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941
04 janeiro 2018
Ano 15
quinta-feira
e 0.70 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário
Primeiro bebé
ENTREVISTA
«Os municípios Pedro veio ao mundo
mais para dentro na maternidade do
do território
têm dificuldades
do ano na região Hospital Sousa Mar-
tins passava um mi-
acrescidas»
António Robalo inicia o seu tercei-
nasceu na nuto da meia-noite do
primeiro dia de 2018.
Guarda
No Centro Hospitalar
ro e último mandato na presidên-
cia da Câmara do Sabugal e quer da Cova da Beira, na
implementar o Plano Estratégico Covilhã, o primeiro
“Sabugal 20/25”. ________ 2 e 3 bebé do ano nasceu no
dia 2 Pág.5
GUARDA
VMER esteve parada
na terça-feira por
falta de médico ______ 5
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2• • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018
CARA
ENTREVISTA António Robalo, presidente
navalha
A
CARA da Câmara do Sabugal
P E R F I L
m custo
António Robalo
como o Sabugal»
ao longo deste ano. Na altura, porque era R – É difícil fazer obra nesse do- sítio um dia destes. Se tivéssemos isto
necessário indicar um organismo que mínio, uma vez que não há dinheiro resolvido tínhamos aí outro mundo no
fosse o “motor” da dinamização da Carta, para as estradas, mas espero bem que a interior do país.
indicámos a associação Territórios do Côa. reprogramação do quadro comunitário Tem saudades de dar aulas de Física e
É esta entidade que gere e acompanha o prevista para final de 2018 possa mudar P – Como explica que o Sabugal Matemática e regressar à docência pode ser
cumprimento da Carta Europeia de Tu- alguma coisa. No tempo em que erámos seja o único concelho da região Centro uma opção de António Robalo, de 60 anos,
rismo Sustentável. Isso não significa que ricos houve aquela tentativa de fazer sem um único investimento aprovado quando terminar o seu terceiro e último man-
cada um dos parceiros não vá, de forma uma ligação direta à A23, com uma in- no Plano Operacional Regional POR dato na presidência da Câmara do Sabugal.
autónoma, aos fundos comunitários. Este tervenção enorme dos militares, mas o Centro? Mas aquilo que o autarca mais gostaria
ano, candidatamo-nos às linhas de apoio projeto parou quando todos entendemos R – É o resultado da dinâmica em- de fazer após deixar o município é trabalhar na
do Turismo de Portugal e uma das nossas que não havia 15 ou 20 milhões de euros presarial que não há. O empresário que área tecnológica. «Não sei ainda como, logo
mais-valias é precisamente termos esse para concretizar o projeto. O anterior Go- investiu no Soito apresentou um projeto se verá, mas rapidamente me reconverto»,
selo da Carta Europeia de Turismo Sus- verno incluiu a estrada Sabugal-Guarda de equipamento de máquinas e que foi garante o eleito social-democrata que chegou
à cadeira maior da autarquia em 2009 após
tentável e não irmos isolados. Ainda agora nas prioridades do plano das infraes- chumbado. Não sei o porquê, o que devia
vários mandatos como vereador. Filho de emi-
vimos aprovados dois projetos, um para truturas de proximidade no distrito. A haver era uma majoração para os inves-
grantes em França, António Robalo estudou
Penamacor, outro para o Sabugal, de portas obra devia estar concluída em 2016… timentos no interior. Vejo o país a três
na Guarda e em Coimbra, onde se formou em
de entrada no concelho para o turismo. E Um ano antes estavam a fazer o projeto níveis: litoral, interior e raia, sendo que Engenharia Eletrotécnica e Telecomunicações.
estamos a desenvolver outros projetos, e havia 2 milhões de euros para gastar neste momento a fronteira está na Guarda. Fez o serviço militar, estagiou em França em
nomeadamente para o turismo ciclável. No nessa estrada, o que era pouco. Era uma Quem está mais para dentro do território televigilância e robótica e decidiu regressar
nosso caso, o turismo é dinamizado pela es- melhoria no acesso à A25 e à A23, mas tem dificuldades acrescidas. O Sabugal não ao Sabugal com «uma vontade enorme de
trutura de missão “Sabugal Mais Atrativo”. mais do que essa ligação o que nos mata é interior, é raia, e gostava um dia de ver os desenvolver o concelho e de fazer coisas na
são as portagens. Tenho receio que esse governos espanhol e português acordarem região». Foi professor no Externato do Soito
P – O concelho tem apostado nos seja um assunto esquecido, que todos se a criação de uma espécie de zona franca e presidente da Junta de Freguesia da sua
sabugalenses da diáspora e que hoje po- acomodem, porque esta não é uma ques- económica desde Valença a Vila Real de terra natal, a Ruvina, entre 1985 e 1993. Ali
dem regressar e fazer parte de uma eco- tão menor. Há um empresário que está Santo António com 50 quilómetros para continua a residir. «Sou um raiano muito ligado
nomia social cada vez mais dinâmica. a investir no Soito, onde já criou cerca cada lado da fronteira e terem medidas à minha terra, uma aldeia que não tem mais de
R – Temos essa preocupação e senti- de 50 postos de trabalho, cuja atividade concretas de intervenção no território. Mas cem habitantes, e ao meu concelho», sublinha.
mos, no âmbito da rede “Sabugal Primus”, principal está na zona de Esmoriz e Ovar enquanto continuarmos a dizer que somos Nessa altura António Robalo já andava
cujo objetivo é juntar esta gente da diás- e exporta 90 por cento da sua produção. todos interior… na política, passando pela Assembleia Muni-
pora, que uma das formas de procurar O maior óbice que tem para aumentar o cipal e integrando os executivos camarários
transpor investimento e mais-valia para investimento no Soito são os camiões a P – Como está a situação �inanceira de António Morgado e Manuel Rito. «Nunca
pensei nem fiz estratégia para ser vereador e
o concelho é precisamente através dos circular na A25 porque o material tem da Câmara do Sabugal?
presidente da Câmara e nunca farei qualquer
investidores da diáspora. Portanto, no que vir para cá para ser montado e voltar R – Está equilibrada, temos tudo em
estratégia para outros lugares políticos»,
âmbito de um regulamento que temos e para a casa-mãe. É um custo que está a dia, pagamos rápido, ou seja, a nove ou
acrescenta, dizendo não ter qualquer pre-
de uma estrutura que vamos dinamizar, o sufocar a empresa e concelhos como o dez dias. Temos equilíbrio financeiro e tensão ao cargo de deputado na Assembleia
“Sabugal Investe”, vamos criar um conjun- nosso. capacidade para contrair empréstimos. O da República. «É um cargo que não valorizo
to de iniciativas para esses investidores. Orçamento para 2018, de 19,7 milhões de particularmente porque o nosso sistema
P – O que pode ser feito para cha- euros, foi votado por unanimidade na Câ- não permite que os deputados possam fazer
P – Houve dois fóruns em Lisboa e mar a atenção para este problema? mara e já disse que tencionava desenvolver alguma coisa pelos seus territórios», justifica
Paris. Há resultados concretos dessas R – É uma barreira, uma fronteira, os projetos contratualizadas no âmbito da o presidente da Assembleia Distrital do PSD.
ações? que as pessoas não estão a ver. Quando CIM, do Turismo de Portugal, dos Proveres O também mandatário distrital da candidatura
R – Não em termos de investimento se fala nos incêndios, em revitalizar o Aldeias Históricas, Termalismo e By Nature. de Rui Rio à liderança do partido prefere o
direto ou de criação de emprego, mas interior, a medida prioritária – é verdade sistema francês do député-maire, em que o
sim quanto a trazer os sabugalenses para que estivemos muitos anos sem porta- P – Como está o projeto do Museu presidente da Câmara é também deputado e
discutir o seu concelho, a sua terra, e para gens e também fomos perdendo gente da Emigração? contribui «mais para o melhor funcionamento
desenvolver alguns projetos. Por exem- – era acabar com as portagens porque os R – É um projeto importante que do país porque sabe exatamente quais as
plo, todo o trabalho cultural que tem sido tempos são diferentes e há uma vontade gostaria de concretizar até ao final do questões que necessita colocar na Assembleia
desenvolvido na Bendada resulta muito de equilíbrio. Se não houver isso não há mandato, até pela minha condição de fi- da República pela sua região».
da intervenção da banda filarmónica, hipótese. lho de emigrantes. Mas não é fácil porque O edil raiano diz ser um «homem reser-
vado» e revela que começou a beber álcool
das pessoas da aldeia, mas também da há vários municípios interessados nesta
aos 40 anos na sua primeira campanha eleito-
ação direta de alguns bendadenses que P - O que é que um autarca pode temática e o Ministério da Cultura e a
ral. «Foi quase por obrigação», recorda agora,
já não residem ali e apareceram nesses fazer para conseguir que o Governo Secretaria de Estado das Comunidades
sublinhando que hoje aprecia um bom vinho.
