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JUNHO 2010
Operação tapa-buracos
com misturas asfálticas a frio
COMISSÃO TÉCNICA DA ABEDA
COMISSÃO TÉCNICA DA ABEDA
JUNHO 2010
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INFORMATIVO TÉCNICO Nº
Operação tapa-buracos
com misturas asfálticas a frio
Sumário
Apresentação 3
1. Introdução 5
2. Considerações preliminares 5
2.1. PRÉ-MISTURADO A FRIO – PMF COM EMULSÃO 5
ASFÁLTICA CATIÔNICA
3. Campo de aplicação 6
4. Materiais e equipamentos 6
4.1. MATERIAIS 6
4.1.1. EMULSÃO ASFÁLTICA CATIÔNICA 6
4.1.2. MATERIAIS PÉTREOS (AGREGADOS) 7
4.1.2.1. FAIXAS GRANULOMÉTRICAS 7
4.2. EQUIPAMENTOS 7
4.2.1. USINA DE PRÉ-MISTURADO A FRIO (PMF) 9
4.2.1.2. TANQUES DE ESTOCAGEM DE EMULSÃO ASFÁLTICA 10
4.2.1.3. DEPÓSITO PARA AGREGADOS (SILOS) 10
4.2.2. SERVIÇOS EM BETONEIRA 10
4.3. COMPOSIÇÃO DA MASSA DE PMF 11
4.3.1. PRODUÇÃO EM USINA 11
4.3.2. PRODUÇÃO EM BETONEIRA 11
4.3.2.1. PREPARAÇÃO DA MISTURA 12
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Operação tapa-buracos
com misturas asfálticas a frio
1. Introdução
O serviço de tapa-buraco com emulsões asfálticas constitui o sistema mais simples para
a manutenção de pavimentos e, em geral, é empregado em planos emergenciais rodoviários
e de vias urbanas.
Na execução do tapa-buraco, entre os inúmeros serviços que podem ser executados com
emulsões asfálticas, um dos mais empregados é o pré-misturado a frio (PMF).
A facilidade da produção de massa asfáltica em usina apropriada ou betoneira, bem como
na execução dos serviços, faz com que essa alternativa ganhe espaço em muitas obras em
que não se dispõe de grandes recursos financeiros e operacionais.
2. Considerações preliminares
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3. Campo de aplicação
A superfície dos pavimentos sofre deterioração sob a ação das características do tráfego
e do intemperismo.
Inicialmente surgem os defeitos superficiais, representados por fissuras e trincas que afe-
tam o revestimento asfáltico. Na sequência aparecem as degradações médias (panelas), ain-
da sem o comprometimento das camadas de base. No estágio final, surgem as degradações
profundas (trincas de alta severidade e buracos) que afetam também as camadas subjacentes
do pavimento.
Os primeiros defeitos oriundos de degradações superficiais, se não sanados com ações
preventivas, por exemplo, selagem de trincas, microrrevestimento e/ou lama asfáltica, neces-
sitarão, num curto período de tempo, de intervenções emergenciais para restabelecer as con-
dições de serventia do pavimento. Nesse caso, devem ser empregados os serviços corretivos
de tapa-buracos.
O retardamento da execução dessas operações poderá resultar no comprometimento es-
trutural demandando uma restauração mais pesada e onerosa, ou até mesmo a reconstrução
total do pavimento.
4. Materiais e equipamentos
4.1. MATERIAIS
4.1.1. EMULSÃO ASFÁLTICA CATIÔNICA
De uma forma geral em pré-misturados a frio (PMF) aberto emprega-se emulsão asfáltica
de ruptura média, tipo RM-1C e em PMF semidenso ou denso é utilizada emulsão lenta, tipo
RL-1C. Antes de aplicar o PMF deve ser aplicado sobre o substrato a emulsão de ruptura rá-
pida, RR-2C, para promover a ligação entre as camadas (pintura de ligação). Se requerido no
projeto, o ligante asfáltico pode ser modificado por polímeros, para atender a características
específicas de clima e tráfego.
4.2. EQUIPAMENTOS
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Figura 1 – Utensílios para execução do tapa-buraco
Silos de agregados
1 2 Dosadores de agregados
Correia transportadora
Pug-mill
Registro de emulsão
Bomba de emulsão
Comporta
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A usina deverá estar equipada com misturador tipo Pug-mill, com eixo duplo conjugado,
provido de palhetas reversíveis e removíveis. O misturador deve ainda possuir dispositivo de
descarga com fundo ajustável e dispositivo para controlar o ciclo completo de mistura.
Os silos deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do mistura-
dor e serão divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequada-
mente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deverá possuir dispositivos
adequados de descarga. Haverá, se necessário, um silo para o “fíler” conjugado com dispo-
sitivos para sua dosagem.
Os silos de agregados deverão dispor de comportas reguláveis e capacidade suficiente
para que a alimentação da correia transportadora seja controlada e contínua.
