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Psicoterapia Cognitiva
Apresentação da disciplina
Bibliografia
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31/08/2017
Avaliação
12 questões
◦ 10 múltipla escolha (60% da prova, cada questão vale
0,6)
◦ 2 dissertativas (40% da prova, cada questão vale 2
pontos)
Bibliografia: Beck AT, Alford BA. O poder integrador da terapia cognitiva. Porto Alegre. Artmed. 2000 – cap. 1
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Desenvolvimento inicial da TC
1956 – Aaron Beck
Desenvolvimento inicial da TC
A partir desta constatação novos estudos
empíricos e observações clínicas foram feitas na
tentativa de entender as anomalias.
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Desenvolvimento inicial da TC
O conteúdo fenomenal desta tendência incluía:
1. expectativas de resultados
negativos na esfera pessoal
2. visão negativa do self
3. visão negativa do contexto
4. visão negativa dos objetivos
Desenvolvimento inicial da TC
Ao mesmo tempo foram feitas tentativas de
modificar o conteúdo e as distorções cognitivas
negativas.
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Desenvolvimento inicial da TC
Resumindo:
1. A TC originou-se de uma tentativa de
testar os princípios teóricos específicos da
psicanálise.
Aprofundando conceitos da TC
A teoria cognitiva clínica consiste em:
1. Os terapeutas cognitivos não excluem e não podem excluir
pessoas significativas das sessões de terapia quando conflitos
dominam as queixas de um paciente.
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Aprofundando conceitos da TC
A teoria cognitiva articula a maneira através da
qual os processos cognitivos estão envolvidos
na psicopatologia e na psicoterapia efetiva.
Aprofundando conceitos da TC
Na teoria cognitiva a natureza e a função do
processamento de informação ( atribuição de
significado) constitui a chave para entender o
comportamento mal-adaptativo e os processos
terapêuticos positivos.
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Aprofundando conceitos da TC
A teoria cognitiva de psicopatologia considera a
cognição a chave para os transtornos psicológicos.
Axiomas:
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Aprofundando conceitos da TC
Os axiomas devem:
1. estar livres de contradições.
2. ser independentes (não depender de outro).
3. suficientes para permitir a dedução de todas as
informações pertencentes à teoria.
4. ser necessários para a derivação das afirmações
pertencentes à teoria.
Os 10 Axiomas da TC
1º Axioma
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Os 10 Axiomas da TC
2º Axioma
Os 10 Axiomas da TC
3º Axioma
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Os 10 Axiomas da TC
4º Axioma
Os 10 Axiomas da TC
5º Axioma
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Os 10 Axiomas da TC
6º Axioma
Os 10 Axiomas da TC
7º Axioma
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Os 10 Axiomas da TC
7º Axioma - continuação
Os 10 Axiomas da TC
8º Axioma
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Os 10 Axiomas da TC
9º Axioma
Os 10 Axiomas da TC
10º Axioma
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Histórico de
Organização Cognitiva Aprendizagem
(componente estruturais) (componentes experienciais)
Esquemas específicos Experiências anteriores relacionadas
aos esquemas específicos
Situação Atual
Crença
pré-existente
Processamento
Esquemático (de
significado)
Comportamento Interpretação da situação em termos
de esquemas específicos
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Beck (1979)
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Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre. Artmed. 1997 – cap 1
História da TC
Início dos anos 60, desenvolvida por Aaron
Beck, psiquiatra americano.
Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao
presente, para depressão, direcionada a resolver
problemas atuais e a modificar os pensamentos
e os comportamentos disfuncionais (Beck,
1964)
Desde então, vem-se adaptando a TC para
diversas populações e transtornos psiquiátricos.
Essas adaptações mudaram o foco, a tecnologia
e a duração do tratamento, porém os
pressupostos teóricos permaneceram
constantes.
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História da TC
Resumindo:
O modelo propõe que o pensamento
distorcido ou disfuncional (que influencia o
humor e o comportamento do paciente) seja
comum a todos os transtornos psicológicos.
A avaliação realista e a modificação no
pensamento produzem uma melhora no humor
e no comportamento.
A melhora duradoura resulta da modificação
das crenças disfuncionais básicas dos pacientes.
