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RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

1. A massa inercial mede a dificuldade em se alterar o estado de movimento de uma


partícula. Analogamente, o momento de inércia de massa mede a dificuldade em
se alterar o estado de rotação de um corpo rígido. No caso de uma esfera, o
momento de inércia em torno de um eixo que passa pelo seu centro é dado por
2
I = MR 2 , em que M é a massa da esfera e R seu raio. Para uma esfera de massa
5
M = 25,0 kg e raio R = 15,0 cm, a alternativa que melhor representa o seu
momento de inércia é:
A. ( ) 22,50.102 kg.m2 B. ( ) 2,25 kg.m2 C. ( ) 0,225 kg.m2
D. ( ) 0,22 kg.m2 E. ( ) 22,00 kg.m2

RESOLUÇÃO:

Substituindo os valores fornecidos na fórmula e respeitando a quantidade de algarismos


significativos, segue:
2
I = .(25,0 kg).(0,150 m) 2 ⇒ I = 0,225 kg.m2
5

Alternativa: C

2. Em um experimento verificou-se a proporcionalidade existente entre energia e a


freqüência de emissão de uma radiação característica. Neste caso, a constante de
proporcionalidade, em termos dimensionais, é equivalente a:
A. ( ) Força B. ( ) Quantidade de Movimento
C. ( ) Momento Angular D. ( ) Pressão
E. ( ) Potência

RESOLUÇÃO:

As fórmulas dimensionais da energia e da freqüência são:


2
 mv 2  L
[E] =   = [m].[ v ] = M   ⇒ [E] = M.L2 .T −2
2

 2  T
[ f ] = T− 1
Devido à proporcionalidade entre a energia e a freqüência, tem-se:
E = k.f ⇒ [E ] = [k ].[ f ] ⇒ ML2 .T−2 = [ k ].T −1 ⇒ [ k ] = M.L2 T −1

1
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Daí segue:
L
[k ] = M.L.T −1.L = M. .L = [m].[ v ]. [r ] = [ p].[ r ] = [L ], que é dimensão do momento
r r r T
angular (L = r x p) .

Alternativa: C

3. Uma rampa rolante pesa 120 N e se encontra inicialmente em repouso, como


mostra a figura. Um bloco que pesa 80 N, também em repouso, é abandonado no
ponto 1, deslizando a seguir sobre a rampa. O centro de massa G da rampa tem
coordenadas: xG = 2b/3 e yG = c/3. São dados ainda: a = 15,0 m e sen α = 0,6.
Desprezando os possíveis atritos e as dimensões do bloco, pode-se afirmar que a
distância percorrida pela rampa no solo, até o instante em que o bloco atinge o
ponto 2 é:
1

a
c
G
α b
2

A. ( ) 16,0 m B. ( ) 30,0 m C. ( ) 4,8 m


D. ( ) 24,0 m E. ( ) 9,6 m

RESOLUÇÃO:

Colocando o sistema rampa-bloco em um sistema de eixos coordenados, tem-se:


y

3
x
8 12

2
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Como a resultante externa no eixo x é nula, tem-se que a quantidade de movimento


nessa direção se conserva. Como, no início, vCM = 0, então xCM é constante.
Calculando xCM no início:
80.12 + 120.8
xCMi = = 9,6 m (1)
80 + 120
Após o deslizamento do bloco, tem-se a nova configuração:
y

3
x
α 8 + α 12 + α
Calculando novamente a coordenada x do centro de massa:
80.α + 120.(8 + α)
xCMf = = 4,8 m + α (2)
80 + 120
Igualando (1) e (2), tem-se:
4,8 m + α = 9,6 m ⇒ α = 4,8 m
Logo, tem-se que a rampa deslocou-se 4,8 m.

Alternativa: C

4. Um sistema é composto por duas massas idênticas ligadas por uma mola de
constante k, e repousa sobre uma superfície plana, lisa e horizontal. Uma das
massas é então aproximada da outra, comprimindo 2,0 cm da mola. Uma vez
liberado, o sistema inicia um movimento com o seu centro de massa deslocando
com velocidade de 18,0 cm/s numa determinada direção. O período de oscilação
de cada massa é:
A. ( ) 0,70 s B. ( ) 0,35 s
C. ( ) 1,05 s D. ( ) 0,50 s
E. ( ) indeterminado, pois a constante da mola não é conhecida.

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RESOLUÇÃO:

Iremos supor que inicialmente uma das massas está em repouso e a outra foi
comprimida de x0 = 2 cm, conforme a figura abaixo:

x0
m1 m2

Assim, a energia mecânica do sistema é:


1
Em = kx 20
2
Ao ser liberado o sistema, a massa m1 permanece em repouso até que a mola atinja o
seu tamanho natural, conforme se vê a seguir:

r r
v1 = 0 v 2 = 2vCM
CM
m1
r
vCM
r r
A massa m2 terá uma velocidade v2 = 2vCM , pois:
r r
r m1v1 + m2v 2
vCM = , mas m1 = m2
m1 + m2
r
r v r r
vCM = 2 ⇒ v 2 = 2vCM
2
Portanto, o princípio da conservação de energia nos permite escrever que:
1 1 2 m x20
k.x0 ≅ m(2v CM ) ⇒ = 2 (1)
2 2 k 4v CM

Em qualquer instante posterior, a situação se reduz a um problema de dois corpos, cuja


massa reduzida é:
m .m m
mr = 1 2 =
m1 + m2 2

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E sujeitos a uma mola de constante k.

r
v CM
k k m/2

m1 m2 r
v CM
cujo período é:
m
T = 2π (2)
2k

Assim, substituindo (1) em (2) tem-se que:


2π x 0 2π 0,02
T= . = . ≅ 0,25 s
2 2v CM 2 2.0,18

Não há alternativa correta.

