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Pacote de Teoria e Exercícios para Assistente da Conab

Língua Portuguesa – Prof. Albert Iglésia


Aula 8 – Concordância

Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa


expressão pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida, como
regra geral, entre o verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o
adjetivo, o numeral adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo a que se
referem. O primeiro tipo de relação é mais conhecido nos manuais de
gramática e nas salas de aula como concordância verbal; o segundo, como
concordância nominal.
Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções envolvendo
esse assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente de casos.
Começarei pelos que dizem respeito à concordância verbal. Vamos a eles!

Casos Gerais de Concordância Verbal

O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e


pessoa.

"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.)


"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.)

1. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Aux. de Enfermagem/2010 – adaptada)


Considere o trecho abaixo.

Entre as sugestões, está a publicação de decreto pela prefeitura


instituindo multa aos proprietários de terrenos que deixam acumular
água.

Se a palavra “publicação” fosse colocada no plural, o verbo estar


permaneceria inalterado.

Comentário – O núcleo do sujeito do verbo estar é justamente o termo


“publicação” (representa a terceira pessoa do singular). Como verbo e sujeito
devem concordar em número e pessoa, se a palavra “publicação” fosse
colocada no plural, o verbo estar deveria assumir a forma estão (representa a
terceira pessoa do plural): ...estão as publicações...

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Resposta – Item errado.

Quando o sujeito é composto, isto é, possuir mais de um núcleo,


verifica-se o seguinte:

1. Representado por pessoas gramaticais diferentes  a primeira pessoa


(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência
sobre a terceira (ELES).

Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos.


Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta)
Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que os
pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são
frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o
verbo para a terceira pessoa)

2. Anteposto ao verbo  o verbo ficará sempre no plural (concordância rígida


ou gramatical).

Pai e filho conversaram longamente.


As imagens e o som não estavam adequados.

3. Posposto ao verbo  o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida ou


gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo (concordância
atrativa).

Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar apenas
com “uma flor”)

Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com


todos os núcleos)

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Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os


núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular)

ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser


feita no plural.

Agrediram-se o deputado e o senador.


Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

2. (Funrio/Invest Rio/Administrador/2010) Dentre as frases abaixo, aquela


em que o sujeito aparece após o verbo com o qual concorda é

A) Arrancam-lhe o coração...
B) ...e a soltou na correnteza bravia.
C) Não mateis os animais indefesos.
D) Juntam-se homens para executar a inglória tarefa.
E) ... o trabalhador venceu a dificuldade.

Comentário – Somente na frase “Juntam-se homens para executar a inglória


tarefa.” o sujeito (“homens”) aparece depois do verbo, que está flexionado na
voz passiva sintética (ou pronominal).
Na alternativa A o sujeito é indeterminado. Nas opções B e C
o sujeito não aparece, está oculto. Na última alternativa, o sujeito (“o
trabalhador”) está antes do verbo.
Resposta – D

Casos Particulares de Concordância Verbal

1. Verbos impessoais  não possuem sujeito, ficando na terceira pessoa do


singular.

Choveu muito.
Verbos que indicam
Deve nevar muito naquelas regiões. fenômenos naturais

Aqui faz verões terríveis.

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Deve fazer dez anos que eles chegaram.


Há anos não o vejo. Verbos que indicam
tempo decorrido
Ia para dez anos que não o via.
Já passava de dez horas.

Verbo “haver” com sentido


Poderá haver alunos reprovados. de “existir”, “acontecer”,
“ocorrer”.

3. (Funrio/PM-RJ/Soldado/2008) O significado do fragmento “Em muitas


cidades litorâneas, há salva-vidas em praias mais freqüentadas e/ou
perigosas...” não se altera se se substituir o verbo por:

A) existe.
B) existirão.
C) existem.
D) existiam.
E) existiriam.

Comentário – Deve-se substituir o verbo HAVER pelo verbo EXISTIR. O termo


“salva-vidas” passa, então, a sujeito e obriga o verbo a flexionar-se no plural:
existem, no presente do indicativo, mesmo tempo e modo do verbo original.
Existe não serve por que está no singular, existirão, existiam
e existiriam também não porque estão flexionados, respectivamente, no futuro
de presente do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo e futuro de
pretérito do indicativo.
Resposta – C

4. (Funrio/MDIC/Técnico em Comunicação Social/2009) Na frase “O Acordo


Ortográfico que entrou em vigor em 2009 parece ter a aprovação de
alguns usuários, mas existem outros que detectam incoerências com
respeito ao uso do hífen.”, se o verbo EXISTIR for substituído por HAVER,
mantendo o mesmo sentido da frase original, a forma resultante será a
seguinte:

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A) haveria.
B) há.
C) havia.
D) houve.
E) haverá.

Comentário – Equivalendo-se ao verbo EXISTIR, o verbo HAVER é impessoal,


ou seja, não possui sujeito e deve ser utilizado na terceira pessoa do singular.
Além disso, é necessário levar em consideração o tempo e o modo do verbo
EXISTIR: presente do indicativo. Sendo assim, a substituição correta é a
seguinte: ...mas há outros....
Nas outras opções, tem-se respectivamente: futuro do
pretérito do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo, pretérito perfeito do
indicativo e futuro do presente do indicativo.
Resposta – B

5. (Funrio/Depen/Auxiliar de Consultório Dentário/2009) Segundo as regras


de concordância verbal, verbos impessoais são empregados na terceira
pessoa do singular. O exemplo do texto em que o verbo se encontra no
singular por ser considerado impessoal é

A) “Em dezembro de 2007, havia 422.522 pessoas cumprindo penas


alternativas...”
B) “... o número de pessoas cumprindo penas e medidas alternativas no
Brasil disparou em relação aos presos.”
C) “... isso não interfere de forma significativa nas estatísticas.”
D) "Hoje, o número de leis para aplicação de PMAs chega a 12.”
E) "Aplicar mais penas alternativas não significa...”

Comentário – Reparou que, na letra A, o verbo HAVER foi empregado com


sentido de EXISTIR? Pois então ela é a resposta que o examinador espera.

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Nas demais opções, os verbos estão no singular porque os


respectivos sujeitos ou trazem o núcleo no singular (“número”; “isso”,
“número”), ou constituem sujeito oracional (“Aplicar mais penas alternativas”).
Resposta – A

6. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Aux. de Enfermagem/2010 – adaptada)


Considere o trecho:

Cacoal, a cerca de 500 quilômetros de Porto Velho, foi onde houve


registros de mais mortes, somando cinco vítimas.

Há um erro de concordância verbal no texto, já que o correto seria


“houveram”.

Comentário – É impressionante como as bancas gostam de explorar a


concordância do verbo HAVER. Com sentido de existir, ele é impessoal e deve
ser usado na terceira pessoa do singular. O termo “registros de mais mortes”
funciona como objeto direto dele. Caso o verbo usado fosse existir, então o
mesmo termo funcionaria como sujeito. Aí, sim, o verbo (existir) iria para a
terceira pessoa do plural.
Resposta – Item errado.

7. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2001) Assinale a


alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

_____ muitas pessoas que já _____ comprado os ingressos


antecipadamente.

A) Haviam – havia
B) Haviam – haviam
C) Havia – havia
D) Havia – haviam

Comentário – Primeira lacuna: Havia. O verbo foi usado com o sentido de


existir. Portanto é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular.