História da TC
A TC foi testada nos A TC é usada nos
transtornos: transtornos:
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História da TC
A TC está sendo estudada A TC é efetiva em pacientes
em: com diferentes:
➢ Internos em prisões ➢ Níveis de educação
➢ Crianças escolares ➢ Renda
➢ Pacientes médicos com uma ➢ Background
ampla variedade de doenças.
História da TC
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História da TC
O tratamento baseia-se tanto em uma
formulação cognitiva de um transtorno
específico como em sua aplicação à
conceituação ou entendimento do
paciente individual.
Caso Sally
Sally, mulher, solteira, 18 anos, caucasiana. Buscou terapia
durante o segundo semestre da faculdade.
Queixa: sente-se deprimida e moderadamente ansiosa
durante os últimos 4 meses, com dificuldade de realizar
as atividades diárias.
Diagnóstico: depressão maior, severidade moderada.
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Princípio nº 1
A TC se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus
problemas em termos cognitivos.
Princípio nº 1
O terapeuta baseia sua formulação:
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Princípio nº 2
A TC requer uma aliança terapêutica segura.
Princípio nº 2
1. Pacientes com transtornos de personalidade (Paranóide,
Esquizóide,Anti-social, Borderline,Histriônica, Narcisista,
Obsessivo-compulsiva) requerem uma ênfase muito maior sobre o
relacionamento terapêutico para promover uma boa aliança de
trabalho.
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Princípio nº 3
A TC enfatiza colaboração e participação ativa.
Princípio nº 4
A TC enfatiza é orientada em meta e focalizada
em problemas.
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Princípio nº 4
➢ Uma vez que a paciente conhece e corrige a distorção em seu
pensamento, ela é capaz de beneficiar-se de resolução de problemas
diretamente para melhorar seus relacionamentos.
Princípio nº 5
A TC inicialmente enfatiza o presente.
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Princípio nº 5
➢ Exemplo:
a. O terapeuta da paciente discute eventos de infância com ela no
meio da terapia para ajudá-la a identificar um conjunto de crenças
que ela aprendeu quando criança:
➢ “se eu tenho um bom desempenho, significa que sou uma boa
pessoa” e “se eu não tenho um bom desempenho, significa que
sou um fracasso”.
Princípio nº 5
E se a paciente tiver um transtorno de personalidade?
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Princípio nº 6
A TC é educativa, visa ensinar o paciente a ser
seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção de
recaída.
1. Na primeira sessão, o terapeuta enfatiza e educa sobre a natureza
e trajetória do seu transtorno, sobre o processo da TC e sobre o
modelo cognitivo (como o pensamento influenciam suas emoções
e comportamentos).
Princípio nº 7
A TC visa ter um tempo limitado
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Princípio nº 8
As sessões de TC são estruturadas
Princípio nº 8
2. Com o passar das sessões, o terapeuta encoraja o
paciente a assumir mais a liderança em contribuir para
a agenda, estabelecer suas tarefas de casa e avaliar e
responder aos seus pensamentos.
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Princípio nº 9
A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e
responder a seus pensamentos e crenças
disfuncionais.
1. No diálogo entre terapeuta e paciente (Sally) mostra o terapeuta
ajudando a focalizar:
➢ um problema específico (encontrar um emprego de meio período),
➢ identificar seu pensamento disfuncional (perguntando o que estava
passado em sua mente),
➢ avaliar a validade do seu pensamento (examinando as evidências
que parecem apoiar sua precisão e as evidências que parecem
contradizê-la) e
➢ projetar um plano de ação.
Princípio nº 9
Ou seja, ajudá-la a determinar a precisão e a utilidade
de suas ideias através de uma revisão de dados
cuidadosa (em vez de desafiá-la ou persuadi-la a adotar
seu ponto de vista).
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Princípio nº 10
A TC utiliza uma variedade de técnicas para
mudar pensamento, humor e comportamento.
Concluindo...
Esses princípios básicos se aplicam a todos os pacientes.
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Concluindo...
A ênfase da TC no tratamento depende do
transtorno(s) particular do paciente.
➢ para transtorno de ansiedade generalizada enfatiza a
reavaliação de risco em situações particulares e os
recursos da pessoa para lidar com ameaças.
