Professional Documents
Culture Documents
uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd
fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx
cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq
wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui
opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg
hjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxc
Lambuzas De Vida
vbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq
wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui
Poemas e Poesias
opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg
2008
hjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxc
vbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq
Gideon Marinho Gonçalves
wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui
opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg
hjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbn
mqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwert
yuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopas
dfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklz
xcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnm
qwertyuisdfghjklzxcvbnmqwertyuiop
Página |2
Contato:
*
* *
20 de Julho de 2008
Versão 1.0
Conteúdo
Introdução
A intensidade do dia-a-dia, procuro não deixar fugir de meu olhar. Registro as minhas
impressões sobre a vida como que compungido por um compromisso urgente comigo
mesmo. A vida no subúrbio e na cidade passa ligeira. Observo o seu rastro buscando
situações que seriam efêmeras sob outro aspecto, mas que me servem como matéria prima
para as minhas reflexões.
Não me preocupo demasiadamente com os estilos literários. Em parte porque não sou
especializado em Literatura, e mais, não consigo adestrar o ritmo e a métrica da minha
narrativa aos diversos estilos existentes. A vida é ligeira e às vezes a rima que
complementa um fato sensível dá-se na imaginação de cada um. Não é preciso registrá-la,
necessariamente.
O autor
Macaé,
Janeiro de 2002
O Amor é bonito
Quando acontece
Sem ter de acontecer.
Quando aparece
Sem ter de aparecer.
Quando existe
Sem ter de ser.
O Amor verdadeiro
Vem de onde não teria de vir.
Existe quando não teria de existir.
Está aonde não tem lugar.
O Amor eterno
Não caminha pela estrada.
Existe nas beiradas,
Esconde-se nas melodias
E aparece nas poesias.
Quando se ama
Não se busca entender.
Porque o Amor
Não se deixa ver.
Quando se ama
Não se sabe o porquê.
Nem se quer saber.
O trem da Central
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
Vou-me embora nesse trem
Vou-me embora nessa sina
Vou prá casa na Vintém
Ver Menina, minha mina.
Cantando e assobiando
Um sambinha popular.
Vou dormindo, cochilando
Prá não ver tempo passar.
Juvenal me balançou
Do sonho me resgatou
Levanta homem que chegou,
Vamos logo desse trem,
Já chegamos na Vintém!
Amanhã é sexta-feira
Vou no forró da saideira
Com Menina lá na feira.
Beijo inesperado
Rio de Janeiro,
Junho de 2008
Guardei um farelo nos dentes
Prá ir com a língua remexendo
O sabor da declaração repentina de amor
De uma amiga querida de muitos favores.
25-05-2008
Hotel de solidão
Foz do Iguaçu,
Junho de 2008
A noite cinzenta no hotel de solidão
A foz do Iguaçu que não ecoa na escuridão
O frio do Sul que sufoca o meu coração
Os pés trepados um no outro, protegidos, no chão.
Foz do Iguaçu,
Junho de 2008
Há dias não sinto o sabor de sua língua
Não sinto o atrito de seus dedos
Não sinto o peso de seu corpo.
Deixei-te quieto no canto de meu quarto.
Estojo meio empoeirado, pendente pro lado.
Cataratas do Iguaçu
Foz do Iguaçu,
Junho de 2008
Eu vi as Cataratas, não, não eram cataratas
eram lágrimas jorrando dos olhos dessa terra.
Vi-me ali enorme vertendo todas aquelas lágrimas.
Não era o Iguaçu que chorava, eram meus olhos que
inundavam o meu coração de solidão.
Um delírio
Rio de Janeiro,
Junho de 2008
Ampliei a sua foto
Remexi cada cantinho de seu rosto
Enfiei-me pelos seus olhos redondos
Atirei-me em sua boca indecente.
Desliguei o virtual...
Chega, apaguei você...
Sacudi o rosto e pela sala andei...
Esfreguei a cara com sabão
Prá calar o delírio da paixão...
Caminho do Amor
Rio de Janeiro,
Março de 2008
M.....a...r..ia
Pule o galho no chão
Que o vento da paixão
Varreu na escuridão.
