas. Possuem como características:
 Alto grau de especificidade;
 Mecanismo de “Turnover” – desempenha a mesma função várias vezes consecutivas e não são
consumidas no processo;
8 11
 Altamente eficientes – aceleram a velocidade da reação de 10 a 10 ;
 Reduzem a energia de ativação necessária para a reação catalisada;
 Não são tóxicas.

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Algumas enzimas são proteínas simples, constituídas apenas de cadeias polipeptídicas. Outras
são proteínas conjugadas, constituídas de uma parte protéica, apoenzima, combinada a uma parte não
protéica, cofator. Se o cofator for uma substância orgânica, recebe o nome de coenzima.

APOENZIMA + COFATOR = HOLOENZIMA (ATIVA)

6.8.1 Nomenclatura

1- Nome do substrato + ASE.


Ex.: Amido + ASE = Amilase

2- Nome da reação + ASE.


Ex.: Oxidação = Oxidase

Algumas enzimas possuem nomes aleatórios. Ex.: ptialina (saliva – amido em glicose), pepsina
(estômago – digere proteínas).

6.8.2 Modelo “chave – fechadura”

A especificidade é explicada pelo fato de elas se encaixarem (reagirem) perfeitamente aos seus
substratos. Em algumas reações, as moléculas de substrato são quebradas em moléculas menores.

6.8.2 Gasto de energia nas reações

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6.8.3 Fatores que afetam a atividade enzimática

 Concentração do substrato: aumentando a concentração do substrato, aumenta-se a velocidade


da reação até o momento em que todas as moléculas de enzima se achem “ocupadas”. A partir deste
momento a velocidade da reação é máxima e constante.

[substrato]

 Concentração da enzima: aumentando a concentração de moléculas da enzima, a velocidade de


reação aumenta desde que haja quantidade de substrato suficiente para receber as enzimas.

[enzima]

 Temperatura: a velocidade de uma reação enzimática aumenta com a elevação da temperatura.


Porém, a partir de determinada temperatura, a velocidade diminui.

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 Grau de acidez (pH): as alterações de pH podem mudar a forma da enzima afetando seu
funcionamento. Cada enzima tem um pH ótimo para o seu funcionamento, acima ou abaixo desse pH
sua atividade diminui.

6.8.5 Inibição enzimática

A inibição da ação da enzima pode ser reversível ou irreversível. Em um tipo de inibição


reversível, a inibição competitiva da atividade enzimática, o inibidor compete como substrato pelo sítio
ativo da enzima. O combate às bactérias patogênicas é feito a partir de substâncias (antibióticos) que têm
efeito irreversível, ou seja, promovem a chamada inibição irreversível.
Outra forma de inibição enzimática é a chamada inibição alostérica, em que o agente inibidor se
liga a uma região da enzima diferente do seu sítio ativo, produzindo alterações estruturais na enzima
impedindo seu funcionamento.

7 VITAMINAS

São substâncias orgânicas necessárias em poucas quantidades e que o organismo não consegue
produzir. Se distinguem das demais substâncias orgânicas por não serem fontes de energia nem
desempenharem funções estruturais. São responsáveis pela ativação das enzimas.

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7.1 TIPOS DE VITAMINAS

 Hidrossolúveis: são polares (dissolvem-se na água). São armazenadas em quantidades pequenas


e devem ser ingeridas diariamente.
 Lipossolúveis: são apolares (dissolvem-se em lipídios e em outros solventes orgânicos). São
armazenadas no tecido adiposo e não necessitam ser ingeridas diariamente.

8 ÁCIDOS NUCLÉICOS

São assim por seu caráter ácido e por terem sido descobertos originalmente no núcleo das células.
A partir da década de 1940 passaram a ser investigados mais a fundo, pois se descobriu que eles
constituem os genes, responsáveis pela herança biológica.
Existem dois tipos de ácidos nucléicos: DNA _________________________ e o RNA
_________________________.
Os ácidos nucléicos são as maiores macromoléculas presentes nas células e são constituídos por
três tipos de componentes: glicídios do grupo das pentoses (DNA – desoxirribose; RNA – ribose), ácido
fosfórico e bases nitrogenadas. Dos cinco tipos de base nitrogenada presentes nos ácidos nucléicos, três
ocorrem tanto no DNA quanto no RNA: adenina (A), citosina (C) e guanina (G). A base nitrogenada timina
(T) ocorre exclusivamente no DNA, e a base uracila (U) ocorre exclusivamente no RNA.

As moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias polinucleotídicas enroladas uma sobre a outra,
formando uma escada helicoidal. As cadeias mantêm-se unidas por pontes de hidrogênio entre os pares de
bases específicos: adenina emparelha-se com timina e a guanina emparelha-se com citosina.
As moléculas de RNA são formadas por uma única cadeia, que se enrola sobre si mesma pelo
emparelhamento de bases complementares na mesma cadeia polinucleotídica. Alguns vírus, como o do
mosaico do tabaco, possuem dupla fita de RNA.

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9. SESSÃO: LEITURA

ANEMIA FERROPRIVA
Dráuzio Varella
O ferro é um nutriente essencial ao organismo, associado à produção de glóbulos vermelhos e ao
transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.

A anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, é a mais comum de todas as anemias,
independentemente do estrato socioeconômico do indivíduo.

Ela pode instalar-se por carência nutricional, parasitoses intestinais, ou durante a gravidez, o parto e a
amamentação. Pode também ocorrer por perdas expressivas de sangue, em virtude de hemorragias agudas
ou crônicas por via gastrintestinal ou como conseqüência de menstruações abundantes.

Constituem grupo de risco para a anemia ferropriva as mulheres em idade fértil, idosos, crianças e
adolescentes em fase de crescimento, e indivíduos que passaram por cirurgia de redução de estômago. No
entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-la, se não receber a quantidade adequada de ferro na dieta ou
tiver dificuldade de absorção, que ocorre sobretudo nos intestinos e pode ser mais eficiente quando
associada à ingestão de vitamina C e proteínas.

Os alimentos constituem as principais fontes de ferro e podem oferecer dois tipos diferentes desse
nutriente: o ferro heme e o ferro não-heme. O primeiro, encontrado especialmente na carne vermelha e no
fígado de todos os animais, assim como na carne das aves, peixes e nos ovos, é melhor aproveitado
pelo organismo. A absorção do ferro não-heme, existente nas verduras de folhas escuras (espinafre,
brócolis, couve, salsa, etc.), leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas, etc.); frutas (uvas, maçãs,
nozes, amêndoas, castanhas, etc.) é menor e menos eficiente.

Sintomas
Entre as manifestações clínicas da anemia por deficiência de ferro destacam-se: palidez, cansaço, falta de
apetite, apatia, palpitações e taquicardia. Nos estágios mais avançados da doença, ocorrem alterações na
pele e nas mucosas (atrofia das papilas da língua e fissuras nos cantos da boca), nas unhas e nos cabelos,
que se tornam frágeis e quebradiços.

Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem, e aumentar a predisposição a


infecções.

Diagnóstico
Levantamento da história, avaliação clínica e dos hábitos alimentares, além da realização de exames
laboratoriais (hemograma, sangue oculto nas fezes, por exemplo) e da
imagem (ultrassom, endoscopia) para investigar a origem de possíveis perdas de sangue são passos
importantes para estabelecer o diagnóstico.

Tratamento
A primeira medida no tratamento da anemia ferropriva é determinar e corrigir a causa da deficiência de
ferro. Uma vez constatada a carência, é importante recomendar uma dieta rica nesse nutriente e prescrever
sulfato ferroso por via oral. Raros são os casos em que o uso do medicamento por via endovenosa se faz
necessário.

A adesão ao tratamento deve ser mantida durante aproximadamente 6 meses depois de o exame de
sangue acusar níveis normais de ferro no organismo.

Recomendações
* Dieta equilibrada e rica em ferro é fundamental para prevenir a anemia por deficiência de ferro;

* A adesão ao tratamento é a melhor forma de restabelecer os níveis normais de ferro no sangue;

* Alimentos enriquecidos com ferro (leite, iogurte, pães, cereais matinais, feijão, etc.) ajudam a suprir as

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necessidades diárias de ferro, que variam de acordo com a idade e o sexo;

* Segundo a Associação Paulista de Medicina, o ferro é melhor absorvido em jejum, seguido por alimentos
ricos em
vitamina C (laranja, goiaba, morango, limão, agrião, pimentão, vegetais verde escuros), e alimentos
amargos (como a alcachofra, jiló e agrião).

Disponivel em:http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/anemia-ferropriva <.Acesso em 19/12/13.

OBESIDADE
Bernardo Leo Wajchenberg é médico. Professor de endocrinologia, influenciou a formação de inúmeros
profissionais dessa área em todo o Brasil.

A obesidade é um dos problemas mais importantes que a Saúde Pública enfrenta hoje no Brasil e em outros
países do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que, atualmente. nos países
desenvolvidos, ela seja o principal problema de saúde a enfrentar.

Por que as pessoas estão engordando tanto? De onde vem esse desespero pela comida e a dificuldade
para perder peso? A resposta, por certo, poderá ser encontrada nas raízes evolucionistas do homem. Há 50
mil anos, nossos antepassados tinham grande dificuldade para conseguir alimentos. A possibilidade de
estocá-los é contemporânea ao advento da agricultura há dez mil anos, um segundo em termos
evolucionistas. Essa carência alimentar moldou o cérebro humano de tal maneira, que ele busca obter o
máximo de calorias possível para mobilizar energia acumulando-a sob a forma de gordura que,
teoricamente, será usada nos períodos de fome provocados pela escassez de comida.

Entretanto, no mundo moderno, a realidade é bem diferente. A geladeira pode conservar alimentos variados
por dias e semanas. Basta abri-la para saboreá-los. A propaganda nos incita a comer produtos altamente
calóricos por preço razoável. Basta uma ligação telefônica para temos comida de diversos tipos e
nacionalidades entregue, em poucos minutos, na porta das nossas casas.

Nosso cérebro condicionado em tempos de penúria agora encontra fartura e o mecanismo evolucionista que
selecionou pessoas capazes de acumular gordura, decisão inteligente no passado, se volta contra elas.
Reverter esse processo é tarefa árdua e muitas vezes inglória. No entanto, é preciso estar alerta. O excesso
de peso está associado a uma série de doenças que comprometem a qualidade e a duração da vida.

Disponível em: http://drauziovarella.com.br/obesidade/obesidade/Acesso em 02/01/2014 às 13:05.

DOENÇAS LIGADAS A OBESIDADE CUSTAM QUASE MEIO BILHÃO AO PAÍS


Pesquisa da UNB (Universidade de Brasília), com dados do Ministério da Saúde, aponta que o SUS
(Sistema Único de Saúde) gasta anualmente R$ 488 milhões com o tratamento de doenças associadas à
obesidade. O levantamento considerou 26 doenças como câncer, diabetes, hipertensão arterial e embolia
pulmonar.
Segundo o Ministério da Saúde, há 1.550.993 pessoas com obesidade grave no País, o que representa
0,8% da população. Os custos para tratar doenças relacionadas à obesidade atingem R$ 116 milhões,
segundo a pesquisa, que verificou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidade
relacionados ao tratamento da enfermidade.

Outra questão relevante na pesquisa é o fato de que o número de pessoas com excesso de peso e
obesidade têm aumentado no Brasil. De acordo com o último levantamento da Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado em 2011 pelo
Ministério da Saúde, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para
48,5%, em 2011.

Com o objetivo de tentar reverter esse quadro, o ministério lançou uma nova linha de cuidados voltada à

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obesidade, que inclui a redução da idade para realizar a cirurgia bariátrica (de 18 para 16 anos). Dessa
maneira, o que determinará se o indivíduo deve ou não se submeter à cirurgia não será a idade e sim uma
avaliação clínica (risco-beneficio).

As equipes de saúde da família, que contam com nutricionistas, educadores físicos e médicos, receberão
aporte de R$ 530 milhões para ampliar o atual número de 1.888 para cerca de 2.900.

Disponível em: http://drauziovarella.com.br/diabetes.Acesso em 02/01/2014 às 13:09.

INFARTO DO MIOCÁRDIO
Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação
sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. É o resultado de uma série complexa de eventos
acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela oclusão das artérias coronárias em razão
de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes.

O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo,


dentro das artérias acarretam o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao
coração (necrose do músculo cardíaco).

Sintomas
* Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que
geralmente dura cerca de trinta minutos;

* Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à ingestão de
alimentos;

* Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais freqüentemente do lado
esquerdo do corpo);

* Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento;

* Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente.

Fatores de risco e prevenção


* Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco:
fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico
pessoal ou familiar de doenças cardíacas.

* Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação dos infartados. É
importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e adotam estilos de vida saudável, em
sua maioria, conseguem retornar à vida normal e reassumir suas atividades profissionais.

Recomendações
* Ao surgirem os primeiros sintomas, procure socorro imediatamente. Não dirija automóvel e evite andar ou
carregar peso mesmo que a dor seja mínima;

* Se estiver com alguém que apresente sintomas de infarto por mais de dez minutos, não perca tempo:
procure socorro urgente. Mantenha a pessoa aquecida e calma. Salvo orientação médica em contrário, não
lhe dê coisa alguma para beber ou comer;

* Desde que a pessoa consiga engolir sem dificuldade e não seja alérgica ao medicamento, faça-a
tomar dois comprimidos de aspirina (ácido acetilsalicílico) imediatamente;
* Se a pessoa desfalecer, verifique sua respiração e seu pulso. Na ausência desses sinais vitais, inicie
imediatamente os procedimentos adequados de recuperação cardiopulmonar, mantendo-os até que o
socorro chegue. Não tente transportar a pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no
caminho. Coloque-a em posição confortável, levemente inclinada, e afrouxe suas roupas;

* Não se iluda com a aparência de sintomas de azia intensa, pois eles podem indicar, na verdade,

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alterações cardíacas importantes;

* Transmita confiança ao infartado e evite entrar em pânico. Os primeiros socorros são fundamentais para
salvar vidas.

Disponível em: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/infarto/.Acesso em


02/01/2014 às 13:28.

Dieta saudável

A manutenção do estado nutricional adequado em um indivíduo é essencial para a conservação de sua


saúde e para o restabelecimento da mesma. Uma dieta saudável deve oferecer os nutrientes (proteínas,
carboidratos, lipídios, vitaminas, sais minerais e fibras) necessários para a saúde, que pode ser aplicada
como tratamento exclusivo ou coadjuvante na reabilitação nutricional e global, nas diferentes fases da vida.
Para que isto ocorra, devemos comer diariamente alimentos variados, uma vez que estes apresentam
propriedades e nutrientes diferentes entre si.

Recomendações

• Faça várias refeições ao dia (no mínimo seis refeições).


• Coma devagar, mastigue bem os alimentos, sempre em um
ambiente tranqüilo.
• Prepare e sirva os alimentos de maneira atrativa.
• Use temperos e ervas aromáticas para melhorar o sabor e o
aroma das preparações.
• Dê preferência para alimentos que você goste.
• No caso de pouco apetite, pense nos alimentos como pensamos
nos remédios: “mesmo sem vontade temos que tomá-los”.
• Evite alimentos de baixas calorias, como café preto, chás e bebidas
dietéticas.
• Evite ingerir líquido durante as refeições.
• Saiba que o Nutricionista é o profissional capacitado para adequar
a alimentação às necessidades nutricionais individuais,
aplicando a nutrição como “ciência e arte”, auxiliando na prevenção
e promoção da saúde.
Disponível em: https://www.hcpa.ufrgs.br/downloads/Comunicacao/volume_47_-_dieta_hipercalorica.pdf.
Acesso em 02/01/2014 às 15:34.

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10: PINTOU NO ENEN

1)ENEM/2002. O milho verde recém-colhido tem um sabor adocicado. Já o milho verde comprado na feira,
um ou dois dias depois de colhido,
não é mais tão doce, pois cerca de 50% dos carboidratos responsáveis pelo sabor adocicado são
convertidos em amido nas
primeiras 24 horas.
Para preservar o sabor do milho verde pode-se usar o seguinte procedimento em três etapas:
1º descascar e mergulhar as espigas em água fervente por alguns minutos;
2º resfriá-las em água corrente;
3º conservá-las na geladeira.
A preservação do sabor original do milho verde pelo procedimento descrito pode ser explicada pelo seguinte
argumento:
a) O choque térmico converte as proteínas do milho em amido até a saturação; este ocupa o lugar do amido
que seria formado espontaneamente.
b) A água fervente e o resfriamento impermeabilizam a casca dos grãos de milho, impedindo a difusão de
oxigênio e a oxidação da glicose.
c) As enzimas responsáveis pela conversão desses carboidratos em amido são desnaturadas pelo
tratamento com água quente.
d) Microrganismos que, ao retirarem nutrientes dos grãos, convertem esses carboidratos em amido, são
destruídos pelo aquecimento.
e) O aquecimento desidrata os grãos de milho, alterando o meio de dissolução onde ocorreria
espontaneamente a transformação desses carboidratos em amido.

2)ENEM/2006.A partir desses dados, foram feitas as afirmacoes abaixo.

I As famílias brasileiras, em 30 anos, aumentaram muito o consumo de proteínas e grãos, que, por seu alto
valor calórico, não são recomendáveis.
II O aumento do consumo de alimentos muito calóricos deve ser considerado indicador de alerta para a
saúde, já que a obesidade pode reduzir a expectativa de vida
humana.
III Doenças cardiovasculares podem ser desencadeadas pela obesidade decorrente das novas dietas
alimentares.
E correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. C) III. d) I e II. e) II e III.

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3)ENEM/2008. Defende-se que a inclusão da carne bovina na dieta é importante, por ser uma excelente
fonte de proteínas. Por outro lado, pesquisas apontam efeitos prejudiciais que a carne bovina traz à saúde,
como o risco de doenças cardiovasculares. Devido aos teores de colesterol e de gordura, há quem decida
substituí-la por outros tipos de carne, como a de frango e a suína.
O quadro abaixo apresenta a quantidade de colesterol em diversos tipos de carne crua e cozida.

Com base nessas informações, avalie as afirmativas a seguir.


I O risco de ocorrerem doenças cardiovasculares por ingestões habituais da mesma quantidade de carne é
menor se esta for carne branca de frango do que se for toucinho.
II Uma porção de contrafilé cru possui, aproximadamente, 50% de sua massa constituída de colesterol.
III A retirada da pele de uma porção cozida de carne escura de frango altera a quantidade de colesterol a
ser ingerida.
IV A pequena diferença entre os teores de colesterol encontrados no toucinho cru e no cozido indica que
esse tipo de alimento é pobre em água.
É correto apenas o que se afirma em

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

4) ENEM/1999. A variação da quantidade de anticorpos específicos foi medida por meio de uma experiência
controlada, em duas crianças durante um certo período de tempo. Para a imunização de cada uma das
crianças foram utilizados dois procedimentos diferentes:
Criança I: aplicação de soro imune.
Criança II: vacinação.
O gráfico que melhor representa as taxas de variação da quantidade de anticorpos nas crianças I e II é:

a) b)

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c) d)

e)

5) ENEM 2011 - No processo de industrialização da mamona, além do óleo que contém vários ácidos
graxos, é obtida uma massa orgânica, conhecida como torta de mamona.Esta massa tem potencial para
ser utilizada como fertilizante para o solo e como complemento em rações animais devido a seu elevado
valor proteico. No entanto,a torta apresenta compostos tóxicos e alergênicos diferentemente do óleo da
mamona. Para que a torta possa ser utilizada na alimentação animal, é necessário um processo de
descontaminação.Revista Química Nova na Escola. V. 32, no 1, 2010 (adaptado).A característica presente
nas substâncias tóxicas e alergênicas, que inviabiliza sua solubilização no óleo de mamona, é a:

a) Lipofilia
b) Hidrofilia
c) Hipocromia
d) Cromatofilia
e) Hiperpolarização.

6) Quando colocados em água, os fosfolipídios tendem a formar lipossomos, estruturas formadas por uma
bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar em
um novo lipossomo.

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídios apresentarem uma natureza:

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a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.


b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.
c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.
d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua estrutura.
e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

7)ENEM/2012.

DAVIS, J. Garfield está de dieta. Porto Alegre: L&PM, 2006.


A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é um fator de risco que pode desencadear
doenças como:

a)anemia
b) beribéri
c) diabetes
d) escorbuto
e) fenilcetonúria.

11: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) UNICAMP/2012. A osteoporose, principal causa de quedas entre idosos, é resultado da perda gradual
da densidade da matriz óssea, que é remodelada por osteoblastos e osteoclastos. Segundo os
especialistas, a prevenção contra a osteoporose deve começar na infância, com alimentação rica em cálcio
e em vitamina D, exposição diária ao sol e exercícios físicos. Sobre os vários fatores envolvidos na
formação do osso, é correto afirmar que:

a) A fixação do cálcio no tecido ósseo depende da presença de vitamina D, cuja síntese é diminuída em
indivíduos que têm o hábito de tomar sol.

b) O excesso de vitamina C pode levar à diminuição da densidade óssea, pois essa vitamina causa
degradação das moléculas de colágeno.

c) Os osteoblastos e os osteoclastos são células responsáveis, respectivamente, pela captura de cálcio e


pela absorção de vitamina D.

d) Os osteoblastos e os osteoclastos são células responsáveis, respectivamente, pela produção e pela


degradação de componentes da matriz óssea

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2) UNICAMP/2012.Em um experimento, um segmento de DNA que contém a região codificadora de uma


proteína humana foi introduzido em um plasmídeo e passou a ser expresso em uma bactéria. Considere
que o 50º códon do RNA mensageiro produzido na bactéria a partir desse segmento seja um códon de
parada da tradução. Nesse caso, é correto afirmar que:

a) A proteína resultante da tradução desse RNA mensageiro possui 50 aminoácidos.

b) A proteína resultante da tradução desse RNA mensageiro possui 49 aminoácidos.

c) A proteína resultante da tradução desse RNA mensageiro possui 150 aminoácidos.

d) Nenhuma proteína é formada, pois esse RNA mensageiro apresenta um códon de parada.

3)Assinale a afirmação que não faz parte da teoria celular:


a) Os seres vivos são formados por células.
b) Os fenômenos fundamentais da vida ocorrem em nível celular.
c) Toda célula resulta da divisão ou fusão de células pré-existentes.
d) Em todos os seres vivos as células realizam o mesmo tipo de ciclo celular.
e) As células-mãe transmitem suas características às células-filhas.

4) São organismos procariontes:


a) vírus e bactérias;
b) vírus e cianofíceas;
c) bactérias e cianofíceas;
d) bactérias e fungos;
e) todos os unicelulares.

5) O material genético das células é:


a) a glicose
b) uma proteína
c) o colesterol
d) o ácido desoxirribonucléico.
e) um aminoácido

6)UNICAMP/2013. Uma prática de limpeza comum na cozinha consiste na remoção da gordura de panelas
e utensílios como garfos, facas, etc. Na ação desengordurante, geralmente se usa um detergente ou um
sabão. Esse
tipo de limpeza resulta da ação química desses produtos, dado que suas moléculas possuem:
a) uma parte com carga, que se liga à gordura, cujas moléculas são polares; e uma parte apolar, que se liga
à água, cuja molécula é apolar.
b) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas moléculas são apolares; e uma parte com carga,que se
liga à água, cuja molécula é polar.
c) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas moléculas são polares; e uma parte com carga, que se liga
à água, cuja molécula é apolar.
d) uma parte com carga, que se liga à gordura, cujas moléculas são apolares; e uma parte apolar, que se
liga à água, cuja molécula é polar.

7)(UFRJ) Recentemente, houve grande interesse por parte dos obesos quanto ao início da comercialização
do medicamento Xenical no Brasil. Esse medicamento impede a metabolização de um terço da gordura
consumida pela pessoa. Assim, pode-se concluir que o Xenical inibe a ação da enzima:
a) maltase.
b) protease.
c) lipase.
d) amilase.
e) sacarase.

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8- (UFMG) Devem constar da dieta humana íons correspondentes aos seguintes elementos químicos,
exceto:
a) cálcio.
b) cloro.
c) ferro.
d) sódio.
e) mercúrio.

9- (FUVEST-SP) Reserva de carboidratos nos músculos ficam na fórmula de:


a) glicogênio.
b) lactose.
c) amido.
d) sacarose.
e) glicose.

10- Durante muito tempo acreditou-se que os carboidratos tinham funções apenas energéticas para os
organismos. O avanço do estudo desses compostos, porém, permitiu descobrir outros eventos biológicos
relacionados aos carboidratos. Ciência hoje. V.39., 206. (adapt.). Baseado no texto e em seus
conhecimentos é incorreto afirmar que:
a) os carboidratos são fundamentais no processo de transcrição e replicação, pois participam da
estrutura dos ácidos nucléicos.
b) os carboidratos são importantes no reconhecimento celular, pois estão presentes externamente na
membrana plasmática, onde eles formam o glicocálix.
c) os triglicérides, carboidratos importantes como reserva energética, são formados por carbono,
hidrogênio e oxigênio.
d) tanto quitina, que forma a carapaça dos artrópodes, quanto a celulose, que participa da formação da
parede celular, são tipos de carboidratos.
e) o amido, encontrado nas plantas, e o glicogênio, encontrado nos fungos e animais, são exemplos
de carboidratos e têm como função a reserva de energia.

