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COSMOGÊNESE
Por H. P. Blavatsky
Ed. Pensamento
PROÊMIO
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Proêmio
Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
ANTE os OLHOS da escritora está um manuscrito arcaico,
uma coleção de folhas de palma que se tornaram
impermeáveis à água e imunes à ação do fogo e do ar, por
algum processo específico desconhecido. Vê-se na primeira
página um disco de brancura sem mácula, destacando-se
sobre fundo de um negro intenso.
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
Na página seguinte aparece o mesmo disco, mas com um
ponto no centro. O primeiro representa o Cosmos na
Eternidade, antes do despertar da Energia ainda em
repouso, a emanação do Verbo em sistemas posteriores. O
ponto no círculo, até então imaculado, Espaço e Eternidade
em Pralaya, indica a aurora da diferenciação.
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
É o ponto dentro do Ovo do Mundo, o germe interno de
onde se desenvolverá o Universo, o Todo, o Cosmos infinito
e periódico; germe que é latente e ativo, revezando-se
periodicamente os dois estados. O único círculo é a
Unidade Divina, de onde tudo procede e para onde tudo
retorna: sua circunferência, símbolo forçosamente
limitado, porque limitada é a mente humana, indica a
PRESENÇA abstrata e sempre incognoscível, e seu plano, a
Alma Universal, embora os dois sejam um.
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
Sendo branca a superfície do disco e negro todo o fundo
que o rodeia, isso mostra que esse plano é o único
conhecimento, não obstante ainda obscuro e nebuloso, que
ao homem é dado alcançar. No plano têm origem as
manifestações manvantáricas, porque é naquela ALMA que,
durante o Pralaya, dorme o Pensamento Divino, no qual jaz
oculto o plano de todas as cosmogonias e teogonias
futuras.
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
É a VIDA UNA, eterna, invisível - mas onipresente; sem
princípio nem fim - mas periódica em suas manifestações
regulares (em cujos intervalos reina o profundo mistério
do Não-Ser); inconsciente - mas Consciência absoluta;
incompreensível - mas a única realidade existente por si
mesma; em suma, "um Caos para os sentidos, um Cosmos
para a razão".
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Seu atributo único e absoluto, que é Ele mesmo, o
Movimento eterno e incessante, é chamado,
esotericamente, o Grande Alento, que é o movimento
perpétuo do Universo, no sentido de Espaço sem limites e
sempre presente;
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
Desde o aparecimento dos arquitetos do globo em que
vivemos, a Divindade não revelada foi reconhecida e
considerada sob o seu único aspecto filosófico — o
Movimento Universal, a vibração do Alento criador na
Natureza;
O movimento intracósmico é eterno e incessante; o
movimento cósmico, o que é visível ou objeto da
percepção, é finito e periódico. Como eterna abstração, é o
Sempre Presente; como manifestação, é finito, na direção
do futuro e na direção do passado, sendo estes dois o Alfa e
o Ômega das reconstruções sucessivas.
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Páginas de Uns Anais Pré-Históricos
O Cosmos — o Númeno — não tem nada que ver com as
relações causais do mundo fenomenal. Só em relação à
Alma intracósmica, ao Cosmos ideal no imutável
Pensamento Divino é que podemos dizer: "Jamais teve
começo, nem jamais terá fim." Quanto ao seu corpo ou
organismo cósmico, ainda que se não possa dizer que haja
tido uma primeira construção ou deva ter uma última, em
cada novo Manvantara pode esse organismo ser havido
como o primeiro e o último de sua espécie, pois evoluciona
cada vez para um plano mais elevado...
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"A Doutrina Esotérica” ensina, tal como o budismo e o
bramanismo, e também a Cabala, que a Essência Una, infinita
e desconhecida existe em toda a eternidade, e que é ora ativa,
ora passiva, em sucessões alternadas, regulares e harmônicas.
Na linguagem poética de Manu, chamam-se esses estados
Dias e Noites de Brahmâ. Este último se encontra 'desperto'
ou 'adormecido'. Os Svâbhâvikas, ou filósofos da mais antiga
escola do budismo (e que ainda existe no Nepal), limitam suas
especulações ao estado ativo da 'Essência', a que dão o nome
de Svâbhâvat, e pensam que é insensato construir teorias
acerca do poder abstrato e 'incognoscível' em sua condição
passiva.