Anjos zombeteiros
Rio de Janeiro,
Junho de 2006
Tantas coisas prá dizer,
prá escrever, prá viver…
Meus sonhos e pedidos
talvez irresponsáveis a Deus…
De que queria uma mulher especial,
que na verdade eu nem sabia
muito bem como seria…
Já que valia fantasia, como eu pensava,
tudo o que tinha direito, pedia…
Dizia eu nas minhas orações:
“Que ela seja linda, meiga,
decidida, feminina e ousada.
Sem pudores, amante da arte
de dar e receber prazer,
feliz, lutadora, exigente,
reivindicante do amor,
sábia e apressada…
Empreendedora, corajosa,
deliciosa, temente a Deus,
jovem e fiel.
Minha, minha e somente minha…
Que me ame, ame e ame muito…
Etc., etc. e tal e por aí vai”
Já diziam os antigos:
“Quem ri por último ri melhor!”
e transformo-os em atores,
essa gente de recursos tão parcos.
O sofrimento do enredo
que sobrepõe a minha inspiração
vai desfazendo daquele conto
que não consigo continuação.
Na estação da Central
o meu sofrimento fita o chão.
O olhar de Maria se foi na multidão.
Meu caderno de escritos agora
descansa triste na minha mão.
Ainda ouço, ao longe, com emoção
o clamor da última pregação.
Praticar a vida
Rio de Janeiro,
Março de 2005
Ao pé do Mar
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
Olhar o mar sem par
olhar o mar sem caminhar
caminhar na areia sem olhar
viver sem amar.
Macaé,
Maio de 2003
Tive sim, uma paixão muito proibida
Já faz tempo, mas as sensações ainda borbulham.
Quem tiver sem pecado, que atire a primeira pedra!
Disse o mestre diante de uma mulher humana,
E um bando de desumanos…
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
O nosso amor não tem rimas.
Um dia brigamos, outro rimos.
Uma vez amamos outra nem falamos.
Amor virado
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
De cabeça para baixo
de baixo para a cabeça.
De cabeça para a cabeça
da cabeça para cima de você.
De lá para a vida
da vida para a felicidade.
Da felicidade para o gozo
do gozo para a eternidade.
Do umbigo para lá
de lá para a vida
da vida para a felicidade
do gozo da eternidade.
Amor de ponta-cabeça
Que o prazer nunca esqueça
de ter-nos aquecido
nesta noite de terça.
Momentos mágicos
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
Os nossos momentos
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
A urgência de estar com você...
um beijo molhado que tem de logo secar...
um abraço apertado que dor não pode deixar...
um olhar profundo que pouco depois se vai...
uma esperança de ficar que logo se esvai...
Macaé,
Maio de 2002
Queria hoje dormir com as pernas enlaçadas
Nas suas roçando meu pé direito no esquerdo seu.
Meus braços em torno de sua cintura,
E meu rosto perdido nos seus cabelos
Dividindo o mesmo travesseiro.
Macaé,
Junho de 2003
Só e sempre só!
a alegria do Dó maior
na tristeza do Lá menor!
cá e só.
Só e sempre só
surreal será!
mas sempre cá.
Só e sempre só.
talvez eternamente cá.
eternamente só.
Clamor do amor
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
A Lua
Rio de Janeiro,
Maio de 2006
A Lua, de quem é?
Rio de Janeiro,
Janeiro de 2008
A saudade de ouvir você e saber como estás
incomoda-me todos os dias, dia inteiro,
prá começar não sei porque antes não te liguei,
tenha sido pelo labor do meu prá-lá-e-prá-cá, talvêz.
Lambendo os lábios
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
>>>>>
Fui embora
lambendo os lábios
pensando nos seus...
Rio de Janeiro,
Janeiro de 2008
O que virá depois do fim,
da esquina e do amanhã?
O que virá depois de nós
da moeda e dos lencóis?
E quando eu esquecer
da promessa de esquecer
tudo isso esquecer?
E depois do amanhã...
E depois dos amanhães?
( . . .)
