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ÍNDICE

1. Introdução .................................................................................................................. 3

2. Objectivos .................................................................................................................. 4

2.1. Objectivo geral ................................................................................................... 4

2.2. Objectivo específico........................................................................................... 4

3. Metodologia............................................................................................................... 5

4. Transporte .................................................................................................................. 6

4.1. Transporte aéreo................................................................................................. 6

4.1.1. Características principais do transporte aéreo ............................................ 7

4.1.2. Importância dos transportes aéreos............................................................. 8

4.1.4. As particularidades transporte aéreo........................................................... 9

4.1.5. Características das mercadorias e dos terminais de carga aérea ............... 10

4.1.5.1. Transporte e carga aérea ....................................................................... 10

4.1.5.2. Terminais de carga aérea....................................................................... 11

4.1.6. Vantagens e desvantagens do transporte aéreo ......................................... 12

5. Conclusão ................................................................................................................ 17

6. Referência bibliográfica .......................................................................................... 18

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1. INTRODUÇÃO

O Transporte Aéreo tem um papel marcante na evolução mundial. Devido à sua grande
mobilidade, flexibilidade e alcance, a sociedade moderna a partir de meados do século
passado pôde contar com várias possibilidades em termos de troca de tecnologia,
pesquisa e desenvolvimento entre os povos.
O Comércio Internacional está estruturado sobre muitas variáveis, sendo também uma
importante área na formulação das políticas económicas dos países. Uma delas, de valor
fundamental, é o transporte de bens vendidos, comprados ou trocados, ou seja, a
locomoção destes bens de seu ponto de origem até seu ponto de destino, o elo de ligação
entre a zona de produção da mercadoria e sua respectiva zona de consumo. Pelo seu
peso e valor relativo na transacção, o transporte é componente decisivo no custo final da
mercadoria, atendimento de prazos e condições de entrega pré estabelecido. Uma
logística de transporte montada adequadamente, baseada nestas variáveis importantes do
processo, pode representar a lucratividade ou prejuízo na actividade exportadora ou
importadora e, consequentemente, a sua manutenção, incremento ou retirada do jogo
das trocas internacionais.
A internacionalização da economia e a formação de blocos económicos pelos Estados
Nacionais, entre outros factores, tornou o ambiente de concorrência empresarial mais
complexo. Neste novo ambiente as empresas utilizam o transporte aéreo e os centros
cargueiros aeroportuários como parte de suas estratégias para ampliar a comercialização
de suas mercadorias tornando importante conhecer as características do transporte de
carga no modal aéreo.

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2. OBJECTIVOS

2.1.Objectivo geral
 Ter conhecimento sobre o sistema de transporte aéreo;

2.2.Objectivo específico
 Características principais dos transportes aéreos;
 Importância dos transportes aéreos;
 O transporte aéreo e suas particularidades;
 Vantagem e desvantagem dos transportes aéreos; e
 Panorama geral do transporte aéreo em Moçambique.

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3. METODOLOGIA

3.1.Tipo de pesquisa

 Pesquisa qualitativa
3.2.Métodos
 Método Bibliográfico

A metodologia utilizada no presente trabalho foi baseada em livros, artigos científicos e


revistas electrónicas.

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4. TRANSPORTE

Partindo-se da definição formal, transporte pode ser entendido pelo deslocamento de


pessoas e ou mercadorias entre dois lugares. Esse deslocamento é feito por meio de
modais.

Segundo Bastos (1955, p. 25) o transporte é a vida do povo e de importância vital para
vida social e económica de um pais. Todo o progresso experimentado pela economia
passa directamente pelo panejamento de transportes e sua problemática não mais é uma
área isolada de panejamento do pais, passando a ter importância básica e pratica na
organização económica. Nota-se hoje que é impossível a separação entre produção e
transporte e que essa dependência mútua ampliou as possibilidades de negócios.

O transporte no mundo de hoje busca a integração dos modais apesar de ainda funcionar
com o espirito de competição entre os vários sistemas e seus operadores. Segundo
HELLMAN (1977) os principais modais de transporte, em ordem de utilização são:

 Rodoviário;
 Ferroviário;
 Hidroviário;
 Dutoviário; e
 Aeroviário.

