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Rodada #2

Administração
Professor Marcelo Camacho

Assuntos da Rodada

ADMINISTRAÇÃO: 1 Noções de administração. 1.1 Abordagens clássica,


burocrática e sistêmica da administração. 1.2 Evolução da administração
pública no Brasil após 1930. 1.2.1 Reformas administrativas. 1.2.2 A
nova gestão pública. 2 Processo administrativo. 2.1 Funções da administração:
planejamento, organização, direção e controle. 2.2 Estrutura organizacional.
2.3 Cultura organizacional. 3 Gestão de pessoas. 3.1 Equilíbrio organizacional.
3.2 Objetivos, desafios e características da gestão de pessoas. 3.3
Comportamento organizacional: relações indivíduo/organização, motivação,
liderança, desempenho. 4 Gestão da qualidade e modelo de excelência
gerencial. 4.1 Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da
qualidade. 4.2 Ciclo PDCA. 4.3 Ferramentas de gestão da qualidade. 4.4 Modelo
do gespublica. 5 Noções de gestão de processos: técnicas de mapeamento,
análise e melhoria de processo
ADMINISTRAÇÃO

a. Teoria em Tópicos

1. As Reformas Administrativas no Brasil Recente

Até 1930, tanto Bresser Pereira quanto Faoro, argumentam que o Brasil tinha um
modelo de administração pública patrimonialista, baseado em oligarquias que
ocupavam os principais postos do Estado. Com exceção do Itamaraty, do Exército e
do Banco do Brasil, não existiam burocracias profissionais, mas os cargos eram
ocupados por conveniências políticas das oligarquias.

O quadro abaixo – adaptado do artigo “Do Estado patrimonial ao gerencial” de Luiz


Carlos Bresser-Pereira – demonstra os momentos históricos e as características das
facetas do Estado brasileiro em relação à sua formação social, política, econômica, e
administrativa.

Vejamos agora a reformas administrativa implantadas no Brasil após 1930,


imediatamente ao fim da República Velha, com a instituição do DASP.

1.1. A República Velha (1889-1930)

Com a proclamação da República em 1889 o Brasil passa por importantes mudanças


econômicas e sociais durante o século XIX, porém sob o ponto de vista político nada
se alterou. A corrupção, a prática de eleições fraudulentas continuaram. As chamadas
práticas coronelistas e caudilhistas ( onde o poder está centrado na figura de um

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ADMINISTRAÇÃO

chefe local, no primeiro caso baseado na propriedade e no segundo, no carisma)


continuaram a caracterizar o ambiente político brasileiro. A classe dominante
formada pela elite brasileira, em especial os Barões do café e os oligarcas da
produção leiteira, os grandes fazendeiros nordestinos, detêm o poder de acordo com
seus interesses. O povo continuará a estar relegado a segundo plano. A assistência
aos mais pobres é função da caridade, não há obrigação estatal. Esta função de
assistência é delegada à igreja católica, que recebe donativos da elite para manter
esta assistência social. Não havia direitos dos pobres, mas apenas dependência da
bondade.

Características da ação social na República Velha - Estado Oligárquico

• Atendimento da demanda social: a IGREJA detinha um mandato do Estado;

• Organizações assistenciais criadas pela Igreja Católica: asilos, orfanatos e santas


casas de misericórdia;

• As oligarquias financiam as igrejas;

• Os pobres eram objetos da bondade.

Bresser Pereira associa o período da República Velha com o modelo patrimonialista.

1.2. Reforma Burocrática (1936)

No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30. A


reforma da administração pública é empreendida no Governos Vargas por Maurício
Nabuco e Luiz Simões Lopes. O objetivo era racionalizar a administração pública, com
a criação de carreiras burocráticas na administração pública e a adoção do concurso
como forma de acesso ao serviço público. A implantação da administração pública

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ADMINISTRAÇÃO

burocrática é uma conseqüência clara da emergência de um capitalismo moderno no


país.

Segundo Bresser Pereira:

Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o


Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP, em 1936. Nos primórdios,
a administração pública sofre a influência da teoria da administração científica de
Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplificação, padronização e
aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na
definição de procedimentos. Registra-se que, neste período, foi instituída a função
orçamentária enquanto atividade formal e permanentemente vinculada ao
planejamento.

O DASP marca o início da criação de estatutos e normas para as áreas fundamentais


da administração pública, nas três áreas abaixo:

• Administração de materiais

• Administração de Pessoal

• Administração Financeira:

A normatização da administração de material foi realizada com a criação da Comissão


Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente de Compras em
1931.

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ADMINISTRAÇÃO

Segundo Bresser, a reforma burocrática brasileira inicia-se de fato em 1936 quando


é criado o criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil, que teria
responsabilidade sobre a administração de Pessoal. Já em 1938 tal Conselho foi
transformado no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).

A CESPE gosta de cobrar a data em que o DASP foi instituído. Observem que embora,
de fato, o DASP, tenha sido criado com esta nomenclatura em 1938, as suas funções
foram determinadas em 1936 com a criação do Conselho Federal do Serviço Público.
Bresser confunde isto ao afirmar que o DASP foi criado em 1936. E qual a data
considerada pela CESPE? Para a CESPE a data de criação do DASP é 1936!

O DASP teve vida longa na administração pública brasileira, vindo a ser extinto
apenas em 1986. Ele passou a ser o órgão executor e, também, formulador da nova
forma de pensar e organizar a administração pública. O DASP foi criado no início do
Estado Novo, um momento em que o autoritarismo brasileiro ganhava força, com o
objetivo de realizar a revolução modernizadora do país, industrializá-lo, e valorizar a
competência técnica. Representou, assim, no plano administrativo, a afirmação dos
princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica.

Entre as principais realizações do DASP, podemos citar:

• Ingresso no serviço público por concurso;

• Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos;

• Organização dos serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento sistemático;

• Administração orçamentária;

• Padronização das compras do Estado;

• Racionalização geral de métodos.

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ADMINISTRAÇÃO

No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP tentou formar
uma burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional.
Surgiram as primeiras carreiras burocráticas e tentou-se adotar o concurso como
forma de acesso ao serviço público.