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Segunda lacuna: haviam. Muito cuidado agora. O verbo


HAVER integra uma locução verbal. Nela, ele é mero auxiliar; o verbo comprar
é o principal. A pessoalidade do verbo principal é transmitida ao auxiliar, que
sofre todas as flexões necessárias para concordar com a expressão “muitas
pessoas”, representada pelo pronome relativo “que”.
Resposta – D

2. Verbos unipessoais  são os que possuem sujeito, ficando na terceira


pessoa do singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar,
caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, parecer,
restar, urgir, etc.

Basta uma reflexão.


sujeito

Faltam apenas quatro linhas.


sujeito

3. Sujeito oracional  se o sujeito for oracional, o verbo da oração principal


ficará no singular.

Falta fazer quatro linhas.


sujeito

Urge que tomemos uma atitude radical.


sujeito

4. Pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito

Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e


indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração – “dá”
– deve concordar com o sujeito – “aula”)

Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo deve


flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua como
pronome apassivador)

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Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha


verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se
índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar na
terceira pessoa do singular, situação que se repete com verbos
intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE +
preposição)

8. (Funrio/Jucerja/Arquivologia/2008) Leia-se o seguinte fragmento: “Para


combater esse desvio, instituiu-se o padrão-ouro”.

Passando-se o termo “padrão-ouro” para o plural, segundo a norma


padrão escrita brasileira, esse enunciado teria, necessariamente, de ser
assim reescrito:

A) Para combater-se esses desvios, instituiu-se (,,,).


B) Para se combaterem esses desvios, instituíram-se (,,,).
C) Para combaterem-se esses desvios, instituiu-se (,,,).
D) Para combaterem esse desvio, instituiu-se (,,,).
E) Para combater esse desvio, instituíram-se (...).

Comentário – O termo “padrão-ouro”, no singular, é sujeito do verbo


“instituiu-se”, flexionado na voz passiva sintética (ou pronominal). Pluralizando
esse sujeito, o verbo passa a concordar na terceira pessoa do plural:
instituíram-se. Então, as letras A , C e D devem ser prontamente descartadas.
Agora observe a letra B. Qual o problema dela? Certamente, ela não está
gramaticalmente errada; mas não serve como resposta porque o examinador
usou a palavra “necessariamente”. Em “Para se combaterem esses desvios”,
houve mudança da voz verbal: de voz ativa (“Para combater esse desvio”) com
sujeito indeterminado para voz passiva sintética (ou pronominal), sendo
sujeito o termo “esses desvios”.
Resposta – E

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5. Coletivo  o verbo concordará com o coletivo, estando próximo a ele;


mas, se estiver distante, o verbo poderá ficar no singular ou no plural,
conforme se queira destacar mais a idéia dos indivíduos.

O povo não revelou nada.


O grupo se dividiu; mais adiante, porém, se reuniram (ou reuniu).

6. Expressão partitiva  quando o sujeito é formado por uma expressão


partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a maior
parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou pronome
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical)

A maioria das crianças não mentem. (conc. atrativa)

9. (Iades/2014/EBSERH/Advogado) Considere que o autor do texto inclua


dos médicos como adjunto adnominal do termo destacado na oração
“Grande parte atua também em consultório próprio.” (linhas 15 e 16), e
que também substitua “atua” por pode atuar. De acordo com a
norma-padrão, é correto afirmar que o primeiro verbo da locução

A) poderia tanto permanecer na terceira pessoa do singular quanto passar


para a terceira pessoa do plural.
B) deveria obrigatoriamente passar para a terceira pessoa do plural.
C) deveria obrigatoriamente permanecer na terceira pessoa do singular.
D) poderia permanecer na terceira pessoa do singular, pessoa do plural.
E) deveria passar para a terceira pessoa do plural, desde singular.

Comentário – Se você ainda não entendeu o que o examinador quer, observe


a transformação, já de acordo com o enunciado da questão: “Grande parte
dos médicos pode atuar também em consultório próprio”. Notou agora a
presença da expressão partitiva? Nesse caso, é possível que o primeiro verbo
da locução pode atuar fique tanto no singular quanto no plural (podem
atuar).

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Resposta – A

10. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2011 – adaptada)


Considere o período abaixo.

A maioria dos torcedores presentes no estádio, está revoltada com o time.

Há erro de concordância, pois o correto seria “estão revoltados”.

Comentário – Esta questão confirma nosso ensinamento. Nela não existe erro
de concordância, já que é facultativa a concordância no singular (com o núcleo
da expressão partitiva: “maioria”) ou no plural (com o substantivo:
“torcedores”).
Resposta – Item errado.

7. Quantidade aproximada  quando houver uma quantidade aproximada


(perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de..., menos de..., etc) seguida
de substantivo, o verbo obrigatoriamente concordará com o
substantivo.

Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso. (concordância


rígida ou gramatical)

ATENÇÃO! Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O


verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a
expressão surge repetida.

Mais de uma máquina estava parada.


Mais de um casal se agrediram.
Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas.

8. Pronome relativo que  se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo


concordará com o antecedente.

Fui eu que cheguei por último.

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Foste tu que chegaste por último.

9. Pronome relativo quem  o verbo concordará com o antecedente ou


ficará na terceira pessoa do singular.

Fui eu quem cheguei por último.

Fui eu quem chegou por último.

10. Um dos que  o verbo da oração adjetiva ficará na terceira pessoa do


singular, concordando com um, ou na terceira pessoa do plural,
concordando com os (dos = de + os).

Você é um dos que fala/falam menos.


O Amazonas é um dos rios que corta/cortam a floresta equatorial.

ATENÇÃO! Quando houver ideia de exclusão necessária, o verbo ficará no


singular.

É uma das tragédias de Racine que se apresentará hoje no teatro.


Ela é uma das candidatas que preencherá a vaga.

11. (IBFC/ABDI/Especialista – Administ. e Financ./2008) Considere os


períodos:

I. O rapaz foi um dos que se pronunciaram contra a decisão da diretora.


II. Faz dois anos que ele foi embora.

De acordo com a norma culta:

A) somente I está correto


B) somente II está correto
C) I e II estão corretos
D) Nenhum está correto

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Comentário – Item I: correto. Você percebeu a expressão um dos que? Pois


com ela é facultativa a concordância verbal no singular (com “rapaz”) ou no
plural (com “os”).
Item II: correto. Aqui o verbo fazer é impessoal, pois está
empregado para comunicar ideia de tempo decorrido. Na dúvida, releia o que
eu expliquei na página 7.
Resposta – C

11. Pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós,


vós ou vocês  o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se
este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome
pessoal.

Algum dentre vós sairá antes?

Quais de nós sairão (sairemos) antes?

Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais).

12. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Indique a alternativa em que a


concordância verbal está em desacordo com a variedade padrão da
Língua.

A) Muitos de nós reclamou do mau atendimento daquela instituição.


B) Deve haver possibilidades de recorrer da ação injusta.
C) Cerca de cem pessoas aproximavam-se ansiosamente do guichê.
D) Esses vinte por cento de desconto conquistaram a clientela da loja.
E) Um piquete de bravos defendeu o castelo do nobre aprisionado.

Comentário – O erro está logo na primeira alternativa, pois há somente


opções de o verbo flexionar-se no plural, quer concordando com o pronome
indefinido “Muitos” (reclamaram), quer com o pronome pessoal “nós”
(reclamamos).