11) Em relação às enzimas, podemos afirmar que:


a) não podem ser reutilizadas, pois reagem com o substrato, tornando-se parte do produto.
b) são catalisadores eficientes por se associarem de forma inespecífica a qualquer substrato.
c) seu poder catalítico resulta da capacidade de aumentar a energia de ativação das reações.
d) atuam em qualquer temperatura, pois sua ação catalítica independe de sua estrutura espacial.
e) sendo proteínas, por mudança de pH, podem perder seu poder catalítico ao se desnaturarem.

12) Os lipídios são:


a) os compostos energéticos consumidos preferencialmente pelo organismo.
b) mais abundantes na composição química dos vegetais do que na dos animais.
c) substâncias insolúveis na água mas solúveis nos chamados solventes orgânicos (álcool, éter, benzeno).
d) presentes como fosfolipídios no interior da célula, mas nunca na estrutura da membrana plasmática.
e) compostos orgânicos formados pela polimerização de ácidos carboxílicos de cadeias pequenas em meio
alcalino.

13) Considere as seguintes afirmativas:


I. As proteínas são substâncias de grande importância para os seres vivos: muitas participam da construção
da matéria viva.
II. As proteínas chamadas enzimas facilitam reações químicas celulares.
III. Os anticorpos, que também são proteínas, funcionam como substâncias de defesa.
Assinale:
a) se somente I estiver correta.
b) se somente II estiver correta.
c) se somente III estiver correta.
d) se I e II estiverem corretas.
e) se todas estiverem corretas.

14) (UEMG-2007) A intolerância à lactose produz alterações abdominais, no mais das vezes diarréia. Na
superfície mucosa do intestino delgado há células que produzem, estocam e liberam uma enzima digestiva
chamada lactase, responsável pela digestão da lactose. Quando esta é mal digerida passa a ser

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fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos orgânicos, o que resulta na assim chamada
diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos.
O texto apresentado acima e outros conhecimentos que você possui sobre o assunto PERMITEM AFIRMAR
CORRETAMENTE que:
a) a intolerância à lactose pode ser evitada fazendo-se uso do leite de cabra.
b) a enzima digestiva lactase é componente do suco pancreático.
c) o meio intestinal se torna hipertônico após a fermentação da lactose.
d) a intolerância à lactose só acomete recém-nascidos, uma vez que, essa é a idade da lactação.

15) (PUC - PR-2007) As enzimas são catalisadores orgânicos e atuam na ativação das reações biológicas.
Em relação às enzimas, podemos afirmar que:
a) sendo proteínas, por mudanças de pH, podem perder seu poder catalítico ao se desnaturarem.
b) atuam em qualquer temperatura, pois sua ação catalítica independe de sua estrutura espacial.
c) seu poder catalítico resulta da capacidade de aumentar a energia de ativação das reações.
d) são catalisadores eficientes a qualquer substrato.
e) não podem ser reutilizadas , pois reagem como substrato, tornando-se parte do produto.

16) (Mack-2009) A osteoporose é uma doença que acomete principalmente as mulheres após os 50 anos
de idade. Caracteriza-se pela perda de tecido ósseo, o que pode levar a fraturas. Nesse contexto, considere
as afirmações abaixo.
I. A ingestão de alimentos, como leite e derivados, associada à atividade física, é importante na prevenção
da doença.
II. A exposição moderada ao Sol aumenta a síntese de vitamina D, responsável pela fixação do cálcio no
tecido ósseo.
III. Essa doença pode ocorrer em casos em que a ingestão de cálcio é deficiente, o que provoca a retirada
desse elemento da matriz do tecido ósseo.
Assinale
a) se todas estiverem corretas.
b) se somente I e III forem corretas.
c) se somente II e III forem corretas.
d) se somente I e II forem corretas.
e) se somente I for correta.

GABARITO
SESSAO: PINTOU NO ENEM.
1-C 2 –E 3-C 4-B 5-B 6-E 7-C .
SESSÃO: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO.
1-D 2-C 3D 4-E 5-D 6-B 7-C 8-E 9-A 10-C 11-C 12-C 14-C 15-A 16-B

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CAPÍTULO 3
MEMBRANA CELULAR

1 INTRODUÇÃO

A célula viva é um compartimento microscópico isolado do ambiente por uma película chamada
membrana plasmática, constituída fundamentalmente por fosfolipídios e proteínas. A membrana permite a
passagem de certas substâncias través dela e impede a passagem de outras, mantendo o meio
intracelular adequado às necessidades da célula.

2 ESTRUTURA DA MEMBRANA

Conhecido como modelo do mosaico fluido. As moléculas de fosfolipídios da membrana


plasmática dispõem-se lado a lado. Os fosfolipídios deslocam-se continuamente sem perder o contato uns
com os outros. As proteínas de membrana estão incrustadas na dupla camada de fosfolipídios como se
fossem pedras de um mosaico. Externamente, os radicais glicídicos das glicoproteínas constituem o
glicocálix.

3 PROPRIEDADES DA MEMBRANA

A membrana possui algumas propriedades devidos aos seus componentes: proteínas e lipídios.
Proteínas: eslaticidade, resistência mecânica e baixa tensão superficial.
Lipídios: alta resistência elétrica, alta permeabilidade às substâncias lipossolúveis.

4 FUNÇÕES DA MEMBRANA

 Dá individualidade a cada célula;


 Forma um ambiente único com as condições ideais para o funcionamento;
 É através dos componentes da membrana que as interações célula-célula e célula-matriz
extracelular são efetuadas;
 Reconhecimento para a formação de tecidos.

5 GLICOCÁLIX

Estrutura formada por carboidratos que ora interagem com proteínas (glicoproteínas) ora com
lípedes (glicolipídios).
Envolve a célula com uma espécie de malha de moléculas de carboidratos entrelaçados.
 Proteção física e química;
 Retenção de nutrientes e enzimas;
 Mantém um microambiente em condições ótimas ao redor da célula;
 Capacidade das células se reconhecerem (células ≠ → glicocálix ≠).

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6 DIFERENCIAÇÕES DA MEMBRANA

Microvilosidades: projeções (evaginações) da membrana plasmática que lembram dedos de uma


luva, com a função de aumentar a área da superfície celular. Ocorrem nas células do epitélio intestinal e
têm função de aumentar a área de absorção.
Desmossomos: é um tipo de especialização com função de unir as células. São formados por
filamentos protéicos.
Hemidesmossomos: são semelhantes aos desmossomos, porém ligam a membrana plasmática de
uma célula à lâmina basal adjacente.
Zônula de oclusão: junção entre as proteínas das membranas de células adjacentes. No ponto de
contato entre as células não há espaço.
Zônula de adesão: regiões onde as membranas estão aderidas, porém, pouco afastadas.
Interdigitações: dobras da membrana que facilitam o encaixe de duas células.
Junções tipo “gap”: proteínas específicas que atravessam a membrana. Essas proteínas formam
canais de comunicação entre as células.

7 PERMEABILIDADE CELULAR

A membrana celular promove a manutenção das condições intracelulares. Os lipídios determinam a


estrutura básica da membrana e as proteínas são responsáveis pela maioria de suas funções. Os
receptores de membrana são importantes no reconhecimento de substâncias. As proteínas também atuam
como transportadoras ou carregadoras.
As membranas podem ser:
 Permeáveis: permite a passagem de qualquer substância (soluto e solvente);
 Impermeáveis: não permite a passagem de nenhuma substância;
 Semipermeáveis: permite a passagem somente de solventes;
 Seletivamente permeáveis: permite a passagem de solventes e de alguns solutos (membrana
plasmática).

8 TIPOS DE TRANSPORTE

A passagem de partículas pode ser feita a favor de um gradiente de concentração (sem gasto de
energia) ou contra um gradiente de concentração (com gasto de energia).
Difusão simples: fluxo passivo de partículas de soluto através da membrana sem gasto de
energia.

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Difusão facilitada: fluxo passivo de soluto através da membrana com o auxílio de proteínas
situadas na estrutura da membrana celular sem gasto de energia.
Osmose: passagem de solvente (água) através da membrana sem gasto de energia. Influenciada
pela quantidade de soluto na solução.

 Plasmólise: perda de água pela célula com diminuição de seu volume;


 Deplasmólise: retorno da célula ao volume original;
 Turgescência: aumento do volume celular além do normal por absorção de água;
 Plasmoptise : ruptura da célula pela excessiva turgescência.
 Na figura 1 tem-se exemplo de uma célula imersa em meio isotônico, logo não há
diferença de concentração, não alterando a forma da célula.
 Nota: A célula animal ao entrar em contato com uma solução hipertônica pode sofre
processo de plasmoptise, que é a ruptura da célula por excesso de água. Este fato,
porém não é observado na célula animal, em função da mesma apresentar parede
externa rica em celulose, que garante rigidez à célula.

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Transporte ativo: passagem de íons ou substâncias pela membrana celular contra um gradiente de
concentração (com gasto de energia). Conta com a utilização de proteínas de membrana. Ex.: bomba de
sódio e potássio (relação de 3:2).

RESUMO TRANSPORTES

8.1 TRANSPORTES DE MASSA (ENDOCITOSES)

1- Pinocitose: Absorção de pequenas partículas ou gotículas de líquido (fluidos) menores que um


micrômetro.
Formação do pinossoma + lisossoma = vacúolo digestivo

2- Fagocitose: Absorção de grandes moléculas ou células (formação de pseudópodes).


Formação do fagossoma + lisossoma = vacúolo digestivo.

3- Endocitose mediada por receptores: Macromoléculas ligam-se a receptores de membrana antes de


entrarem na célula

2
3 3

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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9 EXOCITOSE

Processo inverso à endocitose. Promove a excreção e a secreção celular.

10 PROTEÍNAS E SOLUTOS

 Uniporte: transportam um único tipo de soluto


Transporte acoplado – um soluto depende de outro para ser transferido
 Simporte: transferência do segundo soluto na mesma direção
 Antiporte: transferência do segundo soluto na direção oposta

11. SESSÃO: LEITURA

Os limites da célula viva


Uma célula viva é um compartimento microscópico, isolado do ambiente por pelo menos uma barreira: a
membrana plasmática. Está é uma película extremamente fina e delicada, que exerce severa “fiscalização”
sobre todas as substâncias e partículas que entram e saem da célula.

Dada a relativa fragilidade da membrana plasmática, a maioria das células apresenta algum tipo de envoltório
que dá proteção e suporte físico à membrana. Entre esses envoltórios destacam-se o glicocálix, presente na
maioria das células animais, e a parede celulósica, presente em células de plantas e de algumas algas.

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Se isolássemos uma célula de nosso corpo, notaríamos que ela


esta envolta por uma espécie de malha feita de moléculas de
glicídios (carboidratos) frouxamente entrelaçadas. Esta
malha protege a célula como uma vestimenta: trata-se
doglicocálix (do grego glykys, doce, açúcar, e do latim calyx,
casca envoltório).

Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix. Acredita-se que, além de ser uma proteção contra
agressões físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma malha de retenção de
nutrientes e enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula. Confere às células
a capacidade de se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios
diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios iguais.

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito3.php. Acesso em 03/01/2014 às 16:57.

Osmose nas plantas

A osmose nas plantas ocorre porque a solução existente no interior da raiz é mais concentrada do que na
terra ao seu redor. Assim, o líquido da terra passa para dentro da planta.

A ascensão da seiva nas plantas ocorre em razão do fenômeno da osmose

A osmose consiste na passagem de solvente através de membranas semipermeáveis. Ela pode ocorrer

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entre uma solução e um solvente puro e entre duas soluções. No primeiro caso o solvente puro passa pela
membrana em direção à solução. Já no segundo caso o solvente da solução mais diluída passa para a
solução mais concentrada.

É esse último exemplo que ocorre nas raízes das plantas. Dentro delas existe uma solução mais
concentrada do que a terra ao seu redor. Dessa maneira, por osmose, ocorre a passagem do solvente na
terra, ou seja, de água, junto com alguns sais minerais, para dentro da planta.

Uma membrana semipermeável é aquela membrana seletiva, isto é, que permite a passagem somente de
determinadas substâncias. No caso das plantas, a membrana celular atua como a membrana
semipermeável, pois ela permite que algumas substâncias como a água e a ureia a atravessem. No
entanto, outras substâncias não passam por ela, como a glicose e o íon sódio.

Além disso, a osmose ocorre sempre no sentido de um alto potencial químico para um baixo potencial
químico. Em uma planta, a raiz é a região de alto potencial químico; e nas folhas esse potencial é menor.
Desse modo, ocorre a movimentação da água da raiz em direção às folhas para que ocorra a fotossíntese.

Os vegetais que nascem no solo e que funcionam como raízes das plantas também realizam esse processo
de osmose. Para você poder verificar isso, faça um experimento simples*: pegue uma cenoura e faça um
buraco no meio no sentido do seu comprimento. Preencha parte desse orifício com uma solução
concentrada de açúcar e marque na cenoura com uma caneta esferográfica o volume da solução.
Posteriormente, mergulhe a cenoura em uma tigela com água.

Disponível em: http://www.brasilescola.com/quimica/osmose-nas-plantas.htm. Acesso em 04/01/2014 às


13:19.

12: PINTOU NO ENEM.


1)ENEM/2010 Para explicar a absorção de nutrientes, bem como a função das microvilosidade das
membranas das células que revestem as paredes internas do intestino delgado, um estudante realizou
o seguinte experimento:Colocou 200mL de água em dois recipientes. No primeiro recipiente,
mergulhou, por 5 segundos, um pedaço de papel liso, como na FIGURA 1; no segundo recipiente,
fez o mesmo com um pedaço de papel com dobras simulando as microvilosidades, conforme
FIGURA 2. Os dados obtidos foram: a quantidade de água absorvida pelo papel liso foi de 8mL,
enquanto pelo papel dobrado foi de 12mL.

Com base nos dados obtidos, infere-se que a função das microvilosidades intestinais com relação à
absorção de nutrientes pelas células das paredes internas do intestino é a de

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a) manter o volume de absorção.


b) aumentar a superfície de absorção.
c) diminuir a velocidade de absorção.
d) aumentar o tempo de absorção.
e) manter a seletividade na absorção.
2) ENEM/2012. Osmose é um processo espontâneo que ocorre em todos os organismos vivos e é
essencial à manutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaCl (cloreto de sódio) possui a mesma
pressão osmótica das soluções presentes nas células humanas.
A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L de NaCl tem como consequência, a
+
A) adsorção de íons Na sobre a superfície da célula.
+
B) difusão rápida de íons Na para o interior da célula.
C) diminuição da concentração das soluções presentes na célula.
+
D) transferência de íons Na da célula para a solução.
E) transferência de moléculas de água do interior da célula para a solução .

3) ENEM/2013. As serpentes que habitam regiões de seca podem ficar em jejum por um longo período de
tempo devido à escassez de alimento. Assim, a sobrevivência desses predadores está relacionada ao
aproveitamento máximo dos nutrientes obtidos com a presa capturada. De acordo com essa situação, essas
serpentes apresentam alterações morfológicas e fisiológicas, como a aumento das vilosidades intestinais e
a intensificação da irrigação sanguínea na porção interna dessas estruturas.A função do aumento das
vilosidades intestinais para essas serpentes é maximizar o(a)
a) comprimento do trato gastrointestinal para caber mais alimento.
b) área de contato com o conteúdo intestinal para absorção dos nutrientes.
c) liberação de calor via irrigação sanguínea para controle térmico do sistema digestório.
d) secreção de enzimas digestivas para aumentar a degradação proteica no estômago.
e) processo de digestão para diminuir o tempo de permanência do alimento no intestino.

.
13.SESSÃO: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO.

1)UNESP-SP 2010. Devido à sua composição química – a membrana é formada por lipídios e proteínas–
ela é permeável a muitas substâncias de natureza semelhante. Alguns íons também entram e saem da
membrana com facilidade, devido ao seu tamanho. ... No entanto, certas moléculas grandes precisam de
uma ajudinha extra para entrar na célula. Essa ajudinha envolve uma espécie de porteiro, que examina o
que está fora e o ajuda a entrar. (Solange Soares de Camargo, in Biologia, Ensino Médio.1.ª série, volume
1, SEE/SP, 2009.)

No texto, e na ordem em que aparece, a autora se refere

a) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à difusão e ao transporte ativo.

b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à osmose e ao transporte passivo.

c) à permeabilidade seletiva da membrana plasmática, ao transporte ativo e ao transporte passivo.

d) aos poros da membrana plasmática, à osmose e à difusão facilitada.

e) aos poros da membrana plasmática, à difusão e à permeabilidade seletiva da membrana.

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2) Cesesp-PE A membrana celular serve como estrutura limitante. Em relação à membrana, podemos dizer
que:
a) é seletiva
b) existe somente na célula animal
c) é completamente permeável
d) é constituída por celulose
e) é impermeável à água

3) No esquema abaixo aparecem células epiteliais da mucosa 1 designadas por 2.

1 2
a) bucal microvilosidades
b) intestinal microvilosidades
c) intestinal microfilamentos
d) gástrica desmossomos
e) gástrica cílios

4) Em relação às células animais, denominamse glicocálix:

a) os microvilos das células que revestem o intestino delgado;


b) todas as células acinosas de glândulas secretoras;
c) o colo do espermatozóide;
d) a estrutura lipoprotéica das membranas celulares;
e) uma camada com proteínas e carboidratos que recobre a membrana plasmática.

5) Todas as células possuem uma membrana plasmática, ou plasmalema, que separa o conteúdo
protoplasmático, ou meio intracelular, do meio ambiente. A existência e integridade dessa estrutura são
importantes, porque a membrana:
a) regula as trocas entre a célula e o meio, só permitindo a passagem de moléculas de fora para
dentro da célula e impedindo a passagem em sentido inverso;
b) possibilita à célula manter a composição intracelular diversa do meio ambiente;
c) impede a penetração de substâncias existentes em excesso no meio ambiente;
d) torna desnecessário o consumo energético para captação de metabólitos do meio externo; e)
impede a saída de água do citoplasma.

6) VUNESP. A membrana plasmática que delimita a célula permite a passagem seletiva de substâncias do
meio externo para o meio interno da célula e vice-versa. O que se entende por transporte ativo e difusão
facilitada?
a) O transporte ativo é feito com gradiente de construção e consumo de ATP (energia); difusão
facilitada é feita sem ATP, com o auxílio de permeases, moléculas protéicas.
b) O transporte ativo é feito contra gradiente de construção e baixo consumo de ATP (energia); difusão
facilitada é feita com ATP, com o auxílio de permeases, moléculas protéicas.
c) O transporte ativo é feito com gradiente de construção e alto consumo de ATP (energia); difusão
facilitada é feita sem ATP, sem o auxílio de permeases, moléculas protéicas.
d) O transporte ativo é feito contra gradiente de construção e consumo de ATP (energia); difusão
facilitada é feita sem ATP, com o auxílio de permeases, moléculas protéicas.
e) O transporte ativo é feito contra gradiente de construção e sem o consumo de ATP (energia);
difusão facilitada é feita com ATP, sem o auxílio de permeases, moléculas protéicas.

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7) PUC RIO/2014. O gráfico abaixo mostra a atividade de algumas enzimas digestivas humanas em
diferentes valores de pH. Com base nessa informação, assinale a afirmativa correta com
relação às enzimas que estão atuando nas curvas I, II e III.

a) I corresponde à atividade da pepsina, que é a principal enzima do suco pancreático; II corresponde à


atividade da ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio na boca; III corresponde à atividade da
tripsina, que é a principal enzima do suco gástrico.
b) I corresponde à atividade da pepsina, que é a principal enzima do suco gástrico; II corresponde à
atividade da ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio na boca; III corresponde à atividade da
tripsina, que é produzida pelo pâncreas e age no intestino delgado.
c) I corresponde à atividade da ptialina, que é a principal enzima do suco gástrico; II corresponde à
atividade da pepsina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio na boca; III corresponde à atividade da
tripsina, que é produzida pelo pâncreas e age no intestino delgado.
d) I corresponde à atividade da tripsina, que é a principal enzima do suco gástrico; II corresponde à
atividade da pepsina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio na boca; III corresponde à atividade da
ptialina, que é produzida pelo pâncreas e age no intestino delgado.
e) I corresponde à atividade da pepsina, que é a principal enzima salivar; II corresponde à atividade da
ptialina, que é a principal enzima do suco gástrico; III corresponde à atividade da tripsina, que é produzida
pelo pâncreas e age no intestino delgado.

8) PUC RIO/2014. Na preparação do meio de cultura para células animais,o técnico de um determinado
laboratório esqueceu-se de adicionar o suprimento de aminoácidos. Que moléculas terão sua formação
imediatamente prejudicada?
a) Lipídeos
b) Glicídeos
c) Nucleotídeos
d) Proteínas
e) Ácidos nucléicos

9) FUVEST. Células vegetais, como as representadas na figura A, foram colocadas em uma determinada
solução e, no fim do experimento, tinham aspecto semelhante ao da figura B. Comparando-se as
concentrações do interior da célula na situação inicial (I), da solução externa (II) e do interior da célula na
situação final (III), podemos dizer que:

a)I é maior que II


b) I é maior que III
c) I é menor que II
d) I é igual a III
e) III é maior que II

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10) UEL/2006. A imagem a seguir representa a estrutura molecular da membrana plasmática de uma célula
animal.

Com base na imagem e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. Os fosfolipídios têm um comportamento peculiar em relação à água: uma parte da sua molécula é
hidrofílica e a outra, hidrofóbica, favorecendo a sua organização em dupla camada.
II. A fluidez atribuída às membranas celulares é decorrente da presença de fosfolipídios.
III. Na bicamada lipídica da membrana, os fosfolipídios têm a sua porção hidrofílica voltada para o interior
dessa bicamada e sua porção hidrofóbica voltada para o exterior.
IV. Os fosfolipídios formam uma barreira ao redor das células, impedindo a passagem de moléculas e íons
solúveis em água, que são transportados através das proteínas intrínsecas à membrana.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

11) UEL-2003. Células vegetais foram mantidas, por algum tempo, em solução isotônica e, em seguida,
transferidas para soluções de NaCl de concentrações desconhecidas (frascos 1 e 2). Os gráficos a seguir
representam as variações de volume encontradas nessas células:

De acordo com os dois gráficos acima, foram feitas as seguintes afirmativas:


I. As soluções de NaCl dos frascos 1 e 2 são, respectivamente, hipotônica e hipertônica em relação às
células vegetais.
II. A pressão de turgor em T2 é menor nas células imersas no frasco 1 do que nas células imersas no frasco
2.
III. Ocorre um aumento crescente na pressão de turgor a partir do momento em que as células são
mergulhadas no frasco 2.
IV. Ocorre um aumento crescente da resistência da parede celular a partir do momento em que as células
são mergulhadas no frasco 1.

Das afirmativas acima, são corretas apenas:

a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

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12) UFSCar-2008. O processo de salinização pode ocorrer em solos intensamente irrigados. Sais presentes
na água de irrigação acumulam-se no solo quando a água evapora. Em algumas situações, plantas
cultivadas podem passar a perder água pelas raízes, ao invés de absorvê-la. Quando isso ocorre, pode-se
dizer que:

a) as células das raízes perdem água por osmose e tornamse plasmolisadas.


b) as concentrações de soluto dentro e fora das células se igualam por transporte ativo de sais e as células
tornam-se túrgidas.
c) as células das raízes perdem água para o meio externo mais concentrado, por difusão facilitada, e
tornam-se lisadas.
d) as células das raízes perdem água para o meio externo menos concentrado, por osmose, e tornam-se
lisadas.
e) as concentrações dos solutos dentro e fora das células se igualam por difusão facilitada da água e as
células tornamse plasmolisadas.

13) Fuvest-2001. Um pesquisador estudou uma célula ao microscópio eletrônico, verificando a ausência de
núcleo e de compartimentos membranosos. Com base nessas observações, ele concluiu que a célula
pertence a:

a) uma bactéria.
b) uma planta.
c) um animal.
d) um fungo.
e) um vírus.

14)Covest-1997. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) A difusão simples é um tipo de transporte passivo através da membrana plasmática que ocorre quando
existem condições de grandiente de concentração sem haver gasto de energia.
b) A difusão facilitada utiliza proteínas carregadoras para o transporte de açúcares simples e aminoácidos
através de membrana constituindo, por essa razão, um processo de transporte ativo.
c) A membrana plasmática é formada por uma camada bimolecular de fosfolipídeos onde estão dispersas
moléculas de proteínas globulares, dispostas como um mosaico.
d) Qualquer processo de captura por meio do envolvimento de partículas é chamado endocitose.
e) Na fagocitose a célula engloba partículas sólidas para através da emissão de pseudópodes que as
englobam formando um vacúolo alimentar denominado fagossomo.

