Professional Documents
Culture Documents
Norte-Americana
Material Teórico
Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman
Melville, Mark Twain, Henry James)
Revisão Técnica:
Profa. Ms. Silvana Nogueira da Rocha
Revisão Textual:
Profa. Ms. Sandra Regina F. Moreira
Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily
Dickinson, Herman Melville, Mark Twain,
Henry James)
• Introdução
• Contexto Histórico
• Walt Whitman (1819 – 1892)
• Emily Dickinson (1830 – 1886)
• Herman Melville (1819 – 1891)
• Mark Twain (1835 – 1910)
• Henry James (1843 – 1916)
• Considerações finais
Dear student!
Para obter um bom desempenho em seus estudos, explore cada seção da unidade.
No Conteúdo Teórico você encontrará o material principal de estudos na forma de texto escrito.
O Material Complementar traz informações adicionais para que você possa ampliar seus
conhecimentos sobre os tópicos apresentados na unidade.
Não se esqueça também de acessar a Apresentação Narrada, que faz um resumo dos principais
tópicos do conteúdo teórico na forma de Power Point e áudio. A Videoaula também deve ser assistida
como um reforço do que foi estudado.
O Fórum de Discussão é outra ferramenta disponível, e deve ser utilizado para participar das
discussões propostas.
Caso tenha alguma dificuldade no acesso de algum item da disciplina, não hesite em entrar em
contato com seu professor tutor.
Bons estudos!
5
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Contextualização
Você já deve ter assistido aos filmes Dead Poets Society (“Sociedade dos Poetas Mortos”),
Moby Dick ou The Innocents (“Os Inocentes”), não é mesmo? São filmes bastante famosos, e
que marcam muito as nossas vidas. Mas você sabia que eles estão relacionados às obras de autores
famosos que fizeram parte da segunda fase do Romantismo da Literatura norte-americana?
Vamos estudá-los (dentre outros, é claro!) com um pouco mais de detalhes? Está curioso
para iniciar essa maravilhosa viagem?
Fonte: “Sociedade dos Poetas Mortos”, Fonte: “Moby dick”, Fonte: “Os Inocentes”,
Peter Weir; Disney/Buena Vista, 1990 John Huston; Warner Bros., 1956 Jack Clayton; Fox Film , 1961
6
Introdução
Contexto Histórico
De modo geral, esse período foi marcado por grandes transformações. Em meados do século
XIX, os Estados Unidos ainda eram um país agrícola. Porém, o comércio e a indústria estavam
crescendo e, em 1870, a maioria dos americanos trabalhava em cargos não relacionados com
a produção agrícola. A população triplicou: de 23 milhões, em 1850 para 76 milhões, em
1900.
Outro fato que marcou o período foi a Proclamação de Emancipação, assinada pelo
Presidente Abraham Lincoln, em 1862, abolindo a escravidão no país.
7
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Declarada a guerra, em 1861, a União (estados do Norte) contava com 2.200.000 homens
alistados, enquanto que a Confederação (estados do Sul) reunia 800.000. A superioridade
econômica da União podia ser expressa por meio de seu contingente populacional; riqueza;
malha ferroviária; produção de ferro; produção de carvão; e produção de armas de fogo.
Saiba Mais
União (Norte): Nova Iorque, Nova Jersey, Massachusetts, Connecticut, New
Hampshire, Maine, Pensilvânia, Rhode Island, Michigan, Wisconsin, Minnesota,
Iowa, Illinois, Indiana, Ohio, Vermont, Maryland, Delaware, Missouri, West
Virginia, Kentucky.
Confederação (Sul): Carolina do Sul, Carolina do Norte, Virginia, Geórgia,
Flórida, Alabama, Mississipi, Louisiana, Texas, Arkansas, Tennessee.
Após a Guerra Civil, a nação entrou em um período de vasta expansão comercial. Ferrovias
atravessavam o país e muitas fábricas foram construídas. Os americanos, nativos ou imigrantes,
lucravam mais do que nunca, pois eles tinham mais oportunidades e mais liberdade. Um dos
resultados desse crescimento foi um forte sentimento patriótico, que perdura até os dias atuais.