fóruns e apoiaram esses eventos. Mas altere este cenário? ainda não tomaram posição. Nós temos Como raiano que se preza, gosta também de
há um conjunto de ideias e situações R – Os autarcas, todos em uníssono, um “draft” excelente e um local para capeias, do convívio e dos bons produtos da
que foram referidas por alguns dos par- deveriam ser mais reivindicativos, mas desenvolver o Museu das Migrações, do gastronomia sabugalense. Já da sua ligação
ticipantes que não conseguimos ainda temo que os meus colegas estejam já Contrabando e das Relações de Fronteira, à emigração e a França herdou a paixão pelo
sintonizar com a sua vontade. No futuro preocupados com outras coisas. Mas que é a escola EB 1 do Sabugal que ficará ciclismo, ao ponto de ir ver ao vivo etapas do
poderemos abordar estas questões no eu estou porque quando falamos em livre no próximo ano letivo. Temos tido Tour e do Campeonato do Mundo, e pelo ru-
Gabinete de Apoio ao Emigrante, que vai dinamizar o interior há três coisas algumas negociações com a Secretaria de gby. «Gosto também de corridas de cavalos»,
ter uma nova valência de apoio ao inves- que me preocupam: as portagens, as Estado, com a Assembleia da República e acrescenta. O autarca diz-se um acérrimo
tidor da diáspora. A secretaria de Estado ligações móveis e outras e o mundo algumas personalidades da vida política defensor da identidade rural das terras raianas
das Comunidades está a dinamizar esse rural. Por exemplo, todos sabemos que portuguesa que me apoiam nesta iniciati- e não acredita no desaparecimento de aldeias
projeto e o município do Sabugal assinará enquanto não houver um cadastro das va. Na eventualidade de não podermos fa- como a Ruvina. «O que vejo hoje é que muitos
brevemente esse protocolo. propriedades rurais não se poderá fazer zer a obra com apoios do Estado teremos emigrantes regressam e ficam agora mais tem-
a reforma da floresta nem da agricultu- que avançar com um empréstimo para a po durante o ano. Essa nossa emigração tem que
P – Está satisfeito com as acessibi- ra. Falta também um plano de gestão da realizar porque é um projeto de tal forma ser muito acarinhada porque traz vitalidade às
lidades ao concelho? O que tem sido água porque o que aconteceu este ano interessante para o Sabugal em termos de aldeias e faz investimentos, com casas recupe-
radas e aquecidas», considera António Robalo.
feito nessa área? em Viseu vai voltar a acontecer noutro atratividade que tem que arrancar.
4• • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018
2
a Coficab. Há histórico na fabricação desses produtos, res, que são uma espécie de última barreira ao acentuar Convidámos algumas personalidades da região para refle-
mão-de-obra com experiência, infraestruturas instala- do despovoamento. Espera-se que o poder central tenha tirem sobre o que não desejamos para o novo ano e para
das, boa localização (relativamente longe dos terminais noção disso e que perceba o estado de quase catástrofe, anteciparem um pouco do que esperam de 2018. Muito para
de contentores, mas na confluência de autoestradas e demográfica e económica, em que se encontra o interior. além dos clichés habituais, publicamos nestas primeiras semanas
linhas de caminho-de-ferro). Talvez por tudo isso, há Há urgência de medidas de discriminação positiva, como do ano ensaios e opiniões sobre as expetativas de pessoas que
notícia de investimentos próximos: quer a Sodecia, quer impostos mais baixos para quem crie postos de trabalho vivem intensamente a vida da região. São contributos relevantes
a Coficab, estão prontas a contratar mais trabalhadores na região, eliminação ou redução das portagens, deslo- e que agradecemos porque só com a participação de muitos
e a aumentar as instalações. Assim, a manterem-se as calização para cá de serviços ou organismos do Estado. poderemos ter uma sociedade civicamente mais evoluída e cul-
atuais circunstâncias da indústria automóvel e a continuar Para já, no Orçamento Geral do Estado para 2018 há turalmente mais rica. Votos de um Próspero Ano Novo a todos
a região a fornecer boas condições, parece haver algum uma boa notícia para a Câmara Municipal da Guarda: a os leitores, clientes e colaboradores.
otimismo para o futuro. possibilidade da dívida da água ser paga em 25 anos.
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EmFoco Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • •5
Ana Eugénia Inácio recordam os pais. Depois de uma o pai, como a mãe, são ali enfer-
gravidez mais longa do que o espe- meiros. Maria José Lucas trabalha
rado, «correu tudo bem», contam mesmo na Pediatria e por isso
Passava um minuto da meia- os pais babados. Pedro nasceu de Pedro «nasceu entre conhecidos, Francisco foi o primeiro bebé de 2018 no CHCB
noite quando nasceu o primeiro parto normal, com 3,575 quilos, e rodeado dos “tios”», brinca a pro-
Na Covilhã, no Centro Hospitalar da Cova da Beira, o bebé
bebé do ano no Hospital Sousa é o primeiro filho do jovem casal, genitora. O primeiro bebé a nascer
do ano não foi tão folião e só chegou às 16h57 do dia 2. Marina
Martins, na Guarda. Estava pre- natural da Guarda. «É uma experi- na Guarda em 2018 não passou
Bento e Samuel Felgueiras, casal residente no Fundão, são os
visto que Pedro chegasse no dia ência já há muito aguarda», admite indiferente e logo no primeiro dia
pais de Francisco, que nasceu com 3,540 quilos e 51 centímetros.
de Natal, mas «não quis», conta a o pai. Filipe Soares não esconde a recebeu a visita do presidente da
Ao longo deste último ano nasceram na Guarda 558 bebés,
mãe, Maria José Lucas. O menino alegria de ser um menino, no que Câmara, Álvaro Amaro, que ofe-
menos 20 em relação a 2016, e na Covilhã houve 553 nascimentos,
fez-se esperar, só quis vir ao mun- diz ser «um desejo concretizado». receu uma miniatura do “Anjo da
mais 16 que no ano transato. Segundo a previsão da UNICEF, só
do às 41 semanas e a festa foi de À sua espera tem já as primas, pois Guarda” e um enxoval, onde não
no dia 1 poderiam nascer em todo o país 213 bebés. Dados da
arromba, nasceu com o novo ano. Pedro é o primeiro rapaz entre as falta um gorro para enfrentar o
instituição apontam que «uma criança nascida em Portugal em
Partos destes não se fazem meninas da família. frio da cidade mais alta. Também
janeiro de 2018 viverá provavelmente até ao ano 2100, enquanto
todos os anos e no momento esta- Embora o dia do seu ani- o Conselho de Administração da
uma criança nascida na Somália terá uma esperança média de
va toda a equipa de Obstetrícia da versário seja de folia, Pedro tem ULS, através da diretora do Serviço
vida de apenas 57 anos». Uma realidade para «perto de metade
maternidade da Guarda preocu- sido um bebé tranquilo, afinal os de Obstetrícia, Cremilde Sousa,
das crianças nascidas este ano” diz Beatriz Imperatori, diretora
pada com o bebé, «mas depois foi corredores do hospital da Guarda ofereceu uma moldura em prata
executiva da UNICEF Portugal.
uma festa, toda gente celebrou», não lhe são desconhecidos. Tanto para recordar o momento.
Luis Martins Câmaras da região nas festas. ros, mais IVA. Com o evento
Mas a 2 de janeiro nem todas “Cidade Natal”, a Guarda foi o
232.550 euros
foi quanto
gastou a
“Pinhel de Natal”
Câmara da
Guarda na
o Natal ficaram-se pelos 28.500 “Cidade Natal”
euros pelo aluguer do carrossel
(13.500 euros) e a ornamen-
tação natalícia da cidade (15
mil euros). Já em Belmonte só
termina no sábado
a iluminação custou aos cofres Entre 1 de dezembro e zona envolvente ao edifício da
do município 35 mil euros. Mais 6 de janeiro, Pinhel viveu ao Câmara Municipal. Já no dia 15
contida nos gastos, a Câmara de ritmo da alegria natalícia com chegou o Pai Natal e teve lugar
Aguiar da Beira pagou 20.750 um conjunto de atividades a abertura oficial da “Aldeia
euros pela iluminação da vila que pretenderam celebrar a dos Elfos”, que vai permanecer
e 5.530 euros por almoço de quadra festiva mais aguardada no Jardim 5 de Outubro até
Natal para os idosos do conce- por pequenos e graúdos. ao dia de Natal. O evento foi
lho, o que perfaz um total de A iluminação foi ligada no complementado com um mer-
da região, de acordo com o por- 26.280 euros. Em Trancoso, a primeiro dia de dezembro e cadinho, a Casa do Pai Natal, a
tal Base a 2 de janeiro, foi a do informação disponível refere-se no dia 8 abriram os primeiros Caixinha de Música, a Árvore
Sabugal. Contudo, o município apenas ao aluguer da tenda de atrativos que fizeram as delí- de Natal Mágica, a Disco Kids,
raiano está longe dos anterio- Natal, que também serviu para cias dos mais pequenos: a pista o Selfie Point e espetáculos de
res ao pagar 35.795 euros para a passagem de ano, que ficou de gelo, o carrossel e o presé- música, magia, teatro e vídeo
ter uma pista de gelo (15.495 em 19.750 euros. Finalmente, pio, que ficaram instalados na mapping.
euros) no período das festas, e ao contrário das restantes, a
alugar casinhas de madeira para Câmara de Vila Nova de Foz Côa
a feira de Natal (10.800) e pela optou por gastar mais dinheiro
montagem do maior presépio num almoço com idosos (14.500
natural do país (9.500). euros) do que na iluminação
Na Covilhã, os custos com (9.110 euros). 149.260 euros foi
o custo do evento
“Pinhel de Natal”
14.500 35 mil euros
euros por custou a
almoço de iluminação
Natal com de Natal em
idosos em Belmonte
Vila Nova
de Foz Côa
expetativas
Algumas personalidades da região, de diferentes quadrantes
políticos e profissões, responderam ao desafio de O INTERIOR
e revelam quais são as suas expetativas para 2018 e o que não
gostariam de ver acontecer na região no ano que agora começa.
Nesta edição publicamos os primeiros contributos, mas há mais
para ler nas próximas semanas.