Embora já existissem algumas carreiras profissionalizadas na administração pública


brasileira antes de 1930, a generalização das propostas weberianas como modelo de
organização do serviço civil federal ocorreu somente a partir da Constituição de 1934,
que determinou:

Art. 170 - O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos,


obedecendo às seguintes normas, desde já em vigor:

2º) a primeira investidura nos postos de carreira das repartições administrativas, e


nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á depois de exame de sanidade e
concurso de provas ou títulos;

Em 1939 entrou em vigor o “Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União”, por
meio do Decreto-Lei 1.713. Os cargos foram agrupados em classes e estruturados
em carreiras e o concurso passou a ser utilizado para o provimento dos cargos. Este
estatuto perdurou até 1951 quando foi substituído pela Lei 1711/52, que por sua vez
perdurou até 1990, com a instituição do novo estatuto do servidor público federal, a
lei 8.122, vigente até hoje. A despeito da intenção e da previsão legal de concursos
o DASP não obteve êxito, conforme afirmam Luciano Martins e Bresser Pereira:

Segundo Luciano Martins a implementação da Burocracia Profissional no Brasil, teve


êxito apenas parcial, persistindo resquícios do Patrimonialismo:

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ADMINISTRAÇÃO

Na verdade, um padrão duplo foi estabelecido. Os altos escalões da administração


pública seguiram essas normas e tornaram-se a melhor burocracia estatal da
América Latina; os escalões inferiores (incluindo os órgãos encarregados dos
serviços de saúde e de assistência social então criados) foram deixados ao critério
clientelista de recrutamento de pessoal por indicação e à manipulação populista
dos recursos públicos.

Bresser Pereira também ressalta isto:

No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou a


tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio
do mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos
importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento,
não se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que
respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a
administração pública burocrática se instalara), embora em processo de
transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O
coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo.

Por fim, uma terceira frente do DASP foi a implementação de um modelo de


administração financeira. O DASP também teve entre as suas atribuições a
elaboração da proposta do orçamento federal e a fiscalização orçamentária. Antes da
reforma burocrática da década de 1930, o orçamento era visto como uma mera
enumeração de receitas e despesas. Foi a implantação do modelo racional-legal que
permitiu que o orçamento fosse visto como um instrumento de planejamento. Até a
criação do DASP, a proposta das despesas da União era realizada da seguinte
maneira:

• Estabelecimento de normas/prazos orçamentários através de lei ou Decreto-


lei;

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ADMINISTRAÇÃO

• Designação de funcionários do Ministério da Fazenda para acompanharem a


organização de propostas parciais das despesas dos Ministérios;

• Apresentação, pelos ministérios, de propostas parciais de suas despesas, com


justificativas minuciosas quanto às alterações realizadas;

• Designação de comissão, sob a presidência do chefe de Gabinete do Ministro


da Fazenda, para organizar a proposta geral;

• Encaminhamento ao Presidente da República pelo Ministro da Fazenda,


acompanhado de minuciosas exposições;

• Encaminhamento à Câmara dos Deputados, após aprovação definitiva do


Presidente da República.

O orçamento nesta perspectiva era uma mera enumeração de receitas e despesas,


baseadas no histórico dos anos anteriores.

Até 1940, a política orçamentária era responsabilidade do Ministério da Fazenda.


Nesse ano, foi criada a Comissão de Orçamento, subordinada ao Ministério da
Fazenda, cuja presidência passava a ser acumulada pelo presidente do DASP. Em
1945 o DASP assumiu plenamente a responsabilidade pela elaboração da proposta
do orçamento federal, com a conseqüente extinção da comissão do Ministério da
Fazenda.

O DASP porém tornou-se uma estrutura gigantesca no Estado Brasileiro, e por isto
alvo de críticas, como salienta Humberto Falcão Martins:

A crítica mais comum à disfuncionalidade do modelo daspeano concentra-se, todavia,


no seu caráter hermético, de sistema insulado pautado linearmente nos inputs do

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ADMINISTRAÇÃO

regime de Vargas sob boa carga discricionária. Uma consequência mais imediata é a
própria hipertrofia do DASP no contexto do Estado, extrapolando a função de órgão
central de administração, ainda que de cunho normatizador e executor direto, e assu-
mindo características de agência central de governo com poderes legislativos, que a-
brigaria, de fato, a infra-estrutura decisória do regime do estado novo (Wahrlich,
1983). Como consequência, teria a ação do DASP criado um divórcio entre a
administração e o quadro social e econômico, sem expressão política pela via
democrática (Cunha, 1963).

Após o final da Ditadura Vargas, no entanto, o ímpeto de profissionalização


burocrática arrefeceu, com retorno de práticas clientelistas, conforme ressalta
Luciano Martins:

A queda da ditadura Vargas e a democratização do Brasil em 1945 não ajudaram


muito a modernizar a administração pública como um todo. Se, de um lado, foram
estabelecidos procedimentos mais transparentes para tornar a administração pública
responsável perante o Congresso, de outro lado, esse mesmo instrumento foi usado
pelos partidos políticos para ampliar suas práticas clientelistas profundamente
enraizadas. Ser indicado para um cargo na administração pública — em um país onde
a economia não criava empregos na mesma velocidade do crescimento demográfico
— tornou-se a aspiração da classe média baixa e dos estratos socialmente menos
privilegiados. Prover (e indicar para) esses cargos, por sua vez, era evidência de
influência política e quase uma condição para o sucesso eleitoral.

A prática do uso dessa moeda de troca implicou manter frouxas as regras para
ingresso no serviço público e, ao mesmo tempo, em tornar inevitável a erosão da
remuneração de seus quadros, graças ao inchamento e à baixa qualificação dos
servidores da administração pública. As características típicas das administrações
públicas dos países mais subdesenvolvidos tornaram- se características do grosso da
burocracia do Brasil: excesso ou má distribuição de pessoal, absenteísmo, a ocupação
simultânea de dois ou mais cargos públicos pela mesma pessoa, atividades paralelas
e baixa produtividade.

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ADMINISTRAÇÃO

1.3. A segunda onda de Reformas Administrativas

Uma segunda onda se baseou na modernização administrativa, que se diferencia da


anterior porque prescreve a adequação do aparato estatal aos projetos específicos
de desenvolvimento. Procura, assim, harmonizar meios - os arranjos organizacionais
- e fins - os objetivos de desenvolvimento -,

devendo-se buscar arranjos diferenciados - flexibilidade e descentralização - para


finalidades igualmente diferentes.