5. Um pequeno camundongo de massa M corre num plano vertical no interior de um


cilindro de massa m e eixo horizontal. Suponha-se que o ratinho alcance a posição
indicada na figura imediatamente no início de sua corrida, nela permanecendo
devido ao movimento giratório de reação do cilindro, suposto ocorrer sem
resistência de qualquer natureza. A energia despendida pelo ratinho durante um
intervalo de tempo T para se manter na mesma posição enquanto corre é:
cilindro
r
g camundongo

M2 2 2 2 2 m2 2 2
A. ( ) E = gT B. ( ) E = Mg T C. ( ) E = gT
2m M
D. ( ) E = mg2 T2 E. ( ) n.d.a.

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RESOLUÇÃO:

Lei de Newton para o cilindro:


m

A
r
Mg
r r Mg
F = m a ⇒ Mg = ma ⇒ a = , que é a aceleração linear do cilindro no ponto A.
m
Supondo que o cilindro esteja em repouso imediatamente antes do início da corrida do
ratinho, a velocidade linear do cilindro no ponto A, decorrido o tempo T, será:
Mg
v = v 0 + aT = 0 + .T
m
A potência instantânea é dada por:
Mg M 2g 2
P = F.v = Mg. T = T → função linear no tempo.
m m
Logo, o gráfico potência por tempo é:
P
M2 g2
T
m

T t

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A energia será a área do gráfico:


M2 g2
T.T
N m M2g 2T 2
E Área = ⇒ E=
2 2m

Alternativa: A

6. Um dos fenômenos da dinâmica de galáxias, considerado como evidência da


existência de matéria escura, é que estrelas giram em torno do centro de uma
galáxia com a mesma velocidade angular, independentemente de sua distância ao
centro. Sejam M1 e M2 as porções de massa (uniformemente distribuída) da galáxia
no interior de esferas de raios R e 2R, respectivamente. Nestas condições, a
relação entre essas massas é dada por:
A. ( ) M2 = M1 B. ( ) M2 = 2M1 C. ( ) M2 = 4M1
D. ( ) M2 = 8M1 E. ( ) M2 = 16M 1

RESOLUÇÃO:

Como as porções de massa são uniformemente distribuídas no interior das esferas,


tem-se, por homogeneidade, que as densidades das referidas esferas são iguais.
3
M M M1 M2 R 
Daí: ρ1 = ρ2 ⇒ 1 = 2 ⇒ = ⇒ M2 =  2  .M1 = 23.M1
V1 V2 4 3 4 3  R1 
πR1 πR 2
3 3
Portanto: M2 = 8M1

Alternativa: D

7. Um corpo de massa M, mostrado na figura, é preso a um fio leve, inextensível, que


passa através de um orifício central de uma mesa lisa. Considere que inicialmente
o corpo se move ao longo de uma circunferência,
r sem atrito. O fio é, então, puxado
para baixo, aplicando-se uma força F , constante, a sua extremidade livre.
Podemos afirmar que:

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r
F
A. ( ) o corpo rpermanecerá ao longo da mesma circunferência.
B. ( ) a força F não realiza trabalho,
r pois é perpendicular à trajetória.
C. ( ) a potência instantânea
r de F é nula.
D. ( ) o trabalho de F é igual à variação da energia cinética do corpo.
E. ( ) o corpo descreverá uma trajetória elíptica sobre a mesa.

RESOLUÇÃO:
r
(A) A força F deslocará a massa M em direção ao centro, portanto o corpo não
permanece ao r longo da mesma circunferência.
(B) Essa força F será transmitida pelo fio para a direção do rdeslocamento (no plano),
r sentido do centro da circunferência, portanto a força F e o deslocamento radial
no
dR têm mesma direção e sentido, ou seja, não são perpendiculares, e o trabalho
será τ = F.dR .cos0 = F.dR ≠ 0.
r r
(C) Como haverá deslocamento na direção radial dR , haverá uma velocidade radial vR ,
e a potência será dada por P = F.VR.cosθ, que não é nula pois θ ≠ 90°.
(D) Do teorema da energia cinética, o trabalho da força externa resultante num corpo é
a variação da energia cinética do mesmo τ = ∆Ecin (Trata-se do teorema da energia
cinética).
(E) A trajetória não será elíptica, pois o raio diminuirá com o tempo.

Alternativa: D

8. Uma esfera metálica isolada, de 10,0 cm de raio, é carregada no vácuo até atingir
o potencial U = 9,0 V. Em seguida, ela é posta em contato com outra esfera
metálica isolada, de raio R2 = 5,0 cm. Após atingido o equilíbrio, qual das
alternativas abaixo melhor descreve a situação física? É dado que
1
= 9,0.109 N.m2 /C2 .
4πε0

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A. ( ) A esfera maior terá carga de 0,66.10–10 C.


B. ( ) A esfera maior terá um potencial de 4,5 V.
C. ( ) A esfera menor terá uma carga de 0,66.10 –10 C.
D. ( ) A esfera menor terá um potencial de 4,5 V.
E. ( ) A carga total é igualmente dividida entre as 2 esferas.

