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ELETRÔNICA

Eletrotécnica – CEIM

Rodrigo Sandes
r_sandes@ig.com.br
Apostila Eletrônica – Eletrotécnica

Eletrônica
Quando falamos em eletrônica, estamos nos referindo a uma quantidade imensa
de componentes usados no dia-dia.
Destes componentes nos destacamos os semicondutores (diodos, transistores,
ckt`s integrados, etc).
Quando se fala em semicondutores estamos nos referindo basicamente ao
elemento químico chamado silício (si) e germânio (ge), que segundo a tabela
periódica usada em química, apresentam propriedades químicas semelhantes e por
tanto não se misturam ou não se combinam.
Quando nos falamos por exemplo, que um diodo é de silício, eu quero dizer que a
maior parte é de material semicondutor é silício e a menor parte do material não
semicondutor. É está menor parte que vai ser usado para fazer a chamada “LIGA”.
Quando o material semicondutor apresenta uma determinada quantidade de
impureza, este material é chamado de “DOPADO”, e a este fenômeno nós
chamamos de “DOPAGEM”.
Um material intrínseco é o semicondutor sem nenhuma impureza (material puro),
já um material extrínseco é o semicondutor associado à impurezas (semicondutor +
impurezas).
Com isto, nós veremos que o material semicondutor pode ser dividido em:
1. Material Semicondutor do Tipo P ou Material Tipo P; este material é formado
por cargas positivas, que na realidade são os prótons.
2. Material Semicondutor do Tipo N ou Material Tipo N; este material é formado
por cargas negativas, que na realidade são os elétrons.

e>p = q=Q = +
e<p = q=Q = -

Quando trabalhamos com material tipo “P” e o material tipo “N” e juntamos esses
dois materiais fazendo o material tipo “PN” ou Junção “PN”.
Quando isto é feito forma se uma junção entre estes dois materiais e nela ocorre
intervenção que é fundamental para o funcionamento do diodo ou do transistor.
Quando ocorre a junção é formada alguns dos elétrons livres do material tipo N, se
movem através da junção e se combinam com lacunas ou buracos no material tipo
P, do mesmo modo, algumas lacunas do material tipo P através da junção e se
combinam com elétrons livres no material tipo N. Assim, quando a junção é formada,
existe uma corrente inicial. O fluxo inicial de elétrons do material tipo N para o
material tipo P e das lacunas do material tipo P para o material tipo N, na junção, faz
com que apareça uma pequena carga negativa no material tipo P e uma carga

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positiva no material tipo N, na área de junção. Depois de um intervalo muito breve, a


corrente cessa, deixando a junção com uma distribuição definida de cargas. A
difusão de elétrons livres de lacunas não afeta o bloco semicondutor com um todo e
fica limitada a uma área bem definida em torno da junção conhecida como região de
carga especial ou região de transição.

Material Majoritário – é o material encontrado em grande quantidade ou seja em


grandes proporções.
Material Minoritário – é o material encontrado em pequenas quantidades ou seja
em pequenas proporções.

Junção PN
Como próprio nome diz, é a associação ou mistura do material semicondutor do
tipo P e o material semicondutor do tipo N. De acordo com a distribuição de carga
nesta junção, nós podemos encontrar a polarização direta ou polarização inversa ou
reversa.
Lamina

• Todo diodo tem a junção PN


• Todo transistor tem a junção PNP ou NPN

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Simbologia do Diodo

Polarização Direta
Se nesta polarização de trocar ou inverter as ligações da bateria, de modo que o
seu terminal positivo da bateria, seja ligado ao material P e o seu terminal negativo
da bateria, seja ligado ao material N, a junção estará com polarização direta.
Quando a junção “PN” é polarizada diretamente, os elétrons, das orbitas mais
extremas no material tipo P nas proximidades do terminal positivo da bateria entram
neste terminal criando novas lacunas ou buracos. Simultaneamente, os elétrons do
terminal negativo da bateria entra no material N e difundem em direção à junção.
A medida de polarização direta, a corrente aumenta sendo limitada
essencialmente pela resistência do material.

