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IDRHa

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO


RURAL E DAS PESCAS

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL E HIDRÁULICA

APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DA LEZÍRIA GRANDE


DE VILA FRANCA DE XIRA

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3

VOLUME II - MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES

TOMO II.1 - MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

TOMO II.2 - ANEXOS

TOMO II.3 - MEDIÇÕES

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 – VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa.
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ÍNDICE DE VOLUMES

VOLUME I - Processo de Concurso

Tomo I.1 -– Anúncio e Programa de Concurso. Folhas de Características. Mapa de


Trabalhos

Tomo I.2 -– Cláusulas Gerais. Cláusulas Complementares

Tomo I.3 -- Cláusulas Técnicas

VOLUME II - Memória Descritiva e Justificativa e Medições

Tomo II.1 -– Memória Descritiva e Justificativa

Tomo II.2 -– Anexos

Tomo II.3 -– Medições

VOLUME III - Peças Desenhadas

VOLUME IV - Plano de Higiene, Saúde e Segurança

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 – VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa.
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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão
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ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

2 - DESCRIÇÃO GERAL DO APROVEITAMENTO .................................................................... 8

3 - ESTUDOS ANTERIORES....................................................................................................... 9

4 - DESCRIÇÃO GERAL DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA........................................................... 11

5 - CONDIÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS................................................................. 17

5.1 - Enquadramento Geológico .......................................................................................... 17

5.2 - Reconhecimento Geológico-Geotécnico.................................................................... 18

5.3 - Caracterização Geotécnica .......................................................................................... 23


5.3.1 - Complexos geotécnicos ........................................................................................ 23
5.3.2 - Condições de fundação das estruturas ............................................................... 27

6 - ESTUDOS HIDRÁULICOS ................................................................................................... 28

6.1 - Introdução ..................................................................................................................... 28

6.2 - Dados de Base .............................................................................................................. 28


6.2.1 - Introdução............................................................................................................... 28
6.2.2 - Caudal de dimensionamento ................................................................................ 29
6.2.3 - Níveis de água no canal durante a fase de rega ................................................. 29
6.2.4 - Cota piezométrica à cabeça de rede .................................................................... 29
6.2.5 - Características das condutas das redes de rega................................................ 31

6.3 - Sistema de Regulação Proposto ................................................................................. 31

6.4 - Funcionamento em Regime Permanente ................................................................... 32


6.4.1 - Características gerais dos sistemas hidráulicos ................................................ 32
6.4.2 - Cálculo das perdas de carga nos circuitos hidráulicos ..................................... 34
6.4.3 - Alturas Manométricas de Funcionamento........................................................... 45
6.4.4 - Dimensionamento dos reservatórios de ar comprimido.................................... 47

6.5 - Funcionamento em Regime Transitório ..................................................................... 55


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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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6.5.1 - Generalidades......................................................................................................... 55
6.5.2 - Caracterização dos sistemas elevatórios ............................................................ 55
6.5.3 - Reservatórios de ar comprimido (RAC) ............................................................... 61
6.5.4 - Simulação em regime transitório.......................................................................... 62

7 - EQUIPAMENTO ELECTROMECÂNICO .............................................................................. 86

7.1 - Grupos Electrobomba Principais ................................................................................ 86


7.1.1 - Generalidades......................................................................................................... 86
7.1.2 - Características principais dos grupos ................................................................. 86
7.1.3 - Sistema de comando dos grupos......................................................................... 88
7.1.4 - Condições de funcionamento ............................................................................... 95
7.1.5 - Sistema de monitorização ..................................................................................... 97

7.2 - Válvulas ......................................................................................................................... 98


7.2.1 - Válvulas na compressão dos grupos................................................................... 98
7.2.2 - Outras válvulas....................................................................................................... 99

7.3 - Tubagens ....................................................................................................................... 99

7.4 - Reservatórios Hidropneumáticos e Sistema de Ar Comprimido ........................... 102


7.4.1 - Reservatórios hidropneumáticos ....................................................................... 102
7.4.2 - Sistema de ar comprimido .................................................................................. 102
7.4.3 - Modo de funcionamento...................................................................................... 104

7.5 - Equipamento de Elevação e Transporte................................................................... 107


7.5.1 - Ponte rolante ........................................................................................................ 107
7.5.2 - Diferencial manual ............................................................................................... 108

7.6 - Sistema de Ventilação e Ar Condicionado ............................................................... 108


7.6.1 - Sistema de ventilação.......................................................................................... 108
7.6.2 - Comando do sistema de ventilação ................................................................... 109
7.6.3 - Equipamento de ar condicionado....................................................................... 110

7.7 - Central Hidropneumática ........................................................................................... 110

7.8 - Sistema de Enchimento das Condutas e Esgoto da Tomada de Água ................. 110

7.9 - Grelha e Limpa-Grelhas ............................................................................................. 111


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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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7.10 - Sistema de Filtração ................................................................................................. 112

7.11 - Ensecadeiras e Órgãos de Manobra ....................................................................... 115


7.11.1 - Ensecadeiras da tomada de água..................................................................... 115
7.11.2 - Ensecadeiras das câmaras de aspiração dos grupos.................................... 116
7.11.3 - Diferenciais de monocarril para manobra das ensecadeiras ........................ 117

7.12 - Sistema de Drenagem das Fossas das Ensecadeiras .......................................... 117

7.13 - Grupos Submersíveis Portáteis .............................................................................. 118

7.14 - Equipamento de Medição......................................................................................... 118


7.14.1 - Medidores de nível ultra-sónicos ..................................................................... 118
7.14.2 - Detectores de nível condutivos ........................................................................ 118
7.14.3 - Medidores de caudal.......................................................................................... 119
7.14.4 - Medidores de pressão ....................................................................................... 119
7.14.5 - Medidores/transmissores tubulares de nível magnéticos ............................. 119
7.14.6 - Medidores de temperatura ................................................................................ 120

8 - INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E SUPERVISÃO ............ 121

8.1 - Instalações Eléctricas ................................................................................................ 121


8.1.1 - Alimentação de energia ....................................................................................... 121
8.1.2 - Posto de Transformação e Seccionamento....................................................... 121
8.1.3 - Celas de 30 kV ...................................................................................................... 122
8.1.4 - Transformadores.................................................................................................. 126
8.1.5 - Rede de cabos de 30 kV ...................................................................................... 127
8.1.6 - Quadros Eléctricos .............................................................................................. 127
8.1.7 - Conversores de frequência ................................................................................. 143
8.1.8 - Cabos de baixa tensão ........................................................................................ 143
8.1.9 - Instalação eléctrica de iluminação e tomadas .................................................. 144
8.1.10 - Caixas de Tomadas............................................................................................ 145
8.1.11 - Sistemas de Alimentação em Corrente Contínua ........................................... 146
8.1.12 - Sistema de protecção contra descargas atmosféricas .................................. 146
8.1.13 - Protecção contra sobretensões........................................................................ 147
8.1.14 - Terras .................................................................................................................. 147

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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8.1.15 - Sistema de protecção contra intrusão ............................................................. 148


8.1.16 - Sistema de detecção e extinção de incêndios ................................................ 148
8.1.17 - Sistema de CCTV................................................................................................ 149
8.1.18 - Instalações eléctricas dos abrigos................................................................... 151

8.2 - Sistema de Automação e Supervisão ....................................................................... 152


8.2.1 - Introdução............................................................................................................. 152
8.2.2 - Modos de Exploração e Condução da Estação Elevatória .............................. 153
8.2.3 - Autómato e Unidades Remotas .......................................................................... 155
8.2.4 - Sistema de Supervisão ........................................................................................ 158

9 - ESTRUTURAS .................................................................................................................... 201

9.1 - Introdução ................................................................................................................... 201

9.2 - Descrição das Soluções............................................................................................. 201


9.2.1 - Edifício da Estação Elevatória do Ramalhão..................................................... 201
9.2.2 - Tomada de água ................................................................................................... 203
9.2.3 - Estrutura de suporte dos RAC’s......................................................................... 204
9.2.4 - Outras estruturas ................................................................................................. 204

9.3 - Acções e Bases de Cálculo ....................................................................................... 204

9.4 - Materiais ...................................................................................................................... 205

9.5 - Métodos de Cálculo .................................................................................................... 205

10 - INSTALAÇÕES AUXILIARES DA PLATAFORMA.......................................................... 207

10.1 - Integração Paisagística e Arranjos Exteriores....................................................... 207


10.1.1 - Introdução........................................................................................................... 207
10.1.2 - Objectivos propostos ........................................................................................ 207
10.1.3 - Revestimentos do solo ...................................................................................... 208
10.1.4 - Revestimento vegetal ........................................................................................ 209
10.1.5 - Calendário dos trabalhos .................................................................................. 211

10.2 - Sistema de Abastecimento de Água ....................................................................... 212


10.2.1 - Origem de água .................................................................................................. 212
10.2.2 - Rede exterior de águas de serviço ................................................................... 213
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10.2.3 - Rede de água das instalações sanitárias ........................................................ 213


10.2.4 - Rede interna de águas de serviço .................................................................... 214

10.3 - Drenagem de Águas Pluviais................................................................................... 216


10.3.1 - Concepção geral ................................................................................................ 216
10.3.2 - Caudal de dimensionamento ............................................................................ 217
10.3.3 - Cálculo da rede de drenagem ........................................................................... 219

10.4 - Drenagem dos Poços ............................................................................................... 222

10.5 - Drenagem de Águas Residuais ............................................................................... 223

10.6 - Ligação às Redes de Rega dos Blocos III e IV....................................................... 224

11 - PRESCRIÇÕES CONSTRUTIVAS ................................................................................... 226

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1 - INTRODUÇÃO

No desenvolvimento do Projecto da Estação Elevatória do Ramalhão foram tidos em


consideração os resultados obtidos a partir dos trabalhos de prospecção geotécnica e ensaios,
cuja realização ficou a cargo da COBA.

Foi também utilizado um levantamento topográfico da área onde ficará implantada a estação, à
escala 1:200, efectuado no âmbito do projecto.

O Projecto da Estação Elevatória do Ramalhão, que aqui se apresenta, tem início com esta
Introdução, na qual se enquadra o presente documento no âmbito da globalidade dos estudos
e são estabelecidos e apresentados os objectivos e os diversos temas analisados.

No Capítulo 2 é feita uma descrição sumária do Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria


Grande de Vila Franca de Xira, de que faz parte esta estação elevatória.

No Capítulo 3 faz-se referência às fases anteriores dos estudos relativos à Estação Elevatória
do Ramalhão.

No Capítulo 4 apresenta-se uma descrição geral da estação elevatória.

O Capítulo 5 diz respeito aos aspectos geológicos e geotécnicos.

No Capítulo 6 são apresentados os estudos hidráulicos efectuados para a estação elevatória.

No Capítulo 7 são descritos os equipamentos electromecânicos previstos para a estação.

O Capítulo 8 é respeitante às instalações eléctricas e aos sistemas de automação e de


supervisão.

O Capítulo 9 diz respeito às estruturas da estação elevatória.

No Capítulo 10 são agrupados os arranjos exteriores da plataforma da tomada de água e da


estação, bem como as redes de serviço de águas, de esgoto e de drenagem da plataforma.
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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No Capítulo 11 é feita referência ao programa geral de trabalhos previsto.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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2 - DESCRIÇÃO GERAL DO APROVEITAMENTO

O esquema geral previsto para o Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila


Franca de Xira contempla a sua divisão em seis blocos de rega, alimentados por três estações
elevatórias.

Cada bloco de rega será dotado de uma rede de condutas enterradas, permitindo a distribuição
de água em pressão a partir das estações elevatórias.

Os dois primeiros blocos, I e II, serão servidos pela Estação Elevatória do Conchoso que
captará a água directamente no rio Tejo.

Os outros quatro blocos de rega serão abastecidos por duas estações elevatórias, a construir
junto ao Canal Principal do aproveitamento já existente:

– a Estação Elevatória do Ramalhão, que constitui o objecto desta Memória Descritiva e


Justificativa e que servirá os blocos III e IV, com áreas aproximadas de 1018 ha e
1017 ha, respectivamente;

– a Estação Elevatória das Galés, que irá alimentar os blocos de rega V e VI, com áreas
de cerca de 1272 ha e 1056 ha, respectivamente.

O Canal Principal possui aproximadamente 12,5 km de desenvolvimento e é alimentado pelo


rio Tejo. A adução da água do Tejo ao canal será efectuada futuramente através de uma
estrutura de admissão – a Tomada de Água do Conchoso – adjacente à estação elevatória
com o mesmo nome.

A Estação Elevatória e a Tomada de Água do Conchoso encontram-se actualmente em


construção.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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3 - ESTUDOS ANTERIORES

Tendo em conta que o projecto das redes secundárias dos blocos de rega III e IV não são da
responsabilidade da COBA, foram fornecidos pelo IDRHa os “Elementos para
Dimensionamento da Estação Elevatória do Ramalhão”, em Março de 2002. Este documento
contém os dados relativos às redes de rega necessários para o desenvolvimento do projecto
da Estação Elevatória do Ramalhão, nomeadamente: elementos de dimensionamento das
redes de rega, materiais e diâmetros das condutas, caudais de dimensionamento e curvas
características das redes.

No primeiro documento elaborado pela COBA acerca da Estação Elevatória do Ramalhão –


“Nota Técnica 2: Estação Elevatória do Ramalhão. Definição de variantes”, de Maio de 2002,
foram apresentadas as várias soluções possíveis relativamente às questões mais importantes
que intervêm na concepção inicial da estação, nomeadamente o tipo e o número de grupos de
bombagem, o seu sistema de regulação e o sistema de filtração de água a adoptar.

No seguimento da Nota Técnica 2 e tendo em conta as observações constantes no parecer do


IDRHa relativo a esse documento – emitido com a carta de ref.ª 143/DSGPO/02 datada de 28-
05-2002 – procedeu-se a um estudo técnico e económico das diversas variantes apontadas,
que culminou com a apresentação de uma proposta de solução na “Nota Técnica 4 – Estação
Elevatória do Ramalhão. Estudo Prévio”, em Agosto de 2002.

A Nota Técnica 4 é objecto de parecer por parte do IDRHa, comunicado através da carta com a
ref.ª 182/DSGPO/02 datada de 27-08-2002.

Todas as questões relacionadas com as soluções de concepção da tomada de água e da


estação, bem como as características técnicas dos equipamentos principais ficaram retidas na
Nota Técnica N.º 4.

Dos documentos elaborados pela COBA e dos respectivos pareceres emitidos pelo IDRHa,
resultou um conjunto de decisões a ter em conta na fase de projecto, de entre as quais se
referem resumidamente as mais importantes:

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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i) Nível de máxima cheia:

Ainda que, de acordo com elementos consultados respeitantes à Estação Elevatória e


Tomada de Água do Conchoso, o nível de máxima cheia no rio Tejo esteja à cota (+6,60)
e que, na Lezíria, o nível de água tenha já atingido a cota (+5,15) – nomeadamente
durante a cheia de 1979, em que houve rotura do dique de protecção – optou-se por não
considerar estes níveis como condicionantes para o desenvolvimento do projecto. Assim,
no sentido de assegurar a melhor protecção possível das instalações, foi fixado o
objectivo de instalar os equipamentos eléctricos a um nível tão alto quanto possível, sem
onerar desnecessariamente a obra, eventualmente à cota (+3,50).

ii) Níveis de água no canal principal:

Os níveis de água no canal principal deverão ser considerados entre o máximo à cota
(+1,20) e o mínimo à cota (0,00).

iii) Tipo e número de grupos de bombagem:

A estação elevatória será equipada com grupos electrobomba do tipo de coluna vertical,
com impulsores submersos e motor a seco. Cada bloco de rega será servido por quatro
grupos electrobomba, sendo previsto um grupo adicional de reserva que servirá ambos
os blocos, funcionando todos com velocidade de rotação variável.