RESOLUÇÃO:

Sejam A e B as esferas de raios 10 cm e 5 cm respectivamente. Pelo princípio da


conservação da carga, temos:
Q0 = QA + QB ⇒ 4πε 0 VRA = 4 πε 0 V AR A + 4 πε0 VBR B, sendo VA e VB os potenciais
eletrostáticos das esferas A e B, respectivamente, após o contato.
Como no equilíbrio eletrostático VA = VB, segue:
VR A (9,0 V).(10,0 cm)
VA = VB = = ⇒ VA = VB = 6,0 V
R A + RB 10,0 cm + 5,0 cm
Assim, as cargas finais das esferas serão:
1 −10
QA = 4 πε 0 .RA .VA = 9 2 2
.0,10 m.6,0 V ⇒ Q A = 0,66.10 C
9,0.10 N.m /C
1 −10
QB = 4 πε 0 .RB .VB = 9 2 2
.0,05 m.6,0 V ⇒ QB = 0,33.10 C
9,0.10 N.m /C

Alternativa: A

Observação: Para a resolução do exercício é necessário considerar a esfera de


raio 5,0 cm inicialmente neutra, o que não foi explicitado no enunciado.

9. Um dispositivo desloca, com velocidade constante, uma carga de 1,5 C por um


percurso de 20,0 cm através de um campo elétrico uniforme de intensidade
2,0.103 N/C. A força eletromotriz do dispositivo é:
A. ( ) 60.10 3 V B. ( ) 40.10 3 V C. ( ) 600 V
D. ( ) 400 V E. ( ) 200 V

RESOLUÇÃO:

Como o deslocamento ocorre sob velocidade constante, conclui-se que a força


resultante que age na carga é nula. Portanto, o dispositivo em questão cria um campo
elétrico uniforme oposto ao mencionado, cancelando-o.

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N
Daí segue: ε = E.d = 2.103 .0,2 m ⇒ ε = 400 V
C

Alternativa: D

10. Sendo dado que 1 J = 0,239 cal, o valor que melhor expressa, em calorias, o calor
produzido em 5 minutos de funcionamento de um ferro elétrico, ligado a uma fonte
de 120 V e atravessado por uma corrente de 5,0 A, é:
A. ( ) 7,0.104 B. ( ) 0,70.104 C. ( ) 0,070.104
D. ( ) 0,43.104 E. ( ) 4,3.104

RESOLUÇÃO:

Q = β.∆t = V.i.∆t = (120 V).(5 A).(300 s) = 1,8.10 4 J = 1,8.104.0,239 cal


Portanto: Q ≅ 4,3.104 cal

Alternativa: E

11. Para se proteger do apagão, o dono de um bar conectou uma lâmpada a uma
bateria de automóvel (12,0 V). Sabendo que a lâmpada dissipa 40,0 W, os valores
que melhor representam a corrente I que a atravessa e sua resistência R são,
respectivamente, dados por:
A. ( ) I = 6,6 A e R = 0,36 Ω B. ( ) I = 6,6 A e R = 0,18 Ω
C. ( ) I = 6,6 A e R = 3,6 Ω D. ( ) I = 3,3 A e R = 7,2 Ω
E. ( ) I = 3,3 A e R = 3,6 Ω

RESOLUÇÃO:

P = V.i ⇒ 40 W = (12 V).i ⇒ i ≅ 3,3 A


V 12 V
R= = ⇒ R = 3,6 Ω
i 3,3 A

Alternativa: E

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12. Numa prática de laboratório, um estudante conectou uma bateria a uma


resistência, obtendo uma corrente i1. Ligando em série mais uma bateria, idêntica à
primeira, a corrente passa ao valor i2. Finalmente, ele liga as mesmas baterias em
paralelo e a corrente que passa pelo dispositivo torna-se i3. Qual das alternativas
abaixo expressa uma relação existente entre as correntes i1, i2 e i3?
A. ( ) i2.i3 = 2i1.(i2 + i3) B. ( ) 2i2.i3 = i1.(i2 + i3)
C. ( ) i2.i3 = 3i1.(i2 + i3) D. ( ) 3i2.i3 = i1.(i2 + i3)
E. ( ) 3i2.i3 = 2i1.(i2 + i3)
RESOLUÇÃO:
Como a situação se passa em um laboratório, tomemos a bateria com fem ε e
resistência interna r, ligados a uma resistência R. Desta forma, os circuitos das três
montagens ficam assim:
Montagem I:
ε r

i1
ε
i1 =
r +R
R

Montagem II:
ε r ε r


i2 =
2r + R
R

Montagem III:

ε r

ε r ε 2ε
i3 = =
r r + 2R
+R
2

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6ε(r + R)
Tem-se que: i2 + i3 =
(r + 2R)(R + 2r)
4ε 2
i2 .i3 =
(2r + R)(2R + r)
ε 6ε(r + R) 6ε2
i1.(i2 + i3 ) = . =
(r + R) (r + 2R)(R + 2r) (r + 2R)(R + 2r)
Assim: a3i2.i3 = 2i1.(i2 + i3)a