4.1.Transporte Aéreo
É o transporte realizado por empresas de navegação aérea, através de Aeronaves de
vários tipos e tamanhos, nacional e internacionalmente e pode ser utilizado praticamente
para todas as cargas, embora com limitações em relação ao marítimo, quanto à
quantidade e especificação.

Através da navegação aérea pode-se atingir qualquer ponto do planeta, sendo esta opção
interessante para cargas de alto valor ou de alta perecibilidade, ou amostras, que
necessitem chegar rapidamente ao seu destino.

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4.1.1. Características principais do transporte aéreo

a) Velocidade
A velocidade das Aeronaves de transporte reduziu, significativamente, o tempo para
atingir distâncias, possibilitando o emprego rápido da Força Aérea em qualquer área que
se faça necessária a sua presença.

b) Mobilidade
Traduz-se na capacidade da Força Aérea de, por seus próprios meios, deslocar-se e
estabelecer-se em novas bases e operar com a mesma ou maior eficácia. A elevada
capacidade das modernas Aeronaves de transporte permite o rápido desdobramento de
forças, com oportunidade, efectuando a entrega de tropas e equipamentos nos locais
estabelecidos.

c) Flexibilidade
É a capacidade que a Força Aérea possui de se adaptar, rapida mente, a variações de
situação, utilizando suas Unidades Aéreas para a realização de uma gama variada de
missões com o emprego, em cada caso, de tácticas e armamentos adequados à operação
a ser realizada.

d) Penetração
Traduz-se na capacidade de adoptar uma grande variedade de tácticas, protecção
electrónica, velocidades e altitudes diferentes, para penetrar no território inimigo, a
despeito de suas defesas ou dos obstáculos naturais.

e) Alcance
Essa característica decorre da possibilidade das Aeronaves realizarem missões a grandes
distâncias. Após essa apresentação das principais características do tra nsporte aéreo,
veremos a seguir algumas de suas possibilidades em termos de emprego associadas aos
diversos seguimentos da sociedade.

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4.1.2. Importância dos transportes aéreos
De La Torre (2002) apresenta alguns aspectos que mostram a importância do transporte
aéreo para a sociedade a saber: possibilita ampla integração nacional e internacional; é o
modal que “mais encurta as distâncias”, confere rapidez, se gurança e confiabilidade ao
transporte; permite quase que instantâneos deslocamentos intercontinentais,
internacionais e nacionais; é uma indústria de capital intensivo das mais importantes;
atua como agente de transporte para a indústria do turismo doméstico e internacional e é
o maior gerador de empregos e de progresso urbano.
Cooper et al (1993) consideraram que viajar por avião foi, provavelmente, a inovação
de transporte mais importante no século XX. Com o transporte aéreo tornou-se possível
o deslocamento de passageiros no menor período de tempo jamais conseguido, tendo
aumentado, consequentemente, a procura por viagens de longo curso. A distância média
viajada por dia, por um europeu, entre 1970 e 1993, passou de 16,5 para 31,5
quilómetros. Para o mesmo período assistiu-se a um crescimento médio anual de 3,2 %,
para o sector de transporte de passageiros.

4.1.3. Limitações do transporte de aéreo

a. Capacidade de carga e custo


Mesmo as mais modernas Aeronaves de transporte ficam aquém, em termos financeiros,
dos meios de transporte de superfície e apresentam maiores custos operacionais.
Em consequência, na utilização desse modal, a principal justificativa para o seu
emprego envolve o conceito de carga-crítica.

b. Infra-estrutura de terra
É requerida a existência de recursos mínimos necessários para a operação do transporte
aéreo, tais como: campo de pouso, comunicações, auxílios à navegação, serviços em
geral e outros que irão concorrer proporcionalmente quanto maior ou mais importante
for esse aeroporto.
Deverá ser dada especial atenção ao sistema de carga e descarga em termos de agilidade
e segurança a fim de que os horários não sejam comprometidos.

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c. Superioridade aérea
Em conflitos, a vulnerabilidade do transporte aéreo apresenta-se como principal factor
limitativo do seu emprego.

d. Condições meteorológicas
Quando desfavoráveis, poderão limitar o transporte aéreo no emprego de algumas de
suas possibilidades.

e. Autorização de sobrevoo
Quando em espaço aéreo internacional, as aeronaves dependem de autorizações
preestabelecidas que dependerão única e exclusivamente das nações que a emitirem.
Ao término dessas considerações sobre as limitações impostas ao emprego do transporte
aéreo, faz-se necessário um estudo aprofundado sobre qual modal escolher no momento
panejamento, como veremos, a seguir, na conclusão deste trabalho.