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Daí o serem chamados ateus pelos teólogos cristãos e pelos
sábios modernos, incapazes uns e outros de compreender
a lógica profunda daquela filosofia. Os teólogos não
querem admitir outro Deus senão o que personifica as
potências secundárias que deram forma ao universo visível
— aquele que passou a ser o Deus antropomórfico dos
cristãos, o Jehovah masculino, branindo no meio dos
trovões e dos raios.
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Se olharmos a filosofia destes últimos em apenas um de
seus aspectos, poderão os nossos materialistas ter razão à
sua maneira. Sustentam os budistas que não há Criador,
mas uma infinidade de potências criadoras, que formam
em seu conjunto a substância una e eterna, cuja essência é
inescrutável e, por conseguinte, insuscetível de qualquer
especulação por parte de um verdadeiro filósofo. Sócrates
recusava-se invariavelmente a discutir sobre o mistério
universal, e nem por isso ocorreu a ninguém acusá-lo de
ateísmo, exceto aqueles que desejavam sua morte.
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Ao iniciar-se um período de atividade — diz a Doutrina
Secreta — dá-se uma expansão daquela Essência Divina, de
fora para dentro e de dentro para fora, em virtude da lei
eterna e imutável, e o universo fenomenal ou visível é o
resultado último da longa cadeia de forças cósmicas, postas
assim em movimento progressivo. Do mesmo modo,
quando sobrevém a condição passiva, efetua-se a contração
da Essência Divina, e a obra anterior da criação se desfaz
gradual e progressivamente, o universo visível se
desintegra, os seus materiais se dispersam, e somente as
"trevas" solitárias se estendem, uma vez mais, sobre a face
do "abismo".
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Para usar uma metáfora dos
livros secretos, que tornará
ainda mais clara a idéia, uma
expiração da "essência
desconhecida" produz o
mundo, e uma inspiração o faz
desaparecer. É um processo
que se observa por toda a
eternidade, e o nosso atual
universo não representa
senão um dos termos da série
infinita — que não teve
princípio nem terá fim.
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O trecho acima será explicado na presente obra. E se bem
que nada contenha de novo para o orientalista, tal como se
acha escrito, sua interpretação esotérica pode encerrar
muita coisa que até o momento permaneceu
completamente ignorada dos eruditos ocidentais..
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A primeira figura é um disco simples:
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A segunda é um disco com um
ponto no centro, um símbolo
arcaico que representa a
primeira diferenciação nas
manifestações periódicas da
Natureza eterna, sem sexo e
infinita, "Aditi em AQUILO" , ou
o Espaço potencial no Espaço
abstrato.
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Na terceira fase, o ponto se
transforma em um diâmetro, é
o símbolo da Mãe-Natureza,
divina e imaculada, no
Infinito absoluto, que abrange
todas as coisas.
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Quando o diâmetro horizontal
se cruza com um vertical, o
símbolo se converte na cruz do
mundo. A humanidade
alcançou sua Terceira Raça-
Raiz: é o signo do começo da
vida humana.
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Quando a circunferência
desaparece, ficando apenas a
cruz, este signo representa a
queda do homem na matéria,
começando então a Quarta
Raça. A Cruz inscrita no círculo
simboliza o Panteísmo puro;
suprimido o círculo, passa a ser
um símbolo fálico.
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Por meio do terceiro símbolo – o círculo dividido em dois
pelo diâmetro horizontal – se dava a entender a primeira
Manifestação da Natureza criadora ainda passiva (porque
feminina). Daí ser a Natureza Feminina e as divindades
femininas mais sagradas que as masculinas;
A Natureza é feminina e o Princípio Espiritual que a
fecunda permanece oculto (Mistério da Conceição
Imaculada);
Com a linha vertical acrescentada ao diâmetro horizontal,
forma-se o Tau – T . Este foi o símbolo da Terceira Raça até
sua queda simbólica, ou seja, a separação dos sexos por
evolução natural.
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Então a figura passou a ou a vida assexuada modificada
e dividida que transformou-se depois no emblema egípcio
da vida , e depois no símbolo de Vênus.