Alternativa: E

13. Um capacitor de capacitância igual a 0,25.10–6 F é carregado até um potencial de


1,00.10 5 V, sendo então descarregado até 0,40.105 V num intervalo de tempo de
0,10 s, enquanto transfere energia para um equipamento de raios-X. A carga total,
Q, e a energia, ε, fornecidas ao tubo de raios-X, são melhor representadas
respectivamente por:
A. ( ) Q = 0,005 C e ε = 1250 J B. ( ) Q = 0,025 C e ε = 1250 J
C. ( ) Q = 0,025 C e ε = 1050 J D. ( ) Q = 0,015 C e ε = 1250 J
E. ( ) Q = 0,015 C e ε = 1050 J

RESOLUÇÃO:
Qtransf = C.(V0 – V) = (0,25.10–6 F).(1,00.105 V – 0,40.105 V)
Q transf = 0,015 C
C 0,25.10 −6 F
εtransf = .  V0 − V  =
2 2
 (1,00.105 V)2 − (0,40.105 V) 2 
2 2
ε transf = 1050 J

Alternativa: E

14. Uma maquina térmica reversível opera entre dois reservatórios térmicos de
temperaturas 100°C e 127°C, respectivamente, gerando gases aquecidos para
acionar uma turbina. A eficiência dessa máquina é melhor representada por:
A. ( ) 68% B. ( ) 6,8%
C. ( ) 0,68% D. ( ) 21%
E. ( ) 2,1%
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RESOLUÇÃO:
Sendo o processo reversível, com variação de entropia nula, tem-se que a eficiência é
dada por:
T 373 K
η = 1− F = 1− = 0,0675 ⇒ η ≅ 6,8%
TQ 400 K
Alternativa: B

15. Um pedaço de gelo flutua em equilíbrio térmico com uma certa quantidade de água
depositada em um balde. À medida que o gelo derrete, podemos afirmar que:
A. ( ) o nível da água no balde aumenta, pois haverá uma queda de temperatura
da água.
B. ( ) o nível da água no balde diminui, pois haverá uma queda de temperatura da
água.
C. ( ) o nível da água no balde aumenta, pois a densidade da água é maior que a
densidade do gelo.
D. ( ) o nível da água no balde diminui, pois a densidade da água é maior que a
densidade do gelo.
E. ( ) o nível da água no balde não se altera.

RESOLUÇÃO:
Como o gelo e a água se encontram em equilíbrio térmico, a temperatura de ambos é
igual a 0°C.
Sendo mG a massa de gelo, Vi o volume de gelo imerso e d a densidade da água, temos
no equilíbrio de forças para o gelo:
P =E
m
mG g = d g Vi ⇒ Vi = G (1)
d
Quando o gelo derrete, ocupará um volume VA, onde:
mG = mA ⇒ mG = d.VA (2)

Assim, de (1) e (2):


d VA
Vi = ⇒ Vi = VA
d
Ou seja, o volume de água proveniente do gelo derretido é igual ao volume de gelo que
estava imerso. Portanto, o nível da água no balde não se altera.
Alternativa: E
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16. Um pequeno tanque, completamente preenchido com 20,0 L de gasolina a 0°F, é


logo a seguir transferido para uma garagem mantida à temperatura de 70°F. Sendo
γ = 0,0012°C–1 o coeficiente de expansão volumétrica da gasolina, a alternativa
que melhor expressa o volume de gasolina que vazará em conseqüência do seu
aquecimento até a temperatura da garagem é:
A. ( ) 0,507 L B. ( ) 0,940 L C. ( ) 1,68 L
D. ( ) 5,07 L E. ( ) 0,17 L

RESOLUÇÃO:
Desprezando-se a dilatação do tanque no aquecimento, o volume de gasolina que
vazará em conseqüência do aquecimento é a dilatação real sofrida pela gasolina.
∆TºF
Sabendo-se que: ∆TºC =
1,8
70
Temos que a variação da temperatura é dado por: = 38,9ºF
1,8
∆V = V0 γ∆T = (20,0 L).(0,0012°C−1 ).(38,9°C) ⇒ ∆V ≅ 0,93 L
Alternativa: B

17. Deseja-se enrolar um solenóide de comprimento z e diâmetro D, utilizando-se uma


única camada de fio de cobre de diâmetro d enrolado o mais junto possível. A uma
temperatura de 75°C, a resistência por unidade de comprimento do fio é r. Afim de
evitar que a temperatura ultrapasse os 75°C, pretende-se restringir a um valor P a
potência dissipada por efeito Joule. O máximo valor do campo de indução
magnética que se pode obter dentro do solenóide é:
1
 P  2  πP 
A. ( ) Bmax = µ0   B. ( ) Bmax = µ0  
 rDzd   rDzd 
 2P   P 
C. ( ) Bmax = µ0   D. ( ) Bmax = µ0  
 πrDzd   πrDzd 
1
 P  2
E. ( ) Bmax = µ0  
 πrDzd 

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RESOLUÇÃO:
O solenóide pode ser visto em corte como se segue:
z
d

O campo no interior do solenóide produzido por uma corrente i é:


B = µ0.n.i
Onde n é o número de espiras por unidade de comprimento e i é a corrente.
1
Pela figura, observamos que há uma espira a cada diâmetro do fio, ou seja, n = ea
d
corrente i é limitada pela potência P, ou ainda:
P = R.i2
Mas R = L.r, onde r é a resistência por unidade de comprimento e L é o comprimento do
fio, que vale:
z D 2πz.D πz.D
L = .2π = =
d 2 2d d
Portanto:
πz.D.r
R = L.r =
d
P P.d
i= =
R πz.D.r
Desta forma:
1
1 P.d  P  2
B = µ0. . = µ0  
d πz.D.r  πz.d.D.r 