Os casos exemplares desta modalidade de transformação da gestão pública são:

• a “administração paralela” da era JK - grupos ou comitês executivos para


implementar o Plano de Metas;

• a “administração para o desenvolvimento” do regime militar - crescimento e


diferenciação da administração indireta como recursos flexibilizadores para o alcance
de resultados de desenvolvimento.

Ambos os casos se basearam em diagnósticos que apontavam como problemas a


rigidez e a incapacidade de alcance de resultados da burocracia governamental; o
primeiro a partir da Comissão de Simplificação Burocrática - COSB, de 1956; o
segundo a partir da Comissão Amaral Peixoto, de 1962.

A implementação da administração paralela se deu de cima para baixo, mediante


forte liderança presidencial.

No caso do governo JK, a fim de dar conta das demandas desenvolvimentas duas
realidades distintas foram incentivadas, segundo Luciano Martins:

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ADMINISTRAÇÃO

O Estado desenvolvimentista dos anos Kubitschek (1955-60) foi a verdadeira imagem


dessas disparidades: ele proveu o governo de uma equipe altamente competente de
servidores públicos capazes de projetar e implementar metas ambiciosas de
desenvolvimento; e, ao mesmo tempo, os serviços públicos a cargo da burocracia do
dia-a-dia continuaram a apresentar padrões extremamente baixos. A bizarra decisão
de Juscelino Kubitschek de construir Brasília apenas agravou essa ambigüidade.

Surge, então, o início das análises do sistema gerencial no governo JK com a criação
de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos,
objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos
e reformas ministeriais, e a Comissão de Simplificação Burocrática, que visa à
elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de
serviços

Com o golpe de 1964, voltamos a um período ditatorial. Tem-se início então a


administração para o desenvolvimento, que aconteceu de forma tecnocrática, em
regime ditatorial.

Ressalte-se que, em ambos os casos, a adesão aos respectivos planos: o Plano de


Metas, no primeiro caso, e os Planos Nacionais de Desenvolvimento - PND, no
segundo, como vetores orientadores da ação governamental. Embora pragmática,
esta estratégia gerou dois principais núcleos de disfunção, só aparentemente
contraditórios: o engolfamento das estruturas paralelas - ágeis e flexíveis - pela
burocracia ortodoxa remanescente; e a exorbitância das estruturas paralelas, que
escapavam ao controle da política e da burocracia.

Quadro para Memorização

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ADMINISTRAÇÃO

1.4 O período pré-militar (1961-1964)

O governo seguinte ao de Kubitscheck, embora caracterizado por grande agitação


política, não produziu transformações de largas conseqüências no aparelho de
Estado. Pode parecer até um contrasenso afirmar que a mudança do sistema de
governo seja de pouca relevância. Na verdade, a introdução do parlamentarismo
depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, apenas sete meses depois da sua
investidura no cargo, foi uma solução política, de curta duração, para o
enfrentamento das resistências militares à posse do vice-presidente João Goulart.

De fato, o ministério extraordinário para a reforma administrativa elaborou quatro


projetos que nunca conseguiram aprovação no Congresso, mas alguns especialistas
no assunto afirmam que foi a partir deles que se concebeu o Decreto-Lei N° 200, de
1967.

Seu estatuto básico prescreve cinco princípios fundamentais:

1. O planejamento (princípio dominante);

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ADMINISTRAÇÃO

2. A expansão das empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas


públicas), bem como de órgãos independentes (fundações públicas) e semi-
independentes (autarquias);

3. A necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito, sobre o qual


se estabeleciam diversas regras;

4. Diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;

5. O reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16 ministérios:


Justiça, Interior, Relações Exteriores, Agricultura, Indústria e Comércio, Fazenda,
Planejamento, Transportes, Minas e Energia, Educação e Cultura, Trabalho,
Previdência e Assistência Social, Saúde, Comunicações, Exército, Marinha e
Aeronáutica.

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ADMINISTRAÇÃO

1.5. O Decreto-Lei 200

De certa forma, o governo militar realizou, à sua maneira, com sinais trocados, o
programa de reformas de base — elaborou o Estatuto da Terra, promoveu uma
reforma tributária, reorganizou o sistema bancário, reestruturou o ensino
universitário e realizou uma ampla reforma administrativa. Em 1965 teve início a
reforma tributária que se consolidou com a Constituição de 1967, uniformizando a
legislação, simplificando o sistema e reduzindo o número de impostos. Ela trouxe
uma brutal concentração de recursos nas mãos da União, esvaziando financeiramente
estados e municípios que ficaram dependentes de transferências voluntárias.

Vejam o seguinte quadro síntese

O Decreto-Lei 200, em 1967, para alguns, foi considerado como um primeiro


momento da administração gerencial brasileira, constituindo um marco na tentativa
de superação da rigidez burocrática. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado:

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ADMINISTRAÇÃO

A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei nº 200, entretanto, constitui um marco


na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um
primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-
lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo
operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-se, como princípios
de racionalidade administrativa, o planejamento e o orçamento, o
descongestionamento das chefias executivas superiores
(desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e informação
no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. O paradigma
gerencial da época, compatível com o monopólio estatal na área produtiva de bens e
serviços, orientou a expansão da administração indireta, numa tentativa de
"flexibilizar a administração" com o objetivo de atribuir maior operacionalidade às
atividades econômicas do Estado. Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei
nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática
central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na
administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração
direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido indevidamente
através de uma estratégia oportunista do regime militar, que não desenvolveu
carreiras de administradores públicos de alto nível, preferindo, ao invés, contratar os
escalões superiores da administração através das empresas estatais.

O Decreto-lei determinava em seus princípios fundamentais:

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes

princípios fundamentais:

I - Planejamento.

II - Coordenação.

III - Descentralização.

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IV - Delegação de Competência.

V - Contrôle.

No bojo das transformações advindas pelo Decreto 200, foi instituído o Orçamento
Plurianual de Investimentos. O OPI é trienal e instituído pelo Ato Complementar nº
43, de 29 de janeiro de 1969.

É constituído pela programação de dispêndios da responsabilidade do Governo


Federal, excluídas, apenas, as entidades da Administração Indireta e das Fundações
que não recebam transferências do Orçamento da União.

§ 1º O Orçamento Plurianual de Investimentos racionará as despesas de capital e


indicará os recursos (orçamentários e extraorçamentários) anualmente destinados à
sua execução, inclusive os financiamentos contratados ou previstos, de origem
interna ou externa.

