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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:
SÃO PAULO
2017
APARECIDA GOMES GUEDES
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:
SÃO PAULO
2017
APARECIDA GOMES GUEDES
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
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Dedico este trabalho aos meus pais Manoel e Vanderli: o orgulho que
sentem de mim é o maior incentivo que posso receber. Dedico ao meu esposo
Ivanildo que sempre apoia o meu crescimento acadêmico. E, a minha irmã
Julie para quem tento ser exemplo e quem me faz querer ser uma pessoa
melhor a cada dia.
EPÍGRAFE
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 8
2 OBJETIVOS .............................................................................................. 9
3 METODOLOGIA ........................................................................................ 9
4.1 Depressão................................................................................................. 9
5 CONCLUSÕES.......................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 34
ANEXOS .................................................................................................... 37
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
Para este estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas nas bases Lilacs,
Google Acadêmico, Scielo, com as palavras-chave: depressão, idoso e Terapia
Cognitivo-Comportamental. Foram selecionados para o estudo textos completos, em
português, que tratam do tema deste trabalho.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Depressão
A depressão vem sendo muito divulgada pela mídia e pelos meios científicos
como uma doença pós-moderna e como o “o mal do século”, porém sabe-se que a
depressão não é uma doença atual, embora seja uma doença de alta incidência e
que gera preocupação (GONÇALES; MACHADO, 2007).
10
4.2 Envelhecimento
Para Stella et al. (2002), o envelhecimento normal não está associado a perda
das funções cognitivas, apesar de ocorrer lentificação nos processos mentais. Para
a autora existe a elevação no risco de se desenvolver certas doenças com o
aumentar da idade, mesmo defendendo que envelhecer não é sinônimo de adoecer.
Ainda segundo Grinberg (2006), 40% dos pacientes idosos deprimidos não
são diagnosticados nos serviços primários de atendimento devido a vários fatores.
Um dos fatores está relacionado ao preconceito do diagnóstico psiquiátrico, com
crenças de que a depressão no idoso é "consequência natural" do envelhecimento,
luto, problemas financeiros ou doença física. Outro fator para a falta de diagnóstico
desses pacientes é as peculiaridades do quadro clínico da depressão no idoso. Há
ainda, o despreparo dos profissionais de saúde e a falta de estrutura no sistema
público de saúde. Para o autor, esses fatores torna difícil o reconhecimento dos
sintomas depressivos na população de idosos propensos a diferentes sintomas
físicos.
Grinberg (2006) diz que a depressão do idoso pode ter tido início em uma
idade mais jovem, como também, pode iniciar somente após os 60 anos.
Stella et al. (2002) dizem que nos idosos, além dos sintomas comuns da
depressão, costuma aparecer também queixas somáticas, hipocondria, baixa
autoestima, sentimentos de inutilidade, humor disfórico, tendência autodepreciativa,
alteração do sono e o apetite, ideação paranoide e pensamento de suicídio. Lembra
também, que em idosos deprimidos, o risco de suicídio é duas vezes maior do que
nos não deprimidos.
Beck e Alford (2000) contam que a Terapia Cognitiva tem suas origens em
1956, quando Aaron Beck tentava dar validação empírica a formulações
psicanalíticas de depressão. No entanto, obteve resultados que não condizia com o
modelo psicanalítico, o que incentivou a estudar mais a depressão. Passou então, a
explicar a depressão como um transtorno que apresenta uma profunda tendência
negativa. Da tentativa de modificação de distorções cognitivas negativas, no
tratamento da depressão, foram desenvolvidas as estratégias terapêuticas da
Terapia Cognitiva. A partir desses achados, o modelo foi aplicado a outros
transtornos, mas a teoria surgiu de tentativas de testar princípios psicanalíticos à
depressão.
Knapp et al. (2007) citam três proposições que diz serem elas fundamentais e
comuns às Terapias Cognitivo-Comportamentais. São elas: o comportamento é
influenciado pela atividade cognitiva; a atividade cognitiva pode ser monitorada e
também alterada; o comportamento desejado pode ser induzido a partir da mudança
cognitiva.
Beck et al. (1997) postulou três conceitos para explicar a depressão a partir
do modelo cognitivo. São eles: a tríade cognitiva, os esquemas e os erros cognitivos.
Na tríade cognitiva, os três componentes, são padrões cognitivos que causa
sofrimento psíquico ao paciente com depressão. O primeiro padrão é caracterizado
pela forma negativa em que o paciente depressivo ver a si mesmo, no segundo o
paciente vê de forma negativa o ambiente e, no terceiro, o futuro é que é visto de
forma negativa. Os esquemas são padrões cognitivos inalteráveis, que dão estrutura
e organizam as experiências do paciente, o acompanhando ao logo de sua vida. Os
esquemas determinam o modo como cada pessoa responde a situações específicas.