4.1.4. As Particularidades Transporte Aéreo

O transporte aéreo internacional é baseado nas normas da IATA (International Air


Transport Association) e em acordos e convenções internacionais.

As reservas para transporte de cargas podem ser feitas para um espaço na aeronave, para
o espaço total ou ainda afretamento de aviões cargueiros.. As reservas são realizadas
pelos expedidores diretamente com a companhia aérea ou através de um agente de carga
IATA.

Esta associação representa as companhias aéreas, têm papel fundamental nas


negociações para o estabelecimento de tarifas uniformes de fretes e regula as três
conferências existentes, dividindo o globo em três áreas. A participação das companhias
na IATA é voluntária, porém a empresa que não for associada não terá a assistência e
facilidade encontradas por estas, uma vez que não contará com a estrutura e os
instrumentos disponíveis da organização.

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Tem os seguintes objetivos :

 Assegurar que as companhias aéreas participantes prestem serviços de transporte


seguro, eficiente e rápido, visando o benefício público em geral, com melhor
rentabilidade das linhas aéreas;
 Desenvolver condições para a colaboração mútua das companhias de aviação
civil que estão, direta ou indiretamente, ligadas aos serviços de transporte aéreo
internacional;
 Em conjunto com as companhias aéreas e outros órgãos internacionais, procurar
resolver ou encontrar soluções para os problemas comuns da aviação civil, que
não podem ser solucionados individualmente;
 Definir tarifas de fretes a serem utilizadas pelos seus membros nos tráfegos de
passageiros e mercadorias;
 Orientar a modernização de aeroportos e instalações para a navegação aérea,
beneficiando a aviação civil internacional;
 Viabilizar rotas aéreas e garantir condições para que seja realizado um transporte
aéreo regular em nível mundial.

4.1.5. Características das mercadorias e dos terminais de carga aérea


4.1.5.1.Transporte e carga aérea

Transporte aéreo de mercadorias é aquele realizado por empresas de navegação aérea,


através de todo tipo de aeronaves, para praticamente todos os tipos de cargas

As características principais do transporte aéreo de mercadorias (ou cargas) são:


movimentação de produtos com pouco peso ou volume e alto valor agregado
(equipamentos eletrônicos, jóias, etc); movimentação de mercadorias com data de
entrega rígida ou urgência (CAPPA et al, 2008, p. 115).

Segundo Kistner et al (2007, p. 2), o conceito de carga aérea comprende as mercadorias


normais, remessas consolidadas, carga de transbordo, serviços de ‘courier’, mala postal,
mala diplomática, peças e materiais de reposição das companhias aéreas e bagagem
desacompanhada, embarcada como carga em aeronave de transporte de p assageiros.

As atividades que envolvem o processo de embalagem e embarque de cargas em


containers ou pallets, deram origem ao conceito de carga unitizada, que não é
exclusividade do modal aéreo. Carga unitizada é aquela onde vários pequenos volumes

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são agrupados em um único volume, com o intuito de facilitar a movimentação,
armazenagem e transporte nos terminais de carga.

4.1.5.2.Terminais de carga aé rea

O transporte aéreo de mercadorias depende dos centros cargueiros aeroportuários que


oferecem infra-estrutura em terra para as operações de embarque e desembarque de
mercadorias e pessoas, pouso e decolagem de aeronaves (sistemas de auxílio e controle
de navegação aérea; portões de embarque e desembarque em aeroportos; galpões para
manutenção de aeronaves; etc.). Os centros cargueiros aeroportuários são formados por:

 Terminal de mala postal;


 Terminal de remessas expressas;
 Terminal de agentes de carga;
 Terminal de carga aérea.

Segundo MENESES ( 2001, p. 11) Terminal de carga aérea é a instalação responsável


pelo preparo da carga para acesso ao transporte aéreo ou para o recebimento pelo seu
consignatário”. Basicamente ocorrem três processos nos terminais aéreos de carga
(importação, exportação e trânsito), quando são realizadas, entre outras, as seguintes
actividades:

 Carregamento/descarregamento de aeronaves;

 Carregamento/descarregamento de caminhões;

 Recebimento;

 Consolidação da carga;

 Liberação; e

 Armazenagem.

