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COLÉGIO MODERNO

Biologia e Geologia

Estudo e comparação de duas folhas

Autores:

Madalena Martins, nº 2502

Madalena Nazaré, nº 17129

Patrícia Rosa, nº 13164

Dezembro, 2017
Índice

Introdução…………………………………………………………………………………………… 3

Objetivo…………………………………………………………………………………………... 4

Protocolo Experimental ………………………………………………………………………. 5

Material…………………………………………………………………………………….….… 5

Procedimento……………………………………………………….…….……………..…… 5

Resultados…………………………………………………………………………………………… 6

Discussão…………………………………………………………………………………………….. 7

Conclusão……………………………………………………………………………………………. 8

Bibliografia………………………………………………………………………………………….. 8
Introdução
As plantas são organismos do reino vegetal, ou seja, são seres eucariontes multicelulares
com elevada diferenciação e autotróficos sintéticos.

Existem dois grupos de plantas: as briófitas e as traqueófitas. As plantas briófitas, como


por exemplo o musgo, são plantas de pequeno porte e que não possuem vasos
condutores, sendo por isso avasculares. As plantas traqueófitas possuem órgãos bem
diferenciados e, ao contrário das plantas briófitas, possuem vasos condutores de seiva,
sendo por isso vasculares.

A elevada diferenciação das plantas traqueófitas traduz-se na existência de órgãos,


como as raízes, órgãos de fixação e absorção de água e sais minerais essenciais à planta;
os caules, órgãos que conferem sustentação à planta e garantem a circulação de seiva
por todo o organismo, e as folhas, órgãos fotossintéticos que captam dióxido de carbono
presente na atmosfera e, consequentemente, através do processo da transpiração,
libertam água e oxigénio para o meio exterior. Como plantas vasculares que são,
apresentam vasos condutores de seiva que podem ser de dois tipos: os vasos xilémicos
ou os vasos floémicos.

O xilema é um conjunto de vasos condutores que conduzem seiva bruta, constituída por
água e sais minerais desde a raiz, passando pelo caule, até às folhas. É um tecido
constituído por células – elementos condutores – de paredes espessas sem conteúdo
citoplasmático organizadas de maneira a formarem um canal. Os elementos condutores
podem ser de dois tipos: elementos dos vasos ou tracoides.

Já o floema é um conjunto de vasos condutores que conduzem seiva elaborada,


constituída por água e compostos orgânicos, desde as folhas até aos órgãos
consumidores e de armazenamento. É um tecido constituído por células desprovidas de
organelos – células do tubo crivoso – que se ligam entre si, cujas paredes de contacto
possuem diversos orifícios formando as placas crivosas. Uma vez que não possuem
organelos, têm a necessidade de se associar a células de companhia apresentando
estruturas necessárias à atividade metabólica de ambas.
Nas plantas traqueófitas incluem-se as filicíneas, as gimnospérmicas e as
angiospérmicas. As filicíneas, como por exemplo os fetos, possuem esporos. As
gimnospérmicas, tal como as angiospérmicas, reproduzem-se através de sementes. No
entanto, os meios de reprodução entre as duas últimas são distintos. No caso das
gimnospérmicas, as sementes propagam-se através de espinhas, enquanto que, nas
angiospérmicas, este processo dá-se através dos frutos.

As plantas são seres terrestres, tendo resultado da evolução de algas ancestrais. Para
colonizar o meio terrestre, necessitaram de adquirir certas características que
permitissem a sua sobrevivência, tais como a capacidade de resistir à desidratação –
através de estomas e cutícula –, a capacidade de fixação no solo e de condução de seiva
através do organismo – aquisição de raízes e tecidos vasculares – e a capacidade de
sustentação gravítica – através de estruturas de suporte.

As plantas, tal como as algas e as cianobactérias, são seres fotossintéticos, o que significa
que produzem o seu próprio alimento na presença de luz. Para tal, possuem pigmentos
como a clorofila. Nas cianobactérias, estes pigmentos estão presentes no citoplasma,
uma vez que estas são seres procariontes enquanto que, nas algas e plantas estão
contidos em organelos bem definidos, os cloroplastos, os quais nas plantas estão
predominantemente presentes nas folhas. Como tal, estes órgãos vegetais tem
características próprias que lhes conferem uma grande eficácia. Na figura seguinte
observa-se a estrutura interna de uma folha.

Objetivo
Neste trabalho tivemos por objetivo estudar a folha, nomeadamente a sua estrutura
externa e identificar estomas e pigmentos fotossintéticos por observação da estrutura
interna.
Protocolo Experimental
Material Material Biológico
- M.O.C. - Tradescantia fluminensis
- Lupa
- Urtica
- Lâminas e Lamelas
- Pinça Metálica
- Tesoura
- Caixas de Petri
- Água Destilada
- Almofariz
- Álcool Etílico
- Funil
- Papel de Filtro

Procedimento
Observação à lupa e comparação de duas folhas
1. Colocar na caixa de petri uma folha da planta Tradescantia fluminensis;
2. Colocar a caixa de petri à lupa e observar;
3. Numa outra caixa de petri, colocar uma folha de Urtica;
4. Colocar a amostra à lupa e observar;
5. Após a análise dos resultados obtidos, comparar ambas as espécies.