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Resposta – A

12. Cada um  o verbo ficará no singular.

Cada um de nós estudará para o concurso.


Cada um de vocês passará.
13. Pronome de tratamento  o verbo concordará sempre na terceira
pessoa do singular ou do plural.
Vossa Excelência é muito digno.
Vossas Senhorias são muito exigentes.

14. Fração  rigorosamente, o verbo concorda com o numerador; havendo


parte inteira, o verbo concordará com ela.

Um terço dos alunos foi embora.


Dois inteiros e um quarto dos alunos passaram.

ATENÇÃO! É possível ainda usar o verbo no plural quando o número


fracionário vier seguido de substantivo no plural. Essa posição é sustentada,
por exemplo, pelo mestre Cegalla (Novíssima gramática da Língua Portuguesa,
48ª edição, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008, página 470)

“Um quinto dos homens eram de cor escura.”

Recomendo que você observe atentamente todas as opções


apresentadas pelo examinador.

15. Porcentagem  o verbo concorda, a rigor, com o numeral.

Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar.


Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram.
Apenas 1,78% votou nesse candidato.

ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista,


ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro:
Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens

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modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a tendência


é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a
referência numérica”.

“Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da Copa.”

Trinta por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da Copa.”

Aqui também recomendo que você observe atentamente todas as


opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as duas
possibilidades de concordância.

13. (Funrio/Furp/Supervisor de Produção Farmacêutica/2010) Segundo o


padrão formal da língua, há desvio de concordância na opção

A) 18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro.


B) 17,2% dos jovens brasileiro continuam fumando.
C) 18,2% deixaram de fumar.
D) 17,2% continuam fumando.
E) 65% de fumantes pensam em parar de fumar.

Comentário – Preliminarmente, a banca divulgou a alternativa A como


gabarito, indicando que – como mestre Bechara – também tende a concordar o
verbo com o termo preposicionado (“da população brasileira”) que especifica a
referência numérica. Posteriormente, a banca anulou a questão.
Observe a letra B. Nela existe um problema de concordância
entre o substantivo “jovens” (no plural) e o adjetivo “brasileiro” (no singular).
Resposta – Anulada.

16. Substantivos sinônimos (ou quase sinônimos) e substantivos em


gradação  o verbo concorda gramaticalmente com todos os núcleos
ou atrativamente com o mais próximo.

Medo e temor me assusta/assustam.

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Uma palavra, um movimento, um simples gesto


causava/causavam-lhe medo.

17. Aposto resumitivo  se o sujeito composto for resumido por um aposto


(pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto.

Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo.


sujeito composto aposto resumitivo

Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais.


sujeito composto aposto
resumitivo

18. Infinitivos antônimos ou determinados  verbo no plural.

Discordar e apoiar são próprios da democracia.


O andar e o nadar fazem bem à saúde.

ATENÇÃO! Se os infinitivos não forem antônimos ou não estiverem


determinados, o verbo ficará no singular.

Andar e nadar faz bem a saúde.


Sujar a roupa de giz e passar a noite corrigindo prova nunca
desanimou os professores.

19. Um e outro  verbo no singular ou no plural.


Um e outro jogador foi/foram expulsos.

ATENÇÃO! Havendo ideia de reciprocidade com a expressão um e outro, o


plural é obrigatório.

Um e outro insultaram-se.

20. Um ou outro; nem um nem outro  a corrente majoritária indica o


singular; todavia esses casos suscitam divergências entre consagrados
autores:

Um ou outro jogador fez gols.


Nem um nem outro garoto brigou na rua.

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a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um nem


outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo,
exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia idealizado
previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara, porém, a
construção com o verbo no plural quando as expressões se empregam como
pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam questionar.” (Nova
gramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio de Janeiro: Lexikon,
2008, página 527);

b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e nem


um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural
também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado a essas
expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua portuguesa, São
Paulo: Scipione, 1998, página 486);

c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singular para o


substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” (Moderna
gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada conforme o
novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, página 548);

d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e outro e


nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural. Exemplos:
Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima gramática da
língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia Editora Nacional,
2008, páginas 556 e 557).

ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar


questões desse tipo.

21. Sujeitos ligados por ou ou nem  o verbo ficará, normalmente, no


plural; mas, se houver ideia de exclusão obrigatória ou sinonímia, o
verbo ficará no singular.

Nem Paulo, nem Ana reclamaram do salário.


Pedro ou Paulo sairão mais cedo.

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José ou Pedro casará com ela. (apesar de tudo, uma pessoa só


pode casar com outra, e não com outras ao mesmo tempo – risos)
Dida ou Júlio César será o goleiro titular. (somente um goleiro
pode ser titular em um jogo; o outro é o reserva)
“A Línguística ou Glotologia é a ciência que estuda a evolução da
linguagem humana.”

ATENÇÃO! Se houver idéia de retificação, o verbo concordará com o mais


próximo.
O ladrão ou os ladrões, não sei ao certo, assaltaram o banco.
Os ladrões ou o ladrão, não sei ao certo, assaltou o banco.

22. Sujeitos ligados por com  o verbo fica no plural, dando ênfase a todos
os sujeitos.

O professor com o aluno montaram o equipamento.

ATENÇÃO: Na oração “O professor, com o aluno, montou o equipamento”, a


expressão “com o aluno” é, na verdade, adjunto adverbial de companhia;
por isso o verbo fica no singular.

23. Haja vista  essa expressão, no singular, está sempre certa; porém
pode variar se o seu referente estiver no plural:

Haja vista o caso.


Haja(m) vista os casos.
Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que a
expressão varie)

24. Títulos de obras e nomes próprios de lugar  a concordância é feita


levando-se em conta a presença ou a ausência de artigo.

Os Lusíadas pertencem a Camões.


Os Estados Unidos perderam muitos troféus.

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Minas gerais ganhou todas as competições.

ATENÇÃO! Quando o sujeito for título de obra, o verbo poderá concordar


com o sujeito ou com o predicativo.

Os Lusíadas são/é a obra máxima de Camões.

14. (Funrio/Funai/Promoção Social/2009) As frases abaixo reúnem algumas


das considerações que o texto apresenta sobre o papel da imprensa na
sociedade de hoje, mas, em uma delas, a construção sintática está em
desacordo com os padrões formais da língua. Assinale-a.

A) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da grande


pátria.
B) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos a omitir
informações.
C) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as pressões
do Estado.
D) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a verdade para
seus leitores.
E) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos Direitos dos
Povos Indígenas.

Comentário – Alternativa A: certa. O verbo principal HAVER transmite sua


impessoalidade para o verbo auxiliar DEVER, que se flexiona na terceira
pessoa do singular.
Alternativa B: certa. O verbo HAVER aqui também é impessoal
e se mantém na terceira pessoa do singular.
Alternativa C: errada. O verbo FAZER, por indicar tempo
decorrido, é impessoal e deve-se manter na terceira pessoa do singular.
Alternativa D: certa. A concordância pode ser feita no singular
com “maioria” (exatamente como está) ou no plural com “jornalistas”.

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Alternativa E: certa. A concordância foi feita levando-se em


consideração o artigo “Os”.
Resposta – C

25. Concordância do verbo ser  em muitas situações, esse verbo deixa de


concordar com o sujeito para concordar com o predicativo; em outras,
pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo que se
quer enfatizar:
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto.

