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Mínimo.

Semi-breve enclausurada numa vaga epifania, não cantarolada, não criada,


emergida, mas impossível de por a prova. De por a criação em si em sentido
pleno, condizente com o todo que sinto neste momento.
E se o mínimo, a mínima expressão do meu ser é fadado a um velho café
engolido sobre a madrugada de desordem no sono, sem sonho.
Por acaso meus sonhos não despertos, profundos, são ligados ao terror que eu
vivo sem suar, o qual não sei despertar. E quando desperto não sei dormir...
Colcheia, a porta da minha concha, não me rememora o mar...a porta da minha
concha, não é mais de um vadio poeta. É sim, de um convalescido interprete do
nada.
No nada não se resume silêncio, funde, pois semínimo fosse condizente, as
semínimas da minha existência...cara os graves não podem brincar !
50 notas, uma onda. Mas colchas mesmo retalhadas não me levam ao mar...
E se por acaso fundisse o habitual com o poético ? O prosaico Não me vale nada !
Quantas dissonâncias são não me capazes numa fusa ? Num fundir de bronze, da
argila modelada, do corpo que modelo sobre o ventre. Amado, ressargido,
condizente, impálido. Não ! Mero poeta, de fins de mundo e lugar algum.
Nunca estive, PRESENÇA, é marca compalída da semi-colcheia, não mínima, Não
semi-breve. Constantemente retarcida por um quarto de tudo que eu poderia ser
!
Mas, repete, e não me esquece, que meu existe é um sessenta e quatro quartos
avos dos tempos do mundo ! Pois os deuses não podem brincar ! Eles duram, a
existência. Suas palavras são eternas, seus atos, eles não podem brincar !
O imortal é grave, o mortal agudo...
O grave é composto de todas as notas, o agudo é deixado em si mesmo. Sozinho,
esquecido, logo, num fundir de inúmeras fusas. Retarcidas, talhadas para prensas
sem peso !

E semi-fusa.

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