15) Mack-2005. Assinale a alternativa correta a respeito da membrana lipoprotéica.

a) Em bactérias, apresenta uma organização diferente da encontrada em células eucariotas.


b) Existe apenas como envoltório externo das células.
c) É formada por uma camada dupla de glicoproteínas, com várias moléculas de lipídios encrustadas.
d) É rígida, garantindo a estabilidade da célula.
e) Está envolvida em processos como a fagocitose e a pinocitose.

16) VUNESP-2010. Devido à sua composição química –a membrana é formada por lipídios e proteínas– ela
é permeável a muitas substâncias de natureza semelhante. Alguns íons também entram e saem da
membrana com facilidade, devido ao seu tamanho No entanto, certas moléculas grandes precisam de uma
ajudinha extra para entrar na célula. Essa ajudinha envolve uma espécie de porteiro, que examina o que
está fora e o ajuda a entrar.(Solange Soares de Camargo, in Biologia, Ensino Médio.(1.ª série, volume 1,
SEE/SP, 2009.)

No texto, e na ordem em que aparecem, a autora se refere:

a) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à difusão e ao transporte ativo.


b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à osmose e ao transporte passivo.
c) à permeabilidade seletiva da membrana plasmática, ao transporte ativo e ao transporte passivo.
d) aos poros da membrana plasmática, à osmose e à difusão facilitada.
e) aos poros da membrana plasmática, à difusão e à permeabilidade seletiva da membrana.

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17) UFSCar-2005. O diagrama apresenta a concentração relativa de diferentes íons na água (barras claras)
e no citoplasma de algas verdes (barras escuras) de uma lagoa.

As diferenças na concentração relativa de íons mantêm-se devido a:

a) osmose.
b) difusão através da membrana.
c) transporte passivo através da membrana.
d) transporte ativo através da membrana.
e) barreira exercida pela parede celulósica.

18) UEL-2006. A imagem a seguir representa a estrutura molecular da membrana plasmática de uma célula
animal. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. Os fosfolipídios têm um comportamento peculiar em relação à água: uma parte da sua molécula é
hidrofílica e a outra, hidrofóbica, favorecendo a sua organização em
dupla camada.
II. A fluidez atribuída às membranas celulares é decorrente da presença de fosfolipídios.
III. Na bicamada lipídica da membrana, os fosfolipídios têm a sua porção hidrofílica voltada para o interior
dessa bicamada e sua porção hidrofóbica voltada para o exterior.
IV. Os fosfolipídios formam uma barreira ao redor das células, impedindo a passagem de moléculas e íons
solúveis em água, que são transportados através das proteínas intrínsecas à membrana.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

19) Mack-2006. Uma célula bacteriana foi colocada em um meio hipotônico. Assinale o gráfico que melhor
descreve o que ocorre com o volume da célula (curva 1) e com a concentração de seu citoplasma ao longo
do tempo (curva 2).
a) b) c)

d) e)

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20) PUC-RJ-2003. Hemácias foram colocadas em uma solução de concentração desconhecida, tendo, após
um certo tempo, sofrido hemólise. Em função deste resultado, foi possível dizer que a solução em questão
apresenta-se:
a) atônica em relação às hemácias.
b) com alta concentração de sais.
c) hipotônica em relação às hemácias.
d) isotônica em relação às hemácias.
e) hipertônica em relação às hemácias.
Assinale qual das opções acima apresenta a afirmativa correta.

21) Mack-2003. Células animais e vegetais foram colocadas em frascos separados, contendo uma solução
de água e NaCl. Após algum tempo, somente as células animais estavam rompidas. Isso permite concluir
que a solução era I , provocando II das células animais e III das células vegetais. Assinale a alternativa que
preenche correta
e respectivamente os espaços I, II e III.
a) isotônica; deplasmólise; turgência
b) hipotônica; lise; turgência
c) isotônica; lise; plasmólise
d) hipertônica; lise; turgência
e) hipotônica; deplasmólise; plasmólise

22) VUNESP-2008. No início da manhã, a dona de casa lavou algumas folhas de alface e as manteve em
uma bacia, imersas em água comum de torneira, até a hora do almoço. Com esse procedimento, a dona de
casa assegurou que as células das folhas se mantivessem
a) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio isotônico.
b) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio hipotônico.
c) túrgidas, uma vez que foram colocadas em meio hipertônico.
d) plasmolizadas, uma vez que foram colocadas em meio isotônico.
e) plasmolizadas, uma vez que foram colocadas em meio hipertônico.

GABARITO
SSSÃO: PINTOU NO ENEM
1- B 2-E 3-B.
SESSÃO : EXERCICIOS DE FIXAÇÃO.
1-A 2-A 3-B 4-E 5-B 6-D 7-B 8-D 9-C 10-D 11-D 12-A 13-A 14-B 15-E 16-E 17-D 18-D 19-A 20E
21-D 22-D

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CAPÍTULO 4
CITOPLASMA

1 INTRODUÇÃO

O citoplasma é um espaço intracelular preenchido por uma matriz semi-fluida (com consistência de
gel), denominada hialoplasma, onde está "mergulhado" tudo que se encontra dentro da célula, como
moléculas e organelas.
É composto principalmente por 80% de água, mas também contêm íons, sais e moléculas grandes,
como proteínas, carboidratos e o RNA.
Nas células eucarióticas o citoplasma contém organelas organizadas com sistemas de membranas,
já nas células procarióticas o citoplasma não possui organelas membranosas.

Figura representativa destacando as diversas organelas que compõem o citoplasma.

2 COMPONENTES E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

2.1 MATRIZ CITOPLASMÁTICA

O hialoplasma ou matriz citoplasmática é a parte da célula formada por uma solução coloidal
composta por água, sais e moléculas orgânicas simples e complexas. Nele ocorrem as reações químicas
mínimas para a sobrevivência da célula.

2.2 CITOESQUELETO

O citoesqueleto pode ser considerado o “esqueleto da célula”. Os microtúbulos que o compõe são
formados por moléculas protéicas chamadas tubulina. Os microtúbulos podem aumentar ou diminuir de
comprimento de acordo com a incorporação ou a saída de proteínas.
O hialoplasma apresenta movimentos amebóides, caracterizado por prolongamentos temporários do
citoplasma, chamados de pseudópodes. Esses movimentos têm a função de locomoção e captura de
alimentos (fagocitose).

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Plasmasol: porção interna do hialoplasma


Plasmagel: porção periférica do hialoplasma

Outro tipo de movimento do hialoplasma, a ciclose, é observado em células vegetais. A ciclose é


provocada pela circulação constante de água, que arrasta diversas organelas.

2.3 CENTRÍOLOS, CÍLIOS E FLAGELOS

A maioria das células procarióticas possui um par de centríolos. Cada centríolo é formado por nove
grupos de três microtúbulos, responsáveis pela formação do fuso acromático, cílios e flagelos. Os cílios e
flagelos são compostos por nove pares de microtúbulos periféricos e um par central. Servem para
locomoção e captura de alimentos.

A principal função dos cílios e dos flagelos é a locomoção celular. É através do movimento ciliar ou
flagelar que a maioria dos protozoários e dos gametas masculinos se movimentam. Alguns protozoários têm
a capacidade de criar correntes na água através do batimento de seus cílios da ciliatura oral, fazendo com
que as partículas alimentares sejam ingeridas.

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2.3 RIBOSSOMOS

São corpúsculos ricos em RNA, cuja função está relacionada com a síntese protéica. Os
ribossomos são elementos presentes em todos os organismos, sendo constituídos de 40% de proteínas e
60% de RNA. São formados por duas subunidades de tamanhos diferentes.

Os ribossomos estão associados ao retículo ou livres no citoplasma. O número dessas estruturas


dentro de uma célula está diretamente relacionado com o nível de atividade da mesma.
No processo de síntese de proteínas, os ribossomos deslizam-se sobre a molécula de RNA á
medida que a proteína vai sendo sintetizada.

2.4 LISOSSOMOS

São organelas esféricas que contém enzimas digestivas. Essas enzimas são produzidas no retículo
endoplasmático rugoso (RER). Essas enzimas migram até o complexo de Golgi, onde são armazenadas.
Como medida de segurança, as enzimas dos lisossomos não atuam em pH neutro como o do citoplasma.
Quando os lisossomos se aproximam de um fagossomo ou de um pinossomo e se fundem, é
formado o vacúolo digestivo.

2.4.1 Autofagia

Quando há alguma organela inativa na célula, ela pode ter parte de seus componentes digeridos,
utilizando, assim, suas próprias substâncias como fonte de energia ou como material de renovação. O
vacúolo formado nesses casos recebe o nome de vacúolo autofágico. O processo atribuído aos
lisossomos é o chamado de histólise (destruição de tecidos), que atua, por exemplo, no desaparecimento
da cauda de girinos durante a metamorfose.

2.5 PEROXISSOMOS

São bolsas membranosas que contém alguns tipos de enzimas digestivas que degradam gorduras e
aminoácidos, e também grande s quantidades da enzima catalase, que converte o peróxido de hidrogênio
(H2O2) em água e gás oxigênio. Essas organelas são importantes pois a água oxigenada em grandes
concentrações podem causar lesões às células.

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2.6 MITOCÔNDRIAS

São encontradas nas células eucarióticas (exceto anaeróbios, ex. Ascaris lumbricoiddes) e não
estão presentes nos procariontes (mesossomos). As mitocôndrias se localizam nas áreas da célula onde o
metabolismo é elevado. O número de mitocôndrias é diretamente proporcional à atividade metabólica da
célula (células musculares). Em comparação com células animais, as células vegetais possuem menos
mitocôndrias, pois apresentam cloroplastos.

A mitocôndria é uma organela limitada por duas membranas. A membrana interna forma várias
dobras chamadas cristas mitocondriais. Entre as cristas está localizada a matriz mitocondrial, uma
solução coloidal idêntica ao citoplasma.
Na matriz são encontradas enzimas responsáveis pelas reações químicas da respiração. As cristas
mitocondriais aumentam a superfície de enzimas em aumentar o volume da organela. São encontrados
também DNA, RNA e ribossomos. Com essa maquinaria, elas são capazes de sintetizar as enzimas
respiratórias. O DNA garante a autoduplicação da organela, garantindo o número constante nas células.
As mitocôndrias contêm seu próprio DNA e RNA. Os primeiros citologistas acreditavam que as mitocôndrias
eram estruturas que haviam evoluído de um procarionte ancestral que estabeleceu uma simbiose com a
célula eucarionte hospedeira, as mitocôndrias possuem características em comum com as bactérias, por
este motivo é que muitos pesquisadores admitem este conceito, embora ele seja um conceito especulativo,
constituindo a Teoria Endossibiontica.

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2.6.1 Respiração celular Aeróbia

A respiração celular consiste na oxidação de compostos orgânicos, para obtenção de


energia química sob a forma de ATP.
A energia armazenada nas ligações químicas da glicose é liberada através de oxidações sucessivas
(perder elétrons). A oxidação da glicose ocorre por retiradas de átomos de hidrogênio da molécula, através
de uma série de desidrogenações sucessivas. A desidrogenação é catalizada por enzimas chamadas
desidrogenases, que possuem como coenzima o grupamento NAD (nicotinamida adenina dinucleotídio),
que é capaz de se combinar com os átomos de hidrogênio retirados da molécula.
Os átomos de hidrogênio recolhidos pelo NAD reagem com o oxigênio absorvido no ambiente,
formando moléculas de água. A principal molécula utilizada pelas células como fonte de energia é a glicose.

A quebra da molécula de glicose e produção de ATP ocorre na ausência ou presença de oxigênio,


sendo assim, a respiração anaeróbia e aeróbia, respectivamente.
A energia liberada com essa quebra é armazenada na forma de ATP (adenosina trifosfato). Quando
uma molécula necessita de energia, o ATP libera um grupo fosfato, rico em energia, e se transforma em
ADP (adenosina difosfato).

O ATP pode ser regenerado através da reação de fosforilação, ou seja, a partir de ADP e fosfato
“pobre” em energia, à custa de novas liberações de energia da quebra da glicose.
O processo de oxidação e quebra da glicose, que libera energia utilizada na síntese de ATP
compreende três etapas:
 Glicólise: decomposição da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico (ocorre no citoplasma da
célula).
 Ciclo de Krebs: ciclo de reações químicas que têm por finalidade formar e decompor ácidos
tricarboxílicos (ocorre na matriz mitocondrial).
 Cadeia respiratória: transporte de hidrogênios até o seu aceptor final, o oxigênio (ocorre nas cristas
mitocondriais).
Glicólise

É a etapa extramitocondrial da respiração celular. Consiste em uma sequência de reações químicas


catalisadas por enzimas livres no citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de
ácido pirúvico, com saldo de duas moléculas de ATP.
Gasto de energia:
Na primeira reação, a molécula de glicose que entra nos tecidos é fosforilada (ganha um grupo
fosfato) com gasto energético de uma molécula de ATP, dando origem à glicose-6-fosfato e ADP. Na
segunda reação, a glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-fosfato, que é fosforilada e convertida em
frutose-1,6-difosfato, gastando outra molécula de ATP, dando origem a ADP.
A molécula de frutose-1,6-difosfato é clivada em duas moléculas (trioses) menores: gliceraldeído-3-
P e dihidroxicetona fosfato (convertido em gliceraldeído-3-P).
Produção de ATP e oxidação:

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O gliceraldeído-3-P é oxidado pelo NAD e fosforilada por um fosfato inorgânico. A energia gerada
nessa etapa é transferida ao ADP para formar ATP.
Como são duas trioses fosfato formadas, o resultado da fase de geração de ATP é de quatro ATPs
e dois NADH. Dois desses ATPs repõem os utilizados na ativação inicial da e molécula de glicose, portanto,
o resultado é: 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvatos.

Equação resumida:
+
C6H12O6 + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD

+
2 C3H4O3 + 2ATP + 2 NADH + 2 H (NADH2)

Na oxidação de cada molécula de NADH 2, a energia liberada é utilizada na síntese de três


moléculas de ATP. Portanto, na glicólise, a energia liberada é suficiente para sintetizar oito moléculas de
ATP.

Ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico)

No Ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (piruvato) produzido na glicólise é transportado através das
membranas da mitocôndria e, na matriz mitocondrial é descarboxilado (perde CO 2) e produz ácido acético.
Este se une à coenzima – A, formando acetil – CoA, que entra em reação com o ácido oxalacético,
liberando a molécula de coenzima – A, resultando em ácido cítrico.
O ácido cítrico é degradado até se transformar em ácido oxalacético, que se combina com acetil –
CoA, proveniente da decomposição de outra glicose, formando ácido cítrico, dando sequência ao ciclo.

Saldo do Ciclo de Krebs:


 2 moléculas de CO2
 3 moléculas de NADH2
 1 molécula de FADH2
 4 moléculas de ATP
+
O NAD e o FAD são aceptores finais de íons H . A oxidação de cada molécula de NADH2, a energia
liberada é utilizada na síntese de três moléculas de ATP. A oxidação de cada molécula de FADH 2, a energia
liberada é utilizada na síntese de duas moléculas de ATP. Desse modo, cada molécula de glicose oxidada
origina 30 moléculas de ATP no ciclo de Krebs, visto que ao final da glicólise são formadas duas moléculas
de ácido pirúvico (piruvato).

Cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória)

As moléculas de NADH e de FADH2, anteriormente formadas (Glicólise e Ciclo de Krebs),


transferem os elétrons que transportam para as proteínas (Citocromos) da cadeia transportadora de
elétrons. Ao longo da cadeia respiratória ocorre libertação gradual de energia, à medida que os elétrons
passam de um citocromo para outro. Os elétrons do NADH são transferidos de um complexo (citocromo) a
outro até seu aceptor final, o oxigênio. A passagem dos elétrons através dos complexos resulta em um
transporte vetorial de prótons da matriz para o espaço intermembranar. Esse bombeamento de prótons gera
um gradiente eletroquímico de prótons, que é utilizado posteriormente para a síntese de ATP.
O gradiente de prótons gerado permite a síntese de ATP no complexo ATP sintase, quando os
prótons retornam do espaço intermembranar para a matriz, através do canal protônico deste complexo. Este
tipo de síntese de ATP, que utiliza a energia do gradiente eletroquímico de prótons, é denominado
fosforilação oxidativa.

Se a passagem de elétrons transferidos ao longo da cadeia tiver início no NADH, haverá a formação
de três moléculas de ATP, Se a cadeia iniciar-se pelo FADH2 serão formadas duas moléculas de ATP.

Em condições anaeróbicas, o transporte de elétrons na cadeia ficaria bloqueado e não ocorreria


mais a síntese de ATP, pois o oxigênio é o aceptor final de elétrons da cadeia respiratória.

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2.6.2 Respiração Anaeróbia

A maioria dos organismos eucarióticos obtém energia para produção de ATP por meio da
respiração aeróbia. O principal processo anaeróbio de produção de ATP a partir de substâncias orgânicas é
a fermentação, utilizada por muitos fungos e bactérias que vivem em ambientes pobres em oxigênio. Além
disso, nossas células, em condições de anóxia executam a fermentação.
+
A diferença para a respiração aeróbia, é que na fermentação o piruvato recebe elétrons e H do
NADH, transformando-se em ácido láctico álcool etílico (etanol) e gás carbônico.

Fermentação alcoólica
O ácido pirúvico originado da glicólise transforma-se em álcool etílico e gás carbônico. Esse tipo de
fermentação ocorre, por exemplo, no fungo Saccharomyces cerevisae. Essa espécie é utilizada na
produção de bebidas alcoólicas e na fabricação do pão, em que o gás carbônico é responsável por inflar a
massa e deixá-la macia.

Fermentação láctica
O ácido pirúvico é reduzido a ácido láctico pela utilização de íons de hidrogênio transportados pelos
NADH formados na glicólise. Em nossas células musculares, durante um exercício muito intenso, o oxigênio
que chega aos músculos pode não ser suficiente para suprir as necessidades respiratórias das células
musculares. Nesse caso, elas passam a produzir ATP por meio da fermentação láctica. Embora produza
menos energia que a respiração aeróbia, a fermentação láctica garante produção de ATP em condições de
emergência. Esse ácido láctico pode ser acumulado nos tecidos, originando a fadiga muscular, causando
dor e intoxicação das fibras musculares. Cessada a atividade física, o ácido láctico é transformado
novamente em ácido pirúvico, continuando a ser degradado pelo processo de respiração.

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2.7 PLASTOS

São organelas citoplasmáticas típicas das células vegetais. É formado por duas membranas
lipoprotéicas com um complexo membranoso interno formado por pequenas bolsas discoidais (tilacóides),
achatadas e empilhadas.
Leucoplastos: são plastos incolores que se caracterizam por acumular substâncias nutritivas. Podem ser:
Amiloplastos:_____________________________
Oleoplastos:______________________________
Proteoplastos:____________________________
Cromoplastos: são plastos portadores de pigmentos.
Podem ser:
Eritroplastos:_____________________________
Xantoplastos:_____________________________
Cloroplastos:_____________________________

2.8 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

Orgânulo que apresenta uma disposição de redes, constituídas de vesículas e de túbulos. Estas
vesículas e túbulos estão em continuidade com a membrana plasmática e nuclear.

Reticulo endoplasmático liso (REL): não apresenta ribossomos associados.

Possui como funções:


 Condução de impulsos elétricos;
 Neutralização de substâncias tóxicas;
 Síntese de lipídios.
Abundante nas células do fígado e em algumas glândulas responsáveis pela produção de hormônios
esteróides (hormônios sexuais - __________ e __________). Também é muito desenvolvido em células da
musculatura esquelética, onde recebe o nome de retículo sarcoplasmático. Essa estrutura está envolvida
na condução de estímulos nervosos das células nervosas para as fibras musculares.

Reticulo endoplasmático rugoso (RER): apresenta associação com ribossomos. Apresenta como funções
a síntese e o transporte de proteínas que serão eliminadas para o exterior da célula, ou seja, serão
exportadas.

Microssomos: a fragmentação das membranas do RER forma um acúmulo de pequenas vesículas


cobertas de ribossomos denominadas microssomos. Não são considerados organelas.

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2.9 COMPLEXO DE GOLGI

Conjunto de “sacos” achatados e superpostos. São localizados próximos ao núcleo e ao reticulo


endoplasmático. Não é associado a ribossomos. Possui as funções:
 Condensar as substâncias (desidratação);
 Empacotamento de substâncias a serem secretadas (enzimas digestivas);
 Síntese de glicoproteínas (glicocálix);
 Formação do acrossomo do espermatozóide (acoplamento com o núcleo do espermatozóide).

FORMAÇÃO DO ACROSSOMA

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ASSOCIAÇÃO ENTRE RETICULO ENDOPLASMATICO E COMPLEXO DE GOLGI

O retículo endoplasmático produz as proteínas a serem exportadas a partir do Complexo de Golgi.

Nos epitélios internos, como na traquéia, existem células em que o complexo de Golgi é
responsável pela síntese e secreção de muco.
Nos vegetais, é responsável pela formação da lamela média da parede celulósica.

ASSOCIAÇÃO ENTRE RETICULO ENDOPLASMATICO E COMPLEXO DE GOLGI

O retículo endoplasmático produz as proteínas a serem exportadas a partir do Complexo de Golgi.

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2.10 VACÚOLOS

São bolsas membranosas presentes no citoplasma das células eucariontes. Possui as funções:
 Formar os vacúolos digestivos (protozoário e animais);
 Formar os vacúolos pulsáteis, cuja função é expulsar o excesso de agia que entra na célula por
osmose (protozoários de água doce);
 Nos vegetais, forma-se o tonoplasto, cuja função é armazenar substâncias orgânicas (proteínas –
nutrem o embrião em desenvolvimento) e constitui o principal reservatório de compostos
inorgânicos (sódio e potássio). Podem servir também como local de despejo de restos metabólicos,
ou ainda, substâncias venenosas ou de sabor desagradável, de modo a proteger o vegetal contra
herbivoria.

2.11 CARIOTECA

A membrana nuclear é perfurada por vários poros, cuja função é colocar o citoplasma em contato
com o nucleoplasma. Os poros servem de passagem para macromoléculas que vão do núcleo para o
citoplasma, sem ter que atravessar a membrana que os divide. Mensagens são enviadas ao citoplama por
meio de RNAm para que sejam fabricadas proteínas.
A parte externa é constituída pelo RER, e a parte interna pela lâmina nuclear (filamentos protéicos.

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Talassemia: é um tipo de anemia em que o RNAm possui um sinal incorreto e não consegue atravessar os
poros da carioteca. Com isso ocorre uma baixa produção de hemoglobina.

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

3.SESSÃO: LEITURA.

Discinesia Ciliar Primária


A discinesia ciliar primária (DCP), anteriormente conhecida como síndrome dos cílios imóveis, faz
parte de um pequeno grupo de desordens genéticas, de herança autossômica recessiva, que caracteriza-se
por causar defeitos ultra-estruturais e/ou da função ciliar, resultando em alterações do transporte muco-
ciliar. Este, por sua vez, é um importante mecanismo de defesa do trato respiratório, carregando em direção
à orofaringe agentes invasores, comobactérias, vírus, alérgenos e poluentes. Quando esse transporte é
interrompido, há o surgimento da doença clínica.
O estudo dessa afecção iniciou-se há aproximadamente um século, por meio da observação clínica de
síndromes que englobavam doenças pulmonares, sinusopatia, situs inversus (inversão dos órgãos internos)
e infertilidade masculina. No ano de 1904, Siwet foi quem primeiro relatou a ocorrência do situs inversos e
da bronquiectasia. Já em 1933, Kartagener, estudou com maiores detalhes pacientes com sinusite,
bronquiectasia e situs inversus, levantando a possibilidade de haver uma patogênese comum. Essa tríade
recebeu o nome de síndrome de Kartagener.Posteriormente, defeitos encontrados na ultra-estrutura ciliar
foram relacionados a defeitos ultra-estruturais da cauda dos espermatozóides de homens inférteis com
afecções pulmonares, sendo proposto por Afzelius o nome síndrome dos cílios imóveis. Contudo, no ano de
1980, Sleigh propôs o nome discinesia ciliar primária, pois observou que, na realidade, não se tratar de uma
imobilidade dos cílios, mas sim de movimentos incoordenados ou discinéticos por parte destes.

O defeito mais comumente encontrado é uma alteração do número de braços de dineína (proteína motora),
levando ao enfraquecimento dos cílios do trato respiratório e na mobilidade espermática. Mas também pode
ocorrer devido a:

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 Defeitos nas espículas radiais, o que leva à desorientação do centro do cílio, resultando em um
posicionamento excêntrico dos microtúbulos centrais;
 Mudança dos microtúbulos periférios para uma posição central;
 Ausência das estruturas do axonema;
 Microtúbulos duplos supranumerários;
 Problema no aparelho basal.