Maria era as esperanças de todos.


O mundo são os homens.

b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome.


Os culpados éramos nós.
“O Estado sou eu”.

c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro


pronome.
Quem és tu?
Tudo são flores.

ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos pronomes


tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a
concordância com o pronome.

Tudo é flores.

d) O plural tem precedência sobre o singular.


A casa eram umas folhas.
A sua paixão eram filmes de terror.

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Aula 8 – Concordância

ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito, quando


este é representado coisa/objeto.

A casa era umas folhas.


Aquele amor é cacos de um passado.

e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões


que indicam preço, valor, medida, peso.

Dois quilos é pouco.


Vinte mil cruzeiros é demais.
Três metros é mais do que preciso.

f) Nas indicações de distância, horas e datas (decurso de tempo), o verbo


SER concordará com estas.
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros.
Era uma hora e cinquenta e nove segundos.
Hoje são 21 de maio.

15. (Funrio/Fiotec/Técnico em Higiene Dental/2010) Considerando que a


Declaração Universal dos Direitos Humanos existe desde 10 de dezembro
de 1948, seria gramaticalmente correto escrever a seguinte manchete
num jornal publicado em 10 de dezembro de 2008:

A) FAZEM 60 ANOS QUE A LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS COMEÇOU.


B) DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: O SONHO COMEÇOU A 60
ANOS.
C) AS NAÇÕES UNIDAS COMEMORA OS 60 ANOS DOS DIREITOS HUMANOS.
D) PASSOU-SE JÁ 60 ANOS, MAS OS DIREITOS HUMANOS AINDA NÃO
EXISTEM.
E) DIREITOS HUMANOS: SÃO 60 ANOS DE ESPERANÇA.

Comentário – Alternativa A: errada. Nas indicações de tempo decorrido, o


verbo FAZER é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular: FAZ.

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Alternativa B: errada. Para exprimir tempo passado usa-se o


verbo HAVER: HÁ.
Alternativa C: errada. Faltou harmonia entre o sujeito plural
“AS NAÇÕES UNIDAS” e o verbo no singular: “COMEMORA”: AS NAÇÕES
UNIDAS COMEMORAM
Alternativa D: errada. VTD + SE = voz passiva. O sujeito “60
ANOS” (ideia de plural) deve concordar em número e pessoa com o verbo
PASSAR: PASSARAM-SE JÁ 60 ANOS.
Alternativa E: certa. O verbo SER foi usado para indicar
decurso de tempo e, mesmo impessoal, concorda no plural com “60 anos”.
Resposta – E

26. Concordância com os verbos bater, dar e soar  referindo-se às horas,


concordam regularmente com o sujeito, que pode ser hora, badalada,
relógio etc.
a) Deram oito horas no relógio da Central.
b) Tinham batido quatro horas no cartório de tabelião.
c) Soaram dez horas no sino da igreja.

ATENÇÃO! Às vezes, hora, badalada, relógio etc. passam a objeto:


O relógio da Central deu oito horas.
O sino da igreja soou dez horas.

16. (Funrio/Pref. de São José do Vale do Rio Preto/Professor de


Português/2007)

Eram cinco e meia da tarde (...).

No trecho acima destacado, pode-se observar a concordância do verbo ser


— frequentemente desrespeitada na expressão oral. Dentre as
alternativas a seguir, e consoante a norma culta, qual a que está
CORRETA no que tange à concordância verbal?

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A) Já deram cinco e meia da tarde.


B) Fazem cinco horas e meia que cheguei.
C) Devem haver cinco horas e meia que cheguei.
D) Já é cinco e meia da tarde.
E) Já bateu cinco e meia da tarde no relógio da igreja.

Comentário – Alternativa A: correta. O verbo concorda com o sujeito “cinco e


meia da tarde”.
Alternativa B: incorreta. O verbo FAZER é impessoal nas
indicações de tempo decorrido. Eis a correção: Faz...
Alternativa C: incorreta. O verbo auxiliar DEVER sofre o reflexo
da impessoalidade do verbo HAVER e precisa ser mantido na terceira pessoa
do singular: Deve...
Alternativa D: incorreta. O verbo SER, mesmo sendo impessoal
nas indicações de tempo decorrido, flexiona-se em função do numeral. Eis a
correção: ...são...
Alternativa E: incorreta. O verbo BATER deve concordar com o
sujeito “cinco e meia da tarde”: ...bateram...
Resposta – A

27. O verbo PARECER pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o


infinitivo:

Os dias parecem voar.  a forma verbal parecem é verbo auxiliar


de voar; Os dias é o sujeito da oração.

Os dias parece voarem.  aqui houve uma inversão da ordem dos


termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo parece é o
verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem os dias. Se
desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que os dias
voam.
ATENÇÃO! Quando a construção for feita no singular, as duas análises são
possíveis.
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O dia parece voar.  não sabemos se aqui o verbo parece é


auxiliar do verbo voar, ficando no singular por concordar com o sujeito O dia,
ou se a ordem está invertida: Parece o dia voar, sendo a oração o dia voar
sujeito do verbo Parece.

A partir de agora, trataremos da concordância nominal. Admito


que não é fácil selecionar questões sobre este assunto. As bancas
examinadoras privilegiam os casos de concordância verbal. Por isso o alcance
aqui será menor, restrito aos casos observados em provas anteriores.
Meu intuito não é derramar sobre você uma avalanche de
informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo quanto aos casos mais
prováveis que poderão ser cobrados na sua prova.
Nesse sentido, partiremos das questões para a teoria. Quando for
conveniente, ampliarei a explicação para exemplificar outros casos de
concordância nominal.

(...) Em comunicado, o grupo


considerou a medida como parte complementar do corte
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em
7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)
O Globo, 18/12/2008.

17. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)


concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino
singular.

Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se


comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em gênero
e número para concordar com o substantivo a que se referem. É possível os
verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos (auxiliares),
formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares

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(ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo.
Exemplos:

Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado)


Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado)

...[sujeito: as visitas diurnas]


...[núcleo do sujeito: visitas]
...[visitas: substantivo feminina plural]

Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado)


Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado)

...[sujeito: o valor das moedas locais]


...[núcleo do sujeito: valor]
...[valor: substantivo masculino singular

Resposta – Item certo.

Esse tipo de concordância, que envolve a relação entre


adjetivo-particípio e substantivo, surge frequentemente em provas.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo


de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. (...)
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

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18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de feminino


em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”
(L. 2).

Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivo-


-particípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo do
sujeito “Toda a questão do conhecimento”.
Resposta – Item errado.

Lembre-se também de que, conforme a regra geral de


concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o
numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero
e número.

O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças.


Art. Adj. Pron. Num.
Adj. Adj.

19. (Funrio/Pref. de Coronel Fabriciano/Agente Sanitário/2008) Se, no


fragmento “As teias têm várias utilidades para as aranhas”, se fizesse
referência a apenas uma teia, então a frase teria de ser escrita assim:

A) A teia tem várias utilidades para as aranhas.


B) A teia têm várias utilidades para as aranhas.
C) As teias têm vária utilidade para as aranhas.
D) As teias tem várias utilidades para as aranhas.
E) As teia têm várias utilidades para as aranhas.