Os erros cognitivos se tratam de uma falha no processamento da informação, assim
a pessoa deprimida tem como verdadeiras as crenças alteradas pelo quadro
depressivo, mesmo havendo evidências contraditórias.
ou “errados” apesar de parecerem válidos e, poderá entender que eles são a causa
de seu sofrimento. Ou seja, a depressão é produzida por deslizes mentais e
baseadas em percepções distorcidas da realidade.
Beck et al. (1997) salienta que é preciso realizar uma avaliação diagnóstica
completa do paciente e o terapeuta precisa ter uma base consistente de
conhecimento e experiência para reconhecer as muitas “faces” da depressão,
ficando alerta a “depressão sorridente”, doenças orgânicas confundidas com
depressão e depressão confundida com doenças orgânicas. Essas informações
podem ser obtidas por meio de uma anamnese apropriada.
sendo uma ferramenta que não só promove uma rápida avaliação da gravidade da
depressão, como também aponta sintomas que precisam de intervenção imediata,
como o suicídio (BECK, et al., 1997).
Stella et al. (2002) lembra que para o diagnóstico correto é preciso atentar
para o uso de certas medicações como antihipertensivos, (alfa-metildopa, clonidina,
nifedipina, propranolol, digoxina), antiparkinsonianos (L-dopa, amantadina),
benzodiazepínicos (diazepam e outros), além de corticóides, que podem causar
sintomas depressivos.
Shinohara (2001) diz que, tendo sido feita a avaliação, o processo terapêutico
com Técnicas Cognitivo-Comportamentais prossegue com: trabalho de casa com o
objetivo de ter uma terapia mais efetiva e incrementar a comunicação entre paciente
e terapeuta; relatos escritos, que é um exercício de registrar acontecimentos da
semana para ser discutido em sessão; atividades, a serem desenvolvidas durante a
semana, acordadas na sessão com objetivos específicos de acordo com a demanda;
biblioterapia, ou seja, leitura de algum material para entendimento de algum tema
trabalhado na sessão; diário de pensamentos disfuncionais, que é um registro de
pensamentos disfuncionais ocorridos fora da sessão, a fim de identificar os
pensamentos automáticos.
Grinberg (2006) salienta que nos dois ou três primeiros meses de tratamento
encontra-se a fase mais delicada. É o inicio da relação entre o médico e o paciente e
requer que se estabeleça a confiança, com o paciente e com a família, já que estes
chegam com suas expectativas de alívio do sofrimento. É necessário avaliar o risco
de suicídio e se atentar para os efeitos colaterais. É recomendado que o tratamento
seja acompanhado em consultas semanais, por pelo menos, durante as quatro
primeiras semanas, seguindo até diminuir os sintomas ou conseguir a remissão
completa do quadro.
Para Wright et al. (2008) no paciente com depressão grave, o momento certo
e o ritmo das sessões devem ser de acordo com a gravidade dos sintomas e a
capacidade do paciente em ser participativo na terapia. Para alguns pacientes
podem ser realizadas duas sessões semanais no início do tratamento, porém, se a
concentração for um problema, são mais úteis sessões breves e frequentes de 20
minutos, do que sessões convencionais de 45 a 50 minutos. Estas têm de dois a três
focos de intervenção, enquanto as sessões breves têm um único foco de
intervenção, o que ajuda os pacientes com problema de concentração significativo.
Caballo (2003) diz que as tarefas para casa é uma forma de o paciente
praticar as atividades aprendidas na sessão em outros ambientes, generalizando
para sua vida diária. Uma forma de tarefa de casa é pedir para o paciente fazer um
registro de ansiedade, de situações que enfrentou e sua resposta a ela. As tarefas
de casa são traçadas para atingir o objetivo da terapia e suas dificuldades vão
aumentando à medida que o tratamento progride. A preparação do paciente pra as
tarefas de casa é feita durante a sessão e, na sessão seguinte o paciente conta
como se saiu para que o terapeuta possa formular novas ou reformular as tarefas de
casa e dar treinamento conforme a necessidade. O autor explica que é útil que as
tarefas sejam anotadas, como também, pode-se pedir para que o paciente anote sua
atuação nas situações, contando o que aconteceu ao executar a tarefa, seu
sucesso, ansiedade, dificuldades. Esse registro serve tanto para lembrar o paciente,
como permite que ele observe seu próprio comportamento.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BECK, A. T. et. al. Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed, 1997.
Rio de. Janeiro: Zahar, 1982.
