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MEMORABILIA DO JUDO EM SANTOS

ESTÓRIAS, MEMÓRIAS E PERSONAGENS

Inicialmente, o Memórias do Judô em


Santos nasceu do esforço dos veteranos
deste esporte em registrar suas memórias
através de depoimentos, entrevistas e
encontros realizados no Centro de Memória
Esportiva Museu De Vaney, equipamento
municipal que reúne e estimula o convívio
de atletas amadores. O espaço existe desde
1991 e concentra galeria de troféus
conquistados por atletas amadores que
defenderam a cidade nos Jogos Abertos e
Regionais a partir de 1939 o que lhe
conferiu o status de museu. Conta ainda,
com cronologia esportiva, acervo
iconográfico, biblioteca e hemeroteca
esportiva além de acervos pessoais doados
por atletas, professores e técnicos
esportivos sendo também um espaço de

convivência de esportistas da velha guarda. Subordinado à Secretaria de Esportes foi


criado pela Prefeitura Municipal de Santos e tem como patrono o saudoso jornalista,
escritor e cronista esportivo Adriano Neiva da Motta e Silva, o De Vaney, que
manteve, durante décadas, uma legião de fãs de suas crônicas sendo o responsável
por colaborar para que Santos, cidade litorânea do estado de São Paulo, fosse eleita
como o município mais esportivo do Brasil.

Hoje, muitos destes missionários do Judô, responsáveis por introduzir e divulgar o


esporte no Brasil e em diversos municípios, incluindo a cidade de Santos não estão
mais entre nós. Porém, as memórias de suas trajetórias permaneceram vivas e
contém preciosos ensinamentos de fundo moral, filosófico e espiritual, próprios da
essência do Judô.

Kodansha José Gomes de Medeiros

Após décadas tentando divulgar os primórdios desta fascinante história, finalmente


“a missão” foi cumprida através deste projeto de memorabilia.

Tal realização só foi possível devido ao esforço incansável e idealista do Kodansha


José Gomes de Medeiros que conheceu, aprendeu e conviveu com a primeira
geração de judocas de Santos. Por sua dedicação ao Judô como atleta, professor e
árbitro não somente herdou o legado de seus antecessores como conquistou o
direito incontestável de rememorar os feitos de seus mestres às vindouras gerações.

Por mais de sessenta anos, Medeiros reuniu uma vasta coleção de fotografias,
depoimentos, entrevistas e notícias publicadas em revistas e jornais, anotações de
próprio punho, medalhas, troféus, diplomas, flâmulas e emblemas.

Durante toda a sua vida, o amistoso sensei Medeiros cuidou de conhecer, integrar e
manter-se sempre acessível e disponível na divulgação, ensino e prática do esporte
da terra do sol nascente.

Interagiu e ainda interage, com grande disposição, com a comunidade judoística que
ajudou a formar e consolidar.

Treinou crianças, jovens e adultos para campeonatos tornando-se figura bastante


conhecida em Santos.

Nunca desistiu de honrar a promessa feita aos mestres que teve no Judô ao longo de
sua vida, a de escrever sobre a introdução do Judô na cidade que abraçou com sua.

Dedicou grande parte do seu tempo a garimpar informações junto a amigos e


parentes destes lendários judocas dos quais recebeu, inclusive, alguns acervos e
fotos pessoais.

E finalmente encontrou, anos depois, no mesmo Centro de Memória Esportiva onde


a missão de contar esta história surgiu, a organização necessária e a parceria
apropriada para que este projeto fosse realizado.

Eis a História do Judô em Santos! Uma história que convida a uma reflexão apurada
sobre os ideais do Judô, sua essência, sua filosofia e como isso era vivenciado e
honrado pelos ancestrais do esporte. Uma história de Kiais¹!

Simone Dimitrov Rocha Vieira

Kiai¹: grito de força que representa a “união dos espíritos.” No Japão, há a prática do Kiai do
— caminho do grito da força — em que o praticante chega a ter medo do próprio grito.
Também significa energia fluente, em sua tradução literal.
“A HISTÓRIA DO JUDÔ EM SANTOS”

Em Santos, o Judô demorou um pouco a chegar e, no final dos anos 40, a cidade
possuía uma grande colônia japonesa mas nenhuma academia que oferecesse o
treinamento do Judô.

SENSEI HIKARI KURACHI, O SAMURAI DOS SAMURAIS E INTRODUTOR DO JUDÔ EM SANTOS

O mais velho dos irmãos Kurachi, o Mestre Hikari


Kurachi, nasceu em 09 de abril de 1927, na Ilha de
Fukuoka-Japão, próximo a Nagasaki.

A família Kurachi chegou ao Brasil em 1934, a bordo


do navio Marina Maru no Porto de Santos/SP e
migrou para o interior de São Paulo estabelecendo-
se numa fazenda de cultivo de café em São
Simão/SP. No entanto, não se adaptaram a vida
pacata no campo vindo a fixar residência, um ano
depois, em Itapecerica da Serra/SP cidade que
concentrava muitas famílias japonesas dedicadas ao
cultivo de batata.

Aos 10 anos de idade, Hikari Kurachi iniciou os


treinos do Judô com o Sensei Yuiti Hasshizume que
Hikari Kurachi também lecionava japonês, Sumô e corridas em uma
Campeão Panamericano escola da colônia japonesa. Após as aulas normais, a
sala de aula tornava-se uma grande academia de
Judô.

O Judô sempre foi a grande paixão de Hikari Kurachi. Aos 16 anos de idade o jovem Kurachi
formou-se faixa preta. Aos 19, tornava-se 2º DAN de Judô devido as suas habilidades notáveis.
Após a aquisição do título de Nidan, tornou-se aluno do lendário Mestre Ryuzo Ogawa na
Academia Ogawa em São Paulo.

O mestre Ogawa costuma formar no Judô e posteriormente delegar a nobre missão aos seus
pupilos de introduzir o esporte em diferentes cidades do Brasil através de novos dojos filiados à
Associação Ogawa de Judô.

Sensei Ogawa havia tentado introduzir o Judô em Santos contando com a ajuda de Takeo Yano e
posteriormente enviou o seu filho Matsuo Ogawa porém foram tentativas sem sucesso.
A missão viria a ser realizada em 1947, quando o promissor Sensei Kurachi, com apenas 20 anos
de idade tornou-se 3° DAN. Após, foi enviado a Santos com a tarefa de iniciar os treinamentos
do Judô realizando finalmente o antigo sonho do persistente Mestre Ogawa. O desbravador e
perspicaz Mestre Hikari Kurachi se tornaria, oficialmente, o introdutor do Judô na cidade de
Santos.

A família Kurachi

Foto: Google Maps 2013


estabeleceu- se
inicialmente na Rua Chile
n° 12 no bairro da Vila
Nova em Santos, próximo
ao velho mercado.
Coincidentemente, eram
vizinhos de rua da família
de José Gomes de
Medeiros, na época com
13 anos de idade.
Saudosamente Sensei
Medeiros relembra que,
junto aos seus irmãos
costumavam acompanhar,
da janela de sua casa, a
programação da televisão Residência da Família Kurachi na Rua Chile n ° 12 em Santos/SP
dos japoneses, uma das Fonte: Depoimentos do Kodansha José Gomes de Medeiros e Sensei Onça.
primeiras famílias a
possuírem o aparelho.

Implantar a Associação Santista de Judô

Diferente de muitos companheiros de Judô de sua época, Hikari Kurachi não apreciava
apresentar-se em desafios, maneira encontrada por muitos adeptos do esporte para
realizar seus propósitos sendo que muitos viviam dos cachês dos desafios e outros até
fama conquistaram desta forma já que as revistas e jornais da época noticiavam essas
disputas e não haviam ainda campeonatos oficiais.

Assim que chegou em Santos, a primeira iniciativa de Kurachi foi a de buscar


patrocínios entre comerciantes santistas.

Era notório um senso nato de idealismo no Sensei. No entanto, o que mais chamava a
atenção era a sua visão empreendedora avançada em relação à sua época. O plano do
jovem Mestre era obter a cessão de um local para iniciar o treinamento do Judô entre
outras estratégias denotando uma visão orientada para o marketing esportivo, termo e
prática desconhecidos naquele tempo.

Persistente como todo aquele que tem espírito de


campeão, Kurachi não demoveu esforços até conseguir
realizar o seu intento e assim cumprir a missão de fundar
sua própria academia, a Associação Santista de Judô que
viria a ser conhecida como a primeira academia oficial de
Judô em Santos.

A sua sorte fora lançada e, até cumprir o seu intento, um


longo caminho havia de ser percorrido.

Uma ação midiática em pleno final dos anos de 1940

Carlos Gracie “chutando” Jiu Jitsu Para divulgar o treinamento do Judô, Kurachi
resolveu realizar uma demonstração da “Nobre
Art” que ficaria marcada na história esportiva da
cidade.

Para isso, era fundamental que esta


apresentação causasse grande impacto e
atraísse grande número de interessados.

Como bom estrategista que era, Kurachi


idealizou o evento dessa forma: a ele caberia a
apresentação das técnicas do Judô e a “lenda”
Carlos Gracie, que já possuía seguidores por
todo o Brasil, a imperdível demonstração das
técnicas do Jiu Jitsu brasileiro, que lhe fora
ensinado por Conde Koma e posteriormente
sistematizado pela família Gracie.
Para agradecer e homenagear a passagem de Carlos Gracie em Santos cujo nobre
propósito foi divulgar a arte do Jiu Jitsu, colaborar com a implantação do Judô e com
auxiliando grandemente o Mestre Kurachi em seu intento, disponibilizamos os 12
Ensinamentos de Carlos Gracie engrandecendo ainda mais essa Meborabilia e, ao
mesmo tempo, suscitando o resgate e a reflexão de importantes valores:

Ao extinto Esporte Clube Senador Feijó coube a cessão do espaço para a


apresentação que seria imperdível para a nata dos esportistas de Santos na época.
Sede do extinto E.C. Senador Feijó,
local onde ocorreu a primeira
apresentação oficial de Judô em Santos

O jornal A Tribuna graciosamente apoiou a novidade conforme o anúncio publicado


no jornal A Tribuna em 30 de setembro de 1949, página 06:
Uma carta póstuma é misteriosamente encontrada!

O saudoso judoka santista, Felício Agostinho da


Purificação, em carta póstuma pertencente ao
acervo do Centro de Memória Esportiva –
Museu De Vaney relata com grande emoção que
compareceu a demonstração de Judô realizada
pela Academia Hikari Kurachi na sede do E.C.
Senador Feijó

“Lá estavam presentes Gildo Gioia,


Moacir Costa, João Salgado entre outros
interessados que se tornariam, assim
que conquistassem a faixa preta, os
primeiros professores da região!”

Após o término da apresentação, Felício foi


apresentado ao Professor Hikari Kurachi por seu
O Sensei Felício Agostinho da amigo Gildo Gióia.
Purificação em foto de 1950, um
dos primeiros alunos do Sensei Kurachi então os convidou a filiar-se a entidade,
Hikari Kurachi! convite prontamente aceito com estusiasmo e
Fonte: Acervo pessoal de José grande satisfação!
Gomes de Medeiros – CME – Museu
De Vaney
João Salgado, Felício Agostinho da Purificação, Gildo Gioia, e Moacir Costa, faziam
parte da nata do esporte amador de Santos. Praticavam diversas modalidades
esportivas e se destacavam como grandes competidores na cidade isso em uma
época em que ser esportista não era profissão muito menos conduzia a fama e
fortuna. Era uma turma bastante eclética e interessada em novas modalidades.
Conheciam pouco sobre o esporte da terra do sol nascente mas nutriam grande
curiosidade e muita vontade de praticar algo diferente. Este esporte era, sem
dúvida, o Judô, modalidade que alia arte marcial e defesa pessoal. Sim, aulas de
Judô! Era tudo o que a cidade de Santos, a mais esportiva do Brasil, precisava ter e
ainda não tinha!

Mas agora havia um mestre procurando alunos e um dojo e isso não seria mais
problema já que havia o Gildo Gióia, o cara que animava a rapaziada a aderir as
novidades, maior divulgador que ele não havia!
E assim, o Gildo foi convencendo a turma a fazer aulas de Judô. E logo uma classe
havia sido montada! Agora só faltava encontrar um dojo, mesmo que provisório!