Esta afecção acomete todas as partes do corpo onde é encontrado epitélio ciliado, como fossas nasais,
seios paranasais, ouvido médio, árvore traqueobrônquica, epêndima, condutos eferentes, tuba uterina,
endométrio do cérvix e nos prolongamentos das células da retina.

DNA Mitocondrial

Por Débora Carvalho Meldau

A mitocôndria é uma organela presente no citoplasma das células de organismos superiores e possui
grande importância no processo de respiração celular. Possuem um tamanho que varia de 0,5 a 1,0 μm de
comprimento e são consideradas fábricas de energia, pois processa o oxigênio e a glicose convertendo-os
em ATP.
Esta organela, diferentemente das outras, possui carga genética própria, conhecido como DNA
mitocondrial (mtDNA). Este não é como o DNA nuclear que possui longas fitas, formadas por dupla hélice e
que codificam cerca de 100.000 genes, o mtDNA representa apenas 1 a 2% do DNA celular, em duplo
filamento circular, codificando apenas 37 genes. Acredita-se na hipótese endossimbiótica, devido a
existência do mtDNA. Esta sugere que o surgimento das células eucarióticas se deu com o englobamento
das células procarióticas sem ocorrer a digestão, e estas duas desenvolveram uma relação simbiótica.Não
possui diferença na sua composição química, em relação ao DNA nuclear, mas possui um código
genético apenas seu. Possui genoma haplóide, por ser apenas de origem materna, não
havendo recombinação, pois se acredita que as mitocôndrias dos espermatozóides são destruídas
pelo gameta feminino (óvulo) após a fecundação. Possui também uma região não codificadora que,
aparentemente, controla a replicação e transcrição do mtDNA. Quando comparada com o genoma nuclear,
possui uma alta taxa evolutiva (substituições de base). Sendo assim, tem sido muito usado em
estudos evolutivos para a investigação de linhagens antigas.

Os métodos de análises mais usados para a identificação do genoma e/ou variabilidade genética entre
populações ou espécies, são eles: análise com enzimas de restrição (RFLP), construção de mapa de
restrição para todo o genoma, amplificação via PCR seguido de digestão com endonucleases; clonagem
e sequenciamento.

Existem doenças que são consideradas mitocondriais, pois afetam genes desta organela, que pode afetar
ambos os sexos. Quando o ovócito é formado, não há uma regra para a segregação das mitocôndrias,
podendo existir uns com mais mitocôndrias com DNA mutado.

Disponível em:http://www.infoescola.com/genetica/dna-mitocondrial/. Acesso em 04/01/2014 às 16:11.

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4: PINTOU NO ENEM.

1)Enem/2013 Uma indústria está escolhendo uma linhagem de microalgas que otimize a secreção de
polímeros comestíveis, os quais são obtidos do meio de cultura de crescimento. Na figura podem ser
observadas as proporções de algumas organelas presentes no citoplasma de cada linhagem.

Qual é a melhor linhagem para se conseguir maior rendimento de polímeros secretados no meio de cultura?
A) I
B) II
C) III
D) IV
E) V

2) Enem/2013 Para a identificação de um rapaz vítima de acidente, fragmentos de tecidos foram retirados e
submetidos à extração de DNA nuclear, para comparação com o DNA disponível dos possíveis familiares
(pai, avô materno, avó materna, filho e filha). Como o teste com o DNA nuclear não foi conclusivo, os peritos
optaram por usar também DNA mitocondrial, para dirimir dúvidas.
Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e o
DNA mitocondrial do(a)

A) Pai
B) Filho
C) Filha
D) avó materna
E) avô materno

3) Enem/2013 A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela inserção de transgenes em


cloroplastos, em substituição à metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula
hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas recombinantes com diversas
finalidades biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser utilizada para produzir proteínas
recombinantes em células de organismos eucarióticos não fotossintetizantes, como as leveduras, que são
usadas para a produção comercial de várias proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em
grandes fermentadores.
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada para inserção
de transgenes em leveduras?
A) Lisossomo
B) Mitocôndria
C) Peroxissomo
D) Complexo golgiense
E) Retículo endoplasmático

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4) ENEM/2000.No processo de fabricação de pão, os padeiros, após prepararem a massa utilizando


fermento biológico, separam uma porção de massa em forma de “bola” e a mergulham num recipiente com
água, aguardando que ela suba, como pode ser observado, respectivamente, em I e II do esquema abaixo.
Quando isso acontece, a massa está pronta para ir ao forno.
Um professor de Química explicaria esse procedimento da seguinte maneira:

“A bola de massa torna-se menos densa que o líquido e sobe. A alteração da densidade deve se à
fermentação, processo que pode ser resumido pela equação :
C6H12O6 > 2 C2H5OH + 2 CO2 + energia. glicose álcool comum gás carbônico”
Considere as afirmações abaixo.
I A fermentação dos carboidratos da massa de pão ocorre de maneira espontânea e não depende da
existência de qualquer organismo vivo.
II Durante a fermentação, ocorre produção de gás carbônico, que se vai acumulando em cavidades no
interior da massa, o que faz a bola subir.
III A fermentação transforma a glicose em álcool. Como o álcool tem maior densidade do que a água, a bola
de massa sobe.

Dentre as afirmativas, apenas:

(A) I está correta.

(B) II está correta.

(C) I e II estão corretas.

(D) II e III estão corretas.

(E) III está correta.

5) (ENEM-2007) Ao beber uma solução de glicose (C6H12O6), um corta-cana ingere uma substância
a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo.
b) inflamável que, queimada pelo organismo, produz água para manter a hidratação das células.
c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o teor de oxigênio no
organismo.
d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo.
e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter estável a taxa de
carbono na atmosfera.

6) ENEM 2012. Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para a produção de alimentos como
pães, cervejas e vinhos. Na fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados
de leveduras, que são comercializados como fermento biológico. Eles são usados para promover o
crescimento da massa, deixando-a leve e macia.
O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da
a) liberação de gás carbônico.
b) formação de ácido lático.
c) formação de água.
d) produção de ATP.
e) liberação de calor.

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SESSÃO: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.


1)Fatec-2007 Se as células musculares podem obter energia por meio da respiração aeróbica ou da
fermentação,quando um atleta desmaia após uma corrida de 1000 m, por falta de oxigenação adequada de
seu cérebro, o gás oxigênio que chega aos músculos também não é suficiente para suprir as necessidades
respiratórias das fibras musculares, que passam a acumular
a) glicose.
b) ácido acético.
c) ácido lático.
d) gás carbônico.
e) álcool etílico.

2) UEL-2003. No gráfico a seguir observa-se a produção de CO2 e ácido lático no músculo de um atleta que
está realizando atividade física. Sobre a variação da produção de CO2 e ácido lático em A e
B, analise as seguintes afirmativas.

I. A partir de T1 o suprimento de O2 no músculo é insuficiente para as células musculares realizarem


respiração aeróbica.
II. O CO2 produzido em A é um dos produtos da respiração aeróbica, durante o processo de produção de
ATP (trifosfato de adenosina) pelas células musculares.
III. Em A as células musculares estão realizando respiração aeróbica e em B um tipo de fermentação.
IV. A partir de T1 a produção de ATP pelas células musculares deverá aumentar.
Das afirmativas acima, são corretas:
a) Apenas I e II.
b) Apenas III e IV.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas II, III e IV.

3) PUC-RS-1999. Um biologista, estudando a estrutura de uma célula bacteriana, iria encontrar, como uma
organela deste tipo celular, o
a) cloroplasto.
b) retículo endoplasmático liso.
c) centríolo.
d) ribossomo.
e) retículo endoplasmático rugoso.

4) Fatec-1996 "A silicose é uma doença muito comum em trabalhadores que lidam com amianto. Um dos
componentes do amianto é a sílica, uma substância inorgânica que forma minúsculos cristais que podem se
acumular nos pulmões. As células dos alvéolos pulmonares afetadas por estes cristais acabam sofrendo
autólise".Essa doença está relacionada com organoides citoplasmáticos denominados:
a) plastos.
b) lisossomos.
c) dictiossomos.
d) mitocôndrias.
e) centríolos.

5) Mack-2003. O colágeno é uma proteína existente sob a pele. A seqüência de organelas envolvidas
respectivamente na produção, transporte e secreção dessa proteína é:
a) ribossomos, retículo endoplasmático e complexo de Golgi.
b) complexo de Golgi, lisossomos e retículo endoplasmático.
c) centríolos, retículo endoplasmático e fagossomo.
d) lisossomos, retículo endoplasmático e complexo de Golgi.
e) ribossomos, complexo de Golgi e lisossomos.

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6) UFSCar-2004. A droga cloranfenicol tem efeito antibiótico por impedir que os ribossomos das bactérias
realizem sua função. O efeito imediato desse antibiótico sobre as bactérias sensíveis a ele é inibir a síntese
de
a) ATP.
b) DNA.
c) proteínas.
d) RNA mensageiro.
e) lipídios da parede bacteriana.

7) Mack-2002. Os anabolizantes atuam acelerando a síntese de fibrilas musculares. Assim, na célula, essas
substâncias agem:
a) no retículo endoplasmático rugoso.
b) no complexo de Golgi.
c) no núcleo.
d) no retículo endoplasmático liso.
e) nos centríolos.

8) PUC-RS-2001. O citoplasma celular é composto por organelas dispersas numa solução aquosa
denominada citosol. A água, portanto, tem um papel fundamental na célula. Das funções que a águ
desempenha no citosol, qual não está correta?
a) Participa no equilíbrio osmótico.
b) Catalisa reações químicas.
c) Atua como solvente universal.
d) Participa de reações de hidrólise.
e) Participa no transporte de moléculas.

9) UFPB-1998. As funções de secreção celular, formação do acrossomo dos espermatozóides e formação


da lamela média nas células vegetais são desempenhadas pelo(s)
a) lisossomos.
b) peroxissomos.
c) complexo de Golgi.
d) microfilamentos.
e) retículo endoplasmático liso.

10) PUC - RS-2006. A fagocitose representa uma importante defesa inespecífica da célula contra
patógenos. A figura indica três estruturas celulares que participam diretamente nesse processo. São elas:

a) I - Retículo endoplasmático liso


II - Peroxissomo
III - Fagossomo
b) I - Retículo endoplasmático liso
II - Lisossomo
III - Peroxissomo
c) I - Golgi
II - Lisossomo
III - Fagossomo
d) I - Golgi
II - Peroxissomo
III - Lisossomo
e) I - Golgi
II - Fagossomo
III – Peroxissomo

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11) PUC - PR-2007. Mergulhadas no citoplasma celular encontram-se estruturas com formas e funções
definidas,denominadas ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS,indispensáveis ao funcionamento do organismo
vivo.Associe as organelas com suas respectivas funções:
1. Complexo de Golgi
2. Lisossoma
3. Peroxissoma
4. Ribossoma
5. Centríolo
( ) - responsável pela desintoxicação de álcool e decomposição de peróxido de hidrogênio.
( ) - local de síntese protéica.
( ) - modifica, concentra, empacota e elimina os produtos sintetizados no Retículo Endoplasmático Rugoso.
( ) - vesícula que contem enzima fortemente hidrolíticas formadas pelo Complexo de Golgi.
( ) - responsável pela formação de cílios e flagelos.

Assinale a seqüência correta:


a) 3 - 4 - 1 - 2 - 5
b) 2 - 3 - 1 - 5 - 4
c) 2 - 1 - 3 - 4 - 5
d) 1 - 3 - 2 - 4 - 5
e) 3 - 4 - 2 - 5 - 1

ENEM 2012. Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para a produção de alimentos como
pães, cervejas e vinhos. Na fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados
de leveduras, que são comercializados como fermento biológico. Eles são usados para promover o
crescimento da massa, deixando-a leve e macia.
O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da
a) liberação de gás carbônico.
b) formação de ácido lático.
c) formação de água.
d) produção de ATP.
e) liberação de calor.

GABARITO:SESSÃO:PINTOU NO ENEM.1-A 2-D 3-B 4-B 5-A


EXERCICIOS DE FIXAÇÃO:1-c 2-c 3-a 4-b 5-a 6-c 7-a 8-b 9-c 10-c 11-A

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CAPITULO 5
NÚCLEO E CROMOSSOMOS
1 INTRODUÇÃO

O núcleo está presente apenas nas células eucarióticas, e é onde estão localizados os
cromossomos.
O núcleo desempenha papel importante nas células, como portador dos fatores hereditários, os
genes, e de controlador das atividades metabólicas.
Durante a divisão da célula, o núcleo desaparece temporariamente. Enquanto a célula está se
dividindo, a carioteca fragmenta-se e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma. Ao final, cada uma
das céluas-filhas reconstituium núcleo idêntico ao da célula original.
A maioria das céllulas eucarióticas possui apenas um núcleo, mas há exceções. As fibras
musculares esqueléticas são multinucleadas, há ainda células anucleadas, que perdem o núcleo ‘durante
sua especialização, como por exemplo, as hemácias.
O núcleo geralmente tem forma esférica, mas existem núcleos elípticos, ramificados e irregulares,
dependendo do tipo de célula.

De forma geral, o núcleo das células tem posição centralizada, como nas células jovens e em início
de diferenciação. Mas também podem ser periféricos ou basais.
Núcleo periférico: presente nas células adiposas.

Núcleo basal: presente nas células secretoras, onde ele se localiza na base da célula, pólo oposto
ao secretor.

As células podem ser mononucleadas, polinucleadas ou anucleadas, quanto ao número de núcleos


presentes.

Mononucleadas: apenas um núcleo. Ex.: musculatura lisa.

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Polinucleadas: apresenta dois ou mais núcleos. Ex.: fibra muscular esquelética.

Anucleadas: não apresenta núcleo. Ex.: hemácias.

As células polinucleadas podem surgir pela união de várias células mononucleadas ou pela divisão
sucessiva do núcleo sem haver divisão do citoplasma (fibra muscular estriada).

2 ESTRUTURA DO NÚCLEO

O núcleo celular apresenta quatro componentes fundamentais: carioteca, cromatina, nucléolo e


nucleoplasma.

Carioteca: é a estrutura que delimita o núcleo. Em determinados pontos da carioteca são encontrados
poros, através dos quais ocorre troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma.
A membrana mais externa da carioteca tem continuidade com as membranas do retículo
endoplasmático e apresenta ribossomos aderidos à superfície em contato com o citoplasma. A lâmina
nuclear, aderida internamente à carioteca, é constituída por uma rede de filamentos protéicos cuja função é
dar suporte á carioteca, mantendo a sua forma. A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja
quimicamente diferenciado do meio citoplasmático.

Cromatina: é o material genético encontrado no interior do núcleo. No núcleo interfásico, a cromatina


apresenta aspecto de um emaranhado de filamentos longos e finos. Divide-se em:
 Heterocromatina: DNA inativo, somente com funções estruturais;
 Eucromatina: DNA ativo.

Nucléolo: corpúsculo esponjoso e desprovido de membranas. São constituídos pela aglomeração de


ribossomos em processo de amadurecimento, que logo migrarão para o citoplasma.
Alguns cromossomos produzem a partir do DNA que contêm um tipo de RNA chamado de RNA
ribossômico. Esses cromossomos recebem o nome de cromossomos organizadores do nucléolo. As
moléculas de RNA ribossômico produzidos se acumulam ao redor do nucléolo e se associam a proteínas
específicas para constituir os ribossomos.

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Nucleoplasma: também chamado de cariolilnfa, é uma solução aquosa a cromatina e o nucléolo. Nela estão
presentes íons, moléculas de ATP, nucleotídeos e enzimas.

3 CROMOSSOMOS

O constituinte fundamental dos cromossomos é uma longa molécula de DNA, constituída por duas
cadeias de nucleotídios emparelhadas por meio de pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas
complementares. O número de cromossomos varia de espécie para espécie. Na espécie humana, por
exemplo, com exceção dos gametas que possuem 23 cromossomos, todas as células têm 46 cromossomos
no núcleo. Os chipanzés possuem 48 cromossomos e a mosca Drosophila melanogaster, apenas 8.
Apesar das diferenças entre as espécies, os cromossomos têm sempre a mesma estrutura básica:
uma longa molécula de DNA que, a espaços regulares, dá voltas sobre um “grão” constituído por oito
moléculas de proteínas chamadas histonas. Os “grãos” de histona com DNA enrolado constituem unidades
estruturais denominadas nucleossomos, que se repetem ao longo do cromossomo.

A condensação da cromatina em cromossomos é importante porque facilita o movimento e a


distribuição equitativa do material genético para as células-filhas durante a divisão celular.
Um dos principais eventos da preparação para divisão celular é a duplicação dos cromossomos.
Cada cromossomo produz outro idêntico e os dois permanecem aderidos um ao outro por meio de proteínas
especiais chamadas coesinas. Essas cópias unidas de um cromossomo duplicado são denominadas
cromátides irmãs.

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As coesinas permanecem ativas até uma determinada fase específica da divisão (anáfase), quando
se desagregam e permitem que as cromátides-irmãs se separem.
O cromossomo condensado apresenta certas regiões heterocromáticas denominadas constrições.

3.1 CENTRÔMERO

O centrômero é a região de ancoramento dos microtúbulos no momento da divisão das cromátides-


irmãs, e geralmente está localizado em um estrangulamento do cromossomo condensado denominado
constrição primária. Todas as outras existentes recebem o nome de constrições secundárias.
A posição do centrômero divide o cromossomo em duas partes denominadas braços
cromossômicos. De acordo com o tamanho relativo dos braços, os cromossomos recebem uma
classificação.

C- centrômero B- braços cromossômicos

3.2 TELÔMEROS

Os telômeros são regiões nas extremidades dos cromossomos que possuem uma organização
especial. Para sintetizar as extremidades da molécula de DNA (telômeros) que constitui o cromossomo, é
necessária uma enzima especial, a telomerase. Na ausência dessa enzima, a célula não consegue produzir
as extremidades de seus cromossomos.
Quando uma célula do nosso corpo se reproduz, as células-filhas herdam telômeros mais curtos.
Até certo ponto, a perda de pedaços das pontas dos cromossomos não acarreta nenhum problema à célula,
pois os segmentos que constituem os telômeros não possuem genes. Caso as células continuem a se
dividir após terem perdido todo o telômero, elas passam a perder fragmentos de DNA, assim, as células
formadas não sobrevivem.
As células embrionárias jovens produzem telomerase normalmente, mas deixam de fazê-lo a partir
de um determinado momento do desenvolvimento embrionário. Apenas as células germinativas continuam a

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produzir a telomerase por toda a vida.

A taxa de multiplicação das células


cancerosas é tão intensa que elas morreriam
pela perda de seus telômeros. Isso só não
acontece porque as células cancerosas
reativam a produção da enzima telomerase,
o que faz do câncer uma doença
potencialmente letal. A presença da
telomerase nas células cancerosas evita que
seus cromossomos encolham em
comprimento e permite que elas continuem a
se multiplicar indefinidamente.

4 GENOMA

Genoma é o conjunto haplóide de cromossomos de uma determinada espécie. Na espécie humana,


o genoma é constituído por 24 moléculas de DNA que formam 24 tipos de cromossomos humanos. Desses,
22 são cromossomos denominados autossomos e outros dois (um par) de cromossomos sexuais
(alossomos ou heterossomos), identificado pelas letras X e Y.
Autossomos são aqueles presentes tanto em células masculinas quanto em células femininas.
Cromossomos sexuais são os que variam entre os sexos e diferenciam células masculinas e
femininas.

Célula Humanos Drosophila

Somática (2n) 2x=46 2x=8

Gametas (n) n = 23 n=4

Genoma (x) x =23 x=4

Cromatina sexual, também chamado de


Corpúsculo de Barr, é o nome dado ao
cromossomo X inativo e condensado das
células que constituem as fêmeas de
mamíferos. Nos seres humanos, cada célula
feminina possui dois cromossomos X (um de
origem materna e outro paterna),
acontecendo condensação ao acaso de um
destes cromossomos. No gênero masculino,
exceto a ocorrência de síndrome de
Klinefelter, não é presente a cromatina
sexual.

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5 CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS

Cada célula do corpo de uma pessoa possui 46 cromossomos. Os homens têm 22 pares de
autossomos, um cromossomo X e um cromossomo Y. As mulheres têm 22 pares de cromossomos
autossomos e dois cromossomos X. Os óvulos têm 23 cromossomos, sendo 22 autossomos (um de cada
tipo) e um cromossomo X. Os espermatozóides também têm 23 cromossomos, sendo 22 autossomos e um
cromossomo sexual, que pode ser o cromossomo X ou o cromossomo Y.
Quando um espermatozóide se funde ao óvulo na fecundação, os dois conjuntos de cromossomos
se reúnem no núcleo da primeira célula, o zigoto. A determinação do sexo ocorre no momento da
fecundação. No caso de o espermatozóide ter um cromossomo X, o zigoto originará uma pessoa do sexo
__________. Se o espermatozóide possuir um cromossomo Y, o zigoto originará uma pessoa do sexo
__________.
Pouco antes de se dividir, o zigoto duplica todos os seus cromossomos. Ao final da divisão, cada
célula-filha receberá réplicas exatas dos 46 cromossomos recebidos dos genitores.
Os dois representantes de cada par cromossômico originalmente herdado nos gametas são
chamados de cromossomos homólogos (do grego homoios, igual, semelhante).

1
1

3
3
2
Cromossomos com números iguais são homólogos.

6 CÉLULAS DIPLÓIDES E HAPLÓIDES

As células que possuem pares de cromossomos homólogos, como a primeira célula de nosso corpo
e todas as demais que descendem dela, são chamadas de células diplóides. As células que possuem
apenas um lote de cromossomos, como óvulos e espermatozóides, são chamadas de células haplóides.

7 CROMOSSMOS HUMANOS

Atualmente é possível identificar pessoas com problemas cromossomos e prever o risco de seus
filhos virem a ser afetados por doenças hereditárias. Esses procedimentos fazem parte de um ramo da
Genética denominado aconselhamento genético.

7.1 CARIÓTIPO HUMANO NORMAL

O conjunto de características morfológicas dos cromossomos de uma célula constitui seu cariótipo.
Na espécie humana, por exemplo, os cariótipos de homens e mulheres são iguais quanto a 22 pares de

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cromossomos autossomos, mas diferem quanto ao 23º par. Nas mulheres, esse par é composto por dois
cromossomos morfologicamente idênticos, os cromossomos X. Nos homens, o 23º par é composto por um
cromossomo X e um cromossomo Y, presente exclusivamente no sexo masculino.

Cariótipo da mulher: 22AA + XX (ou 46, XX)

Cariótipo do homem: 22AA + XY (ou 46, XY)

8 ALTERAÇÕES CROMOSSOMÔMICAS

O tamanho, a forma e o número de cromossomos são constantes entre indivíduos da mesma


espécie. Os desvios em relação ao cariótipo normal, conhecidos como aberrações cromossômicas,
geralmente causam grandes transtornos ao funcionamento celular, produzindo doenças graves ou mesmo a
morte de portadores.
As alterações cromossômicas podem ser numéricas, quando afetam o número de cromossomos da
célula, ou estruturais, quando afetam a estrutura de um ou mais cromossomos do cariótipo, modificando a
sequência de genes.
Drogas, como o LSD, talidomida e antibióticos são substâncias que causam danos aos
cromossomos. O vírus da rubéola tem atividades teratogênicas, isto é, interrompem etapas do
desenvolvimento intrauterino causando várias anomalias.
Os principais agentes mutagênicos são as radiações, que mesmo em doses pequenas aumentam a
frequência das mutações. As radiações podem causar mutações gênicas, translocações, deficiências, e
aneuploidias.

8.1 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS

São alterações na quantidade de cromossomos da célula. As alterações numéricas são provocadas


por rupturas nos fusos, nas fibras do fuso ou no centrômero, provocando a não-disjunção cromossômica
(não separação) durante a divisão celular.

Euploidias: envolvem alterações em toda a coleção de cromossomos. São alterações do número de


genomas (n cromopssomos). Células somáticas normais são diplóides, têm 2 genomas (2n cromossomos).

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Podem ser:
 Haploidia: célula somática com n cromossomos;
 Triploidia: células somáticas 3n;
 Tetrapoloidia: células somáticas 4n;
 Pentaploidia: células somáticas 5n.

Quando há vários genomas em excesso dizemos que a célula é poliplóide. Em abortos podem ser
encontrados fetos 3n ou ainda 4n, mas não se conhece pessoas que sejam totalmente euplóides.
Normalmente, podem ser encontradas células 16n na medula óssea, no fígado e em células tumorais.
 Autoploidia (endomitose): ocorre quando os cromossomos se duplicam, mas a célula não se divide,
tornando-se poliplóide.
 Heteropoliploidia: é quando um ou ambos os gametas não forem haplóides, gerando um zigoto
poliplóide.