ANEXOS
Nome:
Data:
1.
0. Não me sinto triste.
1. Sinto-me triste.
2. Sinto-me triste o tempo todo e não consigo sair disso.
3. Estou tão triste ou infeliz que não posso aguentar!
2.
0. Não estou particularmente desencorajado(a) quanto ao futuro.
1. Sinto-me desencorajado(a) quanto ao futuro.
2. Sinto que não tenho nada por que esperar.
3. Sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não podem melhorar.
3.
0. Não me sinto fracassado(a).
1. Sinto que falhei mais do que o indivíduo médio.
2. Quando olho para trás em minha vida, tudo que vejo é uma porção de fracassos.
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4.
0. Obtenho tanta satisfação com as coisas como costumava fazer.
1. Não gosto das coisas da maneira que costumava gostar.
2. Não consigo mais sentir satisfação real com coisa alguma.
3. Estou insatisfeito(a) ou entediado(a) com tudo.
5.
0. Não me sinto particularmente culpado(a).
1. Sinto-me culpado(a) boa parte do tempo.
2. Sinto-me muito culpado(a) a maior parte do tempo.
3. Sinto-me culpado(a) o tempo todo.
6.
0. Não sinto que esteja sendo punido(a).
1. Sinto que posso ser punido(a).
2. Espero ser punido(a).
3. Sinto que estou sendo punido(a).
7.
0. Não me sinto desapontado(a) comigo mesmo(a).
1. Sinto-me desapontado(a) comigo mesmo(a).
2. Sinto-me aborrecido(a) comigo mesmo(a).
3. Eu me odeio.
8.
0. Não sinto que seja pior que qualquer outra pessoa.
1. Critico-me por minhas fraquezas ou erros.
2. Responsabilizo-me o tempo todo por minhas falhas.
3. Culpo-me por todas as coisas ruins que acontecem.
9.
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10.
0. Não costumo chorar mais que o habitual.
1. Choro mais agora do que costumava fazer.
2. Atualmente, choro o tempo todo.
3. Eu costumava conseguir chorar, mas agora não consigo, ainda que queira.
11.
0. Não me irrito mais agora em qualquer outra época.
1. Fico molestado(a) ou irritado(a) mais facialmente do que costumava.
2. Atualmente, sinto-me irritado(a) todo o tempo.
3. Absolutamente: não me irrito com as coisas que costumavam irritar-me.
12.
0. Não perdi o interesse nas outras pessoas.
1. Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas.
2. Perdi a maior parte de meu interesse nas outras pessoas.
3. Perdi todo meu interesse nas outras pessoas.
13.
0. Tomo decisões mais ou menos tão bem quanto em qualquer outra época.
1. Adio minhas decisões mais do que costumava.
2. Tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes.
3. Não consigo mais tomar decisão alguma.
14.
0. Não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser.
1. Preocupo-me por estar parecendo velho(a) ou sem atrativo.
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15.
0. Posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes.
1. Preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa.
2. Tenho que me forçar muito até fazer qualquer coisa.
3. Não consigo fazer nenhum trabalho.
16.
0. Durmo tão bem quanto de hábito.
1. Não durmo tão bem quanto costumava.
2. Acordo 1 a 2 horas mais cedo que de hábito e tenho dificuldade de voltar a dormir.
3. Acordo várias horas mais cedo do que costumava e não consigo voltar a dormir.
17.
0. Não fico mais cansado(a) que de hábito.
1. Fico cansado(a) com mais facilidade do que costumava.
2. Sinto-me cansado(a) ao fazer quase qualquer coisa.
3. Estou cansado(a) demais para fazer qualquer coisa.
18.
0. Meu apetite não está pior que de hábito.
1. Meu apetite não é tão bom quanto costumava ser.
2. Meu apetite está muito pior agora.
3. Não tenho mais nenhum apetite.
19.
0. Não perdi muito peso, se é que perdi.
1. Perdi mais de 2,5kg.
2. Perdi mais de 5kg.
3. Perdi mais de 7,5kg.
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20.
0. Não me preocupo mais que de hábito com minha saúde.
1. Preocupo-me com problemas físicos, como dores e aflições, ou perturbações no
estômago, ou prisão de ventre.
2. Estou muito preocupado(a) com problemas físicos e é difícil pensar em muito mais
que isso.
3. Estou tão preocupado(a) com meus problemas físicos que não consigo pensar em
qualquer outra coisa.
21.
0. Não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual.
1. Estou menos interessado(a) em sexo do que costumava.
2. Estou bem menos interessado(a) em sexo atualmente.
3. Perdi completamente o interesse no sexo.