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Espera-se que a leitura do presente livro contribua para
modificar as idéias errôneas que o público tem em geral a
respeito do Panteísmo;
Sendo Parabrahman (dos hindus) o representante das
divindades ocultas e inominadas de outras nações e o
Princípio absoluto, é o protótipo de todas as demais
divindades;
Parabrahman não é Deus como não é um Deus. Como
Realidade sem par, é o cosmos que tudo contém – no
sentido espiritual mais elevado;
Como Aquilo, ele não pode ser sujeito de cognição.
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“No princípio, o universo fenomenal (jagat) era Ele mesmo,
um somente” (Sankârachârya);
Dizer que Isto não pode criar, não significa negar a
existência de um Criador (ou melhor, agregado coletivo de
criadores). Significa reconhecer que um ato finito como o
da formação não pode ser atribuído a um Princípio
Infinito;
Parabrahman. sendo o Todo Supremo. não pode ter
atributos. O Absoluto exclui naturalmente toda a idéia de
finito ou condicionado;
O Vedantinos afirmam que só a emanação de Parabrahman,
Ishvara em união com Mâyâ e Avidyâ, possui atributos.
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Para os sentidos e percepções dos seres finitos, AQUILO é o
Não-Ser, no sentido de que é a Seidade Una;
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Brahman (neutro), o não manifestado é o Universo in
abscondito e Brahmâ, o manifestado, é o Logos macho-
fêmea ;
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Em seguida vem a religião judaica que, esotericamente,
acompanha a linha do magismo babilônico.
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O Quinto Elemento não é o Éter imaginado por Sir Isaac
Newton;
As Estâncias apresentadas neste livro tratam
unicamente da cosmogonia de nosso sistema
planetário e do que é visível em torno dele, após um
Pralaya solar;
Os ensinamentos secretos referentes à evolução do Cosmos
Universal não podem ser expostos, pois seriam
incompreensíveis no momento;
Antes de apresentarmos as Estâncias do Livro de Dzyan, é
necessário que se apresente alguns conceitos
fundamentais que interpenetram todo o sistema de
pensamento para o qual vamos dirigir a atenção.
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A Doutrina Secreta estabelece três proposições
fundamentais:
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Assim, há uma Realidade Absoluta anterior a tudo o
que é manifestado ou condicionado. É a Raiz sem Raiz de
tudo quanto foi, é e será. É desprovida de qualquer atributo
e permanece essencialmente sem nenhuma relação com o
Ser manifesto e finito;
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Este segundo asserto é a universalidade absoluta da lei de
periodicidade, de fluxo e refluxo, de crescimento e
decadência, como Vida e Morte, Dia e Noite, Sono e Vigília
etc.
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III. A identidade fundamental de todas as Almas com a
Alma Suprema Universal, sendo esta última um
aspecto da Raiz Desconhecida; e a peregrinação
obrigatória para todas as Almas através do Ciclo de
Encarnação, ou de Necessidades, durante todo este
período.
Assim, nenhum Buddhi puramente espiritual (Alma
Divina) pode ter uma existência consciente independente,
antes que a centelha emanada da Essência Pura do Sexto
Princípio Universal – ou seja, da ALMA SUPREMA – haja
passado por todas as formas elementais pertencentes ao
mundo fenomenal do Manvantara, e adquirido a
individualidade. Primeiro por impulso natural e depois
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à custa dos próprios esforços, conscientemente dirigidos e
regulados pelo Carma, escalando assim todos os graus de
inteligência, desde o Manas inferior até o Manas superior;
desde o mineral e a planta ao Arcanjo mais sublime
(Dhyani-Buddha);
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Por isso dizem os hindus que o Universo é Brahman e
Brahmâ; porque Brahman está em todo átomo do Universo,
sendo os seis princípios da natureza a expressão ou os
aspectos vários e diferenciados do Sétimo e Uno, a
Realidade única do Universo, seja cósmico ou
microcósmico; e ainda porque as permutações psíquicas,
espirituais e físicas do Sexto (Brahmâ, o veículo de
Brahman), no plano da manifestação e da forma, são
consideradas, por antífrase metafísica, ilusórias e
mayávicas. Embora a raiz de todos os átomos,
individualmente, e de todas as formas, coletivamente, seja
o Sétimo Princípio, ou a Realidade Una, em sua aparência
manifestada, fenomenal e temporária tudo isso não é senão
uma ilusão efêmera dos nossos sentidos.