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Polarização Inversa ou Reversa


Quando uma bateria é ligada aos extremos de uma junção PN, a intensidade de
corrente produzida depende de como é feita a ligação (polaridade) e da tensão da
bateria.
Quando o terminal positivo da bateria é ligado à extremidade do material N e o
terminal negativo é ligado à extremidade do material P, como é visto na figura
abaixo, a junção PN está com a polarização inversa. Os elétrons do material tipo N
são atraídos pelo material positivo da bateria e se afastam da junção. As lacunas do
material tipo P são atraídos pelo terminal negativo da bateria e se afastam da
junção.
Se a tensão da junção inversa for muito elevada, estabelece uma condição em
que a resistência da junção cai sendo rápido e se observa um aumento muito grande
na corrente.

Estudo do Diodo Semicondutor


Uma das primeiras aplicações dos materiais semicondutores, foi a união da
junção do material tipo P com um material tipo N, para formar um dispositivo
semicondutor simples, porém importante chamado DIODO. O material tipo N do
diodo é o eletrodo ou o terminal negativo chamado de catodo. O material tipo P é o
terminal positivo chamado de anodo. A seta usada para indicar o anodo; que
representa o sentido da corrente convencional. A corrente eletrônica tem o sentido
oposto ao indicado pela seta.
Normalmente quando trabalhamos com a corrente elétrica, usamos o sentido
convencional para o estudo da corrente.
Como se observa na figura referente à uma junção PN ou DIODO, estabelece
uma corrente elevada (baixa queda de tensão) quando a junção do diodo é
polarizada diretamente e essencialmente não há corrente a junção polarizada
inversamente até atingir a tensão inversa de ruptura, quando a corrente se torna
muito intensa e o DIODO é destruído.

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Gráfico do Diodo
Característica do Diodo

Analisando o Gráfico do Diodo


Trecho I – Apresenta valores negativos para a tensão e para a corrente, ou
seja, nós temos uma maior variação de corrente e uma menor variação da tensão.
Região de Ruptura.
Trecho II – Neste trecho eu tenho uma variação de tensão (tanto no positivo,
como no negativo), em quanto que a corrente é próxima ou igual a ZERO – Região
OFF. Lembrando que a corrente igual a zero e a tensão diferente de zero, nós
podemos dizer que é análogo a um circuito aberto.

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Trecho III – Neste trecho nos encontramos uma maior variação de corrente e
uma menor variação de tensão, lembrando que trabalhamos com aumento de
corrente e o aumento de tensão (sinal positivo) – região de condução direta do diodo
pode ser considerado como uma chave atômica que está fechada quando o material
P está relativamente positiva e aberta quando o material P está relativamente
negativa. Lembre-se de que é a tensão entre os extremos do diodo que é importante
e não a tensão relacionada com outra parte do circuito. Quase todos os diodos
atuam usando material semicondutor de Silício (Si), entretanto o Germânio (Ge), são
usados em algumas aplicações. Como nunca deixa de existir a região de transição,
sempre há uma pequena queda de tensão do diodo, mesmo quando a polaridade é
correta para produzir uma corrente elevada. Quando falamos no material
semicondutor Silício (Si) ou Germânio (Ge), nós temos uma queda de tensão que
pode variar de 0,5 a 0,8 Volts (V) para Silício (Si) ou 0,2 a 0,4 para o Germânio (Ge).
(terminal + e terminal -) e com isso existe uma maneira correta de você ligar ou
colocar o componente na placa de circuito impresso, assim como também podemos
encontrar uma variedades de diodos.
Uma mudança na temperatura do material semicondutor pode aumentar
consideravelmente o número de elétrons livres. O aumento do número de portadores
aumentará o índice de condutividades, resultando uma resistência muito baixo. Os
materiais semicondutores, tais como silício e germânio, que apresentam redução na
resistência com aumento de temperatura, são considerados materiais com
coeficiente de temperatura negativa (NTC), assim como também podemos ter uma
maior temperatura, o que o ocasiona uma maior resistência o que significa um
coeficiente de temperatura positiva (PTC).
Quando falamos no diodo semicondutor devemos levar em conta alguns
parâmetros importantes, no que diz respeito ao seu ponto de operação, também
chamado de especificação do diodo, que geralmente é fornecido pelo fabricante, ou
através do manual por exemplo:

1- Máxima tensão direta ( Vf máx.)


2- Máxima corrente direta (If máx.)
3- Máxima corrente inversa (Ir máx.)
4- Capacidade de tensão inversa (TIP ou TPR)
5- Máxima capacitância
6- Máxima temperatura de funcionamento
Obs.: Os itens acima (1,2 e 3) trabalham com uma temperatura especifica.