Alternativa: E

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18. Um pesquisador percebe que a freqüência de uma nota emitida pela buzina de um
automóvel parece cair de 284 hz para 266 hz à medida que o automóvel passa por
ele. Sabendo que a velocidade do som no ar é 330 m/s, qual das alternativas
melhor representa a velocidade do automóvel?
A. ( ) 10,8 m/s B. ( ) 21,6 m/s
C. ( ) 5,4 m/s D. ( ) 16,2 m/s
E. ( ) 8,6 m/s

RESOLUÇÃO:

De acordo com o efeito Doppler:


• Na aproximação o som percebido é mais agudo que o som real ⇒ fpercebida = 284 hz
• No afastamento o som percebido é mais grave que o som real ⇒ fpercebida = 266 hz

Portanto:
 v som 
• Na aproximação: fpercebida =   .freal
v − v
 som fonte 
 v som 
• No afastamento: fpercebida =   .freal
v + v
 som fonte 

Substituindo os valores, temos:


 330 
284 =   .freal (1)
 330 − v fonte 

 330 
266 =   .freal (2)
 330 + v fonte 

Dividindo (1) por (2), temos:


284 330 + v fonte
= ⇒ 330.(284-266) = 550.v fonte
266 330 − v fonte
5940
Logo: v fonte = ⇒ v fonte = 10,80 m/s
550

Alternativa: A

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19. A figura mostra uma espira condutora que se desloca com velocidade constante v
numa região com campo magnético uniforme no espaço e constante no tempo.
Este campo magnético forma um ângulo θ com o plano da espira. A força
eletromotriz máxima produzida pela variação de fluxo magnético no tempo ocorre
quando: r
B
n̂ - perpendicular
l ao plano da
θ
espira

a r
v
A. ( ) θ = 0° B. ( ) θ = 30° C. ( ) θ = 45°
D. ( ) θ = 60° E. ( ) n.d.a.
RESOLUÇÃO:
Como todas as grandezas são constantes, não haverá variação do fluxo na espira,
qualquer que seja o ângulo θ.
Portanto, a força eletromotriz será sempre nula.
Alternativa: E

Observação: Como a espira é dotada somente de velocidade translacional, tem-se que


o número de linhas de campo que atravessam a espira é constante com o decorrer do
tempo.
?F 0
Assim: − = =0
?t ?t
De forma que o valor do ângulo θ não influirá na indução de fem, desde que constante
ao longo de toda trajetória.

20. Um trecho da música “Quanta”, de Gilberto Gil, é reproduzido no destaque ao lado.


As frases “Quantum granulado no mel” e “Quantum ondulado do sal” relacionam-
se, na Física, com: Fragmento infinitésimo,
Quase que apenas mental,
A. ( ) Conservação de Energia. Quantum granulado no mel,
B. ( ) Conservação da Quantidade de Movimento.
Quantum ondulado do sal,
C. ( ) Dualidade Partícula-onda. Mel de urânio, sal de rádio
D. ( ) Princípio da Causalidade.
Qualquer coisa quase ideal.
E. ( ) Conservação do Momento Angular.
17
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

RESOLUÇÃO:
O termo “Quantum”, associado às palavras granulado e ondulado remete à associação
de energia ora em partículas, ora em ondas. Assim, a relação destas frases é com a
dualidade partícula-onda de De Broglie.
Alternativa: C

As questões dissertativas, numeradas de 21 a 30, devem ser respondidas no


caderno de soluções.
21. Estamos habituados a tomar sucos e refrigerantes usando canudinhos de plástico.
Neste processo estão envolvidos alguns conceitos físicos importantes. Utilize seus
conhecimentos de física para estimar o máximo comprimento que um canudinho
pode ter e ainda permitir que a água chegue até a boca de uma pessoa. Considere
que o canudinho deve ser sugado sempre na posição vertical. Justifique suas
hipóteses e assuma, quando julgar necessário, valores para as grandezas físicas
envolvidas.
Dado: 1 atm = 1,013.10 5 N/m2

RESOLUÇÃO:

Observe o esquema a seguir:


P INTERNA NA BOCA

h
Canudinho PCOLUNA DE LÍQUIDO

P ATMOSFÉRICA
superfície do líquido
A
No ponto A busca-se o equilíbrio hidrostático, portanto:
PINTERNA NA BOCA + PCOLUNA DE LÍQUIDO = PATMOSFÉRICA
PINTERNA NA BOCA + dgh = PATMOSFÉRICA ⇒ dgh = PATMOSFÉRICA − PINTERNA NA BOCA
Para maximizar a altura do canudo, devemos considerar as seguintes hipóteses:

18
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

• PATMOSFÉRICA é máxima = 1,013.10 5 Pa (nível do mar)


• PINTERNA NA BOCA = 0 (vácuo)
• densidade da água = 1000 kg/m3
• g = 9,8 m/s2
PATMOSFÉRICA 1,013.105
Logo: h = ⇒h= ⇒ h = 10,34 m
dg 103.9,8

22. Mediante chave seletora, um chuveiro elétrico tem sua resistência graduada para
dissipar 4,0 kW no inverno, 3,0 kW no outono, 2,0 kW na primavera e 1,0 kW no
verão. Numa manhã de inverno, com temperatura ambiente de 10°C, foram usados
10,0 L de água desse chuveiro para preencher os 16% do volume faltante do
aquário de peixes ornamentais, de modo a elevar sua temperatura de 23°C para
28°C. Sabe-se que 20% da energia é perdida no aquecimento do ar, a densidade
da água é ρ = 1,0 g/cm3 e calor específico da água é 4,18 J/g.K. Considerando que
a água do chuveiro foi colhida em 10 minutos, em que posição se encontrava a
chave seletora? Justifique.