2018 a brilhar mais alto! O que não gostaria que ocorresse em 2018*
Após o inevitável balanço introspetivo que se impõe no findar do Respondendo, uma vez mais, à proposta os poderes da tripla hélice na nossa região, nome-
ano, eis que, entrados em 2018, surgem as esperanças renovadas, os lançada por O INTERIOR sobre expectativas para adamente no que respeita à implementação de uma
desejos mais profundos para a nossa vida pessoal, profissional, para o o ano de 2018, este ano o desafio apresenta-se nova unidade industrial com o apoio e envolvimento
país e para mundo. Deixando de parte os clichés de “Paz no Mundo”, mais difícil, visto que é pedido o que não gostaria da Indústria, da Governação e do Ensino Superior
“Saúde para Todos”, “Amor”, “Dinheiro”…, e admitindo que 2018 não que ocorresse. Mais difícil, porque numa época não fossem obstaculizados; acredito que não, e
é, necessariamente, um recomeço. Antes sim, a continuidade de um em que, de um modo geral, quase todos estamos gostaria de chegar ao final do próximo ano com o
ano 2017 que não foi especialmente, e de uma forma geral, bom para focados no que gostaríamos de ver acontecer, reconhecimento público de um grande Guardense
o nosso país, deixando feridas por sarar e cicatrizes que se hão-de normalmente com uma perspectiva optimista e de que tem contribuído, de forma discreta e abnegada
perpetuar na história das nossas gentes, em que acontecimentos mais esperança no futuro, este exercício nos faz pensar mas decisiva e eficaz, para o desenvolvimento da
positivos não tiveram a supra capacidade de colmatar os negativos, no que pode vir a ocorrer em sentido inverso, nossa região – o Engº. João Cardoso;
mas ainda assim tiveram, certamente, algum que outro efeito balsâ- ou seja numa perspectiva de os acontecimentos - Finalmente, gostaria que as instituições
mico para os amenizar. poderem desenvolver-se num sentido inverso ao da nossa região não sofressem um caminho de
Desde o interior de Portugal, as expectativas para este novo ano que desejamos. retrocesso e inverso ao que têm prosseguido
assumem-se com mais vigor. No entanto, embora assim ultimamente, em que as solu-
Oxalá 2018 traga a atitude, a ação seja, porque ser contra-corrente ções não considerassem a via
e o “radicalismo” tão necessários nesta altura do ano é uma tarefa da competência e a existência
para unir esforços e despertar inesperada, é também desafia- de massa crítica que possuem,
para medidas efetivamente ca- dora. Pelo menos assim o en- optando por soluções de via
pazes de contrariar, no tempo e tendi, pelo que passo a enunciar única, desadequada e anacró-
no espaço, as tendências e os algumas das coisas que gostaria nica.
problemas estruturais do país, que não ocorressem no próximo Acabo, dentro do espírito da
que recaem dolorosamente sobre ano: época, a desejar um bom ano a
a nossa região. - A continuidade de imple- todos os leitores de O INTERIOR,
Ao nível da gestão do espaço mentação de políticas nacionais assim como a confiar na não
regional é de todo importante que só olham para o Interior do concretização dos receios aqui
clamar por uma estratégia de país quando ocorrem tragédias: materializados.
INTELIGÊNCIA coletiva e que Dulcineia Catarina Moura* pelo contrário, gostaria de ver Helena Saraiva** Bom ano!
nela caibam os alicerces de uma definitiva e eficiente cooperação em avançar de modo definitivo uma forma de fazer
prol da coesão territorial. Atendendo à nossa localização geográfica, política que olhasse para o futuro a longo prazo * Título da responsabilidade da redação
porque não orientar os esforços para uma estratégia mais concertada e que entendesse a grande importância que o ** Professora da Escola Superior de
e vigorosa de cooperação ibérica e transfronteiriça? interior do país tem, mesmo e até para o desen- Tecnologia e Gestão do IPG e vice-presidente
Em 2018, que se consolidem os fantásticos resultados do sector volvimento do litoral; do Conselho Técnico Científico da ESTG
do Turismo nacional de 2017, e que o eventual efeito “transbordamen- - A nível local, gostaria que os planos comu- *** A autora escreve de acordo com a antiga
to” de turistas e visitantes de Lisboa, Porto e Algarve seja encaminhado nicados relativos à existência de uma aliança entre ortografia
para o nosso território, impregnado de alma, de história e de um
imenso património, onde o Ano Europeu para o Património Cultural
pode aqui encontrar o melhor palco para o nosso país brilhar.
Conforta-me acreditar que os 365 dias de 2018 se podem assu-
mir como um fôlego que venha a devolver a justiça, a igualdade e a
2018, um ano de mudanças?
integração de todos os portugueses no projeto de desenvolvimento Expectativas para 2018 O que não gostaria que acontecesse em 2018
de âmbito nacional. Porém, os já propagados aumentos dos bens e 1. Espero que se aposte de uma forma clara
dos impostos, entre outras coisas, estão cá para assombrar qualquer na prevenção dos incêndios e que se melhore a 1. Que a fatura da água no concelho da
expectativa mais confortável. Pois então que 2018 traga doses redobra- capacidade de combate às chamas. Guarda não aumente um cêntimo que seja, pois
das de otimismo para acreditar que o «amanhã será sempre melhor». 2. Espero que haja políticas públicas efe- pagamos um valor quase escandaloso por esse
Entretanto, os acontecimentos à escala mundial reservam-me o tivas relativas ao ordenamento do território, à bem essencial.
direito de renovar as esperanças na Humanidade, nos homens e nas coesão social, com forte investimento público 2. Que o atual modelo da “Guarda Cidade
mulheres, que não deixem que a megalomania parasita, a violência e no interior que promova o emprego e que com- Natal” se mantenha nos moldes atuais. Este
a agressividade mais ácida condenem ou condicionem a vontade do bata o despovoamento cada vez mais visível em modelo de “plástico” está esgotado e espero não
bem imperar sobre o mal. quase dois terços do território voltar a ver no Natal de 2018 a
E não, não quero mesmo que este novo ano seja marcado pelo nacional. Praça Velha transformada num
marasmo, pela inoperância e pela injustiça. 3. Espero que seja um ano local triste e deprimente.
Aproveitando também o adágio de António Machado, que banha com mais crescimento econó- 3. Espero não continuar
de luz os momentos mais sombrios – «Caminhante, não há caminho, mico, melhor emprego, com a ver no meu concelho a
o caminho se faz ao caminhar» –, deixo votos de que em 2018 a um combate sério à precarie- ausência de uma política
Guarda, a mais alta de Portugal, prossiga o seu caminho de afirmação dade laboral. cultural verdadeira que tem
e que este trilho acautele as marcas de uma cidade que renasce a cada 4. Espero que seja um ano sido substituída por eventos
contrariedade, e que brilha alto perante os mais exigentes desafios. em que se consiga renegociar desgarrados sem qualquer
os juros e os prazos da dívida mais valia para a região onde
* Economista portuguesa, para se conseguir vivemos.
sair deste ciclo infernal de 4. Espero que o Instituto
empobrecimento a que temos Politécnico da Guarda não
sido sujeitos. Jorge Mendes* continue no atual rumo (sem
5. Espero que seja o ano uma estratégia clara fazendo
da aprovação da despenalização da morte as- uma “navegação à vista”) sob pena de não ter,
sistida, um tema que urge discutir seriamente a médio prazo, qualquer futuro.
na sociedade portuguesa. 5. Espero que a tragédia dos incêndios que
6. Espero que haja uma real descentraliza- se abateu no nosso país em 2017 nunca mais
ção de serviços do Estado para o interior. seja possível.
7. A nível do concelho da Guarda, espero
que 2018 marque o arranque do importante * Professor do Instituto Politécnico da
www.ointerior.pt
projeto dos “Passadiços do Mondego”. Guarda
10 • • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018
2018: A esperança
pela resistência
Chegada de estudantes
Não poderia reportar-me ao ano que agora começa sem
lembrar que, no transato, passou quase despercebido o facto de
estrangeiros
rejuvenesce região
a humanidade ter sido defraudada – sobretudo para aquela parte
que faz da Utopia um legado, acima de tudo, de sobrevivência
intelectual e humanista – com a perda do filósofo, escritor e
artista plástico John Berger (1926-2017). Evocá-lo é um exer-
cício de combate à desmemória ou a essa provada incapacidade
coletiva de enlutamento face à perda de referenciais humanos
A UBI registou no atual ano letivo o maior número de estudantes
à escala planetária… de sempre – 7.262 alunos, dos quais 1.176 são estrangeiros
Ora, ante um panorama generalizado de populismo político DR
Sara Guterres
que grassa pelas democracias europeias e não só, que se prevê,
desafortunadamente, continuado neste ano de 2018, é mister
reverenciarmo-nos ante o legado de Berger, feito de uma per-
A Universidade da Beira
manente e deliciosa proposta reflexiva acerca do curso da Hu-
Interior (UBI) continua a dar
manidade a partir de cada um
cartas no mundo académico e
de nós: que o mundo tenha
isso reflete-se no número de
coragem de interromper, tenha
alunos que escolhem a instituição
a ousadia de descontinuar, de
de ensino. Nos últimos três anos
renunciar ao descaminho, de
o número de estudantes subiu
resistir, de mudar de paradigma; Instituições de ensino superior da Guarda e Covilhã atraíram milhares
consecutivamente e este ano não
paradigma que fez com que o de estudantes estrangeiros
foi exceção, pelo contrário: a UBI
nosso devir coletivo se tornasse
alcançou o melhor recorde de as instituições geograficamente mação superior numa instituição
demasiado unívoco mercê da
sempre – 7.262 alunos. afastadas do eixo litoral». europeia em franco crescimento
globalização desenfreada que,
Fundada em 1986, a uni- Também no Instituto Politéc- no número de alunos, tanto portu-
se tentou equilibrar as socie-
versidade covilhanense é a mais nico da Guarda (IPG) a fasquia dos gueses como estrangeiros», refere a
dades mundiais, despoletou
jovem do sistema de ensino su- mil estudantes foi ultrapassada e instituição em comunicado.