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4.1.6. Vantagens e desvantagens do transporte aéreo

4.1.6.1.Vantagens:
 É o mais rápido para transportar passageiros a médias e grandes distâncias;
 Grande liberdade de movimentos;
 É dos mais seguros e cómodos;
 É o mais adequado para o transporte de mercadorias de alto valor (diamantes,
instrumentos de óptica, produtos farmacêuticos, etc.) e de mercadorias
perecíveis (fruta, flores, etc.)

4.1.6.2.Desvantagens
 Elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de carbono;
 Poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos;
 Forte consumidor de espaço, devido à construção das infra-estruturas;
 Elevado consumo de combustível;
 É muito dispendioso;
 Algumas áreas estão congestionadas, devido à densidade do tráfego, gerando
problemas de segurança;
 Muita dependência das condições atmosféricas (nevoeiro, ventos fortes);
 Reduzida capacidade de carga (em relação a transportes marítimo e ferrovia.

4.1.7. Panorama geral do transporte aéreo em moçambique


A Política da Aviação Civil aprovada pela Resolução 40/2002, de 14 de maio de 2002,
define os objectivos gerais e os específicos do sector tendo em conta o papel que a
aviação civil desempenha na movimentação de pessoas e bens. Em Moçambique, as
funções de definir políticas e normas reguladoras estão concentradas IACM que é o
órgão responsável pela regulação de procedimentos de aplicação de política e do quadro
legal, regulação técnica e investigação de acidentes. Embora desempenhe todas estas
funções, há instituições que defendam a separação, tal qual ocorre com o sector privado.
Para estes, política e regulação técnica não devem ser realizadas pelo mesmo órgão
dado que a concentração das duas funções facilita a manipulação do regulamento a
favor da política (USAID, 2006).
Muitas transformações nacionais, regionais e internacionais contribuíram e contribuem
para o desenvolvimento da aviação civil em Moçambique, com particular incidência no

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sistema estrutural e institucional, recursos humanos e financeiros e indústria
aeronáutica. De acordo com o IACM (2003) deve-se destacar:
 A desestabilização sofrida pelo país nos primeiros anos da Independência
Nacional, mais concretamente de 1976 a 1992;

 As calamidades naturais, tais como secas e cheias cíclicas que têm assolado o
país ao longo dos anos;

 A introdução de políticas macroeconómicas;

 A criação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC);

 A participação activa do sector privado nas actividades da aviação civil;

 A paz vivida como resultado do Acordo Geral de Paz em 1992; e

 O efeito do 11 de Setembro de 2001.

4.1.7.1.Companhias aéreas que operam e m Moçambique


Conforme o IACM (2003), a política de transporte aéreo durante vários a nos foi
marcada pela defesa do monopólio estatal, donde o domínio empresarial era detido
pelas empresas como as Linhas Aéreas de Moçambique - Empresa Estatal (LAM), a
Trabalho e Transporte Aéreo - Empresa Estatal (TTA) e os Aeroportos de Moçambique
Empresa Estatal (ADM). Desde a sua criação em 14 de maio de 1980 até o ano de 1997
a LAM teve o monopólio na exploração da rota Maputo-Beira-Nampula-Pemba e vice-
versa, que era também conhecida como a linha dorsal da aviação civil em
Moçambique20.
Com a perda do monopólio da LAM nesta rota, o Conselho de Ministros aprovou o
Decreto nº 39/98, que regulamentou o exercício das actividades de transporte aéreo
doméstico e trabalho aéreo público21. Deste modo, abriu-se o mercado aéreo doméstico
na linha dorsal a outras operadoras aéreas, fato que veio a se reflectir na entrada no
mercado da operadora Air Corridor, em Agosto de 2004.
De acordo com o IACM (2011a) na actualidade, são 12 os operadores nacionais
certificados pelas autoridades23. Vinte e cinco por cento destes (3) são companhias que
operam aeronaves de peso superior a 5700 kg e atuam no transporte doméstico e

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internacional regular e não regular. Sete operam no transporte doméstico não regular e
as demais, estão certificadas apenas para o trabalho aéreo. Entretanto, há a destacar que
a Air Corridor, que explorava as rotas domésticas e que era tida como a principal
concorrente da LAM, decretou falência em Janeiro de 2008. No que diz respeito a esta
empresa, Bila et al (2007) realçam que a mesma enfrentou uma competição imprópria
do monopólio estatal: cobria apenas cinco províncias do país e o seu esforço para se
expandir para outras províncias não foi autorizado, no caso da LAM a autorização era
válida para voar a todas as províncias.

