Professional Documents
Culture Documents
1 - Introdução
1.1 Objetivo
1.2 Definições
2 - Considerações Gerais
Curto-circuito
Contato ou ligação intencional e ou acidental entre dois pontos de diferentes tensões
elétricas de um circuito, através de impedância relativamente insignificante.
Corrente de curto-circuito
Nessas condições, a resistência natural do circuito é evitada pela corrente, que deste
modo passará livremente e com tal intensidade que provoca aquecimentos elevados,
abertura de arco, incêndios, explosões e destruição dos elementos por onde passa, a
menos que os equipamentos de proteção entrem imediatamente em ação interrompendo a
correspondente corrente de curto-circuito.
Energização acidental de estruturas
Sobrecarga
Cada condutor pode ser percorrido por uma determinada corrente até um certo valor em
ampères sem se aquecer demasiadamente. Passando este limite, seu aquecimento
aumenta rapidamente e pode se tornar perigoso. Conclui-se, por tanto que a corrente de
um circuito não pode ultrapassar um certo valor; se for além, isto é, se houver o que se
chama sobrecarga, o perigo deve ser afastado pelos fusíveis que se fundem ou pelos
equipamentos de proteção que operam, interrompendo assim a corrente de sobre carga.
A rede aérea é normalmente afetada por defeitos transitórios cuja causa desaparece
rapidamente permitindo que seja reenergizada, logo após, com sucesso. essa
reenergização é comandada por atuação do relé religador (função 79) no caso dos
dijuntores, ou pelos dispositivos de religamento automático no caso dos religadores (de
subastação ou de linha), com redução expressiva do tempo de interrupções aos clientes,
razão porque esses dispositivos e relés devem permanecer fora de operação durante
apenas o tempo necessário à segurança do serviço em linha energizada.
"Os serviços somente devem ser atribuídos a empregados que estiverem habilitados e
autorizados a executa-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica de
cada um."
Não permitir que empregados, mesmo que tecnicamente capacitados, façam serviços de
ajustes em equipamentos, dirijam veículos, subam em escadas ou estruturas, durante o
período que estiverem fazendo uso de medicamentos que altere o seu comportamento.
O Supervisor deve ter uma visão global do que é de sua incumbência realizar; ele não
poderá se deter em minúcias, perdendo a noção do todo.
O Supervisor deve ser capaz de prever os resultados sem subestimar possíveis falhas.
O Supervisor deve determinar numero de empregados suficiente para que a tarefa seja
realizada com segurança.
Antes de sair para o local de trabalho assegurar-se que os membros da equipe sob sua
responsabilidade possuam todos os materiais, ferramentas, equipamentos de proteção
individual e coletiva necessários ao serviço e se estão em perfeitas condições de
utilização.
Procurar iniciar o serviço quando existir a total certeza de todos os integrantes da equipe
estão conscientes do que devem fazer, de como fazer e quando fazer.
Especial cautela deve ser destacada na sinalização da área de trabalho, de forma a evitar
que pessoas estranhas entre na área de risco. Nos logradouros públicos, caso seja
inevitável a obstrução total do passeio, deve-se providenciar a devida sinalização de
proteção e orientação para os pedestres.
Após a realização da tarefa, o supervisor deve reunir a equipe para discutir as dificuldades
encontradas durante a realização do serviço, objetivando utilizá-las como experiência, com
a finalidade de introduzir melhorias em planejamentos futuros.
3 - Cuidados Preliminares
Alguns cuidados devem ser tomados, antes de se iniciar um serviço em redes aéreas de
distribuições.
o É proibido trabalhar com linhas energizadas em circuitos com condutores em fio, pois o
risco de rompimento da rede é muito alto. Para cabo 2/0 de cobre e cabo 1/0 de
alumínio sem alma de aço recomenda-se maiores cuidados na verificação prévia
dessas redes pois existe o risco de rompimento da rede durante a execução do
serviço.
o Além do exame médico periódico de rotina, os empregados que atuam diretamente nas
atividades de linha energizadas deverão semestralmente ser encaminhados ao Posto
Médico para reavaliação das suas aptidões específicas, requisitos físicos, sensoriais e
de personalidade prescritos pelos Órgãos de Segurança e Medicina do Trabalho.
Alguns cuidados devem ser tomados, durante e após execução de um serviço em redes aéreas de
distribuições.
o Sempre que algum componente da turma de linha viva notar falta de energia no circuito
em que esteja trabalhando, o responsável pela turma deve ligar imediatamente para o
Órgão de Operação da Distribuição informando se houver algum problema, para que
este Órgão decida pela religação manual do equipamento e o restabelecimento do
trecho trabalhado.
o Todos os eletricistas que forem incumbidos de trabalho com linha energizada deverão
estar treinados e equipados com materiais de segurança individual EPI's e coletivo
EPC's conforme a necessidade do serviço.