Em 05 de outubro de 1949, nascia oficialmente a Academia Santista de Judô,


também conhecida como Associação de Judô de Santos ou Academia Hikari Kurachi.

Um dojo no porão de uma velha pensão

Sensei Kurachi precisava de um Dojo...

Mas afinal o que significa Dojo em japonês?

“Dojo (道場, sítio do caminho ?, Dōjō) é o local onde se treinam artes marciais
japonesas. Muito mais do que uma simples área, o dojo deve ser respeitado como se
fosse a casa dos praticantes. Por isso, é comum ver o praticante fazendo uma
reverência antes de adentrar, tal como se faz nos lares japoneses.

O termo foi emprestado do Zen Budismo, significando um local de iluminação, onde os


monges praticavam a meditação, a concentração, a respiração, os exercícios físicos e
outros mais. Decompondo-se a nos kaniis, ver-se-á que «dō» quer dizer «caminho»,
«estrada» ou «trilha» (sentido espiritual), e «jō», «lugar», «espaço físico», «sítio».”

Inicialmente, o primeiro local que Kurachi conseguiu para dar segmento aos treinamentos
possuía instalações precárias já que os treinos eram realizados no porão de uma velha pensão
de japoneses situada na Rua Freitas Guimarães, 26 no bairro da Vila Nova.
Edificação onde funcionou a pensão para japoneses que cedia o seu porão (porta esquerda) para os
treinos de Judô do Sensei Hikari Kurachi. Foto Google Maps

Segundo o relato póstumo do Sensei Felício, poucos dias depois da inauguração, ingressaram
dois grandes amigos João Salgado e Fernando Azevedo que viriam a se tornar grandes
companheiros de treino e os primeiros professores do esporte em Santos. Estava configurada a
primeira geração de judocas santistas!

Ao final dos treinos, podia-se tomar banho de tina com água quente e, para quem apreciava a
exótica comida japonesa, eram servidos peixe crú com molhos e mostarda.

O local permaneceu por alguns meses com treinos informais e, antes que conseguisse encontrar
um local definitivo, a Academia Hikari Kurachi Santista de Judô estabeleceu-se provisoriamente
em uma sala que ficava em cima de um tradicional bar, localizado na Rua João Pessoa, esquina
com a Rua Martim Afonso no Centro de Santos.
Fonte: Google Maps 2011

Tremei! Os famosos Ukemis de Kurachi!

A execução dos exercícios do Ukemi (queda ou rolamento executado em dupla) incomodavam


os frequentadores do bar já que as paredes de madeira tremiam a cada execução de Ukemi.
Realizadas com maestria e perfeição as quedas abalavam a estrutura do antigo prédio cujo pé
direito possuía cerca de 6 metros e, em suas paredes haviam diversas prateleiras contendo
garrafas e copos. Muitas vezes, estas garrafas tremiam ou mesmo “voavam” das prateleiras já
que os Ukemis do Mestre eram realizados até a completa exaustão. Kurachi, sempre fora muito
enérgico e costumava contar com o auxílio de uma vara de bambu para estimular os treinos e
impor disciplina. Seu maior objetivo era tornar os seus discípulos ágeis e comprometidos e,
consequentemente, aptos para a luta com qualquer adversário, não importando a altura e o
peso.

No entanto, o Sensei estava sendo pressionado a abandonar o local. Realmente, o sótão de um


velho botequim não era nada apropriado para a prática da Nobre Art. A execução dos golpes e
os brados dos Kiais importunavam os frequentadores em suas conversas e degustações. Lá,
ficaram menos de um mês! Kurachi sabia que era necessário procurar instalações mais
adequadas e espaçosas para abrigar uma Academia de Judô, a 7ª das treze filiais da Budokan do
Kodansha Ryuzo Ogawa. Era preciso encontrar um local definitivo para ser o endereço de uma
Academia cuja missão seria a de ensinar com esmero um esporte que detém filosofia mui
respeitosa e requer o ensino e prática primorosa da técnica. Além disso, um local adequado
dignifica tanto o mestre como os alunos. Dignifica também a cidade que a abrigaria além de
contribuir para a conservação e o respeito do título que Santos até hoje detém, a de ser o
município mais esportivo do Brasil.

Finalmente um Dojo para chamar de seu!

Depois de longa procura pelo local ideal Kurachi finalmente encontrou uma sala de armazém de
café que fora cedida com a ajuda de comerciantes do ramo. Afinal, Santos é também a terra da
caridade como bem ilustra o seu brasão de armas!

A Academia de Judô em Santos de Hikari Kurachi estabelecia-se em um endereço definitivo! Um


antigo casarão na Rua Tuiuti, 83 (atual Praça Azevedo Júnior, local que foi completamente
transformado com a demolição das edificações situadas na extinta rua).

O dojo possuía uma sala espaçosa com tatames e ocupava o 1° andar do casarão. Ficava
exatamente ao lado do prédio da Telegraph Western Co. também conhecida como Cabo Oeste.
Lá, permaneceram por cerca de 10 anos.
Antigo casarão ao lado esquerdo do imponente prédio da Western Telegraph Co. onde funcionou a
Academia Santista de Judô do Sensei Hikari Kurachi.

Fonte:

O apogeu!

Neste período, a Academia Santista de Judô Hikari Kurachi atingiu rapidamente o seu apogeu
ministrando três turnos de aulas com horários totalmente preenchidos e grande procura de
interessados em treinar o Judô.
Primeira foto da Academia Santista de Judô com o Sensei Hikari Kurachi e seus primeiros alunos – 1950

Fonte: Acervo pessoal de José Gomes de Medeiros doado ao Centro de Memória Esportiva – Museu De
Vaney

Aprender a cair, aprender a apanhar

As João Salgado

As aulas sempre foram ministradas pelo Sensei Kikari Kurachi salvo quando passou a contar com
os primeiros Faixas Pretas.

Estes primeiros senseis atuariam como multiplicadores disseminando a semente plantada por
Hikari Kurachi e Ryuzo Ogawa.
Alunos da Academia Santista de Judô com o Sensei Hikari Kurachi ao centro – 1951

Fonte: Acervo pessoal de José Gomes de Medeiros – Centro de Memória Esportiva – Museu De Vaney

Alunos da Academia Santista de Judô com o Sensei Hikari Kurachi ao centro em 1952.
Fonte: Acervo pessoal de José Gomes de Medeiros – Centro de Memória Esportiva – Museu De Vaney

O judokas numerados se tornariam os primeiros faixas pretas a disseminar o ensino do Judô em Santos e
a representar Santos nos Jogos Abertos do Interior e Torneios da Budokan.
Os tradicionais torneios da Budokan

Os torneios da Budokan eram realizados pelo Grande Mestre Riuzo Ogawa, faixa-preta do 6º
grau, presidente da Budokan Brasil e membro da Kodokan. Eram realizados no Ginásio do
Pacaembu na cidade de São Paulo e reunia, anualmente, os mais qualificados lutadores de Judô
de todo o país.

Alunos da Academia Santista de Judô com o Sensei Hikari Kurachi participando do Torneio Budokan
também conhecido como “Ju-Kendô Remmei” realizado no Pacaembu em julho 1953.

Da esquerda para direita, judokas santistas liderados pelo Sensei Kurachi integram as 7ª e 8ª filas.

Fonte: Acervo pessoal de José Gomes de Medeiros – Centro de Memória Esportiva – Museu De Vaney
Alunos da Academia Santista de Judô com o Sensei Hikari Kurachi ao centro em 1953.

Fonte: Acervo pessoal de José Gomes de Medeiros – Centro de Memória Esportiva – Museu De Vaney

Os primeiros Faixas Pretas outorgados em 04 de Setembro de 1953, após quatro anos da


fundação da Academia Santista de Judô, foram os judocas:

João Salgado Arcanjo;


Agostinho Felício da Purificação;
Toshyuki Myamoto;
Tadashi Kuwamoto;
Luiz Ferreira;
Hiroshi Minakaua;
Fernando Pais de Azevedo;
Valdir Pacheco.

Na sequência, vieram Manabo e Akira Kurachi (estes irmãos mais novos do mestre Kurachi).
Equipe santista da Academia de Judô de Santos filiada a Budokan na Sede da Academia Hombu
Bodokan em São Paulo.

Da esquerda para a direita:


Tadashi Kuwamoto, Sunji Hinata (aos 16 anos – faixa branca), Manabu Kurati, João Salgado, Hiroshi
Minakawa e o Mestre Hikari Kurachi.

Estes inesquecíveis e valorosos judokas consolidaram o Judô em Santos e esses primórdios


marcam uma época no qual os judokas santistas que obtiveram destaque na modalidade e não
apenas se tornaram senseis ministrando treinamentos de Judô em Clubes, academias como
também se tornaram os primeiros competidores da cidade. Inicialmente, representavam Santos
nos torneios realizados pela Budokan. Após, defendendo como judokas a cidade de Santos em
Jogos de Inverno da Cidade, Jogos Abertos e Regionais. Tempos depois, passaram a integrar a
seleção paulista e finalmente a seleção brasileira quando o Brasil passou a competir no II Pan
Americano.

Semear o Judô em Santos

Após os primeiros faixas-pretas serem formados pelo sensei Kurachi iniciou-se a fase de
disseminação do Judô na cidade de Santos.

O objetivo do sensei era multiplicar o esporte inserindo-o no maior número de clubes e


academias possíveis e abrindo aos seus alunos possibilidade de atuação como professores.

Kurachi começou a visitar diversos clubes e academias levando consigo seus melhores alunos.
A ação consistia em propor aos seus dirigentes a realização de uma demonstração de Judô e
convence-lo a abrir um dojo com tatames e professor para ministrar os treinos. Q
uem testemunhou essas demonstrações ficava no mínimo impressionado e bastante animado
tanto em colocar o esporte no local como acabava por despertar nas pessoas a vontade de fazer
o treinamento do Judô.

Foi dessa maneira que o Sensei Medeiros conheceu o Mestre Kurachi e seus alunos faixas-preta:

“Em maio de 1955, a Associação Atlética dos Portuários de Santos iniciou aulas de Jiu-jitsu tendo
como professor o Sensei Adriano Mattos. No final do mesmo ano, Sensei Kurachi e seus pupilos
da Academia Santista de Judô compareceram ao Portuários para realizar uma demonstração de
Judô. O Sensei Adriano Mattos e seus alunos, entre eles o jovem José Gomes de Medeiros,
ficaram tão impressionados com a técnica brilhante que até o Sensei Adriano Mattos adotou o
novo esporte. A partir desse dia, a Associação Atlética dos Portuários de Santos deixou de
oferecer treinos de Jiu Jitsu passando a ministrar treinamento de Judô tendo o auxílio dos sensei
Kurachi e seus alunos.”

Kurachi já havia realizado demonstrações de Judô e implantado o esporte em outros clubes


como: Clube de Regatas Saldanha da Gama, Clube de Regatas Vasco da Gama, Clube
Internacional de Regatas e o IT Clube do José Menino.

Paralelamente, ao trabalho e atuação de Kurachi frente a Academia Santista de Judô outro


importante Sensei passou a chamar a atenção no meio judoístico santista, o Sensei Hirano
responsável por treinar e revelar vários judocas: Marco Antônio Marcolin, Delso dos Santos,
Ricardo Antônio Passos Gonzalez, Roberto Jô Hirano, Alberto Jorge Soares e Agostinho Feijó
Gonzalez.

Surgem as primeiras competições de Judô

1951 – Acontecia em São Paulo o primeiro campeonato oficial de Judô estadual.

1954 – É realizado o primeiro campeonato estadual de Judô do Rio de Janeiro

1954 – Primeiro Campeonato Brasileiro de Judô foi no Rio de Janeiro entre 12 a 14 de outubro
de 1954 pela Confederação Brasileira de Pugilismo. O judoka Masayoshi Kawakami é o grande
destaque desse campeonato sagrando-se campeão nas categorias 3º dan e absoluto;
1956 – O primeiro Campeonato Mundial de Judô
aconteceu em março de 1956 em Tóquio, no
Japão. Foi disputado apenas na categoria absoluto
masculino. O primeiro pódio foi composto por dois
japoneses e dois europeus com a seguinte
premiação ouro para Shokichi Natsui, prata para
Yoshihiko Yoshimatsu, ambos do Japão, e bronze
para Anton Geesink, da Holanda, e para Henri
Courtine, da França.