Diante desse novo cenário, vamos ver quais autores se destacaram na literatura e sobre o
que eles escreviam, quais eram seus pensamentos e ambições.
8
Walt Whitman (1819 – 1892)
9
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchor’d safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my captain lies,
Fallen cold and dead.
Disponível em: http://www.poetryfoundation.org/poem/174742 - Acesso em 13 de abr. 2015.
Foi primeiro publicado no panfleto Sequel to Drum – Taps, que reunia 18 poemas relacionados
à Guerra Civil. Foi incluído na coleção abrangente de Whitman, chamada Leaves of Grass.
Pode-se dizer que a primeira linha estabelece o humor do poema, que é o alívio pelo fim
da guerra. Na segunda, nota-se que o navio a que o poeta se refere é a nação americana
já vitoriosa após a Guerra Civil, pois o final da escravidão foi conquistado. A terceira linha
expressa o humor de júbilo da União vencendo a guerra (the people all exulting). Na quarta
linha, no entanto, percebe-se uma sutil mudança de humor quando ele fala da severidade
do navio, e do lado mais sombrio da guerra. Muitos perderam suas vidas na Guerra Civil e,
embora o prêmio que se buscava tenha sido conquistado, os corações ainda doíam em meio
à exultação das pessoas. A repetição da palavra heart na quinta linha chama a atenção para
a vasta tristeza do poeta e a mágoa porque o capitão sangrava e ali ainda jazia frio, inerte e
morto (linhas 6 a 8). Sem dúvida, isso se refere ao assassinato de Abraham Lincoln e à tristeza
de Whitman por ter perdido seu ídolo.
Na segunda estrofe o narrador novamente brada o capitão para se levantar e ouvir os sinos
(to rise up and hear the bells), para se juntar à comemoração pelo fim da guerra.
As próximas três linhas dizem para o capitão se levantar e se juntar aos devaneios, pois
ele era a razão de todo aquele regozijo (for you the flag is flung; for you the bugle thrills;
for you bouquets and ribbon’d wreaths; for you the shores a-crowding; for you they call,
the swaying mass, their eager faces turning). Todos estavam comemorando o que Lincoln
havia cumprido, não somente a abolição da escravidão, mas também a formação da União
e a reunião das pessoas. O poeta, por sua vez, não quer reconhecer a morte do seu adorado
capitão e até mesmo pergunta se é algum sonho (It is some dream that on the deck).
A terceira estrofe começa com um tom melancólico quando finalmente o poeta aceita que
o capitão está morto. Nessa parte, há imagens vívidas e mais sombrias, tais como his lips are
pale and still e o leitor pode imaginar o capitão morto, deitado ali, imóvel e sem pulso.
Na linha 17, o poeta brada My Captain, e na linha 18, refere-se ao capitão como My father.
Isto quer dizer que considerava Lincoln o pai dos Estados Unidos.
10
Nas linhas 19 e 20 são declarações conclusivas que resumem o poema todo. Os Estados
Unidos estão anchor’d safe and sound. Ou seja, estão sãos e salvos da temível guerra agora,
com sua viagem finalizada e com seu objeto conquistado, conforme está escrito em: its voyage
closed and done, from fearful trip, the victor ship, comes in with object won.
É possível notar um esquema de rima distinto, que é incomum para Whitman. O esquema
de rima é: AABCDEFE, GGHIJEKE, e LLMNOEPE para cada estrofe respectivamente.
Há também exemplos de aliteração no poema, como flag is flung; safe and sound.
11
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Songs of Myself
Vejamos também um trecho de seu famoso poema Song of Myself, no qual características
como o individualismo e a natureza são evidentes. Também podemos observar os versos livres,
marca da poesia de Whitman:
Importante!