§ 2º O Orçamento Plurianual de Investimentos compreenderá as despesas de capital


de todos os Poderes, Órgãos e Fundos, tanto da administração direta quanto da
indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou
transferências à conta do orçamento.

§ 3º A inclusão, no Orçamento Plurianual de Investimentos, das despesas de capital


de entidades da Administração Indireta, será feita sob a forma de dotações globais.

Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado, ainda no período ditatorial do


governo militar, houve uma nova onda modernizadora da administração Pública:

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ADMINISTRAÇÃO

Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administração


pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. Reuniu-
se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos, muitos deles com
formação em nível de pós-graduação no exterior, que buscou implantar novas
técnicas de gestão, e particularmente de administração de recursos humanos, na
administração pública federal.

No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e
orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério
da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização -PrND, cujos
objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a
descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos
administrativos e a promoção da eficiência. As ações do PrND voltaram-se
inicialmente para o combate à burocratização dos procedimentos. Posteriormente,
foram dirigidas para o desenvolvimento do Programa Nacional de Desestatização,
num esforço para conter os excessos da expansão da administração descentralizada,
estimulada pelo Decreto-Lei 200/67.

1.6. O Programa Nacional de Desburocratização

A emergência do processo de abertura política no final da década de 70 foi


acompanhada da mobilização de segmentos fortes do setor privado contrários à
centralização burocrática que, apesar da ênfase na administração indireta e na
descentralização enfatizados no Decreto-Lei 200/67, se acentuou na seqüência dos
governos autoritários. Por força dessas pressões, em 1979, durante o governo do
Presidente Figueiredo, tenta-se dar uma resposta para a sociedade.

Segundo Bresser:

Apesar de todos os avanços em termos de flexibilização, o núcleo estratégico do Estado


foi, na verdade, enfraquecido indevidamente através da estratégia oportunista ou ad
hoc do regime militar de contratar os escalões superiores da administração através

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ADMINISTRAÇÃO

das empresas estatais. Desta maneira, a reforma administrativa prevista no DL 200


ficou prejudicada, especialmente pelo seu pragmatismo.

Faltavam-lhe alguns elementos essenciais para que houvesse se transformado em


uma reforma gerencial do Estado brasileiro, como a clara distinção entre as atividades
exclusivas de estado e as não-exclusivas, o uso sistemático do planejamento
estratégico ao nível de cada organização e seu controle através de contratos de gestão
e de competição administrada. Faltava-lhe também uma clara definição da importância
de fortalecer o núcleo estratégico do Estado.

De 1979 a 1982 a administração pública federal, embora enfrentando problemas


crônicos, abre duas novas frentes de atuação: a desburocratização e a
desestatização.

No início dos anos 80 registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e


orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério
da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização (PrND), cujos
objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a
descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos
administrativos e a promoção da eficiência.

Hélio Beltrão, que havia participado ativamente da Reforma Desenvolvimentista de


1967, volta à cena, agora na chefia do Ministério da Desburocratização. Beltrão
critica, mais uma vez, a centralização do poder, o formalismo do processo
administrativo e a desconfiança que estava por trás do excesso de regulamentação
burocrática. Segundo Beltrão:

“Na porta do cemitério, o atestado de óbito tem mais valor que o defunto”.

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ADMINISTRAÇÃO

Beltrão propõe uma administração pública voltada para o cidadão. Seu Programa
Nacional de Desburocratização foi por ele definido como uma proposta política
visando, pela administração pública, a “retirar o usuário da condição colonial de
súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário de toda a atividade do Estado”.
Portanto, a importância da criação do Ministério é grande, na medida em que busca
ressaltar que o contribuinte não é um súdito do Estado, mas um cliente com direito
a uma boa prestação de serviços públicos.

Chegamos, assim, em 1979, à criação do Programa Nacional de Desburocratização,


na época em que se iniciou o processo programado de extinção do regime militar.
Tornou-se, então, possível retomar a reforma administrativa, dentro de uma
perspectiva de descentralização e – esta a grande novidade – com ênfase especial
no interesse do cidadão como usuário dos serviços públicos. Pela primeira vez o
governo federal, por meio do Programa de Desburocratização, passou a tratar a
questão da reforma, não mais como uma proposição voluntarista do próprio Estado,
mas como condição essencial do processo de redemocratização

Tânia Keinert afirma que a Administração Pública no Brasil passou por dois
paradigmas. De 1937 a 1979 o paradigma era o do “Público como estatal”. Era uma
visão centrada no aparelho do Estado de maneira unilateral, numa situação de
inexistência ou negação da sociedade civil. A partir de 1979, com a crise do Estado,
é que as atenções se voltam para a sociedade e o público passa a ser entendido como
“interesse público”.

As ações do PrND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratização dos


procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento do
Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter os excessos da
expansão da administração descentralizada, estimulada pelo DL 200. A criação do
Ministério da Desburocratização pode ser considerada como um dos raros

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ADMINISTRAÇÃO

movimentos de modernização do regime militar direcionados para a administração


direta.

O PrND, juntamente com mudanças promovidas pela área econômica do governo,


fez parte dos esforços de reforma para recuperação da credibilidade do regime
autoritário.

Havia muitas críticas à autonomia excessiva da administração indireta e possíveis


práticas de corrupção. Neste contexto, ressalta-se como relevante a criação, em maio
de 1979, da Secretaria de Controle das Empresas Estatais (SEST), que efetivou o
rompimento com a natureza empreendedora, autônoma e descentralizadora das
estatais promovida pela reforma de 1967.

Portanto, podemos afirmar que esta nova reforma de 1979 apresentava três
principais linhas:

• Desburocratização da administração direta;

• Desestatização: papel suplementar do Estado no campo da iniciativa privada;

• Maior controle das empresas estatais.

1.7. O Retrocesso de 1988

A maioria dos autores, inclusive Bresser Pereira, considera que as ações


implementadas no Governos JK, com a criação das Comissões, e no governo militar
com a edição do Decreto 200 e a descentralização das ações governamentais para
a administração indireta, forma um início da administração gerencial no Brasil. Todas
estas ações, relembre-se estavam inseridas em um contexto de administração para
o desenvolvimento.

