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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


FACULDADE DE LETRAS
LINGUÍSTICA III
PROFESSORA: Adriana Leitão Martins

AULA 17: TEORIA DO CASO II

1. ADJETIVOS E NOMES – O FENÔMENO OF-INSERTION (INSERÇÃO DA


PREPOSIÇÃO)
a) João inveja Maria.
b) *João é invejoso(A) Maria
c) João é invejoso de Maria.
d) *João tem medo(N) Maria.
e) João tem medo de Maria.
• A sentença em (b) é agramatical porque o adjetivo não pode
atribuir caso ao substantivo Maria e a sentença em (c) é gramatical
porque a preposição de pode atribuir caso (oblíquo) ao substantivo
Maria. Do mesmo modo a sentença em (d) é agramatical porque o
nome medo não é atribuidor de caso.

2. MARCAÇÃO EXCEPCIONAL DE CASO (ECM: Exceptional Case Marking)


a) I believe [that [John is honest]]
b) I believe [John to be honest]
c) I believe [him to be honest]

3. ADJACÊNCIA E ATRIBUIÇÃO DE CASO


a) John [ VP speaks English fluently].
b) *John speaks fluently English.
c) John sincerely believes [ IP English to be important] ECM
• O atribuidor de caso não pode ser separado do NP que ele caso-
marca.
• O requerimento de adjacência parece não ser universal, tendo em
vista a possibilidade expressa na sentença em (d).
d) Jean fait lentement ses devoirs.
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4. PASSIVIZAÇÃO
a) A Itália venceu a Bélgica nas semi-finais.
b) A Bélgica foi vencida nas semi-finais.
c) A Bélgica foi vencida pela Itália nas semi-finais.
• Passivização:
⇒ a morfologia do verbo é afetada (o verbo vencer aparece no
particípio com o verbo auxiliar ser);
⇒ o papel temático externo é absorvido (o agente da atividade
não é expresso por um NP numa posição A);
⇒ o caso estrutural do verbo é absorvido (o verbo perde a
especificação [-N], o que o torna semi-verbal e semi-
adjetival);
⇒ o NP ao qual é atribuído o papel temático interno move-se
para uma posição onde possa receber caso;
⇒ o movimento do NP é permitido porque a posição do sujeito
é vazia.

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