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Potência do Diodo

Para o diodo semicondutor, a sua potência é determinada pelo produto da


corrente do diodo pela tensão, como podemos observar abaixo:

Pd = Vd x Id

Pd = Potência do Diodo = U(P) = Watt (W)


Vd = Tensão do Diodo = U(V) = Volt (V)
Id = Corrente do Diodo = U(A) = Ampère (A)
Considerando o circuito com diodo fundamental abaixo temos:

V= Vr + Vd onde Vr = R x I
V = R I + Vd, se queremos calcular a corrente que passa
pelo circuito, temos:
V = R I + Vd

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V - Vd = R I
I = V - Vd
R

V= Vr + Vd
Vr = R x I Si = 0,6 a 0,9V
Vd = Condução Ge = 0,2 a 0,4V

V = R I + Vd I = V - Vd
R
Resistência Estática do Diodo
É a razão entre a tensão e a corrente como é visto abaixo:

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Rdc = Vdc
Idc
Rdc = Resistência estática do diodo = U(Ω)
Vdc= Tensão estática do diodo = U(V)
Idc= Corrente estática do diodo = U(A)
Resistencia Dinâmica do Diodo
É a razão da variação da tensão com a variação da corrente, como é visto abaixo:

R = ∆v
∆I
∆v = vf – vi
∆I = If – Ii

Curva Característica da tensão versus corrente para


o Diodo semicondutor
Quando falamos em material semicondutor, lembramos que estamos nos
referindo ao material de silício ou germânio, aonde cada um deles apresenta a sua
propriedade característica.
É importante também lembrar que a resistência do diodo semicondutor,
normalmente apresenta valores abaixo e com isso nos extremos no mercado dos
diodos com o valor corrente considerado.

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Diodo Zener
O diodo zener utiliza também material semicondutor é formado com dois terminais
e apresenta para cada tipo ou para cada modelo dois terminais e apresenta cada
tipo ou para cada modelo uma tensão especifica de trabalho chamado de tensão
zener.
Como é o diodo, também trabalha com dois terminais chamado de anodo e
catodo, assim como a polarização direta e polarização inversa.
É comum nos chamarmos o diodo zener de regulador de tensão, isso ocorre com o
diodo inversos somente polarizado.
O termo regulador de tensão é usado devido ao valor numérico da tensão zener
especificado e portanto a tensão não ultrapassa este valor.
O diodo zener pode apresentar a sua tensão de trabalho na ordem de dezenas de
volts, enquanto que a corrente do zener geralmente apresenta valores bastante
pequenas.
O gráfico do diodo zener é bem semelhante do gráfico do diodo retificador.

Diodo Emissor de Luz (LED)


Como se trata de um diodo apresenta características bem semelhantes aos outros
diodos.
Este LED, pode apresentar as seguintes cores:(vermelho; amarelo; azul; branco
ou incolor, verde, etc.) e tem por finalidade indicar que o aparelho está ligado ou
energizado ou indicar um outro parâmetro qual- quer.
Nós podemos encontrar no mercado, este LED redondo ou retangular, assim
como também os LED´S bicolores.

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Circuitos a Diodos
Estes circuitos geralmente trabalham com diodos retificadores, com um ou mais
diodos, também pode usar diodo zener, um ou mais diodos, e com isso são
classificados de:
1. Circuitos Ceifadores; também chamamos de circuitos portadores ou limita-
dores ou seletores de amplitude. Neste circuito nos encontramos diodos
retificadores, diodo zener e uma fonte de tensão energizando o circuito.

2. Circuito Grampeadores; são circuitos formados por diodos, resistores e


capacitores.

Obs.: É importante relembrar que o diodo apresenta polaridade (terminal


positivo e terminal negativo) vai interferir no sinal modificando a forma de
onda por causa disso.

Circuitos Retificadores
São circuitos formados pelos seguintes componentes: transformador ou um
sinal alternado qualquer na entrada, diodo retificador (1, 2 ou 4), uma carga
(resistor) e podemos também encontrar na sua saída um filtro (capacitor).

Circuitos Retificadores (sem ruídos)


 Os Circuitos retificadores podem ser:

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 Meia onda ½ Onda ;


 Onda completa com derivação central ou center tape e
 Onda completa em ponte.