a mais hedionda das crises:
João Mendes Rosa* perior público e este aumento este ano já chegaram à “cidade mais
fautora da décalage da pobreza
e geradora de uma economia desumanizada e a imparável concer-
de estudantes é «sinal de que a alta” mais de 120 estudantes es- Mais alunos
tação do capital.
qualidade é transversal» a todas trangeiros. «A vinda dos estudantes estrangeiros, mais
as áreas científicas às quais a UBI estrangeiros não é regular, vai ocor- população residente
Assim, sob a égide de Berger, que não nos seja de todo indolor
se dedica em termos de ensino e rendo ao longo do ano conforme a
o estado de pensar sofrida, mas esperançosamente o mundo, o
investigação. Mas a universidade emissão dos vistos», sublinhou o Cerca de 82,3 por cento dos
homem, a economia, a participação cívica, os direitos humanos,
não se destaca apenas a nível presidente do IPG, acrescentando cidadãos estrangeiros residentes
mais do que viver sob a excitação dos paraísos tecnológicos e ceder,
nacional. São cada vez mais os que, «em princípio, utilizaremos a fazem parte da população po-
com golpes teatralizados, a soluções expiatórias: veja-se o que está
estrangeiros que optam por vir totalidade das 130 vagas». tencialmente ativa (166.375 de
a acontecer na Áustria, na Hungria, na Polónia… Não permitamos
estudar para a Covilhã – no ano 327.215 são jovens entre os 20
com o nosso mutismo o advento de uma nova desmemória; não
consintamos observar em silêncio cumpliciado cenas de cargas
passado a fasquia dos mil estu- UBI abre 248 vagas e os 39 anos). A nível nacional,
policiais (novamente) em solo peninsular, nem exercícios belige-
dantes foi ultrapassada e este ano para estudantes o distrito de Castelo Branco foi
frequentam a UBI 1.176 alunos internacionais aquele que registou a maior
rantes de intimidação internacional entre um inquilino alienado da
estrangeiros. «Todos estes dados subida no número de cidadãos
Casa Branca e potências como a Coreia do Norte, Irão, Síria, sem
evidenciam que a Universidade Até 19 de janeiro estão abertas estrangeiros residentes (mais
esquecer as tenções na Venezuela e o gratuito acirramento do
da Beira Interior está entre as pre- as vagas reservadas aos estudantes 11,9 por cento). Segue-se Bragança
conflito israelo-palestiniano.
ferências de quem pretende fazer internacionais na UBI. Este ano (mais 11,6 por cento) e Guarda
Urge, pois, que em 2018, renunciemos definitivamente àquela
um curso superior, independente- há 248 lugares em 28 cursos de (mais 9,5 por cento). Ainda assim,
que era, para John Berger, a maior tentação do nosso tempo: a do
mente da nacionalidade», refere graduação nas áreas das Ciências o distrito da Guarda continua a ser
«não-comprometimento». Rendamo-nos, com o nosso pensador,
a instituição, acrescentando que Sociais e Humanas, Artes e Letras, aquele que tem menos estrangeiros
à «necessidade de nos comprometermos com todo um processo
isso já tinha ficado «claro» na fase Ciências, Engenharia e Saúde. Com residentes (1.845). Esta subida da
de resistência. É que é nesse processo que pode acontecer a
de acesso com a UBI a conseguir a abertura deste concurso, «a UBI população estrangeira residente
esperança».
«as maiores percentagens de co- dá oportunidade a mais algumas deve-se, em parte, ao facto das
* Escritor locação comparativamente com centenas de alunos de obterem for- universidades e politécnicos serem
cada vez mais convidativos.
PUB Na UBI a fasquia dos mil estu-
dantes estrangeiros foi ultrapas-
sada (1.176) e, segundo o reitor,
atualmente «perdem-se alunos
nacionais, única e simplesmente
por questões demográficas, e
ganham-se internacionais». «Es-
tamos satisfeitos, a atratividade
este ano foi grande», reforçou
António Fidalgo. Também o Insti-
tuto Politécnico da Guarda (IPG)
tem cativado mais estudantes.
Questionado sobre se o aumento
de população estrangeira a residir
na Guarda se deve ao Politécnico,
Constantino Rei não tem dúvidas:
«Naturalmente que sim», responde.
O presidente admite que «falta criar
condições para que esses alunos cá
permaneçam», acrescentando que
o alojamento é o principal desafio.
«É importante criar condições para
que o aumento de procura por
parte de estudantes internacionais
continue nos próximos anos», am-
biciona Constantino Rei.
Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • • 11
cada e presidentes de Junta eleitos pelo A campanha decorrerá nos seguintes moldes:
PSD votaram favoravelmente, todos os
1) No início de cada mês selecionar-se-á a Instituição de Solidariedade Social
deputados do PS e os dois do PNT (do que será contemplada.
movimento liderado por Júlio Santos) vo-
2) Por cada intervenção numa viatura em mecânica e pneus, a Covipneus
taram contra. A surpresa veio novamente libertará de 1 a 2 euros, que reverterão para a Instituição de Solidariedade
do seio dos socialistas com a abstenção Social selecionada.
de dois presidentes de Junta e o voto 3) No final de cada mês será entregue o montante amealhado à Instituição de
favorável de outros dois. Resultado, o Solidariedade Social nomeada, sob a forma de Donativo, e selecionar-se-á
outra para o mês seguinte.
primeiro Orçamento de Carlos Ascensão
foi viabilizado por 17 votos a favor, 14
Para o mês de JANEIRO, a sorte recaiu sobre a CERCIG – COOPERATIVA DE
contra e duas abstenções. EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO DE CIDADÃOS INADAPTADOS - GUARDA,
Para o presidente da Câmara, o que esperando desde já que os clientes da COVIPNEUS se associem à ideia, estamos
convictos que iremos conjuntamente obter um DONATIVO substancial.
conta é que o documento foi aprovado,
tudo o resto são especulações. «Não tive
que fazer concessões, de modo algum. As
pessoas, apesar de integrarem um grupo AJUDE-NOS A AJUDAR!
político, são autónomas e pensam pela
sua própria cabeça», declara Carlos As- Sede: ZONA INDUSTRIAL – LOTE 4 - APARTADO 1006 Filial 1: AVENIDA S. MIGUEL, Nº 1 – CAVE Filial 2: ZONA INDUSTRIAL, LOTE – 1 -I
censão. Na sua opinião, «o que teria sido Tlf.: 275 779 010/ Fax: 275 779 013 Tlf.: 271 237 992/ Fax: 271 237 993 Tlf.: 272 010 153
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normal e razoável, e até por uma questão
de bom senso e de responsa-
bilidade política, era que pelo PUB
Orçamento Abstenção da
da Câmara da oposição viabiliza
Mêda aprovado orçamento em
com apenas Manteigas
dois votos Esmeraldo Carvalhinho diz que Orçamento de
2018 é uma «continuidade» do anterior e essa é o
favoráveis
motivo pelo qual os dois eleitos do PSD e o vereador
independente se abstiveram
Ana Eugénia Inácio vão abrir cinco novos hotéis no concelho,
mas que «não há neste Orçamento referên-
Apesar de Anselmo Sousa ter tentado negociar cias a esta mudança, de Manteigas deixar
com a oposição não conseguiu o apoio dos eleitos Com as mesmas linhas orientadora do de ser um local de passagem para ser um
Orçamento de 2017, Manteigas tem para destino turístico».
do PSD, que se abstiveram, e do vereador do CDS, este ano um plano orçamental de mais de Na sua opinião, este era o momento
que votou contra 6,6 milhões de euros. Considerado pelo da autarquia «virar todo o seu entusias-
presidente da Câmara, um Orçamento de mo e estratégia para o turismo», consi-
AR
çamento que satisfaz as necessidades das «continuidade e limitativo», o documento derando por isso que falta «estratégia e
pessoas» e, embora reconheça que «não previsional não convenceu totalmente os inovação» no documento apresentado.
vai ser fácil» atingir os objetivos a que se três vereadores da oposição – dois do PSD Embora acuse o atual presidente de
propõem, garante que vai «trabalhar para e um independente –, que optaram por «falta de imaginação e de não arriscar»,
isso». se abster e assim viabilizar a proposta da este orçamento de 2018 parece deixar o
Quanto aos votos da oposição, o au- maioria relativa dos socialistas. ex-presidente da Câmara de «consciência
tarca diz que «aceita» mas não esconde Segundo Esmeraldo Carvalhinho, este tranquila em relação ao passado», pois
«alguma surpresa» com a posição do CDS- orçamento é «marcado pelo cumprimento constata que «há continuidade e afinal
PP. «Reunimos várias vezes com todo o exe- de opções do mandato anterior» e retoma não era preciso mudança».