4.1.7.2.Serviços Aeroportuários em Moçambique


Os Aeroportos de Moçambique (ADM) são responsáveis pelo funcionamento da infra-
estrutura. O sistema aeroportuário de Moçambique é composto por três aeroportos
internacionais: Maputo, Beira e Nampula; 6 aeroportos primários adicionais, incluindo:
Inhambane, Quelimane, Tete, Lichinga, Pemba e Vilankulos; e 10 aeroportos
secundários, 6 aeródromos militares e quase 300 pistas de aterragem adicionais.
O Aeroporto Internacional de Maputo é o mais importante aeroporto em Moçambique,
servindo de porta de entrada principal para os visitantes de Moçambique. Em 2009, a
ADM concluiu com êxito uma expansão e modernização do aeroporto de US$ 32
milhões, que incluiu o desenvolvimento do novo edifício do terminal e todas as
instalações associadas necessárias, tais como pistas para táxis, placas de
estacionamento, parque de estacionamento automóvel e vias de acesso.
O novo terminal internacional foi inaugurado em Novembro de 2010. O novo terminal
tem uma capacidade de 900 mil passageiros por ano. Um novo terminal doméstico foi
inaugurado em Outubro de 2012 com uma maior capacidade para atendimento do que o
terminal internacional, visto que Maputo funciona com mais voos nacionais do que voos
internacionais. O novo terminal tem 14 balcões de check- in, com capacidade para
atender a partida de 300 passageiros e a chegada de 225 passageiros por hora.
Os principais destinos nacionais depois do aeroporto de Maputo, em termos do número
de lugares de partida de passageiros, são a Beira com 26,7 por cento, Nampula com 25,1
por cento, Tete com 19,8 por cento e Pemba, com 10,4 por cento. Os principais destinos
regionais do aeroporto de Maputo, em termos de número de lugares de partida de
passageiros, são Joanesburgo, com 62,6 por cento, Lisboa, com 12,9 por cento, Addis
Abeba, com 10,2 por cento e Nairobi, com 7,1 por cento A elevada concentração de

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número de lugares de passageiro na rota Maputo-Joanesburgo, como um pólo principal
da região, cria uma grande concorrência indirecta para muitas das rotas intra-africanas
da LAM.

4.1.7.3.Serviços de transporte aéreo em Moçambique


A LAM, fundada em 1936, é uma entidade estatal e tem sido a transportadora aérea
nacional de Moçambique, desde 1980. A LAM serve dez destinos nacionais e quatro
destinos internacionais. Embora a LAM tenha alguma competição nas suas rotas
internacionais/regionais, tem um monopólio virtual em muitos dos seus mercados
nacionais. Devido à sua forte posição no mercado e ao crescimento no mercado de
transporte aéreo, a LAM registou um crescimento significativo de passageiros e um
crescimento de receitas nos últimos três anos.
Em 2011, a LAM renovou com sucesso os certificados para o seu sistema de segura nça
operacional (IOSA), e para a qualidade do serviço, o ISO 9001:2008.
Neste momento o Estado de Moçambique detém 96 por cento das acções da LAM,
através do IGEPE (sociedade gestora de participações públicas) e os empregados da
LAM possuem os 4 por cento restantes.
A LAM tem várias filiais, incluindo a Mozambique Express, SA (MEX), a Mozambique
Airport Handling Services, Lda, e a Sociedade Moçambicana de Serviços SA (SMS).
A MEX, fundada em 1995, é a única subsidiária que pertence integralmente à LAM. A
MEX começou como uma empresa de afretamento e tornou-se, gradualmente, uma
transportadora de alimentação da LAM. A MEX opera aviões a turbopropulsor e
fornece o transporte de passageiros para os mercados internos mais pequenos da LAM.
As receitas da MEX totalizaram aproximadamente US$ 17 milhões em 2011, que foi
apenas cerca de 10 por cento das receitas totais da LAM. Como empresa- mãe, a LAM
fornece uma série de serviços administrativos à MEX.
A Mozambique Airport Handling Services fornece serviços aeroportuá rios à LAM, à
MEX e a transportadores aéreas pertencentes a terceiros, nos aeroportos de Maputo e da
Beira. Para além das subsidiárias acima identificadas, a LAM tem as seguintes empresas
afiliadas nas quais detém participações minoritárias: Hotel Cardoso SA, Casino Hotel
Polana SA e Salvor Hotéis.
Em 2011, a LAM gerou quase 68 por cento da sua receita com o serviço de passageiros
e pouco menos de 23 por cento com a sobretaxa de combustível. A LAM também gera
receitas de valores inferiores com a carga, correio, comissões, manipulação, receitas

