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CANTO DE SETEMBRO (revisar)

Ah setembro, em Santos, mês dos meus amores


Não sei dizer o porquê de sentir tanto encanto
Me foge qualquer explicação que justifique a razão
De ser, inconscientemente, pleno e santo

E assim agradeço
Pela sensação de renovação, renascimento
Como um abraço intenso,
Nem insuportavelmente quente,
Nem formalmente frio
É setembro! A vida renasce
E volta como aquele esperado momento
Em que a esperança se renova
Em que os olhos já se beijam e as bocas não se calam
Até que os apaixonados não suportem mais
Experimentar o gosto do inesquecível primeiro beijo

Os dias amenos, serenos e doces


De um equilíbrio mágico, cálido e dourado
Nas manhãs ouvir o canto da passarada alvoroçada e enamorada

Quanta felicidade em nuances de azul


Que o céu límpido emana suave brisa
Num frescor que faz querer se ter o poder
De paralisar toda a correria da cidade
Nada de carros, de ônibus, fumaça e buzinas
Nem idas e vindas da pressa que abrevia a vida

Em devaneios, sigo pelo passeio, os canais e o cheiro do mar


A vida se renova, pequenos peixes, fervilham nos canais saturnais
Um show de garças alegres sobrevoam, gritam e pescam
E toda a gente se alegra e silenciosamente pensa
Santos, cidade de todos os encantos
Terra da liberdade, da caridade, como diz o poema és linda demais

Agradecendo a vida, por essa bênção me dar


Olhos que se emocionam salvando um filhote de pássaro
Que, ousado, mais cedo do ninho arriscou voar

Ah! Quanta alegria e magia que meu coração tão ferido e descrente
Por um milagre parece curado e deseja seguir em frente
Energizado pela energia do amor universal novamente a vibrar

O voo da pomba branca é um sinal de sincronia


Que indica de a vida é um presente e que vale a pena ser vivida
Com serenidade e paz dos bons ventos que se renovam
Mostrando que nunca é tarde para recomeçar

A natureza é sábia, basta sentir e observar as lições que traz


Cada mudança de estação, um momento de reflexão e adequação
A alma que se liberta para que o sol volte a brilhar,
Após o descanso das trevas invernais,

Os ventos de setembro, fôlego, flores, vida e ar


O direito de viver a vida e de acreditar
No direito de merecer e tecer bons sonhos e realizar
Em céus de baunilha, o perfume único do mar, em silêncio uma prece a entoar

“Que o velho se torne novamente novo!


Que a renovação, energias positivas, façam nascer um nova, plena e linda vida.
Que seja perfeita como a beleza das flores, abundante como o renascer da vida e perfeita como
o canto dos filhos e da mãe terra”.

Simone Dimitrov
Santos, 14 de setembro de 2016.

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