Bresser Pereira, no entanto, aponta que com a redemocratização do Brasil e a


promulgação da Constituição de 1988, houve um retrocesso burocrático. Sinaliza o
autor que, embora a redemocratização em 1985 representasse uma grande vitória
democrática, teve como um de seus custos mais surpreendentes o loteamento dos

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ADMINISTRAÇÃO

cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos


Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista
surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada,
principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na
medida em que favorecera seu crescimento excessivo.

A combinação destes dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso


burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o Congresso
Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do aparelho estatal, ao
estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais
praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico
do Estado. A nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo
para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime
jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados membros e dos
Municípios, e retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacional, ao
atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamento idênticas às
que regem a administração direta.

Estas ações moralizadoras da administração pública, que Bresser chama de


retrocesso burocrático, foi em parte uma reação ao clientelismo que dominou o país
naqueles anos.

Segundo Bresser Pereira, as regras moralizadoras da Constituição de 1988


produziram dois resultados: o abandono do caminho rumo a uma administração
pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática
clássica; e de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição
de uma série de privilégios, que não se estavam de acordo com os princípios da
própria administração pública burocrática. Manteve-se na constituição de 1988 a
estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à
generalização do regime estatutário na administração direta e nas fundações e

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ADMINISTRAÇÃO

autarquias, a aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de


serviço ou com a contribuição do servidor.

Estes fatores contribuíram para o desprestígio da administração pública brasileira,


não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros são
majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público. A
competência da burocracia brasileira (especialmente a alta tecnoburocracia) foi
demonstrada desde os anos 30, quando a administração pública profissional foi
implantada no Brasil. A implantação da indústria de base nos anos 40 e 50, o ajuste
nos anos 60, o desenvolvimento da infra-estrutura e a instalação da indústria de bens
de capital, nos anos 70, de novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a
liberalização comercial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a
competência e o espírito público da burocracia brasileira.

O governo Collor, de maneira equivocada, tentou produzir respostas ao pretenso


engessamento da administração pública, mas apenas agravou os problemas
existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao invés de construir. O
governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salários dos servidores,
que haviam sido violentamente reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma
administrativa assume uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha
presidencial introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da
administração pública no sentido de uma administração gerencial.

Bem, já estamos prontos para resolver as questões! Vamos lá??

22
ADMINISTRAÇÃO

b. (Mapas Mentais)

23
ADMINISTRAÇÃO

c. Revisão 1 (questões)

QUESTÃO 1. (CESPE/2010/ MPS/ ADMINISTRADOR)

O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro


governo Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o
papel de instituições religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais
pobres e desprotegidas.

QUESTÃO 2. (CESPE/MDS/2006/TECNICO DE NIVEL SUPERIOR)

A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século


passado, foi inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração
científica presentes na literatura mundial da época.

QUESTÃO 3. CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/ AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo


militar, reafirmou a importância do planejamento entendido sob uma ótica tecnicista

QUESTÃO 4. (CESPE/INMETRO/2009/ANALISTA GESTÃO PÚBLICA)

A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do


Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como característica
marcante o fortalecimento das atividades fim do Estado em detrimento das
atividades meio, ou seja, aquelas relacionadas à administração em geral.

24
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 5. (CESPE/TRE-ES/2010/ ANALISTA JUDICIARIO-


ADMINISTRATIVA)

A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP)


teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

QUESTÃO 6. (CESPE/TERRACAP/2004/ TECNICO EM RECURSOS HUMANOS)

A criação do DASP em 1979, em conjunto com a criação do Ministério da


Desburocratização, possibilitou um avanço em direção a um repensar do modelo
burocrático, modificando vários pressupostos essenciais desse modelo e fazendo que
a máquina administrativa assumisse uma gestão mais moderna, mais de acordo com
técnicas utilizadas por empresas privadas.

QUESTÃO 7. CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de


profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema
de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento.

QUESTÃO 8. (CESPE/SENADO/2002/CONSULTOR
LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)

A noção de sistema de mérito, proposto pelo DASP, apoiava-se em ingresso mediante


concurso, promoção conforme o mérito e ascensão mediante carreira.

25
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 9. CESPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA


LEGISLATIVO

A edição do Decreto-Lei n.º 200/1967 forneceu contexto favorável ao fomento da


terceirização na administração pública, processo que só se materializou efetivamente
anos depois.

QUESTÃO 10. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP)


teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

26
ADMINISTRAÇÃO

d. Revisão 2 (questões)

QUESTÃO 11. (CESPE/2009/INCA/GESTÃO PÚBLICA)

O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado,


seja no uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos
poderes e deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização
da compra pública e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público
são exemplos de ações de modelo burocrático do Estado.

QUESTÃO 12. (CESPE/2010/TRE-BA/ANALISTA


JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE)

A reforma administrativa de 1937 conseguiu organizar a estrutura administrativa do


Estado brasileiro, de forma diminuir a burocracia do país.

QUESTÃO 13. (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA)

As reformas daspeanas, não obstante seu efeito racionalizador, não lograram


desenvolvimento econômico, político ou social, representando um caso clássico de
um sistema fechado altamente insulado.

QUESTÃO 14. (CESPE/2015/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)

A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez


burocrática, e, para isso, as atividades da administração foram centralizadas e
algumas instituições de administração indireta foram extintas.

27
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 15. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura burocrática e regida


pelo princípio do mérito profissional, não constitui, no seu conjunto, uma burocracia
profissional nos moldes weberianos.

QUESTÃO 16. (CESPE/TRE_ES/2011/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava


voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de
intervenção do Estado na vida econômica e social do país.

QUESTÃO 17. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se


estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação
em desenvolvimento.

QUESTÃO 18. (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA)

A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK


—, de modo a possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de
implementar o Plano de Metas.

28
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 19. (CESPE/ 2012 / PRF / TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)

A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público representou a segunda


reforma administrativa do país, com a implantação da administração pública
gerencial.

QUESTÃO 20 (CESPE /2012 / POLÍCIA FEDERAL /AGENTE DA POLÍCIA


FEDERAL)

A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), que propiciou


a efetiva implantação do modelo denominado administração pública gerencial,
ocorreu no governo do presidente Juscelino Kubitschek.

29
ADMINISTRAÇÃO

e. Revisão 3 (questões)

QUESTÃO 21. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam


mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a
coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e
formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central.