Posteriormente, os elementos de dimensionamento relativos à rede de rega do bloco IV


sofreram por parte do IDRHa uma rectificação, transmitida à COBA através da carta de ref.ª
29/DSGPO/03, datada de 07-02-2003. Esta alteração reflectiu-se na curva característica da
rede de rega daquele bloco, tendo a cota piezométrica para o caudal máximo subido de 75,0 m
para 80,0 m, e obrigou à correcção da altura de elevação prevista para os grupos
electrobomba, potência dos motores, conversores de frequência, transformadores e restante
instalação eléctrica, assim como ao redimensionamento dos reservatórios hidropneumáticos.

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4 - DESCRIÇÃO GERAL DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

A Estação Elevatória do Ramalhão situar-se-á junto ao Canal Principal do Aproveitamento


Hidroagrícola da Lezíria Grande, sensivelmente ao km 5+570.

A estação está implantada numa plataforma entre as cotas (2,05) e (2,60), ocupando uma área
total com aproximadamente 78 m x 100 m de dimensões máximas, sendo delimitada a
Nascente pelo canal e a Poente por uma estrada de acesso existente (ver desenho de
implantação geral n.º 0911-PE-031-P1V3-007).

A estação elevatória é constituída por três componentes principais: a tomada de água, o


edifício da estação e a plataforma dos reservatórios hidropneumáticos.

Tomada de Água

A tomada de água, dimensionada para um caudal de 3,05 m3/s, inicia-se numa estrutura de
entrada através da qual é feita a captação de água no Canal Principal, possui uma zona
intermédia de instalação dos tamisadores e termina com uma transição para as câmaras de
aspiração dos grupos electrobomba da estação (ver desenho n.º 009).

A estrutura de entrada é constituída por um canal de secção rectangular, com 5,0 m de largura
e cerca de 12,4 m de desenvolvimento, tendo a soleira fixada à cota (-1,00) e paredes laterais
até à cota (2,50).

Segundo elementos consultados, o rasto do Canal Principal estará aproximadamente à cota


(-1,50).

A estrutura de entrada será equipada com uma grelha metálica fixa, amovível. A grelha irá
dispor de uma máquina limpa-grelhas de funcionamento automático, instalada numa plataforma
à cota (2,50). Lateralmente foi prevista um caixa em betão, que servirá para recolha dos
detritos removidos pelo limpa-grelhas.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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Para possibilitar o isolamento de toda a tomada de água, para fins de limpeza, o vão a
montante da grelha é subdividido em dois, dispondo cada um deles de ranhuras para a
colocação de ensecadeiras.

A jusante da plataforma de instalação do limpa-grelhas existe uma transição de forma


trapezoidal em planta, com largura de 5,0 m na ligação à estrutura de entrada ( a montante) e
de 13,4 m na ligação à zona dos tamisadores (a jusante) e com um comprimento de 5,0 m.

A zona dos tamisadores ocupa uma área total com 14,6 m de largura por 15,7 m de
comprimento.

Cada tamisador, previsto para um caudal máximo de ponta de 2,28 m3/s, é instalado numa
câmara em betão, com dimensões interiores de 5,0 m de largura por 6,2 m de comprimento, e
soleira à cota (-2,30). Para suporte dos tamisadores e respectivos dispositivos de limpeza, e
servindo como zona de apoio a esses equipamentos foi criada uma plataforma superior à cota
(4,70), com dimensões globais de 14,6 m x 7,8 m. A recolha dos detritos e da água de lavagem
dos tamisadores será efectuada numa caixa lateral.

A montante e a jusante dos tamisadores, foram previstas ranhuras para a introdução de


ensecadeiras que permitirão isolar as respectivas câmaras de instalação, de forma a facilitar as
operações de manutenção.

Na zona central entre os dois tamisadores existirá um canal de by-pass, equipado com duas
ensecadeiras, uma a montante e outra a jusante, que permitirá a adução de água do Canal
Principal aos grupos electrobomba, ainda que não filtrada, no caso de ambos os tamisadores
se encontrarem fora de serviço.

Para armazenamento dos tabuleiros das ensecadeiras foram previstas fossas laterais em
betão, equipadas com bombas submersíveis de reduzidas dimensões para permitir a drenagem
de águas acumuladas.

As ensecadeiras serão manobradas com o auxílio de diferenciais eléctricos, deslocando-se em


monovigas suspensas em cachorros de betão.

A jusante da zona dos tamisadores inicia-se a transição para as câmaras de aspiração dos
grupos de bombagem. A transição tem uma forma trapezoidal em planta, com largura de 14,6

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m na ligação à zona dos tamisadores e de 24,2 m na ligação à zona das câmaras de aspiração
dos grupos.

Edifício da estação

O edifício da estação elevatória é constituído por um corpo principal com um comprimento de


43,2 m e uma largura de 10,6 m, e por um corpo secundário adjacente com 33,6 m de
comprimento por 7,12 m de largura (ver desenho n.º 013).

O corpo principal do edifício possui quatro pisos distintos:

– as câmaras de aspiração, com soleira à cota (-2,50);

– o piso dos grupos electrobomba principais, fixado à cota (2,15);

– o hall de descarga e montagem, implantado à cota (2,75);

– a zona dos quadros eléctricos, à cota (4,50).

Na estação elevatória serão instaladas nove grupos electrobomba de veio vertical, com bomba
submersa e motor a seco, sendo quatro para cada um dos blocos de rega e um de reserva
para ambos os blocos.

Para cada grupo electrobomba existe uma câmara individual de aspiração, com uma largura de
1,8 m e um comprimento total de 7,1 m. As câmaras de aspiração estendem-se para o exterior
do edifício, dispondo cada uma delas de ranhuras para a introdução de uma ensecadeira, de
forma a permitir o seu isolamento. Para além das nove câmaras de aspiração dos grupos
principais foi prevista uma câmara adicional, com soleira à cota (-3,20), onde ficará instalado
um grupo submersível auxiliar que permitirá o enchimento das condutas de compressão e o
esgoto da tomada de água.

O piso dos grupos electrobomba ocupa uma área total com 23,9 m de comprimento por 10,6 m
de largura, e albergará, para além dos nove grupos electrobomba, as condutas individuais de
compressão, as válvulas seccionamento / retenção dos grupos, os colectores gerais de
compressão dos dois blocos elevatórios e a central hidropneumática que abastece a rede de
serviço de águas da estação.

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O hall de descarga e montagem está situado no topo Sul do edifício. O hall dispõe de um
portão para acesso a partir da plataforma exterior da estação à cota (2,60) e possui dimensões
globais de 5,1 m de largura por cerca de 11,0 m de comprimento.

A zona dos quadros eléctricos ocupa uma área total com 14,6 m de comprimento por 10,6 m de
largura, localizada no topo Norte do edifício. Aqui ficarão instalados os quadros dos grupos, o
quadro dos serviços auxiliares, os conversores de frequência, as baterias, o quadro dos
ventiladores, os quadros das válvulas dos grupos e o quadro do grupo auxiliar. Para além
destes, foi prevista nesta zona uma sala para instalação dos compressores, com dimensões de
7,05 m x 4,30 m e com o piso à cota (4,05).

Para a desmontagem, montagem e manutenção dos equipamentos será instalada no vão do


corpo principal do edifício uma ponte rolante de 5 t de capacidade de carga máxima, com
caminho de rolamento assente em viga de betão contínua, fixada à cota (9,30).

O corpo secundário do edifício, com 33,6 m de comprimento por 7,12 m de largura, alberga no
seu interior os transformadores de 30/0,69 kV e de 30/0,40 kV, assim como as celas de 30 kV,
todos instalados à cota (4,50).

Também no corpo secundário, mas num piso à cota (4,05), ficarão a sala de comando com
dimensões de 4,50 m x 5,10 m, o armazém com 6,15 m x 7,25 m e as instalações sanitárias.

Ligada ao edifício da estação e desenvolvendo-se no seu alçado Poente, foi criada uma
plataforma à cota (4,45), com 19,65 m de comprimento e 4,85 m de largura, para facilitar a
entrada e a saída dos transformadores no edifício. O acesso a essa plataforma a partir do piso
exterior à cota (2,60) será feito através de escada metálica.

Estão previstos dois acessos independentes ao edifício da estação, ambos no alçado Poente,
sendo um constituído por um portão em frente do hall de descarga e montagem e outro por
uma porta dupla localizada junto à zona das celas de 30 kV.

Plataforma dos reservatórios hidropneumáticos

As tubagens de compressão de cada um dos blocos de bombagem, com diâmetro DN 900,


saem do edifício pelo seu topo Norte, com o eixo à cota (3,20), passando primeiro por uma
zona intermédia com 6,65 m de desenvolvimento, onde são feitas as ligações às tubagens de

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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enchimento e às tubagens de esgoto das condutas, e depois pela zona dos reservatórios
hidropneumáticos (ver desenho n.º 032).

A zona de implantação dos reservatórios hidropneumáticos ocupa uma área total com
dimensões de 10,30 m x 15,20 m, à cota (3,15).

Os dois reservatórios de cada bloco, com 4 m de diâmetro, ficarão instalados numa plataforma
elevada, com 10,30 m x 4,80 m, colocada à cota (5,70) e com acesso através de escada
metálica.

A jusante dos reservatórios, em cada uma das condutas de compressão será instalado um
medidor de caudal e ainda uma válvula de borboleta para permitir o seccionamento geral do
sistema.

A jusante da válvula de seccionamento, as condutas são envolvidas num maciço de betão, do


qual saem com o eixo à cota (-0,20) já abaixo da plataforma da estação. Imediatamente a
jusante do maciço é feita a transição para conduta em ferro fundido dúctil, que se prolongará
até aos pontos de ligação às redes de rega.

Toda a zona de circulação no recinto da estação será asfaltada, existindo as necessárias


zonas para parqueamento dos veículos e para manobra de veículos pesados.

A ligação da conduta à rede de rega do bloco III é feita a cerca de 60 m do recinto da estação,
no ponto de coordenadas (M=132959,30; P=224829,98), imediatamente a montante da caixa
de válvulas do Nó 1.

Uma vez que o troço inicial da conduta RIII.2 da rede de rega, com diâmetro DN 600, se
desenvolve junto ao recinto da estação, optou-se por integrar a sua execução na empreitada
relativa à estação elevatória. Desta forma foi previsto um troço de tubagem em ferro fundido
dúctil com cerca de 140 m de desenvolvimento, iniciando-se na caixa de válvulas do Nó 1 e
terminando imediatamente a montante da travessia da vala do Ramalhão.

No bloco IV a ligação é efectuada no lado Este do Canal Principal, no ponto de coordenadas


(M=133066,35; P=224811,22), pelo que foi necessário prever uma passagem superior para
travessia do canal. O desenvolvimento total da conduta, desde o recinto da estação até ao
ponto de ligação à rede é de aproximadamente 85 m.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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No desenho n.º 007 estão indicados os limites de empreitada respeitantes à estação elevatória
do Ramalhão.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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5 - CONDIÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS

5.1 - Enquadramento Geológico

O local da Estação do Ramalhão situa-se na planície aluvionar do Tejo, designadamente na


sua margem esquerda. Do ponto de vista topográfico, trata-se de uma zona plana nivelada
sensivelmente pela cota (2,5), cortada por valas e canais de dimensão variável.

Na área de implantação da obra ocorrem depósitos aluvionares de idade quaternária que


cobrem um substrato de natureza detrítica de idade miocénica.

Os depósitos aluvionares são constituídos nos seus níveis superiores por argilas e siltes
orgânicos (lodos), argilas lodosas e areias de granulometria fina a média, tendo-se atribuído a
estes terrenos idade holocénica. Inferiormente, ocorre na base das aluviões um nível de
composição mais grosseira constituído por areias com seixos (cascalheira de base) ao qual se
atribuiu idade plistocénica. As formações miocénicas que constituem o substrato sob as
aluviões apresentam composição predominantemente arenosa.

Os aspectos estruturais não são relevantes no caso dos depósitos aluvionares, apresentando
estes terrenos uma disposição geral horizontal ou sub-horizontal. Salienta-se, no entanto, que
estes depósitos podem apresentar, por vezes, variações verticais e laterais, com passagens
bruscas da sua composição e textura, o que origina uma disposição irregular e níveis
descontínuos.

Em termos hidrogeológicos, o nível freático ocorre a pequena profundidade, sendo dependente


da cota adoptada para o nível de água no canal. Relativamente, à natureza dos depósitos
aluvionares verifica-se que os níveis de composição silto-argilosa apresentam permeabilidade
muito reduzida, exibindo os níveis de natureza arenosa permeabilidade mais elevada, que
podem, sobretudo, os com maior continuidade possuir capacidade drenante.

Em termos de sismicidade o local de estudo enquadra-se na região de Vila Franca de Xira, que
de acordo com o Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas e Pontes (RSAEEP) se
incluiu na zona sísmica considerada de maior risco sísmico em Portugal Continental. Assim, o

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coeficiente de sismicidade a atribuir, segundo o regulamento citado, para o dimensionamento


de estruturas deverá ser de α =1.

5.2 - Reconhecimento Geológico-Geotécnico

O reconhecimento geológico e geotécnico do local da futura Estação Elevatória do Ramalhão


foi efectuada de acordo com um programa de prospecção e ensaios, elaborado pela COBA
(COBA, Agosto de 2002).

Os objectivos do programa de reconhecimento proposto consistiram em:

ƒ definir a sequência estratigráfica, a natureza, a composição e a espessura


das camadas que constituem as aluviões, e proceder à sua caracterização
geotécnica, nomeadamente:

¾ propriedades índice (granulometria, teor em água, limites de


consistência e densidade das partículas sólidas;

¾ estado de consistência e de compacidade in situ;

¾ parâmetros de resistência ao corte não drenada in situ;

¾ características de consolidação e de resistência ao corte não


drenada em laboratório;

ƒ identificar a natureza e a estrutura geológica do substrato subjacente às


aluviões e proceder à sua caracterização geotécnica, nomeadamente,

¾ propriedades índice (granulometria, teor em água, limites de


consistência);

¾ estado de consistência e de compacidade in situ;

ƒ avaliar as condições de fundação das infra-estruturas a construir.

Para a concretização destes objectivos foram efectuados, segundo três alinhamentos


representados no Des 0911–PE–42–P1V3–055 e definidos em função do lay-out existente para

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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a Estação Elevatória à data da elaboração do programa de reconhecimento, os seguintes


trabalhos:

ƒ 4 sondagens à percussão (S1 a S4) acompanhadas da execução de ensaios


de penetração dinâmica SPT no decurso da furação, com espaçamento de
1,5 m;

ƒ colheita de amostras indeformadas para caracterização laboratorial;

ƒ 4 ensaios de penetração estática com medição da pressão intersticial


(CPTU 1 a 4);

ƒ 9 ensaios de corte rotativo (vane test) efectuados no decurso da furação.

A caracterização laboratorial dos terrenos atravessados efectuada sobre um conjunto de


amostras indeformadas seleccionadas consistiu na realização de ensaios de identificação –
granulometria (peneiração e sedimentação), limites de consistência, teor em água e densidade
das partículas e de ensaios visando a determinação das características de resistência e de
deformabilidade dos materiais – corte directo e de consolidação (edométrica).

No quadro 5.1 apresentam-se as principais características das sondagens e dos ensaios in situ
realizados e no quadro 5.2 os resultados obtidos nos ensaios laboratoriais.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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QUADRO 5.1 - Características das Sondagens e dos Ensaios In Situ (CPTU e Vane Test)

NSPT Resistência Dinâmica Resistência ao


Trabalhos de Localização Profundidade Formações
Profundidade Corte de Pico
Prospecção (coordenadas M e P) Atingida (m) Interessadas (prof. em m) rp (MPa)
(m) (kPa)
< 10 (27,0)
M = 132965,4156
S1 47,7 al/M 10-20 (37,5) NA NA NA
P = 224750,2271
> 60 (39,0)
< 10 (24,0)
M = 132954,6944
S2 41,4 al 20-30 (39,0) NA NA NA
P = 224734,1927
> 60 (39,0)
≥ 10 (27,0)
M = 133000,8210
S3 41,8 al 10-19 (27,0-37,5) NA NA NA
P = 224727,2288
> 60 (39,0)
M = 132966,4206 > 10 (37,5)
S4 41,5 al NA NA NA
P = 224708,1216 > 60 (39,0)
0-22,5 ≤1
M = 132955,4443 22,5-30,4 1-10
CPTU1 39,5 al NA NA
P = 224745,2814 30,4-39,3 1-1,5
> 39,3 > 30
0-23,0 ≤ 1,0
M = 132966,4088 23,0-30,0 1-9
CPTU2 39,6 al NA NA
P = 224727,0214 30-39,2 < 1,5
> 39,2 > 30
0-24,0 ≤ 1,0
M = 133000,8210 24,0-30,0 1-10
CPTU3 40,2 al NA NA
P = 224727,2288 30-39,6 < 1,5
> 39,6 > 30
0-23,3 ≤ 1,0
M = 132954,7344 23,3-29,5 1-10
CPTU4 39,8 al NA NA
P = 224712,5197 29,5-39,5 < 1,5
> 39,5 > 30

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QUADRO 5.1 - Características das Sondagens e dos Ensaios In Situ (CPTU e Vane Test) (cont.)