Comentário – No singular, o substantivo teia leva tanto o artigo quanto o


verbo que com ele concordam para o singular: A teia tem... Lembre-se de que
os verbos TER e VIR recebem acento circunflexo quando conjugados na
terceira do plural (TÊM e VÊM), mas o perdem na terceira do singular (TEM e
VEM).
Resposta – A

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20. (Funrio/Idene/Analista Em Biblioteconomia/2008) Assinale a alternativa


em que se observa a norma-padrão de concordância quer nominal quer
verbal:

A) A ambições por que se sonha nasce de necessidades comprovadamente


real.
B) Ao se perseguirem os objetivos essenciais, as mentes se fortalecem e
aprimoram.
C) Em verdade, cultua-se muito pouco os ideais de uma vida simples e
naturais.
D) Os desejos e os compromissos vãos é de grande importâncias para o
indivíduo.
E) Quando houverem coisas importantes, saberemos reconhecê-las
adequadamente.

Comentário – Alternativa A: errada. O artigo “A” e o verbo “nasce” deveria ir


para o plural em concordância com o substantivo “ambições”: As ambições...
nascem... Além disso, o adjetivo “real” deveria ser flexionado no plural para
concordar com o substantivo “necessidades”: necessidades... reais”.
Alternativa B: certa. Cabe notar que os verbos PERSEGUIR,
FORTALECER e APRIMORAR estão flexionados na voz passiva sintética (VTD +
SE; a terceira ocorrência do pronome apassivador está subentendida),
possuem sujeito no plural e por isso foram conjugados também no plural:

– Ao se perseguirem os objetivos essenciais (sujeito);


– as mentes se fortalecem e [se] aprimoram.

Alternativa C: errada. O verbo CULTUAR, que também está na


voz passiva sintética deveria ser conjugado na terceira pessoa do plural para
concordar com “ideais”, núcleo do sujeito: cultuam-se... ideais. O adjetivo
“naturais” deveria concordar em número com o substantivo “vida”: vida...
natural.
Alternativa D: errada. O verbo “e” tem sujeito composto e
anteposto a ele: “Os desejos e os compromissos vãos”, por isso deve

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concordar na terceira pessoa do plural: Os desejos e os compromissos vãos


são. Também não há harmonia entre o adjetivo “grande” e o substantivo
“importâncias”.
Alternativa E: errada. O verbo HAVER flexiona-se na terceira
pessoa do singular no sentido de EXISTIR, ACONTECER e OCORRER: houver.
Resposta – B

21. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Na construção de frases na


língua portuguesa padrão, é preciso observar a regra de concordância
segundo a qual o adjetivo concorda com o substantivo em gênero e
número. É o que ocorre no trecho seguinte:

A) Um dia os operários cometeram a descortesia de adoecer.


B) O hábito suja os olhos e baixa-lhes a capacidade de enxergar.
C) Não admira que o marginal tenha acabado como acabou.
D) Você sai todo dia, por exemplo, sem esperar por ninguém.
E) Tenha olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

Comentário – Somente na alternativa E existe adjetivo concordando com


substantivo. É o caso de “olhos atentos e limpos”.
Resposta – E

(...)
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

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22. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um nível


mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação que” (l.16-
17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a argumentação ou a
correção gramatical do texto.

Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o


referente do adjetivo atingida: “uma unificação” (expressão representada
semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” –
feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo gênero
e número.
Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela
banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou
milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como
referência o pronome demonstrativo “o”? Semanticamente, ele é representado
pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a expressão “um nível
mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo masculino singular
“nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo “atingida” seja
empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu, houve prejuízo.
Resposta – Item errado.

Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo,


verifica-se o seguinte:

1. Substantivos do mesmo gênero  o adjetivo ficará neste gênero e no


plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo.

Caderno e livro bons. (ou bom)


Casa e cadeira lindas. (ou linda)

2. Substantivos de gêneros diferentes  o adjetivo ficará no masculino e no


plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo.

Caderno e casa bons. (ou boa)


Gravata e terno lindos. (ou lindo)
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3. Substantivos antepostos  adjetivo no plural ou no singular, conforme


exemplos vistos até agora.

4. Substantivos pospostos  a concordância mais notável será a atrativa.

Tratava-se de inoportuno momento e lugar.


Tratava-se de inoportuna ocasião e lugar.

Como “seguro morreu de velho”, apresento agora algumas


expressões que merecem cuidado especial.

1. É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido  quando o


sujeito dessas expressões estiver determinado (por artigos, pronomes ou
numerais adjetivos), a concordância será feita normalmente; se,
entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável.

É proibida a entrada.
É proibido entrada.
Água é bom para a saúde.
Esta água é boa para a saúde.

23. (Funrio/Furp/Supervisor de Controle de Qualidade/2010) Na construção de


frases na Língua Portuguesa padrão, é preciso observar a regra de
concordância nominal, segundo a qual o adjetivo concorda com o
substantivo a que se refere. A concordância está INCORRETA na opção

A) Três especialistas são bastantes para preparar aquela obra.


B) Não é permitido a entrada de funcionários estranhos à empresa.
C) Estou quite com você e você comigo, logo estamos quites um com o
outro.
D) Anexos seguem os documentos solicitados para a admissão do
funcionário.
E) Conheci, na solenidade de formatura, as gentis irmã e cunhada de Laura.

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Comentário – Alternativa A: correta. Bastante só não varia quando for


advérbio de intensidade (= muito), ocasião em que se refere a um verbo,
adjetivo ou advérbio: Corri bastante. As cordas eram bastante fortes. Moro
bastante longe. Quando é sinônimo de suficiente, é adjetivo e varia: Duas
malas não eram bastantes para as roupas da atriz.
Alternativa B: incorreta. É bom, é necessário, é preciso, é
permitido, é proibido  quando o sujeito dessas expressões estiver
determinado (por artigos, pronomes ou numerais adjetivos), a concordância
será feita normalmente; se, entretanto, não existir determinante, a expressão
ficará invariável.

É proibida a entrada.
É proibido entrada.
Água é bom para a saúde.
Esta água é boa para a saúde.

Alternativa C: correta. Mesmo, próprio, leso, incluso,


obrigado, quite  concordam com o substantivo a que se referem:

Ele mesmo falou.


Elas mesmas falaram.
Eles próprios falaram.
Ela própria falou.
Foi um crime de lesa-pátria.
Ela praticou um crime de leso-patriotismo.
Seguem inclusos os documentos.
Segue inclusa a cópia.
Muito obrigado, falou José.
Muito obrigada, falou Maria.
José está quite.
Nós estamos quites.

Alternativa D: correta. Anexo concorda com o substantivo a


que se refere: Vai anexo um recibo. Vão anexas duas certidões.

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ATENÇÃO! Em anexo = locução adverbial = invariável.  Em anexo vão

duas certidões. Anexo = verbo.  Anexo duas certidões ao processo.

Alternativa E: correta. Quando o adjetivo desempenha a


função de adjunto adnominal e se refere a nomes próprios de pessoas ou
parentescos, a concordância é gramatical.

As delicadas Maria e Joana participaram do concurso.


As simpáticas Cíntia e Valéria são irmãs.

Resposta – B

24. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2011) Considere as


orações abaixo.