Os olhares apaixonados
Os compromissos impensados
Os corações irmanados..
Já foram ditos, já foram declarados, vividos...
Os idosos já conhecem essas declarações
Pensamentos e ações...
Macaé,
Maio de 2002
Esbelta, linda.
Veio apressada. De repente...
Adiantou o encontro...
Eu não estava preparado para recebê-la.
Mas a recebi com euforia...
Sentou-se.
Não consegui desgrudar os olhos...
Sinal em cima dos lábios.
Parte esquerda da boca.
Deu vontade beijá-la.
Não o fiz, claro.
Alta. Esbelta.
Sorriso solto.
Boca perfeita.
Cabelos lindos.
Pescoço firme.
Macaé,
Setembro de 2003
Firmei o compromisso de escrever sobre nós.
Deparei-me com tantas coisas boas para falar
Que me assustei, mas insisti,
Pensei: hoje é o dia dos namorados,
Tenho de dizer o quanto sou feliz por tê-la.
Aí me vieram as palavras,
Somente palavras,
Como que saltando na mente,
Meio que atropelando umas às outras:
- Felicidade,
- Liberdade, não... liberdade não... ainda não...
Lembrei da voz doce e inocente...
E então me veio a palavra inocente...
Não... inocente não... não és mais,
Já fostes apresentada ao prazer...
Tantas palavras...
São tantas que brotam na minha mente
Meio que de frente para trás,
De lado, trepadas umas nas outras,
Torrentes, pois é, me veio a idéia de torrente...
Como foi e tem sido o nosso amor,
Atropelado, que nos faz amar,
Cantar, sorrir e chorar.
Tudo ao mesmo tempo.
Você é romântica....
Feliz e sonhadora...
Sem nexo
Rio de Janeiro,
Maio de 2001
Procuro você… sim você... pra viver sem nexo e sem garfo...
Lamento à fantasia...
Macaé,
Maio de 2003
Sei lá...
Sou forçado a escrever por uma vontade louca
Ou, talvez, pela solidão.
Sim, a solidão...
Não aquela de não ter ninguém...
Mas a de ter você aí e não aqui...
Sua estatura parece me forçar a olhar para cima, para seus olhos
Que me cobrem com seu brilho,
Que aposto, nem você sabia que tinha...
Quero revelar para você o quanto és linda,
Única, minha e somente minha...
Sério, sempre?
Rio de Janeiro,
Maio de 2002
Jazz affair
Macaé,
Maio de 2003
Jazz affair…
Som perturbador… Virtual…
Jazz affair…
Parece entrar pelos poros,
Subir pelas veias… Sei lá para onde…
Confundem minhas idéias…
Misturam fantasias com realidades…
Jazz affair…
Meio você, e meio felicidade…
Você está em tudo…
Em todos os lugares…
Cada glóbulo vermelho…
Hemácias do meu sangue,
Carregam fragmentos seus
Pelo meu corpo inteiro…
Acho que quando passam pelo coração…
Criam um som de você,
Na freqüência forte da paixão.
Jazz affair…
Música, som…
Ruídos que empurram você para meus neurônios…
Você está em tudo…
Nesta sexta-feira affair…
Quero estar com você…
Sei que estou…
Macaé,
Dezembro de 2004
Pingou uma lágrima…
Nem notei que estava chorando…
Percebi somente quando a senti cair na mesa…
Em frente a você…
Em frente a sua lembrança…
Macaé,
Maio de 2004
Quero trabalhar, até insisto, mexo aqui, mexo ali.
Mas você apressa-se do coração aorta à fora.
Vem pelas veias dos braços, e chega aos dedos.
Assalta a minha mão e faz-me escrever para você.
Recuso-me, decido,
Em buscar nem meus sentimentos amortecidos,
Forças para reconhecer você.
Não o faço.
Tudo é novo.
As palavras são novas…
Os sentimentos também o são.
Beijos e selinhos
Rio de Janeiro,
Maio de 2008
Beijos… simplesmente beijos...
Somente beijos,
Talvez selinhos.
Beijos, talvez selinhos…
Beijos de selinhos...
Hoje... somente hoje.