Lembrando que o diodo retificador tem polaridade, e o capacitor atua como


filtro para o sinal, interferindo com isso , no sinal de saída do retificador.

Esquema bloco de um retificador qualquer

AC AC DC DC
Vi Vo

1 2 3

Vi = Tensão de entrada ou sinal de entrada


Vo = Tensão de saída ou sinal de saída

1 = Transformador
2= Circuito de Retificação
3= Filtro

Circuito Retificador de Meia Onda


Este circuito trabalha com o transformador ou com um sinal alternado, um
diodo retificador, um resistor que funciona como sendo uma carga e ainda
podemos colocar um capacitor para melhorar o sinal de saída.

O retificador só permite a passagem de corrente durante a metade do ciclo


da tensão alternada aplicada que contorna capaz de produzir a corrente do
circuito, é então, continua capaz de produzir a corrente do circuito, é então,
continua pulsativa. Nos circuitos retificadores de meia onde e 60Hz e a
corrente só flui durante a metade de cada ciclo. Assim há corrente na carga
sob a forma de pulsos, na região de 60 pulsos por segundos.
Estes circuitos simples ilustram o método básico para converter corrente
alternada em corrente continua. Quando a ligação é feita como no primeiro
circuito, o extremo do circuito de carga ligado ao retificador é positiva em
relação ao outro extremo ligado à massa (terra) para inverter a polaridade da
tensão obtida, o retificador é invertido como no segundo ciclo ou circuito.
Isto faz com que haja corrente durante os semiciclos negativos se
comparamos com o circuito anterior. Este circuito é usado para se obter um
potencial negativo em relação há terra.

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A vantagem do circuito de meia onde é sua extrema simplicidade.


A desvantagem principal deste circuito retificador em que não há corrente
durante metade do ciclo de corrente alternada. Isto resulta em um “RIPPLE (
componente alternada residual)” muito grande o que requer um filtro muito
eficiente, a não se quer a corrente solicitada seja mínima. Existem contudo
aplicações em que é limitada a capacidade de corrente e um grande RIPPLE
são de pouca importância, e a economia oferecida pelo retificador de meia
onda a torna útil.

3.8 FORMAS DE ONDA DAS TENSÕES

Circuito Retificador de Onda Completa


O retificador de onda completa pode ser com derivação central (CENTER
TAP) ou em ponte.

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Circuito Retificador de Onda Completa com


Derivação Central ou CENTER TAP

Este retificador precisa de um transformador com derivação central para


que se possa fazer com que haja corrente no resistor de carga durante todo o
ciclo da corrente alternada. Neste circuito, cada metade do secundário do tra-
nsformador fica em serie com um diodo retificador e com a carga. Na verdade
são dois circuitos retificadores de meia onda trabalhando com a mesma
carga.
No primeiro meio ciclo, o anodo do diodo retificador superior recebe um
potencial positivo e conduz ( polarização direta). Como resultado, há corrente
na carga, produzindo um pulso de tensão na mesma. Observe que enquanto
o diodo superior esta conduzindo; o anodo do diodo inferior esta negativo em
relação ao seu catodo e portanto o diodo inferior não conduz.
No segundo meio ciclo, o anodo do diodo superior recebe um potencial
negativo e ele não pode conduzir, enquanto o anodo do diodo inferior recebe
um potencial positivo e há corrente através dele e da carga. Como os dois
pulsos de corrente através da carga temos o mesmo sentido, há agora uma
tensão continua pulsativa na carga. O retificador de onda completa
transformou as duas metades da entrada de corrente alternada em uma saída
de corrente continua pulsativa. Portanto são obtidos dois pulsos de corrente
para cada ciclo de corrente alternada.
A vantagem do retificador de onda completa é que ele proporciona
corrente de saída nos dois semi ciclos da tensão da rede. Isto é, resulta em
um “RIPPLE” muito mais fácil de filtrar. A desvantagem é o transformador com
derivação central requerido para esse tipo de projeto, pois encarece o projeto.