Aneuploidia: são alterações no número total de cromossomos da espécie, com redução ou acréscimo de um
ou mais cromossomos. Podem ser:
 Monossomia: célula somática 2n – 1;
 Nulissomia: célula somática 2n – 2;
 Trissomia: célula somática 2n + 1;
 Tetrassomia: célula somática 2n + 2;

Estas aberrações se referem sempre a alterações do número de cromossomos de um determinado


par, que passa a ter 3, 4, 5 ou mais cromossomos. Esses eventos são chamados de polissomia.

9 SÍNDROMES HUMANAS

Sabe-se que uma em cada 200 crianças nascem com alterações numéricas em seus cromossomos.
Pode-se dizer que os abortos espontâneos atuam como mecanismos de seleção, eliminando aberrações
cromossômicas mais graves. Porém, algumas anomalias cromossômicas são compatíveis com a vida.

9.1 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS

Síndrome de Klinefelter (47, XXY)

As pessoas afetadas por essa síndrome apresentam trissomia dos cromossomos sexuais, sendo
dois X e um Y, e são do sexo masculino, isto porque mesmo quando acompanhado de mais de um
cromossomo X, o cromossomo Y determina o sexo masculino. O excesso do cromossomo provoca a
esterilidade, desenvolvimento exagerado das glândulas mamárias, problemas no desenvolvimento dos
órgãos genitais (atrofia), retardo mental leve e estatura alta.

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Síndrome de Turner (45, X0 ou 45,x)

A pessoa afetada pela síndrome de Turner tem apenas um cromossomo sexual (monossomia do
cromossomo sexual), o cromossomo X, e é do sexo feminino. As principais características são baixa
estatura, problemas no desenvolvimento dos órgão sexuais (atrofia), infertilidade e, em alguns casos,
retardo mental leve e o desenvolvimento de pregas de pele nos lados do pescoço (pescoço alado).

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Síndrome da Super fêmea ou Poli X (47, XXX, 48, XXXX ou 49, XXXXX)

As polissomias do cromossomo sexual X não afetam severamente as mulheres que as possuem,


porque todos os cromossomos X que excedem são inativados como cromatina sexual. Quanto maior o
número de cromossomos X, maior o retardo mental.

Síndrome do Super macho ou Duplo Y (47, XYY)

O homem portador da síndrome do duplo Y possui uma estatura acima da média e, em alguns
casos, apresentam anomalias dos órgãos sexuais. O cromossomo Y determina a produção de testosterona
(hormônio responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais).
Uma pesquisa realizada em presídios, verificou-se que entre os presos de maior periculosidade o
cariótipo com maior frequência era o 47,XYY.

9.2 ALTERAÇÕES NUMÉRICAS DOS CRMOMOSSMOS AUTOSSOMOS

Síndrome de Down ou Mongolismo

As células da pessoa afetada possuem três exemplares do cromossomo designado pelo número 21,
em vez de apresentarem apenas um par deles. Por isso essa síndrome também recebe o nome de trissomia
do cromossomo 21. Pessoas com essa anomalia cromossômica geralmente sobrevivem, mas podem
apresentar retardamento mental acentuado e uma série de características como retardamento psicomotor,
olho oblíquo, língua volumosa e pendente, crânio curto (braquicefalia), genitália pouco desenvolvida, prega
simiesca (única prega palmar), falta de falange no dedo mínimo, cardiopatias congênitas, baixa resistência a
infecções e expectativa de vida baixa.

Mosaicismo: é quando o indivíduo apresenta cariótipos diferentes. Os portadores de mosaicismo de


células normais e células com trissomia do cromossomo 21 exibem o mongolismo em diferentes graus.
Quanto maior o número de células com trissomia do cromossomo 21, maiores os sinais de mongolismo.

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Síndrome de Edwards

Essa síndrome ocorre devido à trissomia do cromossomo 18. As anomalias são muito severas e
levam o portador à morte antes de completar um ano de vida.

Síndrome de Patau

É devida à trissomia do cromossomo 13 e causa alterações no sistema nervoso central. Alguns


sintomas são: microcefalia, atraso no desenvolvimento físico e mental, fissura lábiopalatina e defeito nos
septos intra-atrial e intervesicular.

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78

9.3 ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NOS CRMOSSOMOS

São as alterações que ocorrem na estrutura do cromossomo. Podem ocorrer quebras durante a
divisão celular, por exemplo. Com o movimento dos cromossomos, frequentemente eles se quebram e
ressoldam-se de várias maneiras, ocasionando alterações estruturais. As alterações na estrutura dos
cromossomos podem envolver perda de pedaços do cromossomo (deficiência ou deleção), quebra e
ressoldagem de um pedaço do cromossomo de forma invertida no mesmo cromossomo (inversão) ou em
cromossomos homólogos (duplicação) ou ainda em cromossomos não homólogos (translocação).

9.3.1 Deficiência ou deleção

É a perda de pedaços dos cromossomos. Ocorre quando um cromossomo sofre duas quebras. O
pedaço do meio de perde e os pedaços das extremidades se soldam. Assim, o cromossomo fica com falta
de alguns genes (pedaço do meio que se perdeu).
 Deleção terminal: o cromossomo perde sua extremidade.
 Deleção intersticial: o cromossomo perde um pedaço mais central.

9.3.2 Duplicação

É a presença de um pedaço a mais no cromossomo. Esse tipo de alteração é mais comum e menos
prejudicial do que a deleção, porque o excesso de genes é menos prejudicial do que a falta.

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9.3.3 Translocação

Transferência de material de um cromossomo para outro não homólogo. Podem ser translocação
simples, quando somente um cromossomo sede um pedaço para outro não homólogo ou translocação
recíproca, quando dois cromossomos não homólogos trocam pedaços entre si.

9.3.4 Inversão

Ocorre quando um cromossomo sofre duas quebras e o pedaço quebrado gira 180º, fiando na
posição invertida depois que se solda novamente. Alterando (invertendo) a sequência de genes daquele
cromossomo.

 Síndrome do Miado de Gato (Síndrome do Cri du Chat): Deve-se à inversão do braço cromossômico
mais curto do cromossomo 5. Recebe este nome devido ao choro da criança que tem a doença, que
lembra um miado de gato. Os sintomas são: microcefalia, deficiência mental, atrofia dos membros e
assimetria facial. Expectativa de vida baixa.

Inversão pericêntrica: quando o centrômero se localiza no fragmento invertido.

Inversão paracêntrica: quando o centrômero se localiza fora do fragmento invertido.

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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80

10. SESSÃO: LEITURA

Educação e síndrome de Down


Uma boa educação é um bem enorme que produz benefícios pessoais durante toda a vida. Isso não é
diferente para pessoas com síndrome de Down. Além de transmitir conhecimentos acadêmicos, a
escolarização é um passo fundamental no desenvolvimento psicoafetivo e no processo de socialização.
Conviver com pessoas de diferentes origens e formações em uma escola regular e inclusiva pode ajudar
ainda mais as pessoas com síndrome de Down a desenvolverem todas as suas capacidades.
Antigamente, acreditava-se que as pessoas com síndrome de Down nasciam com uma deficiência
intelectual severa. Hoje, sabe-se que o desenvolvimento da criança depende fundamentalmente da
estimulação precoce, do enriquecimento do ambiente no qual ela está inserida e do incentivo das pessoas
que estão à sua volta. Com apoio e investimento na sua formação, os alunos com síndrome de Down,
assim como quaisquer outros estudantes, têm capacidade de aprender.
É importante destacar que cada estudante, independentemente de qualquer deficiência, tem um perfil único,
com habilidades e dificuldades em determinadas áreas. No entanto, algumas características associadas à
síndrome de Down merecem a atenção de pais e professores, como o aprendizado em um ritmo mais lento,
a dificuldade de concentração e de reter memórias de curto prazo. Na seção Dicas para pais e educadores,
você encontra diversas sugestões para facilitar a aprendizagem de pessoas com deficiência intelectual.
Além disso, é possível encontrar orientações de acordo com a etapa da vida escolar nas seções Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Outra fonte de informações muito útil é o projeto Diversa,
especializado em educação inclusiva. No site da organização, é possível ter acesso a estudos de caso,
vídeos, relatos de educadores, artigos, notícias e outros materiais de referência.
Educação inclusiva no Brasil
Seguindo os preceitos constitucionais de que toda criança tem direito inalienável à educação, a política na
área da educação pública no Brasil nos últimos anos tem sido a inclusão dos estudantes com síndrome de
Down e outros tipos de deficiência na rede regular de ensino, com um crescimento significativo do número
de matrículas nos últimos anos. No entanto, nem sempre esta inclusão se dá de maneira satisfatória:
geralmente faltam recursos humanos e pedagógicos para atender às necessidades educacionais especiais
dos alunos. Mas nota-se que esta prática é generalizada e não ocorre por discriminação. A escola pública
brasileira tem que melhorar muito, e acreditamos que a prática inclusiva pode contribuir para alcançarmos
uma escola de qualidade para todos.
Algumas escolas particulares estão enfrentando dificuldades para modificar seu funcionamento e atender da
melhor forma possível as necessidades de seus estudantes, com ou sem deficiência. No caso de pais de
alunos com deficiência intelectual, os obstáculos aumentam – frequentemente, eles têm que pagar para que
profissionais acompanhem seus filhos durante as aulas. Isso não está correto, assim como a postura de
determinadas escolas que se recusam a matricular crianças e jovens com síndrome de Down alegando a
falta de preparo para recebê-los.
O artigo 8º da Lei 7.853/89 especifica que recusar a inscrição de um aluno em qualquer escola, seja pública
ou privada, por motivos relacionados a qualquer deficiência, é crime. Além de receber uma multa, os
diretores ou responsáveis pela escola que se negar a matricular pessoas com deficiência podem ser
punidos com reclusão de um a quatro anos.
Se a escola primária inclusiva no Brasil está apenas engatinhando, o ensino médio e o superior constituem
um grande desafio. Ao mesmo tempo em que os alunos com síndrome de Down vão finalmente
encontrando espaços para progredir e avançar na sua educação, as escolas e universidades precisam se
adequar a esta nova situação. É possível notar que cada vez mais jovens com síndrome de Down concluem
o Ensino Médio, com ou sem adaptações curriculares. Atualmente, existem pelo menos 20 brasileiros com
síndrome de Down cursando o Ensino Superior em cursos não adaptados.
Disponível em: http://www.movimentodown.org.br/educacao/educacao-e-sindrome-de-down/. Acesso em
05/01/2014 às 09:26.

SÍNDROME DE DOWN - O PORTADOR PODE TER FILHOS?

A falta de informação aliada ao preconceito, tornam muitas vezes o convívio do portador de síndrome de
Down na sociedade muito difícil, felizmente esse quadro muda a cada ano, dando perspectivas de uma
integração cada vez maior dos portadores da síndrome na sociedade, de maneira natural e sem privilégios
como qualquer outra pessoa. Uma das constantes dúvidas em relação as pessoas Down é a possibilidade
de poderem ser pais ou mães.

Sim, é possível o portador da síndrome de Down poder ter filhos, evidentemente devido às alterações
genéticas peculiares, algumas ressalvas devem ser feitas. A seguir apresentamos as dúvidas mais comuns
e suas respostas, respaldadas pela comunidade científica.

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Quem possui a síndrome de Down pode ter filhos?


Os homens portadores da síndrome de Down são estéreis desde o nascimento. Por outro lado as mulheres
podem engravidar desde que existam alguns cuidados básicos, a possibilidade de transmitir a alteração
genética para o filho é alta, soma-se a isso as demais complicações que toda gestante corre risco.

A gravidez é de risco nesses casos?


A gravidez para as portadoras da síndrome de Down só oferece riscos caso a mesma possua patologias
que possam interferir na gestação como, por exemplo, pressão alta, diabetes e obesidade. Vale ressaltar
que esses cuidados não são apenas para mulheres com síndrome de Down, e sim qualquer mulher que
apresente essas patologias associadas, o pré-natal é um importante processo em toda e qualquer gestação.

Quais as chances do bebê nascer com a síndrome?


Em pessoas não portadoras da síndrome as chances são de 1,8 em cada mil até os 25 anos, aumentando
conforme a idade da mulher avança. Em mulheres portadoras da síndrome as chances são muito mais
elevadas, a literatura médica possui apenas poucos casos em todo mundo de mães Downs que deram a luz
a crianças sem a síndrome.
Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/49336/sindrome-de-down-o-
portador-pode-ter-filhos. Acesso em 05/01/2014 às 09:29.

11. SESSÃO: PINTOU NO ENEM

1)ENEM/2012. O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a


transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente.
A característica de interesse será manifestada em decorrência

a) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.


b) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
c) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
d) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
e) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.

2)ENEM/ 2011. Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos já ouviram em
algum momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos. Porém, foi
apenas em 1 52, um ano antes da descrição do modelo do DNA em dupla hélice por atson e Cric , que
foi confirmado sem sombra de dúvidas que o DNA é material genético. No artigo em que atson e Cric
descreveram a molécula de DNA, eles sugeriram um modelo de como essa molécula deveria se replicar.
Em 1958, Meselson e Stahl realizaram experimentos utilizando isótopos pesados de nitrogênio que foram
incorporados às bases nitrogenadas para avaliar como se daria a replicação da molécula. A partir dos
resultados, confirmaram o modelo sugerido por Watson e Crick, que tinha como premissa básica o
rompimento das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de hidrogênio na mesma, os
experimentos
realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicação dessa molécula levaram à conclusão de que
a) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-sintetizada e o filamento parental é
conservado.
b) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA recém-sintetizado e parentais em
cada uma das fitas.
c) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita parental e uma recém-
sintetizada.
d) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de moléculas de DNA parental.
e) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma fita
codificadora.

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3) ENEM/ 2009. A figura seguinte representa um modelo de transmissão da informação genética nos
sistemas biológicos. No fim do processo, que inclui a replicação, a transcrição e a tradução, há três formas
proteicas diferentes denominadas a, b e c.

Depreende-se do modelo que


a) a única molécula que participa da produção de proteínas é o DNA.
b) o fluxo de informação genética, nos sistemas biológicos, é unidirecional.
c) as fontes de informação ativas durante o processo de transcrição são as proteínas.
d) é possível obter diferentes variantes proteicas a partir de um mesmo produto de transcrição.
e) a molécula de DNA possui forma circular e as demais moléculas possuem forma de fita simples
linearizadas.

12. SESSÃO: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) PUC-PR. Um pesquisador retirou o núcleo de uma célula da espécie A e implantou numa célula da
espécie B, cujo núcleo havia sido previamente removido. Caso esta célula ovo se desenvolva até a
formação de um novo indivíduo, ele terá as características:
a) da espécie B, pois predominarão as informações da célula-ovo;
b) totalmente distintas, tanto da espécie A quanto da espécie B;
c) de ambas as espécies, pois ocorrerá a interação genética entre as espécies;
d) da espécie A, pois o núcleo controlará as características;
e) de uma nova espécie, sem qualquer semelhança com as espécies anteriores.

2) PUC - MG-2007 Alterações no material genético, quantitativas ou qualitativas, podem ocorrer durante os
processos de preparação para duplicação e mesmo durante as divisões mitóticas ou meióticas. A esse
respeito, é correto afirmar, EXCETO:
a) Recombinações cromossômicas ocorrem somente durante a primeira divisão meiótica.
b) Mutações gênicas ocorrem somente durante as divisões celulares.
c) Recombinações gênicas iniciam-se na prófase da primeira divisão meiótica.
d) Alterações cromossômicas, como as aneuploidias, podem ocorrer devido a não-disjunções tanto na
primeira quanto na segunda divisão da meiose.

3) Mack-2005 Assinale a alternativa correta.


a) Os indivíduos com síndrome de Klinefelter possuem cariótipo 47, XXY, e o cromossomo a mais pode ter
sido
herdado da mãe ou do pai.
b) Por meio da observação de hemácias da corrente sangüínea, é possível determinar se um indivíduo tem
número normal de cromossomos.
c) Os indivíduos com síndrome de Down apresentam um par de cromossomos nº 21 a mais.
d) As aberrações cromossômicas só podem ser diagnosticadas após o parto.
e) Desde que um indivíduo da espécie humana tenha 46 cromossomos em suas células, ele será normal.

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4) (PUC-RS-2001)
O cariótipo é de um indivíduo do sexo ________ com síndrome de _______.

a) feminino - Klinefelter
b) masculino - Klinefelter
c) masculino - Down
d) feminino - Turner
e) masculino - Turner

4) (VUNESP-2007) Observe o esquema do cariótipo humano de um certo indivíduo. Sobre esse indivíduo, é
correto afirmar que

a) é fenotipicamente normal.
b) apresenta síndrome de Edwards.
c) apresenta síndrome de Turner.
d) apresenta síndrome de Down.
e) apresenta síndrome de Klinefelter.

5) (PUC - MG-2007) Alterações no material genético, quantitativas ou qualitativas, podem ocorrer durante
os processos de preparação para duplicação e mesmo durante as divisões mitóticas ou meióticas. A esse
respeito, é correto afirmar, EXCETO:
a) Recombinações cromossômicas ocorrem somente durante a primeira divisão meiótica.
b) Mutações gênicas ocorrem somente durante as divisões celulares.
c) Recombinações gênicas iniciam-se na prófase da primeira divisão meiótica.
d) Alterações cromossômicas, como as aneuploidias, podem ocorrer devido a não-disjunções tanto na
primeira quanto na segunda divisão da meiose.

6) (UECE-2006) Uma célula humana que contém 22 cromossomos autossomos e um cromossomo Y é um


(uma):
a) célula somática;
b) óvulo;
c) espermatozóide;
d) zigoto.

13. GABARITO
SEÇÃO: PINTOU NO ENEM
1-D 2-C 3-D
SEÇÃO: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
1-A 2-D 3-A 4-B 5-D 6-B 7-D

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CAPÍTULO 6
MEIOSE E MITOSE
1. Introdução

A divisão celular é um processo pelo qual uma célula se transforma em duas células filhas. Nesse
caso, dividir significa duplicar. A divisão celular é a maneira pela qual os organismos unicelulares se
reproduzem e as células dos organismos multicelulares se multiplicam, possibilitando o crescimento.
A divisão de uma célula em duas é uma ação muito significante, porque as células filhas originadas
são exatamente iguais à célula mãe em todos os aspectos. A cada divisão celular, as moléculas de DNA de
cada cromossomo são duplicadas e distribuídas igualmente entre as células filhas. Essa distribuição é
facilitada pela condensação de cada cromossomo. A condensação evita que os filamentos cromossômicos
se enrolem durante a separação para as células filhas.
Nos organismos multicelulares adultos existem células altamente especializadas, como as células
nervosas e musculares, que ao se dividem. Os fibroblastos (células da pele), por exemplo, embora
normalmente não se dividam, podem entrar em processo de divisão se ocorrer um ferimento.

2 O CICLO CELULAR

A divisão celular compreende a mitose, quando uma célula sofre divisões sucessivas para formar
outras células com o mesmo número de cromossomos; e a meiose, quando uma célula sofre várias divisões
e forma outras células com a metade do número de cromossomos da célula mãe. Em números, uma célula
passa 5% do tempo do ciclo celular em processo de divisão propriamente dito (do início da mitose à
citocinese), os 95% do tempo restante a célula permanece em interfase, que pode ser definida como o
período de grande atividade metabólica no núcleo entre duas divisões celulares consecutivas. Ela se divide
em:
 G1: antecede a duplicação do DNA. Ocorre o crescimento celular e intensa síntese de RNA
(fabricação de proteínas) para duplicação das organelas;
 S: período em que o DNA está sendo duplicado (sintetizado) e ocorre também a duplicação do
centrossomo;
 G2: fase de reparos que sucede a duplicação do DNA (os cromossomos nessa fase, já se
encontram com duas cromátides).

Fase G0: fase em que as células que não se dividem com frequência se encontram. Essas células podem
retornar ao seu ciclo normal.

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Quantidade de DNA nas fases do ciclo celular

3 MITOSE

O termo mitose deriva da palavra grega mitos, que significa “tecer com fios” e se refere ao fato de
os cromossomos se tornarem cada vez mais visíveis no decorrer da divisão celular. Chamada também de
divisão não-reducional, pois as células geradas são diplóides (2n), como a célula mãe. Tem como função o
crescimento dos indivíduos, a multiplicação de células e a reposição de células mortas.
A mitose é um processo contínuo que dura cerca de 60 minutos, em que uma célula se transforma
em duas células filhas. As s fases da mitose são: prófase, metáfae, anáfase e telófase.

3.1 PRÓFASE

É a primeira fase da mitose. Os cromossomos se tornam mais curtos e grossos, tornando-se


visíveis ao microscópio. Essa condensação permite que os cromossomos se separem uns dos outros e se
distribuem entre as células filhas sem se embaraçar ou sofrer quebras.
Ao se condensar, os cromossomos tornam-se inativos, pois a compactação impede o DNA de
produzir RNA.
É nessa fase que ocorre a migração dos centrossomos (que contém um par de centríolos) para
pólos opostos da célula, onde auxiliam na formação do fuso mitótico ou fuso acromático. O fuso é um
conjunto de microtúbulos orientados de um pólo a outro, cuja função é orientar os cromossomos pra os
pólos da célula durante a anáfase. Cracterísticas:
 Nucléolo e envelope nuclear desorganizados.
 Condensação da cromatina.
 Interrupção da transcrição do DNA.
 Migração dos centríolos e formação do fuso mitótico.

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3.2 METÁFASE

Os microtúbulos que partem dos centrossomos capturam os cromossomos pelo cinetócoro, que é
uma estrutura protéica encontrada na região do centrômero. Cada cromátide possui seu próprio cinetócoro,
e quando o cinetócoro de uma cromátide é capturado pelos microtúbulos ligados a um dos pólos, o
cinetócoro da outra cromátide fica voltado para o pólo oposto.
O equilíbrio das tensões dos microtúbulos puxa os cromossomos alinhados para a região mediana
da célula. Quando os cromossomos estão localizados no meio da célula, eles formam a placa metafásica ou
placa equatorial. Características:
 Ligação dos cinetócoros (centrômeros) aos microtúbulos.
 Captura dos cromossomos pelos microtúbulos.
 Formação da placa metafásica (alinhamento dos cromossomos).

3.3 ANÁFASE

É a fase em que as cromátides irmãs se separam, puxadas para os pólos opostos pelo
encurtamento dos microtúbulos do fuso. O encurtamento ocorre devido a desagregação das moléculas de
tubulina nas extremidades dos microtúbulos associados ao cinetócoro.
Pode ocorrer de ambas as cromátides se ligarem a microtúbulos de um único pólo e migrarem
juntas. Esse fenômeno se chama não-disjunção cromossômica, e causa um erro na distribuição dos
cromossomos.

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 Desaparecimento dos microtúbulos.


 Separação das células filhas – anel de contrição (citocinese).
 Descondensação dos cromossomos.
 Reorganização do envelope nuclear.

3.4 TELÓFASE

É última fase da mitose, os cromossomos se descondensam e retornam à atividade, produzindo


RNA; uma nova carioteca reaparece formando os núcleos. Os cromossomos de descondensam e as
membranas nucleares se reorganizam.
Durante a reorganização dos núcleos filhos, os fusos mitóticos desagregam-se e se inicia a
citocinese, que é a formação de um anel de contrição na zona equatorial da célula levando a formação de
duas novas células. Cada célula ficará com um centrossomo, o qual reorganizará o citoesqueleto das
células em interfase.

 Desaparecimento dos microtúbulos.


 Separação das células filhas – anel de contrição (citocinese).
 Descondensação dos cromossomos.
 Reorganização do envelope nuclear.

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Citocinese

4 MEIOSE

Nesse tipo de divisão celular, o número de cromossomos é reduzido à metade nas células filhas,
por isso é chamada de divisão reducional. Isso ocorre porque nesse processo há uma única duplicação
cromossômica seguida de duas divisões nucleares consecutivas. Essas divisões são: meiose I e meiose II.
È na meiose em que os gametas são formados, no processo chamado de gametogênese.
Na meiose são formadas quatro células filhas, cada uma com a metade do número de
cromossomos originalmente presente na célula mãe. Portanto, as células originadas nesse processo são
chamadas haplóides (n). As fases da meiose são as mesmas da mitose, porém, ocorrem duas vezes e
possuem algumas diferenças.

MEIOSE I

4.1 PRÓFASE I

Como ocorre na mitose, a prófase I é uma etapa preparatória em que a cromatina se condensa, os
centríolos se deslocam para os pólos opostos e a carioteca de rompe, fazendo com que o núcleo
desapareça.
Na prófase I os cromossomos homólogos se atraem, formando pares de cromossomos pareados. O
emparelhamento dos homólogos propicia o contato entre as cromátides homólogas podendo ocorrer trocas
de pedaços entre elas, isso é chamado de crossing-over ou permutação.
A prófase I é dividida em cinco subfases que se caracterizam pelo aspecto dos cromossomos.