Em 1956, acontecia do II Campeonato Pan-Americano realizado na cidade de Havana em Cuba.

Oficialmente, essa foi a primeira participação do Brasil em uma competição no exterior.

A equipe brasileira era composta pelos judocas Massayoshi Kawakami, Sunji Hinata, Augusto Cordeiro,
Luiz Alberto Mendonça, Hikari Kurachi e Milton Rossi que conquistaram um honroso segundo lugar
emocionando toda uma geração de judocas visto que Kurachi se manteve na competição mesmo com o
braço quebrado.

Delegação Brasileira – Da esquerda para a direita: Massayoshi Kawakami, Augusto Cordeiro, Shunji
Hinata, Paulo Falcão (dirigente), Hickari Kurachi, Luiz Alberto Gama de Mendonça e Milton Rossi.

1956 Resultado II Campeonato Pan Americano – Havana - Cuba


(Competia-se por Kyu e por Dan)
Categorias Medalha Nome País
Campeão 1º Kyu 1-Ouro Luís Alberto Mendonça BRA

Vice-Campeão Prata Charles Lomas USA

Campeão 1º Dan 1-Ouro Milton Rossi BRA

Vice-Campeão Prata Thomas Dalton USA

Campeão 2º Dan 1-Ouro Lavern Raab USA

Vice-Campeão Prata Shunji Hinata BRA

Campeão 3º Dan 1-Ouro Frank Leszczynski USA

Vice-Campeão Prata Massayoshi Kawakami BRA

Campeão 4º Dan 1-Ouro Hikari Kurashi BRA

Vice-Campeão Prata Kenzo Uyeno USA

Campeão Absoluto Jhon Osako USA

Vice Campeão Massayoki Kawakami BRA

Equipe Campeã Lavern Raab, Frank USA


Leszczynski e John Osako

Vice-Campeã Massayoki Kawakami, Augusto BRA


Cordeiro e Hikahi Kurachi
O Mestre, competidor, técnico da Seleção Brasileira de Judô e campeão faixa-preta 4º Dan Hikari Kurati
cumprimentando Carlos Alberto Mendonça pela conquista do Pan-americano de Judô.

Mesmo com o braço quebrado sagrou-se Campeão!


Um acontecimento para lá de inusitado aconteceu
no 2º Campeonato Pan Americano que ficaria
marcado na história do Judô como exemplo
máximo de persistência e de doação pelo esporte e
principalmente pela equipe e nação representada.

No momento em que competia com Kenzo


Uyeno, judoka da seleção dos Estados Unidos,
Sem dúvida, o ponto máximo e inesquecível
ocorrido no Não podemos esquecer do Sensei
Hikari Kurachi, que fez uma luta com o braço
quebrado após uma chave de braço e venceu a
luta. Conheci o irmão dele Akira Kurachi também
professor e contava muitas histórias dele (Sensei
Kurachi).
abraça Hickari Kurachi, Campeão Faixa-
Preta 4º Dan e também um verdadeiro
herói, pois, seriamente, lesionado durante a
luta final pelo título, não quis interrompê-la,
e combatendo com apenas a habilidade de
um dos braços, obteve a vitória. Tão logo
desembarcou no Brasil foi encaminhado a
um hospital sendo, imediatamente, operado
nos ligamentos à altura de um de seus
cotovelos.
Em junho de 1956
1956 5 Torneio Budokan João Salgado campeão vence Sunji Hinata

1956 – II Campeonato Paulista de Judô realizado no Pacaembu seleção santista de Judô Manabu, Sunji
Hinata e João Salgado. Santos campeã paulista de Judô.

1957 – Realização do Torneio Internacional de Judô entre o Brasil e Argentina ocorrido no Rio de Janeiro
e em São Paulo.

1957 – Segundo Campeonato Brasileiro de Judô realizado em Belo Horizonte

1957 Torneio No Portuários “Troféu Professor Hikari Kurachi”


1958 – Fundação da Federação Paulista de Judô em 17 de abril de 1958

III CAMPEONATO PANAMERICANO DE JUDÔ - BRASIL - 1958


CAMPEÃO DO 1º KYU- YOSHIO HANRAKU - (BRASIL)
VICE-CAMPEÃO - FLORENTINO ALONSO - (ARGENTINA)

CAMPEÃO DO 1º DAN - LUIZ ALBERTO MENDONÇA- (BRASIL)


VICE CAMPEÃO - EDMUND NED - (USA)

CAMPEÃO DO 2º DAN - SHUNJI HINATA - (BRASIL)


VICE-CAMPEÃO - JUAN MORENO - (ARGENTINA)

CAMPEÃO DO 3º DAN - WILLIAM LEWOOD - (USA)


VICE-CAMPEÃO - MANABU KURACHI - (BRASIL)

CAMPEÃO DO 4º DAN- GEORGE HARRIS - (USA)


VICE-CAMPEÃO - MASAYOSHI KAWAKAMI- (BRASIL)

CAMPEÃO ABSOLUTO - GEORGE HARRIS E MASAYOSHI KAWAKAMI (EMPATADOS)

EQUIPE CAMPEÃ - B RASIL (MASAYOSHI KAWAKAMI, AKIRA YAMAMOTO E MANABU KURACHI )


VICE-CAMPEÃ- USA ( EDMUND NED, GEORGE HARRIS E
WILLIAM LEWOOD )
VICE-CAMPEÃO - MANABU KURACHI - (BRASIL)

1958 - Abertura do !! Campeonato Mundial!novembro de 1958

1959 João Salgado campeão estadual no Ibirapuera. Academia santista já sob direção de Akira Kurachi.

1959 – Campeonato Brasileiro de Judô em Porto Alegre Sunji Hinata já tinha ido pro Rio. João Salgado
em 3 lugar

1964 – O Judô tornou-se Esporte Olímpico em Tóquio inicialmente como modalidade de demonstração

1967 - As primeiras regras internacionais de Judô foram estabelecidas.

1969 – Fundação de Confederação Brasileira de Judô. Até então, o judô era regido pela Confederação
Brasileira Pugilismo.

1971 - O Campeonato Mundial de Judô de 1971 foi a 7° edição do Campeonato Mundial de Judô,
realizada em Ludwigshafen, Alemanha Ocidental, em 2 a 4 de setembro de 1971. Chiaki Ishii
conquista a medalha de bronze na categoria – 93 kg.
1972 - A Confederação Brasileira de Judô é reconhecida por Decreto Federal.

1972- O Judô torna-se modalidade oficial na Olimpíada de Munique.

1979 - O Campeonato Mundial de Judô de 1979 foi a 10° edição do Campeonato Mundial de Judô,
realizada em Paris, França, em 6 a 9 de dezembro de 1979. O último torneio em 1977 tinha sido
cancelado.

(Do Album de Oswaldo Simões) Equipe de Ouro do Brasil Jogos Pan Americanos de Porto Rico 1979:
Luis Shinohara,Luis Onmura, Roberto Machusso, Carlos Cunha, Walter Carmona, Carlos Fuscão Carlos
Pacheco, Oswaldo C. Simoes Filho e Técnico Prof. Oide.

Estes valorosos veteranos que consolidaram o Judô em Santos não apenas como Senseis mas também
como competidores em torneios de judô da Budokan.

Na década de 40/50, os torneios eram realizados por Faixa e não por categorias de peso como passou a
ser a partir de 1966 (?).
Paralelamente, a Academia Santista de Judô passou a ministrar aulas em Clubes tradicionais da cidade
como Associação Atlética Portuários de Santos, Vasco da Gama, Clube de Regatas Santista (demolido em
2000) Saldanha da Gama, It Clube, Atlético Santista e Estrela de Ouro.

Em dezembro de 1955, Mestre Kurachi concedeu uma entrevista de página inteira ao cronista esportivo
Jaime Pereira Pinto de “O Diário” (1936 a 1967) um antigo e extinto jornal local de Santos.

que com dedicação, talento multiplicaram a missão de colaborar com o aperfeiçoamento físico,
intelectual e moral do individuo em benefício da sociedade

Os primeiros alunos do Sensei Hikari Kurachi em Santos que se tornariam professores


multiplicadores

Galeria do Judô Santista

KIKARI KURACHI, “UM CAMPEÃO SEMPRE É HUMILDE, MAS NÃO SE HUMILHA NUNCA!”

Hikari Kurachi (*09/04/1927 + 22/07/1982)

Nascido na Ilha de Fukuoka no Japão, Hikari Kurachi veio


ao Brasil com a família em 1935.

Considerado o Pai do Judô em Santos fundou a primeira


Academia de Judô em junho de 1949.

Kikari Kurachi era extremamente respeitado entre os


judokas de sua época e até hoje é relembrado por
muitos de seus alunos como o Samurai dos Samurais.

As Academias que manteve em Santos e em São Paulo


eram consideradas de alto padrão esportivo e Kurachi
sempre promoveu excursões no qual levava seus alunos
para enfrentar alunos de outras academias.

Mas Kurachi não era apenas um empresário que visava


parcerias entre clubes e outras academias devido ao seu
elevado senso de publicidade. Ele foi um dos mais
notáveis senseis que o Judô brasileiro já teve e também
foi um Campeão , por amor ao Brasil!
Participou dos primeiros campeonatos do Judô que se
iniciaram na década de 50 atuando como competidor e
como técnico. Representou com patriotismo a nação que
escolheu de coração.

Kurachi era talentosamente rápido na entrada no


adversário e de uma agilidade tão impressionante que
dificultava qualquer reação. Ao Brasil proporcionou
vitórias gloriosas que o tornaram um dos maiores
campeões de todos os tempos. Numa época em que as
competições de Judô podiam ensejar lutas dignas de
Davi e Golias já que as competições eram por categoria
de faixas e não por peso.

“ESTE BRAÇO PERTENCE AO BRASIL!”

Além da técnica perfeita que detinha como judoka e


sensei. O golpe “Uchi-Mata” era executado por Hikari
Kurachi com extrema perfeição.

No Pan americano de 1956 ocorrido na cidade de Havana


em Cuba Hikari Kurachi disputava a medalha de ouro na
categoria faixa-preta 4 DAN com o americano Kenzo
Uyeno. Foi uma luta difícil e dramática e Kurachi acabou
quebrando um braço. A luta foi interrompida por um
breve momento com orientações médicas para que
desistisse. Mesmo com o braço quebrado Kurachi bradou
emocionado:

“Este braço não é meu! Este braço pertence ao Brasil!”

A luta prosseguiu e Kurachi rapidamente finalizou o


adversário com seu perfeito Uchi-Mata trazendo a
medalha de ouro para o Brasil.

UM GRANDE FILOSÓFO, UM MESTRE DA VIDA!

Quem teve a honra de conviver e de compartilhar a vida


nos tatames com o Mestre Kurachi jamais esquece:

Kurachi não era apenas um idealista, um professor e um


campeão. Ele era um Mestre da vida como relata a
família, os amigos e os discípulos que tiveram a honra de
tê-lo em seu convívio.

O Sensei Onça em seu depoimento fala que Kurachi


costumava orientar seus discípulos para terem uma vida
equilibrada e a evitar o excesso de fumo e álcool. Quem
saísse da linha costumava ser castigado no dojô com uma
vara de bambu.
Tinha sempre um ensinamento de cunho moral que
inspirava o silêncio e a reflexão e era admirado por sua
enorme sabedoria espiritual.

Kurachi foi um homem firme, honrado e justo. Rebelava-


se facilmente contra tudo que infringia os seus rígidos
princípios. Hikari e Manabu Kurachi após conflitarem
com as diretorias da FPJ e CBJ decidiram romper com as
mesmas.

O Sensei Luís Kurati, filho de Manabu e sobrinho de


Hikari Kurachi, colaborador na realização desta obra
rememora:

“Ainda criança, lembro que durante os treinos meu pai


Manabu e meu tio Hikari ficavam contando fatos
ocorrido ao longo de suas vidas e hoje colho benefícios
em todas as esferas das relações humanas e sabedoria
com a experiência passada por eles.