Nota: Para a calibragem da usina de PMF deverá ser seguida a dosagem dos materiais cons-
tituintes da mistura, elaborada previamente em laboratório capacitado.
Para serviços de pequena quantidade a massa de PMF poderá ser produzida em betoneira.
Sabe-se que 1,0 m³ de pré-misturado a frio aberto compactado com espessura média de
5,0 cm cobre uma área de aproximadamente 20,0 m² consumindo em torno de 6,0 l/m² a
7,0 l/m² de emulsão RM-1C. Para misturas mais densas, esse consumo passa a ser de 9,0
l/m² a 10,0 l/m².
Para dimensionarmos uma dosagem em betoneira temos que conhecer alguns parâmetros
e procurar ajustá-los à realidade.
EXEMPLO 1: Vamos exemplificar o que seria uma dosagem em betoneira para um traço
de pré-misturado a frio aberto utilizando os agregados da tabela abaixo:
Vamos utilizar uma betoneira com capacidade de 360 litros, dos quais poderemos ocupar
até 2/3 desse volume, portanto, 240 litros. Vamos dimensionar também uma padiola padrão
para que receba um volume de 20 litros.
Essa padiola terá as seguintes dimensões: 29,5 cm x 35,0 cm de boca com 20,0 cm
de altura. Conhecendo o peso específico dos agregados para misturas abertas, que na média
adotaremos como 1.400 kg/m³, dosamos nosso traço.
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Como a capacidade de utilização da nossa betoneira será de 240 litros poderemos traba-
lhar com as seguintes quantidades de agregados.
EM VOLUME:
– 2 padiolas de brita 2 = 40 litros
– 4 padiolas de brita 1 = 80 litros
– 4 padiolas de pedrisco = 80 litros
– TOTAL 200 litros
EM PESO:
– Brita 2 = 56,0 kg
– Brita 1 = 112,0 kg
– Pedrisco = 112,0 kg
EXEMPLO 2: Agora vamos exemplificar uma dosagem para um pré-misturado a frio denso.
A padiola será a mesma do Exemplo 1 apenas vamos alterar o peso específico do agrega-
do que, por ser de granulometria mais fechada, será de 1.600,0 kg/m³.
EM VOLUME:
– 2 padiolas de brita 1 = 40 litros
– 4 padiolas de pedrisco = 80 litros
– 4 padiolas de pó de pedra = 80 litros
– TOTAL 200 litros
EM PESO:
– Brita 1 = 64,0 kg
– Pedrisco = 128,0 kg
– Pó de pedra = 128,0 kg
A preparação pode ser considerada ideal quando o PMF sai da betoneira completamente
envolvido e sem escorrer a fase líquida, ou seja, sem haver segregação dos materiais.
Considerações:
Nas misturas com emulsão RM-1C não deverá ser usada pedra britada contaminada por
pó, pois a emulsão envolverá apenas o pó, deixando de recobrir as partículas maiores.
A betoneira deverá ser limpa periodicamente para tirar a crosta de argamassa fina que se
deposita nas suas paredes.
6. Execução do tapa-buraco
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O buraco a ser reparado deve ser, previamente, preparado segundo procedimentos usuais;
obedecendo-se à tecnologia habitual, conformação de seus lados segundo figura geométrica
regular (requadramento), varreção, pintura de ligação e aplicação de base (se necessário),
conforme ilustrado nas Figuras 5, 6, 7 e 8.
O PMF, quando utilizado como camada de rolamento, deve ser aplicado na espessura
máxima de 5 cm.
Se a profundidade do buraco for maior que 5 cm, deve-se completar a estrutura do pavimento
com material de base ou colocar uma camada de PMF intermediária (faixa B do DNIT).
Após a compactação da camada intermediária, completa-se o buraco em reparo com o PMF
que servirá de camada de rolamento.
O PMF deve ser aplicado com espessura adicional de cerca de 1,0 cm em relação ao nível
(cota) do pavimento remanescente para evitar que o local reparado tenha seu perfil alterado por
efeito da compactação empregada pela ação do trânsito.
1º Passo 2º Passo
3º Passo 4º Passo
5º Passo 6º Passo
7º Passo
De qualquer maneira, a compactação será completada pelo próprio trânsito. Após alguns
dias o PMF estará completamente consolidado.
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7. CONSIDEREÇÕES FINAIS
Bibliografia
1. de Senso, Wlastermiler. Manual de técnicas de pavimentação. Volumes I e II. 1. ed.
São Paulo: Pini, 2001.
2. Instituto de Asfalto. Manual de asfalto. Lexington, KY – EUA. Escritórios Executivos e
de Pesquisa, Revisado 2002.
3. Santana, Humberto. Manual de pré-misturado a frio. Rio de Janeiro: IBP/Comissão de
Asfalto, 1992.
4. Syndicat dês Fabricants d’Élmusions Routières de Bitume. Emulsões asfálticas e suas
aplicações rodoviárias. Rio de Janeiro: IBP, 1983 (Tradução Saul Birman).
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