RESOLUÇÃO:

Quando se coloca a água aquecida no aquário, tem-se que a temperatura final será a
média ponderada entre a temperatura da água do aquário e a temperatura da água
proveniente do chuveiro. Chamado de Tf a temperatura com que a água chega ao
aquário, tem-se:
16.Tf + 84.23
= 28∴ Tf = 54,25°C
100
A água deixa o chuveiro com uma temperatura Tf, mas 20% da energia é perdida para o
ar. Assim, somente 80% da energia é efetivamente usada para aquecer a água.
Logo:
0,8.E = m.c.∆T
0,8.E = 10.103.4,18.(54,25 – 10)
E = 2312062,5 J
Como esta energia foi liberada em 10 minutos, vem:
∆E 2312062,5
P= = = 3853,4 W = 3,853 kW
∆t 10.60
Logo, o valor do enunciado que mais se aproxima do encontro é 4,0 kW, que
corresponde à posição inverno.

19
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

23. Um ginásio de esportes foi projetado na forma de uma cúpula com raio de
curvatura R = 39,0 m, apoiada sobre uma parede lateral cilíndrica de raio
y = 25,0 m e altura h = 10,0 m, como mostrado na figura. A cúpula comporta-se
R
como um espelho esférico de distância focal f = , refletindo ondas sonoras,
2
sendo seu topo o vértice do espelho. Determine a posição do foco relativa ao piso
do ginásio. Discuta, em termos físicos as conseqüências práticas deste projeto
arquitetônico.

R h

RESOLUÇÃO:

Dadas as dimensões do ginásio, tem-se:


y = 25 m
V
A
B
H
h
D

R = 39,0 m

O
No triângulo retângulo ∆OAB, tem-se:
2 2 2
OA = AB + OB
R2 = y 2 +D2
39,02 = 25,0 2 + D2
D = 29,9 m

Assim: BV = OV − OB = R − D ⇒ BV ≅ 9,1 m

20
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

Portanto, a altura do ginásio será H = h + BV = 10 m + 9,1 m, ou seja H = 19,1 m, e,


R 39 m
dado que f = = = 19,5 m, a posição do foco em relação ao piso será p = H – f =
2 2
19,1 m – 19,5 m ⇒ p = - 0,4 m, ou seja:

O foco se encontra no eixo de simetria do ginásio (reta vertical que passa pelo centro da
cúpula) e 0,4 m abaixo do piso.

Tendo em vista que o piso também refletirá (pelo menos parcialmente) ondas sonoras,
este projeto arquitetônico terá, como conseqüência prática, a desvantagem acústica de
uma grande concentração de energia sonora na região central do piso, trazendo um
grande desconforto para os esportistas que aí estiverem.

24. Billy sonha que embarcou em uma nave espacial para viajar até o distante planeta
Gama, situado a 10,0 anos-luz da Terra. Metade do percurso é percorrido com
aceleração de 15 m/s2, e o restante com desaceleração de mesma magnitude.
Desprezando a atração gravitacional e efeitos relativistas, estime o tempo total em
meses de ida e volta da viagem do sonho de Billy. Justifique detalhadamente.
RESOLUÇÃO:
A velocidade de Billy, tanto na ida quanto na volta, varia como mostrado no gráfico a
seguir:
v

15T
2

0 T T t
2
A área do gráfico anterior corresponde à distância de 10 anos-luz (distância percorrida
pela luz no vácuo no intervalo de tempo de 10 anos).
Assim:
15T2
= 3.108.10.365.24.3600 ⇒ T = 15,88.107 s ≅ 61 meses.
4
Portanto, a viagem de Billy (ida e volta) durou aproximadamente 122 meses.
21
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

25. Uma massa é liberada a partir do repouso de uma altura h acima do nível do solo e
desliza sem atrito em uma pista que termina em um “loop” de raio r, conforme
indicado na figura. Determine o ângulo θ relativo à vertical e ao ponto em que a
massa perde o contato com a pista. Expresse sua resposta como função da altura
h, do raio r e da aceleração da gravidade g.

h>r θ
r

RESOLUÇÃO:

As forças que agem na esfera durante o loop são dadas a seguir:

N
θ
θ
P

mv 2
Na direção radial, temos: N + mgcos θ =
r
Como na ocasião da perda de contato com a pista N = 0, segue:
m.v 2
0 + mgcos θ = ⇒ m.v 2 = mrgcos θ
r
Portanto, a energia cinética da esfera no instante da perda de contato será:
m.v 2 mrgcos θ
=
2 2
Pela conservação da energia mecânica do sistema, segue:
m.v 2 mrgcos θ
mgh = + mgr(1 + cos θ) = + mgr(1 + cos θ)
2 2

22
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

Daí:
rcos θ 2h 
h= + r + rcos θ ⇒ cos θ =  − 1
2 3 r 
5r 2  h  2  h 
Se h ≤ ,  − 1 ≤ 1 e θ = arccos   − 1 
2 3 r  3  r 
5r 2  h 
Se h > ,  − 1 > 1 e a esfera não perderá contato com a pista.
2 3 r 