QUESTÃO 22. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)

A Reforma Administrativa de 1967, materializada no Decreto-lei n.º 200 do mesmo


ano, transferiu vários tipos de atividades para as entidades da administração indireta,
mas, visando impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa,
promoveu a descentralização de tarefas executivas, mediante contratos com a
iniciativa privada.

QUESTÃO 23. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei n.o 200/1967 distinguiu


claramente a administração direta e a administração indireta no que se refere às
áreas de compras e execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de
acordo com o princípio fundamental da descentralização.

30
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 24. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a


1967, julgue o item a seguir.

Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter


impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações
administrativas.

QUESTÃO 25. (CESPE/ 2013/ TRT – 10/ /TÉCNICO JUDICIÁRIO –


ADMINISTRATIVO)

A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das decisões


no Poder Executivo federal nos moldes da administração burocrática.

QUESTÃO 26. (CESPE/2015/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado nos anos 30, tinha
por objetivo a desburocratização da administração pública do Brasil mediante a
modernização de estruturas e processos.

QUESTÃO 27. (CESPE /2013/ TRT – 10/ TÉCNICO JUDICIÁRIO –


ADMINISTRATIVO)

A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da


administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas
de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

31
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 28. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO -


ÁREA ADMINISTRATIVA - ADMINISTRAÇÃO)

Acerca da evolução da administração pública no Brasil e das abordagens da


administração, desde a abordagem clássica até a contingencial, julgue o item a
seguir.

O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestão pública no Brasil,


estabeleceu como princípios fundamentais o planejamento, a organização, o
treinamento e a direção.

QUESTÃO 29. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO -


ÁREA PLANEJAMENTO - ADMINISTRAÇÃO)

A respeito da evolução da administração pública no Brasil, julgue o item subsequente.

A criação das primeiras carreiras administrativas na administração pública e a busca


pela adoção do concurso como forma de acesso ao serviço público são características
do modelo de administração burocrática, implantado na década de 30 do século
passado.

QUESTÃO 30. (CESPE/2015/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO)

A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou
a administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas
públicas.

32
ADMINISTRAÇÃO

f. Gabarito

1 2 3 4 5

CERTO ERRADO CERTO ERRADO CERTO

6 7 8 9 10

ERRADO CERTO CERTO CERTO CERTO

11 12 13 14 15

CERTO ERRADO ERRADO ERRADO CERTO

16 17 18 19 20

CERTO ERRADO ERRADO ERRADO ERRADO

21 22 23 24 25

CERTO CERTO ERRADO CERTO ERRADO

26 27 28 29 30

ERRADO ERRADO ERRADO CERTO CERTO

33
ADMINISTRAÇÃO

g. Breves comentários às questões:

QUESTÃO 1. (CESPE/2010/ MPS/ ADMINISTRADOR)

O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro


governo Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o
papel de instituições religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais
pobres e desprotegidas.

Comentário

Perfeito Pessoal! O atendimento às necessidades das populações pobres era encarado


como ato de bondade e não de dever do estado. Estas ações eram incumbência da
Igreja. Basta lembramos da criação das santas casa de misericórdia, hospitais
beneficentes para as populações pobres. Portanto, a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 2. (CESPE/MDS/2006/TECNICO DE NIVEL SUPERIOR)

A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século


passado, foi inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração
científica presentes na literatura mundial da época.

Comentário

Pessoal, conforme vimos na afirmação do Bresser Pereira, a reforma burocrática


promovida pelo DASP estava fortemente baseada na administração científica de
Taylor. A administração científica e o modelo burocrático de Weber tinham em
comum a ênfase na racionalização dos procedimentos. Portanto, a afirmativa está
ERRADA!

34
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 3. CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/ AGENTE DE POLÍCIA


FEDERAL

O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo


militar, reafirmou a importância do planejamento entendido sob uma ótica tecnicista.

Comentário

Perfeito, pessoal! O DL 200/67 foi editado durante o governo militar, e representou


seu principal avanço em termos de reforma administrativa. Um dos seus princípios
era o planejamento. O decreto é notadamente tecnicista, ou seja, leva-se a cabo as
análises técnicas para rearranjo da administração pública. Portanto, a afirmativa
está CERTA!

QUESTÃO 4. (CESPE/INMETRO/2009/ANALISTA GESTÃO PÚBLICA)

A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do


Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como característica
marcante o fortalecimento das atividades fim do Estado em detrimento das
atividades meio, ou seja, aquelas relacionadas à administração em geral.

Comentário

Pessoal, questão simples! O DASP, como vimos, atuou na administração de materiais,


de pessoal e financeira, ou seja nas atividades administrativas do Estado, em suas
funções meio. As atividades fim do Estado são as políticas públicas de educação,
saúde, desenvolvimento ( principal preocupação naquele momento).

Portanto, a afirmativa está ERRADA!

35
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 5. (CESPE/TRE-ES/2010/ ANALISTA JUDICIARIO-


ADMINISTRATIVA)

A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP)


teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

Comentário

A afirmativa acima foi considerada CERTA pela CESPE! Notamos então que a
CESPE adotou o ano de 1936 como a data de criação do CESPE, em conformidade
com a afirmação de Bresser Pereira no texto da “Reforma do Aparelho de Estado” de
1995.

QUESTÃO 6. (CESPE/TERRACAP/2004/ TECNICO EM RECURSOS HUMANOS)

A criação do DASP em 1979, em conjunto com a criação do Ministério da


Desburocratização, possibilitou um avanço em direção a um repensar do modelo
burocrático, modificando vários pressupostos essenciais desse modelo e fazendo que
a máquina administrativa assumisse uma gestão mais moderna, mais de acordo com
técnicas utilizadas por empresas privadas.

Comentário

Pessoal esta questão traz inúmero equívocos com relação às reformas


administrativas no Brasil. A primeira, e que nos interessa imediatamente, é a data
de criação do DASP. Como vimos o DASP foi criado em 1936. Isto já tornaria a
questão errada. De fato o Ministério da Desburocratização foi criado em 1979, mas
não resultou em uma máquina administrativa mais moderna, com base nas técnicas
da gestão privada. Veremos que esta transformação, teoricamente, é alcançada com
a administração gerencial, a partir de 1995 no Brasil.

Portanto, a afirmativa está ERRADA!