Song of Myself é um poema de 52 estrofes ou partes. Como indica Allen (1972, p.
150), é uma apologia a si mesmo. Porém, não é bem a ele. A apologia não é ao Whitman
homem, mas ao poeta, ao estilo dos poetas do Romantismo inglês, esse ser ideal cuja
visão vai além da do homem comum.
É um poema de aceitação, que revela o espírito democrático whitmaniano ao incluir
homens e mulheres de todas as classes, raças e profissões na formação da nação
americana.
O símbolo principal do poema, que representa esse espírito de democracia, é a grama:
presente em todo o continente, acessível para todos, elemento unificador entre cultura
e natureza, bandeira do espírito democrático da nação. A grama é, então, o símbolo da
vida e também o elemento unificador que nasce entre todos os seres humanos.
Nessa época, a forma dos versos de Whitman (verso livre) foi revolucionária, bem assim
como seu tema, encontrando tanto grande resistência por parte da estética estabelecida,
quanto grande aceitação pelos transcendentalistas como Emerson, que viam no poeta
a articulação das suas teorias. Na realidade, Whitman foi o poeta que Emerson exigia
da sua época. Whitman também se opunha à expansão da escravatura aos territórios
adquiridos após a Guerra com o México.
É interessante notar que Whitman construiu um estilo para recriar e articular essa nação
norte-americana, também em processo de formação e expansão territorial.
Outra característica é o uso da linguagem: Whitman não utiliza linguagem formal como
Emerson, mas emprega todo o vocabulário disponível de seu tempo: a linguagem das
ruas, a dos discursos políticos, e o jargão da ciência. Da mesma maneira, utiliza-se de
palavras de outras línguas: francês, italiano, espanhol etc.
12
Emily Dickinson (1830 – 1886)
13
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Em 1850, deixou de frequentar a Igreja, mantendo uma atitude crítica em relação ao discurso
religioso, o que mostrava a influência dos transcendentalistas e seu louvor à natureza em sua
obra. Porém, diferentemente de Whitman, Dickinson nunca se converteu a essa doutrina ou a
nenhuma outra. Assim, sua poesia é como um pivô a partir do qual ora considera os princípios
do protestantismo, ora os do transcendentalismo, tomando elementos de ambos e não se
convertendo a nenhum.
Diferentemente da poesia de Whitman, que é extrovertida e uma explosão de energia, a
poesia de Dickinson é introspectiva e de reflexão.
Veremos agora um de seus poemas cuja temática é a morte. Temos aqui um diálogo entre
um ser que afirma ter morrido devido à “beleza” e outro, devido à “verdade”, chegando à
conclusão de que “beleza” e “verdade” são irmãs. Na última estrofe, a poeta constrói uma
imagem forte na qual, enquanto os dois mortos conversam em túmulos contíguos, o musgo
alcança seus lábios e cobre seus nomes:
Na seção “Material Complementar” você poderá ler este e mais seis poemas famosos de
Emily Dickinson, traduzidos por Nuno Júdice. Não deixe de consultar!
14
Herman Melville (1819 – 1891)
15
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Havia algumas pequenas, mas importantes diferenças entre os textos das publicações do
livro feitas em Londres e Nova Iorque. Em Londres, houve cortes ou mudanças de passagens,
e Melville também fez algumas mudanças, incluindo uma feita no título no último minuto. A
obra primeiramente apareceu como The Whale, em Londres, em outubro de 1851, e depois
sob seu definitivo título Moby-Dick em Nova Iorque, em novembro.
A baleia, no entanto, aparece nas duas edições como Moby Dick, sem hífen. A edição
britânica não foi reimpressa, enquanto que a americana o foi três vezes, a última em 1871.
Apenas 3.200 cópias foram vendidas durante a vida do autor.
O romance é narrado em primeira pessoa pela personagem Ishmael, que decide se
aventurar no mar embarcando no baleeiro Pequod, nome da primeira tribo indígena
exterminada pelos colonizadores brancos nos Estados Unidos. A escolha desse nome pode
indicar uma crítica e uma tentativa de evidenciar a história não oficial dos Estados Unidos
que inclui a exterminação de todas as tribos indígenas que habitavam o continente, antes da
chegada do colonizador branco.