Fique com os selinhos…
A língua não perde por esperar…
E a vida passa
Rio de Janeiro,
Maio de 2006
É um espetáculo que todos assistem
Sem perceberem que são os próprios atores.
E a vida passa rápida, sutil, contínua e sempre.
Alguns se vão, deixando saudades,
Outros vêm, esperança.
Som e angústia
Macaé,
Maio de 2004
Som que afugenta a angústia
Angústia de Som
Angústia da vida
Som dengoso de violinos chorões.
Minha alma enche-se desse som.
E começar a dançar
Nesta madrugada doída.
Desatinos
Macaé,
Maio de 2003
Muitas palavras ditas ao léu...
Me fazem dizer coisas
Que nem eu mesmo acredito.
Sou falho e impetuoso...
Às vezes como uma criança...
Não tenho atitudes calculadas e premeditadas...
Sou espontâneo e isso às vezes pode assustar...
Macaé,
Maio de 2005
Quando nada se tem para dizer,
Pois com medo de dar asas a uma paixão efêmera,
Pelo menos se diz: “Alô estou com saudades…!”
“Alô, estou com saudades…!”
Só e sempre só
Surreal será!
Mas sempre cá.
Só e sempre Só.
Talvez eternamente cá.
E sempre só.
A vida, um riacho
Macaé,
Setembro de 2005
Isso tudo parece tão virtual, inócuo e vazio...
Que dá a impressão que dentro da gente tem um túnel
Ou talvez um riacho, que passa rápido..
E a gente fica assistindo por cima, em uma árvore.
Quando fixamos os olhos em algo
Perdemos o outro que vem logo atrás..
Porque escrevo
Rio de Janeiro,
Janeiro de 2007
Escrevo porque sou livre.
Não porque sei escrever,
Já que sei que não sei escrever.
Escrevo porque não sou dono do meu ser
E nem tenho o direito de sê-lo.
Macaé,
Abril de 2004
Hoje eu não espero nada mais...
não exijo nada mais,
somente espero a cumplicidade...
e uma pitada de maturidade.
Se fores embora,
Vou correr mundo afora,
Atrás de você.
E de mulher em mulher,
Chegar bem perto de cada olhar
E procurar saber, se ela não é você…
Amor adolescente
Macaé,
Maio de 2003
Na linha proibida...
Ela se mostra, ama, e quer.
Liga dizendo:
Amor meu!...
Suspira, sorri com o timbre infantil...
A vozinha trêmula...
Deita-se na cama.
Sente frio...
Enrola-se no edredom,
Mas não abaixa a música
Insisto que vá abaixar a música...
Ela vai, mas não encontra o controle remoto...
É linda...
Simplesmente linda...
E diz:
Ah Gato!
Sentirei falta
Do abraço acolhedor
Do beicinho birrento
Da mãozinha acomodada à minha
Do sorriso treinado, mas sincero...
Sentirei falta
De sair do trabalho e ir correndo
Encontrar-te arrumadinha
Esperando-me para o café.
De apressar os passos,
Sem Rascunho
Rio de Janeiro,
Novembro de 2007
Veio-me a palavra “rascunho”...
É isso mesmo: “rascunho”…
Não deu tempo de fazer rascunho.
Não deu tempo de ensaiar palavras bonitas.
O turbilhão de sentimentos
Pôs-me de ponta-cabeça,
Como dizem os paulistas,
E nem as unhas dos pés tive tempo de aparar…
Tarde fria
Rio de Janeiro,
Julho de 2007
A tarde fria
Esfria a esfiha
Que como na esquina
Observando as meninas
Que vendem pastilhas
Para quem não esmola
Nem simpatia.
A tarde fria
Esfria a esfiha
E faz tremer a minha mão
Que afaga o meu coração
Que não sabe mais
O caminho da paixão.
A tarde fria
Esfria a esfiha
Que diluo displicente
Observando o movimento
Da sexta-feira sombria
Na Cinelândia caliente.
A esfiha fria
Esfria minha tarde
De melancolia doentia
Por falta de um amor
Prá dividir a esfiha.