cutivo, discutimos as propostas e aceitámos também algumas ideias do seu último man- Também Francisco Elvas aponta que
as opiniões da oposição», refere Anselmo dato (2009-13), fazendo «um esforço para este orçamento «reflete em 95 por cento a
Sousa, sublinhando que o centrista César valorizar o concelho». Assim é com a fina- continuidade» do mandato de José Manuel
Figueiredo «colaborou e ajudou» na cons- lização do projeto da antiga Fábrica do Rio, Biscaia, acrescentando que além das pro-
trução deste orçamento. Contudo, o vere- agora Centro de Energia Viva de Montanha, postas eleitas no Orçamento Participativo,
Orçamento deste ano ronda os 10 milhões ador do CDS-PP tem uma visão diferente. o arranjo de percursos pedestres, o Jardim as «novidades são questões alteradas pela
de euros Recordando que houve da parte dos eleitos Botânico, bem como a requalificação da nossa pressão e que não têm custos». Como
Ana Eugénia Inácio do PS «uma disponibilidade para um olhar Praça Central da vila que «tem estado se trata do início do mandato, o indepen-
conjunto na construção do Orçamento», o parada, queremos torná-la mais central dente assume que preferiu «deixar passar
vereador afirma que se disponibilizou para e mais atrativa». O autarca adianta que o Orçamento e ver o que será possível levar
Em 2018 a Câmara da Mêda prevê «participar e estive presente nas reuniões», em 2018 «não é ainda possível colocar no para a frente e ao mesmo tempo deixar
gastar cerca de 10 milhões de euros. O no entanto considera que a intenção de plano de atividades as propostas eleitorais fechar um capítulo». No entanto, alerta
Orçamento já foi discutido e aprovado pela Anselmo Sousa era «imputar à oposição a do PS», mas este orçamento é «transversal que falta «estratégia para traçar um novo
Assembleia Municipal «sem problemas», participação neste orçamento, passando a todos os partidos», pois inclui projetos caminho, pois não vai ao encontro do que
garantiu o presidente da Câmara, mas no uma ideia de unanimidade». já iniciados no anterior mandato, liderado Manteigas mais necessita». E uma das «la-
seio do executivo a decisão não foi tão Apesar dessa vontade de negociar, por José Manuel Biscaia, vereador social- cunas» apontadas por Francisco Elvas é a
unânime. Composto por cinco elementos, «o presidente mostrou que não podia au- democrata agora na oposição, mas também aposta no turismo. O Plano e Orçamento
o documento previsional teve apenas dois mentar a despesa para além daquela que o as sugestões de Francisco Elvas, vereador para 2018 foi entretanto aprovado, por
votos a favor, dos eleitos socialistas, em mi- próprio já tinha previsto e isso não é assim. independente. maioria, na Assembleia Municipal da pas-
noria, enquanto os dois vereadores do PSD Se está disposto a negociar não pode levar Reforçando que se trata de um plano sada sexta-feira.
optaram pela abstenção e o único eleito do nenhuma, tudo tem que ser negociado», la- de «continuidade e inclusão», Esme- AR
CDS-PP votou contra. mentou o centrista. Para César Figueiredo, raldo Carvalhinho diz «não entender
A agricultura e o turismo são secto- «faltam serviços públicos na Mêda, o que a abstenção das duas forças», acres-
res considerados como «prioritários» e impede de tornar o concelho numa terra centando que «80 por cento das
são as «grandes apostas do Orçamento atrativa». Também uma zona industrial propostas do vereador
deste ano», adiantou Anselmo Sousa, que seria «uma importante aposta», mas para independente foram
acredita que a estratégia para o concelho isso «é preciso haver dinheiro e atualmente incluídas e no caso
passa por «apoiar os nossos produtores o município não tem capacidade financeira, PSD as propostas já
em feiras e eventos, quer nacionais, nem estão previstas comparticipações lá estavam». E esse
quer internacionais, para que possam comunitárias nestas áreas». Mas para o parece ser exatamen-
promover e divulgar os seus produtos». vereador do CDS-PP a solução poderia não te o motivo pelo qual
Apostar nos pequenos investidores e no passar por fundos comunitários, bastaria José Manuel Biscaia
associativismo será outra das metas e a «cortar nas coisas supérfluas», como as não votou favoravel-
educação também não será esquecida avenças, «que ao fim de quatro anos dariam mente, pois considera
prevendo-se medidas como «refeições meio milhão de euros». Na sua opinião, as que «só cinco proje-
gratuitas para os alunos dos jardins-de- apostas nos museus, mesmo com apoio tos, os escolhidos no
infância e primeiro ciclo, atribuição de comunitário, também «não são por agora âmbito do Orçamento
bolsas de estudo para alunos carenciados o mais importante para a Mêda, pois vêm Participativo, são di-
e de mérito e o pagamento de uma viagem aumentar a despesa do município». Até ao ferentes de 2017».
por mês aos estudantes do ensino superior fecho desta edição não foi possível obter O histórico social-
que estão fora para que possam vir à terra». um comentário do vereador do PSD, Aires democrata recorda
Manteigas tem para 2018 um orçamento de mais de 6,6 milhões de euros
O edil está convencido que «este é um Or- Amaral. que em 2018 e 2019
Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • • 13
na região Centro
numa ação de fiscalização rea-
lizada na passada sexta-feira na
fronteira de Vilar Formoso.
«No âmbito da operação “Ano
DR Novo” da GNR foi realizada uma
ação de fiscalização na fronteira,
Com 154.520 visitantes, a “cidade-neve” encontra-se no top 5 dos tendo sido abordado um autocar-
municípios do Centro com mais hóspedes em 2016. A Guarda ficou- ro de passageiros proveniente de
Espanha, onde foram detetados
se pelos 56.169 e ocupa o segundo lugar no ranking regional
12.141 maços de tabaco acondi-
cionados em 20 caixas de tabaco
Sara Guterres com 50 volumes cada, corres-
pondente a 200 mil cigarros»,
adianta a GNR em comunicado.
Dos 15 municípios das Beiras A apreensão foi efetuada pela
e Serra da Estrela apenas a Covi- Unidade de Ação Fiscal, através do
lhã superou o patamar dos 100 Destacamento de Ação Fiscal de
mil hóspedes em 2016, segundo Coimbra, com o apoio de militares
dados avançados pelo Instituto do Destacamento de Trânsito do
Nacional de Estatística (INE) no Comando Territorial da GNR da
anuário estatístico da região Cen- Guarda. «A mercadoria apreendi-
tro. De resto, todos os municípios da tem um valor estimado de 42
ficaram abaixo dessa fasquia, sen- mil euros, o que se traduz numa
do que o primeiro concelho que se evasão fiscal de 25 mil euros de
segue à “cidade-neve” é a Guarda imposto tributário, acrescido de
com 56.169 hóspedes. No final da cerca de dez mil euros de IVA»,
tabela surge Pinhel com apenas acrescentam as autoridades.
1.417 hóspedes, uma diferença À frente da Covilhã estão os municípios de Ourém (495.322), Coimbra (378.302), Figueira da Foz (165.100)
e Aveiro (161.895)
Segundo a GNR, o tabaco
de 2.706 em relação a Aguiar da era produzido na África do Sul e
Beira (inserido na CIM Viseu Dão regista a pior classificação com «Congratulamo-nos com o entrava em território europeu por
Lafões) – o penúltimo município
no ranking regional. Ainda assim,
apenas 1.727 dormidas. Quanto
ao total de proveitos de aposen-
excelente resultado da Covilhã,
que reafirma a sua liderança no
Turismo via aérea, «sendo posteriormente
distribuído para diferentes países
comparando os dados de 2016
com os do ano anterior, verifica-se
to, em milhares de euros, a Covi-
lhã mantém-se no topo da tabela
número de dormidas turísticas,
atingindo pela primeira vez um
movimenta por via terrestre, nomeadamente
para Portugal». Na operação de
que a maior parte dos municípios
registou uma subida do número
(8.636), seguindo-se a Guarda
(3.128) e o Fundão (2.048).
quarto de milhão de dormidas»,
reage o presidente da autarquia. milhares de Vilar Formoso foram identifica-
dos cinco suspeitos, com idades
de hóspedes.
Pinhel, Gouveia, Fornos de
Ainda acima do patamar dos
mil euros está Seia (1.929),
Para Vítor Pereira, este resultado
é a «afirmação da capacidade de euros compreendidas entre 20 e 40
anos, todos de nacionalidade es-
Algodres e Figueira de Castelo Almeida (1.015) e Belmonte atração das unidades hoteleiras trangeira, e elaborados os respe-
Quanto à atividade da
Rodrigo foram os únicos conce- (1.013). Aliás, um dado curioso do concelho e da consolidação da tivos autos de contraordenação.
rede caixa automática de
lhos da região onde houve um é que para ultrapassar a Covilhã marca Covilhã como referência
multibanco, a Covilhã foi o
decréscimo de valores. No total é preciso juntar os valores dos incontornável no setor turístico».
de hóspedes estão incluídos por- cinco concelhos da CIMBSE O autarca realçou ainda que a
município da região com FUNDÃO
tugueses e estrangeiros, sendo com os proveitos em dormidas “cidade-neve” tem nesta fase «39
mais movimentos: 4.236 mi-
lhares de operações – como
Candidaturas
que a procura turística por parte
de visitantes oriundos da Europa
turísticas mais elevados. Com o
pior valor a nível regional está
por cento das dormidas totais da
Comunidade Intermunicipal e
consultas, levantamentos abertas para o Fab
e de outros continentes é muito novamente o município de Pi- o triplo de dormidas de estran-
e pagamentos – e 239.991 Academy
milhares de euros. Segue-se
inferior. No caso da Covilhã, dos nhel, com apenas 83 mil euros geiros em comparação com a O Fab Lab Aldeias do Xisto
a Guarda com um total de
154.520 hóspedes totalizados em em proveitos de aposento. Guarda». está a promover a 10ª edição do
3.256 operações e 201.190
2016, 134.623 são portugueses e programa educativo Fab Academy,
milhares de euros movi-
apenas 12.835 chegam de outros
pontos da Europa, como Alema- Maioria dos concelhos da região mentados. Os municípios do
Fundão e Seia encontram-se
simultaneamente com mais de 120
Fab Labs distribuídos por vários
nha, Espanha, França e Reino
Unido. O mesmo acontece nos com mais hóspedes no top 4 de municípios com
mais movimento nas cai-
pontos do globo, na exploração
das aplicações e implicações da
restantes municípios, inclusive na fabricação digital.
