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Resumo
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Sumário
1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Considerações finais
4. Referências bibliográficas
1. Introdução
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Esta dissertação, para atender seu objetivo, apresenta estrutura simples e
direta: parte da apresentação de cada pensador e o desenvolvimento do entendimento
em separado; e no item posterior, destaco semelhanças e divergências de ideias.
2. Desenvolvimento
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2.1. Padre Antonio Vieira e a liberdade
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Pretendo evitar o tema complexo sobre a relação entre escravidão e a
catequese praticada. Terei foco nos conceitos cristãos de que a "escravidão" pode ser
justificada como "decisão divina" e contra a qual os escravos não poderiam se opor.
Mas, outro conceito básico, de características evangélicas, determina a igualdade natural
entre todos os homens. Vieira desenvolveu o conceito de liberdade para os indígenas,
mas, também, sabe-se que ele aceitava a escravização para índios que eram prisioneiros
de guerra, os que praticavam antropofagia ou que tornavam-se, por livre vontade,
escravos da Fazenda Real. Condenava as demais formas de escravização, invasão de
aldeias protegidas pelos jesuítas, aos quais chamava de "ilícitos".
Em 1661, expulso por colono do Maranhão e Grão-Pará, pregou em
Portugal sua posição quanto à escravidão na Colônia do Brasil:
"Não é minha tenção que não haja escravos, antes procurei nesta corte,
como é notório e se pode ver da minha proposta, que se fizesse, como se fez,
uma junta dos maiores letrados sobre este ponto, e se declarassem, como se
declararam por lei – que lá está registrada – as causas do cativeiro lícito. Mas,
porque queremos só os lícitos, e defendemos os ilícitos, por isso nos não querem
naquela terra, e nos lançam dela ".
A postura de Vieira e da Companhia de Jesus com relação à escravidão,
está de acordo com a tradição cultural cristã e teólogos clássicos do cristianismo, pois a
“escravidão do corpo” não é obstáculo para a salvação da alma.
Tanto em Santo Agostinho, como em São Tomás de Aquino, encontramos
justificativas para a escravidão para os que resistem à fé cristã e aqueles que “nasceram”
para serem escravos. Vieira pregava aos negros que, eles, por suas características
naturais, tinham a escravidão como a única forma de transformá-los em verdadeiros
cristãos e candidatos à vida-eterna.
O Padre Antonio Vieira atuou no seguinte cenário: o modelo colonial
português, adotado no Brasil (entre os séculos XVI e XIX), que tinha por base o
trabalho do escravo negro, os arbitrários “senhores de engenho” e os demais obedientes
“vassalos”.
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inteligência, é concessão de Deus e que garantem a nossa semelhança. O que limita a
nossa potencialidade é o corpo, evitando que abusássemos desta liberdade. Percebemos,
aqui, a convivência pacífica entre o cristianismo e o liberalismo.
Somos merecedores desta liberdade devido ao nosso comportamento
moral. Diante desta ideia, Magalhães admite que Deus interfere parcialmente nos atos
humanos.
Em sua obra "Comentário e Pensamentos" ele reafirma o livre-arbítrio,
apesar daqueles que criticam e o definem como "liberdade como consciência de uma
possibilidade diversa", pois só há liberdade no "mundo dos possíveis". Magalhães
rebate com a seguinte afirmação: "É certo que a consciência não é profética; que não
temos consciência antecipada da escolha que faremos, e do modo por que nos
resolveremos; como também antes de pensar e de sentir, não temos consciência do que
pensaremos e sentiremos. Mas quando escolhemos, preferimos, e nos resolvemos, temos
consciência desses atos. E se os escolhemos mal, sentimos e temos consciência de ter
podido fazer melhor escolha. É quanto basta para que os consideremos agentes livres, e
afirmemos o nosso livre-arbítrio”.
Pressupunha que a liberdade é observada nos fatos concretos e
condicionada pelas necessidades; construída pelo ato humano e consequência da nossa
civilização. Aqui a liberdade tem função social. Mesmo a existência da escravidão não
impediria o pleno desenvolvimento da liberdade.
Magalhães considera a filosofia como indispensável à sociedade,
principalmente porque ela disponibiliza todos os elementos necessários à civilização
(moral, filosofia, motivação e artes).
Chega a propor, quando presidiu a comissão para a Instrução Pública
(1847), o ensino da religião oficial em todas as escolas.
3. Considerações Finais
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divina", uma concessão de Deus e, por isso, reforma o conceito cristão de nossa
semelhança.
Outra semelhança é a aceitação do trabalha escravo para a constituição de
uma sociedade. E de certo que por motivos diferentes: Vieira compara a escravidão a
uma "oportunidade" para a salvação, enquanto Magalhães vislumbra as imposições
econômicas de uma nação.
São dois séculos que separam estes pensadores, mas ficam evidentes as
influências europeias em suas ideias, principalmente do aristotelismo português.
4. Referências Bibliográficas
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ANTISERI, Dario e REALE, Giovanni. História da Filosofia. Tradução de Ivo
Stomiolo. SP: Paulus, 2003.
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