Resistência Dinâmica Resistência ao


Trabalhos de Localização Profundidade Formações NSPT
Corte de Pico
Prospecção (coordenadas M e P) Atingida (m) Interessadas (prof. em m) Profundidade
rp (MPa) (kPa)
(m)

M = 132965,4156
V1 (S1) 2,0* al NA NA NA -
P = 224750,2271

M = 132965,4156
V2 (S1) 4,3* al NA NA NA > 58
P = 224750,2271

M = 132965,4156
V3 (S1) 8,8* al NA NA NA -
P = 224750,2271

M = 133000,8210
V4 (S3) 2,8* al NA NA NA 45
P = 224734,1427

M = 133000,8210
V5 (S3) 6,5* al NA NA NA > 58
P = 224734,1427

M = 133000,8210
V6 (S3) 9,5* al NA NA NA > 58
P = 224734,1427

M = 132966,4206
V7 (S4) 2,8* al NA NA NA 46
P = 224727,2288

M = 132966,4206
V8 (S4) 4,3* al NA NA NA -
P = 224727,2288

M = 132966,4206
V9 (S4) 7,1* al NA NA NA > 58
P = 224727,2288

al – aluviões V4 (S3) – Ensaio de corte rotativo Vane Test nº 4 efectuado na sondagem S3 * - Profundidade de ensaio
M – Miócenico NA – Não se aplica

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IDRHa
QUADRO 5.2 – Resultados dos Ensaios Laboratoriais

Teor GRANULOMETRIA (%) LIMITES CLASSIF. γ G CORTE DIRECTO EDÓMETRO


em
Amostra Descrição Prof (m) (g/cm3 (g/cm3
água <#4 <#10 <#40 <#200 LL LP IP AASHTO UNI C´(Kpa) φº Wo Cv (cm2/s) K (cm/s) mv (cm2/kg)
(%) ) )
Argilosa 13,42’ 8,4 75,33*
(silte de # 9,73E-04 # 19,3E-08 # 17,9E-02
S1A1 elevada (4,5-6,0) 76,25 100 99,19 98,40 91,88 56 35 21 A-7-5 (24) MH 1,52 2,6 ## 3,02E-04 ## 3,93E-08 ## 10,7E-02
plasticidade 16,07’’ 8,1 65,74** ### 3,06E-04 ### 1,62E-08 ### 3,9E-02
)
Argilosa (de 13,56’ 8,6 41,25* # 4,55E-04 # 0,351E-08 # 6,8E-02
S1A2 baixa (15,5-16) 41,25 100 98,70 93,14 61,62 38 21 17 A-6 (8) CL 1,71 2,71 ## 2,36E-04 ## 1,21E-08 ## 4,4E-02
plasticidade ### 2,28E-04 ### 0,613E- ### 2,2E-02
14,60’’ 8,3 36,67**
) 08
Areia siltosa 2,00’ 33,8 33,84* # 12,1E-04 # 1,45E-08 # 1,2E-02
S1A3 (areia mal (35,0-35,5) 33,84 100 100,00 97,23 14,55 NP NP NP A-2-4 (0) SP-SM 1,85 2,67 ## 37,5E-04 ## 3,06E-08 ## 0,8E-02
graduada ### 49,3E-04 ### 2,93E-08 ### 0,6E-02
0,05’’ 38,1 32,26
com silte)
Areia fina 0,00’ 34,2 26,30* # 14,3E-04 # 1,02E-08 # 0,7E-02
S3A4 (areia mal (11,5-12,0) 26,50 100 99,97 96,30 5,24 NP NP NP A-3 (0) SP-SM 1,79 2,68 ## 31,7E-04 ## 1,60E-08 ## 0,5E-02
graduada ### 34,6E-04 ### 1,17E-08 ### 0,3E-02
0,00’’ 39,4 30,96**
com silte)
Argilosa (de 8,70’ 18,6 48,30* # 2,61E-04 # 1,57E-08 # 5,5E-02
S3A5 baixa (19,5-20) 50,23 100 99,54 97,77 82,84 42 22 20 A-7-6 (17) CL 1,65 2,69 ## 1,38E-04 ## 0,680E-08 ## 4,4E-02
plasticidade ### 2,66E-04 ### 0,862E- ### 2,7E-02
8,89’’ 18,5 42,09**
) 08
Areia fina 0,00’ 33,8 26,30* # 43,0E-04 # 3,51E-08 # 0,8E-02
S4A6 (areia mal (11,5-12,0) 27,80 100 100,00 93,10 9,72 NP NP NP A-3 (0) SP-SM 1,84 2,65 ## 45,5E-04 ## 2,99E-08 ## 0,6E-02
graduada ### 33,8E-04 ### 1,59E-08 ### 0,5E-02
10,22’’ 34,4 30,50**
com silte)
Areia fina 0,00’ 34,6 29,82* # 33,7E-04 # 3,56E-08 # 1,0E-02
S4A7 (areia mal (34,5-35,0) 29,81 100 100,00 96,49 6,41 NP NP NP A-3 (0) SP-SM 1,88 2,67 ## 25,1E-04 ## 1,84E-08 ## 0,7E-02
graduada ### 52,1E-04 ### 2,84E-08 ### 0,5E-02
9,27’’ 38,9 30,78**
com silte)
* Teor de Humidade inicial # Para incremento de carga 1,0 kg/cm2
** Teor de Humidade final ## Para incremento de carga 2,0 kg/cm2
‘ Máximo ### Para incremento de carga 4,0 kg/cm2
‘’ Minímo

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5.3 - Caracterização Geotécnica

5.3.1 - Complexos geotécnicos

As condições geológicas presentes no local da Estação Elevatória do Ramalhão estão


sintetizadas nos perfis geológico-geotécnicos apresentados no Des 0911–PE–42–P1V3–056.

A informação apresentada nos perfis baseou-se na análise e interpretação dos resultados


obtidos no programa de reconhecimento efectuado, definindo-se do topo para a base diversos
complexos cujas características geotécnicas são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Depósitos aluvionares

Complexo areno-siltoso superficial

Este complexo é constituído por materiais de composição areno-siltosa, com espessura


inferior a 1,5 m, ocorrendo na sua zona superior um nível de terra vegetal. Os solos
deste complexo encontram-se sujeitos a oscilações cíclicas de humidade, exibindo um
grau de sobre-consolidação aparente que se traduz numa consistência firme.

Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 20 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 25º
coesão c = 0 kPa

Complexo lodoso

Este complexo é constituído por argilas e siltes orgânicos de cor cinzenta escura, moles
(NSPT ≤ 4 – Su:pico 45-60 kPa – Rp < 0,7 MPa), por vezes com intercalações arenosas
de granulometria fina em geral de espessura reduzida. No ensaio CPTU 3 foi
reconhecida uma lentícula arenosa com maior possança, aproximadamente de cerca de
2 m. Este complexo ocorre intercalado entre o complexo superficial areno-siltoso (a
tecto) e o complexo arenoso (a muro), desenvolvendo-se entre as cotas (1,5) e (-6,0) e

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com uma espessura variável entre 3,5 e 7,5 m.

De acordo com os resultados dos ensaios laboratoriais trata-se de solos do tipo MH


com elevada percentagem de finos plásticos (>90%), com características de resistência
fracas (C ≈ 15 kPa e φ < 10º) e com valores de Cv entre 3 e 9 x 10-4 cm2/s e com
valores de mv entre 0,039 e 0,179 cm2/kg.

Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 15 - 16 kN/m3


resistência ao corte não drenada Su = 20 - 40 kPa
módulo de deformabilidade E = 0,5 - 1 MPa

Complexo arenoso

Trata-se de areias predominantemente finas, acinzentadas, soltas a compactas (valores


de 4 <NSPT < 32 – 3<Rp<11 MPa). A correcção dos valores de NSPT devido ao efeito de
profundidade, traduz-se, nos ensaios efectuados a cotas mais baixas, numa redução
dos valores registados de cerca de 30%. Este complexo ocorre subjacente ao complexo
silto-argiloso mole formando uma lentícula com continuidade lateral que se desenvolve
entre as cotas (-1,9) e (-12,5), com espessuras variando entre 2,5 e 7,5 m.
Inferiormente, ocorrem intercaladas no complexo argilo-lodoso duas lentículas
arenosas. A primeira localizada entre as cotas (-15,4) e (-28,5) exibe elevada
continuidade lateral (sendo apenas interrompida na zona da sondagem S3) com
possanças entre 1,5 e 9,0 m. O segundo nível intersectado em todos os ensaios CPTU
apresenta pequena espessura, cerca de 0,5 m e ocorre entre as cotas (-34,7) e (-35,7).
Salienta-se ainda que, poderão ocorrer intercalados nestes materiais finas camadas de
composição silto-argilosa.

De acordo com os resultados dos ensaios laboratoriais trata-se de solos do tipo SP-SM
com baixa a moderada percentagem de finos não plásticos, com características de
resistência fracas (C ≈ 0 kPa e φ < 30º) e com valores de Cv entre 12,1 e 52,1 x 10-4
cm2/s e com valores de mv entre 0,012 e 0,003 cm2/kg.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo
são:

peso específico aparente γ = 18 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 30º
coesão c = 0 kPa
módulo de deformabilidade E = 5 - 25 MPa

Complexo argilo-lodoso

Este complexo é constituído por argilas e siltes argilosos, de cor cinzenta, em geral
orgânicos, por vezes, com fracção arenosa de granulometria muito fina a fina, de
consistência média a muito duros (10 <NSPT< 26 – Su:pico > 60 kPa – 0,7<Rp<1,5 MPa).
Este complexo ocorre subjacente ao primeiro nível lenticular do complexo arenoso e
sobrejacente ao nível de cascalheira, desenvolvendo-se entre as cotas (-6,3) e (-37,6).
Este complexo é formado por diversos níveis separados pelas duas lentículas arenosas
descritas no complexo anterior. Os terrenos que constituem os diversos níveis deste
complexo têm no seu conjunto espessuras entre os 20 e os 24 m. Salienta-se ainda
que, a interpretação dos registos dos ensaios CPTU permite a individualização de
níveis, por vezes, com espessuras importantes constituídos por uma interestratificação
fina de camadas de natureza argilo-lodosa e de composição arenosa e silto-arenosa.

De acordo com os resultados dos ensaios laboratoriais trata-se de solos do tipo CL com
percentagem elevada (60 a 80%) de finos plásticos, com características de resistência
fracas (C ≈ 15 kPa e φ ≈ 12º) e com valores de Cv entre 0,5 e 2,6 x 10-4 cm2/s e com
valores de mv entre 0,068 e 0,022 cm2/kg.

Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 16 - 17 kN/m3


resistência ao corte não drenada Su = 40 - 60 kPa
módulo de deformabilidade E = 1 - 2,5 MPa

Complexo arenoso grosseiro com seixo (cascalheira)

25
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Este complexo é constituído por areias grosseiras e seixos finos a médios inseridos
numa matriz de composição areno-argilosa de cor cinzenta clara. Este complexo
apresenta-se muito compacto (NSPT >60) e ocorre subjacente aos complexos arenoso e
argilo-lodoso. O tecto deste complexo ocorre aproximadamente entre as cotas (-35,2) e
(-37,5). A base deste complexo foi apenas reconhecida na sondagem S1,
aproximadamente à cota (-41,0), tendo neste local cerca de 4,5 m de espessura.

Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 19 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 35 - 40º
coesão c = 0 kPa
módulo de deformabilidade E = 20 - 40 MPa

Substrato

Areias siltosas de grão fino a médio

Este complexo é constituído por areias siltosas de grão fino a médio, por vezes com
seixo fino, de cor acinzentada, muito compactas (NSPT >60). Este complexo foi apenas
reconhecido na sondagem S1 ocorrendo subjacente ao nível de cascalheira,
aproximadamente à cota (-41,0).

Os parâmetros de cálculo a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 20 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 35 - 40º
coesão c = 0
módulo de deformabilidade E = 20 - 40 MPa

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IDRHa
5.3.2 - Condições de fundação das estruturas

Face ao cenário geotécnico reconhecido apresenta-se para o edifício da Estação Elevatória,


estrutura de suporte dos RAC’s e da tomada de água, com excepção da sua zona inicial, uma
solução de fundação por estacas com φ = 1,2 m. Preconiza-se que, as estacas deverão atingir
o substrato, penetrando no conjunto constituído pela base das cascalheiras/substrato cerca de
3 vezes o seu diâmetro (φ = 1,2 m). Admitindo-se que, o topo dos terrenos susceptíveis para
servirem de encastramento para as estacas ocorre aproximadamente à cota (-38,4), estima-se
que a ponta das estacas esteja à cota (-42,0), a que correspondem comprimentos máximos de
estacas da ordem dos 44,6 m.

O diâmetro das estacas foi fundamentalmente condicionado pela necessidade de não


ultrapassar muito esbeltezas da ordem dos 35 (H/d) por forma a garantir adequadas condições
de execução das estacas, em face da sua profundidade significativa.

Relativamente, à zona de entrada da tomada de água, que constituí uma estrutura em canal
rectangular com 5,0 m de largura por 3,5 m de altura, adoptou-se uma solução de fundação por
ensoleiramento, melhorando-se previamente o terreno de fundação. O tratamento preconizado
consiste na substituição do solo numa espessura de 60 cm por enrocamento fino (20 –
120 mm) devidamente compactado e protegido por geotéxtil do tipo tecido ou não tecido, com
uma porometria ≤60 µm (ENISO 11058) e uma permeabilidade vertical ≥10-7m/s (ENISO
11058).

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IDRHa

6 - ESTUDOS HIDRÁULICOS

6.1 - Introdução

O presente estudo refere-se à estação elevatória do Ramalhão, incluindo os circuitos


hidráulicos entre o canal principal do aproveitamento da Lezíria (montante) e os pontos de
ligação às condutas principais das redes de regas (jusante), que se designam por:

− Sistema Elevatório do Bloco III.

− Sistema Elevatório do Bloco IV.

As redes de rega previstas para o Bloco III e para o Bloco IV são constituídas, para cada Bloco,
por uma conduta principal, na qual têm origem ramais secundários de alimentação das
diferentes parcelas.

A bombagem é realizada directamente para a rede de rega, com grupos de velocidade variável,
sendo a regulação efectuada com recurso a medição de caudal e pressão e a um sistema de
reservatórios hidropneumáticos (regulação mano-debitimétrica com grupos de velocidade
variável).

Os estudos hidráulicos compreendem a análise do funcionamento em regime permanente e em


regime transitório para os dois sistemas elevatórios, designadamente a definição e
dimensionamento de eventuais dispositivos de protecção contra o golpe de aríete.

O dimensionamento hidráulico realizado consistiu na definição das características dos grupos


electrobomba (altura de elevação), dos circuitos hidráulicos (condutas, válvulas e sistema de
filtragem), e equipamentos de regulação (medidores de caudal/pressão e reservatórios de ar
comprimido) e de protecção contra o golpe de aríete.

6.2 - Dados de Base

6.2.1 - Introdução

A estação elevatória do Ramalhão irá permitir a rega dos Blocos III e IV do Aproveitamento
Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira.