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Em seu modo de ser absoluto, o Princípio Uno, sob seus
dois aspectos, Parabrahman e Mûlaprakriti, não tem sexo, é
incondicionado e eterno. Sua emanação manvantárica,
periódica, ou irradiação primária, é também una,
andrógina e finita em seu aspecto fenomenal. Quando, por
sua vez, a emanação irradia, todos os seus raios são
igualmente andróginos, convertendo-se nos princípios
masculino e feminino em seus aspectos inferiores.
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Depois de um Pralaya, quer seja o Grande Pralaya ou o
Pralaya Menor — deixando este último os mundos em statu
quo — o primeiro a despertar para a vida ativa é o plástico
Âkâsha, o Pai-Mãe, o Espírito e a Alma do Éter, ou seja, o
Plano do Círculo. O Espaço é chamado a Mãe, antes de sua
atividade cósmica, e Pai-Mãe no primeiro estágio do seu
despertar. Na Cabala ele é também Pai-Mãe-Filho. Mas,
enquanto na doutrina oriental constituem estes o Sétimo
Princípio do Universo Manifestado, ou Âtmâ- Buddhi-Manas
(Espírito-Alma-Inteligência), ramificando-se e dividindo-se a
Tríade em sete Princípios Cósmicos e em sete Princípios
Humanos, na Cabala ocidental dos místicos cristãos
correspondem à Tríade ou Trindade, e, entre os seus
ocultistas, ao Jehovah macho-fêmea, Jah-Havah. Nisso
consiste toda a diferença entre as Trindades esotérica e cristã.
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Tais são os conceitos fundamentais em que assenta a
Doutrina Secreta. Não é esta a ocasião própria para fazer-
lhes a defesa ou dar provas de sua razão de ser, nem
podemos tampouco deter-nos em demonstrar que em
verdade se acham eles no fundo de todos os sistemas de
filosofia digno deste nome, embora, por vezes, sob
enganosas aparências;
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A Estância III descreve o despertar do Universo para a
vida após o Pralaya. Mostra o emergir das Mônadas do seu
estado de absorção no UNO; é o primeiro e o mais alto
estádio na formação dos Mundos — podendo aplicar-se o
termo Mônada tanto aos vastos Sistemas Solares como ao
átomo mais íntimo;
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A Estância IV expõe a diferenciação do "Germe" do
Universo na Hierarquia Setenária de Poderes Divinos
conscientes, que são as manifestações ativas da Suprema
Energia Una. São eles os construtores e modeladores, numa
palavra, os criadores de todo o Universo manifestado, no
único sentido em que se faz inteligível o nome de "Criador";
dão forma ao Universo e o dirigem; são os Seres
inteligentes que ajustam e controlam a evolução,
encarnando em si mesmos aquelas manifestações da Lei
Una que conhecemos como "Leis da Natureza“;
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A Estância VI indica as fases subseqüentes da formação de
um "Mundo", descrevendo a evolução deste Mundo até o
seu quarto grande período, que corresponde àquele em
que vivemos presentemente;
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As Estâncias, que formam a tese de todas as seções, estão
reproduzidas mediante sua tradução em linguagem
moderna;
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Considerou-se útil dispor textos e comentários uns após
outros, empregando, onde quer que se fizesse necessário,
nomes sânscritos e tibetanos de preferência aos originais
— o que só trará benefício à compreensão, tanto mais que
esses nomes são todos aceitos como sinônimos, e os
últimos são usados apenas entre os Mestres e seus Cheias
(discípulos);
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O leitor não teósofo pode, se bem lhe parece, ver em tudo o
que se segue não mais que um conto de fadas; ou, quando
muito, uma especulação de sonhadores, destituída de
provas; ou, ainda, uma nova hipótese, entre tantas outras,
científicas, passadas, presentes e futuras, algumas já
condenadas outras em posição de simples expectativa. Esta
hipótese, em todo caso, não é menos científica do que
muitas das teorias a que se empresta semelhante caráter;
mas é, certamente, mais filosófica e mais provável.
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