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Informações Acadêmicas

Metodologia do Ensino sobre o Professor


de História  Especialista em
Psicomotricidade Relacional
Teleaula 1
(CIAR/FAP)

Prof. Dr. André Luiz Cavazzani  Mestre em História, Cultura


tutoriahistoria@uninter.com e Sociedade (UFPR)
 Doutor em História Social (USP)

Ementa da Disciplina Organização da Disciplina

 Teleaula 1: Reflexões sobre a


 A História como disciplina escolar
História: para que ensiná-la?
 Didática do ensino de História
 Teleaula 2: Historiografia:
 Avaliação escolar
institucionalização da
 Especificidades do saber histórico disciplina; a teoria da História

 Teleaula 3: Tendências Organização da Teleaula 1


contemporâneas do saber histórico
 Teleaula 4: Ensino tradicional X  Apresentação do professor
Novas tendências e da ementa
 Teleaula 5: Fontes em sala de aula
 Considerações iniciais:
– uma perspectiva prática
O que é história?
 Teleaula 6: Exercícios, avaliação

1
 Desenvolvimento:
o estudo da história
Contextualização
 Considerações finais:
o tempo e a memória

Você vai estudar história?


 Acontecimentos políticos –
Então me diz memorização

 Quem?  Nomes, datas, palavras-chave

 Em que data?  O que é mais importante?

 Onde?  Fato ou contexto

História e Pedagogia
Para Pensar
Tradição na História
 Formação do Estado por  Pink Floyd – The Wall
meio de documentos oficiais (legendado). Disponível em:
Tradição na Pedagogia <https://www.youtube.com/
 Aluno, o sujeito passivo watch?v=vrC8i7qyZ2w>.

 A folha em branco

2
 Produção de homogeneidade –
perda de criatividade individual
– cede lugar para contemplação
de novos objetos (economia,
costumes, a condição feminina,
a história regional)
 Antigos objetos sob uma nova
luz (temática indígena, afro)

Sobre a História
Para que história?
 O ser humano é um ser
essencialmente histórico, está
inserido num espaço histórico Contextualização
concreto, a cujo sistema
de coordenadas não logra
arrancar-se. Inexprimível
FRANKL, Viktor Emil. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo.
Aparecida - SP: Editora Santuário, 1989. p. 57.

Para que ensinar história?

 O maior objetivo da História:  E o que temos de


uma melhor compreensão mais importante?
da sociedade, somos seres
 Identidade pessoal,
sociais. Essa questão envolve
anseios, afetos?
a identidade (individual,
coletiva, nacional)

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Julgar ou compreender?
 Não investigamos o passado
para encontrar nele receitas  O historiador não é um juiz
de como agir, mas sim rabugento cuja imagem é
para que possamos ter uma desabonadora. Sabe que
melhor compreensão da suas testemunhas podem se
ação humana em sociedade enganar ou mentir. Mas, antes
e de seu significado de tudo, preocupa-se em fazê-
las falar, para compreendê-las

 Não investigamos o
 É uma das marcas mais belas
passado para encontrar
do método crítico ter sido
nele receitas de como agir
capaz, sem em nada modificar
 Nos voltamos para o
seus primeiros princípios, de
passado para ter uma
continuar a guiar a pesquisa
melhor compreensão da
nessa ampliação
ação humana em sociedade
(BLOCH, 1998, p. 53)
e de seu significado

Ao Fim e ao Cabo
 Não é verdade que
para agir avisadamente  As experiências do passado
é necessário primeiro são experiências humanas
compreender?
 Amor, paixão, ódio,
(BLOCH, 1970, p.17)
heroísmo, laços de família

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 Ainda que de modo diferente
estão presentes em todas as
épocas
 A compreensão das experiências Aplicação Prática
do passado abrem as portas
para uma percepção mais
consciente do presente

Ao Fim e ao Cabo

 A história quando bem  Aprendemos com


estudada e bem compreendida outras vivências
é algo fascinante  Sem a história
 Expandimos nosso horizonte perderíamos parte de
de consciência, revivemos nossa própria identidade
épocas distantes

 A história pode ser


entendida como o estudo do
ser humano em sociedade
ao longo do tempo
Síntese
 Cabe ao historiador indicar
mudanças e permanências
relacionando processo
e contextos

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 A história é a forma pela
Um Gênio da Raça
qual recordamos aquilo
que ocorreu no passado
 Cada século trazia a sua
 Semelhante à memória porção de sombra e de luz,
individual e coletiva de apatia e de combate, de
 Porém, ao contrário dessas, verdade e de erro e o seu
possui uma metodologia rigorosa cortejo de sistemas, de ideias
e só opina após um rigoroso novas, de novas ilusões
processo de investigação

 E o homem, nu e desarmado,
 Em cada um deles rebentavam
armava-se e vestia-se, construía
as verduras de uma primavera,
o tugúrio e o palácio, a rude
e amareleciam depois, para
aldeia e Tebas de cem portas,
remoçar mais tarde. Ao passo
criava a ciência, que perscruta,
que a vida tinha assim uma
e a arte que enleva, fazia-se
regularidade de calendário,
orador, mecânico, filósofo,
fazia-se a história e a civilização
corria a face do globo, (...)

 Meu olhar, enfarado e distraído,


viu enfim chegar o século
(...) descia ao ventre da terra, presente, e atrás dele os
subia à esfera das nuvens, futuros. Aquele vinha ágil,
colaborando assim na obra destro, vibrante, cheio de si, um
misteriosa, com que entretinha pouco difuso, audaz, sabedor,
a necessidade da vida e a mas ao cabo tão miserável como
os primeiros, e assim passou e
melancolia do desamparo
assim passaram os outros, com a
mesma rapidez e igual monotonia

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 Redobrei de atenção; fitei a Referências de Apoio
vista; ia enfim ver o último
– o último! Mas então já a  BLOCH, M. Introdução
rapidez da marcha era tal, à História. Sintra:
que escapava a toda a Europa/América, 1970.
compreensão; ao pé dela o  BURKE, P. A escrita da
relâmpago seria um século História. São Paulo:
Machado de Assis – Memórias Ed. Unesp, 1992.
Póstumas de Brás Cubas

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