Isso mesmo! Além do JUDÔ, eles transmitiam experiência


de vida! Ensinavam como passar pelas intempéries da
vida, a importar-se e ajudar o próximo, a ser íntegro,
justo, leal e respeitador. Enfim, eram fortemente
pautados em uma filosofia de vida baseada nos bons
costumes”.
Sensei Lula Kurati

A primeira medalha internacional veio em 1956 no Pan-


americano em Cuba

outro momento foi do Maracanãzinho inteiro vaiando a decisão favoravel ao americano na


luta com meu pai Manabu.

Budokan realizado no Estádio do

Boas Sylvio, agradeço sua mensagem. Meu tio Hikari foi


professor por 25 anos no Paulistano, meu pai (Manabu) mais
20, eu por 5 anos e meu irmão (Andre) por 2 anos

JOÃO SALGADO ARCHANJO, A “FERA” DOS TATAMES NOS ANOS 50!


João Salgado Arcanjo (*08/01/1930 + 12/05/2007)
nasceu em Santos/SP.

Aos 18 anos, este descendente de espanhóis,


interessou-se pelas artes marciais, exatamente na
época em que Hikari Kurachi tentava implantar uma
filial da Budokan em Santos.

O jovem João Salgado foi um dos primeiros alunos do


Mestre Hikari Kurachi na Academia de Judô de Santos.
Descrito como um aluno comprometido, assíduo e
disciplinado logo se destacou entre os colegas
integrando o seleto grupo dos primeiros faixas-pretas
formados em Santos.

Aos 23 anos veio a primeira de muitas conquistas: foi


campeão absoluto de Judô em Ribeirão Pires.

Podemos considerar então que o judoka João Salgado é o primeiro campeão de Judô
nascido em Santos.

Em 1955, foi convocado para integrar a seleção santista de Judô durante o II Jogos de
Inverno da Cidade de Santos. Ao lado dos judokas companheiros de academia Hiroshi
Minakawa, Manabo Kurachi, Shunji Hinata, Gildo Gióia e tendo como técnico o Mestre
Hikari Kurachi defenderam Santos brilhantemente conquistando o título por equipes e
vencendo faixas pretas de academias de todo o Brasil.

Era o ano 1956 e Arcanjo sagrou-se campeão do 5° Torneio Faixa Preta do Budokan 3° Grau.
Ainda no mesmo ano, recebeu a medalha de vice-campeão paulista.

No ano seguinte, conquistou o 3° lugar no II Campeonato Paulista e posteriormente, foi


agraciado com a Taça Eficiência de “A Gazeta Esportiva”.

Em 1958, foi convocado para integrar a seleção paulista de Judô ficando com a terceira
colocação no Campeonato Brasileiro como 3º DAN.

Finalmente, em 1959, o talentoso judoka santista teve o seu momento máximo de


consagração quando se tornou Campeão brasileiro de Judô. No mesmo ano foi Campeão
nos Jogos de Inverno de Santos/SP.
Na década de 60 encerrou sua carreira como competidor recebendo a Medalha de Honra ao
Mérito pela Federação Paulista de Judô.

Em 1990 conquistou a Medalha “Masters” do Judô concedida 11ª Delegacia de Judô do


Litoral.

Em 2000 a Câmara Municipal de Santos homenageou João Salgado com a Medalha de Honra
ao Mérito “Brás Cubas”.

João Salgado Arcanjo é reconhecidamente o primeiro judoka nascido em Santos a se tornar


campeão brasileiro no Judô. Conhecido pela nata judoística como a “Fera dos Tatames nos
anos 50” destacou-se em uma época quando os primeiros campeonatos estaduais,
brasileiros e pan-americanos foram realizados.

Faleceu em 12 de maio de 2007 e em 00/00 foi homenageado no Evento Dia do Esportista


Amador por personalidades do esporte amador e autoridades da Prefeitura Municipal de
Santos.

As melhores lições são as lições de vida!

“Quando você pensa que sabe tudo, está na hora de aprender de novo!”
Certa feita, eu e os outros judokas da Academia Santista de Judô fomos lutar contra atletas de
uma academia no ABC. Na época, era muito comum esse tipo de embate entre as academias.
Eu, até então, era faixa marrom.

Nos combates contra os competidores da minha faixa venci tudo! Não satisfeito fui competir
com o pessoal da faixa preta do 1 º grau. Também ganhei! Depois, faixas pretas do 2º Grau.
Ganhei novamente! E depois, se ainda não era o bastante, venci também o grupo absoluto
com lutadores de todas as faixas.

Voltei para Santos com uma “tromba enorme”. Estava me achando o melhor! Como era faixa
marrom retornei com a idéia clara de que, após minhas conquistas, eu receberia a faixa preta
do meu professor, de Hikari Kurachi!

Como nessa época Hikari também dava aula no Internacional de Regatas e fui chamado junto
com outros alunos para também treinarmos lá. Depois do treino, todos foram embora e
Kurachi me pediu para permanecer no local.

Meu Deus! Ele me deu tanto tombo! Me derrubou umas mil vezes! Eu já estava precisando
segurar nas pernas dele para me levantar e recuperar.
Sensei Kurachi não era apenas um dos maiores professores de Judô de todos os tempos, ele
era um Mestre espiritual e fazia de tudo para me ensinar uma lição que trago até hoje comigo,
a da humildade de eterno aprendiz! Com aquele jeito oriental característico de japonês ele
disse:

“Quando você pensa que sabe tudo, está na hora de você aprender de novo!”

Pauto minha vida nesse inesquecível episódio e frase. É assim mesmo! Somos eternos
aprendizes da vida e o Judô incute uma disciplina e responsabilidade que levamos na nossa
existência e que estendemos para todas as áreas da nossa vida.

João Salgado, aprendiz da vida!

FELÍCIO AGOSTINHO DA PURIFICAÇÃO SOUZA


* 04/07/1922 + 28/02/2002

O estimado santista Felício Agostinho da Purificação


Souza nasceu em 04 de julho de 1922.

Ao longo de seus bem vividos 80 anos, dedicou-se a


várias modalidades esportivas: futebol, voleibol,
natação, karatê, judô e atletismo tendo se destacado
no Judô como professor e no Atletismo como
competidor no qual conquistou diversas premiações.

Defendeu a cidade nos Jogos Abertos do Interior, de


1941 a 1946, sagrando-se seis vezes campeão em
Atletismo. Participou de diversos campeonatos Jogos
Regionais, Bancários, Paulista e Brasileiro de
Atletismo, no qual foi bi-campeão.

Seu currículo esportivo completo é muito extenso


sendo conveniente nesta obra, explorar apenas a sua
importante contribuição na consolidação do Judô em
Santos.

Ingressou na Academia de Judô de Santos, filiada a


Academia Ogawa e dirigida por Hikari Kurachi em
1949 tornando-se um dos primeiros faixas pretas (1º
turma) em 1953.

Em 1959 graduou-se 4º DAN com o Professor Hikari


Kurachi.

Foi um dos professores multiplicadores que tinham


como missão dividir a instrução junto ao Sensei
Kurachi em outras academias e clubes. Ministrou
treinamentos no IT Clube, Marçal Clube, Clube
Internacional de Regatas, Polícia Técnica, Polícia
Marítima e Polícia Militar.

Depois que o Sensei Adriano Mattos, professor de Jiu


Jitsu do A.A. Portuários fora finalmente convencido
pela trupe de Kurachi a introduzir o Judô nesta
associação, Sensei Felício passou a assessorar
Adriano no Portuários e posteriormente ensinou
Judô na Academia Adriano Mattos e na Associação
dos Advogados de Santos.

Felício se destacou no Judô mais como Sensei tendo


participado de alguns torneios tradicionais como os
realizados pela Budokan.

Na década de 60 graduou-se faixa-preta tendo


professor o Mestre Shinzato.

Tornou-se faixa preta em Tae Kwon do em 1979


concedida pelo Mestre Sang Min Cho.

Felício sempre foi um facilitador do convívio


esportivo e social. Contribuiu enormemente com a
história e a memória esportiva da cidade em que
nasceu, viveu, trabalhou, constituiu família e
inúmeros amigos com os quais agraciou através da
versatilidade de seus feitos esportivos dignos de um
genuíno multiatleta.

Contribuiu, postumamente, para a realização desta


obra após uma antiga carta escrita por Felício ser
encontrada nos arquivos do Centro de Memória
Esportiva – Museu De Vaney por esta autora. Um
espantoso acaso sobrenatural que tornaria-se peça
fundamental de uma história escrita por tantas
mãos.
Assim era o amigo Felício Agostinho da Purificação
solícito, comprometido e realizador.

Felício foi um homem de raras qualidades morais e


espirituais. Não era de se admirar que, mesmo do
“outro lado da vida”, deixasse de colaborar com a
realização desta tão sonhada obra, a História do Judô
em Santos.

Felício talvez pensasse na posteridade. Certamente,


um dia, sua antiga carta já amarelada pelo tempo e
que fora lavrada através de seu depoimento ao
Centro de Memória Esportiva – Museu De Vaney
pudesse realizar sua última missão de judoka, o
convite a uma profunda reflexão e resgate de valores
morais e espirituais que somente o Judô possui e que
há muito foi esquecida.

Felício Agostinho da Purificação sem dúvida é o


idealizador desta obra cuja missão foi realizada
graças a persistência do Sensei José Gomes de
Medeiros. A esta autora só cabe agradecer pela
honra e oportunidade de também servir ao Mestre.

Félicio, além de muitas outras atribuições, foi perito


judicial na área cível, era maçon e bastante
conhecido pela sociedade santista do qual foi grande
benemérito

Faleceu em 28 de fevereiro de 2002

Era casado com a Sra. Marília de Andrade Souza e pai


de Felício Antônio e Mara Andrade Souza.

Cara Simone. Corrigindo em parte uma informação


acima, O Felício Agostinho da Purificação e Souza, Era
multiatleta inclusive faixa preta tambem de karatê. O
Onça a última vez que o ví foi no início dos anos 70,
eu então já com mais de quarenta anos fazendo parte
de um torneio por equipes, integrando a equipe de
São Bernardo,onde evidentemente por brincadeira
fui chamado de "traira" pelo Onça. Vou adorar esse
re-encontro.
AKIRA KURACHI

GILDO D´ALESSANDRO GIÓIA UM JUOKA QUE SE TORNOU VEREADOR E FOI PERSEGUIDO PELA DITADURA
FAZER - EMILIO ELIAS JUNIOR X GILDO D ALESSANDRO
GIOIA - Vistos, etc. EMILIO ELIAS JUNIOR, ja qualificado,
moveu
a presente acao de obrigacao de fazer contra GILDO
DALESSANDRO GIOIA, falecido, representado por
Aparecida Gema
Moretti, tambem qualificada, alegando tenha dela
adquirido do reu, em 15.05.2008 um veiculo VW Gol
Furgao, ano 1991/1992,
cor branca, mas que ate a presente data nao houve
transferencia do bem e agora que pretende faze-lo
descobriu que o reu
faleceu em 02.07.2008, nao tendo sido aberto
arrolamento de seus bens, dai porque pretende seja a
viuva compelida a fazelo, tomando as devidas
providencias junto ao Detran. E o relatorio. DECIDO. Com
o devido respeito, nao se pode pretender
que uma pessoa falecida cumpra uma obrigacao de
fazer, ate porque, abrindo-se a sucessao, cabe aos
herdeiros, ate a forca

GILDO D'ALESSANDRO GIOIA


VEREADOR - SANTOS/SP
Sanção: Suspensão de direitos políticos e
cassação de mandato.
D.O.: 08-07-1970, p. 5013.

HIROSHI MINAKAWA O PAI DO JUDÔ NA HEBRÁICA


TADASHI KUWAMOTO

ADOLPHO FIRVEDA AIRES (SENSEI ONÇA)


*02/07/1939

O santista Adolpho Firveda Arias, o Sensei Onça, nasceu


em 02 de julho de 1939 e além do Judô também jogou
futebol amador.

Ingressou na Academia de Judô de Santos em 1949 com


10 anos de idade. Interessou pelo Judô após tomar uma
merecida dose do mesmo daquele que viria a se tornar
um dos seus melhores amigos na juventude, Manabu
Kurachi, irmão mais novo do Sensei Hikari.