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IDRHa

Conforme previsto no esquema geral do aproveitamento, a estação captará a água no canal


principal de adução, bombeando-a para redes de condutas em pressão que abastecem as
áreas a regar, correspondentes a cerca de 1018 ha no Bloco III e 1017 ha no Bloco IV.

6.2.2 - Caudal de dimensionamento

De acordo com o documento “Elementos para Dimensionamento de Estação Elevatória do


Ramalhão”, datado de Março de 2002 e fornecido pelo IDRHa, os caudais máximos a
considerar são os seguintes:

Bloco III ............................... 1,55 m³/s;

Bloco IV ............................... 1,50 m³/s.

Como se pretende implementar um sistema de rega a pedido, sem imposição de restrições aos
respectivos utilizadores, a estação elevatória terá a capacidade para garantir, em qualquer
instante e de forma automática, qualquer caudal requerido pela rede de rega, desde o caudal
nulo ao caudal máximo.

6.2.3 - Níveis de água no canal durante a fase de rega

De acordo com documentos consultados relativos ao projecto da Tomada de água, Derivação e


Estação Elevatória do Conchoso a que a COBA teve acesso, o nível de água máximo no canal
principal de adução durante a fase de rega está à cota (+1,20).

Segundo o parecer do IDRHa à Nota Técnica 2 (COBA, 2002), o nível mínimo de exploração
do canal deverá ser considerado à cota (0,00).

Assim, para o funcionamento da estação elevatória adoptaram-se os seguintes níveis de água


no canal:

Nível máximo........................ (+1,20);

Nível mínimo ........................ (0,00);

6.2.4 - Cota piezométrica à cabeça de rede

As cotas piezométricas que a estação elevatória deverá garantir à cabeça das redes
29
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IDRHa

de rega, foram estabelecidas pelo IDRHa no documento “Elementos para Dimensionamento da


Estação Elevatória do Ramalhão”, de Março de 2002.

Conforme se refere no capítulo 2, a curva característica da rede do bloco IV foi posteriormente


objecto de correcção por parte do IDRHa, em Fevereiro de 2003.

Nas Figuras 6.1 e 6.2 são reproduzidas as curvas características das redes dos blocos de rega
III e IV, respectivamente, que estabelecem as cotas piezométricas necessárias em função do
caudal solicitado.

No Bloco III a cota piezométrica varia dos 57,6m, correspondentes a um caudal de 50 l/s, até
aos 70,0 m, relativos ao caudal máximo de 1550 l/s.

No Bloco IV a cota piezométrica está entre os 58,2 m, para um caudal de 100 l/s, e os 80 m,
para um caudal máximo de 1500 l/s.

75

70
Cota Piezométrica (m)

65

60

55
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600
Q (l/s)

Figura 6.1 - Curva característica da rede de rega do bloco III

30
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IDRHa

85

80
Cota Piezométrica (m)

75

70

65

60

55
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600
Q (l/s)

Figura 6.2 - Curva característica da rede de rega do bloco IV

6.2.5 - Características das condutas das redes de rega

Nas redes de rega dos Blocos III e IV, está prevista a utilização de condutas em FFD (ferro
fundido dúctil) para diâmetros superiores a 450 mm e em PEAD (polietileno de alta densidade)
para diâmetros iguais ou inferiores àquele.

As tubagens de FFD e de PEAD são para pressões de PN 10 e PN 8, respectivamente.

6.3 - Sistema de Regulação Proposto

Das soluções possíveis para o sistema de regulação das estações elevatórias optou-se na fase
anterior dos estudos (Nota Técnica Nº 4, COBA 2002) por uma “regulação em regime
contínuo”, ou seja a cada caudal pedido pela rede corresponde um ponto característico (H, Q)
estável de um ou vários grupos elevatórios funcionando em paralelo, com velocidade variável.
Esta solução permite um recobrimento entre as diferentes situações de funcionamento.
Exceptuam-se as situações de pedido de pequenos caudais, inferiores a 0,150 m³/s (em ambos
os Blocos), em que se recorre a reservatório de ar comprimido (reservatórios
hidropneumáticos).

Das soluções de equipamento estudadas foi proposta a utilização de grupos iguais, para cada
rede, e todos de velocidade variável.

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IDRHa

Os pequenos caudais serão garantidos pelo sistema de reservatórios de ar comprimido,


conjugado com o funcionamento intermitente (não contínuo) de apenas um grupo de
velocidade variável.

6.4 - Funcionamento em Regime Permanente

6.4.1 - Características gerais dos sistemas hidráulicos

Os sistemas hidráulicos são constituídos por um circuito de aspiração, que se desenvolve entre
a tomada de água no canal e os grupos elevatórios, e circuitos de compressão, que se
desenvolvem a jusante dos grupos, assegurando a ligação às duas redes de rega.

O circuito de aspiração é constituído por um canal de tomada de água equipado por grelhas e
limpa grelhas, um primeiro divergente, uma câmara com dois tamisadores em paralelo, um
segundo divergente e uma câmara de aspiração comum a todos os grupos.

O canal de tomada de água tem uma largura de 5,0 m e um comprimento de cerca de 20,2 m,
encontrando-se a soleira à cota –1,00 m. Duas ensecadeiras permitem isolar a tomada de água
do canal adutor. A velocidade do escoamento no canal, a montante das grelhas, é de 0,61 m/s.

O primeiro divergente localiza-se a jusante do canal de tomada de água e a montante do


sistema de filtragem, é simétrico, fazendo as paredes em planta um ângulo de 40º em relação
ao eixo, e tem um desenvolvimento de 5,0 m. Em perfil faz a transição entre as cotas –1,00 m a
montante e –2,30 m a jusante.

A câmara dos tamisadores apresenta uma largura total de 13,4 m e um comprimento de


15,6 m, encontrando-se a soleira á cota –2,30 m. Muros verticais no interior desta câmara
permitem a instalação dos equipamentos de filtração, o direccionamento do escoamento e a
instalação de ensecadeiras a montante e a jusante. A velocidade do escoamento
imediatamente a montante da câmara dos tamisadores é de 0,10 m/s.

O segundo divergente localiza-se a jusante do sistema de filtragem, e a montante da câmara


de aspiração, é simétrico, fazendo as paredes em planta um ângulo de 45º em relação ao eixo,
e tem um desenvolvimento de 5m. Em perfil faz a transição entre as cotas –2,30 m a montante
e –2,50 m a jusante.

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Os grupos aspiram directamente na câmara de aspiração a jusante dos tamisadores, em


canais individuais separados por muros verticais e dispondo de ensecadeiras. A largura total
desta câmara é de 23,4 m e o comprimento de 5,40 m. A cota da soleira é de 2,50 m. A
velocidade do escoamento, imediatamente a montante dos canais individuais na câmara de
aspiração é de 0,07 m/s, e em cada canal individual, de largura 1,80 m cada, na câmara de
aspiração é de 0,12 m/s, para o 1 grupo do Bloco III a funcionar e de 0,12 m/s, para 1 grupo do
Bloco IV a funcionar.

Para assegurar a retenção, no circuito de aspiração, de elementos sólidos transportados nos


caudais captados, foi prevista a instalação dos seguintes equipamentos:

- Grelhas inclinadas 65º, dispondo de um limpa-grelhas automático para remoção dos


elementos sólidos de maiores dimensões acumulados;

- Sistema de filtragem em superfície livre, constituído por dois tamisadores em


paralelo, instalados a jusante das grelhas e a montante da câmara de aspiração dos
grupos electrobomba. O tipo de sistema de filtragem adoptado corresponde ao
anteriormente proposto na Nota Técnica Nº 4 (COBA 2002).

Os circuitos de compressão do sistema elevatório do Ramalhão são constituídos por:

− condutas individuais de compressão (uma por grupo), localizadas imediatamente a


jusante de cada grupo, que asseguram a ligação às condutas gerais de
compressão de cada sistema elevatório (Bloco III e Bloco IV);

− duas condutas gerais de compressão (uma para cada sistema elevatório), que
efectuam a adução dos caudais elevados, alimentando directamente as redes de
rega do Bloco III e do Bloco IV.

A jusante dos grupos são instalados os reservatórios de ar comprimido, com ligação à conduta
geral de compressão através de condutas de derivação. Estes reservatórios têm por finalidade
assegurar a regulação do fornecimento de caudais à rede durante o funcionamento em regime
intermitente e a protecção dos sistemas nos regimes transitórios.

As ligações aos dois Blocos de Rega (III e IV), são efectuadas por duas condutas
independentes constituindo o prolongamento das respectivas condutas gerais de compressão.

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A ligação ao Bloco III é realizada através de uma conduta em Ferro Fundido Dúctil DN 900,
com um desenvolvimento de cerca de 65 m, com um traçado em planta composto por dois
troços rectos que fazem entre si um ângulo de aproximadamente 94°. A ligação ao Bloco IV é
realizada através de uma conduta em Ferro Fundido Dúctil DN 900 com um desenvolvimento
de cerca de 130 m, e em Ferro Fundido Dúctil DN 1000, com um desenvolvimento de cerca de
5 m. O traçado em planta é composto por três troços rectos: o primeiro com cerca de 90 m
inclui uma passagem superior sobre o canal principal, e faz um ângulo (em planta) de cerca de
69° com o segundo troço; este tem sensivelmente 40 m de comprimento e faz um ângulo de
aproximadamente 79° com o terceiro troço; este último, já com diâmetro DN1000, liga à
conduta da rede de rega.

6.4.2 - Cálculo das perdas de carga nos circuitos hidráulicos

Para o dimensionamento dos circuitos hidráulicos de cada Bloco foram determinadas as perdas
de carga contínuas e localizadas, considerando situações de funcionamento de um ou mais
grupos em simultâneo, até ao valor do caudal nominal de cada Bloco.

Nos troços de conduta do circuito hidráulico as perdas de carga contínuas foram determinadas
pela fórmula de Manning-Strickler, considerando um coeficiente Ks de 85 m1/3/s. As perdas de
carga localizadas foram calculadas a partir da expressão DH=K V²/(2g), utilizando coeficientes
de perda de carga, K, apropriados em função das características das descontinuidades
encontradas (intercepções, divergentes, válvulas,…).

Os diferentes coeficientes K foram calculados recorrendo às seguintes referências:


− Catálogos dos fabricantes - para as perdas de carga nas válvulas e outros
equipamentos;
− LENCASTRE, A., Hidráulica Geral, Lisboa 1991 - para as outras perdas de carga;
− António de Carvalho Quintela, Hidráulica, 4ª Edição, Fundação Calouste
Gulbenkian - para as outras perdas de carga.

Nas grelhas da tomada de água, com afastamento entre barras de 50 mm, a perda de carga
máxima considerada é de 0,10 m, que corresponde a um valor comum a partir do qual é
accionado o limpa grelhas. Segundo dados fornecidos por um fabricante, considerou-se que a
perda de carga nos tamisadores limpos é da ordem de 0,04 m, e que a limpeza tem inicio
quando a perda de carga atinge 0,10 m. Considerou-se que a perda de carga máxima nos
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tamisadores será de 0,60 m. Para o cálculo das perdas de carga no circuito hidráulico
considerou-se a perda de carga máxima nos tamisadores (0,60 m) e nas grelhas (0,10 m), que
será a situação mais desfavorável, ou seja uma perda de carga total de (0,70 m) idêntica para
os sistemas elevatórios de ambos os Blocos.

De seguida apresentam-se os cálculos das perdas de carga nos circuitos hidráulicos,


efectuados para os dois sistemas elevatórios.

Sistema Elevatório do Bloco III

Nos Quadros 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4 são apresentados os cálculos das perdas de carga ao longo do
circuito hidráulico e são indicados os valores dos coeficientes de perda de carga utilizados.

O cálculo das perdas de carga foi realizado para a situação de funcionamento de todos os
quatro grupos com o caudal nominal de 1,55 m3/s (caudal de dimensionamento da instalação) e
para as situações de três, dois e um grupos em funcionamento. Nas Figuras 6.3, 6.4, 6.5 e 6.6
representam-se as respectivas linhas piezométricas.

Na situação de operação da estação para o caudal nominal verifica-se que a perda de carga
máxima no circuito hidráulico do Bloco III para a situação de todos os grupos a funcionar é de
2,7 m (excluindo a zona da tomada de água).

As expressões de cálculo das perdas de carga em função do caudal bombeado e do número


de grupos em funcionamento, excluindo a zona da tomada de água, são as seguintes:

1 grupo: ∆H= 5,775 Q²

2 grupos: ∆H= 2,326 Q²

3 grupos: ∆H= 1,472 Q²

4 grupos: ∆H= 1,130 Q²

Para definição dos limites da faixa de funcionamento dos grupos do sistema elevatório
considerou-se a curva da instalação da rede de rega do Bloco III, apresentada em 6.2.3,
acrescida das perdas de carga no circuito hidráulico (ver capítulo 7).

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IDRHa

Sistema Elevatório do Bloco IV

Nos Quadros 6.5, 6.6, 6.7 e 6.8 apresentam-se os cálculos das perdas de carga ao longo do
circuito hidráulico do Bloco IV, e são indicados os valores dos coeficientes de perdas de carga
utilizados.

O cálculo das perdas de carga foi realizado, para a situação de operação de todos os quatro
grupos com o caudal nominal de 1,50 m3/s (caudal de dimensionamento da instalação), e para
as situações de três, dois e um grupos a funcionar. Nas Figuras 6.7, 6.8, 6.9 e 6.10
apresentam-se as respectivas linhas piezométricas para o Blocos IV.

Para a situação de operação da estação para o caudal nominal verifica-se que a perda de
carga máxima no circuito hidráulico, na situação de todos os grupos a funcionar, excluindo a
zona da tomada de água, é de 2,7 m.

As expressões de cálculo das perdas de carga em função do caudal bombeado e do número


de grupos em funcionamento, excluindo a zona da tomada de água, são as seguintes:

1 grupo: ∆H= 4,193 Q²

2 grupos: ∆H= 1,897 Q²

3 grupos: ∆H= 1,400 Q²

4 grupos: ∆H= 1,201 Q²

Para definição dos limites da faixa de funcionamento dos grupos do sistema elevatório
considerou-se a curva da instalação da rede de rega do Bloco IV, apresentada em 6.2.3,
acrescida das perdas de carga no circuito hidráulico (ver capítulo 7).

Verifica-se assim que a perda de carga máxima nos circuitos hidráulicos apresenta iguais:
2,7 m para o Bloco III e para o Bloco IV.

A estes valores tem de se adicionar 0,7 m relativo ás perdas de carga totais na tomada de
água.