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com a locação de aeronaves para a sua filial, venda de bens e arrendamento de edifícios,
como receitas de serviços e manutenção.
Cerca de 60 por cento do tráfego da LAM é constituído pelo tráfego de negócios e 40
por cento pelo tráfego de lazer. Uma grande parte dos viajantes de negócios está a viajar
em missão oficial do governo. Devido às distâncias relativamente curtas da maioria dos
voos da LAM, a maior parte dos viajantes de negócios voam em classe económica em
vez de em classe executiva. No entanto, os viajantes de negócios em geral, são
normalmente menos sensíveis ao preço do que os viajantes de lazer, portanto o facto de
ter um tráfego de negócios forte, mesmo em classe económica, melhora a produtividade.
A LAM tem ajustado os seus horários para satisfazer as necessidades dos viajantes de
negócios. Os voos partem dos centros de negócios no início da manhã e voltam no final
do dia.
A LAM opera serviços regulares para 10 destinos nacionais, bem como para quatro
destinos internacionais. A LAM opera uma média de cerca de 20 voos de ida e volta por
dia. Alguns dos voos também incluem escalas.
A rede operacional nacional da LAM cobre Maputo, Beira, Quelimane, Tete, Nampula,
Pemba e Lichinga. Através de sua subsidiária MEX, a companhia aérea voa também
para Inhambane, Chimoio e Vilanculos. Maputo não é apenas a capital de Moçambique,
mas também o centro do governo, dos negócios, cultura, gastronomia e de
desenvolvimento sustentável do país. Mais de 80 por cento dos voos da LAM levantam
voo de Maputo. 83 Voos nacionais e 32 voos regionais partem de Maputo, por semana.

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5. CONCLUSÃO

O Transporte Aéreo, com o novo advento e o seu aperfeiçoamento, tornou-se cada vez
mais rápida a evolução do planeta que passou a contar com um modal de transporte que
facilitou em muito a rapidez e a segurança daquilo que se desejava ser transportado.
Porém, sabemos que o emprego deste meio de transporte é muito caro em relação a
todos os outros e que a sua utilização deverá ser sempre precedida de uma completa
análise a fim de que o prejuízo não ocorra.
Vale ressaltar que o modal aéreo ocupa o último lugar em termos de tonelada por
quilómetro transportada porém, ele detém o segundo lugar quanto à receita dentre os
outros modais. Isto explica-se pelo alto valor agregado das cargas e/ou passageiros por
ele transportado, tais como: tarifas, encargos, seguros.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 Comércio Exterior - Informe Banco do Brasil - “Como preparar a sua empresa


para o desafio da exportação” - Edição Especial 1998.

 MENDONÇA Paulo C , KEEDI Samir - “Transportes e seguros no comércio


internacional” - São Paulo: Editora Aduaneiras 1997;

 ABIQUIM - Curso de Comércio Exterior - Termos Internacionais de Comércio e


Transporte Internacional;

 CORRÊA,Henrique L.; GIANESI,Irineu G.N., JUST IN TIME, MRPII E OPT –


Um Enfoque Estratégico, Editora Atlas, São Paulo, 1996;

 CHING ,Hong Yuh, Gestão de Estoques na Cadeia Logística


Integrada(SUPPLY CHAIN), Editora Atlas, São Paulo, 1999;

 Internet - Diversos Sites sobre transporte internacional;

 SLEIGHT, Steve, Como usar a Tecnologia da Informação, Publifolha , 2.000;

 DAVIS, Stan; MEYER, Christopher , BLUR – a velocidade da mudança na


economia integrada , Editora Campus, Rio de Janeiro, 1999.

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