➢ para transtornos de pânico envolve a testagem das
interpretações errôneas catastróficas do paciente
(usualmente previsões errôneas ameaçadoras da
sanidade ou da vida) de sensações corporais ou
mentais.
➢ para anorexia nervosa requer uma modificação de
crenças sobre valor pessoal e controle.
➢ para abuso de substâncias focaliza-se em crenças
negativas sobre o eu e crenças facilitadoras ou
permissivas em relação ao uso de substância.
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Conceituação Cognitiva
Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre. Artmed. 1997 – cap 2
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O modelo cognitivo
A TC baseia-se no modelo cognitivo, que
levanta a hipótese de que as emoções e
comportamentos das pessoas são
influenciados por sua percepção dos
evento.
NÃO É UMA SITUAÇÃO POR SI SÓ
QUE DETERMINA O QUE AS PESSOAS
SENTEM, MAS, ANTES, O MODO
COMO ELAS INTERPRETAM UMA
SITUAÇÃO
Exemplo:
Várias pessoas estão lendo um texto
básico sobre terapia cognitiva. Elas têm
respostas emocionais bastante diferentes
a essa situação (ler um livro) com base no
que está passando por suas cabeças
enquanto lêem.
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Então
O modo como as pessoas se sentem está
associado ao modo como elas interpretam e
pensam sobre uma situação.
A situação em si não determina diretamente
como eles sentem; sua resposta emocional é
intermediada por sua percepção da situação.
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Ao identificar os pensamentos
automáticos, pode-se avaliar a validade
desses pensamentos.
Crenças
Começando na infância, as pessoas
desenvolvem determinadas crenças sobre
si mesmas, outras pessoas e seus mundos.
Suas crenças mais centrais ou crenças
centrais são entendimentos que são tão
fundamentais e profundos que as pessoas
frequentemente não articulam, sequer
para si mesmas.
Essas ideias são consideradas pela pessoa
como verdades absolutas, exatamente o
modo como as coisas são.
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Exemplo
O leitor E, que pensava ser burro demais para dominar
este texto, poderia ter a crença central “eu sou um
incompetente”.
Essa crença pode operar apenas quando ele está em um
estado deprimido ou pode estar ativada grande parte
do tempo.
Quando a crença central está ativada o leitor E
interpreta as situações através da lente dessa crença,
embora a interpretação possa, em uma base racional,
ser evidentemente invalida.
O leitor E, no entanto, tende a focalizar seletivamente
informações que confirmam a crença central,
desconsiderando ou descontando informações que são
contrárias.
Desse modo, ele mantém a crença mesmo que ela seja
imprecisa e disfuncional.
Então...
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Crenças intermediárias
As crenças centrais influenciam o
desenvolvimento de uma classe intermediaria
de crenças que consiste em atitudes, regras e
suposições.
➢ Leitor E:
Atitude: É horrível ser incompetente.
Regras/expectativa: Eu devo trabalhar o mais
arduamente que puder o tempo todo.
Suposição: Se eu trabalhar o mais arduamente
que puder, posso ser capaz de fazer algumas
coisas que as outras pessoas fazem facilmente.
Crenças centrais
Crenças intermediárias
(regras, atitudes,suposições)
Pensamentos automáticos
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Assim...
Para o terapeuta cognitivo o mais
importante refere-se às crenças
disfuncionais, que podem ser
desaprendidas, e às novas crenças mais
embasadas na realidade e funcionais, que
podem ser desenvolvidas e aprendidas
através da terapia.
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Crença central
(Eu sou incompetente)
Crença intermediária
(Se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro)
(Tristeza) Emocional
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Por fim...
A conceituação inicia no primeiro contato
com um paciente e é refinada em cada
contato subsequente.
O terapeuta levanta hipóteses sobre o
paciente com base nos dados que o
paciente apresenta.
Hipóteses são confirmadas,
desconfirmadas ou modificadas à medida
que novos dados são apresentados.
A conceituação é fluida.
Em pontos estratégicos, o terapeuta
verifica diretamente suas hipóteses e
formulações com o paciente.
Em geral, se a conceituação for adequada,
o paciente confirma que ela “parece
certa”. Ele concorda que o quadro que o
terapeuta apresenta verdadeiramente
ressoa nele.
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