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Quadro 6.1

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco III, 4 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 4 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 72.71

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.39 85 0.50 1.37 0.000 0.048 0.048 72.67

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.39 85 0.00 3.08 0.062 0.000 0.062 72.60
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.39 85 0.40 3.08 0.009 0.194 0.203 72.40
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.39 85 0.05 3.08 0.009 0.024 0.033 72.37
Troço Aço DN400 0.40 3.20 0.39 85 0.00 3.08 0.091 0.000 0.091 72.28
Curva 90º DN 400 0.40 0.94 0.39 85 0.28 3.08 0.027 0.136 0.163 72.12
Troço comum de compressão dos grupos
Troço Aço DN400 0.40 0.65 0.39 85 0.00 3.08 0.018 0.000 0.018 72.10
Divergente 400/ 600 0.40 0.80 0.39 85 0.10 3.08 0.023 0.049 0.071 72.03
Troço Aço DN600 0.60 0.60 0.39 85 0.00 1.37 0.002 0.000 0.002 72.02
Intersecção 90º, 400/600 0.60 0.00 0.78 85 0.44 2.74 0.000 0.169 0.169 71.86
Troço Aço DN600 0.60 1.05 0.78 85 0.00 2.74 0.014 0.000 0.014 71.84
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.78 85 0.10 2.74 0.010 0.038 0.049 71.79
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.78 85 0.00 1.54 0.002 0.000 0.002 71.79
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0.00 1.16 85 0.34 2.31 0.000 0.093 0.093 71.70
Troço Aço DN800 0.80 1.20 1.16 85 0.00 2.31 0.008 0.000 0.008 71.69
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 1.16 85 0.10 2.31 0.003 0.027 0.030 71.66
Troço Aço DN900 0.90 0.80 1.16 85 0.00 1.83 0.003 0.000 0.003 71.66
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.55 85 0.31 2.44 0.000 0.093 0.093 71.57
Troço Aço DN900 0.90 30.50 1.55 85 0.00 2.44 0.183 0.000 0.183 71.38
Troço Aço DN900 0.90 9.10 1.55 85 0.00 2.44 0.055 0.000 0.055 71.33
Troço Aço DN900 0.90 5.50 1.55 85 0.00 2.44 0.033 0.000 0.033 71.29
Troço Aço DN900 0.90 5.40 1.55 85 0.00 2.44 0.032 0.000 0.032 71.26
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 1.55 85 0.03 5.48 0.112 0.046 0.158 71.10
Troço Aço DN600 0.60 0.80 1.55 85 0.00 5.48 0.042 0.000 0.042 71.06
Medidor de Caudal 0.60 0.75 1.55 85 0.00 5.48 0.039 0.000 0.039 71.02
Junta de desmontágem 0.60 0.35 1.55 85 0.05 5.48 0.018 0.077 0.095 70.93
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 1.55 85 0.06 5.48 0.112 0.092 0.204 70.72
Troço Aço DN900 0.90 1.00 1.55 85 0.00 2.44 0.006 0.000 0.006 70.72
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 1.55 85 0.30 2.44 0.003 0.091 0.094 70.62
Junta de desmontágem 0.90 0.35 1.55 85 0.05 2.44 0.002 0.015 0.017 70.61
Troço Aço DN900 0.90 2.50 1.55 85 0.00 2.44 0.015 0.000 0.015 70.59
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.55 85 0.12 2.44 0.005 0.037 0.042 70.55
Troço Aço DN900 0.90 3.50 1.55 85 0.00 2.44 0.021 0.000 0.021 70.53
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.55 85 0.12 2.44 0.005 0.037 0.042 70.49
Curva 19º DN 900 0.90 0.85 1.55 85 0.07 2.44 0.005 0.021 0.026 70.46
Troço FFD DN900 0.90 57.15 1.55 85 0.00 2.44 0.343 0.000 0.343 70.12
Curva 94º DN 900 0.90 0.85 1.55 85 0.18 2.44 0.005 0.056 0.061 70.06
Troço FFD DN900 0.90 9.58 1.55 85 0.00 2.44 0.057 0.000 0.057 70.00
TOTAL --- --- --- --- --- --- 1.373 1.341 2.715
148.46 1.373 2.041 3.415
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.421 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.130 xQ²

Regime permanente Bloco III, 4 grupos electrobomba


80.00
Linha
Piézométrica
70.00

60.00

50.00

40.00
Cota (m)

30.00

20.00

10.00
Eixo da Conduta
0.00
0 50 100 150 200
-10.00
Distância (m)

Figura 6.3
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco III, 4 grupos a funcionar
37
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.2

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco III, 3 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 3 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 71.139

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.39 85 0.50 1.37 0.000 0.048 0.048 71.09

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.39 85 0.00 3.08 0.062 0.000 0.062 71.03
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.39 85 0.40 3.08 0.009 0.194 0.203 70.83
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.39 85 0.05 3.08 0.009 0.024 0.033 70.79
Troço Aço DN400 0.40 3.20 0.39 85 0.00 3.08 0.091 0.000 0.091 70.70
Curva 90º DN 400 0.40 0.94 0.39 85 0.28 3.08 0.027 0.136 0.163 70.54
Troço comum de compressão dos grupos
Troço Aço DN400 0.40 0.65 0.39 85 0.00 3.08 0.018 0.000 0.018 70.52
Divergente 400/ 600 0.40 0.80 0.39 85 0.10 3.08 0.023 0.049 0.071 70.45
Troço Aço DN600 0.60 0.60 0.39 85 0.00 1.37 0.002 0.000 0.002 70.45
Intersecção 90º, 400/600 0.60 0.00 0.78 85 0.44 2.74 0.000 0.169 0.169 70.28
Troço Aço DN600 0.60 1.05 0.78 85 0.00 2.74 0.014 0.000 0.014 70.27
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.78 85 0.10 2.74 0.010 0.038 0.049 70.22
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.78 85 0.00 1.54 0.002 0.000 0.002 70.22
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0.00 1.16 85 0.34 2.31 0.000 0.093 0.093 70.12
Troço Aço DN800 0.80 1.20 1.16 85 0.00 2.31 0.008 0.000 0.008 70.12
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 1.16 85 0.10 2.31 0.003 0.027 0.030 70.09
Troço Aço DN900 0.90 0.80 1.16 85 0.00 1.83 0.003 0.000 0.003 70.08
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.16 85 0.31 1.83 0.000 0.052 0.052 70.03
Troço Aço DN900(até parede ext.) 0.90 30.50 1.16 85 0.00 1.83 0.103 0.000 0.103 69.93
Troço Aço DN900 0.90 9.10 1.16 85 0.00 1.83 0.031 0.000 0.031 69.90
Troço Aço DN900 0.90 5.50 1.16 85 0.00 1.83 0.019 0.000 0.019 69.88
Troço Aço DN900 0.90 5.40 1.16 85 0.00 1.83 0.018 0.000 0.018 69.86
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 1.16 85 0.03 4.11 0.063 0.026 0.089 69.77
Troço Aço DN600 0.60 0.80 1.16 85 0.00 4.11 0.023 0.000 0.023 69.75
Medidor de Caudal 0.60 0.75 1.16 85 0.00 4.11 0.022 0.000 0.022 69.73
Junta de desmontágem 0.60 0.35 1.16 85 0.05 4.11 0.010 0.043 0.053 69.67
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 1.16 85 0.06 4.11 0.063 0.052 0.115 69.56
Troço Aço DN900 0.90 1.00 1.16 85 0.00 1.83 0.003 0.000 0.003 69.55
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 1.16 85 0.30 1.83 0.002 0.051 0.053 69.50
Junta de desmontágem 0.90 0.35 1.16 85 0.05 1.83 0.001 0.009 0.010 69.49
Troço Aço DN900 0.90 2.50 1.16 85 0.00 1.83 0.008 0.000 0.008 69.48
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.16 85 0.12 1.83 0.003 0.021 0.024 69.46
Troço Aço DN900 0.90 3.50 1.16 85 0.00 1.83 0.012 0.000 0.012 69.45
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.16 85 0.12 1.83 0.003 0.021 0.024 69.42
Curva 19º DN 900 0.90 0.85 1.16 85 0.07 1.83 0.003 0.012 0.015 69.41
Troço FFD DN900 0.90 57.15 1.16 85 0.00 1.83 0.193 0.000 0.193 69.22
Curva 94º DN 900 0.90 0.85 1.16 85 0.18 1.83 0.003 0.031 0.034 69.18
Troço FFD DN900 0.90 9.58 1.16 85 0.00 1.83 0.032 0.000 0.032 69.15
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.894 1.095 1.989
0.894 1.795 2.689
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.990 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.472 xQ²

Regime permanente Bloco III, 3 grupos electrobomba

80.00
Linha
70.00 Piézométrica

60.00

50.00
Cota (m)

40.00

30.00

20.00

10.00
Eixo da Conduta
0.00
0 50 100 150 200
-10.00
Distância (m)

Figura 6.4
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco III, 3 grupos a funcionar
38
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.3

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco III, 2 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 2 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 68.397

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.39 85 0.50 1.37 0.000 0.048 0.048 68.35

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.39 85 0.00 3.08 0.062 0.000 0.062 68.29
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.39 85 0.40 3.08 0.009 0.194 0.203 68.08
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.39 85 0.05 3.08 0.009 0.024 0.033 68.05
Troço Aço DN400 0.40 3.20 0.39 85 0.00 3.08 0.091 0.000 0.091 67.96
Curva 90º DN 400 0.40 0.94 0.39 85 0.28 3.08 0.027 0.136 0.163 67.80
Troço comum de compressão dos grupos
Troço Aço DN400 0.40 0.65 0.39 85 0.00 3.08 0.018 0.000 0.018 67.78
Divergente 400/ 600 0.40 0.80 0.39 85 0.10 3.08 0.023 0.049 0.071 67.71
Troço Aço DN600 0.60 0.60 0.39 85 0.00 1.37 0.002 0.000 0.002 67.71
Intersecção 90º, 400/600 0.60 0.00 0.78 85 0.44 2.74 0.000 0.169 0.169 67.54
Troço Aço DN600 0.60 1.05 0.78 85 0.00 2.74 0.014 0.000 0.014 67.52
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.78 85 0.10 2.74 0.010 0.038 0.049 67.48
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.78 85 0.00 1.54 0.002 0.000 0.002 67.47
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0.00 0.78 85 0.34 1.54 0.000 0.041 0.041 67.43
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.78 85 0.00 1.54 0.003 0.000 0.003 67.43
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.78 85 0.10 1.54 0.001 0.012 0.013 67.42
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.78 85 0.00 1.22 0.001 0.000 0.001 67.41
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.78 85 0.31 1.22 0.000 0.023 0.023 67.39
Troço Aço DN900 0.90 30.50 0.78 85 0.00 1.22 0.046 0.000 0.046 67.35
Troço Aço DN900 0.90 9.10 0.78 85 0.00 1.22 0.014 0.000 0.014 67.33
Troço Aço DN900 0.90 5.50 0.78 85 0.00 1.22 0.008 0.000 0.008 67.32
Troço Aço DN900 0.90 5.40 0.78 85 0.00 1.22 0.008 0.000 0.008 67.32
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 0.78 85 0.03 2.74 0.028 0.012 0.039 67.28
Troço Aço DN600 0.60 0.80 0.78 85 0.00 2.74 0.010 0.000 0.010 67.27
Medidor de Caudal 0.60 0.75 0.78 85 0.00 2.74 0.010 0.000 0.010 67.26
Junta de desmontágem 0.60 0.35 0.78 85 0.05 2.74 0.005 0.019 0.024 67.23
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 0.78 85 0.06 2.74 0.028 0.023 0.051 67.18
Troço Aço DN900 0.90 1.00 0.78 85 0.00 1.22 0.002 0.000 0.002 67.18
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 0.78 85 0.30 1.22 0.001 0.023 0.023 67.16
Junta de desmontágem 0.90 0.35 0.78 85 0.05 1.22 0.001 0.004 0.004 67.15
Troço Aço DN900 0.90 2.50 0.78 85 0.00 1.22 0.004 0.000 0.004 67.15
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.78 85 0.12 1.22 0.001 0.009 0.010 67.14
Troço Aço DN900 0.90 3.50 0.78 85 0.00 1.22 0.005 0.000 0.005 67.13
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.78 85 0.12 1.22 0.001 0.009 0.010 67.12
Curva 19º DN 900 0.90 0.85 0.78 85 0.07 1.22 0.001 0.005 0.007 67.12
Troço FFD DN900 0.90 57.15 0.78 85 0.00 1.22 0.086 0.000 0.086 67.03
Curva 94º DN 900 0.90 0.85 0.78 85 0.18 1.22 0.001 0.014 0.015 67.01
Troço FFD DN900 0.90 9.58 0.78 85 0.00 1.22 0.014 0.000 0.014 67.00
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.545 0.852 1.397
0.545 1.552 2.097
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 3.491 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 2.326 xQ²

Regime permanente Bloco III, 2 grupos electrobomba

80.00

Linha
70.00
Piézométrica

60.00

50.00
Cota (m)

40.00

30.00

20.00

10.00
Eixo da Conduta
0.00
0 50 100 150 200
-10.00
Distância (m)

Figura 6.5
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco III, 2 grupos a funcionar
39
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.4

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco III, 1 grupo a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 1 grupo electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 62.467

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.39 85 0.50 1.37 0.000 0.048 0.048 62.42

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.39 85 0.00 3.08 0.062 0.000 0.062 62.36
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.39 85 0.40 3.08 0.009 0.194 0.203 62.15
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.39 85 0.05 3.08 0.009 0.024 0.033 62.12
Troço Aço DN400 0.40 3.20 0.39 85 0.00 3.08 0.091 0.000 0.091 62.03
Curva 90º DN 400 0.40 0.94 0.39 85 0.28 3.08 0.027 0.136 0.163 61.87
Troço comum de compressão dos grupos
Troço Aço DN400 0.40 0.65 0.39 85 0.00 3.08 0.018 0.000 0.018 61.85
Divergente 400/ 600 0.40 0.80 0.39 85 0.10 3.08 0.023 0.049 0.071 61.78
Troço Aço DN600 0.60 0.60 0.39 85 0.00 1.37 0.002 0.000 0.002 61.78
Intersecção 90º, 400/600 0.60 0.00 0.39 85 0.44 1.37 0.000 0.042 0.042 61.73
Troço Aço DN600 0.60 1.05 0.39 85 0.00 1.37 0.003 0.000 0.003 61.73
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.39 85 0.10 1.37 0.003 0.010 0.012 61.72
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.39 85 0.00 0.77 0.000 0.000 0.000 61.72
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0.00 0.39 85 0.34 0.77 0.000 0.010 0.010 61.71
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.39 85 0.00 0.77 0.001 0.000 0.001 61.71
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.39 85 0.10 0.77 0.000 0.003 0.003 61.70
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.39 85 0.00 0.61 0.000 0.000 0.000 61.70
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.39 85 0.31 0.61 0.000 0.006 0.006 61.70
Troço Aço DN900(até parede ext.) 0.90 30.50 0.39 85 0.00 0.61 0.011 0.000 0.011 61.69
Troço Aço DN900 0.90 9.10 0.39 85 0.00 0.61 0.003 0.000 0.003 61.68
Troço Aço DN900 0.90 5.50 0.39 85 0.00 0.61 0.002 0.000 0.002 61.68
Troço Aço DN900 0.90 5.40 0.39 85 0.00 0.61 0.002 0.000 0.002 61.68
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 0.39 85 0.03 1.37 0.007 0.003 0.010 61.67
Troço Aço DN600 0.60 0.80 0.39 85 0.00 1.37 0.003 0.000 0.003 61.67
Medidor de Caudal 0.60 0.75 0.39 85 0.00 1.37 0.002 0.000 0.002 61.66
Junta de desmontágem 0.60 0.35 0.39 85 0.05 1.37 0.001 0.005 0.006 61.66
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 0.39 85 0.06 1.37 0.007 0.006 0.013 61.65
Troço Aço DN900 0.90 1.00 0.39 85 0.00 0.61 0.000 0.000 0.000 61.64
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 0.39 85 0.30 0.61 0.000 0.006 0.006 61.64
Junta de desmontágem 0.90 0.35 0.39 85 0.05 0.61 0.000 0.001 0.001 61.64
Troço Aço DN900 0.90 2.50 0.39 85 0.00 0.61 0.001 0.000 0.001 61.64
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.39 85 0.12 0.61 0.000 0.002 0.003 61.63
Troço Aço DN900 0.90 3.50 0.39 85 0.00 0.61 0.001 0.000 0.001 61.63
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.39 85 0.12 0.61 0.000 0.002 0.003 61.63
Curva 19º DN 900 0.90 0.85 0.39 85 0.07 0.61 0.000 0.001 0.002 61.63
Troço FFD DN900 0.90 57.15 0.39 85 0.00 0.61 0.021 0.000 0.021 61.61
Curva 94º DN 900 0.90 0.85 0.39 85 0.18 0.61 0.000 0.003 0.004 61.60
Troço FFD DN900 0.90 9.58 0.39 85 0.00 0.61 0.004 0.000 0.004 61.60
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.316 0.551 0.867
0.316 1.251 1.567
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 10.437 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 5.775 xQ²

Regime permanente Bloco III, 1 grupo electrobomba

70.00
Linha
60.00 Piézométrica

50.00

40.00
Cota (m)

30.00

20.00

10.00
Eixo da Conduta

0.00
0 50 100 150 200
-10.00
Distância (m)

Figura 6.6
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco III, 1 grupo a funcionar
40
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.5
Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco IV, 4 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 4 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 82.70