Total de Total de xas de multibanco, com um
Guarda cuja diferença entre visi- Concelhos Neil Gershenfeld, conceituado
hóspedes (2016) hóspedes (2015) total de 120.862 e 95.140
tantes portugueses e estrangeiros físico do MIT, é novamente o líder
Covilhã 154 520 128 249 milhares de euros movi-
é de 36.100 (44.122 de Portugal desta iniciativa e lecionará mas-
Guarda 56 169 54 823 mentados, respetivamente.
e 8.022 dos restantes países da terclasses através de um sistema
Fundão 50 944 42 695 Neste parâmetro o município
Europa). de videoconferência global. Todas
Seia 48 465 37 914
com pior desempenho foi
A Covilhã mantém a lide- as semanas haverá um tópico di-
Manteigas (134 operações
rança no total de dormidas (em Almeida 17 265 15 388 ferente: CAD, gestão de projetos,
e 8.623 milhares de euros
hotelaria, alojamento local e Belmonte 15 482 11 797 eletrónica, programação, compósi-
movimentados). Ainda assim,
turismo rural e de habitação) Celorico da Beira 13 325 11 356 tos, impressão em 3D, corte e laser
os levantamentos internacio-
com 264.280. Segue-se o Fun- Sabugal 11 878 6 885 e design de interfaces. O Fab Lab
nais são muito inferiores aos
dão (84.676) e Seia (83.486). Trancoso 11 552 9 575 Aldeias do Xisto irá abrir quatro
nacionais. Por exemplo, na
A “cidade mais alta” surge em Manteigas 10 925 8 584 vagas para bolsas de estudo, com
Guarda dos 1.592 milhares
quarto lugar com 74.990 dor- descontos que poderão ir até aos 50
Fornos de Algodres 10 006 14 670 de levantamentos, apenas 41
midas. Da quarta para o quinta por cento de isenção na propina, me-
Mêda 9 853 4 700 são internacionais. O mesmo
posição, ocupada por Belmonte, diante condições especiais, que irão
Gouveia 7 211 7 592 acontece na Covilhã que re-
regista-se uma descida de mais ser analisadas até dia 10 deste mês.
Figueira de Castelo Rodrigo 5 778 7 278 gista um total de 1.987 mi-
de 30 por cento – menos 53.088 As inscrições podem ser feitas pelos
Aguiar da Beira 4 123 3 015 lhares de levantamentos, dos
dormidas. Também neste pa- telefones 275 751 365 e 961 977 022
Pinhel 1 417 2 648 quais 1.926 são nacionais.
râmetro o município de Pinhel ou email fablabax@cm-fundao.pt .
14 • • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 Publicidade
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Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • • 15
GUARDA
Coletividades cantam janeiras no sábado
Cantam-se no sábado prémio de 1.000 euros à melhor
(21h30), Dia de Reis, as tradi- montra de Natal 2017. Segundo
cionais janeiras pelas colectivi- a tradição, o canto das janeiras
dades do concelho da Guarda no significava pedir aos mais abas-
Teatro Municipal. tados que partilhassem um pou-
Cerca de trezentas pessoas, co da sua riqueza com os mais
de vinte associações, vão subir pobres. Entretanto, para os mais
ao palco do grande auditório, pequenos, a autarquia promove
sob a orientação musical de Cé- hoje e amanhã o espetáculo “O
sar Prata. O espetáculo marca o Mundo de Plimplix”, para todas
encerramento da programação as crianças do pré-escolar e de
de Natal da autarquia e na oca- primeiro ciclo (ensino público e
sião será também entregue o privado) do concelho.
16 • • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 Publicidade
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euros para o melhor grupo de Belmonte, não cumulativo
ID:0766 Fracção de Moradia Cozinha c/lareira,2 quartos, wc´s, terraço...260€ O Interior, nº 941 de 04/01/2018
caso seja esta banda a vencedora. ID:0151 T3 Centro Próximo do La Vie, grande terraço,3 quartos,2wc´s...300€
VIDENTE
ID:0837 Fracção de moradia C/ dois quartos, lareira, despensa, sala…..290€
PINHEL ID:1042 T3 Guarda Próximo do Forninho,3 quartos, roupeiros,2wc´s…...330€
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Inaugurada EB1 da cidade ID:0200 V3 Guarda C/aquec. central, totalmente remodelada…………....400€
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sito nos Castelos Velhos,
Guarda.
A Câmara de Pinhel inaugurou ontem, após o fecho
desta edição, as obras de requalificação da EB1 da cidade.
Contacto: 935601979
A empreitada teve início em julho e representa um in-
vestimento na ordem dos 285 mil euros, comparticipados
em 85 por cento pelo Programa Operacional Centro 2020. VENDE-SE
Segundo a autarquia presidida por Rui Ventura, a obra Quinta com Casa e Pinhal, cerca de 12 ha
resulta «das naturais necessidades geradas por um edifício à beira do rio Mondego, perto das rotundas
com quase 30 anos de existência». Assim, a intervenção da A25 e IP2 • Lageosa do Mondego
incidiu sobretudo na beneficiação de espaços específicos, Contactos: 966473371 • 271926638
mas também em arranjos interiores e exteriores para
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«melhorar o esquema funcional e a eficiência energética
do conjunto, bem como satisfazer as atuais exigências que
recaem sobre uma escola». No interior do edifício foram
substituídos pavimentos, tetos falsos, portas, caixilharias,
infraestruturas de águas e esgotos e instalações sanitárias.
No exterior, os pavimentos do campo de jogos e do campo
Filipe Pinto
de recreio também foram completamente renovados. O Fotojornalista
município assinala que esta intervenção marca o início da
renovação do parque escolar de Pinhel, que vai prosseguir
este ano com a requalificação da Escola Secundária. Os
trabalhos rondarão os 2,5 milhões de euros e também Escadas do Quebra Costas, Nº 2 • 6200-170 COVILHÃ
serão cofinanciados pelo Programa Operacional Regional Telef. 275 336 805 • Telem. 919 487 978 • Telem. 964 196 950
Centro 2020. E-mail: filipepintofoto@sapo.pt • fotoacademica@hotmail.com
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* Grátis até à 2ª publicação, a partir
da qual acresce um custo de 2 euros. Para esclarecimentos pode contactar-nos através do TELEFONE 271212153 ou para ointerior@ointerior.pt
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Data ___/___/______ Assinatura ________________________________________ Numerário
Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • • 17
TODO-O-TERRENO ATLETISMO
Mário Patrão ambiciona “top ten” Centenas de atletas nas corridas
de São Silvestre de Loriga,
no Rali Dakar DR Pinhel e Covilhã
O senense Mário Patrão para mais uma vitória coletiva
(KTM) parte para o rali de todo- da KTM, a mais vitoriosa desde Márcia Martins e Cristiano Águeda). Nos homens, o spor-
o-terreno Dakar, que começa que a prova se mudou de África Pereira venceram a São Silves- tinguista contratado este ano
sábado no Peru, apostado em para a América do Sul. «Vamos tre da Serra da Estrela, corrida ao CA Seia concluiu os 9.200
superar a sua melhor classificação inseridos numa estrutura de nas ruas de Loriga (Seia) no metros da corrida traçada nas
de sempre, um 13º lugar alcança- fábrica que ganhou 15 vezes sábado. ruas de Pinhel em 28m47s.
do há dois anos. seguidas. O objetivo principal O atleta da Casa do Povo Já a atleta de Águeda ganhou
O motard de Paranhos da coletivo é renovar o título, é de Mangualde terminou os destacadamente com a marca
Beira compete pela sexta vez na conseguir ganhar novamente o 5.600 metros do percur- de 35m28s. A competição foi
mítica prova de 14 etapas pelas Dakar. Eu estarei lá para ajudar so em 19m23s, enquanto a organizada pela autarquia e
pistas sul-americanas, sendo no que me for solicitado», refor- corredora do CCDR Pedru- contou com a participação de
a segunda como piloto oficial çou Mário Patrão. lha-Mealhada cortou a meta 105 atletas de vários pontos
do construtor austríaco KTM. Na edição de 2017, o plu- com o tempo de 23m50s. A do país. No mesmo dia, André
«Estou confiante que posso pelo que estamos conscientes ricampeão nacional de todo-o- competição organizada pelo Barros (CCD Leões da Flores-
por fazer um bom resultado e da dificuldade do que nos es- terreno terminou na 20ª posição Grupo Desportivo Loriguense ta) ganhou a 39ª edição da
o objetivo deste ano passa por pera”, disse Mário Patrão, na após uma preparação bastante envolveu 51 participantes São Silvestre da Covilhã orga-
melhorar essa classificação. Sa- apresentação oficial da equipa, condicionada pelas lesões. No ano nos diferentes escalões etá- nizada por aquele clube. Foi a
bemos que o Dakar é uma prova em Lisboa, na semana passada. anterior, o piloto da KTM rinha rios. Já em Pinhel os vence- primeira vez em vários anos
dura, são 14 dias de corrida, De resto, o objetivo principal ganho a categoria Maratona e dores da prova principal da que um atleta do emblema
muitas horas em cima da mota, desta participação é contribuir terminado no 13º lugar da geral. São Silvestre “Cidade Falcão”, organizador venceu a prova.
realizada no domingo, foram Na corrida feminina a vitória
Nuno Lopes (Sporting) e foi para Telma Silva, também
ATLETISMO Cristina Oliveira (Recreio de dos Leões da Floresta.