36
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 7. CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de


profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema
de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento.

Comentário

Exatamente, minha gente! A Reforma implantada com a criação do DASP visava


profissionalizar a administração pública, mediante critérios de seleção e promoção
meritocrática. Portanto, a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 8. (CESPE/SENADO/2002/CONSULTOR
LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)

A noção de sistema de mérito, proposto pelo DASP, apoiava-se em ingresso mediante


concurso, promoção conforme o mérito e ascensão mediante carreira.

Comentário

Pessoal, perfeita a afirmação! O sistema de mérito proposto pelo DASP implicava em


ingresso no serviço público através de concurso e ascensão mediante a criação de
carreiras na administração pública. Portanto, a afirmativa está CERTA!

37
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 9. CESPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA


LEGISLATIVO

A edição do Decreto-Lei n.º 200/1967 forneceu contexto favorável ao fomento da


terceirização na administração pública, processo que só se materializou efetivamente
anos depois.

Comentário

Pessoal, a terceirização decorre do princípio da descentralização e da delegação de


competências das atividades do Estado, expressas no Decreto-Lei n.º 200/1967.
Embora a terceirização de pessoal não tivesses sido implementada naquela época,
este instrumento acabou fornecendo o arcabouço legal para um amplo movimento
de terceirização ocorrido a partir da década de 1990. Portanto, a afirmativa está
CERTA!

QUESTÃO 10. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP)


teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

Comentário

Perfeito, pessoal! Já havíamos visto anteriormente que, de acordo com Bresser


Pereira, o DASP foi criado em 1936. Embora a instituição do DASP não tenha
eliminado os resquícios da administração patrimonialista, o objetivo era eliminar este
modelo e implantar a administração burocrática. Portanto, a afirmativa está
CERTA!

38
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 11. (CESPE/2009/INCA/GESTÃO PÚBLICA)

O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado,


seja no uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos
poderes e deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização
da compra pública e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público
são exemplos de ações de modelo burocrático do Estado.

Comentário

A afirmativa está CERTA! O DASP representou a instituição de um modelo


burocrático de gestão. Implantou modelos de administração de materiais e de pessoal
baseadas no modelo Weberiano. A normatização da administração de material foi
realizada com a criação da Comissão Permanente de Padronização em 1930 e da
Comissão Permanente de Compras em 1931. Na administração de pessoal institui-se
o concurso público para acesso aos cargos da administração pública.

QUESTÃO 12. (CESPE/2010/TRE-BA/ANALISTA


JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE)

A reforma administrativa de 1937 conseguiu organizar a estrutura administrativa do


Estado brasileiro, de forma diminuir a burocracia do país.

Comentário

A afirmativa está ERRADA! Temos dois problemas: A Reforma administrativa foi


realizada em 1936 (criação do DASP) e em segundo lugar, esta reforma serviu para
instaurar uma administração pública burocrática no Brasil, indo contra a
administração vigente na época que era a patrimonialista, baseada no nepotismo e

39
ADMINISTRAÇÃO

na corrupção. Vejam que a banca enfatizou na assertiva acima a conotação pejorativa


empregada ao termo burocracia, associando-a à lentidão, ineficiência, que são
disfunções do modelo burocrático. A assertiva está errada, pois essa reforma não
pretendia diminuir a burocracia no país e sim implantá-la!

É preciso também ressaltar que a administração burocrática está ligada de certa


forma aos princípios da administração científica de Taylor. Tanto a Burocracia quanto
a Administração Científica preconizam a racionalização do trabalho, por isto a
associação entre as duas abordagens.

QUESTÃO 13. (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA)

As reformas daspeanas, não obstante seu efeito racionalizador, não lograram


desenvolvimento econômico, político ou social, representando um caso clássico de
um sistema fechado altamente insulado.

Comentário

Pessoal, como vimos em aula, o DASP foi o marco da modernização da administração


pública brasileira, promovendo a instituição do concurso público e a racionalização
de inúmeras atividades da administração pública. Insulamento burocrático diz
respeito ao controle do Estado pela Tecnoburocracia, uma forma de evitar o controle
democrático pela sociedade. É uma forma de perseguir a eficiência econômica e
dirigir as benesses econômicas. Aconteceu no segundo período da Ditadura Vargas,
no governo Juscelino e há autores que argumentam que também aconteceu no
primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Não podemos afirmar desta forma
que o DASP representou um caso clássico de insulamento, uma vez que teve efeitos
modernizadores, apesar de seu desvirtuamento futuro. Portanto, a afirmativa está
ERRADA.

40
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 14. (CESPE/2015/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)

A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez


burocrática, e, para isso, as atividades da administração foram centralizadas e
algumas instituições de administração indireta foram extintas.

Comentário

Nada disso, pessoal! Foi justamente o contrário: O Decreto lei 200 descentralizou as
atividades governamentais, fortalecendo fundações públicas e empresas públicas.
Portanto, a afirmativa está ERRADA!

QUESTÃO 15. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura burocrática e regida


pelo princípio do mérito profissional, não constitui, no seu conjunto, uma burocracia
profissional nos moldes weberianos.

Comentário

Perfeita a afirmação! Embora fossem instituídos diversos esforços na administração


pública brasileira para criação de uma burocracia profissional, não se pode afirmar
que tenha sido implantada um burocracia nos moldes weberianos. A convivência,
lado a lado, de núcleos profissionais com núcleos patrimonialistas, onde imperava os
critérios políticos, dão indicação disto. Portanto, a afirmativa está CERTA!

41
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 16. (CESPE/TRE_ES/2011/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava


voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de
intervenção do Estado na vida econômica e social do país.

Comentário

A década de 1950, no segundo governo Vargas e especialmente no governo JK,


marcou o inicio do nacional-desenvolvimentismo. No governo JK foi elaborado O
plano de Metas, que tinha como intenção o desenvolvimento acelerado do Brasil. O
pressuposto era a intervenção do Estado, como propulsor do desenvolvimento da
nação. Portanto, a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 17. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se


estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação
em desenvolvimento.

Comentário

Negativo minha gente! Houve descentralização de atividades no governo JK, que


pautava-se por princípios democráticos, e não autoritários. Eis aí, inclusive sua
dificuldade em implementar mudanças, o que o fez recorrer à criação de comissões
especiais para tocar os projetos de desenvolvimento do País. A afirmativa, assim,
está ERRADA!