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.38 85 0.50 1.33 0.000 0.045 0.045 82.66

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.38 85 0.00 2.98 0.058 0.000 0.058 82.60
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.38 85 0.40 2.98 0.008 0.182 0.190 82.41
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.38 85 0.05 2.98 0.008 0.023 0.031 82.38
Troço Aço DN400 0.40 1.60 0.38 85 0.00 2.98 0.042 0.000 0.042 82.34
Troço comum de compressão dos grupos
Intersecção 90º, 400/600. 0.60 0 0.38 85 0.55 1.33 0.000 0.049 0.049 82.29
Troço Aço DN400 0.60 1.05 0.38 85 0.00 1.33 0.003 0.000 0.003 82.28
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.38 85 0.10 1.33 0.002 0.009 0.011 82.27
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.38 85 0.00 0.75 0.000 0.000 0.000 82.27
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0 0.75 85 0.50 1.49 0.000 0.056 0.056 82.22
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.75 85 0.00 1.49 0.003 0.000 0.003 82.21
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.75 85 0.10 1.49 0.001 0.011 0.012 82.20
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.75 85 0.00 1.18 0.001 0.000 0.001 82.20
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.13 85 0.40 1.77 0.000 0.063 0.063 82.14
Troço Aço DN900 0.90 2.40 1.13 85 0.00 1.77 0.008 0.000 0.008 82.13
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.50 85 0.32 2.36 0.000 0.090 0.090 82.04
Troço Aço DN900 0.90 18.45 1.50 85 0.00 2.36 0.104 0.000 0.104 81.93
Troço Aço DN900 0.90 9.10 1.50 85 0.00 2.36 0.051 0.000 0.051 81.88
Troço Aço DN900 0.90 5.50 1.50 85 0.00 2.36 0.031 0.000 0.031 81.85
Troço Aço DN900 0.90 5.40 1.50 85 0.00 2.36 0.030 0.000 0.030 81.82
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 1.50 85 0.03 5.31 0.105 0.043 0.148 81.67
Troço Aço DN600 0.60 0.80 1.50 85 0.00 5.31 0.039 0.000 0.039 81.63
Medidor de Caudal 0.60 0.75 1.50 85 0.00 5.31 0.037 0.000 0.037 81.60
Junta de desmontágem 0.60 0.35 1.50 85 0.05 5.31 0.017 0.072 0.089 81.51
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 1.50 85 0.06 5.31 0.105 0.086 0.191 81.32
Troço Aço DN900 0.90 1.00 1.50 85 0.00 2.36 0.006 0.000 0.006 81.31
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 1.50 85 0.30 2.36 0.003 0.085 0.088 81.22
Junta de desmontágem 0.90 0.35 1.50 85 0.05 2.36 0.002 0.014 0.016 81.21
Troço Aço DN900 0.90 2.50 1.50 85 0.00 2.36 0.014 0.000 0.014 81.19
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 81.15
Troço Aço DN900 0.90 3.50 1.50 85 0.00 2.36 0.020 0.000 0.020 81.14
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 81.10
Curva 90º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.18 2.36 0.005 0.051 0.056 81.04
Troço FFD DN900 0.90 48.58 1.50 85 0.00 2.36 0.273 0.000 0.273 80.77
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 80.73
Troço FFD DN900 0.90 4.60 1.50 85 0.00 2.36 0.026 0.000 0.026 80.70
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 80.66
Troço FFD DN900 0.90 19.25 1.50 85 0.00 2.36 0.108 0.000 0.108 80.55
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 80.52
Troço FFD DN900 0.90 4.55 1.50 85 0.00 2.36 0.026 0.000 0.026 80.49
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.12 2.36 0.005 0.034 0.039 80.45
Troço FFD DN900 0.90 15.58 1.50 85 0.00 2.36 0.088 0.000 0.088 80.36
Curva 69º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.16 2.36 0.005 0.045 0.050 80.31
Troço FFD DN900 0.90 37.15 1.50 85 0.00 2.36 0.209 0.000 0.209 80.10
Curva 80º DN 900 0.90 0.85 1.50 85 0.17 2.36 0.005 0.048 0.053 80.05
Divergente 900/ 1000 0.90 0.40 1.50 85 0.12 2.36 0.002 0.034 0.036 80.01
Troço FFD DN1000 1.00 4.58 1.50 85 0.00 1.91 0.015 0.000 0.015 80.00
TOTAL --- --- --- --- --- --- 1.488 1.214 2.702
206.42 1.488 1.914 3.402
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.512 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.201 xQ²

Regime permanente, Bloco IV 4 grupos electrobomba

90
Cota
80
Piezométrica
70
60
50
Cota (m)

40
30
20
10 Eixo da Conduta
0
-10
0 50 100 150 200 250 300
Distância (m)

Figura 6.7
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco IV, 4 grupos a funcionar
41
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.6

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco IV, 3 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 3 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 76.17

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.38 85 0.50 1.33 0.000 0.045 0.045 76.13

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.38 85 0.00 2.98 0.058 0.000 0.058 76.07
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.38 85 0.40 2.98 0.008 0.182 0.190 75.88
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.38 85 0.05 2.98 0.008 0.023 0.031 75.85
Troço Aço DN400 0.40 1.60 0.38 85 0.00 2.98 0.042 0.000 0.042 75.81
Troço comum de compressão dos grupos
Intersecção 90º, 400/600. 0.60 0 0.38 85 0.55 1.33 0.000 0.049 0.049 75.76
Troço Aço DN400 0.60 1.05 0.38 85 0.00 1.33 0.003 0.000 0.003 75.75
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.38 85 0.10 1.33 0.002 0.009 0.011 75.74
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.38 85 0.00 0.75 0.000 0.000 0.000 75.74
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0 0.75 85 0.50 1.49 0.000 0.056 0.056 75.68
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.75 85 0.00 1.49 0.003 0.000 0.003 75.68
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.75 85 0.10 1.49 0.001 0.011 0.012 75.67
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.75 85 0.00 1.18 0.001 0.000 0.001 75.67
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.13 85 0.40 1.77 0.000 0.063 0.063 75.60
Troço Aço DN900 0.90 2.40 1.13 85 0.00 1.77 0.008 0.000 0.008 75.60
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 1.13 85 0.32 1.77 0.000 0.051 0.051 75.55
Troço Aço DN900 0.90 18.45 1.13 85 0.00 1.77 0.058 0.000 0.058 75.49
Troço Aço DN900 0.90 9.10 1.13 85 0.00 1.77 0.029 0.000 0.029 75.46
Troço Aço DN900 0.90 5.50 1.13 85 0.00 1.77 0.017 0.000 0.017 75.44
Troço Aço DN900 0.90 5.40 1.13 85 0.00 1.77 0.017 0.000 0.017 75.42
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 1.13 85 0.03 3.98 0.059 0.024 0.083 75.34
Troço Aço DN600 0.60 0.80 1.13 85 0.00 3.98 0.022 0.000 0.022 75.32
Medidor de Caudal 0.60 0.75 1.13 85 0.00 3.98 0.021 0.000 0.021 75.30
Junta de desmontágem 0.60 0.35 1.13 85 0.05 3.98 0.010 0.040 0.050 75.25
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 1.13 85 0.06 3.98 0.059 0.048 0.107 75.14
Troço Aço DN900 0.90 1.00 1.13 85 0.00 1.77 0.003 0.000 0.003 75.14
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 1.13 85 0.30 1.77 0.002 0.048 0.049 75.09
Junta de desmontágem 0.90 0.35 1.13 85 0.05 1.77 0.001 0.008 0.009 75.08
Troço Aço DN900 0.90 2.50 1.13 85 0.00 1.77 0.008 0.000 0.008 75.07
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 75.05
Troço Aço DN900 0.90 3.50 1.13 85 0.00 1.77 0.011 0.000 0.011 75.04
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 75.02
Curva 90º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.18 1.77 0.003 0.029 0.031 74.99
Troço FFD DN900 0.90 48.58 1.13 85 0.00 1.77 0.154 0.000 0.154 74.83
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 74.81
Troço FFD DN900 0.90 4.60 1.13 85 0.00 1.77 0.015 0.000 0.015 74.79
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 74.77
Troço FFD DN900 0.90 19.25 1.13 85 0.00 1.77 0.061 0.000 0.061 74.71
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 74.69
Troço FFD DN900 0.90 4.55 1.13 85 0.00 1.77 0.014 0.000 0.014 74.68
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.12 1.77 0.003 0.019 0.022 74.65
Troço FFD DN900 0.90 15.58 1.13 85 0.00 1.77 0.049 0.000 0.049 74.60
Curva 69º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.16 1.77 0.003 0.026 0.028 74.58
Troço FFD DN900 0.90 37.15 1.13 85 0.00 1.77 0.118 0.000 0.118 74.46
Curva 80º DN 900 0.90 0.85 1.13 85 0.17 1.77 0.003 0.027 0.030 74.43
Divergente 900/ 1000 0.90 0.40 1.13 85 0.12 1.77 0.001 0.019 0.020 74.41
Troço FFD DN1000 1.00 4.58 1.13 85 0.00 1.43 0.008 0.000 0.008 74.40
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.896 0.875 1.771
0.896 1.575 2.471
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.953 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.400 xQ²

Regime permanente Bloco IV 3 grupos electrobomba

80
70 Cota
60 Piezométrica
50
Cota (m)

40
30
20
10 Eixo da Conduta
0
-10
0 50 100 150 200 250 300
Distância (m)

Figura 6.8
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco IV, 3 grupos a funcionar
42
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.7

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco IV, 2 grupos a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 2 grupos electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 71.27

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.38 85 0.50 1.33 0.000 0.045 0.045 71.22

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.38 85 0.00 2.98 0.058 0.000 0.058 71.16
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.38 85 0.40 2.98 0.008 0.182 0.190 70.97
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.38 85 0.05 2.98 0.008 0.023 0.031 70.94
Troço Aço DN400 0.40 1.60 0.38 85 0.00 2.98 0.042 0.000 0.042 70.90
Troço comum de compressão dos grupos
Intersecção 90º, 400/600. 0.60 0 0.38 85 0.55 1.33 0.000 0.049 0.049 70.85
Troço Aço DN400 0.60 1.05 0.38 85 0.00 1.33 0.003 0.000 0.003 70.85
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.38 85 0.10 1.33 0.002 0.009 0.011 70.84
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.38 85 0.00 0.75 0.000 0.000 0.000 70.84
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0 0.75 85 0.50 1.49 0.000 0.056 0.056 70.78
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.75 85 0.00 1.49 0.003 0.000 0.003 70.78
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.75 85 0.10 1.49 0.001 0.011 0.012 70.76
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.75 85 0.00 1.18 0.001 0.000 0.001 70.76
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.75 85 0.40 1.18 0.000 0.028 0.028 70.74
Troço Aço DN900 0.90 2.40 0.75 85 0.00 1.18 0.003 0.000 0.003 70.73
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.75 85 0.32 1.18 0.000 0.023 0.023 70.71
Troço Aço DN900(até parede ext. 0.90 18.45 0.75 85 0.00 1.18 0.026 0.000 0.026 70.68
Troço Aço DN900 0.90 9.10 0.75 85 0.00 1.18 0.013 0.000 0.013 70.67
Troço Aço DN900 0.90 5.50 0.75 85 0.00 1.18 0.008 0.000 0.008 70.66
Troço Aço DN900 0.90 5.40 0.75 85 0.00 1.18 0.008 0.000 0.008 70.66
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 0.75 85 0.03 2.65 0.026 0.011 0.037 70.62
Troço Aço DN600 0.60 0.80 0.75 85 0.00 2.65 0.010 0.000 0.010 70.61
Medidor de Caudal 0.60 0.75 0.75 85 0.00 2.65 0.009 0.000 0.009 70.60
Junta de desmontágem 0.60 0.35 0.75 85 0.05 2.65 0.004 0.018 0.022 70.58
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 0.75 85 0.06 2.65 0.026 0.022 0.048 70.53
Troço Aço DN900 0.90 1.00 0.75 85 0.00 1.18 0.001 0.000 0.001 70.53
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 0.75 85 0.30 1.18 0.001 0.021 0.022 70.51
Junta de desmontágem 0.90 0.35 0.75 85 0.05 1.18 0.000 0.004 0.004 70.50
Troço Aço DN900 0.90 2.50 0.75 85 0.00 1.18 0.004 0.000 0.004 70.50
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.49
Troço Aço DN900 0.90 3.50 0.75 85 0.00 1.18 0.005 0.000 0.005 70.48
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.47
Curva 90º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.18 1.18 0.001 0.013 0.014 70.46
Troço FFD DN900 0.90 48.58 0.75 85 0.00 1.18 0.068 0.000 0.068 70.39
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.38
Troço FFD DN900 0.90 4.60 0.75 85 0.00 1.18 0.006 0.000 0.006 70.38
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.37
Troço FFD DN900 0.90 19.25 0.75 85 0.00 1.18 0.027 0.000 0.027 70.34
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.33
Troço FFD DN900 0.90 4.55 0.75 85 0.00 1.18 0.006 0.000 0.006 70.32
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.009 0.010 70.31
Troço FFD DN900 0.90 15.58 0.75 85 0.00 1.18 0.022 0.000 0.022 70.29
Curva 69º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.16 1.18 0.001 0.011 0.013 70.28
Troço FFD DN900 0.90 37.15 0.75 85 0.00 1.18 0.052 0.000 0.052 70.23
Curva 80º DN 900 0.90 0.85 0.75 85 0.17 1.18 0.001 0.012 0.013 70.21
Divergente 900/ 1000 0.90 0.40 0.75 85 0.12 1.18 0.001 0.008 0.009 70.20
Troço FFD DN1000 1.00 4.58 0.75 85 0.00 0.95 0.004 0.000 0.004 70.20
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.470 0.597 1.067
0.470 1.297 1.767
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 3.141 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 1.897 xQ²

Regime permanente Bloco IV 2 grupos electrobomba

80
70
Cota
60 Piezométrica
50
Cota (m)

40
30
20
10
Eixo da Conduta
0
-10
0 50 100 150 200 250 300
Distância (m)

Figura 6.9
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco IV, 2 grupos a funcionar
43
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Quadro 6.8

Perdas de carga na estação elevatória do Ramalhão, Bloco IV, 1 grupo a funcionar

Perdas correspondentes ao funcionamento de 1 grupo electrobomba


Coeficientes de Perdas de carga Cota
Elemento Diâmetro Comprimento Caudal perda de carga Velocidade contínua localizada total Piezométrica
(m) (m) (m³/s) contínua localizada (m/s) (m) (m) (m) (m)
Tomada de água 0.00
Grelhas+Limpa grelhas 14 0.1 0.100 -0.10
2 Tamizadores em paralelo 40.3 0.6 0.600 -0.70
TOTAL antes da bomba --- --- --- --- --- --- 0.000 0.700 0.700 62.49