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Circuito Retificador de Onda Completa em ponte

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Cálculos do Circuito Retificador de Meia Onda

Valor Máxima da Corrente na carga ou valor de pico


𝑽𝑽𝑽𝑽á𝒙𝒙
Imáx=
𝑹𝑹+𝑹𝑹𝑹𝑹

Valor Médio da Corrente na carga

𝑰𝑰𝑰𝑰á𝒙𝒙 𝑽𝑽 𝒎𝒎á𝒙𝒙
Im = ou
𝝅𝝅 𝝅𝝅(𝑹𝑹+𝑹𝑹𝑹𝑹)

Valor Eficaz da Corrente na carga

𝑰𝑰 𝒎𝒎á𝒙𝒙 𝑽𝑽 𝒎𝒎á𝒙𝒙
Ief = ou
𝟐𝟐 𝟐𝟐 (𝑹𝑹+𝑹𝑹𝑹𝑹)

Cálculos do Circuito Retificador de Onda Completa

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Valor Médio da Corrente

𝟐𝟐 𝑰𝑰𝑰𝑰á𝒙𝒙
Im =
𝝅𝝅

Valor Eficaz da Corrente


𝑰𝑰𝑰𝑰á𝒙𝒙
Ief =
√𝟐𝟐
Valor da Corrente máxima na carga com derivação
central
𝑽𝑽 𝒎𝒎á𝒙𝒙
Imáx =
𝑹𝑹+𝑹𝑹𝑹𝑹

Valor da corrente máxima na carga em ponte

𝑽𝑽𝑽𝑽á𝒙𝒙
Imáx =
𝑹𝑹+𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐

Dados:

Π = 3,14
RF = Resistora do Diodo
R= Rsistor da Carga
√𝟐𝟐 = 1,41

Tensao de Pico Inversa (VPI) na retificação de meia onda, é o valor


máximo da tensão inversa aplicada sobre o diodo em corte (off)

VPI = - V máx

Obs.: Quando nós falamos na retificação de meia onda, o valor médio da


tensão retificada é dada pela equação abaixo:

Vdc = 0,318 x Vmáx

Se a retificação for de onda completa, a tendão retificada é dada pela


equação Vdc = 0,636 x Vmáx alternada, para este circuito retificador, a
tensão de pico inversa (TIP) é dada pela seguinte equação TIP = 2 x Vmáx alt

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Transformador
É um “equipamento”, ou seja, é um equipamento formado por uma entrada
(primário) e uma saída (secundário). Entre a entrada e a saída, nos
encontramos enrolamentos duplo (enrolamento do primário e enrolamento do
secundário), nós podemos encontrar um enrolamento único
(autotransformador) a onde este enrolamento é um conjunto de espiras e
voltas feitas por um fio, aonde de acordo com a corrente nós podemos
encontrar um fio mais grosso ou um fio mais fino.
O transformador também apresenta um único núcleo, que pode ser de ferro laminado,
ferrite ou simplesmente o ar atmosférico.
Os transformadores de tensão entram com sinal alternado e saem com sinal alternado. Os
transformadores de tensão podem apresentar dois tipos de circuitos, como podemos ver
abaixo:

• Circuito Abaixador de Tensão: Apresenta determinado valor de tensão e na sua saída


trabalha com um valor numérico menor da tensão em relação à entrada.
Exemplo:
Um transformador de 110V para 12V e uma corrente de 500mA.
Um transformador de 220V de entrada e uma tensão de saída de 110V e uma corrente
igual à 5 A.

• Circuito Elevador de Tensão: Apresenta um determinado valor numérico na sua entrada,


enquanto que na sua saída apresenta um valor numérico maior do que o valor usado na
entrada.

Diagrama:

Vi = V1 = Vp Tensão do Primário
Vo =V2 = Vs Tensão do Secundário
Ii = I1 = Ip Corrente do Primário
I0 = I2 = Ip Corrente do Secundário
Ni = N1 = Np Enrolamento do Primário
No = N2 = Ns Enrolamento do Secundário

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Simbologia:
• Transformador com Núcleo de Ar

• Transformador de Núcleo de Ferrite

• Transformador de Núcleo de Ferro Laminado

• Autotransformador

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Relação da Tensão, da Corrente e das Espiras

V1 I2 I2 N1
= =
V2 I1 I1 N2
V1 N1 V1 I2 N1
= = =
V2 N2 V2 I1 N2

1 = Primário
2 = Secundário

Transistores
Os transistores trabalham com os materiais semicondutores (silício ou germânio), não esquecendo
que no processo de fabricação é uma mistura com outro material para fazer uma liga e com isto
fabricar o componente.