“Eu nunca paguei pelas aulas de Judô


MANABU KURACHI, UM BRAVO!
* 15/05/1938 + 17/11/2003

O saudoso judoka Manabu Kurati nasceu em Itapecerica


da Serra em 15 de maio de 1938. Mudou-se para Santos
ainda criança vindo a residir com a família na Rua Chile,
bairro de Vila Nova em Santos.

Filho Kakiti e Yume Kurachi iniciou-se no Judô em 1952


como aluno na Academia Ogawa e teve como Mestre
Ryuzo Ogawa.

Ainda na infância costumava ser um japonesinho


tímido e calado sendo o garoto Manabo possuidor
de um temperamento típico oriental. Em suas
primeiras aulas no dojô já dava mostras do grande
judoka que viria a se tornar.

Seu grande amigo de juventude, o Sensei Adolpho


Firmeda Arias, o Sensei Onça, em seu depoimento
relata:

“Eu era daqueles moleques que pareciam mais


velhos e que tirava uma onda com a cara de todo
mundo. Todos os dias eu arrumava uma encrenca
diferente. Eu adorava melindrar e debochar do
Japonês diverte-se Onça.

Manabu era calado e franzino e fazia de tudo para


não demonstrar que ficava nervoso.

Quanto mais eu o irritava mais invocado ele ficava


mas sempre conseguia se controlar, era
inacreditável a força mental que ele possuía!

Isso fazia dele uma das minha vítimas preferidas! Eu


o provocava com apelidos, piadas sobre japonês e
cantarolava musiquinhas que despertavam
gargalhadas viscerais da escola inteira. No fim do dia
era eu e toda a molecada maldando do japonês de
forma insistente e irritante.

Manabu era constantemente provocado por Onça,


um valentão de primeira! Dotado de um rico e
divertido repertório de apelidos e piadas troçava
diariamente de alguns de seus infelizes eleitos. O
“sardento” Onça não só destilava ironias e
provocações como também arrumava toda sorte de
confusões e brigas. Suas perseguições costumavam
encontrar força entre outros valentões que faziam
fama através das gargalhadas que causavam nas
meninas.

O japonesinho Manabu se sentia cada vez mais


perseguido e ultrajado mas persistia em manter seu
comportamento reto. Um dia, Onça estava tão
encapetado que começou a distribuir petelecos a
esmo na cabeça dos moleques.

Cansado, Manabu finalmente remediou o colega


com alguns bons golpes de Judô. A inusitada reação
se tornou uma das melhores brigas da “hora da
saída” da história do grupo escolar José Bonifácio. A
molecada eufórica gritava e aplaudia o japonesinho
emburrado que seguiu seu caminho impassível para
casa.

Nascia uma grande amizade entre Manabu e Onça o


que o estimulou a aprender o Judô.

Junto aos irmãos Hikari e Akira Kurachi dirigiu a


Academia Santista de Judô fundada em julho de
1949, 7° filial da Academia Ogawa e também
ministrou treinamento de Judô no Clube de Regatas
Santistas, Clube Athlético Paulistano, Ipê Clube e
Associação de Judô Manabu Kurati.
Defendeu a Federação paulista entre 1956 a 1958
sagrando-se tricampeão brasileiro por equipes.

Foi campeão brasileiro representando o estado de


São Paulo por categoria de faixas em:

1956 (faixa preta - 2 º DAN) campeonato ocorrido


em São Paulo/SP
1958 (faixa preta - 3 ° DAN) campeonato ocorrido
em Belo Horizonte/MG

Foi Vice Campeão (faixa preta – 3° DAN) brasileiro


no III Campeonato Panamericano de Judô em 1958
e campeão por equipe com Masayoshi Kawakami e
Akira Yamamoto.

Foi campeão brasileiro representando o estado de


São Paulo por categoria de peso e absoluto em 1965
(categoria Leve) em campeonato ocorrido no Rio de
Janeiro/RJ.

Em 1968, não aceitando as politicas da FPJ e da CBJ


se desligou de ambas as entidades.

Em 1973, manteve academias na cidade de Santos


na Rua Paraná e em São Paulo no bairro das
Perdizes.

Além de ensinar o Judô confeccionava quimonos de


judô e karatê de excelente qualidade!

Após 51 anos de dedicação total ao ensino do Judô


encerrou a sua carreira em 2003.

Em 17/11/2003 deixou este mundo vítima de


enfisema pulmonar.

Era casado com a Sra. Amélia Tomiko Kurati.

Deixou os filhos Luis Claudio Issao Kurati, - também


judoca - Simone Mitiko Kurati, André Issamu Kurati
e Andrea Miyuki Kurati Gamer.
SENSEI ROBERTO

SUNJI HINATA
ADRIANO MATTOS

A primeira mulher a iniciar treinamento do Judô em Santos foi


a esposa do sensei Adriano Mattos foi Raquel Mattos e Maria
Aparecida de Matos sua cunhada

Adriano considerava o dojô seu segundo lar tanto que seus


filhos pequenos brincavam e treinavam no dojô.

JOSÉ GOMES DE MEDEIROS

O Kodonsha José Gomes de Medeiros, idealizador desse projeto, nasceu 11 de maio de


1934, na cidade de Senador Eloi de Souza (antiga Caiada de Baixo), no estado do Rio
Grande do Norte.
Dedicando–se a prática de Judô, participou interruptamente no período de 1956
a 1970 de competições. Voltou a viver essa experiência somente em 1996 em
Osasco e Bragança Paulista.
RICARDO KIKUO ARASAKI
SATORU EBIHARA

Satoru Ebihara Sensei, nasceu em 26 de fevereiro de


1951, na província de Kagoshima-Ken no Japão. Em 1959,
com apenas 7 anos de idade, imigrou para o Brasil com
seus pais e irmãos.

Satoru Ebihara chegou ao Brasil em 1959, aos 7 anos de


idade fixando residência em Santos com sua família
tendo tido o seu pai como primeiro professor de Judô.

Em 1963, aos 11 anos, iniciou o treinamento do Judo


com o Sensei Ryuzo Ogawa, seu professor-formador
subindo semanalmente para São Paulo escondido de seu
pai tendo obtido na Academia Ogawa o seu
Modalidade: Judô, Natação e Levantamento de Peso

Nasceu em 26 de fevereiro de 1951, no Japão (naturalizado brasileiro)

Um atleta proprietário de um ecletismo singular e inenarrável. Conquistou diversos títulos, em


sua longa trajetória esportiva. Em 1954, aos três anos, inicia-se nas Artes Marciais, na
Academia Hayashi (Japão).
Chegando ao Brasil em 1959, aos 7 anos, após alguns percalços, sua família estabelece
residência em Santos/SP. O pai de Satoru, professor Kenji Ebihara (seu principal e grande
incentivador), um judoca consagrado e campeão de Yoshimatsu, estado Kagoshima-Ken,
começa a dar aulas no Estrela de Ouro Futebol Clube, levando-o para treinar com frequência.
Nos finais de semana, Satoru treinava jiu jitsu e judô, na Academia de Hiuzo Ogawa, na
Liberdade/São Paulo.
Satoru deu segmento de treinamentos de judô do seu Mestre Hiuzo Ogawa,
competindo de 1955 a 1983.

AO MESTRE ALBERTO JORGE SOARES COM CARINHO, O PIONEIRO NA INTRODUÇÃO DO JUDÔ NAS ESCOLAS!

Alberto Jorge Soares nasceu em 31 de janeiro de 1937,


na cidade de Buenos Aires - Argentina. Veio para o Brasil
com apenas seis anos de idade.

Hoje, é naturalizado brasileiro e residente na cidade de


Santos, mas por ser argentino não escapou do apelido de
“Gringo”.

Formado em Direito e Administração de Empresas, com

noções de psicologia e poeta, é casado com Maria José C. Soares – Zezé - com quem tem o
filho Alberto Jorge Soares Junior, hoje com 39 anos.

No início, Gringo era um apaixonado pelo ciclismo conquistando por duas vezes seguidas o
título de vice-campeão na categoria velocidade, disputando pelo Flor do Norte F.C. Mas, como
vivia levando tombo e se machucando, seus pais insistiram para que mudasse de esporte, e
como tinha simpatia pela filosofia das artes marciais acabou por aderir a prática do judô, onde
conseguiu fazer uma bonita e rica história.

Segundo ele, devido a grande imigração de povos orientais, o judô acabou por se tornar uma
das modalidades mais praticadas no Brasil. A sua origem advém da época do feudalismo
japonês, que era uma das disciplinas obrigatória na formação dos samurais, juntamente com a
esgrima e o arco e flecha. Era uma técnica de defesa pessoal contra adversários, armados ou
não, que de início denominava-se jiu-jitsu, diferenciando de outras atividades de defesa
pessoal, em virtude de lutar de mãos limpas. Seu fundador foi Jigoro Kano que interpretou o
judô com a seguinte frase: “O caminho suave”.
Tendo sido Alberto por toda sua vida um professor renomado, faz-me lembrar dos pioneiros
no Estado de São Paulo: Professores OGAWA, ONO, TANI, TEREZAKI e AUGUSTO CORDEIRO, na
Guanabara. Em nossa cidade devemos o sucesso do judô às famílias de Kurachi e Hirano.
Kurachi chegou em Santos por volta de 1945, já nos anos seguintes começou a desenvolver o
esporte acabando por fazer uma demonstração contra Carlos Gracie.

A primeira academia foi em 1948, num porão da Rua Freitas Guimarães, mudando-se para Rua
Tuiti, Praça da República, Av. Ana Costa e por último na Rua Nascimento, onde surgiu a
Associação Santista de Judô. Fundaram academias pelo diversos clubes da cidade como:
Saldanha da Gama, Internacional de Regatas, Clube de Regatas Vasco da Gama, através de
seus professores: João Salgado (4º.Dan), Felício (3º.Dan), Adolfo Arias (3º.Dan), Gildo Gióia
(4º.Dan), Manoel Carlos dos Santos - o teórico (3º.Dan), Rodrigo Novais, Mario Bello (1º.Dan) e
os irmãos ONO.

SENSEI ALBERTO JORGE SOARES (MEIO) COM O SENSEI AKIRA KURACHI(A DIREITA)

Com a família HIRANO, Jó e Humberto fundaram academias na Av. Pinheiro Machado e na Rua
Euclides da Cunha. Também contribuíram para formação de academias no It Clube e A.A
Portuários, considerada uma das maiores academias da época nas mãos do Professor Adriano
Matos e posteriormente para o Prof. Medeiros, que ficou de 1955 a 2004.

Foi no Portuários que surgiu Saburo Tokunaga, onde surpreendeu a todos pela sua técnica
diferenciada. Na Associação Cristã de Moços, de Gildo Gioia, após paralisação por alguns anos,
teve reinício com o Prof. Alberto Jorge Soares, na Av. Francisco Glicério.
Na Associação dos Advogados com o Prof. Osvaldo; no Clube Uirapuru com o Prof. Maneco; no
E.C. Beira Mar com Prof. Kiochi; no Nissei Vicentino com o Prof. Mori; no Estrela de Ouro F.C.
com os irmãos Ono e o Prof. Ibiara Sadao; na Academia Banzai com o Cap. Mario da Polícia
Marítima; no Senai com o Prof. Roberto Monte Santo; no Saldanha da Gama com Prof. Mario
Bello e depois com o Prof. Celso Ferreira Franco (1984 a 2004); no C.R. Vasco da Gama com os
professores Agostinho Feijó, depois Mauro Arasaki e no Clube Naval Recreativo com os
professores Niochi e Manfred.

Alberto fundou a sua primeira academia no Clube Atlético Santista, em 1960, onde conseguiu a
façanha de ter mais de 180 alunos. Foi o pioneiro a levar o judô para as escolas, sendo que em
1965, no Colégio Santista, ficou por 15 anos ministrando seus ensinamentos.