Troço individual de compressão dos grupos


Aspiração ("cesto") 0.60 0.00 0.38 85 0.50 1.33 0.000 0.045 0.045 62.44

Troço Aço DN400 0.40 2.20 0.38 85 0.00 2.98 0.058 0.000 0.058 62.39
Válvula borbuleta, DN 400, PN 16 0.40 0.30 0.38 85 0.40 2.98 0.008 0.182 0.190 62.20
Junta de desmontágem flexivel 0.40 0.30 0.38 85 0.05 2.98 0.008 0.023 0.031 62.17
Troço Aço DN400 0.40 1.60 0.38 85 0.00 2.98 0.042 0.000 0.042 62.12
Troço comum de compressão dos grupos
Intersecção 90º, 400/600. 0.60 0 0.38 85 0.55 1.33 0.000 0.049 0.049 62.07
Troço Aço DN400 0.60 1.05 0.38 85 0.00 1.33 0.003 0.000 0.003 62.07
Divergente 600/ 800 0.60 0.80 0.38 85 0.10 1.33 0.002 0.009 0.011 62.06
Troço Aço DN800 0.80 0.55 0.38 85 0.00 0.75 0.000 0.000 0.000 62.06
Intersecção 90º, 400/800 0.80 0 0.38 85 0.50 0.75 0.000 0.014 0.014 62.05
Troço Aço DN800 0.80 1.20 0.38 85 0.00 0.75 0.001 0.000 0.001 62.04
Divergente 800/ 900 0.80 0.40 0.38 85 0.10 0.75 0.000 0.003 0.003 62.04
Troço Aço DN900 0.90 0.80 0.38 85 0.00 0.59 0.000 0.000 0.000 62.04
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.38 85 0.40 0.59 0.000 0.007 0.007 62.03
Troço Aço DN900 0.90 2.40 0.38 85 0.00 0.59 0.001 0.000 0.001 62.03
Intersecção 90º, 400/900 0.90 0.00 0.38 85 0.32 0.59 0.000 0.006 0.006 62.03
Troço Aço DN900(até parede ext. 0.90 18.45 0.38 85 0.00 0.59 0.006 0.000 0.006 62.02
Troço Aço DN900 0.90 9.10 0.38 85 0.00 0.59 0.003 0.000 0.003 62.02
Troço Aço DN900 0.90 5.50 0.38 85 0.00 0.59 0.002 0.000 0.002 62.02
Troço Aço DN900 0.90 5.40 0.38 85 0.00 0.59 0.002 0.000 0.002 62.01
Convergente 900/ 600 0.60 2.15 0.38 85 0.03 1.33 0.007 0.003 0.009 62.00
Troço Aço DN600 0.60 0.80 0.38 85 0.00 1.33 0.002 0.000 0.002 62.00
Medidor de Caudal 0.60 0.75 0.38 85 0.00 1.33 0.002 0.000 0.002 62.00
Junta de desmontágem 0.60 0.35 0.38 85 0.05 1.33 0.001 0.004 0.006 61.99
Divergente 600/ 900 0.60 2.15 0.38 85 0.06 1.33 0.007 0.005 0.012 61.98
Troço Aço DN900 0.90 1.00 0.38 85 0.00 0.59 0.000 0.000 0.000 61.98
Válvula borbuleta, DN 900, PN 16 0.90 0.50 0.38 85 0.30 0.59 0.000 0.005 0.005 61.98
Junta de desmontágem 0.90 0.35 0.38 85 0.05 0.59 0.000 0.001 0.001 61.98
Troço Aço DN900 0.90 2.50 0.38 85 0.00 0.59 0.001 0.000 0.001 61.97
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.97
Troço Aço DN900 0.90 3.50 0.38 85 0.00 0.59 0.001 0.000 0.001 61.97
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.97
Curva 90º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.18 0.59 0.000 0.003 0.003 61.97
Troço FFD DN900 0.90 48.58 0.38 85 0.00 0.59 0.017 0.000 0.017 61.95
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.95
Troço FFD DN900 0.90 4.60 0.38 85 0.00 0.59 0.002 0.000 0.002 61.94
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.94
Troço FFD DN900 0.90 19.25 0.38 85 0.00 0.59 0.007 0.000 0.007 61.93
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.93
Troço FFD DN900 0.90 4.55 0.38 85 0.00 0.59 0.002 0.000 0.002 61.93
Curva 45º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.93
Troço FFD DN900 0.90 15.58 0.38 85 0.00 0.59 0.005 0.000 0.005 61.92
Curva 69º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.16 0.59 0.000 0.003 0.003 61.92
Troço FFD DN900 0.90 37.15 0.38 85 0.00 0.59 0.013 0.000 0.013 61.91
Curva 80º DN 900 0.90 0.85 0.38 85 0.17 0.59 0.000 0.003 0.003 61.90
Divergente 900/ 1000 0.90 0.40 0.38 85 0.12 0.59 0.000 0.002 0.002 61.90
Troço FFD DN1000 1.00 4.58 0.38 85 0.00 0.48 0.001 0.000 0.001 61.90
TOTAL --- --- --- --- --- --- 0.210 0.380 0.590
0.210 1.080 1.290
Inclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 9.171 xQ²
Exclui perdas de carga na tomada de água ∆H= 4.193 xQ²

Regime permanente Bloco IV 1 grupo electrobomba

80
70
Cota
60 Piezométrica
50
Cota (m)

40
30
20
10
Eixo da Conduta
0
-10
0 50 100 150 200 250 300
Distância (m)

Figura 6.10
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico, Bloco IV, 1 grupo a funcionar
44
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IDRHa

6.4.3 - Alturas Manométricas de Funcionamento

a) Funcionamento em regime contínuo

Para valores de caudal compreendidos entre o caudal máximo da instalação e o caudal mínimo
fornecido por um só grupo de velocidade variável, os sistemas elevatórios funcionam em
regime contínuo. Ou seja, a cada caudal pedido pela rede corresponde um ponto característico
H (Q) estável de um ou vários grupos funcionando em paralelo.

Nestas condições, as alturas manométricas máximas de funcionamento dos sistemas


elevatórios correspondem às alturas manométricas que garantem, nas piores condições de
funcionamento (nível mínimo no canal e perdas de carga máximas nos circuitos hidráulicos) a
pressão mínima de funcionamento na totalidade da rede.

Com base nos cálculos das perdas de carga nos circuitos hidráulicos e nas curvas de
instalação das redes, obtiveram-se as alturas manométricas máximas (correspondentes à
elevação do caudal de dimensionamento) para cada um dos sistemas elevatórios (Quadro 6.9).

Quadro 6.9 - Alturas Máximas de Elevação para Assegurar as Pressões de


Funcionamento da Rede
Nme na Câmara
C.P. início rede de ∆H (*)circuito Altura de
Sistema Elevatório de Aspiração
rega (m) (**) hidráulico (m) Elevação (m)
(m)

Bloco III Qmáx= 1,55 m³/s -0,70 70,0 2,7 73,4

Bloco IV Qmáx= 1,50 m³/s -0,70 80,0 2,7 83,4

(*) As perdas de carga máximas no circuito hidráulico do sistema elevatório excluem as perdas na tomada de água.
(**) Valores estabelecidos pelo IDRHa no documento “Elementos para Dimensionamento da Estação Elevatória do Ramalhão”.

Assim, optou-se por fixar as alturas de elevação correspondentes ao caudal máximo dos
grupos electrobomba em H=74,0 m no Bloco III e H=84,0 m no Bloco IV.

b) Funcionamento em regime intermitente

Para caudais pedidos na rede inferiores ao caudal mínimo os sistemas serão operados em
regime intermitente correspondente ao funcionamento de apenas um grupo de velocidade
variável, operando em velocidade de rotação reduzida. Durante o funcionamento em regime

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IDRHa

intermitente, as ordens de arranque e paragem dos grupos são dadas em função da pressão
no interior dos reservatórios de ar comprimido (RAC), que funcionam nesta situação como
reservatório de regulação para o fornecimento de pequenos caudais.

De acordo com a análise das curvas de funcionamento dos grupos seleccionados para cada
sistema elevatório (ver Capitulo 7), foi definido o respectivo valor do caudal mínimo para
funcionamento em regime contínuo.

Para a fixação desses caudais mínimos foi ainda considerado que se deveria assegurar uma
velocidade mínima superior a 0,25 m/s na secção do caudalímetro, de forma a garantir uma
elevada precisão. Devido à possibilidade dada pelo funcionamento com grupos de velocidade
variável, onde a cada caudal pedido se faz corresponder um ponto estável de funcionamento
dos grupos sobre a curva da instalação, concluiu-se da importância de assegurar uma leitura
de elevada precisão para a optimização dos sistemas elevatórios (minimizando os custos
energéticos da elevação).

No Quadro 6.10 apresentam-se os valores dos caudais mínimos admitidos para o


funcionamento em regime continuo.

Quadro 6.10 - Caudais Mínimos para o Funcionamento em Regime Contínuo

Estação Sistema Caudal total Caudal nominal Caudal mínimo em


elevatório (m³/s) por Grupo (m³/s) func. contínuo.
(m³/s)
E.E. do Bloco III 1,550 0,388 0,150
Ramalhão Bloco IV 1,500 0,375 0,150

O valor mínimo dos caudais para o funcionamento em regime contínuo (que corresponde ao
valor de caudal máximo para o funcionamento em regime intermitente) vai condicionar o
dimensionamento dos reservatórios de ar comprimido.

No funcionamento em regime intermitente, a pressão fornecida à rede irá variar entre um valor
mínimo, correspondente à cota piezométrica indicada pela curva característica da rede de rega
para o caudal mínimo referido, e um valor máximo correspondente a uma cota piezométrica
superior admitida pela rede de rega. Uma vez que as condutas da rede de rega possuem uma
classe de pressão de PN10 e PN8 e que as cotas topográficas da rede rondam a (0,00), optou-
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-se por limitar a cota piezométrica máxima em regime intermitente ao valor de 78 m.

Nas Figuras 6.11 e 6.12 seguintes são apresentadas esquematicamente as principais


características dos dois sistemas elevatórios (Bloco III e Bloco IV), na situação de altura de
elevação máxima, para o funcionamento em regime continuo e funcionamento em regime
intermitente, respectivamente.

6.4.4 - Dimensionamento dos reservatórios de ar comprimido

A regulação dos pequenos caudais é realizada através de reservatórios de ar comprimido, que


armazenam um determinado volume de água definido em função do número máximo de
arranques permitido para os grupos de menor caudal e com funcionamento em velocidade
reduzida.

Em resultado da análise de curvas de funcionamento de grupos do tipo daqueles que poderão


ser instalados nas estações elevatórias, considerando os limites de variação de velocidade, foi
definido um caudal mínimo admissível para funcionamento contínuo de 0,150 m³/s para ambos
os Blocos.

Para o fornecimento de pequenos caudais com valores de pressão adequados, é armazenado


no interior do RAC um determinado volume de água em sobrepressão. Este armazenamento é
realizado antecedendo a paragem do último grupo, iniciando-se a partir do momento em que o
caudal pedido pela rede desce abaixo do limite mínimo que um grupo de velocidade variável
pode fornecer, passando o arranque e paragem desse grupo a ser comandado pela pressão no
RAC. Assegura-se assim, durante o período de paragem dos grupos, que o fornecimento dos
pequenos caudais através do RAC se efectuará mantendo a pressão superior à pressão
mínima de funcionamento da rede.

A capacidade dos reservatórios de ar comprimido é definida em função do volume necessário


para a regulação das pressões e dos caudais e dos volumes adicionais necessários para
garantir a segurança ao esvaziamento. Foi também verificado o funcionamento em regime
transitório (ver secção 6.5).

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Figura 6.11 - Principais características do sistema elevatório do Bloco III

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Figura 6.12 - Principais características do sistema elevatório do Bloco IV

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Seguidamente indicam-se os diferentes volumes de água a armazenar nos reservatórios de ar


comprimido, para os dois sistemas elevatórios.

• Volume de regulação das pressões e dos caudais.

Este volume é dado pela expressão seguinte:

Qm T ⎡ PM ⎤
V= ⎢ ⎥
4 ⎣ PM − P0 ⎦

em que: Qm = 0,200 m³/s caudal médio fornecido pelo grupo de regulação, que
funciona na margem de pressões de regulação (PM - P0) (em
regime intermitente).
T = tempo entre arranques sucessivos do grupo de regulação.
P0 = pressão mínima absoluta, para o caudal máximo a fornecer pelo
RAC.
PM = pressão máxima absoluta que se poderá instalar na rede de
rega, para o caudal máximo a fornecer pelo RAC.

Considerou-se uma margem de regulação (∆P= PM-P0) de 18 m no Bloco III, e de


19 m no Bloco IV. As margens de regulação adoptadas são relativamente baixas,
exigindo a instalação de reservatórios de grande dimensão, contudo possibilitam
limitar a pressão de dimensionamento das tubagens da rede de rega.

A primeira parte da expressão representa o volume necessário para a regulação


dos caudais e a segunda parte é um factor para a regulação das pressões. O
∆P
volume útil dos reservatórios (regulação de caudais) é assim dado por: ∆V = V
PM

• Segurança alta (ar): 3 x (∆t1 + ∆t2/2) x Qm

em que: ∆t1 = tempo entre arranques de grupos diferentes.


∆t2 = duração da manobra de arranque /paragem de um grupo.

• Segurança ao esvaziamento: p x Q x (n x ∆t1 + ∆t2)


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em que: p x Q = caudal máximo considerado para arranque da rede.


n = número de grupos.

O volume de segurança ao esvaziamento foi fixado de forma a permitir a abertura


simultânea de hidrantes correspondentes a 25% do caudal nominal da rede
(p=25%) durante o período de arranque em sequência de todos os grupos
elevatórios.

• Volume morto (utilizável em regime transitório): considerou-se aproximadamente 15% da


soma dos restantes volumes.

No Quadro 6.11 apresenta-se o dimensionamento dos reservatórios de ar comprimido (RACs)


para os dois sistemas hidráulicos.

Para o Bloco III, a capacidade total adoptada para os reservatórios de ar comprimido será de
140 m³, dividida em dois reservatórios de 70 m³ cada. Atendendo à dimensão dos RAC admitiu-
se uma forma cilíndrica de 4,0 m de diâmetro e 5,6 m de altura útil, com instalação vertical.

Para o Bloco IV, a capacidade total dos reservatórios de ar comprimido será de 160 m³,
dividida em dois reservatórios de 80 m³ cada. Admitiu-se igualmente uma forma cilíndrica de
4,0 m de diâmetro e 6,4 m de altura útil, com instalação vertical.

A ligação de cada um dos reservatórios à conduta elevatória será efectuada por intermédio de
condutas independentes com diâmetro 500 mm, dispondo de válvulas de seccionamento para
isolamento dos RACs.

Dadas as elevadas dimensões dos reservatórios não é prevista a separação entre o ar e a


água no seu interior, pelo que será necessária a instalação de compressores para compensar o
ar que se dissolva na água e de válvulas de saída de ar eventualmente libertado pelo
escoamento, garantindo o volume de ar especificado em regime permanente (total de 56,21 m³
para o sistema elevatório do Bloco III, nos dois reservatórios, e total de 45,13 m³ para o
sistema elevatório do Bloco IV).

Nos Quadros 6.12 e 6.13 são indicados os níveis de regulação adoptados para o Bloco III e IV
respectivamente, correspondentes às pressões de arranque e paragem do grupo de regulação.
De notar que o comando a partir destas leituras é apenas realizado quando o caudal pedido

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pela rede de rega é inferior ao caudal mínimo do grupo de regulação.

São definidos ainda níveis de alarme baixo e alto definindo os limites da gama em que o
sistema deverá funcionar normalmente.

Na Figura 6.13 apresentam-se as linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico das


estações elevatórias para o escoamento do caudal máximo e para caudal nulo.