42
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 18. (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA)

A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK


—, de modo a possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de
implementar o Plano de Metas.

Comentário

Negativo pessoal! Embora o DASP continuasse existindo como órgão da


administração direta, sua função foi esvaziada. Já no governo Dutra há um
arrefecimento do aspecto moralizador do concurso público, com retorno à antigas
práticas clientelistas. No governo JK, com a criação das comissões especiais o DASP
perde ainda mais prestígio, pois são estas comissões que ficam responsáveis pelo
acompanhamento do plano de metas. Portanto, a afirmativa está ERRADA.

QUESTÃO 19. (CESPE/ 2012 / PRF / TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)

A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público representou a segunda


reforma administrativa do país, com a implantação da administração pública
gerencial.

Comentário

Pessoal, esta assertiva está ERRADA! Vimos isto em aula: A criação do DASP foi
a primeira reforma administrativa realizada no Brasil e representou o primeiro
movimento de implantação de administração burocrática no Brasil.

43
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 20 (CESPE /2012 / POLÍCIA FEDERAL /AGENTE DA POLÍCIA


FEDERAL)

A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), que propiciou


a efetiva implantação do modelo denominado administração pública gerencial,
ocorreu no governo do presidente Juscelino Kubitschek.

Comentário

Nada disso, pessoal! A criação do DASP em 1936, foi durante o governo de Getúlio
vargas! Portanto, a afirmativa está ERRADA!

QUESTÃO 21. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam


mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a
coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e
formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central.

Comentário

Pessoal afirmativa está CERTA! É cópia do texto do Plano Diretor da Reforma do


Estado, onde se afirma que “as reformas operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não
desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central,
permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na administração
indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central”.

44
ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 22. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)

A Reforma Administrativa de 1967, materializada no Decreto-lei n.º 200 do mesmo


ano, transferiu vários tipos de atividades para as entidades da administração indireta,
mas, visando impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa,
promoveu a descentralização de tarefas executivas, mediante contratos com a
iniciativa privada.

Comentário

Está Certo, pessoal! Uma das premissas da descentralização contidas no Decreto-


Lei 200 era a possibilidade de se firmar contrato com entidades privadas para
execução de atividades do governo. Isto está contido no art. 10, parágrafo 7, vejam:

§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação,


supervisão e contrôle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da
máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização
material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta,
mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente
desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.

Desta forma, a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 23. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)

A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei n.o 200/1967 distinguiu


claramente a administração direta e a administração indireta no que se refere às
áreas de compras e execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de
acordo com o princípio fundamental da descentralização.

45
ADMINISTRAÇÃO

Comentário

Negativo! O Título XII que tratou das compras e o Título III que tratou do orçamento
no Decreto-Lei 200, não distinguiu as regras de compras e orçamento para a
administração direta e indireta. Desta forma a afirmativa está ERRADA!

QUESTÃO 24. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a


1967, julgue o item a seguir.

Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter


impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações
administrativas.

Comentário

Como vimos pessoal, as principais reformas administrativas brasileiras foram


realizadas em períodos ditatoriais. As mudanças foram impostas, e não
internalizadas. A prova disto é que a cada final de período ditatorial, voltava o ímpeto
patrimonialista. Sendo assim, a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 25. (CESPE/ 2013/ TRT – 10/ /TÉCNICO JUDICIÁRIO –


ADMINISTRATIVO)

A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das decisões


no Poder Executivo federal nos moldes da administração burocrática.

46
ADMINISTRAÇÃO

Comentário

Nada disso, minha gente! A reforma de 1967 foi o primeiro movimento de


descentralização da administração pública brasileira, considerada por Bresser Pereira
a primeira ação rumo à administração gerencial. Portanto, a afirmativa está
ERRADA!

QUESTÃO 26. (CESPE/2015/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado nos anos 30, tinha
por objetivo a desburocratização da administração pública do Brasil mediante a
modernização de estruturas e processos.

Comentário

Nada disso, pessoal! O DASP foi criado para implementar um modelo de


Administração Burocrática no Brasil. Portanto, a afirmativa está ERRADA!

QUESTÃO 27. (CESPE /2013/ TRT – 10/ TÉCNICO JUDICIÁRIO –


ADMINISTRATIVO)

A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da


administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas
de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

Comentário

Nada disso, pessoal! Segundo Bresser Pereira, a transição democrática de 1985, que
culminou com a implantação da constituição de 1988, resultou em um retrocesso

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ADMINISTRAÇÃO

burocrático, com a perda da flexibilidade da administração indireta, promovida pela


reforma de 1967. Portanto, a afirmativa está ERRADA!

QUESTÃO 28. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO -


ÁREA ADMINISTRATIVA - ADMINISTRAÇÃO)

Acerca da evolução da administração pública no Brasil e das abordagens da


administração, desde a abordagem clássica até a contingencial, julgue o item a
seguir.

O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestão pública no Brasil,


estabeleceu como princípios fundamentais o planejamento, a organização, o
treinamento e a direção.

Comentário

Nada disso, pessoal! Os princípios fundamentais mencionados pelo Decreto Lei


200/67 são: planejamento; coordenação; descentralização; delegação de
competência; e controle. Portanto, a afirmativa está ERRADA.

QUESTÃO 29. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO -


ÁREA PLANEJAMENTO - ADMINISTRAÇÃO)

A respeito da evolução da administração pública no Brasil, julgue o item subsequente.

A criação das primeiras carreiras administrativas na administração pública e a busca


pela adoção do concurso como forma de acesso ao serviço público são características
do modelo de administração burocrática, implantado na década de 30 do século
passado.

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ADMINISTRAÇÃO

Comentário

Perfeito, pessoal! No Brasil, a criação de carreiras administrativas no serviço


público e as primeiras tentativas de implantação do concurso público se dá na
reforma burocrática da Década de 1930, no governo de Getúlio Vargas. Portanto,
a afirmativa está CERTA!

QUESTÃO 30. (CESPE/2015/MPOG/ANALISTA EM TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO)

A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou
a administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas
públicas.

Comentário

Perfeito, pessoal! O Decreto-Lei 200/67 ampliou a descentralização transferindo


muitas atividades para fundações e empresas públicas. Portanto, a afirmativa está
CERTA!

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