I. A garota estava meia irritada.


II. Segue incluso a cópia do relatório.

A concordância nominal está correta em:

A) somente I
B) somente II
C) I e II
D) nenhum

Comentário – Item I: errado. Quando se refere a adjetivo, o vocábulo meio é


um advérbio e permanece invariavelmente no masculino singular. Eis a
correção: A garota estava meio irritada.
O caso é diferente quando o mesmo vocábulo se refere a um
substantivo: Ele comeu meia maçã / Já temos meio caminho andado (frase
popular). Nos dois exemplos anteriores, meio é numeral adjetivo (= metade)
e, portanto, concorda em número e gênero com o substantivo a que se refere
(maçã e caminho)
Item II: errado. Depois de termos resolvido a questão anterior
(alternativa C), ficou mais fácil. O adjetivo “incluso” deve assumir o gênero

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feminino por concordar com o substantivo “cópia”: Segue inclusa a cópia do


relatório.
Resposta – D

25. (IBFC/ABDI/Assistente Jurídico/2008) Considere as orações:

I. É necessário tranqüilidade.
II. Estou quites com ele.

De acordo com a norma culta:

A) somente I está correta


B) somente II está correta
C) I e II estão corretas
D) Nenhuma está correta

Comentário – Item I: correto. O que foi que apareceu novamente? A


expressão é necessário com substantivo sem determinante. Então, como já
foi dito aqui, ela fica invariável.
Item II: incorreto. O adjetivo quite deve concordar com o
pronome substantivo oculto eu, ou seja, deve se manter no singular. Eis a
correção: Estou quite com ele.
Resposta – A

2. Todo = totalmente  poderá flexionar-se em gênero e número para


concordar com o (pronome) substantivo a que se refere.

Ele vinha todo de branco.


Elas vinham todas de branco.

CUIDADO! Eles são todo-poderosos.


Elas são todo-poderosas.
Essa expressão pode ter seu segundo elemento flexionado, mas
não o primeiro.

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3. Ao tratarmos de cores, observaremos o seguinte:


a) se a cor é representada por adjetivo, varia;

sapato branco
camisas amarelas

b) se a cor é representada por substantivo, não varia;

sapatos cinza
camisas rosa

c) se a cor é representada por adjetivo + adjetivo, só o último


elemento varia;
blusas verde-claras
camisas azul-escuras

d) se a cor é representada por adjetivo + substantivo, o composto


fica invariável.

blusas verde-limão
calças azul-piscina

Agora você utilizará tudo que aprendeu para resolver as questões


da banca que elaborará sua prova.

26. (Iades/SEAP-DF/Professor/2011) Assinale a alternativa correta quanto à


concordância nominal e ou verbal.

(A) Eu e meu primo tinham (ter - pretérito imperfeito indicativo) medo e


temor jamais vistos quando enfrentava-mos (enfrentar - pretérito
imperfeito do indicativo) a escuridão.
(B) Você e sua mãe poderam (poder - futuro do presente) fazer hoje o
trabalho e a produção proposto (proposto) pelo professor.
(C) Serenos (sereno) juízo e deliberação sempre demonstraram meu avô e
minha tia (demonstrar - pretérito perfeito do indicativo).

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(D) Outro tanto não dissem os rapazes (dizer – pretérito perfeito do


indicativo).
(E) Ao lado direito havia bancos (haver – pretérito imperfeito do indicativo);
em cada um poderiam (poder – futuro do pretérito do indicativo)
sentar-se a gosto quatro pessoas no grande jardim.

Comentário – Alternativa A: errada. O sujeito composto “Eu e meu primo” é


representado pela primeira e pela terceira pessoa gramatical. Aquela tem
precedência sobre esta. Portanto o verbo ter deve ser assim flexionado:
tínhamos. Existe problema também no emprego do verbo enfrentar. A forma
correta é enfrentávamos (com acento e sem hífen).
Alternativa B: errada. No futuro do presente e na terceira
pessoa do plural, para concordar com o sujeito composto, a flexão correta do
verbo poder é poderão. Também há um erro de concordância nominal em “o
trabalho e a produção proposto”. O adjetivo ou concorda atrativamente com o
substantivo “produção” (produção proposta), ou gramaticalmente com os
dois elementos, caso em que fica no masculino plural (propostos). Lembre-se
de que o gênero masculino prevalece sobre o gênero feminino.
Alternativa C: errada. Anteposto aos substantivos, o adjetivo
sereno concorda atrativamente com “juízo” (Sereno juízo).
Alternativa D: errada. O verbo dizer deve concordar com o
sujeito “os rapazes”. Portanto, na terceira pessoa do pretérito perfeito do
indicativo, deve flexionar-se da seguinte forma: disseram.
Alternativa E: certa. Tenha cuidado ao analisar a frase. A
“desordem” dos termos é proposital e atrapalha bastante a análise. O verbo
haver é impessoal, pois tem sentido de existir. Nesse caso, fica
invariavelmente na terceira pessoa do singular. O sujeito da locução verbal
“poderiam [...] sentar-se” é o termo “quatro pessoas”, por isso o verbo auxiliar
foi corretamente flexionado na terceira pessoa do plural.
Resposta – E

27. (Iades/PG-DF/Analista Jurídico/2011 – adaptada) No trecho “Nessa


variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ de

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uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina,
identificam os próprios indivíduos.”, julgue as alternativas em relação aos
aspectos gramaticais.

(A) O uso da forma verbal “se formam” no plural, atende às exigências de


concordância com o termo “padrões” e seriam mantidas a coerência entre
os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo
no singular.
(B) As formas verbais presentes no trecho acima apresentam dois referentes:
“padrões de uso” e “grupos”.

Comentário – Alternativa A: errada. A primeira parte da sentença está


correta. O problema foi o examinador ter dito que o verbo no singular não
prejudicaria a passagem. O verbo formar foi flexionado na voz passiva
pronominal (ou sintética). O sujeito dele é o termo padrões de uso; por isso
a flexão em terceira pessoa do plural é a única maneira correta.
Alternativa B: errada. Tudo certo com a referência da forma
verbal “se formam” (“‘padrões’ de uso”), de acordo com o que expliquei acima.
Agora cuidado, pois a banca quer induzi-lo ao erro. A forma verbal
“identificam” tem como referente o mesmo termo; os termos “grupos” e “os
próprios indivíduos” funcionam como objetos diretos.
Resposta – Itens errados.

28. (Iades/CFA/Cargos de Nível Superior/2010 – adaptada) Em “pois os


afazeres privados difere dos públicos somente em magnitude” (linhas 7 e
8) há um problema de concordância, pois o verbo deveria concordar com
seu sujeito que está posposto ao verbo.

Comentário – Todo cuidado é pouco! Existe realmente um problema de


concordância entre o sujeito “os afazeres privados” e o verbo “difere”. Este
deveria estar flexionado na terceira pessoa do plural: diferem. O equívoco da
sentença é dizer que o sujeito “está posposto ao verbo”. Isso é uma
pegadinha. O sujeito está anteposto ao verbo!

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Aula 8 – Concordância

Resposta – Item errado.

29. (Iades/PG-DF/Técnico Jurídico/2011 – adaptada) Em “Um dos sistemas


mais complexos que se conhecem, o clima da Terra sempre norteou os
rumos da humanidade.” (linhas 3 e 4), o verbo conhecer poderia se
flexionar no singular, uma vez que a expressão em destaque pode
concordar no plural ou singular, sem que se infringisse a norma
gramatical.