Os transistores também trabalham com a região de condução ( região on), é aonde a corrente de
coletor é máxima e a tensão do coletor e emissor é nulo. Assim também temos a região de corte(
região off), aonde nela encontramos a corrente do coletor mínima (nula) e tensão do coletor e
emissor máxima, isto ela assume o valor numérico igual a tensão que alimenta o circuito.

Os transistores podem apresentam uma variedade de tipos de modalidades, aonde cada um deles
tem a sua característica própria.

Os transistores bipolares de junção (TBJ), apresenta três terminais chamados de: base(b), coletor(c) e
emissor(e).

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Estes transistores pode ser PNP ou NPN, como podemos ver nas figuras abaixo:

Simbologia dos Transistores:

Como os transistores bipolares de junção apresenta o seu ponto de operação e neste ponto ou
região, nos encontramos:

1°. Tensão de trabalho máximo e mínimo;


2°. Corrente de trabalho ou operação máximo e mínimo;
3°. Potência de trabalho e
4°. Temperatura de trabalho.

Lembramos que estes parâmetros e mais outros que podem ser encontrados no manuais, que são
determinados pelos fabricantes.

Obs.: Todo transistor tem como finalidade amplificar o sinal.

Quando usamos os transistores em blocos de circuitos impresso e comum, usamos a palavra estagio,
como sinônimo de transistor.

Os transistores são considerados componentes eletrônicos que ampliam ou amplificam o sinal. Estes
componentes pode apresentar dois tipos de ganhos, ganho dinâmico e ganho estático, como vermos
abaixo:

1. Ganho Dinâmico (β)


É a razão entre a corrente do coletor (Ic) e a corrente da base (Ib), aonde este ganho
apresenta um valor numérico inteiro, e sempre é muito maior que a unidade. Lembrando
que o ganho é adimensional ( não tem unidade);
Ic
β=Ib

2. Ganho Estático (α)

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É a razão entre a corrente do coletor (Ic) e a corrente do emissor(Ie). Este apresenta o


resultado menor ou igual a unidade. Também é adimensional.
Ic
α= Ie

Obs.: Nós podemos tirar ou calcula o ganho dinamico (β) em função do ganho estático (α) ou
vice-versa, como podemos ver a seguir:

β α
α=β+1 β = 1− α

aonde:
α = Ganho Estático
β = Ganho Dinâmico

Corrente de coletor, tensão do coletor emissor e


potência
Os transistores bipolares de junção, como vimos anteriormente podem ser PNP ou NPN e
portanto apresentam as correntes dos seguintes sentidos, como veremos abaixo:

PNP= ∑ IE = IB+IC
NPN = ∑ IE = IC+IB

Obs.: Geralmente a corrente do coletor (Ic) é expressa em mili ampère(mA), assim como a
corrente da base(Ib) é expressa em microampère(µA). Quando trabalhamos com circuitos
transistorizados (projetos), consideramos a corrente do coletora igual a corrente do emissor,
com isso estamos considerando a corrente da base muito baixa, ou seja, Ib=0.
Quando trabalhamos com TBJ, nos projetos de circuito transistorizado uma etapa rotineira é
a polarização de transistores envolvidos. Vários fatores devem ser usados em conta, como
por exemplo: as tolerâncias envolvidas, a potência necessária para o circuito, as fontes de
tensão necessárias para alimentar o circuito, etc.

Os transistores bipolares de junção (TBJ), como possuem três terminais (base, coletor,
emissor), teremos três configurações básicas, como podemos observar abaixo:

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Emissor Comum (EC)

Base Comum (BC)

Coletor Comum (CC)

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Nas configurações dadas a mais usada, é a emissor comum e por isso, é a que estudaremos:

Características
Configuração Ganho de Ganho de Resistencia de Resistencia de
Corrente Tensão Entrada Saída
Emissor comum Elevado Elevado Média Alta
Base comum >1 Elevado Baixa Alta
Coletor comum Elevado ≤1 Mto. Baixa Mto. Baixa

Usualmente os fabricantes de transistores fornecem gráficos que permitem ao projetista


visualizar o comportamento do transistor em varias condições.
Dois gráficos são importantes seguindo esta analise.
O gráfico da corrente da base(Ib) em função da tensão da base emissor (VBE) e o gráfico da
corrente do coletor (Ic) em função da corrente da base (Ib) e da tensão do coletor
emissor(VCE), para uma temperatura de 25°C. Note que o comportamento desta junção é
não linear, crescendo rapidamente. Em geral queremos que o transistor trabalhe numa
região linear, para evitar distorções no sinal. Por outro lado, devido ao fato da corrente da
base subir violentamente a partir de 0,6V, evita-se de escolher uma tensão de base emissor
muito acima de 0,7V.
Assim em geral, escolhe-se um valor entre 0,6 e 0,7V.