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18 • • Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018
crónica
POLÍTICA
opinião
Ângela Guerra * O ano da reivindicação
Júlio Sarmento *
O Natal continua a ser um tempo de balanço, um ciclo que termina e antecipa lizmente, ser uma realidade para cerca de 4 milhões de portugueses.
É o sistema!
um outro. Um tempo de paz e de descompressão. Continua a ser um tempo de O preço do pão que estava congelado desde 2011, com o agravamento
altruísmo, solidariedade e de tolerância. Um tempo da família e de confraternização. dos custos dos combustíveis e a subida do salário mínimo farão com que
Mas depois deste tempo e dos votos de um Ano Novo sempre um venha aí um aumento em torno dos 20%.
Encontrei há dias o Zé. Já não o pouco melhor do que anterior é tempo de regresso à escola, ao trabalho e à Também os senhorios vão poder aumentar as rendas em 1,12% em
via desde os tempos da faculdade. O Zé realidade do país. 2018, tendo-se o coeficiente de atualização do arrendamento urbano e rural
demorou o dobro do tempo no percurso Na segunda-feira o Presidente da República veio lembrar que mais do para o próximo ano fixado nos 1,0112, de acordo com os dados do Instituto
de um curso que não sei como concluiu, que «estabilidade governativa, finanças sãs, crescente emprego, rendimen- Nacional de Estatística.
pois dedicou-se com muito entusiasmo tos», é imperativo que se faça a «reinvenção da confiança dos portugueses E se as rendas podem sofrer o maior aumento desde 2013, comprar
às tarefas e lutas estudantis, que o na sua segurança», o que significa «ter a certeza de que, nos momentos casa também não vai ficar mais barato. De acordo com o inquérito realizado
ocuparam e serviram de curriculum, críticos, as missões clássicas do Estado não falham nem se isentam de pelo Confidencial Imobiliário e o Royal Institution of Chartered Surveyors a
que exibe com galhardia. responsabilidades». proprietários, agentes imobiliários e promotores em Portugal, no próximo
Tão garboso curriculum abriu- Na sua mensagem de novo ano, o chefe de Estado começou por fazer ano, o preço das casas deverá subir em média 5%.
lhe as portas da política. Primeiro no um balanço do ano que devia ter acabado a 16 de junho - um «estranho Do novo Orçamento do Estado resultou também na aprovação de uma
partido, depois nos gabinetes dos e contraditório ano», «povoado de reconfortantes alegrias e de profundas subida do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas, ou IABA, ligeiramente
ministérios e também como deputado tristezas». E não foram só os incêndios, lembrou o Presidente: nesse «outro mais do que a inflação: subirá 1,5%.
à Assembleia da República. Passou ano, bem diverso» que começou a 17 de junho houve também «a perplexidade Sobrecarregar os portugueses com mais impostos parece ser a estratégia
ainda discretamente como assessor em Tancos, o pesar no Funchal, o espectro da seca». deste Governo para o novo ano.
no Governo e está agora num qualquer O que o senhor Presidente parece querer é uma nova forma de olhar para
serviço público. o interior, para a desertificação, a coesão, e em concreto todo o sistema de E de novo
Contou-me como as lutas estu- prevenção e combate aos fogos florestais. Assim mesmo o indiciou ao dizer Portugal deverá pois “reinventar-se” na saúde e na educação, no financia-
dantis lhe revelaram o génio, como lhe a «reinvenção é mais do que mera reconstrução, aliás, logo iniciada pelas mento da Segurança Social e, claro, na gestão da proteção civil e na reforma
ensinaram a construir e a tecer uma mãos de todos – vítimas, Governo, autarquias locais, instituições sociais e da floresta. Bem precisa!
rede de cumplicidades, a esgrimir com privadas e anónimos portugueses… Reinvenção pela redescoberta desse, Se o objetivo de 1,1% de défice que consta do orçamento é atingível, já
dureza os argumentos, a obter sempre ou talvez mesmo desses vários Portugais, esquecidos, porque distantes, dos a manutenção da redução da dívida em percentagem da riqueza criada, estará
a melhor foto, a escolher intuitivamente que, habitualmente, decidem, pelo voto, os destinos de todos. Reinvenção mais condicionada pela evolução do PIB em termos nominais e, da redução
a família política, a perseguir os seus com verdade, humildade, imaginação e consistência». estrutural do défice não se espera nada de novo, isto é, será a economia a
objetivos com astúcia, a afastar pela Devo dizer que me parece muito bem! Mas será que tudo isto é compa- ajudar ao objetivo de défice. De uma coisa temos a certeza, a dívida a forne-
intriga e sem escrúpulo o incómodo ginável com a tal realidade, a nossa realidade? cedores e os pagamentos em atraso a mais de 90 dias, aumentam todos os
dos adversários. dias brutalmente. E isso, a ser assim, em nada de bom resultará.
O Zé só conheceu um patrão, o A realidade A legislatura vai a mais de meio e o Governo ainda não deu sequer o
Estado, que sempre pagou a horas, Os combustíveis sobem duas vezes e assim 2018 começa com um primeiro passo para cumprir aquela que elegeu como principal bandeira do seu
generosamente, a sua dedicação. aumento dos preços da gasolina e do gasóleo, agravamentos que deverão su- mandato: a descentralização. E não foram transferidas quaisquer competências
Desdenha o papel empreendedor dos perar um cêntimo por litro só à custa da evolução das cotações nos mercados para as autarquias, nem a Lei das Finanças Locais ainda viu a luz do dia.
empresários, a que chama de reles internacionais, mas com a revisão do ISP, a subida será ainda mais expressiva. O Orçamento de Estado para 2018, esse, é infelizmente a prova de que
representantes do capital, nunca teve O Imposto Único de Circulação, ou IUC, vai subir 1,4%. O Imposto sobre não se vislumbra uma nova linha de ação, quaisquer prioridades, ou uma
necessidade de avalizar um emprés- Veículos, ou ISV, que se aplica à compra de um automóvel, também sobe 1,4%. visão de futuro para Portugal.
timo, nunca sentiu a angústia de não Mas também as portagens ficaram mais caras desde 1 de janeiro. Ou seja, nada de novo.
ter tesouraria no final do mês para Os valores dos bilhetes dos transportes públicos vão sofrer um agrava-
satisfazer compromissos. mento até 2%, subida que o Governo considera de «equilibrada». * Deputada do PSD na Assembleia da República eleita pelo círculo da
Diz isso, com orgulho. Não há O agravamento da fatura da energia no mercado livre vai também, infe- Guarda e presidente da Assembleia Municipal de Pinhel
como ter o Estado como patrão. Por
isso levou para lá a mulher e o filho que
comungam com ele do mesmo fervor.
Sente-se ungido por trabalhar para o TresLer
Estado, é um defensor do serviço públi-
co, tem como adquirida uma generosa opinião
reforma. Nunca trabalhou ao sábado,
nem ao domingo, nem nas pontes, nem
nas férias, que é tudo terreno sagrado.
Joaquim Igreja
joaquim.igreja@gmail.com
Fruta da época
O Zé nunca teve uma visível in- 1. Recebidos cerca de 300 votos (quase todos sinceros) de Feliz Ano altura de os vir buscar aos lares, de passar com eles 24 horas sofridas
clinação para o estudo, mas diz com Novo, para além dos que ouvimos ou vamos ouvir ainda nos próximos dias ou pouco mais, de os largar depois sem os levar aos sítios deles, com os
graça que adquiriu pelo uso o estatuto no local de trabalho, pelo menos até meados do mês, cá vou eu para um ano netos quase alheios a estas personagens de há séculos atrás, diriam eles.
de intelectual. Naturalmente que o Zé que, pelos votos, não pode ser de menos de esplendor. No Facebook dá-se Uma crónica de Carlos Barroco Esperança na magnífica coletânea “Ponte
tem ideologia. É do sistema! uma espécie de campeonato de quem arranja a melhor imagem, se possível Europa” ajuda-me a exprimir ainda melhor o momento da saída: «Ó mãe,
É um defensor do serviço públi- com movimento e animação. E acabamos, por falta de tempo, por não ver já não passamos lá por casa, vamos deixá-la no lar, eu sei que queria ver
co. Tem aversão ao capital, mas não centenas das imagens ou vídeos colocados pelos nossos amigos para esse as suas coisas, ainda queremos chegar de dia, já nos vimos, sabe como
desdenha os seus favores. Defende o efeito. A rede tornou-se assim uma selva onde já é difícil em certas alturas é, cada um gosta de estar na sua casa, ó menina traga-me a conta, da
consumo, políticas públicas de massivo comunicar porque a nossa vasta família de amigos nos submerge com recados próxima vez vimos de véspera, estamos mais tempo, nem penses, bem
investimento, é contra a austeridade e a e mensagens. Os pequenos símbolos, emojis e outros, vêm ainda complicar sabes que não durmo na casa da tua mãe, o esquentador não funciona,
obsessão pelas boas contas. Olha para mais, deixando-nos às vezes atarantados diante das carantonhas a rir (a go- a água sai suja, as camas necessitam de ser mudadas, é boa vontade
as crises económicas que a dívida gera zar?), a chorar (será caso para tanto?) ou a exprimir sei lá o quê. Outra coisa fazermos oitocentos quilómetros num só dia». No lar «nenhum indagou
como uma consequência necessária. é o conteúdo dos votos nas frases bonitas mas pouco originais de augúrios: como fora o dia, os velhos adivinham os dramas, conhecem as mágoas das
O Zé acredita no sistema, nas vir- porque é que somos tão sádicos a desejar prosperidade, saúde e felicidade, visitas, sabem o estorvo que são e contam as horas, cada vez menos felizes,
tudes do partido, sabe que o Estado tem quando terá de ser cada um a construí-las? sempre mais pesadas».