Observação ao M.O.C. de estomas da Tradescantia fluminensis

1. Retirar, com o auxílio da pinça metálica, uma fina película da epiderme da folha
de Tradescantia fluminensis;
2. Colocar uma gota de água destilada sobre a lâmina;
3. Aplicar a película extraída da folha sobre a água;
4. Colocar a lamela sobre a preparação;
5. Colocar a preparação final no M.O.C, focar e observar com uma ampliação de
400x.

Extração e observação de pigmentos fotossintéticos da Urtica

1. Com o auxílio da tesoura e da pinça metálica, cortar as folhas da Urtica;


2. Colocar as folhas cortadas dentro do almofariz;
3. Esmagar as folhas para romper paredes celulares e libertar pigmentos;
4. Adicionar álcool etílico para que os pigmentos se dissolvam;
5. Com a ajuda do funil e do papel de filtro, filtrar a preparação para obter um
líquido sem substâncias sólidas;
6. Transferir o líquido para a caixa de petri;
7. Aplicar um pedaço de papel de filtro sobre a preparação;
8. Aguardar que o papel absorva a solução e observar resultados.
Resultados
Observação à lupa e comparação de duas folhas
1) Tradescantia fluminensis 2) Urtica
Amp. 20x Amp. 20x

Observa-se que as duas folhas têm uma estrutura geral semelhante, mas também se
observam algumas diferenças (forma das nervuras, formas das margens, etc).

Observação ao M.O.C. de estomas da Tradescantia fluminensis


Amp. 400x

Observa-se que a epiderme da folha apresenta dois tipos de células, as epidérmicas e as


estomáticas. Estas últimas têm a forma de dois feijões com uma estrutura entre eles, o
ostíolo.

Extração e observação de pigmentos fotossintéticos da Urtica

Observa-se que as folhas possuem diferentes tipos de pigmentos fotossintéticos, as


clorofilas (a verde) e as xantofilas (a amarelo).
Discussão
A observação à lupa dos dois tipos de folha permitiu reconhecer algumas semelhanças
entre elas, como por exemplo, a sua estrutura geral. Ambas possuem margem e
nervuras (vasos condutores). Porém, apresentam algumas diferenças, nomeadamente,
a forma da margem e das nervuras.

Relativamente à folha da planta Tradescantia fluminensis, foi possível observar a


presença de espinhos ao longo da sua margem serrilhada, bem como a existência de
sulcos na página superior da folha, os vasos condutores (nervuras) que se dispõem
paralelamente.

No caso da folha da planta de Urtica, observou-se não só a presença de espinhos na sua


margem serrilhada, como também na sua página superior. Tal como a planta
Tradescantia fluminensis, a Urtica também possui vasos condutores visíveis na sua
página superior e que se dispõem, neste caso, em rede.

Através da sua observação ao MOC, concluiu-se que ambas as folhas possuem estomas
na sua epiderme, rodeados por células epidérmicas, que são constituídos por duas
células estomáticas e pelo ostíolo.

Os estomas são estruturas responsáveis pelas trocas gasosas com a atmosfera,


necessárias à realização da fotossíntese e pela consequente transpiração foliar. Para
isto, as células estomáticas têm a capacidade de abrir e fechar consoante a necessidade
de obtenção de dióxido de carbono por parte da planta. Quando sujeitas à pressão
osmótica, provocada pela entrada de iões K (potássio) por transporte ativo, as células
estomáticas ficam túrgidas e o estoma abre, permitindo a entrada de dióxido de carbono
e libertando a água presente entre as células fotossintéticas da folha.

Na última experiência realizada, concluiu-se que as folhas da planta Urtica possuem


diferentes tipos de pigmentos fotossintéticos: as clorofilas e as xantofilas. Apesar de
estas últimas apresentarem uma cor amarelada, as folhas da planta possuem cor verde
devido à predominância da clorofila (pigmento de cor verde).
Conclusão
Na primeira observação à lupa, concluiu-se que as folhas da Tradescantia fluminensis e
da Urtica apresentam semelhanças ao nível da estrutura geral, uma vez que ambas
possuem margem serrilhada e vasos condutores, mas também apresentam diferenças
na forma da margem e nervuras.

Na segunda observação ao MOC, observaram-se pequenas aberturas na epiderme da


folha de Tradescantia fluminensis, os estomas, que são constituídos por duas células
estomáticas (=células guarda) e um ostíolo por onde ocorrem as trocas gasosas
necessárias à fotossíntese.

Na terceira e última experiência, foi possível observar que a folha de Urtica apresenta
dois tipos de pigmentos: a clorofila (de cor verde) e a xantofila (de cor amarela). Uma
vez que é o pigmento mais abundante na folha, a clorofila é que confere à planta a sua
cor natural, a cor verde.

Pode concluir-se que todas as experiências foram bem-sucedidas por se terem atingido
os resultados esperados.

Bibliografia
Matias, O.; Martins, P.; (2016). Biologia e Geologia-10. Areal Editores.

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