Em 1966 promoveu o primeiro campeonato estudantil da Baixada com o Jornal Diário. O II


Campeonato Colegial foi organizado pela Delegacia Regional de Educação Física e Esportes,
tendo ao seu lado o Prof. Geraldo Faggiano.
Em 1967, convidado pelo então diretor amador, Florival Amado Barletta, fundou uma
academia no Santos F.C., conseguindo a expressiva presença de 230 alunos, onde ficou até
1982. Foi nesse tempo que, juntamente com o Prof. Julio Mazzei, desenvolveu métodos de
como cair no futebol de campo.

Hoje, Alberto com seus 70 anos compete pela categoria master. Foi campeão paulista em
2004. Em 2007 conseguiu a medalha de bronze (3º colocado) no campeonato mundial
realizado em São Paulo. Atualmente, administra aulas de defesa pessoal para a turma da 3ª
idade.
Para ele, o judô ajuda a combater a agressividade e a falta de confiança das pessoas nelas
mesmas; é um esporte que dá ao jovem a possibilidade total do desenvolvimento do seu
caráter.

Uma das coisas mais marcantes e lisonjeiras em sua vida foi a declaração do Professor João
Salgado, um ícone do judô, que disse: “O judô de Santos teve duas épocas distintas, antes e
depois do Alberto”.

NT da Autora: Não poderíamos jamais deixar de reconhecer a importância do SENSEI ALBERTO


JORGE SOARES para a História e Memória do Judô em Santos. Sua dedicação ao esporte e uma
vida inteira dedicada ao ensino e a prática do Judô o torna um dos grandes precursores do
Judô em Santos.
Para que pudéssemos homenageá-lo neste projeto, disponibilizamos o texto impecável do
jornalista Carlos Alberto Mano Prieto, o Gigi do site Gigi na Rede e o mantivemos em sua
íntegra.
O mesmo pode ser acessado através do site:
http://www.giginarede.com.br/craques/gringo.asp - Todos os direitos reservados © 2009
JOSÉ ADERBAL SARDINHA FRANCO

O advogado, diretor, jornalista e Sensei José Aderbal


Sardinha Franco nasceu em Mogi das Cruzes- SP em 17
de novembro de 1939.

Filho de João de Souza Franco e de Aracy Sardinha


Franco iniciou sua trajetória esportiva na cidade de
Suzano/SP. Posteriormente, estabeleceu-se em
Santos/SP. Jogou Basquete e praticou Atletismo
(Arremesso de Peso) e Judô representando Suzano e
Santos como atleta amador.

Em fevereiro de 1954, começou a treinar o Judô na


cidade de Suzano com o Professor Tokuzo Terazaki no
Centro de Instrução Terazaki tendo, ao longo de sua
trajetória judoística, atingindo a graduação como 5º DAN
(GODAN) concedido em 1991 pela Federação Paulista de
Judô.

Em 1956, recebeu a graduação SANKIU concedida pelo


Centro de Instrução de Judô Terezaki iniciando sua
participação como judoka em vários torneios e
campeonatos oficiais realizados no Vale do Paraíba (Mogi
das Cruzes, São José dos Campos, Taubaté e Jacareí), no
Estado da Guanabara* e no Estado do Paraná. Nestes
torneios e campeonatos representou a cidade de Suzano
tornando-se Campeão Central do Brasil no Campeonato
Vale do Paraíba na categoria SANKYU e Campeão
Paulista.

Em 1957 graduou-se como NIKIU pelo Centro de


Instrução de Judô Terazaki.

Em 58, foi campeão brasileiro pela categoria IKYU e


Campeão por Equipe no Campeonato Brasileiro de Judô.

Tornou-se SHODAN - 1º Dan - em 1959. Grau outorgado


pelo Centro de Instrução de Judô Terazaki e pela
Federação Paulista de Judô.

No ano de 1962 foi graduado como NIDAN pela


Federação Paulista de Judô.

A partir de 1964, transfere-se para Santos/SP e passa a


representar a cidade em torneios e campeonatos. Em
1965, é graduado como SANDAN pela Federação Paulista
de Judô e pela Confederação Brasileira de Judô.

A partir de 1965, passou a defender Santos/SP em


Campeonatos e Torneios. No mesmo ano, recebeu a
graduação SANDAN através da Federação Paulista de
Judô e Confederação Brasileira de Judô e sagrou-se
campeão pela Baixada Santista na categoria.
No ano de 1966 o Judô passou a constar como
modalidade de competição nos Jogos Abertos do Estado
de São Paulo e posteriormente, nos Jogos Regionais.

Em 1968, foi promovido a YODAN pela Federação


Paulista de Judô. No mesmo ano, participou do Torneio
Benemérito do Brasil Totsuo Okoshi (um dos fundadores
da Federação Paulista de Judô).

Atuou como técnico da equipe de Santos nos Jogos


Regionais e Abertos nos anos de 1968, 69, 70, 73 e 74.

Foi Presidente da Liga Santista de Judô tendo participado


dos processos de transição para a 11ª Delegacia do
Litoral de Judô filiada a Federação Paulista de Judô da
qual foi delegado no triênio de 1990 a 1993. Foi vice-
delegado durante dois exercícios e também atuou como
assessor jurídico da Instituição.

Por vários anos, arbitrou campeonatos regionais e


estaduais de Judô atuando também como mesário.

Como Sensei, ministrou o ensino do Judô em clubes


como o Brasil. F.C. e Clube de Regatas Santista (durante
dois e três anos respectivamente). Foi Sensei no Clube
Atlético Santista por mais de 30 anos, Mestre dedicado
que formou campeões de alto rendimento.

Foi Diretor do SESC em Suzano e em Santos onde


também coordenou o Setor Esportivo e o Departamento
de Judô. Também montou o seu próprio dojô anexo a
Academia de Halterofilismo do Elias na Praça da
República, centro de Santos, coincidentemente no
mesmo local onde Manabu e Akira Kurachi tiveram seu
dojô após o encerramento das atividades da Associação
Hikari Kurachi na Rua Tuiuti.

Após 35 anos dedicados a prática e ao ensino do Judô


encerrou sua carreira em 2005 por motivos de saúde.

É casado com a Sra. Iara Haussaner dos Reis Francos e


pai de Denise Reis Franco, Claudia dos Reis Franco e Luiz
Fernando Reis Franco que também foi campeão regional
e paulista por diversas vezes. Luiz que era praticante de
Judô desde os quatro anos de idade, também foi
campeão sul americano de Judô na categoria meio-
médio em campeonato realizado em Buenos Aires,
Argentina em 1980.
A contribuição do Sensei Aderbal Sardinha para o
desenvolvimento e consolidação do Judô em Santos é de
valor inestimável. Além de ter sido um Campeão do
esporte, foi um Professor de técnica impecável tanto que
foi, por vários anos, técnico da seleção santista de Judô e
formador de atletas de expressão tais como:

Walter Tavares (um dos melhores judokas dos anos 70,


campeão em regionais e paulista);

Waldir Tavares (irmão de Walter, também sagrou-se


campeão paulista e de grande destaque em jogos
regionais);

Oswaldo Souza Mendes Jr. (campeão nos jogos regionais,


paulista e brasileiro nos anos 60 até 1972, seu pai foi o
primeiro delegado regional do litoral - Federação Paulista
de Judô);

Carlos A. Tubel (campeão regional e estadual na década


de 60 a 1975 é filho do Sr. Ernesto Tubel que foi o 2º
Delegado Regional Federação Paulista de Judô)

Sérgio Tubel (irmão mais novo de Carlos foi campeão


regional no mesmo período);

Orlando Casado (atuação em nível regional década de 60


a 1975);

Paulo Roberto Schimith Bravo (campeão regional e


paulista por diversas vezes na década de 70);

Bechir Alexandre Wakil (foi campeão paulista, brasileiro


e teve excelente atuação em jogos abertos e regionais
década de 70 ao ínicio dos anos 80);

Rosman Medeiros (atuação em regionais na década de


70);

Rosban Medeiros (irmão de Rosman Medeiros (atuação


em regionais na década de 70, já falecido);

Claudio Guedes (atuação em regional na década de 70);

Sérgio Guedes (atuação em regional na década de 70);


Ênio Almeida Castro (atuação em regional na década de
70);

Lúcio Rheder (atuação em regional e abertos, categoria


peso pesado, na década de 70);

Aparecido Fidelis (vindo de Campinas aproximadamente


em 1972, radicou-se em Santos treinando no Clube
Atlético Santista, um dos melhores atletas nos regionais
e abertos que defenderam Santos na década de 70);

Benedito Alves Corrêa (falecido, um bom atleta regional


na década de 60 e 70);

João Maria dos Santos (atuação nos Jogos Regionais na


década de 1966 a 75);

José Crispim Neto (atuação em Jogos Regionais e Abertos


na década de 70);

Luiz Carlos dos Santos (atuação em Campeonatos


Paulista e nos Jogos Abertos. Foi Campeão em Jogos
Regionais na década de 70);

Agostinho Gonzalez Feijó Filho (filho do Kodansha


Agostinho Gonzales Feijó, atuação em Jogos Abertos e
Regionais e destaque em Campeonatos Paulista na
década de 70);

Nelson Rico (excelente judoka nos anos 70);

Hermk Frederiche (atuação em Jogos Abertos, Regionais,


Campeonatos Paulista no final dos anos 70 aos anos 80);

Eduardo Bacelar (atualmente é um dos coordenadores


da seleção de Judô de São Caetano do Sul. Nas décadas
de 70/80, foi campeão nos Jogos Regionais e
Campeonatos Paulista. Destaque na participação nos
Jogos Abertos);

Domingos Chichello (médico, foi um judoka peso pesado


de destaque atuação em Estadual e Regional na década
de 70);

Mauro Castro Sales (atuação em Campeonatos Paulista,


Campeonatos Santista entre os Clubes da cidade e nos
Jogos Regionais na década de 70);

Hélio Simão J. (atuação em regionais na década de 70);


José Sanches Peres Albano Jr (atuação em Campeonatos
Paulista, Jogos Abertos e Regionais na década de 70);

Renato Tolezano (atuação em regional na década de 70);

Carlos Alberto Carneiro Cunha (judoka de grande


expressão, foi o primeiro judoka santista a participar de
uma Olímpiada ocorrida em Moscou em 1980.

Cunha, iniciou no Santos F.C. permanecendo neste clube


apenas por poucos meses. Após, começou treinamento
na Academia Hirano localizada na Rua Euclides da Cunha,
275 onde permaneceu aproximadamente por 4 anos.
Posteriormente, foi para o Clube Atlético Santista treinar
com o Sensei Aderbal por cerca de 2 anos. Finalmente,
foi treinar no Clube Estrela de Ouro F.C. época em que
ocorreu sua participação nas Olímpiadas de Moscou.
O JUDÔ NOS JOGOS ABERTOS DO INTERIOR

Desde 1939, falar o que é os jogos abertos do interior

Em 1966, o Judô passou a ser modalidade de competição nos Jogos


Abertos do Interior. Apenas o Judô masculino competia tendo a inclusão
do Judô feminino ocorrida em 1980...