uma máquina bem oleada pelo ódio ao 2. Vinte pessoas na sala de espera da estação da CP, dezoito delas a utilizar 4.Victor Moura Pinto (VMF) faz reportagens humorísticas na TVI para
capital, pela inveja, que dispara primeiro o telemóvel (sim, contei). Não é que não comuniquem, como alguns dizem: aquele período do telejornal em que já ninguém está a ouvir nada com aten-
e pergunta depois, com o nobre objetivo de vez em quando lá saem larachas e comentários, a ligação com familiares ção e só as escandaleiras ou as macacadas funcionam. Sobre as cenas dos
de manter o emprego político de várias ou companheiros de viagem existe apesar de tudo. Mas, nesta cena estranha políticos o homem vai sobrepondo músicas pimba ou bonecada e repete os
gerações de fiéis amantes e defensores ou surrealista em que ninguém se olha, parecem todos estar atados com fios movimentos das personagens, sempre num registo de ridicularização ou de
do serviço público. ou a uma distância de quilómetros. Manejar um smartphone é uma sensação avacalhamento total. Ultimamente tem-lhe dado para gravar as conversas
Mas confessa, algo envergonha- de isolamento e poder incrível, estar perto de quem queremos, fotografar sem privadas nos lugares onde estão políticos para depois as ridicularizar (por
do, a sua tentação pelos bons carros ter um objetivo, fazer o que se quer, captar as palavras e os gestos dos outros, exemplo, à mesa). Supondo que não está autorizado a fazê-lo, deve fazer de
alemães, o relógio de conhecida marca, desperdiçar sem custo, ousar ser “artista”, fazer centenas de fotos sem “ver” conta que passa ali por acaso ou mete um gravador no bolso de alguém da
as roupas exclusivas, o champagne as coisas que fotografamos ou gravar um vídeo que publicamos mas nunca mesa ou simplesmente coloca-o num sítio estratégico. Às vezes as reportagens
francês e os almoços em restaurantes mais vamos ver. Creio que é um pouco a sensação que a minha geração (já chegam a ser engraçadas mas partem de um princípio que um tema tratado
da moda. Mas tudo isso não põe em na idade adulta) teve ao poder conduzir, ao ter um carro que as nossas mãos por um político tem tanto valor na formalidade de um discurso, entre duas
causa as suas convicções e o orgulho podiam levar para onde queriam. Mas o carro manejava-se duas horas por dia. garfadas de lombo de porco, na sua discussão em privado ou num chiste
de pertencer ao sistema. 3. Os velhos também estão sempre na mira dos que compõem as em que o tema se transforme. Isto é, vale tudo para dizermos mal de um
Viva o Sistema! fotografias desta quadra. A família inclui os pequenos a mexer em teclas, os político ou o enxovalharmos. VMP, há limites para a decência. Pimbalhadas,
pais a fazer as compras e a encher a mesa e a árvore e os velhos sentados à sim, mas sem andar a gravar as conversas privadas às escondidas e a (des)
* Ex-presidente da Distrital da mesa feitos patriarcas ou matriarcas imóveis, aguardando apenas. A publici- contar depois o que gravou.
Guarda do PSD e antigo presidente dade da TV mostra-nos uns idosos em geral bem apresentados, sem sinais Feliz Ano de 2018!
da Câmara de Trancoso de demência nem de maus tratos ou abandono. Para os que estão longe é (Carlos Barroco Esperança, “Ponte Europa”, Âncora Editora, Lisboa, 2016)
Quinta-feira • 04 de janeiro de 2018 • • 19
Alerta saldos!!!
opinião
Parlatório
Joana Dente* Presos. Fechados num universo concentracionário. Muros cinco
vezes maiores do que um homem. Grades e portas de ferro. Chaves
Faço parte do lado de fora.
daquele grupo Falam. Falam. Contam as suas vidas. Vividas ou inventadas. His-
de pessoas que, tórias à margem. Histórias da margem. Algumas, dolorosas. Outras,
depois de uma chocantes. Tráfico, homicídio, roubo, violência, burla, assalto.
tarde (que, na re- Estes homens e estas mulheres são protagonistas de “crimes” que
alidade, é mesmo os atiraram para ali, para longe do olhar dos outros, leia-se, de nós.
um dia inteiro) Um de cada vez contou-me histórias trespassadas pela raiva, o
bem atarefada nos saldos, enfiada de loja desamor, a ambição, a violência, o sofrimento, o risco, a morte. Falaram
em loja, a apertar a bexiga para não ir à casa de e eu ouvi. Escrevi, sublinhei, risquei, liguei frases que procuravam
banho e por lá perder o último S daquela blusa outras. Palavras de fogo num caderno imaculado.
que pode eventualmente aparecer no meio de A minha ideia inicial era
um amontoado de calças de ganga no fundo da ouvi-los com vagar, para depois
loja, chega a casa e se senta tranquilamente a escrever textos que contassem
fazer as contas daquilo que poupou! as suas vidas atribuladas. Ou-
Gosto mesmo de ficar ali a namorar as vir, escrever, escolher, riscar,
novas aquisições e a confirmar nos talões escrever outra vez. Porém,
que os meus pais têm comprovados motivos passaram-se meses e não fui
para estarem orgulhosos – afinal, até sou uma capaz de narrar a vida daquelas
rapariga poupada! pessoas, tão reais, com as suas
Os saldos começam cada vez mais cedo, faz a diferença neste inverno é a diversidade de estilos tristezas e as suas esporádicas
e é sabido que muitos de nós esperam pacientemente e materiais. Fitted ou oversized, compridas ou cropped, alegrias. Tão reais! Demasiado
(o que não é o meu caso, pois fico literalmente em homens e mulheres podem pensar em apostar numa ca- reais!
pulgas...) pela sua chegada para adquirir algumas saca de cabedal carneira ou mesmo de acabamento vinil, Mudança de planos. Ler
peças muito in que, mesmo só as começando a usar pois o couro brilhante é também uma tendência forte; Américo Rodrigues*
em voz alta os apontamentos,
em janeiro, ainda temos tempo de desfrutar até os fragmentar as narrativas, estilhaçar a coerência dos relatos.
primeiros raios de sol aquecerem... Casacos militares – em verde ou noutras cores, Como num parlatório: todos a falar ao mesmo tempo. Como num
Vou, então, ser mais específica e enumerar ao como azul-escuro ou até vermelho, esta peça vem parlatório onde todos ouvíssemos parte das histórias dos outros.
pormenor o que não podemos mesmo deixar escapar sendo uma tendência bem evidente nas passarelas. Depois, juntar-lhe o que é do domínio do indizível: vozes viscerais,
desta vez... Encontram-se em modelos mais ou menos versáteis vozes que não pronunciam uma só palavra entendível, choros
e são uma ótima opção para usar no dia-a-dia; por ninguém, ecos dos ecos, um derradeiro esgar, ruídos bucais,
Casacos de pelo – mais versáteis do que se possa cânticos de lamento, línguas imaginárias, rezas sem fé, revoltas
pensar, este inverno eles têm estado por todo o lado. Animal-print – se estavam com receios, não íntimas, o som do sangue.
Aparecem em cores variadas e podemos mesmo apos- hesitem mais! Os padrões de leopardo, tigre e até Ouvi o que me contaram sete reclusos do Estabelecimento Pri-
tar em tons fortes (amarelo, azul, verde...) a conjugar de zebra conquistaram definitivamente o seu lugar. sional da Guarda. Não consegui ou não quis escrever sobre as suas
com um look neutro; Para os mais arrojados, vale o look total, mas se não vidas. Escolhi interpretar as palavras ditadas usando as minhas vozes.
quiserem ir tão longe, optem por acessórios simples Preferi falar (ou gritar) em vez deles.
Veludos – não podem faltar nos nossos guarda- como echarpes e malas para as senhoras ou um lenço
roupas. Em looks totais ou em peças isoladas, esta de lapela para os homens; * Ator, encenador e poeta sonoro
tendência foi entrando lentamente, mas chegou para
ficar. Se estiverem em dúvida na hora de avançar, Denim – nem mais nem menos, pensamos logo
pensem que, nesta estação, vale a pena investir numa naquele estilo de jeans que adoramos e que são um
saia plissada, e conjuguem as duas tendências. No básico que não dispensamos em estação nenhuma!
caso dos homens, é uma excelente oportunidade para Mas eles continuam a surgir com novos tons, cortes e
comprarem num novo blazer; sobreposições. A tendência para este outono/inverno
tem sido conjugar jeans com uma sweat volumosa,
Casacas de cabedal – já não é propriamente uma de preferência oversized e de cor cinza ou cru, com
novidade que a casaca de cabedal é um must have! O que umas botas de cano alto que podem mesmo ser umas
cuissardes!
@pitangaboss
Jurista / Fashion Stylist / Makeup Artist
PSD dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita
Preços na A23 aumentam 1,4 por cento será melhor: leva o peixe vivo, guarda-o no aquário dez dias.
É o período de relacionamento. A sensibilização para os afetos
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Concessionário
Matos & Prata, S.A.
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Rua Vila de Manteigas, 1
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