Depois de vários dias em alto-mar, o misterioso capitão Ahab revela à tripulação o propósito
da viagem: matar a baleia branca conhecida como Moby Dick, responsável pela mutilação de
uma de suas pernas. De forma eloquente, o capitão convence a tripulação, composta por
exilados provenientes de várias regiões e etnias, formando um microcosmo da humanidade.
Ao final, Ahab consegue, enfim, matar a grande baleia branca. No entanto, todos os envolvidos,
exceto o narrador, morrem no processo. Observe, a seguir, uma das falas finais do capitão Ahab
e o desfecho da obra, quando o narrador afirma que tudo entrara em colapso, com exceção da
natureza que, simbolizada pelo mar, permanecia a mesma de há cinco mil anos atrás:
‘Am I cut off from the last fond pride of meanest shipwrecked
captains? Oh, lonely death on lonely life!’ [...] went down with
his ship, which, like Satan, would not sink to hell till she had
dragged a living part of heaven [...] then all collapsed, and the
great shroud of the sea rolled on as it rolled 5,000 years ago.
Em relação aos símbolos, a baleia Moby Dick pode representar a natureza por ser complexa,
desconhecida e perigosa. Porém, para o capitão Ahab, o animal simboliza apenas o Mal.
A narrativa mistura referências literárias e míticas com descrições extremamente realistas e,
apesar da linguagem rebuscada, o enredo desperta a atenção do leitor do início ao fim.
16
Para ler a obra Moby Dick, acesse o link:
http://www.online-literature.com/melville/mobydick/
(Acesso em 20 de mar. 2015).
17
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Com personalidade carismática, o autor começa a ser convidado para dar palestras e
conferências. Em 1876, publica The Adventures of Tom Sawyer, obra em que Tom Sawyer
e Huckleberry Finn, dois meninos que vivem às margens do Mississipi, como o autor, formam
uma das duplas mais famosas da literatura mundial.
18
Numa das passagens mais famosas do romance, Tom recebe, como castigo por ter cabulado
aulas, a tarefa de pintar a cerca de um jardim, mas finge que aquilo é um privilégio, “permitindo”
a outros garotos que finalizem o trabalho, desde que lhe paguem uma determinada quantia:
19
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Neste romance psicológico, James aborda o mal como parte inerente ao ser humano,
relatando a história de uma jovem, filha de um pároco da aldeia, que se torna governanta
dos sobrinhos de um rico capitalista. Ele a contrata sob a condição de que não o incomode.
A jovem deve cuidar sozinha de Miles e Flora, numa imensa propriedade no interior da
Inglaterra vitoriana. Misteriosamente, logo no início da narrativa, a jovem julga ver um
desconhecido no alto da torre da residência.
Há um segredo no passado das crianças: elas teriam sido desencaminhadas por dois
antigos empregados, Peter Quint e Miss Jessel, que eram amantes e morreram de forma
misteriosa. A governante passa, então, a ver os fantasmas e decide proteger as crianças.
Ela tem que utilizar toda sua convicção nos fatos que se desenrolam na residência para
convencer ao leitor de que é uma narradora confiável.
20
Uma das questões propostas pelo romance, que oscila entre fantasia e realidade, é se os
pequenos estão, de fato, possuídos ou tudo é fruto da imaginação, puritana e reprimida,
da narradora.
Várias análises desta obra centralizam a estranha relação entre a jovem e o tio das crianças,
um suposto desejo reprimido pelo homem que deve evitar, e que poderia ser a fonte de suas
estranhas visões.
Importante!
21
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Considerações finais
Você conheceu, nessa unidade, os principais autores da segunda metade do século XIX.