1966 / RIO CLARO

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Humberto Yuzuru Hirano

Humberto Yuzuru Hirano


José Aderbal Sardinha Franco
Manabo Kurati
Raymon Garcia Wilson
Roberto Jó Hirano
Roberto Monte Santos

1968 / JABOTICABAL

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Aderbal Sardinha Franco

Benedito Alves Corrêa


Everaldo Astrinelli
Mário Jorge de Oliveira Bello
Oswaldo de Souza Mendes Jr
Satoru Ibihara
Walter Tavares Jr

1969 / ARARAQUARA
JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Aderbal Sardinha Franco

João Maria dos Santos


José Crispim
Luiz Carlos dos Santos
Mário Jorge O . Filho
Oswaldo S. Mendes Jr.
Satoro Ibihara
Walter Tavares

1970 / BAURU

JUDÔ MASCULINO

Técnico: Jorge Nakachyma

Heraldo Marques Dias

José Lúcio Rehder

Luiz Ono

Manoel Carlos dos Santos

Oswaldo de Souza Mendes Júnior

Rosmã Medeiros

Walter Tavares Júnior

1971 / TUPÃ

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

1973 / OSASCO

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Mitsuko Ono

Aparecido Fidelis
José Lúcio Reder
Luiz Ono
Márcio F. Fenin
Oswaldo Varela
Rosman Medeiros
Satoro Ebihara

1975 / FRANCA

JUDÔ MASCULINO

Técnico: Miguel Suganuma

Agostinho Feijó Gonzalez Filho

Aparecido Fidélis

Bechir Alexandre Wakil

Oswaldo Mitsuji Uno

Satoro Ebihara

Sérgio Luiz Guedes

1977 / SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Paulo Roberto Duarte de Almeida

Agostinho Gonzales Feijó Fº


Bechir Alexandre Wakil
Carlos Alberto C. da Cunha
Carlos Alberto M. Tubel
Ênio de Almeida Castro
Gilberto Horta L. Vasconcelos
José Antonio Martins
Márcio L. Fonseca Menin
Paulo Roberto Schmidt Bravo

1978 / AMERICANA

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Agostinho Feijó Gonzalez Filho


Alberto Ruas Filho
Delso dos Santos
Eduardo Dantas Bacellar
Fernando Ribeiro
Flávio Mendes de Araújo
Gilberto Issa Abdala
Marcos Gonzalez Gomes Carolino
Oswaldo Mitsuji Uno
Paulo Roberto Schimidt Bravo
Ricardo Antonio Passos Gonzalez
Sérgio Sassaki
Ulysses Matarozzi
Walter Tavares Júnior

1979 / Araçatuba

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Alberto Ruas Filho


Carlos Alberto Carneiro da Cunha
Carlos Luiz da Silva Filho
Euclides Ferreira Fontes
Gilberto Issa Abdala
Hermann Friederich Netto
José Antonio Chiqueroni Kobayashi
Luiz Felipe Saddi Christiano
Marcos Gonzalez Gomes Carolino
Mesmim Calypso dos Santos
Paulo Roberto Schimidt Bravo
Ricardo Sampaio Cardoso
Sérgio Sassaqui
Ulysses Matarozzi
Walter Tavares Jr.

1980 / PRESIDENTE PRUDENTE

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Bechir Alexandre Wakil


Carlos Alberto Carneiro da Cunha
Carlos Luiz da Silva Filho
Eduardo Dantas Bacellar
Euclides Ferreira Fontes
Hermann Friederichs Neto
Luiz Felipe Saddi Cristiano
Paulo Roberto Shmidt Bravo
Raymundo Carvalho de Almeida Filho
Ricardo Sampaio Cardoso
Sérgio Sano
Sérgio Sassaki

1981 / RIBEIRÃO PRETO


JUDÔ MASCULINO
Técnico: Kikuo Arasaki

Carlos Luiz da Silva Filho


Euclides Ferreira Fontes
Gilberto Issa Abdala
Hermann Friederichs Netto
José Antonio Chiquenori Cobayashi
Júlio Pereira Neto
Luiz Felipe Saddi Christiano
Marcelino Igreja Filho
Marcos Gonzalez Gomes Carolino
Paulo Roberto Schimidt Bravo
Raymundo Carvalho de Almeida Filho
Ricardo Sampaio Cardoso
Walter Tavares Júnior
Wamberto Pereira Lopes

1984 / ARAÇATUBA

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Sadao Fleming

Álvaro Carmo Júnior


Antonio José Ferreira Soares
Antonio Renato Costa
Carlos Alberto Carneiro Cunha
Ivo Vieira do Nascimento
José Edmilson Júnior
Luiz Felipe Sadi Cristhiano
Márcio Freire
Nívio Vasques Diegues
Paulo Ohya Júnior
Reginaldo Marietto Silva
Rogério Sampaio Cardoso
Ronaldo Menzo
Tarso WierdaK dos Santos

JUDÔ FEMININO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Léa Nascimento Ferreira


Meyre Pinto Souza Araújo
Eunice dos Santos
Mary Márcia de Lima
Maria de Lourdes Silva
Sandra Regina Gelsleichter
Telma Coelho de Souza
Rosângela de Oliveira
Sandra de Carvalho
Débora Araújo Soares
Deyse Aparecida Helfstein Soares
Maria Dolores Parazzo Bica

1985 / SANTO ANDRÉ

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Paulo Roberto D. Almeida

Álvaro C. Júnior
Antônio R. Costa
Ivo V. Nascimento
Luiz Roberto S. Júnior
Marcelino I. Filho
Marcos Alexandre Daud
Reginaldo M. Silva
Rogério S. Cardoso
Sadao Nakai

JUDÔ FEMININO
Técnico: Mauro S. Arasaki

Ana Cecília D. Canhoto


Carla N. Ferreira
Cláudia D. Campos
Gerusa Maria S. Santos
Gladys P. Souza
Lea N. Ferreira
Mary M. Lima
Meiry P. S. Araújo
Rosângela de Oliveira
Sandra de Carvalho
Sandra Regina S. Gelsleichter
Sônia S. Burginga
Viviane M. Nascimento

1986 / RIO CLARO

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Paulo Duarte

Antônio Renato
Bravo
Hermann
Ivo
Marcos
Paulo Ohya
Reginaldo
Rogério
Sadao

JUDÔ FEMININO
Técnico: Arasaki

Ana
Andréia
Cláudia
Débora
Léa
Lucimara
Mary Márcia
Meiry
Rosângela
Sandra
Sandra Regina
Viviane

1987 / SANTOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Paulo Duarte

Herman Friederichs Neto


Ivo Vieira Nascimento
Marcos Alexandre Daud
Reginaldo Marietto Silva
Ricardo Sampaio
Rogério Sampaio
Sérgio Pessoa

JUDÔ FEMININO
Técnico: Mauro Arasaki

Cláudia Gil
Elaine Castro
Gladys Pereira
Léa Nascimento
Patrícia Bevilacqua
Rosângela de Oliveira

1988 / PIRACICABA

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Ivo Vieira Nascimento


Reginaldo Marietto
Ricardo do Nascimento
JUDÔ FEMININO
Técnico:

Lea Nascimento Ferreira


Patrícia Bervilacque
Rosângela de Oliveira

1990 / ARAÇATUBA

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Alexsander José Guedes


Carlos Alberto Cunha
Hermann Neto
Ivo Vieira Nascimento
Marcos Alexandre Daud
Pablo Gonzalez Covas

JUDÔ FEMININO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Andréa Berte Rodrigues


Carla Alessandra Prado
Isadora Espírito Santo
Luciane Cristina de Oliveira

1991 / AMERICANA

JUDÔ MASCULINO
Técnico: José Gomes de Medeiros

Ariovaldo dos Santos Júnior


Denison Soldani Santos
Fabiano de Oliveira Ramos
Ivo Vieira Nascimento
Jairo Azevedo
Luiz Fernando Reis Franco
Marcos Alexandre Daud

JUDÔ FEMININO
Técnico: Mauro Arasaki

Andréa Berti Rodrigues


Débora Araújo Soares
Gláucia Maria Souza
Rúbia Araújo Santos
Tânia Cristina dos Santos Ferreira
1992 / PRESIDENTE PRUDENTE

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Valter Tavares júnior
José Gomes Medeiros (auxiliar)

Alexandre José Guedes


André
Ariovaldo Santos Júnior
Denison Soldani Santos
Fabiano de Oliveira Ramos
Ivo Vieira Nascimento
Jairo Azevedo
Leo Vieira Nascimento
Lino Nascimento
Luiz Felipe
Luiz Fernando Reis Franco
Márcio Rebuá Bonfim
Marcos Alexandre Daud
Pablo Gonzalez Covas
Rogério Arcângelo Oliveira Fernandes
Valter Souza

JUDÔ FEMININO
Técnico: Mauro Arasaki

Andréa Berti Rodrigues


Fernanda Mera
Isadora Espírito Santo Gonçalves
Renata Pereira Ferreira
Rúbia Araújo Santos
Tânia Cristina Santos Ferreira
Valéria Maria Pereira Caramelo

1993 / GUARULHOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Alexsander José Guedes


Cláudio Cunha Nascimento
Cláudio Lopes Leonardi
Denison Soldani Santos
Fabiano Oliveira Ramos
Laureano Martinez
Luiz Fernando Francisco
Márcio Rebuá Bonfim
Marcos Alexandre Daud
Pablo Gonzalez Covas
Rogério Sampaio Cardoso

JUDÔ FEMININO
Técnico: José Gomes Medeiros

Andréa Berti Rodrigues


Carla Prado
Isadora Espírito Santo Gonçalves
Renata Pereira Ferreira
Rúbia Santos
Tânia Cristina Santos Ferreira
Valéria Maria Pereira Caramelo
Verônica Espírito Santo Gonçalves

1994 / CAMPINAS

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Alexsander José Guedes


Cláudio Cunha Nascimento
Denison Soldani Ramos
Fabiano Oliveira Ramos
Fernando Wagner Palti
Marcelo Alvares
Marcos Cavalcante Souza
Pablo Gonzalez Covas
Rogério Oliveira
Rogério Sampaio Cardoso
Valter de Souza

JUDÔ FEMININO
Técnico:

Andréa Berti Rodrigues


Andreza Aparecida Bariani
Elaine Cristina Hukuda
Gláucia Maria Souza
Isadora Espírito Santo Gonçalves
Jackeline Cupertino
Luciane Sansão
Priscila Almeida Marques
Priscilla Eduardo Guedes
Renata Pereira Ferreira
Valéria Maria pereira Caramelo
Verônica Espírito Santo
1995 / SÃO JOSÉ RIO PRETO

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Alexandre José Guedes


Denison Soldani Santos
Marcos Cavalcante Souza
Rogério Sampaio Cardoso
Walter Souza Filho

JUDÔ FEMININO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Andréa Berti Rodrigues


Danielle Zangrado
Eliane Cristina Hukuda
Mariane Ferreira
Priscila Almeida Marques
Priscila Eduardo Guedes
Renata Pereira Ferreira

1996 / BRAGANÇA PAULISTA

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Alexsander José Guedes


Cláudio Cunha Nascimento
Denison Soldani Santos
Fabiano Oliveira ramos
José Gomes Medeiros
Marcos Alexandre Daud
Renato Luiz Eloy Pereira Costa Jesus
Rogério Sampaio Cardoso

JUDÔ FEMININO
Técnico:

Andréa Berti Rodrigues


Danielli Zangrado
Fabiana Costa Norbergue
Juliana Albuquerque Oliveira
Priscila Almeida Marques
Priscilla Eduardo Guedes
Renata Pereira Ferreira
Tais Nagili
Telma Coelho Souza
1997 / BRAGANÇA PAULISTA

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Alexsander José Guedes


Cláudio Cunha Nascimento
Cláudio Lopes Leonardi
Denilson Soldani Santos
Eloy Pereira Costa
Fabiano Oliveira Ramos
Jorge Antonio Ramos júnior
Luiz Fernando Franco
Marcos Alexandre Daud
Ronald Couto Santos

JUDÔ FEMININO
Técnico: Agostinho Feijó Gonzalez Filho
Ivo Vieira Nascimento ( auxiliar)

Andréa Berti Rodrigues


Andreza Aparecida Bariani
Cátia Silva Maia
Elaine Cristina Hukuda
Fabiana Costa Norberg
Fabiane Mayumi Hukuda
Fernanda Aparecida Pires
Magda Silva Coelho
Priscila Almeida Marques
Priscilla Eduardo Guedes
Renata Pereira Ferreira
Riva Silva Coelho
Tânia Cristina Santos Ferreira
Thais Borges Ypiranga
Valéria Maria Pereira Caramelo

1998 / ARAÇATUBA

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira do Nascimento

Cláudio Cunha Nascimento


Denison Soldani Santos
Eloy Pereira Costa
Fabiano Oliveira Ramos
Luiz Fernando Franco
Pablo Gonzalez Covas
JUDÔ FEMININO
Técnico: José Gomes Medeiros

Andreza Aparecida Bariani


Cátia Silva Maia
Edilene Aparecida Andrade
Elaine Cristina Hukuda
Fabiana Costa Norberg
Fabiane Mayumi Hukuda
Raquel Oliveira Marciano
Tânia Cristina Santos Ferreira

1999 / ARARAQUARA

JUDÔ MASCULINO ( não participou )

JUDÔ FEMININO
Técnico:

Cátia Silva Maia


Eliane Cristina Hukuda
Fabiana Costa Norberg
Fabiane Mayumi Hukuda
Marijane José Ferreira
Melissa Sayuri Fernandes
Rosângela Oliveira
Tacila Borba Lima
Thais Nagib Moreira
Thiemi Figueiredo Sacakura