26. Um tubo capilar fechado em uma extremidade contém uma quantidade de ar


aprisionada por um pequeno volume de água. A 7,0°C e à pressão atmosférica
(76,0 cmHg) o comprimento do trecho com ar aprisionado é de 15,0 cm. Determine
o comprimento do trecho com ar aprisionado a 17,0°C. Se necessário, empregue
os seguintes valores da pressão de vapor da água: 0,75 cmHg a 7,0°C e
1,42 cmHg a 17,0°C.
água

ar
RESOLUÇÃO:

água
h

Pgás
Patm
PH2O

Para que o filete permaneça em equilíbrio, as pressões à esquerda e à direita devem


ser iguais. Assim, nas temperaturas de 7oC e 17oC temos que:
nRT
Patm = Pgás + PH2O , onde Pgás =
V
23
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

nR.280
Para 7oC tem-se que: 76 cmHg = + 0,75 cmHg (1)
V7 o C
nR.290
Para 17oC tem-se que: 76 cmHg = + 1,42 cmHg (2)
V17 o C
Mas: V = S.h, onde S é a área da seção transversal do cilindro.
Portanto, rearranjando os termos e dividindo-se a equação (1) pela (2), tem-se que:
75,25 h17o C .280
= . Como h7 o C = 15 cm, tem-se que: h17o C = 15,67 cm
74,58 h 7 o C .290

27. Uma pequena pedra repousa no fundo de um tanque de x m de profundidade.


Determine o menor raio de uma cobertura circular, plana, paralela à superfície da
água que, flutuando sobre a superfície da água diretamente acima da pedra,
impeça completamente a visão desta por um observador ao lado do tanque, cuja
vista se encontra no nível da água. Justifique.
4
Dado: índice de refração da água nw = .
3
RESOLUÇÃO:
Para que tal aconteça, o ângulo θ na figura abaixo deve corresponder ao ângulo limite.

R r

i ?

sen? 1 3
Assim, aplicando a Lei de Snell tem-se que: = ⇒ sen? = .
sen90 4 4
3
9 7
Da relação fundamental da trigonometria, tem-se que: cos 2θ = 1 − ⇒ cos? =
16 4
R 3 3 7x
∴ tg? = = ⇒R =
x 7 7
3 7x
R=
7
24
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

28. Colaborando com a campanha de economia de energia, um grupo de escoteiros


construiu um fogão solar, consistindo de um espelho de alumínio curvado que foca
a energia térmica incidente sobre uma placa coletora. O espelho tem um diâmetro
efetivo de 1,00 m e 70% da radiação solar incidente é aproveitada para de fato
aquecer uma certa quantidade de água. Sabemos ainda que o fogão solar demora
18,4 minutos para aquecer 1,00 L de água desde a temperatura de 20°C até
100°C, e que 4,186.10 3 J é a energia necessária para elevar a temperatura de
1,00 L de água de 1,000 K. Com base nos dados, estime a intensidade irradiada
pelo Sol na superfície da Terra, em W/m2. Justifique.

RESOLUÇÃO:

A energia necessária para aquecer 1 L de água de 20°C até 100°C (∆T = 80°C = 80K)
é:
4,186.103 J
Qabsorvido = 1 L. .80K ⇒ Q absorvido = 3,34.105 J, o que corresponde a apenas
L.K
70% da energia solar incidente no espelho.
Assim, a intensidade irradiada pelo Sol na superfície da Terra será aproximadamente a
incidente no espelho, dada por:
Pincidente Eincidente Q absorvido 3,34.105 J
I= = = 2
= 2
⇒ I ≅ 552W/m2
Sespelho Sespelho.∆t π.d π.(1m)
.∆t.η .(18,4.60s).0,70
4 4

29. Você dispõe de um dispositivo de resistência R = 5r; e de 32 baterias idênticas,


cada qual com resistência r e força eletromotriz V. Como seriam associadas as
baterias, de modo a obter a máxima corrente que atravesse R? Justifique.

RESOLUÇÃO:

As baterias devem ser sempre associadas de forma a formarem braços iguais de ramos
em paralelo.
Tomando-se n ramos em paralelo, cada um contendo m baterias em série, tal que m.n =
32 temos que:

25
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

V r V r V r

m baterias em série
V r V r V r
n ramos

V r V V r

5r

A corrente será então:


m.V
i=
m.r
+ 5r
n
32
Mas m = , assim:
n
32V
n 32V
i= =
32r 32r
+ 5r + 5n
n2 n
Para maximizar i, basta minimizar o denominador. Lançando mão de uma tabela, temos
que:
32r
n + 5rn i
n
32V
1 37r
37r
32V
2 26r
26r
32V
4 28r
28r
32V
8 44r
44r
32V
16 82r
82r
32V
32 161r
161r

26
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

Assim, a maior corrente é obtida quando se associam dois ramos em paralelo de 16


baterias cada e conecta-se o gerador assim obtido aos terminais da resistência 5r.

Observação:
Existem outras ligações que podem permitir correntes maiores, porém com desgaste
desigual das baterias. Portanto, sem utilidade prática.

30. Um átomo de hidrogênio tem níveis de energia discretos dados pela equação
−13,6
En = 2 eV, em que {n ∈ Z / n ≥ 1} . Sabendo que um fóton de energia 10,19 eV
n
excitou o átomo do estado fundamental (n = 1) até o estado p, qual deve ser o
valor de p? Justifique.