 Leptóteno: é a subfase que se inicia a condensação dos cromossomos. Nessa fase todos os
cromossomos estão completamente duplicados (constituídos por duas cromátides-irmãs), mas aparecem ao
microscópio como fios simples, isso ocorre devido à forte união das cromátides-irmãs.

 Zigóteno: ocorre o emparelhamento dos cromossomos (sinapse cromossômica). Os cromossomos


homólogos se colocam lado a lado, ficando emparelhados.

 Paquíteno: os cromossomos estão mais condensados e completamente emparelhados. Cada par de


cromossomos homólogos forma um conjunto denominado tétrade ou bivalente. É nessa faze que ocorrem
quebras nas cromátides dos cromossomos homólogos emparelhados. Muitas vezes a solda dos fragmentos
cromossômicos ocorre em posição trocada, uma cromátide se solda ao fragmento de sua homóloga e vice-
versa. Essa troca de pedaços entre cromossomos homólogos é chamada de crossing-over ou permutação.
A permutação tem um significado biológico muito importante: aumenta a variabilidade genética de uma
população.

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 Diplóteno: é o início da separação dos cromossomos homólogos. Com essa separação, as cromátides
dos cromossomos homólogos se cruzam em determinados pontos, originando os quiasmas. Os quiasmas
são a evidência que podemos observar que houve permutação, pois no ponto onde ela ocorreu, as
cromátides permutadas ficam cruzadas.

 Diacinese: é a fase de preparação para a metáfase I. Os cromossomos homólogos continuam seus


movimentos de separação, iniciados na fase de diplóteno. Eles permanecem unidos pelos quiasmas que
“deslizam” para as extremidades das tétrades, esse fenômeno é chamado de terminalização dos quiasmas.

SUBFASES DA PRÓFASE I

4.2 METÁFASE I

Nessa fase os cromossomos homólogos se prendem ao fuso acromático formado durante a prófase.
Os cromossomos com seus homólogos pareados são levados à região mediana da célula.

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 Na mitose, os cromossomos homólogos se encontram alinhados na placa metafásica, e na meiose I


eles se encontram pareados unidos pelos quiasmas.

4.3 ANÁFASE I

Nessa fase, cada cromossomo de um par de homólogos, com as duas cromátides irmãs unidas pelo
centrômero, é puxado para um dos pólos da célula. Na anáfase I os quiasmas desaparecem.

4.4 TELÓFASE I

Na telófase I os cromossomos estão separados em dois lotes, um em cada pólo da célula. O fuso
acromático se desfaz, os cromossomos se descondensam e as membranas nucleares se reorganizam.
Assim, surgem dois novos núcleos, cada um deles com metade de número de cromossomos
presente no núcleo original. Entretanto, cada cromossomo está constituído por duas cromátides.

Logo após a primeira divisão meiótica, ocorre a citocinese I, que separa as duas células filhas
formadas na meiose I.

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MEIOSE II

4.5 PRÓFASE II

As duas células resultantes da meiose I entram simultaneamente na fase de prófase II. Os


cromossomos, já constituídos por duas cromátides, voltam a se condensar novamente. Ao fim dessa fase, a
carioteca se fragmenta e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma.

4.6 METÁFASE II

Os cromossomos se associam ao fuso acromático formado durante a prófase II, alinhando-se no


centro da célula, formando a placa equatorial.

4.7 ANÁFASE II

Os microtúbulos do fuso acromático puxam as cromátides irmãs para os pólos opostos da célula.
Com isso, ocorre a formação de quatro grupos de cromossomos.

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4.8 TELÓFASE II

Inicia-se quando as cromátides irmãs chegam aos pólos da célula. Os cromossomos se


descondensam e os núcleos reaparecem. Em seguida ocorre a citocinese II, que é a segunda divisão do
citoplasma, fazendo surgir quatro células filhas com a metade do número de cromossomos da célula
original.

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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5.Sessão Leitura

Meiose e 2ª lei de Mendel. Existe uma correspondência entre as leias de Mendel e a meiose. Acompanhe na figura o
processo de formação de gametas de uma célula de indivíduo diíbrido, relacionando-o à 2ª Lei de Mendel. Note que,
durante a meiose, os homólogos se alinham em metáfase e sua separação ocorre ao acaso, em duas possibilidades
igualmente viáveis. A segregação independente dos homólogos e, consequentemente, dos fatores (genes) que
carregam, resulta nos genótipos AB, ab, Ab e aB.

A 2ª Lei de Mendel é sempre obedecida?

A descoberta de que os genes estão situados nos cromossomos gerou um impasse no entendimento da 2º Lei de
Mendel. Como vimos, segundo essa lei, dois ou mais genes não-alelos segregam-se independentemente, desde que
estejam localizados em cromossomos diferentes. Surge, no entanto, um problema. Mendel afirmava que os genes
relacionados a duas ou mais características sempre apresentavam segregação independente. Se essa premissa fosse
verdadeira, então haveria um cromossomo para cada gene. Se considerarmos que existe uma infinidade de genes,
haveria, então, uma quantidade assombrosa de cromossomos, dentro de uma célula, o que não é verdade. Logo, como
existem relativamente poucos cromossomos no núcleo das células e inúmeros genes, é intuitivo concluir que, em cada
cromossomo, existe uma infinidade de genes, responsáveis pelas inúmeras características típicas de cada espécie.
Dizemos que esses genes presentes em um mesmo cromossomo estão ligados ou em linkage e caminham juntos para
a formação dos gametas.
Disponível em: https://sites.google.com/site/tudoensinomedio/unifei/calendario-1/biologia-2/genetica/meiose-e-2. Acesso
em 13/05/2014.

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6: PINTOU NO ENEM

ENEM/2009 Os seres vivos apresentam diferentes ciclos devida, caracterizados pelas fases nas quais
gametas são produzidos e pelos processos reprodutivos que resultam na geração de novos indivíduos.
Considerando-se um modelo simplificado padrão para geração de indivíduos viáveis, a alternativa que
corresponde ao observado em seres humanos é:
A)

D)

B)

C)
E)

2-ENEM-2007
São características do tipo de reprodução representado na tirinha:

a) simplicidade, permuta de material gênico e variabilidade genética.


b) rapidez, simplicidade e semelhança genética.
c) variabilidade genética, mutação e evolução lenta.
d) gametogênese, troca de material gênico e complexidade.
e) clonagem, gemulação e partenogênese.

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6. SESSÃO: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO

1) (UFla/ PAS-2001) Nos seres multicelulares, a mitose é um processo que tem como principal função
a) o movimento celular.
b) a produção de gametas.
c) a produção de energia.
d) a expressão gênica.
e) o crescimento.

2) (PUC-RS-1999) Para fazer o estudo de um cariótipo, qual a fase da mitose que seria mais adequada
usar, tendo
em vista a necessidade de se obter a maior nitidez dos cromossomos, em função do seu maior grau de
espiralização?
a) Prófase.
b) Pró-Metáfase.
c) Anáfase.
d) Telófase.
e) Metáfase.

3) (FGV - SP-2009) Gêmeos univitelinos ou monozigóticos são aqueles formados a partir de um único
zigoto, o qual se
divide em blastômeros que permanecem separados e se desenvolvem em dois indivíduos.
A divisão celular em questão é a
a) meiose, e cada blastômero tem a metade do número de cromossomos do zigoto.
b) meiose, e cada blastômero tem o mesmo número de cromossomos do zigoto.
c) mitose, e cada blastômero tem a metade do número de cromossomos do zigoto.
d) mitose, e cada blastômero tem o mesmo número de cromossomos do zigoto.
e) mitose, e cada blastômero tem o dobro do número de cromossomos do zigoto.

4) (UEPB-2006) Considerando uma célula com 6 cromossomos (2n = 6), que esteja em processo de
divisão, o esquema a seguir representa uma:

a) anáfase I da meiose.
b) metáfase I da meiose.
c) anáfase mitótica.
d) metáfase mitótica.
e) metáfase II da meiose.

5) (PUC - MG-2007) O esquema representa células, 2n= 4 cromossomos, em diferentes fases de um


processo de divisão celular.

Com base no esquema, é correto afirmar, EXCETO:


a) A célula representada em II apresenta cromossomos duplicados.
b) As duas células resultantes da divisão, mostradas em VI, são haplóides.
c) Em III, fase denominada metáfase, não ocorre pareamento de cromossomos.
d) Não se observa no esquema a separação dos cromossomos homólogos.

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6) 2) (UFRS) pergunta:No processo de divisão celular por mitose, chamamos de célula-mãe aquela que
entra em divisão e de células filhas, as que se formam como resultado do processo. Ao final da mitose de
uma célula, têm-se:

a) duas células, cada uma portadora de metade do material genético que a célula-mãe recebeu de sua
genitora e a outra metade, recém-sintetizada.
b) duas células, uma delas com o material genético que a célula-mãe recebeu de sua genitora e a outra
célula com o material genético recém-sintetizado.
c) três células, ou seja, a célula-mãe e duas células-filhas, essas últimas com metade do material genético
que a célula-mãe recebeu de sua genitora e a outra metade, recém-sintetizada.
d) três células, ou seja, a célula-mãe e duas células-filhas, essas últimas contendo material genético recém-
sintetizado.
e) quatro células, duas com material genético recém-sintetizado e duas com o material genético que a
célula-mãe recebeu de sua genitora.

7) (Vunesp-1996) Em relação ao processo de divisão celular, podemos afirmar que:


a) a mitose consiste em duas divisões celulares sucessivas.
b) os óvulos e os espermatozóides são produzidos por divisões mitóticas.
c) durante a meiose não ocorre a permutação ou "crossingover".
d) a meiose é um processo que dá origem a quatro células haplóides.
e) durante a mitose as cromátides irmãs não se separam.

8) (UniFor-2000) Em organismos unicelulares, divisão por mitose significa


a) crescimento.
b) regeneração.
c) recombinação.
d) reprodução.
e) gametogênese.

9) (UFC-2003) Sabendo-se que uma determinada espécie de vertebrado possui número cromossômico
2n=50,
assinale a alternativa que associa corretamente o tipo de célula à sua quantidade de cromossomos.
a) hepatócito - 25
b) ovogônia - 25
c) neurônio - 50
d) fibra muscular - 25
e) óvulo – 50

10) (PUC-RJ-2003) Durante a meiose, o pareamento dos cromossomos homólogos é importante porque
garante:
a) a separação dos cromossomos não homólogos.
b) a duplicação do DNA, indispensável a esse processo.
c) a formação de células filhas geneticamente idênticas à célula mãe.
d) a possibilidade de permuta gênica.
e) a menor variabilidade dos gametas.

11) (VUNESP-2006) Um bebê apresenta cerca de 1 trilhão de células. Esse mesmo indivíduo, quando
adulto, irá
apresentar
a) menor número de células, pois, com o tempo, ocorre perda de células por apoptose.
b) menor número de células, pois, com o tempo, ocorre perda de células por descamação de superfícies
(pele e vias respiratória e digestória).
c) o mesmo número de células, porém elas serão maiores em decorrência de especialização, nutrientes e
organelas.
d) maior número de células, em decorrência de divisões mitóticas, que permitem o crescimento de órgãos e
tecidos.
e) maior número de células, em decorrência da ingestão, na alimentação, de células animais e vegetais, as
quais se somam àquelas do indivíduo.

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12) (UFSCar-2009) Assinale a alternativa correta.


a) Vírus são organismos unicelulares que dependem da célula do hospedeiro para se reproduzir.
b) Os quatro tipos básicos de substâncias orgânicas que compõem a matéria viva são proteínas, lipídios,
glicídios e sais minerais.
c) Reserva de glicogênio e ausência de parede celular são características das células vegetais que
compõem o parênquima caulinar.
d) Os óvulos nos mamíferos apresentam ausência de membrana nuclear e material genético disperso no
protoplasma.
e) A mitose é um processo equacional de divisão: o número de cromossomos é conservado nas células
filhas.

13) (VUNESP-2007) O esquema representa a espermatogênese humana, processo no qual, a partir de


divisões e diferenciações celulares, serão produzidos os espermatozóides que darão origem aos indivíduos
da geração seguinte.

Pode-se dizer que:


a) a seta de número 1 indica mitose.
b) a célula A é chamada de espermátide.
c) nas células B, cada cromossomo tem duas cromátides.
d) a partir da puberdade, ocorrem apenas os eventos representados pelas setas de números 2 e 3.
e) as células A, B e C são haplóides.

14) (UFMG-2006) Analise estas figuras:

A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que a


variabilidade genética observada
a) em II se explica por mutação e recombinação.
b) em I decorre da troca de material genético.
c) em II possibilita a sobrevivência em vários ambientes.
d) em I resulta de um processo de mutação.

7. GABARITO
SESSÃO:PINTOU NO ENEM
1-C 2-B
SESSÃO:EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1-E 2-E 3-D 4-A 5-B 6-A 7-A 8-C 9-C 10-D 12-D 13-E 14-B 15-C 16-B

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CAPÍTULO 7
HISTOLOGIA
A DIVERSIDADE CELULAR

1 Introdução

Todos os animais e plantas são multicelulares, ou seja, são formados por inúmeras células que
funcionam de maneira integrada e coordenada.
Em alguns casos, o limite entre a unicelularidade e a multicelularidade não é claro. Isso ocorre, por
exemplo, em espécies que as células se agrupam formando colônias. Nas colônias celulares, não há
divisão de trabalho, elas se comportam como se estivessem sozinhas. Essas colônias não são
consideradas seres multicelulares, porque este conceito implica em uma condição de interdependência
entra as células.

1.1 VANTAGENS

Nos seres unicelulares, uma mesma célula realiza todas as funções essenciais à vida. Nos
multicelulares, essas tarefas são divididas entre células especializadas, que formam os tecidos,
aumentando a eficiência do organismo.
A origem da multicelularidade pode ser explicada a partir do protozoário coanoflagelado Codosiga
sp. Acredita-se que protozoários coanoflagelados podem ter dado origem ao grupo mais simples de
animais, as esponjas. A razão disso é que as esponjas são os únicos animais a apresentarem coanócitos,
além de serem muito simples.

Coanócito

Existe uma explicação fisiológica para a evolução da multicelularidade: a limitação das células
atingirem determinados tamanhos. À medida que as dimensões de uma célula aumentam, a relação
superfície volume diminui, isto é, a superfície celular aumenta em proporção menor que o volume.

O metabolismo que ocorre em todo o volume celular é essencial à vida, mas as trocas de gases e
nutrientes com o meio e a saída de excreções são realizadas através da superfície celular. Assim, se uma
célula aumentasse de tamanho além do limite, sua superfície seria insuficiente para manter o nível de trocas
necessárias ao metabolismo. O aumento de tamanho de uma célula, portanto, não seria vantajoso.
O surgimento da multicelularidade permitiu aos seres eucarióticos crescer e aumentar o nível de
complexidade, mantendo a relação superfície/volume em níveis adequados. A soma das superfícies de
muitas células pequenas é maior que a superfície de uma única célula grande. Essa comparação só pode
ser feita com células com volumes equivalentes.

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1.2 TECIDOS

O ramo da Biologia que estuda os tecidos é chamado Histologia (do grego histo, tecido, e logos,
estudo).
A verdadeira multicelularidade é caracterizada por uma associação de células em que existe uma
interdependência estrutural e funcional entre elas. Os animais e as plantas são formados por diversos
conjuntos de células integradas, especializadas em realizar funções definidas. Esses conjuntos de células
são chamados de tecidos.
Os diversos tipos de tecidos se associam para formar os órgãos. Por exemplo, no estômago, existe
um tipo de tecido responsável pelo revestimento interno, outro que dá resistência à parede do estômago e
outro que realiza as contrações do órgão. O conjunto de órgãos forma os sistemas, cuja função é realizar a
integração de diversos órgãos. Por exemplo, o sistema digestório, cuja função é a nutrição dos organismos,
e é constituído por vários órgãos, boca, esôfago, estômago, intestinos e glândulas associadas (fígado,
pâncreas).

Constituição de um tecido: células, matriz extra-celular (MEC) – colágeno e líquido tissular (líquido que
evolve as céluas)

2 TECIDOS EPITELIAIS

São conhecidos também como epitélios. Desempenham funções no organismo, dependendo de


onde estão localizados.
 Revestimento (proteção);
 Absorção e secreção de substâncias;
 Percepção de sensações.

Características dos tecidos epiteliais:


 Células com formato poliédrico
 Justapostas (principal característica)
 Pouca MEC
 Avascular
 Superfície livre

Lâmina basal: separa o epitélio do tecido conjuntivo (chegada de nutrientes até as células é por meio de
vasos sanguíneos).

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PÓLO
APICAL

PÓLO
BASAL

Os epitélios podem ser classificados quanto à função geral em dois tipos: epitélios de revestimento
e epitélios glandulares.

Especializações das células epiteliais


 Microvilosidades: projeções da membrana em forma de dedos de uma luva. Tem a função de absorção.
São encontradas nas células do intestino.

 Estereocílios: são projeções celulares longas, parecidas com cílios, com a função de facilitar o transito
de moléculas. São encontrados nas células do epidídimo e do ducto deferente.

 Cílios e flagelos: são estruturas com maquinaria complexa de microtúbulos revestidos pela membrana.
São encontrados em células móveis (cílios e flagelos) e nas células da traquéia (cílios).

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Camadas da epiderme

 Camada córnea: Presença de células mortas, achatadas e sem núcleo;


 Camada lúcida: Libertam enzimas que as digerem;
 Camada granulosa: Grânulos de queratina proeminentes;
 Camada espinhosa: Formam junções celulares umas com as outras;
 Camada germinativa ou basal: Camada mais profunda, constituída por células cúbicas pouco
diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas.

2.1 EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO

Os tecidos epiteliais com função de revestimento podem ser classificados de acordo com o número
de camadas celulares e o formato das células.

Número de camadas celulares


 Simples: quando o epitélio é formado por apenas uma camada de células.
 Estratificado: quando é formado por várias camadas de células.
 Pseudo-estratificado: é formado apenas por uma camada de células de tamanhos diferentes, que
conferem ao epitélio uma aparência estratificada.
Formato das células
 Pavimentoso ou escamoso: quando as células são achatadas como ladrilhos ou escamas.
 Prismático ou colunar: quando as células são alongadas, em forma de coluna.
 Cúbico: quando as células têm formato de um cubo.
 De transição: quando o epitélio é constituído por várias camadas de células que possuem grande
flexibilidade e que o formato varia, conforme a distensão ou contração do órgão. Ocorre no epitélio
interno da bexiga urinária.

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EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO (Exemplos)

 Simples pavimentoso Encontrado nos vasos sanguíneos, alvéolos. Deve ser mais fino possível para
facilitar a troca de gases;

 Simples colunar (prismático): encontrado na vesícula biliar, intestino;


Simples: facilita a absorção/secreção
Colunar: evita entrada de microrganismos

 Simples cúbico: encontrado no ovário;

 Pseudo-estratificado ciliado: encontrado na traquéia e nos brônquios;

 Estratificado pavimentoso: presente na pele, boca e esôfago;

 Estratificado cúbico: presente nas glândulas e na conjuntiva do olho;

 Transição: encontrado na bexiga.

Os epitélios podem ser queratinizados (confere impermeabilidade através de várias camadas de


células mortas) ou não-queratinizado (encontrado em mucosas – epitélios úmidos)

2.2 EPITÉLIOS GLANDULARES

Constitui células especializadas na produção e eliminação de substâncias úteis ao organismo. Essas


substâncias são conhecidas como secreções. As glândulas podem ser classificadas em exócrinas,
endócrinas e afícrinas ou mistas, quanto ao local de eliminação das secreções.

Glândulas exócrinas
São aquelas que eliminam suas secreções para fora do corpo ou para cavidades internas dos órgãos,
através de um canal denominado ducto. Exemplos: glândulas sudoríparas, glândulas salivares.

Glândulas endócrinas
São aquelas que não possuem ductos e eliminam suas secreções, conhecidas como hormônios,
diretamente na corrente sanguínea. Exemplos: tireóide, testículos, ovários, hipófise.

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Glândulas afícrinas ou mistas


Apresentam comportamento duplo, ou seja, ora se comportam como uma glândula endócrina, ora
como uma glândula exócrina. Exemplos: o pâncreas possui atividade exócrina quando libera no interior do
intestino suco pancreático, e atividade endócrina ao liberar o hormônio insulina, responsável pela regulação
da glicemia (taxa de glicose no sangue).

Classificação quanto ao número de células

Glândulas unicelulares
São compostas por uma célula apenas. Exemplos: células mucosas (caliciformes), localizadas nos
epitélios do tubo digestivo e fossas nasais (com função de secretar um muco para reter partículas sólidas do
ar).

Glândulas pluricelulares
São constituídas por grupos de células, podendo ser tubulares (quando a região secretora tem a
forma de um túbulo), alveolares ou acinosas (com a região secretora arredondada).

Classificação quanto ao modo de eliminação da secreção.

Glândulas holócrinas
A célula secretora acumula os produtos no citoplasma, e, em seguida, se desintegra. Nesse caso, a
própria célula faz parte da secreção. Ocorrendo assim, um processo contínuo de renovação celular.
Exemplo: glândulas sebáceas.

Acne é uma doença da pele. A sua frequência é maior na adolescência, quando o nível de hormônios
sexuais é elevado, causando o aumento da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas.

Glândulas merócrinas
As células secretoras eliminam apenas a secreção, mantendo seu citoplasma intacto. Exemplos:
glândulas salivares, lacrimais e sudoríparas.

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Glândulas apócrinas
As células secretoras perdem parte do citoplasma ao eliminar a secreção, se regenerando
posteriormente. Exemplo: glândulas mamárias.

Formação das glândulas

Todas as glândulas se formam ainda na fase embrionária, a partir de uma superfície epitelial.

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3 TECIDOS CONJUNTIVOS

Os tecidos conjuntivos se unem e sustentam outros tecidos. Tipos: frouxo, denso, adiposo,
cartilaginoso, ósseo e sanguíneo.

Características gerais dos tecidos conjuntivos:


 Poucas células (células dispersas);
 Muita MEC;
 Composto por diversos tipos celulares.

Podem ser divididos em dois grandes grupos: tecidos conjuntivos propriamente ditos e tecidos
conjuntivos especiais.

Componentes dos tecidos conjuntivos

Substância intercelular amorfa: constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Pode ser
rígida, como no tecido ósseo, ou líquida, como no plasma do sangue.

Fibras: são de natureza protéica, e sua distribuição depende do tipo do tecido a qual se encontram.
 Colágenas: são as mais frequentemente encontradas no tecido conjuntivo. São formadas por
colágeno, uma proteína de alta resistência à tração.
 Elásticas: formadas por elastina, um tipo de proteína elástica que não é resistente à tração. Confere
elasticidade ao tecido conjuntivo. São essas fibras que permitem que a pele retorne à forma original, depois
de esticada.
 Reticulares: constituídas por um tipo especial de colágeno. São mais finas que as outras fibras.
Ligam o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Ocorrem em abundância nos órgãos relacionados ao
sangue (medula óssea, baço).

TIPOS CELULARES DOS TECIDOS CONJUNTIVOS


O tecido conjuntivo possui vários tipos de células próprias. Além destas, existem células migratórias
vindas do sangue, os linfócitos, que são relacionados às defesas do organismo.

Células mesenquimatosas indiferenciadas: são células capazes de se transformar em qualquer outra célula
do tecido conjuntivo.

Fibroblastos: têm forma de estrela com núcleo grande e estão presente nos tecidos conjuntivos frouxos.
Produzem as fibras protéicas e as substância amorfa da matriz extracelular. Participam ativamente do
processo de cicatrização, migrando para o local do ferimento e produzem grande quantidade de substância
amorfa e fibras.

Macrófagos: possuem forma amebóide e núcleo grande e estão presentes nos tecidos conjuntivos frouxos.
São responsáveis pela fagocitose de agentes invasores, alertando o sistema imune.

Mastócitos: possuem forma ovóide com núcleo central arredondado e muitos grânulos citoplasmáticos ricos
em heparina e histamina. Estão presentes nos tecidos frouxos. Participam das reações alérgicas. A
histamina liberada pelos mastócitos é a principal responsável pelos sintomas do choque anafilático:
taquicardia, queda da P.A., inchaço da glote, diarréia e vômitos.

Plasmócitos: têm forma ovóide com núcleo central arredondado e são ricos em retículo endoplasmático
rugoso (RER). Estão presentes nos tecidos frouxos. São responsáveis pela produção de anticorpos que
combatem agentes invasores.

Adipócitos: quando adultos, possuem forma arredondada com um grande vacúolo central contendo lipídios.
Estão presentes no tecido adiposo. São responsáveis pelo armazenamento de substâncias energéticas.