2000 / SANTOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Denison Sondani Santos


Edelmar Zanol
Elton Quadros Fielbig
Jorge Ramos Júnior
Leandro Guilheiro
Márcio Reberá
Marcos Alexandre Daud
Marcos Antonio Costa

JUDÔ FEMININO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Andréa Berti
Andreza Bariani
Cátia da Silva Maia
Danielli Zangrado
Fabiana Norberg
Fernanda Pires
Priscila Marques
Renata Ferreira

2001 / SÃO JOSÉ RIO PRETO

JUDÔ MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Denilson Soldani santos


Leandro Guilheiro
Marcos Daud
Rafael Rocha
Rodolfo P. Filch
Sérgio Cavalcante

JUDÕ FEMININO
Técnico: Marcelo Figueiredo

Andreza Bariani
Camila Garcia
Cátia Maia
Fabiana Nobery
Fernanda Pires
Thiemi Sakakura

2002 / FRANCA

JUDO MASCULINO
Técnico: Ivo Vieira Nascimento

Denilson Soldani Santos


Diego Barreto
Jorge Antonio
Leandro Guilheiro
Luiz Alberto dos Santos
Marcos Daud
Rioiti Uchida

JUDO FEMININO
Técnico: Marcelo Figueiredo

Andressa Aparecida Bariani


Camila Almeida Garcia
Kátia Silva Maia
Daniele Zangrando
Elaine Cristina Hukuda
Fabiana Noborg
Julyana Couto Rodrigues
Luciana Amélia Gonçalves Granha

2003 / SANTOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Clayton Andrade
Denilson Soldani Santos
Diego Barreto
Edilmar Zanol
Jorge Ramos
Leandro Guilheiro
Milton Saloio
Rodolfo Pires

JUDÔ FEMININO
Técnico:

Andressa Aparecida Bariani


Andressa Correa Fernandes
Carla Prado
Daniele Zangrando
Julyana Couto Rodrigues
Cátia Silva Maia
Rosicleia Campos

2004 / BARRETOS

JUDÔ MASCULINO
Técnico:

Bruno M. Silva
Caio de Lima
Denison Soldan Santos
Diego Souza
Edelmar Branco Zanol
Luis Alberto dos Santos
Marcos C. Souza
Nicolai Cury
Rioti Uchida

JUDÔ FEMININO
Técnico:

Andressa Correa Fernandes


Andreza Bariani
Camila Nogueira
Cátia Maia
Cibele Oliveira
Cintia Monteiro
Danielle Zangrando
Kelly Yamamoto
Paula Cruz Bicuir
Suzy Yamamoto

Participação de atletas santistas nos Jogos Abertos desde 1966 quando a


modalidade foi incluída

Apêndice

Participaram também desta história

Nos anos 60, (pro Judô foi 1966) equipes para representar as prefeituras da cidades. Na época
o atleta competia de graça. Ocorreu mais oportunidades de participação dos atletas amadores
Jogos Abertos e após Jogos Regionais (anos 70)

Anos 60

1966 – primeira equipe a representar a cidade de Santos. Jogos abertos em Rio Claro/SP
Técnico Prof Humberto Yuzuru Hirano (também competiu, também atleta)
José Aderbal Sardinha Franco
Manabo Kurati
Raymon Garcia Wilson
Roberto Jo Hirano
Roberto Monte Santos (aluno Hikari Kurachi)

1967 Santos não participou dos Jogos Abertos em São José dos campos por divergências
políticas (regras, regulamentos, documentos) relacionados a introdução dos Jogos Regionais.

1968 Jogos Abertos de Jaboticabal/SP


Técnico: Professor José Aderbal Sardinha franco

Atletas: Benedito Alves Correia


Everaldo Atrinelli (professor educação física muios anos na baixada)
Mario Jorge de Oliveira Bello (judoca, dava aulas Saldanha da gama de Judô e tb era
maratonista natação)
Oswaldo de Souza Mendes Jr. (campeão muitas vezes nos Jogos Abertos e Regionais, peso
pesado, atleta Santos F.C (judô)
Satoru Ebihara (inicio do satoru, cerca de 17 anos)
Walter Tavares Jr. (grande atleta da baixada, chegou a campeão paulista)

1969 Jogos abertos do interior em Araraquara (Santos não participou por irregularidades na
documentação) transição jogos regionais. Achou que ia ganhar no tapete. Santos era uma
potencia e achou que podia participar dos Abertos por não ter participado das seletivas para o
regional que era condição para participar dos Abertos.

Mais tinha uma formação de equipe

Técnico: Professor José Aderbal Sardinha Franco (Professor do Atlético Santista)


João Maria dos Santos (Atlético Santista)
José Crispim Neto (Atlético)
Luiz Carlos Santos (At´letico)
Mario Jorge Bello
Oswaldo de Souza Mendes Jr. (Santos F.C)
Satoru Ibihara (Estela de Ouro)
Walter Tavares (Atlético)

1970

Inicio dos Jogos Regionais (na verdade segundo jogos mas primeiro de santos) em Jacarei/SP
27/07/1970

Técnico: Professor José Aderbal Sardinha franco


Valdir Lucas de Barros (Santos F.C.)
José Paulo Perez Sanches (Atlético)
Manoel Carlos dos Santos (Associação Santista de Judô Akira Kurachi)
José Crispim Neto (Atlético santista)
Oswaldo de Souza mendes jr. (Santos)
Absoluto: Oswaldo de Souza mendes jr. (Santos)

Jogos Abertos em Bauru/SP

Técnico: Professor José Aderbal Sardinha franco (Atlético)


Atletas: Heraldo Marques Dias (Atlético)
José Lúcio Rehder (Atlético
Luis Mitsubu Ono (Estrela de Ouro)
Manoel Carlos dos Santos (Associação Santista de Judô Akira Kurachi)
Oswaldo de Souza mendes jr. (Santos)
Walter tavares Jr. (Atlético)
José Paulo Perez (Atlético)

1971
Não participou dos Jogos Abertos
JUDOCAS SANTISTAS DESDE 1949

1. Agostinho Feijó Gonzalez Filho

2. Alberto Ruas Filho

3. Álvaro do Carmo Júnior

4. Antonio José Ferreira Soares

5. Antonio Renato Costa

6. Aparecido Fidelis

7. Bechir Alexandre Wakil

8. Benedito Alves Corrêa

9. Carlos Alberto Carneiro da Cunha

10. Carlos Alberto M. Tubel

11. Carlos Luiz da Silva Filho

12. Claudemiro Vigo Noya

13. Cláudia Gil

14. Débora Araújo Soares

15. Delso dos Santos

16. Deyse Aparecida Helfstein Soares

17. Eduardo Dantas Bacellar

18. Elaine Castro

19. Ênio de Almeida Castro

20. Euclides Ferreira Fontes

21. Eunice dos Santos

22. Everaldo Astrinelli


23. Fernando Ribeiro

24. Flávio Mendes de Araújo

25. Gerson Afonso Bortolotto

26. Gilberto Horta L. Vasconcelos

27. Gilberto Issa Abdala

28. Gladys Pereira

29. Heraldo Marques Dias

30. Herman Friederichs Neto

31. Humberto Yuzuru Hirano

32. Ivo Vieira do Nascimento

33. João Maria dos Santos

34. Jorge Nakashima

35. José Aderbal Sardinha Franco

36. José Antonio Chiquenori Cobayashi

37. José Antonio Martins

38. José Crispim

39. José Edmilson Júnior

40. José Gomes de Medeiros

41. José Lúcio Rehder

42. Júlio Pereira Neto

43. Kikuo Arasaki

44. Léa Nascimento Ferreira

45. Luiz Carlos dos Santos

46. Luiz Felipe Saddi Christiano

47. Luiz Ono

48. Manabo Kurati

49. Manoel Carlos dos Santos

50. Marcelino Igreja Filho

51. Márcio Freire

52. Márcio L. Fonseca Menin


53. Marcos Alexandre Daud

54. Marcos Gonzalez Gomes Carolino

55. Maria de Lourdes Silva

56. Maria Dolores Parazzo Bica

57. Mário César Coelho de Souza

58. Mário Jorge de Oliveira Bello

59. Mário Jorge O . Filho

60. Mary Márcia de Lima

61. Mauro Arasaki

62. Mesmim Calypso dos Santos

63. Meyre Pinto Souza Araújo

64. Miguel Suganuma

65. Mitsuko Ono

66. Nívio Vasques Diegues

67. Nívio Vasques Diegues Júnior

68. Oswaldo de Souza Mendes Júnior

69. Oswaldo Mitsuji Uno

70. Oswaldo S. Mendes Jr.

71. Oswaldo Varela

72. Patricia Bevilacqua

73. Paulo Ohya Júnior

74. Paulo Roberto Duarte de Almeida

75. Paulo Roberto Schimidt Bravo

76. Raymon Garcia Wilson

77. Raymundo Carvalho de Almeida Filho

78. Reginaldo Marietto Silva

79. Ricardo Antonio Passos Gonzalez

80. Ricardo M. Sion

81. Roberto Jó Hirano

82. Roberto Monte Santos


83. Rogério Sampaio Cardoso

84. Ronaldo Menzo

85. Ronaldo Sérgio da Silva

86. Rosângela de Oliveira

87. Rosman Medeiros

88. Sadao Fleming

89. Sandra de Carvalho

90. Sandra Regina Gelsleichter

91. Satoro Ebihara

92. Sérgio Luiz Guedes

93. Sérgio Pessoa

94. Sérgio Sano

95. Sérgio Sassaki

96. Solange Pessoa

97. Soraia André

98. Soraya Débora Araújo

99. Tarso WierdaK dos Santos

100. Telma Coelho de Souza

101. Ulysses Matarozzi

102. Viviane Mendes

103. Walter Tavares Júnior

104. Wamberto Pereira Lopes

105. Wilson Maturino dos Santos Filho

Fontes de pesquisa: Jornal A Tribuna; Centro de Memória Esportiva Museu De Vaney; Site
Novo Milênio, de Carlos Pimentel Mendes; Site Almanaque Esportivo de Santos, de Gilmar;
Almanaque Santista – Esportes, um boletim de curiosidades do Instituto Histórico e Geográfico
de Santos; Site Judoctj; Revista KIA – Edição Comemorativa dos 40 anos da FPJ;

Depoimentos: José Gomes de Medeiros, Adolpho Onça, Satoru Ebihara, Félício Agostinho da
Purificação (in memorian), João Salgado Filho (in memorian), Roberto Sensei, Luís Kurati,

Colaboração: Vitorino , Prof. Elny

Agradecimentos: Sérgio Willians, Henrique Nicolini,


http://kimonosbudokan.com.br/sobre.html

Mestre Matsuo Ogawa - Primeiro 9o Dan das Americas - Fotos para o 1o Manual de Judô do Brasil.

http://www.judo-ch.jp/english/legend/yokoyama/

http://judomododeusar.wordpress.com/2011/12/27/hajime-isogai/

http://judomododeusar.wordpress.com/2011/12/27/hajime-isogai/ kurachi e gracie credito


foto

http://www.swordpolisher.com/History.html

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Diario Oficial do Estado de 25 de Abril de 1975 – Pág. 75.

Reid, Howard; Croucher, Michael. The Way of the Warrior: The Paradox of the Martial Arts..
Nova Iorque, NY: Overlook Press, 1983

Consulta aos textos dos Pesquisadores:

Stanlei Virgílio, Rildo Heros, José Tuffy Cairus, Fabio Quio Takao , Elton Silva, Luiz Otavio
Laydner, João Vitor Souza.

Livro GÉO OMORI - “O Guardião Samurai”


HERÓIS ou VILÕES? – Marcial Serrano
Kurachi batia na gente com a vara quando entrava no golpe.

Se bebesse ou fumasse apanhava de vara

Kurachi não podia conversar nem rir só prestar atenção na aula.

Sistema de treino antigo

Katinuki Shiai (Kiai) coloca 10 alunos na frente e 1 ia lutando até perder quando então deveria
se retirar. O vencedor deveria continuar no lugar e enfrentar os que sobraram.

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