4.4 Integrantes da turma somente com treinamento de linha energizada
4.6 Atenção da turma durante a execução das tarefas com linhas energizadas
5.1 Limpeza
Além dos itens contidos nas normas e documentos complementares e específicos de cada
equipamento, recomenda-se que seja adotado critérios para limpeza e conservação das
ferramentas e equipamentos.
o Os equipamentos de linha viva energizada, com exceção das luvas, mangas e bastões,
deverão ser limpos e conservados pelo menos uma vez por mês pelos próprios
componentes da turma.
o Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um pano
de limpeza tratado com silicone apropriado para tal fim.
o As coberturas de borracha (lençóis, cobertura para condutor, etc.) deverão ser lavadas
com água e sabão neutro e colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão
ser usados derivados de petróleo nem detergentes para limpeza destes equipamentos.
o As luvas e mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço com água e sabão
neutro (sabão de coco). Depois de secas a sombra, deverão receber aplicação de talco
industrial.
o As coberturas termoplásticas poderão ser lavadas com água e sabão comum e,
havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção. Na limpeza deste
equipamento deverá ser evitada a utilização de compostos químicos do tipo da
acetona, thiner e tricloroetileno.
o As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns, devido a
sua superfície antiderrapante. Sua Limpeza deverá ser feita com acetona industrial.
o Os estropos de nylon e cordas de poly-dracon deverão ser lavadas com sabão neutro,
deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os em seguida para secar ao sol.
o Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão neutro. Na
existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa),
estes deverão ser limpos com acetona industrial, aplicada com tecido de algodão cru e
posteriormente restaurador de brilho o serviço deve ser realizado em local ventilado e
seco.
o Após a limpeza os bastões deverão ser colocados para secagem em local apropriado
(isento de poeira e raios ultravioleta). Esta secagem poderá ser obtida com um pernoite
em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma estufa apropriada.
o Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser lubrificadas,
moderadamente com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. Usar óleo fluido
dispersante para lubrificação das peças.
o Sobre a luva de borracha para eletricista seja usada uma luva de vaqueta que lhe dará
a proteção mecânica necessária (existem vários tipos, de acordo com o tamanho,
classe de tensão de isolamento e fabricante).
Em caso de necessidade, o eletricista poderá usar uma luva fina de malha em algodão ou
suedine, para absorver os suores das mãos.
o Os bastões a serem utilizados sejam conservados sempre limpos e secos. Deverão ser
mantidos no veículo ou quarto de materiais, livre de atritos com partes metálicas e
quando apoiados sobre o encerado de lona ou cavaletes deverão ser feitos com
firmeza.
o
Quando os bastões forem passados de baixo para cima da estrutura ou vice-versa,
deverá sempre ser usado a corda com carretilha e evitando-se choques com estruturas
ou outras partes metálicas.
o
Cada bastão deverá ser utilizado de acordo com sua carga de trabalho e somente
executar o serviço para qual foi projetado.
O uso apropriado dos bastões envolve o conhecimento das cargas de trabalho das ferramentas, o
método correto de operação e, ainda, o conhecimento do peso aproximado do condutor no vão e das
tensões mecânicas da linha ou rede na qual se trabalha. Cabe ao Centro de Treinamento estabelecer
o uso apropriado desses bastões e estabelecer melhor o serviço para os quais foram especialmente
projetados.
7 - Carga de Trabalho
CARGA DE TRABALHO
EQUIPAMENTOS CAPC.NOMINAL (Kg)
Bastão de tração tipo espiral 1586
Bastão de tração com torniquete 1588
Corda de poly-drancon (polietileno ø 5/8) 2400
Corda de polipropileno (fibra sintética ø 1/2) 381
Moitão duplo de plástico prensado 1000
Esticador para condutor até 1/0 1000
Esticador para condutor até 4/0 3600
Estropo de nylon (500 mm ou 800 mm) com argola 454
Extensão de cruzeta com 1415 mm c/1 presilha 71
Extensão de cruzeta de 1710 mm c/2 presilha 68
Gancho para corda 227
Plataforma com sela pivot (1200 mm ou 1800 mm) 272
Sela para amarração de corda 454
Sela com colar 454
Sela com extensor e colar 363
Sela simples de elevação 454
A carga máxima ou carga nominal relaciona-se, como indicado a seguir, com as cargas
aplicadas pelo fabricante durante os ensaios de controle de qualidade.
Os dois primeiros ensaios são normalmente utilizados pelo fabricante e o terceiro somente
quando da pesquisa de novas ferramentas. Maiores detalhes são especificados em
normas existentes para cada tipo de equipamento.
Normalmente em redes aéreas de distribuição, tendo em vista a bitola dos condutores e
vãos envolvidos, as ferramentas são solicitadas aquém da capacidade nominal. Em
situações especiais, em que os esforços são consideráveis, onde normalmente seriam
empregados bastão de pequeno diâmetro, deverão ser selecionados bastões de diâmetro
maior, ou então ser empregados bastões duplos.
8 - Guarda e Transporte
Para transporte dos equipamentos deverão ser tomados cuidados especiais para que o
mesmo não sofra danos de qualquer natureza.
Os bastões deverão ser transportados em sacolas de lona apropriadas ou em suportes
acolchoados instalados nos compartimentos do veículo, de tal forma que fiquem
presos, evitando danos ao material e ao veículo. As peças metálicas não deverão
entrar em contato com as de fibra de vidro.
Quanto as peças de borracha, deverão ser transportadas livres de qualquer contato,
tanto com as peças metálicas como com as de fibra de vidro.
Os compartimentos do veículo deverão ser suficientemente vedados de forma a evitar
a entrada de água, poeira ou outro produto que possa danificar os equipamentos,
materiais e ferramentas.