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Este grafico acima fornece o valor da corrente da base, a corrente do coletor e a tensao do
coletor emissor.
Estas curvas caracteristicas são importantes, porque permitem visualizar o comportamento
do transistor em diversas condições e podemos observar que uma pequena variação na
corrente da base provoca uma grande variação na corrente do coletor, o que permitem usar
o transistor como amplificador e corrente.

Reta de Carga

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O transistor como todo dispositivo ativo, controla uma carga e apresenta um determinado
valor de resistencia. Na montagem emissor comum, consideramos como carga a impedancia
por onde passa a corrente do coletor( um resistor ligado a tensao de alimentação do coletor,
como por exemplo).
Se ligarmos um resistor tambem entre o terrsa e o emisso, temos uma carga formada pela as
duas resistencias, como veremos adiante na polarização de transistores.

Polarização de Transistores
Neste tópico nós vamos analisar o comportamento do sinal, através do circuito
transistorizado, determinando equações de tensão e corrente, calculando com isso os seus
valores numéricos.
Quando falamos em polarização de transistores, nós podemos encontrar alguns tipos de
circuitos, que tem por objetivo de lidar uma base, para você poder calcular outros circuitos.

Ie=IC+Ib
VRC= RC.IC
VRB= RB.IC
Analisando a malha de fora, temos:
VCC=VRC+VCE
VCC= RC.IC+VCE
VCC-VCE=RC.IC
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
IC= 𝑅𝑅𝑅𝑅
Analisando a malha de dentro, temos:
VCC=VRB+VBE
VCC=RB.IB+VBE
VCC-VBE = RB.IB

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𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
IB= 𝑅𝑅𝑅𝑅
Lembrando que quando o transistor é de silício (geralmente VBE=0.7V) e germânio (VBE
=0,2V).

Cálculo das correntes do projeto


Cálculo IC IC=IE

VCC=VRC+VCE+VRE
VCC= RC.IC+VCE+RE.IE
VCC= RC.IC+VCE+RE.IC
VCC-VCE=RC.IC+RE.IC
VCC-VCE=(RC+RE).IC
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
IC=
𝑅𝑅𝑅𝑅+𝑅𝑅𝑅𝑅

Cálculo IB IC=IE

VCC=VRB+VBE+VRE
VCC=RB.IB+VBE+RE.IE
VCC-VBE-RE.IC=RB.IB
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑅𝑅𝑅𝑅.𝐼𝐼𝐼𝐼
IB=
𝑅𝑅𝑅𝑅

VCC=RB.IB+VBE+RE.IE
VCC=RB.IB+VBE+RE(IC+IB)
VCC=RB.IB+VBE+RE.IC+RE.IB
VCC-VBE-RE.IC=IB(RB+RE)
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉−𝑅𝑅𝑅𝑅.𝐼𝐼𝐼𝐼
IB=
𝑅𝑅𝑅𝑅+𝑅𝑅𝑅𝑅

Circuito Auto Polarizado


É um circuito transistorizado, apresenta um resistor do coletor, um resistor do emissor e dois
resistores ligados à base, formando um divisor de tensão em relação a base sendo que numa das
extremidades destes resistores esta ligado a fonte de tensão (terminal positivo) e a outra
extremidade esta ligado a saída de RE (terminal negativo da fonte), como podemos observar abaixo.
Lembrando que o resistor tem como finalidade a limitação da corrente, através da resistência do
componente.

Divisor de tensão
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉.𝑅𝑅2
VA= 𝑅𝑅1+𝑅𝑅2

Resistor Equivalente

RA= R1//R2
𝑅𝑅1.𝑅𝑅2
RA= 𝑅𝑅1+𝑅𝑅2

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Apostila Eletrônica – Eletrotécnica

Redesenhando o circuito (CKT)

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