Comentário – Você notou a estrutura um dos que? Repare bem: “Um dos
sistemas complexos que... Então, ficou melhor assim? Pois é: o verbo da
oração adjetiva pode flexionar-se tanto no singular (concordando com “Um”,
para ressaltar a individualidade) quanto no plural (concordância lógica,
geralmente preferida, para enfatizar a importância do conjunto).
Resposta – Item certo.

30. (Iades/PG-DF/Técnico Jurídico/2011) O texto apresenta coerência quanto


ao emprego da concordância verbal, exceto em

(A) “às interrupções no abastecimento que aconteceram entre setembro”


(linhas 8 e 9).
(B) “alguns casos chegaram a mais de três dias” (linha 11).
(C) “As ocorrências afetaram pelo menos 590 mil unidades” (linha14).
(D) “AES Eletropaulo informou "que”.
(E) “Após a análise dos documentos, o Procon concluiu que” (linha 20).

Comentário – Esta veio de graça. Nas indicações de tempo decorrido,


devemos usar o verbo haver em vez da preposição a: “alguns casos chegaram
há mais de três dias”.
Resposta – B

Por hoje é só.

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Bons estudos e que Deus o abençoe!

Albert Iglésia

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Lista das Questões Comentadas


Lista das Questões Comentadas

1. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Aux. de Enfermagem/2010 – adaptada)


Considere o trecho abaixo.

Entre as sugestões, está a publicação de decreto pela prefeitura


instituindo multa aos proprietários de terrenos que deixam acumular
água.

Se a palavra “publicação” fosse colocada no plural, o verbo estar


permaneceria inalterado.

2. (Funrio/Invest Rio/Administrador/2010) Dentre as frases abaixo, aquela


em que o sujeito aparece após o verbo com o qual concorda é

A) Arrancam-lhe o coração...
B) ...e a soltou na correnteza bravia.
C) Não mateis os animais indefesos.
D) Juntam-se homens para executar a inglória tarefa.
E) ... o trabalhador venceu a dificuldade.

3. (Funrio/PM-RJ/Soldado/2008) O significado do fragmento “Em muitas


cidades litorâneas, há salva-vidas em praias mais freqüentadas e/ou
perigosas...” não se altera se se substituir o verbo por:

A) existe.
B) existirão.
C) existem.
D) existiam.
E) existiriam.

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4. (Funrio/MDIC/Técnico em Comunicação Social/2009) Na frase “O Acordo


Ortográfico que entrou em vigor em 2009 parece ter a aprovação de
alguns usuários, mas existem outros que detectam incoerências com
respeito ao uso do hífen.”, se o verbo EXISTIR for substituído por HAVER,
mantendo o mesmo sentido da frase original, a forma resultante será a
seguinte:

A) haveria.
B) há.
C) havia.
D) houve.
E) haverá.

5. (Funrio/Depen/Auxiliar de Consultório Dentário/2009) Segundo as regras


de concordância verbal, verbos impessoais são empregados na terceira
pessoa do singular. O exemplo do texto em que o verbo se encontra no
singular por ser considerado impessoal é

A) “Em dezembro de 2007, havia 422.522 pessoas cumprindo penas


alternativas...”
B) “... o número de pessoas cumprindo penas e medidas alternativas no
Brasil disparou em relação aos presos.”
C) “... isso não interfere de forma significativa nas estatísticas.”
D) "Hoje, o número de leis para aplicação de PMAs chega a 12.”
E) "Aplicar mais penas alternativas não significa...”

6. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Aux. de Enfermagem/2010 – adaptada)


Considere o trecho:

Cacoal, a cerca de 500 quilômetros de Porto Velho, foi onde houve


registros de mais mortes, somando cinco vítimas.

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Há um erro de concordância verbal no texto, já que o correto seria


“houveram”.

7. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2001) Assinale a


alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

_____ muitas pessoas que já _____ comprado os ingressos


antecipadamente.

A) Haviam – havia
B) Haviam – haviam
C) Havia – havia
D) Havia – haviam

8. (Funrio/Jucerja/Arquivologia/2008) Leia-se o seguinte fragmento: “Para


combater esse desvio, instituiu-se o padrão-ouro”.

Passando-se o termo “padrão-ouro” para o plural, segundo a norma


padrão escrita brasileira, esse enunciado teria, necessariamente, de ser
assim reescrito:

A) Para combater-se esses desvios, instituiu-se (,,,).


B) Para se combaterem esses desvios, instituíram-se (,,,).
C) Para combaterem-se esses desvios, instituiu-se (,,,).
D) Para combaterem esse desvio, instituiu-se (,,,).
E) Para combater esse desvio, instituíram-se (...).

9. (Iades/2014/EBSERH/Advogado) Considere que o autor do texto inclua


dos médicos como adjunto adnominal do termo destacado na oração
“Grande parte atua também em consultório próprio.” (linhas 15 e 16), e
que também substitua “atua” por pode atuar. De acordo com a
norma-padrão, é correto afirmar que o primeiro verbo da locução

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A) poderia tanto permanecer na terceira pessoa do singular quanto passar


para a terceira pessoa do plural.
B) deveria obrigatoriamente passar para a terceira pessoa do plural.
C) deveria obrigatoriamente permanecer na terceira pessoa do singular.
D) poderia permanecer na terceira pessoa do singular, pessoa do plural.
E) deveria passar para a terceira pessoa do plural, desde singular.

10. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2011 – adaptada)


Considere o período abaixo.

A maioria dos torcedores presentes no estádio, está revoltada com o time.

Há erro de concordância, pois o correto seria “estão revoltados”.

11. (IBFC/ABDI/Especialista – Administ. e Financ./2008) Considere os


períodos:

I. O rapaz foi um dos que se pronunciaram contra a decisão da diretora.


II. Faz dois anos que ele foi embora.

De acordo com a norma culta:

A) somente I está correto


B) somente II está correto
C) I e II estão corretos
D) Nenhum está correto

12. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Indique a alternativa em que a


concordância verbal está em desacordo com a variedade padrão da
Língua.

A) Muitos de nós reclamou do mau atendimento daquela instituição.


B) Deve haver possibilidades de recorrer da ação injusta.
C) Cerca de cem pessoas aproximavam-se ansiosamente do guichê.

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D) Esses vinte por cento de desconto conquistaram a clientela da loja.


E) Um piquete de bravos defendeu o castelo do nobre aprisionado.

13. (Funrio/Furp/Supervisor de Produção Farmacêutica/2010) Segundo o


padrão formal da língua, há desvio de concordância na opção

A) 18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro.


B) 17,2% dos jovens brasileiro continuam fumando.
C) 18,2% deixaram de fumar.
D) 17,2% continuam fumando.
E) 65% de fumantes pensam em parar de fumar.

14. (Funrio/Funai/Promoção Social/2009) As frases abaixo reúnem algumas


das considerações que o texto apresenta sobre o papel da imprensa na
sociedade de hoje, mas, em uma delas, a construção sintática está em
desacordo com os padrões formais da língua. Assinale-a.

A) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da grande


pátria.
B) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos a omitir
informações.
C) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as pressões
do Estado.
D) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a verdade para
seus leitores.
E) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos Direitos dos
Povos Indígenas.

15. (Funrio/Fiotec/Técnico em Higiene Dental/2010) Considerando que a


Declaração Universal dos Direitos Humanos existe desde 10 de dezembro

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de 1948, seria gramaticalmente correto escrever a seguinte manchete


num jornal publicado em 10 de dezembro de 2008:

A) FAZEM 60 ANOS QUE A LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS COMEÇOU.


B) DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: O SONHO COMEÇOU A 60
ANOS.
C) AS NAÇÕES UNIDAS COMEMORA OS 60 ANOS DOS DIREITOS HUMANOS.
D) PASSOU-SE JÁ 60 ANOS, MAS OS DIREITOS HUMANOS AINDA NÃO
EXISTEM.
E) DIREITOS HUMANOS: SÃO 60 ANOS DE ESPERANÇA.

16. (Funrio/Pref. de São José do Vale do Rio Preto/Professor de


Português/2007)

Eram cinco e meia da tarde (...).

No trecho acima destacado, pode-se observar a concordância do verbo ser


— frequentemente desrespeitada na expressão oral. Dentre as
alternativas a seguir, e consoante a norma culta, qual a que está
CORRETA no que tange à concordância verbal?

A) Já deram cinco e meia da tarde.


B) Fazem cinco horas e meia que cheguei.
C) Devem haver cinco horas e meia que cheguei.
D) Já é cinco e meia da tarde.
E) Já bateu cinco e meia da tarde no relógio da igreja.

(...) Em comunicado, o grupo


considerou a medida como parte complementar do corte
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em
7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)
O Globo, 18/12/2008.

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17. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)


concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino
singular.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo


de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. (...)

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.


In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de feminino


em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”
(L. 2).

19. (Funrio/Pref. de Coronel Fabriciano/Agente Sanitário/2008) Se, no


fragmento “As teias têm várias utilidades para as aranhas”, se fizesse
referência a apenas uma teia, então a frase teria de ser escrita assim:

A) A teia tem várias utilidades para as aranhas.


B) A teia têm várias utilidades para as aranhas.
C) As teias têm vária utilidade para as aranhas.
D) As teias tem várias utilidades para as aranhas.
E) As teia têm várias utilidades para as aranhas.

20. (Funrio/Idene/Analista Em Biblioteconomia/2008) Assinale a alternativa


em que se observa a norma-padrão de concordância quer nominal quer
verbal:

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A) A ambições por que se sonha nasce de necessidades comprovadamente


real.
B) Ao se perseguirem os objetivos essenciais, as mentes se fortalecem e
aprimoram.
C) Em verdade, cultua-se muito pouco os ideais de uma vida simples e
naturais.
D) Os desejos e os compromissos vãos é de grande importâncias para o
indivíduo.
E) Quando houverem coisas importantes, saberemos reconhecê-las
adequadamente.

21. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Na construção de frases na


língua portuguesa padrão, é preciso observar a regra de concordância
segundo a qual o adjetivo concorda com o substantivo em gênero e
número. É o que ocorre no trecho seguinte:

A) Um dia os operários cometeram a descortesia de adoecer.


B) O hábito suja os olhos e baixa-lhes a capacidade de enxergar.
C) Não admira que o marginal tenha acabado como acabou.
D) Você sai todo dia, por exemplo, sem esperar por ninguém.
E) Tenha olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

(...)
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

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22. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um nível


mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação que” (l.16-
17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a argumentação ou a
correção gramatical do texto.

23. (Funrio/Furp/Supervisor de Controle de Qualidade/2010) Na construção de


frases na Língua Portuguesa padrão, é preciso observar a regra de
concordância nominal, segundo a qual o adjetivo concorda com o
substantivo a que se refere. A concordância está INCORRETA na opção

A) Três especialistas são bastantes para preparar aquela obra.


B) Não é permitido a entrada de funcionários estranhos à empresa.
C) Estou quite com você e você comigo, logo estamos quites um com o
outro.
D) Anexos seguem os documentos solicitados para a admissão do
funcionário.
E) Conheci, na solenidade de formatura, as gentis irmã e cunhada de Laura.

24. (IBFC/Pref. de Campinas-SP/Ag. Comunit. de Saúde/2011) Considere as


orações abaixo.

I. A garota estava meia irritada.


II. Segue incluso a cópia do relatório.

A concordância nominal está correta em:

A) somente I
B) somente II
C) I e II
D) nenhum

25. (IBFC/ABDI/Assistente Jurídico/2008) Considere as orações:

I. É necessário tranqüilidade.
II. Estou quites com ele.

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De acordo com a norma culta:

A) somente I está correta


B) somente II está correta
C) I e II estão corretas
D) Nenhuma está correta

26. (Iades/SEAP-DF/Professor/2011) Assinale a alternativa correta quanto à


concordância nominal e ou verbal.

(A) Eu e meu primo tinham (ter - pretérito imperfeito indicativo) medo e


temor jamais vistos quando enfrentava-mos (enfrentar - pretérito
imperfeito do indicativo) a escuridão.
(B) Você e sua mãe poderam (poder - futuro do presente) fazer hoje o
trabalho e a produção proposto (proposto) pelo professor.
(C) Serenos (sereno) juízo e deliberação sempre demonstraram meu avô e
minha tia (demonstrar - pretérito perfeito do indicativo).
(D) Outro tanto não dissem os rapazes (dizer – pretérito perfeito do
indicativo).
(E) Ao lado direito havia bancos (haver – pretérito imperfeito do indicativo);
em cada um poderiam (poder futuro do pretérito do indicativo) sentar-se
a gosto quatro pessoas no grande jardim.

27. (Iades/PG-DF/Analista Jurídico/2011 – adaptada) No trecho “Nessa


variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ de
uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina,
identificam os próprios indivíduos.”, julgue as alternativas em relação aos
aspectos gramaticais.

(A) O uso da forma verbal “se formam” no plural, atende às exigências de


concordância com o termo “padrões” e seriam mantidas a coerência entre
os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo
no singular.
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(B) As formas verbais presentes no trecho acima apresentam dois referentes:


“padrões de uso” e “grupos”.

28. (Iades/CFA/Cargos de Nível Superior/2010 – adaptada) Em “pois os


afazeres privados difere dos públicos somente em magnitude” (linhas 7 e
8) há um problema de concordância, pois o verbo deveria concordar com
seu sujeito que está posposto ao verbo.

29. (Iades/PG-DF/Técnico Jurídico/2011 – adaptada) Em “Um dos sistemas


mais complexos que se conhecem, o clima da Terra sempre norteou os
rumos da humanidade.” (linhas 3 e 4), o verbo conhecer poderia se
flexionar no singular, uma vez que a expressão em destaque pode
concordar no plural ou singular, sem que se infringisse a norma
gramatical.

30. (Iades/PG-DF/Técnico Jurídico/2011) O texto apresenta coerência quanto


ao emprego da concordância verbal, exceto em

(A) “às interrupções no abastecimento que aconteceram entre setembro”


(linhas 8 e 9).
(B) “alguns casos chegaram a mais de três dias” (linha 11).
(C) “As ocorrências afetaram pelo menos 590 mil unidades” (linha14).
(D) “AES Eletropaulo informou "que”.
(E) “Após a análise dos documentos, o Procon concluiu que” (linha 20).

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Gabarito das Questões Comentadas


Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado 30. B


2. D
3. C
4. B
5. A
6. Item errado
7. D
8. E
9. A
10. Item errado
11. C
12. A
13. Anulada
14. C
15. E
16. A
17. Item certo
18. Item errado
19. A
20. B
21. E
22. Item errado
23. B
24. D
25. A
26. E
27. Itens errados
28. Item errado
29. Item certo

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