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2017/2018

Organização Administrativa

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Sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem


como das demais pessoas coletivas públicas, que
asseguram, em nome da coletividade, a satisfação
regular e contínua de interesses públicos secundários,
isto é desempenham, a título principal, a função
administrativa

A “máquina administrativa” ou “aparelho administrativo”

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A. Aspetos estruturais

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Elementos básicos:

 Pessoas coletivas de direito público

 Órgãos administrativos

 Serviços públicos (que existem em cada ente e


funcionam na dependência dos respetivos órgãos):
são unidades funcionais meramente internas
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A privatização e a organização administrativa:

 A função administrativa, embora continue a


ser exercida essencialmente por pessoas
coletivas de direito público, é também, com
cada vez maior relevo, levada a cabo por
pessoas coletivas de direito privado que se
encontram sujeitas a regimes especiais de
direito público

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 Tradicionalmente: Administração pública constituída


apenas por pessoas coletivas públicas integralmente
submetidas a um regime de direito administrativo
 Actualmente: o exercício da função administrativa
encontra-se também atribuído:
 a pessoas coletivas, que embora de criação e/ou
controlo públicos, se revestem de forma jurídico-privada
(sociedades anónimas)
 a pessoas coletivas puramente privadas (associações e
fundações),

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 O fenómeno de exercício da função materialmente


administrativa por privados não pode deixar de se
traduzir num alargamento da administração pública
em sentido orgânico.

 No entanto, e apesar disto, continua a ser possível


identificar um núcleo essencial da organização
administrativa constituída por pessoas coletivas de
direito público (e pelos seus órgãos). É sobre este
núcleo essencial que a nossa atenção, para já,
incidirá.

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 Tendência atual para restringir a


existência destas entidades privadas
(v.g. cfr. artigo 57.º Lei n.º 24/2012: Lei
quadro das Fundações)
.

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1. Pessoas coletivas públicas

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Critério de reconhecimento

 Pessoas coletivas criadas por iniciativa


pública, para assegurar a prossecução
necessária de interesses públicos e, por
isso, dotadas, em nome próprio de
prerrogativas de autoridade, isto é,
exorbitantes do direito privado (poderes
e deveres públicos).

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Tipos

 Pessoas coletivas originárias (as territoriais) e


pessoas coletivas derivadas (criadas e
reconhecidas por outras)

 Pessoas coletivas por natureza (as territoriais)


e pessoas coletivas por determinação da lei

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 Estado e demais entidades coletivas territoriais


(entidades públicas primárias/originárias ou por
natureza),
 as entidades como tal qualificadas pela lei
(entidades públicas por força da lei)
 entidades criadas pelo Estado ou por outras
pessoas coletivas públicas, desde que não sejam
qualificadas pela lei como privadas e desde que
compartilhem dos predicados de personalidade
pública (prerrogativas de direito público,
nomeadamente poderes de autoridade).
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Pessoas coletivas públicas

• Estado
• Regiões autónomas
• Autarquias locais (freguesias e municípios)

• Institutos públicos

• Entidades públicas empresariais

• Associações públicas e outras corporações públicas

• Entidades administrativas independentes

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Espécies de pessoas coletivas públicas

• Estado versus entes públicos menores

• Entes públicos territoriais e entes públicos funcionais

• Entes públicos dependentes e entes públicos não dependentes

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 Pessoas coletivas de população e território


(Estado, regiões autónomas e autarquias locais)

 Entes institucionais (institutos e empresas)

 Entes corporativos ou associativos (corporações


territoriais, consórcios públicos e associações
públicas)

 Entes hibridos (corporações para institucionais e


institutos para corporativos

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2. Órgãos

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 Órgãos:
 centros institucionalizados titulares de poderes
e deveres para efeitos da prática de atos
jurídicos imputáveis à pessoa coletiva (n.º 1 do
futuro artigo 20.º do CPA)
 Figuras organizatória (institucionais) dotadas
de poderes (consultivos, decisórios ou de
fiscalização) capazes de preparar, declarar ou
controlar as manifestações de vontade — isto
é, os actos jurídicos — imputáveis ao ente.

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Tipos de órgãos

 Órgãos colegiais e órgãos singulares

 Órgãos centrais e órgãos locais

 Órgãos representativos e órgãos não representativos

 Órgãos ativos (decisórios ou deliberativos), consultivos


e de controlo

 Permanentes e temporários;

 Simples e complexos

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3. Outros elementos

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— Titular ou membro: pessoa física que representa o


órgão ou a qualidade que exprime a ligação de um
indivíduo, singularmente ou em colégio, a um órgão . A
investidura é o vínculo que o liga ao órgão e que o
permite representa-lo

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— Trabalhador da Administração pública: são


indivíduos com uma relação especial de serviço com
os entes administrativos e que desenvolvem, sob a
direção dos titulares dos órgãos, a atividade dos
serviços (desempenham tarefas materiais de exercício
ou contribuem para a preparação, conhecimento e
execução dos atos jurídicos).

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B. Aspectos funcionais

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 Atribuições: fins ou interesses que a lei


incumbe as pessoas colectivas públicas de
prosseguir e realizar.
 Pessoas coletivas de fins múltiplos
 Pessoas coletivas de fins especializados

 Competências: conjunto de poderes


funcionais que a lei confere aos órgãos para a
prossecução das atribuições das pessoas
colectivas públicas (artigo 36.º e ss do CPA)

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 Qualquer órgão, ao agir, conhece e encontra pela


frente uma dupla limitação:
 está limitado pela sua própria competência – não
pode invadir a esfera de competências dos outros
órgãos da mesma pessoa coletiva;
 está também limitado pelas atribuições da pessoa
coletiva em cujo nome atua – não pode praticar
atos sobre a matéria estranha às atribuições da
pessoa coletiva a que pertence.

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 O caso especial dos ministérios


 Em geral os órgãos têm competências diferentes
para prosseguir as mesmas atribuições (da pessoa
coletiva pública a que pertencem)
 No Estado os vários Ministros têm competências
idênticas para prosseguirem atribuições diferentes.

 O relevo da distinção: violação das


atribuições e violação das competências

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Competências

 Artigo 36.º: funcionalidade e legalidade ou ordem


pública, com as consequentes imodificabilidade,
irrenunciabilidade e inalienabilidade
 Critérios de repartição - em razão da matéria, da
hierarquia e do território.
 Tipos de competências
 Competências explicitas e competências implícitas
 Competências próprias e competências delegadas
 Competências separadas e exclusivas
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 Atribuições

 Competências

 Legitimação: qualificação específica do órgãos


para exercer a sua competência na situação
concreta

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Factores de legitimação

— investidura do titular do órgão: acto de


transformação de um indivíduo ou indivíduos em
titulares do órgão ou em agentes da pessoa colectiva
— casos de impedimento (artigo 69.º CPA)

— o quorum (Artigo 29.º do CPA)

— decurso de um determinado lapso temporal

— autorização para agir

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Conceitos

Pessoas colectivas de direito público

Órgãos e respetivos serviços

Titulares de órgãos

Trabalhadores da Administração pública

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Pessoas colectivas públicas


Atribuições

Ministérios

Competências Órgãos

Órgãos

Legitimação Agentes (funcionários)

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Complexidade da máquina administrativa: a


unidade administrativa em conflito com as
tendências de pluralização e societarização
— uma máquina complexa, composta por
entes públicos que se agrupam em sectores
fundamentais (administrações públicas)

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