Começamos pela produção poética de Walt Whitman, “o poeta da América”, e sua obra
Leaves of Grass. Estudamos também a poesia moderna e sublime de Emily Dickinson.
Na prosa, abordamos o romance Moby Dick, obra-prima de Herman Melville, que reflete
sua fase mais madura e complexa. Também estudamos sobre Mark Twain e sua dupla
inesquecível, Tom Sawyer e Huck Finn. E finalizamos com o grande Henry James e seu
romance psicológico The Turn of the Screw.
Não se esqueça! Leia também as informações adicionais no Material Complementar desta
unidade. Lá, você poderá aumentar seus conhecimentos sobre essa fase do Romantismo
norte-americano. Não perca essa chance!
22
Material Complementar
Caso você queira conhecer um pouco mais a respeito dos assuntos tratados nesta unidade,
seguem algumas sugestões de leituras e filmes.
Elas estão elencadas por autores, de acordo com a ordem em que aparecem no título da unidade.
Walt Whitman
Livro:
Leaves of Grass (“Folhas de Relva”)
Walt Whitman (1819–1892) publicou a primeira edição de sua principal obra, Leaves of
Grass, em 1855. Pelo restante de sua vida, produziu novas edições do livro, terminando
com a nona edição, ou edição do “leito de morte”, em 1891–1892. O que começou
como um livro fino de 12 poemas, tornou-se, no final de sua vida, um compêndio grosso
de quase 400 poemas.
Whitman considerava cada versão como um livro próprio e distinto e alterava o conteúdo
de forma contínua. Adicionou novos poemas, deu nome ou renomeou antigos e, até
1881, reagrupou-os várias vezes. Desenvolveu a tipografia, adicionou anexos, reescreveu
as frases e alterou a pontuação tornando cada edição única.
Ao clicar no link, você encontrará a primeira edição rara, que Whitman imprimiu sem o
nome do autor na página de título. A publicação do livro foi anunciada por comentários
anônimos impressos em jornais de Nova Iorque, os quais foram claramente escritos pelo
próprio Whitman. Eles descreviam com precisão a natureza revolucionária de sua obra
“transcendente e nova”: “Finalmente, um trovador americano!”.
Whitman também recebeu um impulso generoso de publicidade da escritora best-seller
Fanny Fern, que fez amizade com o poeta e defendeu o livro “Folhas de Relva” como
ousado e novo em sua coluna popular no New York Ledger, em 10 de maio de 1856.
Leia a obra gratuitamente no link:
http://www.wdl.org/pt/item/9683/
(Acesso em 9 de abr. 2015).
Filme:
Dead Poets Society (“Sociedade dos Poetas Mortos”)
Após a exibição do filme, os poemas de Walt Whitman tornaram-se mais conhecidos
pelo público brasileiro.
O filme tem Robin Williams como personagem principal, interpretando um professor de
literatura, que citava trechos de poemas de Whitman e que possuía um retrato do poeta
na parede atrás de sua mesa de professor.
Assista ao filme gratuitamente por meio do link:
http://www.filmesiv.com/2012/10/sociedade-dos-poetas-mortos-legendado.html
(Acesso em 13 de abr. 2015).
23
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Emily Dickinson
Livro:
Oitenta Poemas de Emily Dickinson
Em 1979, Jorge de Sena, indiscutivelmente um dos maiores poetas portugueses do
seu século, traduziu a obra “80 Poemas de Emily Dickinson”, uma das maiores poetisas
americanas de todos os tempos.
1 Escritor, poeta, ensaísta português, natural de Mexilhoeira Grande, Portimão. Estudou Filologia Romântica na Universidade de Lisboa, vindo
a ser professor do ensino secundário. Atualmente, é professor da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese
sobre Literatura Medieval. A partir de 1997, passou a desempenhar, em Paris, os cargos de conselheiro cultural da Embaixada Portuguesa e
delegado do Instituto Camões. Tem livros traduzidos na Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e França. Recebeu o prêmio de Poesia Pablo
Neruda e o Prêmio da Fundação da Casa de Mateus. Disponível em: http://www.escritas.org/pt/biografia/nuno-judice. Acesso em 13 de abr. 2015.
