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EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 17ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
CONTESTAÇÃO
aos termos da petição inicial do processo em epígrafe, com base nas razões de fato e de
direito a seguir aduzidas.
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I - DA TEMPESTIVIDADE
Este prazo transcorreu até o dia 19/12/2011, - uma vez que no dia
20/12/2011 iniciou-se o recesso forense - data na qual iniciou o prazo de suspensão
dos prazos processuais para os Réus, conforme se verifica por meio do art. 174 do
Regimento Interno do Tribunal Regional Federal da 1° Região, e a Lei Federal n° 5.010
de 1966. Por sua vez, o Recesso Forense terminou no dia 06/01/2012 (sexta-feira), de
forma que o transcurso do prazo reiniciou-se no dia 07/01/2012 (sábado).
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LEI Nº 9.028/95
Art. 6º. A intimação de membro da Advocacia-Geral da União, em qualquer
caso, será feita pessoalmente.
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IV – PRELIMINARMENTE
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“Na propositura da ação popular, não basta a afirmativa de ser o ato ilegal, é
necessária a prova da lesividade.”
(Resp 250.593-SP, Min. Garcia Vieira, DJU 04/09/2000, in Código de Processo
Civil e Legislação Processual em Vigor, Theotônio Negrão, Ed. Saraiva, 37ª
Edição, pág. 1079).
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Desta feita, percebe-se que o autor não logrou apontar, nem mesmo em
tese, ato que se afigure lesivo aos bens jurídicos tutelados pela ação popular. Assim,
ausente o ato lesivo ao patrimônio público estatal não se mostra cabível ação popular.
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Vê-se, pois, que a intensidade com que o sujeito pode ser atingido em
sua esfera jurídica pela tutela estatal determina a sua participação no processo,
podendo variar de parte (intervenção mais ampla) a terceiro interessado (assistência
prevista no art. 50 e ss. do Código de Processo Civil, por exemplo). Caso não se
vislumbre qualquer repercussão sobre o sujeito, não será admitido a participar do
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MARINONI, Luiz Guilherme. Manual do processo de conhecimento. 5 ed.rev.atual.ampl. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p. 168.
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CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil. Volume 2. trad. Paolo Capitanio. Campinas:
Bookseller, 1998, p. 278.
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Explique-se.
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“Com efeito, à luz do comando normativo inserto no art. 1.060 do Código Civil
de 1916, reproduzido no art. 403 do vigente códex, sobre nexo causal em
matéria de responsabilidade civil – contratual ou extracontratual,
objetiva ou subjetiva – vigora, no direito brasileiro, o princípio
denominado, por alguns, de princípio da causalidade adequada e, por
outros, princípio do dano direto e imediato.
Referido princípio pode ser decomposto em duas partes: a primeira (que
decorre, a contrario sensu, do art. 159 do CC/16 e do art 927 do CC/2002),
segundo a qual ninguém pode ser responsabilizado por aquilo a que não
tiver dado causa; e a segunda (que decorre mais especificamente do art.
1.060 do CC/16 e do art. 403 do CC/2002, fixando o conteúdo e os limites do
nexo causal) segundo a qual somente se considera causa o evento que
produziu direta e concretamente o resultado danoso.
Sobre a primeira parte desse enunciado, esclarece didaticamente Sérgio
Cavalieri Filho que: "não basta que o agente tenha praticado uma conduta
ilícita; tampouco que a vítima tenha sofrido um dano. É preciso que esse
dano tenha sido causado pela conduta ilícita do agente, que exista entre
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É certo que, a princípio, da mesmo forma que ocorre com a ação civil
pública, não há óbice à propositura de ação popular fundada em inconstitucionalidade
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STJ; Resp. n° 325.622/RJ (2001/0055824-9); Min. Carlos Fernando Mathias (Juiz Fedeal convocado do TRF 1ª
Região), DJE 07/11/2008.
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“Art. 1º. Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no
procedimento cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou
preventiva, toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em
ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.
(...)
§ 3º Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em parte, o
objeto da ação.” (grifo nosso)
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Diante de todo o exposto, não restam dúvidas de que deve ser rejeitado
o pedido de antecipação dos efeitos da tutela.
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http://www.direitoshumanos.gov.br/clientes/sedh/sedh/conselho/cncd/composicao-do-cncd-lgbt.
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3940 DF 2009.01.00.003940-0, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, Data
de Julgamento: 02/06/2009, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: 12/06/2009 e-DJF1 p.284.
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V - DO DIREITO
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO
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A Secretaria Especial dos Direitos Humanos passou a chamar-se Secretaria de Direitos Humanos.
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CAPÍTULO III
DO PROCESSO SELETIVO
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sociedade civil que compõe o Conselho Nacional LGBT para verificar a sua expressiva
representatividade. Nela estão incluídas entidades como a Articulação Brasileira de
Lésbicas – ABL; Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros –
ANTRA; Associação Brasileira de Estudos da Homocultura – ABEH; Associação
Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT;
Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE; Central de Movimentos
Populares – CMP; Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação –
CNTE; Conselho Federal de Psicologia – CFP; Grupo E-Jovem de Adolescentes
Gays, Lésbicas e Aliados; Liga Brasileira de Lésbicas – LBL; Rede Nacional de
Negras e Negros LGBT - Rede Afro LGBT.7
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Informação extraída do sitio http://www.direitoshumanos.gov.br/clientes/sedh/sedh/conselho/cncd/composicao-
do-cncd-lgbt.
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A parte autora ainda afirma que a referida Portaria, ao exigir o envio dos
documentos por Sedex, dificultou a ampla participação da sociedade civil, uma vez que
se trata de serviço dispendioso.
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CAPITULO I
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
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No que tange aos direitos das pessoas com deficiência, a Lei nº 7.853,
de 24 de outubro de 1989, instituiu o Conselho Consultivo da Coordenadoria Nacional
para a Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE). Atualmente, este órgão é
denominado Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e faz parte da
estrutura desta Secretaria de Direitos Humanos (art. 24, § 2º, da Lei nº 10.683, de 2003,
com a redação dada pela Lei nº 12.314, de 2010).
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E como se não bastasse, a parte autora ainda tenta fazer crer que esse
“favorecimento” acarretaria “danos vultosos concretos ao Erário”, tais como o
pagamento de diárias, alimentação, impressos, palestras, pareceres e outros gastos
inerentes e necessários à consecução dos objetivos desse Conselho.
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VI – CONCLUSÃO
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