Condroblastos: têm forma arredondada com núcleo central. Estão presentes no tecido cartilaginoso. São
responsáveis pela produção de fibras e da substância amorfa da matriz cartilaginosa. Quando adultos, se
transformam em condrócitos.
Osteoblastos: possuem longos prolongamentos citoplasmáticos e núcleo central. Estão presentes no tecido
ósseo. São responsáveis pela produção das fibras e da substância amorfa da matriz óssea. Quando
adultos, se transformam em osteócitos.

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Osteoclastos: são células grandes e multinucleadas. Estão presentes no tecido ósseo. São responsáveis
pela degradação da matriz óssea, promovendo a reciclagem do tecido ósseo.

3.1 TECIDOS CONJUNTIVOS PROPRIAMENTE DITOS

Podem ser divididos em frouxo e denso, que pode ser modelado ou não.

Tecido conjuntivo frouxo


Está presente em diversas partes do corpo. É responsável por dar sustentação aos tecidos epiteliais
e preencher os espaços entre os tecidos e órgão.

1- Epitélio Pavimentoso Estratificado Queratinizado, 2- Tecido Conjuntivo Frouxo,


3- Tecido Conjuntivo Denso

Tecido conjuntivo denso não-modelado (fibroso)


É mais consistente que o tecido conjuntivo frouxo. Não possui forma definida, acompanhando
assim, a forma do órgão a qual faz parte. Nesse tecido, existem fibras entrelaçadas, conferindo resistência e
elasticidade, pois as fibras são desalinhadas. Constitui as cápsulas envoltórias dos rins, baço, fígado e
testículos.

Tecido conjuntivo denso modelado


Possui fibras grossas orientadas paralelamente, tornando-o muito resistente e pouco elástico.
Constitui os tendões (ligam músculos aos ossos) e os ligamentos (ligam ossos entre si).

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3.2 TECIDOS CONJUNTIVOS ESPECIAIS

4. TECIDO ADIPOSO

É um tipo especial de tecido conjuntivo frouxo no qual existem células especializadas no


armazenamento de gordura (células adiposas).
O tecido adiposo possui algumas características:
 Possui muitas células e pouca substância intercelular;
 Ocorre na região subcutânea e ao redor dos rins e do coração.
Funções do tecido adiposo:
 Acúmulo de energia (gordura externa);
 Manutenção da homeotermia (gordura interna);
 Proteção e modelamento da superfície corporal.

A gordura acumulada pode ser metabolizada para produzir energia (principal função) e ainda
funciona como isolante térmico. O tecido adiposo preenche os espaços entre os órgãos internos.
A função de reserva de energia do tecido adiposo ocorre também na medula óssea amarela
encontrada em ossos longos (tutano).
As células adiposas podem ser de dois tipos, uniloculares ou multiloculares.
Unilocular: é distribuído por todo o corpo e as células são grandes e possuem apenas uma gotícula de
lipídio. Esse tipo de célula é encontrado em indivíduos adultos
Multilocular: esse tipo de célula é encontrado em recém-nascidos e animais que hibernam. São células
pequenas com várias gotículas de lipídio de tamanhos variados.

5. TECIDO CARTILAGINOSO

Em alguns animais vertebrados, é o tecido cartilaginoso que forma o esqueleto. Como exemplo, os
tubarões e raias. Nos seres humanos, por exemplo, o esqueleto cartilaginoso é encontrado apenas durante
o estágio embrionário. À medida que o embrião amadurece, as cartilagens são calcificadas e são
substituídas pelos ossos. Mas existem cartilagens que permanecem nos indivíduos adultos, como as que
sustentam o nariz, as orelhas, a traquéia, os brônquios, as que revestem as extremidades dos ossos e as
que são localizadas entre as vértebras, que amortece o impacto dos movimentos da coluna.
As células que formam o tecido cartilaginoso são chamadas de condrócitos.

Características do tecido cartilaginoso:


 Tecido com muita substância intersticial rígida (MEC);
 Desprovido de vasos sanguíneos (deve ser fino para melhor nutrição);
 Não possuem inervações.
O alimento e o oxigênio difundem-se na matriz cartilaginosa a partir dos vasos sanguíneos
localizados no tecido conjuntivo que envolve a cartilagem, o pericôndrio.

Funções do tecido cartilaginoso:


 Sustentação e modelagem;
 Proteção (discos intervertebrais);
 Molde para o crescimento ósseo;
 Revestimento de superfícies articulares (impedindo o impacto e o atrito entre os ossos).

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Tipos de cartilagem
As cartilagens podem ser de três tipos: hialina, elástica e fibrosa.

Cartilagem hialina: é o tipo de cartilagem mais comum. Sua matriz é homogênea e possui poucas fibras
colágenas. É encontrada na traquéia, nos brônquios e nas articulações. Possui muita substância amorfa.

Cartilagem elástica: apresenta fibras colágenas e fibras elásticas entrelaçadas, conferindo maior grau de
elasticidade. É encontrada no pavilhão auditivo, na epiglote, no septo nasal. Possui muitas fibras elásticas e
é menos sujeita à calcificação.

Cartilagem fibrosa: Apresenta grande quantidade de fibras colágenas, por isso, é o tipo de cartilagem mais
resistente. Está presente na sínfise púbica (forma a cintura pélvica) e entre as vértebras (discos
intervertebrais). Os condrócitos, nesse caso, são dispostos em fileiras.

Os condrócitos são responsáveis pela manutenção da matriz e os condroblastos são responsáveis


pela síntese de matriz. Os condrócitos são as células que mantêm a cartilagem ativa, a sua morte, provoca
a ossificação do tecido.

Tipos de calcificação

Fisiológica: é a ossificação natural. Ocorre nos discos epifisários dos ossos durante o crescimento do
indivíduo. A formação do osso naturalmente recebe o nome de osteogênese.

Patológica: ocorre em situações que não são naturais. Por exemplo, nas articulações e nos discos
intervertebrais. O desgaste da cartilagem nas articulações é chamado de artrose e a inflamação da
cartilagem é chamada de artrite.

A regeneração da cartilagem depende do tipo de lesão que ocorreu. Quando a lesão é pequena,
ocorre a formação de uma nova cartilagem. Porém, quando a lesão é extensa, a cicatrização ocorre com
deposição de tecido conjuntivo.

6. TECIDO ÓSSEO

É um tipo especial de tecido conjuntivo no qual as células se encontram incrustadas em uma matriz
extracelular rica em fibras colágenas e fosfato de cálcio, além de outros íons minerais. A rigidez de um osso
se dá pela associação dos cristais de fosfato de cálcio fibras.
O osso possui uma rede de canais dotados de vasos sanguíneos e nervos que levam alimento para
os osteócitos, denominado sistemas haversianos visto que essas células se encontram em uma matriz
mineralizada.

Características:
 MEC abundante e rígida

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Funções:
 Sustentação das partes moles;
 Apoio ao movimento muscular;
 Proteção de órgãos vitais;
 Reserva de cálcio.

Células do tecido ósseo


 Osteoblastos: sintetizam a matriz óssea e bombeiam íons cálcio do plasma sanguíneo para o osso.

 Osteoclastos: são células grandes e multinucleadas. São responsáveis pela degradação da matriz
óssea. Liberam íons cálcio do osso para o plasma sanguíneo.

 Osteócitos: são células pequenas e possuem poucas organelas. São menos ativas e são
responsáveis pela nutrição do osso.

A principal função do tecido ósseo é sustentação do corpo. O maior osso do corpo humano é o
fêmur, medindo cerca de 45 centímetros de comprimento. Os menores ossos do corpo são os da orelha
média (bigorna, estribo e martelo), com cerca de 0,25 centímetros cada um.

No interior dos ossos longos existem cavidades onde se aloja a medula óssea vermelha,
responsável pela produção de células sanguíneas, as hemácias. Alguns ossos também apresentam uma
cavidade central, onde se localiza a medula óssea amarela (tutano), rica em células adiposas.

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Os ossos também servem de reservatório de cálcio par ao organismo. Os hormônios produzidos


pelas glândulas tiróide (calcitonina) e paratireóide (paratormônio) controlam o transporte de cálcio dos ossos
para o sangue e vice-versa.

Osteoporose
É uma doença que afeta os ossos que pode ser ocasionada por diversos fatores, como a produção
excessiva de paratormônio, estimulando o aumento o número de osteoclastos, que digerem a matriz óssea,
causando sua degeneração; a deficiência de vitamina A, que equilibra a atividade dos osteoblastos e dos
osteoclastos, regulando assim a reconstrução óssea; a falta de exercícios físicos, que estimula a
osteogênese a partir da tração que os tendões dos músculos aplicam sobre os ossos.

Tipos de ossificação
A ossificação é a formação de tecido ósseo a partir de uma estrutura cartilaginosa ou conjuntiva que
sirva de base.

Ossificação endocondral: é a ossificação que ocorre dentro da cartilagem. Consiste na substituição


gradativa de tecido cartilaginoso por tecido ósseo. A formação da maioria dos ossos ocorre dessa maneira.

Ossificação intramembranosa: consiste na formação do tecido ósseo no interior de uma membrana de


tecido conjuntivo que serve de molde para o osso. Os ossos da caixa craniana se formam dessa maneira.

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No caso de uma fratura óssea, macrófagos e osteoclastos entram em ação, removendo coágulos,
matriz óssea destruída e osteócitos mortos. As células mesenquimatosas presentes no periósteo passam a
se multiplicar ativamente, diferenciando-se em osteócitos e osteoblastos. Inicialmente, é formado um tecido
desordenado, chamado calo ósseo. Com o passar do tempo, o tecido ósseo se organiza e volta à sua
estrutura normal.

7. TECIDO HEMATOPOÉTICO

É responsável pela formação dos diversos tipos de células sanguíneas. O tecido hematopoiético é
dividido em linfóide, que é encontrado no baço, no timo e nos gânglios linfáticos. É responsável pela
produção de alguns tipos de leucócitos (glóbulos brancos). O tecido hematopoiético mielóide é responsável
pela produção de outros tipos de leucócitos, hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.

8. TECIDO SANGUÍNEO

O sangue é considerado um tipo de tecido conjuntivo pelo fato de apresentar células separadas por
uma grande quantidade de matriz extracelular, denominada plasma. O plasma corresponde à 55% do
volume sanguíneo, e os 45% restantes correspondem aos elementos figurados do sangue, que são as
células sanguíneas (produzidas pelo tecido hematopoiético).
Uma pessoa com cerca de 70 kg tem aproximadamente 5 litros de sangue, que exerce funções
muito importantes no organismo: transporte de gases (O 2 e CO2), excreções, hormônios, protege o corpo
contra a invasão de agentes infecciosos.
Componentes do sangue

Plasma sanguíneo: cerca de 90% da massa do plasma é água, e o restante é constituído por proteínas,
sais, hormônios nutrientes, gases e excreções. A função do plasma é transportar os nutrientes pelo corpo
até as células e eliminar as excreções.

Hemácias: são conhecidas também como eritrócitos ou glóbulos vermelhos. Possuem forma de disco, e em
seu interior existem moléculas de hemoglobina (proteína responsável pela coloração vermelha do sangue).
Nos mamíferos, as hemácias não possuem núcleo, que é eliminado durante o processo de diferenciação
celular. As hemácias são as células mais abundantes no sangue, nas mulheres adultas saudáveis são
encontradas cerca de 4,5 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue, nos homens são
encontradas cerca de 5 milhões de hemácias por mm³ de sangue.
Uma hemácia adulta é repleta de moléculas de hemoglobina, que é a proteína responsável pela
captura de moléculas de oxigênio nos pulmões e pelo seu transporte para todos os tecidos do corpo. Uma
mo molécula de hemoglobina é formada por quatro cadeias polipeptídicas, cada uma combinada a um
grupo heme, que consiste em um átomo de ferro (Fe) unido a uma molécula orgânica não-protéica.

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As hemácias humanas vivem cerca de 120 dias, após, são destruídas no fígado e no baço. Sua
produção é controlada por um mecanismo chamado de feedback negativo ou retroalimentação negativa. O
processo de retroalimentação negativa ocorre quando os tecidos não estão recebendo oxigênio suficiente,
os rins estimulam a transformação de uma proteína do plasma em um hormônio chamado eritropoetina.
Portanto, a produção de hemácias é chamada de eritropoese.
 Anemia: é uma doença em que o transporte de gás oxigênio é prejudicado pelo fato da diminuição
da quantidade de hemoglobina no sangue. A anemia falciforme ou siclemia é uma forma de anemia
hereditária. É causada por uma mutação em um gene que codifica a cadeia da hemoglobina. Essa mutação
é consequência da alteração de apenas um aminoácido (ácido glutâmico por valina). Por conta disso, a
hemoglobina se torna menos solúvel e se deforma em condições de baixa pressão de oxigênio, como nos
capilares sanguíneos. Nesse caso, a hemácia adquire a forma de uma foice.
As hemácias deformadas não são capazes de passar pelos capilares sanguíneos com eficiência,
dificultando a circulação do sangue e causando danos aos tecidos.

Leucócitos: também chamados de glóbulos brancos. Possuem forma esférica e são nucleados. A função
mais importante é defender o organismo contra microrganismos ou substâncias estranhas. Podem ser
classificados em dois tipos: granulosos, que apresentam granulações no citoplasma (neutrófilos, eosinófilos
e basófilos), e agranulosos, que não apresentam granulações no citoplasma (monócitos e linfócitos B e T).

Granulosos
 Neutrófilos: possuem forma esférica e núcleo trilobado. São responsáveis pela fagocitose de
bactérias e corpos estranhos.
 Eosinófilos: possuem forma esférica e núcleo bilobado. São responsáveis pela produção de
histamina (substância vasodilatadora) nas reações alérgicas e doenças provocadas por parasitos.
 Basófilos: possuem forma esférica e núcleo irregular. Também participam dos processos alérgicos e
produzem heparina (anticoagulante) e histamina.

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Agranulosos
 Linfócitos B: são responsáveis pela produção de proteínas denominadas anticorpos, que
reconhecem microrganismos e substâncias estranhas que entram no corpo e as combatem.
 Linfócitos T: estimulam a produção de anticorpos pelos linfócitos B, atacam e destroem células
anormais, como as cancerosas ou as infectadas por vírus.
Em conjunto, os linfócitos B e T são responsáveis pela imunidade de um organismo. Possuem
forma esférica com o núcleo esférico também.
 Monócitos: possuem forma esférica e núcleo ovalado ou riniforme. São responsáveis por originar os
macrófagos e os osteoclastos, que são células especializadas me fagocitose.

Plaquetas: são fragmentos citoplasmáticos originados na medula óssea vermelha, também chamados de
trombócitos. São agentes importantes na coagulação sanguínea.
Quando há um ferimento, elas aderem às fibras colágenas dos vasos sanguíneos lesados e liberam
uma enzima denominada tromboplastina, que atua juntamente com o cálcio presente no sangue catalisando
a protrombina em trombina. Essa proteína catalisa a conversão de outra proteína sanguínea, o fibrinogênio
em fibrina. A fibrina é uma proteína fibrosa cujas moléculas se entrelaçam formando uma rede. As
hemácias, incapazes de atravessar a rede de fibrina formada, acumulam-se dando origem ao coágulo,
estancando a hemorragia.

Existe uma doença hereditária que afeta a coagulação sanguínea, a hemofilia ou doença
hemorrágica. A pessoa hemofílica não é capaz de produzir os fatores de coagulação, podendo ocorrer
grandes sangramentos em pequenos cortes externos, além de apresentar hemorragias internas,
principalmente nas articulações. O único modo de evitar as hemorragias é por meio de transfusão de
sangue ou plasma frescos, ou a injeção contendo fatores de coagulação.

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8. TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular é constituído por células alongadas capazes de contrair denominadas fibras
musculares. Os músculos representam cerca de 40% da massa corporal, sendo responsáveis por todos os
movimentos do corpo. Nos músculos existe também tecido conjuntivo, no qual estão situados os vasos
sanguíneos que atuam na nutrição e na oxigenação das células musculares.
As células musculares, bem como as suas estruturas possuem nomes específicos:
 Miócito: célula muscular;
 Sarcômero: unidade de contração da célula;
 Sarcolema: conjunto formado pelo endomísio e a membrana celular;
 Sarcoplasma: citoplasma da célula;
 Retículo sarcoplasmático: retículo endoplasmático liso;
 Miofibrilas: filamentos do citoesqueleto responsáveis pela contração.

4.1 TIPOS DE TECIDO MUSCULAR

Tecido muscular estriado esquelético


Constitui a maior parte da musculatura do corpo. Suas células são grandes, possuem forma
cilíndrica e são multinucleadas. Neste tipo tecido, os miócitos (fibras musculares) percorrem o músculo de
ponta a ponta. A musculatura estriada esquelética recobre o esqueleto e está ligada aos ossos através dos
tendões. As fibras musculares (miócitos) constituem de 75% a 90% do volume total da musculatura estriada
esquelética, o restante é constituído por tecido conjuntivo, nervos e vasos sanguíneos.
Os músculos estriados esqueléticos podem realizar as contrações voluntariamente, ou seja, são
contraídos quando queremos.
Características:
 Contração rápida e forte;
 Contração voluntária e descontínua.

Estrutura da fibra muscular estriada esquelética

No interior de um músculo, cada fibra muscular é revestida por um envoltório constituído por uma
rede de filamentos de proteína denominado endomísio, que se prolongam até os tendões, ligando a fibra a
eles. Essas fibras revestidas são agrupadas em feixes envolvidos por uma membrana de tecido conjuntivo
denominada perimísio, rica em fibras colágenas. O conjunto de feixes musculares é, por sua vez, envolvido
por um envoltório de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas que recobre todo o músculo, denominado
epimísio.

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Organização das miofibrilas

As miofibrilas apresentam um padrão de repetição de faixas (estrias) transversais, e cada unidade


de repetição é chamada de miômeros ou sarcômeros, que são delimitados por dois discos transversais
denominados linhas Z ou discos Z. Cada miômero possui três faixas ou bandas mais claras, separadas por
duas faixas mais escuras. As faixas escuras correspondem ao local onde os filamentos de actina se
sobrepõem aos de miosina, e as faixas claras correspondem aos locais onde estes filamentos não estão
sobrepostos.

Nas faixas claras laterais não existem filamentos de miosina, essas regiões são denominadas de
bandas I. Na faixa clara central não existem filamentos de actina, esta faixa recebe o nome de zona H. A
porção central dos miômeros, correspondente à localização dos filamentos de miosina e actina é chamada
de banda A.

Os filamentos de actina são dispostos paralelamente, com uma das suas extremidades presa à
linha Z e a outra livre. A contração muscular ocorre quando os filamentos de actina deslizam sobre os
filamentos de miosina, aproximando as linhas Z, diminuindo o comprimento do sarcômero.

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Dinâmica da contração muscular

A contração muscular é realizada a partir de um estímulo nervoso vindo de uma terminação nervosa
presente em cada fibra muscular, que se propaga para o interior dessa fibra atingindo o retículo
2+
sarcoplasmático, provocando a liberação de íons Ca armazenados em suas bolsas. Esses íons se
espalham pelo sarcoplasma (citoplasma) e entram em contato diretamente com as miofibrilas, provocando a
contração.
Na presença do cálcio, as moléculas de ATP reagem com as extremidades das moléculas de
miosina, fazendo com que elas se liguem às moléculas de actina adjacentes e se dobrem rapidamente,
fazendo os filamentos de actina se deslocarem em direção ao centro do sarcômero.

2+
Quando o estímulo nervoso é interrompido, ocorre a interrupção da saída de íons Ca das bolsas
do retículo sarcoplasmático e os íons livre no citoplasma são rapidamente recolhidos para o interior do
retículo. A miosina se separa da actina e os sarcômeros se distendem, provocando o relaxamento da
musculatura.

Energia para a contração muscular

A quantidade de ATP disponível em uma célula muscular não é suficiente para realizar uma
contração muscular duradoura e eficiente. Porém, existe uma substância orgânica denominada creatina
que ocorre em grandes quantidades nas fibras musculares. Essa molécula pode ser fosforilada e armazenar
fosfatos de alta energia. Quando o suprimento de ATP acaba, a fosfocreatina, fosfato de creatina ou
creatina-fosfato fornece fosfatos energéticos para o ADP, formando novas moléculas de ATP. Essa
substância é uma fonte indireta de energia para a contração muscular.
O glicogênio é um polissacarídeo formado por centenas de unidades de glicose unidas entre si. As
células armazenam esse polissacarídeo em grandes quantidades, por isso, constitui um reservatório de
energia de médio prazo. Ele é transformado em moléculas de glicose, que são utilizadas na respiração
celular, gerando ATP.

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Os músculos possuem cor avermelhada devido à presença de uma proteína denominada


mioglobina, que é semelhante à hemoglobina, porém é constituída por uma única cadeia polipeptídica
ligada a um grupo heme. Cada mioglobina é capaz de se ligar a apenas uma molécula de oxigênio,
armazenando-o no interior da célula para momentos de atividade muscular elevada.

Durante práticas esportivas de alta intensidade, a quantidade de oxigênio disponível que chega até
a musculatura pode não ser o suficiente para suprir as demandas respiratórias das fibras musculares.
Quando isso ocorre, as fibras musculares passam a produzir ATP por meio de um processo denominado
fermentação láctica. O acúmulo de ácido láctico nos músculos causa dor e intoxicação das fibras
musculares. Ele é transportado até o fígado pelo sangue e é convertido em glicose através do processo
chamado gliconeogênese, que é a geração de glicose a partir de substâncias de natureza não-glicídicas,
tais como ácido láctico e aminoácidos.

Tecido muscular estriado cardíaco

É encontrado apenas no coração. As fibras musculares que compõem este tipo de tecido muscular
possuem um ou dois núcleos centrais. As fibras estriadas cardíacas possuem estrias transversais, como o
tecido muscular estriado esquelético, mas essas estrias não estão agrupadas em feixes formando
miofibrilas.
As células musculares cardíacas possuem endomísio, mas não apresentam perimísio nem epimísio.

As fibras musculares cardíacas apresentam junções tipo gap, chamadas também de discos
intercalares. É por causa dessas junções que os estímulos se espalham por todas as células cardíacas,
fazendo o coração todo se contrair. Essas fibras se contraem somente após receber estímulos das células
nervosas em contato com elas.

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A contração do músculo cardíaco é involuntária, se contraem independentemente da nossa


vontade. A frequência de contrações do músculo cardíaco é chamada de frequência cardíaca, podendo
variar de acordo com fatores como grau de atividade física, condições de saúde e situações de estresse. A
frequência cardíaca normal é de 70 a 80 batimentos cardíacos por minuto; durante o sono, é de 35 a 50
batimentos e durante exercícios físicos intensos os batimentos podem ultrapassar 180 por minuto,
aumentando a atividade metabólica devido o aumento da velocidade de circulação do sangue.
A frequência cardíaca é definida por um grupo de células musculares cardíacas modificadas
formando o chamado marca-passo cardíaco ou nó sinoatrial, que gera a cada segundo um sinal elétrico que
se propaga pela musculatura do coração, promovendo a contração da musculatura cardíaca.

Tecido muscular liso (não-estriado)

Também pode ser chamado de tecido muscular visceral, porque é encontrado em órgão viscerais,
como o estômago, o intestino e o útero, e também é encontrado nas paredes dos vasos sanguíneos. É
constituído por células fusiformes (alongadas) com o núcleo localizado no centro e de forma alongada. Não
possuem perimísio nem epimísio.
As fibras musculares lisas possuem contração lenta e involuntária.

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9. TECIDO NERVOSO

O tecido nervoso é constituinte do principal sistema de integração do corpo, o sistema nervoso. O


sistema nervoso humano é dividido em dois: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico
(SNP).
O sistema nervoso central é responsável pelo processamento e integração das informações. Fazem
parte dele o encéfalo, que em humanos adultos pode pesar cerca de 1,4 Kg e preenche totalmente a caixa
craniana e a medula espinhal, que é um cordão medindo até 1,7cm de diâmetro, alojado no interior do canal
formado pelas perfurações das vértebras da coluna vertebral.
Do encéfalo e da medula espinhal partem os componentes do sistema nervoso periférico, que é
responsável pela condução das informações entre os órgãos receptores de estímulos, o SNC e os órgãos
efetuadores (os músculos e glândulas, por exemplo). Os nervos, que são como fios finos de coloração
esbranquiçada, que se ramificam e chegam a todas as regiões do corpo. Os gânglios nervosos são
dilatações que contêm corpos celulares de neurônios, de onde partem os nervos.

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Neurônios
São células especializadas na condução de impulsos nervosos. Eles apresentam uma região
volumosa onde se concentram o citoplasma e o núcleo. Essa região recebe o nome de corpo celular, de
onde saem vários prolongamentos citoplasmáticos que constituem as neurofibras ou fibras nervosas, que
podem ser de dois tipos: dendritos e axônios.
Os dendritos são prolongamentos ramificados especializados na recepção dos estímulos de outros
neurônios ou de células sensoriais.
O axônio é o prolongamento mais longo dos neurônios, e pode ser ramificado. Sua função é
transmitir os impulsos nervosos provenientes dos dendritos e do corpo celular para outras células,
principalmente para outros neurônios ou para células musculares.