24
A Dor Tem um Elemento de Vazio
A Dor – tem um Elemento de Vazio –
Não se consegue lembrar
De quando começou – ou se houve
Um tempo em que não existiu –
Não tem Futuro – para lá de si própria –
O seu Infinito contém
O seu Passado – iluminado para aperceber
Novas Épocas – de Dor.
Disponível em: http://www.citador.pt/poemas/a/emily-dickinson. Acesso em 9 de abr. 2015.
A Ausência Desincorpora
A Ausência desincorpora – e assim faz a Morte
Escondendo os indivíduos da Terra
A Superstição ajuda, tal como o amor –
A Ternura diminui à medida que a experimentamos –
Disponível em: http://www.citador.pt/poemas/a/emily-dickinson. Acesso em 9 de abr. 2015.
25
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Filme:
I started early
Na realidade, não é exatamente um filme, mas trata-se de uma animação baseada na
obra da autora.
Talvez você ache um pouco difícil de assistir porque é uma versão original em inglês, ou
com legendas em inglês.
Disponível em:
http://garatujasfantasticas.com/15-animacoes/
(Acesso em 13 de abr. 2015).
Herman Merville
Livro:
Moby-Dick: The Whale
Disponível em:
http://www.online-literature.com/melville/mobydick/
(Acesso em 20 de mar. 2015).
Filme:
Moby Dick
Filme de 1978, que narra o romance clássico de Herman Melville. Disponível em:
http://www.armagedomfilmes.biz/?p=91354
(Acesso em 06 de abr. 2015).
26
Mark Twain
Livro:
The Adventures of Tom Sawyer (“As Aventuras de Tom Sawyer”)
Tom Sawyer vive com sua tia Polly e o seu meio-irmão, Sid, na cidade de São Petersburgo,
no estado do Missouri, junto ao rio Mississipi. Tom e Huckleberry Finn, o filho do bêbado
da cidade, envolvem-se nas mais destemidas aventuras que fazem as delícias do leitor.
A obra é um retrato dos Estados Unidos rural em meados do século XIX. Foi adaptada
para o cinema e séries de animação diversas vezes. Uma das animações mais famosas foi,
sem dúvida, uma adaptação japonesa, em 1980, que foi lançada também em Portugal.
Leia o livro gratuitamente no link:
http://www.livros-digitais.com/mark-twain/as-aventuras-de-tom-sawyer/sinopse
(Acesso em 9 de abr. 2015).
Filme:
The Adventures of Tom Sawyer (“As Aventuras de Tom Sawyer”)
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Nh5C6TKVyIE
(Acesso em 06 de abr. 2015).
Henry James
Livro:
The Turn of the Screw (“A Volta do Parafuso”)
Disponível para leitura em:
http://www.online-literature.com/henry_james/turn_screw/
(Acesso em 20 de mar. 2015).
Filme:
The Innocents (“Os Inocentes”)
Cenário: Inglaterra, durante a Era Vitoriana.
Dois irmãos, Flora e Miles, moram com seu tio em uma antiga casa após ficarem
órfãos. Os meninos são deixados aos cuidados da senhorita Giddens, uma governanta
muito competente, que ganha total liberdade de criação dos meninos. Porém, as duas
crianças começam a serem possuídas por espíritos que habitavam a casa. Cabe a
Giddens salvá-las e exorcizar os espíritos que rondam a casa.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ktvn-UFNJkM
(Acesso em 06 de abr. 2015).
27
Unidade: Século XIX: Romantismo (Walt Whitman, Emily Dickinson, Herman Melville, Mark Twain, Henry James)
Referências
CUNLIFFE, M. The Literature of the United States. 4.ed. Middlesex: Penguin, 1986.
NABUCO, C. Retrato dos Estados Unidos a Luz da sua Literatura. 2.ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
28
Anotações
29