RESOLUÇÃO:

A energia mínima para se mudar do nível 1 é a necessária para se ir ao nível 2.


Portanto:
13,6 (13,6) 13,6 13,6
Emin = − 2 − 2 = − + = 10,20 eV
nf ni 4 1
Como o fóton não possui essa energia, o átomo permanecerá no nível de energia inicial.
Portanto: p = 1

27
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA

A prova do ITA de 2002 apresentou uma grande evolução em relação à prova do ano
anterior. Este ano apresentou questões, que na sua maioria, exigiram capacidade
matemática e conhecimento conceitual dos fenômenos físicos.
Cabe ressaltar que alguns enunciados poderiam ser mais precisos (questões 4, 6 e 8),
destacando ainda a presença de questões elementares, tais como 9, 10 e 11.
Com certeza, o ITA selecionará os melhores alunos para os seus cursos de engenharia
em 2002.

Distribuição das questões:


1a Questão: Algarismos significativos
2a Questão: Análise dimensional
3a Questão: Quantidade de movimento
4a Questão: Energia
5a Questão: Dinâmica
6a Questão: Gravitação
7a Questão: Trabalho e energia
8a Questão: Eletrostática
9a Questão: Eletrostática e trabalho
10a Questão: Eletrodinâmica
11a Questão: Eletrodinâmica
12a Questão: Eletrodinâmica
13a Questão: Eletrodinâmica
14a Questão: Termodinâmica
15a Questão: Hidrostática
16a Questão: Dilatometria
17a Questão: Magnetismo
18a Questão: Acústica
19a Questão: Magnetismo
20a Questão: Física moderna
21a Questão: Hidrostática
22a Questão: Eletrodinâmica e calorimetria
23a Questão: Ótica geométrica e acústica
24a Questão: Cinemática
25a Questão: Energia e dinâmica
26a Questão: Gases
27a Questão: Ótica geométrica
28a Questão: Calorimetria e ótica geométrica
29a Questão: Eletrodinâmica
30a Questão: Física moderna

POLIEDRO
ESPECIALIZADO EM
APROVAÇÃO!
28
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

APROVAR É COM A GENTE!


Entre o histórico vitorioso de aprovações do Poliedro, aqui estão algumas que podem
interessar mais especificamente para você:

ITA

21 22 26
19 18
7 8 9 0 1
199 199 199 200 200

IME

31 27 46*
08 13 17
7 8 9 0 1 2
199 199 199 200 200 200

* 14 alunos POLIEDRO aprovados em 1ª fase e 46 classificados ao total.


2º Lugar e 4º Lugar geral do Brasil no IME!
E mais...
1995 ⇒ 1996
47 aprovados na FUVEST, VUNESP e UNICAMP
22 aprovados na AFA
09 aprovados na Escola Naval (100% em SP)
29
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

1996 ⇒ 1997
50% de aprovação em Universidades Federais e Estaduais
32 aprovados na AFA com os 3 primeiros lugares do Brasil!
10 aprovados na Escola Naval (90% em SP)
07 aprovados no Colégio Naval (39% em SP)
36 aprovados na EPCAR (77% em SJC)
1997 ⇒ 1998
106 aprovados em Biológicas
78 aprovados em Humanas
39 aprovados na AFA (100% em SJC)
17 aprovados na Escola Naval (90% em SP)
08 aprovados no Colégio Naval (40% em SP)
11 aprovados na EPCAR

1998 ⇒ 1999
84 aprovados em Biológicas
88 aprovados em Humanas
89 aprovados em Exatas
25 aprovados na Escola Naval (96% em SP)
1999 ⇒ 2000
145 aprovados em Biológicas
108 aprovados em Humanas
276 aprovados em Exatas
2000 ⇒ 2001
132 aprovados em Biológicas
110 aprovados em Humanas
334 aprovados em Exatas

30
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

A garantia de resultados como estes está na competente equipe de professores e no


máximo contato possibilitado entre eles e os alunos, característica importante em nossa
estrutura.

ALOJAMENTO
O Poliedro possui um alojamento em São José dos Campos com todas as facilidades
para hospedar alunos de outras cidades. O Recanto do Estudante é uma pousada
construída num espaço de aproximadamente 10.000 m2, com acomodações amplas e
confortáveis, que garantirão o melhor desempenho do aluno durante o curso.
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concentração, não só pelo apoio dado por professores e coordenadores do Poliedro,
como também pela progressiva interação dos alunos, que podem discutir assuntos e
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executam o trajeto alojamento-curso-alojamento nos horários de interesse. Tudo isso
para que o aluno se preocupe apenas com o estudo.

ENSINO MÉDIO NO POLIEDRO

O Colégio Poliedro possui uma turma 3o Ano IME-ITA, que oferece uma preparação
integrada ao cursinho, específica para os vestibulares do IME, ITA, Escolas Militares e
Faculdades de Engenharia.

31
RESOLUÇÃO ITA 2002 – FÍSICA

Professores responsáveis pela resolução:


André Oliveira de Guadalupe
Celso Faria de Souza
Fabiano Rodrigues dos Santos
Marcílio Alberto de Faria Pires
Nicolau Arbex Sarkis
Thiago Pereira Mohallem

Coordenação:
André Oliveira de Guadalupe
Nicolau Arbex Sarkis
Digitação e diagramação:
Antonio José Domingues da Silva
Fábio Amaral Braga de Andrade
Kleber de Souza Portela

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Tel.: (12) 3941-4858

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