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Discricionariedade
Administrativa
1
Fernanda Paula Oliveira
Considerações introdutórias
Actividade administrativa
Discricionaridade
Fundamento do poder
discricionário
Fundamento do poder
discricionário
Razões da atribuição de
poderes discricionários
Técnicas de
concessão de
poderes
discricionários
Norma
A - As indeterminações estruturais
※ A. Normas programadas de forma condicional
Vinculação
‣ Se X deve Y
‣ Indica os objectivos
‣ Indica os fins
‣ Deixa à Administração a escolha dos meios
B- As indeterminações conceituais
Conceitos:
‣ Interesse público
‣ Utilidade pública
‣ Bem comum
‣ Equilíbrio da sociedade
‣ Conveniência de serviço
‣ Solução adequada
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Zona de incerteza
Zona de certeza
negativa Zona de certeza positiva
Posição
tradicional em
Portugal
Criticas à posição
tradicional
Posição adotada
quando ao
Âmbito do poder
discricionário
Em suma
Um poder jurídico
Controlo judicial
O exercício de poderes discricionários é
suscetível de fiscalização pelo juiz.
até onde podem ir os tribunais administrativos
quando estão em causa os poderes
discricionários da Administração?
Controlo externo
Controlo dos aspetos vinculados
Anulação pelo tribunal se a administração atua fora
das atribuições, em violação das competências dos
órgãos ou sem legitimação;
O desvio de poder subjetivo: se se demonstrar que a
Administração se serviu dos poderes discricionários
para prosseguir interesses (públicos ou privados)
diferentes daqueles que a lei tinha em vista ao
conceder-lhe tal competência discricionária
Controlo interno
Na zona de discricionariedade o parâmetro
de controlo não pode agora ser a lei, que é
deliberadamente lacunosa:
Controlo dos princípios jurídicos que devem
nortear a Administração,
Para evitar a “dupla administração” pelos tribunais
só a violação ostensiva ou intolerável destes
princípios (desvio de poder objetivo)
Controlo interno
Erro de facto, se a Administração baseou a sua decisão em
factos inexistentes ou falseados
Erro manifesto de apreciação, quando se torna evidente
que a Administração avaliou ou qualificou mal a realidade
(está aqui em causa um “juízo valorativo”), embora se tenha
baseado em factos verdadeiros, correspondentes à realidade.
Anulação quando o tribunal verifique que a avaliação feita
pela Administração é manifestamente desacertada e
inaceitável, quando o erro é ostensivo e notório, percetível
a uma pessoa sem os conhecimentos da Administração
(campo de eleição é o do preenchimento de conceitos
indeterminados típicos).
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Controlo interno
Fiscalização mas não reexame (o controlo é atenuado)
Mas a necessidade de se reconhecer um poder
acrescido de controlo judicial (dever de reexame) em
determinadas situações, por exemplo a necessidade
de uma proteção plena dos particulares e dos seus
direitos (especialmente dos direitos, liberdades e
garantias).
Nestes, como noutros casos similares, deve reservar-
se a última palavra ao juiz
Obrigatoriedade de fundamentação
Obrigatoriedade de fundamentação