A passagem da informação se dá pela região final e ramificada do axônio, os telodendros, onde


existem pequenas dilatações chamadas botões sinápticos, que contêm vesículas com mensageiros
químicos que levam o impulso nervoso para as outras células.

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Os neurônios podem ser classificados de acordo os tipos de dendritos e axônios.

Neurônios multipolares
Apresentam somente um axônio e vários dendritos ramificados. São considerados o tipo mais
comum de neurônios e estão presentes no encéfalo e na medula espinhal.

Neurônios bipolares
Apresentam somente um axônio e um dendrito, localizados em posições opostas. São responsáveis
pela transmissão das informações captadas por órgãos sensitivos ao SNC.

Neurônios pseudo-unipolares
Apresentam somente uma neurofibra, que corresponde ao dendrito e ao axônio. O impulso gerado
no dendrito pode seguir diretamente para o axônio sem passar pelo corpo celular. Esses neurônios fazem
parte de gânglios nervosos e levam informações de sensores da pele ao SNC.

Células da glia

Também chamadas de células gliais ou gliócitos, são componentes do tecido nervoso cuja função é
envolver proteger e nutrir os neurônios. Os principais tipos de gliócitos são os astrócitos e os
oligodendrócitos, localizados no SNC, as micróglias, localizadas no SNC e no SNP, e as células de
Schwann, localizadas no SNP.

Astrócitos: são caracterizados por possuírem vários prolongamentos citoplasmáticos. Alguns desses
prolongamentos se ligam a capilares sanguíneos e outros a neurônios. Essas ligações podem auxiliar na
nutrição dos neurônios, ao permitir a passagem de substâncias vindas do sangue. Também são
responsáveis pela sustentação física do tecido nervoso e pelo processo de recuperação de lesões,
ocupando os espaços que os neurônios ocupavam em caso de morte destes com um tecido de cicatrização
resultante da multiplicação dos astrócitos.

Oligodendrócitos: são células que também possuem prolongamentos, que se enrolam sobre as neurofibras
do SNC, envolvendo-as com camadas de sua membrana plasmática que constitui a bainha de mielina, que
auxilia na transmissão dos impulsos nervosos isolando o neurônio como se fosse um fio encapado.

Células de Schwann: são células presentes no SNP e desempenham papel semelhante ao dos
oligodendrócitos no SNC. Seus prolongamentos se enrolam sobre as neurofibras que constituem os nervos.

Micróglias: são macrófagos especializados em fagocitar restos celulares presentes no sistema nervoso.

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Ao longo do comprimento de uma neurofibra mielinizada apresenta interrupções chamadas de


nódulos de Ranvier, que são pontos de separação entre as células da glia adjacentes que forma a bainha
de mielina.
Pacientes com esclerose múltipla sofrem com a degeneração gradual da bainha de mielina, tendo
como conseqüências a perda progressiva da coordenação nervosa, ocorrendo alterações de sensibilidade e
fraqueza muscular, seguida de perda progressiva da capacidade de andar. Ocorrem também distúrbios
emocionais, incontinência urinária e queda da pressão arterial.
Cada neurofibra é revestida por uma membrana de tecido conjuntivo denominada endoneuro. O
conjunto de neurofibras revestidas cada uma com endoneuro é envolvida por uma membrana conjuntiva
denominada perineuro. Os vários conjuntos de neurofibras são revestido também por uma membrana
conjuntiva denominada epineuro.

Sinapses nervosas

É a região de proximidade entre a extremidade de um axônio e a extremidade de um dendrito, onde


ocorre a transmissão do impulso nervoso. Quando essa sinapse ocorre entre um axônio e uma célula
muscular, é chamada de sinapse neuromuscular.

Sinapse elétrica: ocorrem nas regiões relacionadas com a produção de movimentos rápidos e repetitivos.
Nessas sinapses não existem neurotransmissores, as membranas das células se comunicam através de
junções do tipo gap.

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Sinapse química: é o tipo mais comum de sinapse nervosa. É caracterizada pela ausência de contato físico
entre os neurônios nos locais de passagem dos estímulos nervosos. Os neurotransmissores utilizados
nesse tipo de sinapse são localizados nas extremidades dos axônios, que são dilatadas e seus citoplasmas
possuem vesículas com essas substâncias. O espaço entre as extremidades dos neurônios envolvidos na
sinapse é chamado de fenda sináptica.
Quando os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica se ligam a proteínas receptoras do
neurônio pós-sináptico, originando um novo impulso. Quando não há necessidade da continuação do
estímulo nervoso, os neurotransmissores são destruídos por enzimas.

Todas as imagens contidas nesse material estão disponíveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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10. SESSÃO LEITURA

Osteoporose pode atingir jovens e crianças, alertam médicos

DANIELA ORTEGA
do Agora

Doença conhecida por atacar mulheres pós-menopausa e idosos, a osteoporose pode também aparecer em
crianças e jovens, apesar de ser mais rara nesses grupos.

Na verdade, ela atinge 25% das crianças com doenças crônicas, principalmente as que interferem na
ingestão e na absorção de nutrientes --especialmente cálcio e vitamina D, o que leva à perda de massa
óssea e ao aumento da fragilidade dos ossos. Entre os problemas que podem levar a isso incluem-se
doenças intestinais, reumáticas e renais crônicas, além de fibrose cística e de anorexia.

"É uma doença bem silenciosa, não tem um sintoma característico, por isso, só aparece em fase avançada,
quando começam as fraturas", diz o Henrique Mota Neto, presidente do Comitê de Osteoporose e Doenças
Osteometabólicas da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), ressaltando a importância
da consulta médica e da realização de exames sempre que houver indícios da doença.

Segundo Maria Teresa Ramos Ascensão Terreri, reumatologista pediatra do Hospital Professor Edmundo
Vasconcelos, um tratamento preventivo pode melhorar a qualidade de vida dos pequenos pacientes, o que
só é possível se a doença for identificada em crianças com doenças crônicas.

Além disso, a doença também pode afetar jovens que consomem baixa quantidade de cálcio na
alimentação e que têm fraturas de repetição e histórico familiar de osteoporose. De acordo com Mota Neto,
a quantidade de cálcio recomendada para crianças varia de 800 mg a 1.000 mg. "E o consumo precisa ser
diário, mas, no caso de crianças, normalmente não é necessário haver suplementação."

No caso de adolescentes até os 18 anos, o consumo recomendado é de 1.300 miligramas por dia --mesma
quantidade aconselhada para mulheres grávidas e em fase de amamentação. Mota Neto lembra, entretanto,
"que a ingestão de cálcio por via alimentar nunca é demais".

Além do consumo de leite e de vitamina D, os especialistas também recomendam a exposição ao sol e a


prática de exercícios como medidas de prevenção ao problema.

Diagnóstico

O diagnóstico da osteoporose pode ser feito pelo exame de densitometria óssea, mas o exame clínico
também é necessário para avaliar se a perda óssea, no caso daquele paciente, é mesmo significativa.

Depois de verificada, a doença pode ser tratada com reposição de cálcio e vitamina D por meio de
medicamentos. E tanto a prevenção quanto o tratamento são necessários inclusive para evitar o problema
na idade adulta, já que, segundo os médicos, a massa óssea é formada durante a juventude e se deteriora
após os 30 anos.

Disponivel em:http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u567521.shtml. Acesso em


09/01/2014 às 17:05.

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Risco de transmissão do HIV pela amamentação é maior nos primeiros meses de vida do bebê

O risco de um bebê ser infectado pelo vírus da AIDS através da amamentação é maior durante os primeiros
meses de vida, conforme estudo conduzido entre mães infectadas e seus filhos na nação africana de
Malawi. A inexperiência materna com relação à amamentação pode aumentar o risco da transmissão.

O trabalho, conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde, da Escola de Higiene e Saúde
Pública de Johns Hopkins e do Colégio de Medicina de Malawi, foi publicado na edição de 25 de agosto
do Journal of the American Medical Association.

"Pouco se sabe sobre o momento da infecção por HIV através da amamentação ou de outros fatores de
risco associados. Essas descobertas e outros estudos em andamento auxiliarão as mulheres infectadas a
tomar decisões conscientes sobre a amamentação de suas crianças", explica Anthony S. Faucy, M.D.,
diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.

Em Malawi e em outros países em desenvolvimento, a amamentação é o método recomendado de


alimentação dos bebês, pois outras alternativas são escassas, arriscadas ou não aceitas culturalmente.

Os autores Paolo Miotti, M.D., Robert J. Biggar, M.D., e colaboradores investigaram o tempo e os fatores de
risco para a infecção. Apenas as crianças ainda não infectadas na primeira visita dos pesquisadores, seis
semanas após o nascimento, foram incluídas no estudo, pois testes positivos de HIV durante as primeiras
semanas de vida podem resultar também de infecções durante a gravidez ou parto. Testes durante os dois
anos subseqüentes revelaram que cerca de 7% das crianças foram infectadas pela amamentação. Além
disso, nenhuma foi infectada após a cessação da mesma.

Análises estatísticas demonstraram que mulheres com menos de quatro partos anteriores, bem como mães
mais jovens, apresentavam maior tendência de transmissão do HIV. Mães com menor experiência em
amamentação tendem a apresentar mastite subclínica, uma inflamação dos tecidos mamários, acarretando
maiores taxas de transmissão do HIV.

Disponível em: http://emedix.uol.com.br/not/not1999/99ago24inf-niai-sfh-AIDS.php. Acesso em 09/01/2014


às 17:15

ANEMIA
Anemia é o nome genérico de uma série de condições caracterizadas pela deficiência na concentração da
hemoglobina (elemento do sangue com a função de transportar oxigênio dos pulmões para nutrir todas as
células do organismo) ou na produção das hemácias (o mesmo que eritrócitos ou glóbulos vermelhos).

As anemias devem ser consideradas como sinal de doenças de base responsável pela
alteração sanguínea, ou seja, pela redução do número de eritrócitos circulantes.

Elas podem ser agudas ou crônicas, adquiridas ou hereditárias. São agudas, quando há perda expressiva e
acelerada de sangue, o que pode acontecer nos acidentes, cirurgias, sangramentos gastrintestinais, etc. As
crônicas são provocadas por doenças de base, algumas hereditárias (talassemia e anemia falciforme,
por exemplo) e outras adquiridas, como as que ocorrem por deficiência nutricional, na gestação, por
deficiência de ferro (anemia ferropriva, a mais comum), por carência da vitamina B12 ou de ácido fólico
(anemia megaloblástica).

As anemias são classificadas de acordo com o VCM (volume corpuscular médio), ou tamanho das
hemácias, em microcíticas , macrocíticas e normocíticas.

Sintomas
Os sintomas mais importantes da anemia aguda são provocados pela redução no volume de sangue
circulante. O principal deles é a queda da pressão arterial.

Nas anemias crônicas, a baixa na produção de hemoglobina provoca palidez cutânea e nas mucosas,
cansaço, falta de memória, tonturas, fraqueza, dores musculares, sonolência, falta de ar ou respiração
muito curta, palpitação e taquicardia, porque o coração é obrigado a bater mais depressa para garantir o
fornecimento necessário de oxigênio a todas as células do corpo. A intensidade dos sintomas aumenta com

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a atividade física.

Diagnóstico
Avaliação clínica e exames laboratoriais de sangue são fundamentais para o diagnóstico. Uma vez
constatado o distúrbio, é indispensável determinar sua causa para introduzir o tratamento adequado.

Tratamento
O tratamento das anemias é diretamente determinado pela doença de base que provocou a falta de
produção ou a destruição das hemácias.

Recomendações
* Palidez, gengivas esbranquiçadas, unhas descoloridas podem ser sinal de anemia. Procure um médico
para diagnóstico e tratamento, se necessário;

* Optar por uma alimentação saudável e variada é indispensável para prevenir a ocorrência de anemias
causadas por carência nutricional;

* O risco de anemia aumenta na gestação e durante o aleitamento materno, nos primeiros anos de vida das
crianças e nos idosos.

Disponível em: http://drauziovarella.com.br/letras/a/anemia/. Acesso em 09/01/2014 às 17:52.

OBESIDADE E CÂNCER DE MAMA


Drauzio Varella
Ao atingir a menopausa, mulheres obesas correm mais risco de desenvolver câncer de mama. A obesidade
é fator de risco também para câncer de cólon, esôfago, rim e endométrio – a camada que reveste a parte
interna do útero.

Em 2003, um estudo com 350 mil mulheres mostrou que a probabilidade de morte por câncer de mama
cresce com o aumento do índice de massa corpórea (IMC = peso/altura x altura).

Por outro lado, sete pesquisas clínicas realizadas pelo International Breast Cancer Study Group, com mais
de seis mil mulheres, não conseguiram estabelecer relação direta entre IMC e mortalidade pela doença.
Como essas publicações foram criticadas por razões metodológicas, a influência da obesidade no
prognóstico do câncer de mama tem permanecido controversa.

No mês passado, um grupo da Dinamarca publicou um estudo no qual foram acompanhadas 18.967
mulheres operadas de câncer de mama, por um período de 30 anos. É o levantamento mais completo já
relatado.

Comparadas às mulheres com IMC < 25, as que apresentavam IMC > 30 geralmente estavam na
menopausa, apresentavam tumores maiores, mais agressivos e com comprometimento mais extenso dos
linfonodos da axila.

O IMC não guardou relação com a probabilidade de desenvolver recidivas locais da doença, fato
provavelmente associado ao sucesso no tratamento da lesão primária.

O risco de metástases em órgãos distantes, ao contrário, teve relação direta com o ganho de peso: dez
anos depois da cirurgia, mulheres com IMC > 30 apresentaram mortalidade por câncer de mama 46% mais
elevada. Como esperado, a mortalidade geral desse grupo de também foi mais alta.

A análise estatística mostrou que a obesidade é por si fator de mau prognóstico, independente do tamanho
do tumor primário, do grau de agressividade e do número de linfonodos axilares comprometidos.

Ao contrário do que pensávamos no passado, o tecido adiposo não é um simples depósito de células
capazes de armazenar gordura para mobilizá-la nas épocas de vacas magras. Hoje sabemos que ele é
formado por diversos tipos celulares (adipócitos, pré-adipócitos, macrófagos, fibroblastos e células
endoteliais) dotados da propriedade de produzir tantos hormônios e mediadores químicos, que muitos o

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consideram a segunda glândula mais importante do organismo (a primeira é a hipófise).

Um dos principais hormônios produzidos pelo tecido gorduroso é o estrógeno. Como a obesidade que se
instala na menopausa contribui para a produção excessiva desse hormônio numa fase da vida em que seus
níveis deveriam estar em queda por causa da falência da função ovariana, os tecidos sensíveis à ação
estrogênica ficam mais expostos aos estímulos que provocam multiplicação celular.

Por outro lado, a obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico instalado no interior do
tecido gorduroso. O estado inflamatório crônico resultante contribui para o aparecimento de resistência à
insulina e para a proliferação e progressão de células malignas. Moléculas pró-inflamatórias produzidas nos
acúmulos de tecido adiposo, inclusive naqueles localizados na própria mama, criam um meio fértil para a
multiplicação celular.

Além desses fatores que atuam na resposta inflamatória, os adipócitos secretam moléculas conhecidas
como adipocinas, entre as quais a leptina e a adiponectina, que estão ligadas ao controle dos mecanismos
de fome e saciedade. Na circulação sanguínea de pessoas obesas, os níveis de leptina estão mais
elevados e os de adiponectina mais baixos, perfil bioquímico que favorece a formação de metástases e a
progressão da doença.

A obesidade interfere, ainda, com a produção de insulina e com o fator de crescimento conhecido como
IGF-1, que também contribuem para aumentar o risco do aparecimento da doença.

Mulheres que tiveram câncer de mama devem fazer de tudo para manter o IMC abaixo de 25.

Disponível: http://drauziovarella.com.br/mulher-2/cancer-de-mama/obesidade-e-cancer-de-mama/. Acesso


em 09/01/2014 às 18:02.

11:PINTOU NO ENEM
1)Enem/2013) A imagem representa uma ilustração retirada do livro De Motu Cordis, de autoria do médico
inglês William Harvey, que fez importantes contribuições para o entendimento do processo de circulação do
sangue no corpo humano. No experimento ilustrado, Harvey, após aplicar um torniquete (A) no braço de um
voluntário e esperar alguns vasos incharem, pressionava-os em um ponto (H). Mantendo o ponto
pressionado, deslocava o conteúdo de sangue em direção ao cotovelo, percebendo que um trecho do vaso
sanguíneo permanecia vazio após esse processo (H-O).

Disponível em: www.answers.com. Acesso: 18 dez. 2012 (adaptado)


A demonstração de Harvey permite estabelecer a relação entre circulação sanguínea e
A) pressão arterial
B) válvulas venosas
C) circulação linfática
D) contração cardíaca
E) transporte de gases.

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2)ENEM 2009 Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante
foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB)
em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia
coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade
e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na
extração do hormônio a partir do pâncreas de animais abatidos.

Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado).

A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência,

A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno.


B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.
C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios.
D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos.
E) a criação de animais transgênicos.

3)ENEM 2009 Para que todos os órgãos do corpo humano funcionem em boas condições, é necessário que
a temperatura do corpo fique sempre entre 36 ºC e 37 ºC. Para manter-se dentro dessa faixa, em dias de
muito calor ou durante intensos exercícios físicos, uma série de mecanismos fisiológicos é acionada. Pode-
se citar como o principal responsável pela manutenção da temperatura corporal humana o sistema

A) digestório, pois produz enzimas que atuam na quebra de alimentos calóricos.


B) imunológico, pois suas células agem no sangue, diminuindo a condução do calor.
C) nervoso, pois promove a sudorese, que permite perda de calor por meio da evaporação da água.
D) reprodutor, pois secreta hormônios que alteram a temperatura, principalmente durante a menopausa.
E) endócrino, pois fabrica anticorpos que, por sua vez, atuam na variação do diâmetro dos vasos
periféricos.

4) ENEM/2001. O hemograma é um exame laboratorial que informa o número de hemácias, glóbulos


brancos e plaquetas presentes no sangue. A tabela apresenta os valores considerados normais para
adultos. Os gráficos mostram os resultados do hemograma de 5 estudantes adultos. Todos os resultados
são expressos em número de elementos por mm3 de sangue.

Podem estar ocorrendo deficiência no sistema de defesa do organismo, prejuízos no


transporte de gases respiratórios e alterações no processo de coagulação sanguínea,
respectivamente, com os estudantes

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(A) Maria, José e Roberto.


(B) Roberto, José e Abel.
(C) Maria, Luísa e Roberto.
(D) Roberto, Maria e Luísa.
(E) Luísa, Roberto e Abel.

5) ENEM/2005. A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela abaixo mostra como
a quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água
corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal.

Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório. Enquanto intacta,
essa amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a água do tecido, a
amostra passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma amostra de
(A) tecido nervoso – substância cinzenta.
(B) tecido nervoso – substância branca.
(C) hemácias.
(D) tecido conjuntivo.
(E) tecido adiposo.

12. SESSÃO: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO

1-(UECE-2002) As fibras musculares associam-se em feixes, constituindo os músculos. A sua contração


possibilita a realização de movimentos no corpo. Os movimentos peristálticos são produzidos por tecidos
musculares do(s) tipo(s).
a) estriado esquelético
b) liso
c) estriado cardíaco
d) estriado esquelético, liso e estriado cardíaco

2) (UFSCar-2003) Se um músculo da perna de uma rã for dissecado e mantido em uma solução isotônica
em recipiente hermeticamente fechado, o músculo é capaz de se contrair algumas vezes quando
estimulado, mas logo deixa de responder aos estímulos. No entanto, se a solução for arejada, o músculo
readquire a capacidade de se contrair quando estimulado. A explicação para o fenômeno é que o
ar fornece o gás
a) nitrogênio, necessário à transmissão do impulso nervoso ao músculo.
b) nitrogênio, necessário à síntese dos aminoácidos componentes da miosina.
c) oxigênio, necessário à oxidação da miosina e da actina que se unem na contração.
d) oxigênio, necessário à respiração celular da qual provém a energia para a contração.
e) carbônico, necessário à oxidação do ácido lático acumulado nas fibras musculares.

3) (PUCCamp-2005) Em provas de corrida de longa distância, que exigem resistência muscular, a


musculatura pode ficar dolorida devido ao acúmulo de
a) ácido láctico devido a processos anaeróbios.
b) ácido láctico devido a processos aeróbios.
c) glicogênio nas células devido à falta de oxigênio.
d) glicogênio no sangue devido à transpiração intensa.
e) sais e à falta de glicose devido ao esforço.

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4) (FaZU-2001) A região de encontro entre os neurônios e entre neurônios e órgãos, onde ocorre a
transmissão
química de impulsos elétricos, é denominada:
a) desmossomos
b) axônio
c) neuroglia
d) bainha de mielina
e) sinapse

5) (Fatec-2005) Uma dona de casa encostou a mão num ferro quente e reagiu imediatamente por meio de
um ato
reflexo. Nessa ação, o neurônio efetuador levou o impulso nervoso para:
a)o encéfalo.
b)a medula espinhal.
c)os receptores de dor da mão.
d)os receptores de calor da mão.
e) os músculos flexores do antebraço.

6) (UECE-2007) Na espécie humana, o tipo de tecido conjuntivo que forma o Tendão de Aquiles é
a) cartilaginoso.
b) denso modelado.
c) adiposo.
d) ósseo.

7) (UECE-2005) Para serem atravessadas pelos nutrientes, as células intestinais se apresentam:


a) pavimentosas, dando ao nutriente a oportunidade de percorrer uma pequena distância
b) esféricas, para absorver nutrientes de todas as direções
c) cúbicas, distribuindo o suco entérico uniformemente
d) prismáticas com microvilosidades, para aumentar a superfície de absorção dos nutrientes.

8) (UFMG-2007) A doença celíaca consiste em um distúrbio inflamatório do intestino delgado, que ocorre
em indivíduos com sensibilidade ao glúten e à ingestão de trigo, centeio ou cevada. Analise estas duas
figuras, em que está representada uma região do intestino delgado em um indivíduo normal – I – e em um
indivíduo com doença celíaca - II:

Considerando-se a alteração estrutural representada na Figura II, é INCORRETO afirmar que indivíduos
portadores de doença celíaca podem apresentar
a) baixa produção de hemoglobina.
b) diminuição da densidade mineral óssea.
c) aumento da absorção de água.
d) retardo do crescimento corporal.

9) (UEPB-2006) Uma pessoa foi transportada para uma região de grande altitude, onde a atmosfera é
rarefeita. Observou-se que nessa pessoa ocorreu:
a) um aumento do número de leucócitos.
b) uma diminuição da freqüência dos movimentos cardíacos.
c) um aumento do número da hemácias.
d) uma diminuição da pressão sangüínea.

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10) (PUC - RS-2006) Neutrófilos, monócitos (que se diferenciam em macrógafos) e eosinófilos são os três
tipos de fagócitos que fazem parte de uma classe de componentes do sangue chamada
a) anticorpos.
b) hemácias.
c) plaquetas.
d) glóbulos vermelhos.
e) glóbulos brancos.

11) (PUC - RJ-2008) O tecido epitelial tem como função fazer o revestimento de todos os órgãos do corpo.
Neste sentido, pode-se afirmar que:
a) é ricamente vascularizado.
b) suas células são anucleadas.
c) suas células encontram-se justapostas.
d) apresenta junções celulares como as sinapses.
e) possui grande quantidade de substância intercelular.

12) (FaZU-2001) As células do sangue são originadas decélulas totipotentes que estão localizadas:
a) no tecido nervoso
b) no tecido muscular liso
c) na medula óssea vermelha
d) no tecido muscular estriado
e) no tecido cartilaginoso

13. GABARITO

SESSÃO:PINTOU NO ENEM.

1-B 2-D 3-D 4-A 5-D.

SESSÂO: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO.

1-B 2-D 3-A 4-E 5-E 6-B 7-D 8-D 9-C 10-E 11-C 12-C.

REFERÊNCIAS

AMABIS, J. M., MARTHO, G. R. Biologia das Células, 2. ed. v. 1. São Paulo: Moderna, 2004. 464 p.

JÚNIOR, C. S.; SASSON, S. Biologia, 8. ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2005. 400 p.

JUNQUEIRA, LUIZ CARLOS, CARNEIRO, JOSE. Histologia Básica.11 ed.Rio de Janeiro.2011.

LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje, 1. ed. v. 1. São Paulo: Ática, 2010. 464 p.

LOPES, SÔNIA, ROSSO, SERGIO. Biologia – Volume único. Ed saraiva. São Paulo-SP.2005

MENDES, R. Biologia: caderno de revisão. São Paulo: Moderna, 2011. 151 p.

PAULINO, W. R. Biologia, 1. ed. v. 1. São Paulo: Ática, 2005. 320 p.

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