Quadro 6.11
Dimensionamento dos reservatórios de ar comprimido

Parâmetro Unidades Sistema Elevatório


Bloco III Bloco IV
- Mano-debitimétrica, com grupos de velocidade
Regulação variável e reservatórios sob pressão para
pequenos caudais
Caudais
total da rede m³/s 1,55 1,50
número de grupos n 4 4
caudal unitário m³/s 0,3875 0,3750
caudal médio do grupo de velocidade variável m³/s 0,200 0,200
máximo para arranque da rede % 25% 25%
m³/s 0,388 0,375
Funcionamento
frequência de arranques arranques/h 12 12
tempo entre arranques (mesmo grupo) s 300 300
tempo entre arranques (grupos diferentes) s 10 10
duração da manobra de arranque/paragem s 40 40
coeficiente de segurança alta - 3 3

Cotas piezométricas e pressões a montante da rede


cota minima m 60,0 59,0
cota máxima m 78,0 78,0
cota do eixo da conduta m 3,2 3,2
pressão minima m 56,8 55,8
margem de regulação m 18,0 19,0
pressão máxima de regulação m 74,8 74,8

Volumes de armazenamento no RAC


segurança alta (ar) m³ 18,00 18,00
regulação de caudais e pressões m³ 70,94 67,21
segurança ao esvaziamento m³ 31,00 30,00
volume morto (segurança golpe aríete) m³ 17,99 17,28
volume total de cálculo m³ 137,93 132,49
volume considerado m³ 140,00 160,00
volume útil (regulação de caudais) m³ 15,00 15,00

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão.
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Quadro 6.12 - Níveis de regulação dos reservatórios de ar comprimido – Bloco III

Parâmetro Volume Alturas Cotas piezométricas


de Ar no RAC Bloco III
(m³) (m) (m)
Níveis no RAC
nível alto de alarme 43,24 3,85 ---
nível superior regime intermitente (paragem do grupo) 50,49 3.56 78,00
nível normal em regime permanente (4 grupos a funcionar) 56,21 3.33 70,00
nível inferior regime intermitente (arranque do grupo) 65,49 2.96 60,00
nível normal em regime permanente (1 grupo de regulação) 65,49 2.96 60,00
nível baixo de alarme 75,91 2,55 ---
NOTAS: - Consideram-se reservatórios circulares com 4,0 m de diâmetro, 5,6 m de altura útil e a altura medida a partir da base
- O grupo de regulação é comandado pelo RAC apenas para caudais pedidos pela rede inferiores a 0,150 m³/s

Quadro 6.13 - Níveis de regulação dos reservatórios de ar comprimido – Bloco IV

Parâmetro Volume Alturas Cotas piezométricas


de Ar no RAC Bloco IV
(m³) (m) (m)
Níveis no RAC
nível alto de alarme 38,11 4,85 ---
nível normal em regime permanente (4 grupos a funcionar) 45,13 4,57 80,00
nível superior regime intermitente (paragem do grupo) 46,29 4,52 78,00
nível inferior regime intermitente (arranque do grupo) 61,29 3,93 59,00
nível normal em regime permanente (1 grupo de regulação) 61,29 3,93 59,00
nível baixo de alarme 72,04 3,50 ---
NOTAS: - Consideram-se reservatórios circulares com 4,0 m de diâmetro, 6,4 m de altura útil e a altura medida a partir da base
- O grupo de regulação é comandado pelo RAC apenas para caudais pedidos pela rede inferiores a 0,150 m³/s

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80.00 Bloco III

Linha piezométrica estática (72.7)


70.00
Rede
(70.0)
60.00

50.00

40.00
Cota (m)

30.00

20.00

10.00
Eixo da conduta (3.2)
0.00
-50 Canal 0 Bombas 50 100 150 200 250
(-0,7) (-0,7/ 72.7)
-10.00
Distância (m)

Regime permanente, Bloco IV 4 grupos electrobomba

90
Linha piezométrica estática (82.7)
80
Rede
70 (80.0)

60

50
Cota (m)

40

30

20

10
Eixo da conduta (3.2)
0 Canal Bombas
(-0,7) (-0,7/ 82.7)
-10
-50 0 50 100 150 200 250 300
Distância (m)

Figura 6.13
Linhas piezométricas ao longo do circuito hidráulico

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6.5 - Funcionamento em Regime Transitório

6.5.1 - Generalidades

Os sistemas elevatórios, incluindo as estações elevatórias e respectivas redes de rega, foram


analisados do ponto de vista do funcionamento em regime transitório e da protecção contra o
golpe de aríete.

Para o estudo dos comportamento deste sistema em regime transitório procedeu-se à sua
modelação em computador utilizando o programa ERTEP, desenvolvido pela COBA, que
permite o cálculo de sistemas complexos de condutas, incluindo redes de distribuição, e o
dimensionamento de diversos dispositivos de protecção. Este programa recorre ao método das
características para a modelação do escoamento variável, de utilização comum para a
modelação de sistemas deste tipo em computador.

Cada sistema hidráulico é discretizado num conjunto de condutas e condições de fronteira


(nós) que definem a topologia do sistema. As condições de fronteira representam os órgãos
hidráulicos do sistema e estabelecem as ligações entre as condutas, podendo ser válvulas de
vários tipos (seccionamento, retenção, hidrantes, etc.), bombas, dispositivos de protecção
(reservatórios de ar comprimido, chaminés de equilíbrio, reservatórios unidireccionais, etc.),
intersecções de condutas ou simplesmente juntas entre dois troços de conduta de
características diferentes.

6.5.2 - Caracterização dos sistemas elevatórios

Para a modelação dos sistemas de bombagem e redes de rega foi efectuada uma
discretização completa da sua topologia, incluindo praticamente todos os ramais e hidrantes, o
que permite obter resultados com adequado detalhe e precisão.

Nas Figuras 6.14 e 6.15 é representada a topologia de cada uma das redes de rega, como

definidas para a simulação do funcionamento em regime transitório.

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Elevatória do Ramalhão.
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A rede de rega do Bloco III foi modelada através de 45 condutas e 46 condições de fronteira. A
rede de rega do Bloco IV foi modulada através de 43 condutas e 44 condições de fronteira.

Para sistemas de bombagem deste tipo a situação mais desfavorável relativamente ao


comportamento em regime transitório é geralmente a saída de serviço não programada e
simultânea dos grupos electrobomba quando estes se encontram a funcionar à máxima
capacidade. Esta situação poderá ocorrer por falha de energia na estação ou por disparo
inopinado dos grupos. O arranque dos grupos admite-se que é efectuado com a conduta cheia
de água e contra a válvula de seccionamento fechada, abrindo esta de forma controlada, não
ocorrendo consequentemente fenómenos transitórios importantes durante essa fase.

A conduta elevatória e as condutas da rede de rega desenvolvem-se em terrenos


aproximadamente planos, com um diferencial entre cotas máximos de cerca de 1,5 m no Bloco
III e de 1,9 m no Bloco IV, apresentando assim um traçado altimétrico desfavorável no que diz
respeito ao comportamento em regime transitório (possibilidade de ocorrência de pressões
negativas).

A oscilação das cotas piezométricas durante o regime transitório terá a maior amplitude na
secção de montante da conduta (junto aos grupos), e nas extremidades da rede junto aos
hidrantes. Estas secções são simultaneamente as mais desfavoráveis em termos de pressões
máximas e mínimas atingidas.

Para a simulação do sistema hidráulico foram consideradas as válvulas de retenção,


localizadas imediatamente a jusante dos grupos para proteger as bombas e os motores contra
a inversão do caudal e para evitar o esvaziamento das condutas da rede de rega. Estas
válvulas foram modeladas como sendo do tipo borboleta, tal como previsto no projecto.

Cada sistema de bombagem modelado é composto por uma estação elevatória com aspiração
directa de uma reservatório de nível constante, conduta elevatória e redes de rega é
caracterizado pelos seguintes parâmetros principais:

• Estação elevatória
− A estação elevatória é modelada como um único grupo equivalente a todos os
grupos em funcionamento simultâneo (excepto o de reserva). Seguidamente
indicam-se as características principais dos grupos.
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Parâmetro Unidades Estação elevatória


Bloco III Bloco IV
Caudal nominal, Qn m³/s 1.550 1.500
Altura de elevação nominal, Hn m 74.0 84.0
Número de rotações nominal, Nm rpm 1480 1480
Rendimento máximo, η - 0.81 0.83
Inércia da totalidade dos (4) grupos, PD² N.m² 1381,2 1569,6
Cota do reservatório de aspiração m -0.7 -0.7

• Condutas
− Pequenos troços para interligação aos dispositivos de protecção.
− Discretização das condutas em secções de cálculo com afastamento variável,
entre cerca de 20 a 60 m em cada Bloco.
− Comprimento variável; o desenvolvimento sequencial máximo com origem na
estação elevatória é de aproximadamente 4 102 m no Bloco III, e 7 323 m no
Bloco IV.
− Diâmetro máximo de 900 mm e mínimo de 180 mm, no Bloco III, e um diâmetro
máximo de 1000 mm e mínimo de 140 mm, no Bloco IV.
− Rugosidade absoluta, k = 0.070 mm para FFD e k= 0.013 mm para PEAD.
− Celeridade das ondas elásticas:

O valor da velocidade das ondas elásticas, c, foi determinado pela seguinte expressão,
aplicável a condutas circulares livres de constrangimentos axiais:

1

⎡ 1 1 D ⎤ 2
c = ⎢ρ ( + )
⎣ ε E e ⎥⎦

onde,

ρ - massa volúmica da água (998,2 kg/m3, a 20ºC);

E - módulo de elasticidade das condutas (EFFD=1.6×1011 N/m2;


EPEAD.=5,0×109N/m2)

D - diâmetro interior da conduta (mm);

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e - espessura da paredes das condutas;

ε - módulo de elasticidade volumétrica da água (2,139×109 N/m2 , a 20º C).

As redes de rega são constituídas por troços de conduta de diferentes materiais


em função do diâmetro: entre 1000 e 500 mm são de Ferro Fundido Dúctil, e entre
450 e 125 mm são de PEAD. Os valores adoptados nas diferentes condutas, são
os seguintes:

Material FFD
D (mm) 1000 900 800 700 600 500
c (m/s) 934 963 995 1030 1069 1113

Material PEAD
D (mm) 450 400 355 315 280 250 225 200 180 140
C (m/s) 561 561 561 562 561 510 512 512 511 511

• Cota piezométrica a montante da rede de rega


Parâmetro Unidades Estação elevatória
Bloco III Bloco IV
Cota piezométrica mínima a montante m 70.0 80.0
da rede de rega

• Hidrantes
− Caudal constante para pressão superior à pressão mínima de funcionamento.
− Pressão mínima de funcionamento de cerca de 47 m, em ambos os Blocos de
rega.
− Fechamento linear em 30 s, para o Bloco de rega III e 40 s para o Bloco de
rega IV.

Intervalo de tempo de cálculo


− Tempo total de cálculo, ∆t = 160 s no Bloco III e ∆t = 160 s no Bloco IV.
− Passo de cálculo, δt = 0.05 s, para ambos os Blocos de rega.

60
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

As perdas de carga são calculadas pela fórmula de Colebrook-White, utilizando uma


formulação explícita. Na modelação do escoamento não se admitiu a ocorrência de cavitação
ou a possibilidade de separação da coluna líquida.

6.5.3 - Reservatórios de ar comprimido (RAC)

Os reservatórios de ar comprimido (RAC) constituem um dispositivo adequado para o controle


da variação das pressões em redes durante a ocorrência de regimes transitórios (golpe de
aríete). Um reservatório de ar comprimido contém água e ar em pressão, permitindo a
alimentação da conduta ou a entrada de água no reservatório, em função da pressão que se
verifica na secção de conduta a que está ligado. Deste modo consegue-se o controlo e o
amortecimento das variações de pressão máximas e mínimas.

Este dispositivo de protecção foi modelado como um único reservatório com a capacidade total,
sendo caracterizado pelos seguintes parâmetros principais:

Bloco III:

− Capacidade total, V = 140 m³.

− Secção transversal, S = 25.13 m².

− Volume de ar inicial, Var = 56.21 m³ (volume normal em regime permanente).

− Coeficientes de vazão para entrada e saída de caudal, Ce = Cs = 1.0.

− Cota mínima da água, zmin = 7.81 m.

− Cota piezométrica inicial, z0 = 71.33.

Bloco IV:

− Capacidade total, V = 160 m³.

− Secção transversal, S = 25.13 m².

− Volume de ar inicial, Var = 45.13 m³ (volume normal em regime permanente).

− Coeficientes de vazão para entrada e saída de caudal, Ce = Cs = 1.0.

− Cota mínima da água, zmin = 7.98 m.

− Cota piezométrica inicial, z0 = 81.88.


61
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

A grande capacidade dos reservatórios, necessária para assegurar a regulação das pressões e
caudais da rede para o funcionamento em regime permanente para pequenos caudais
(intermitente), permite uma atenuação muito significativa dos valores extremos das pressões
resultantes dos regimes transitórios (e.g. saída de serviço não programada dos grupos
electrobomba). Os reservatórios de ar comprimido, dimensionados para um volume total de
140 m³ para a rede do Bloco III e 160 m³ para a rede do Bloco IV, são suficientes para
assegurar a protecção dos sistemas elevatórios pelo que foi esta a única configuração
analisada para os dois sistemas hidráulicos.

No Anexo III encontram-se os ficheiros de dados e de resultados para cada um dos dois
sistemas analisados, com indicação detalhada dos valores dos diversos parâmetros que
caracterizam os diferentes elementos.

6.5.4 - Simulação em regime transitório

As simulações realizadas visaram a análise do comportamento dos sistemas hidráulicos após a


saída de serviço não programada e simultânea dos grupos, designadamente a verificação dos
seguintes aspectos:

− Volume de ar máximo atingido no interior dos reservatórios de ar comprimido e


verificação da necessidade de eventual aumento do volume necessário
exclusivamente para regulação.

− Pressões máximas e mínimas imediatamente a jusante da estação elevatória.

− Pressões máximas e mínimas ao longo da rede.

A simulação do regime transitório foi efectuada num período de 160 s para o Bloco III e 160 s
para o Bloco IV, após o inicio da paragem dos grupos, suficiente para a detecção das variações
de pressão extremas e do nível de água mínimo no interior dos RAC, tendo em conta que após
esse período todos os hidrantes terão fechado. Admitiu-se que os hidrantes são regulados para
fecharem automaticamente quando a pressão desce para valores de cerca de 5 a 20 m
inferiores à pressão mínima em regime permanente, condição necessária para se evitar o
esvaziamento dos RACs.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

Após a saída de serviço dos grupos verificar-se-á, em todos os sistemas analisados, uma
apreciável e rápida redução da pressão imediatamente a jusante dos grupos, que se propagará
para jusante. Num sistema sem protecção a extensão relativamente grande da conduta para
cada Bloco, cerca de 4 102 m no Bloco III, e de 7 323 m no Bloco IV, e a não muito grande
inércia dos grupos, conduz a que ocorram pressões negativas ao longo da conduta. Com a
reflexão desta onda de depressão a jusante, a pressão junto aos grupos voltará a aumentar,
verificando-se a inversão do sentido de escoamento e o fechamento das válvulas de retenção.

Com o sistema protegido por um RAC, quando a pressão na secção de ligação ao RAC baixa,
haverá alimentação de caudal a partir do RAC, ocorrendo a inversão do sentido de escoamento
junto aos grupos e o fecho das válvulas de retenção bastante mais cedo relativamente a um
sistema sem protecção. A redução da pressão a jusante dos RACs será menor e mais lenta, e
com período de oscilação muito mais longo, evitando-se assim a ocorrência de pressões
negativas. As pressões máximas junto à estação elevatória e ao longo de toda a rede, serão
neste caso também inferiores à situação sem protecção. Nos troços terminais da rede, embora
mais afastados do RAC, o efeito atenuador induzido pelo RAC permite limitar, em todos os
troços da rede, o valor das pressões máximas a cerca de 30% da pressão nominal dos tubos,
enquanto a pressão mínima é sempre positiva.

Os resultados relativos ao comportamento de cada sistema são apresentados nas alíneas


seguintes.

a) Sistema Elevatório do Bloco III

No Quadro 6.14 (final do presente capitulo) apresentam-se as envolventes das cotas


piezométricas e caudais máximos e mínimos ao longo da conduta elevatória e de todas as
condutas das redes de rega do Bloco III.

Na Figura 6.16 representam-se os seguintes resultados para a situação de instalação de RACs


(2x70 m³):

- Folha 1: envolventes das cotas piezométricas máximas e mínimas ao longo da


conduta principal da rede de rega.

- Folha 2: variação no tempo dos parâmetros característicos dos grupos e variação no


tempo das cotas piezométricas e caudais na secção da válvula de retenção.
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
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- Folha 3: variação no tempo dos parâmetros característicos do RAC e das cotas


piezométricas na secção de ligação ao RAC.

- Folha 4: cotas piezométricas e caudais em dois nós da rede, um localizado


relativamente próximo da estação elevatória e o outro localizado numa zona
terminal da rede.

A cota piezométrica máxima, em regime transitório, atingida a montante da conduta (no ponto
de ligação à rede de rega) é de 74,83 m, a que corresponde uma pressão máxima de 72,83 m,
superior à pressão de regime permanente de funcionamento contínuo (68,0). A cota
piezométrica mínima, em regime transitório, nessa secção é de 40,51 m, correspondendo a
uma pressão de 38,51 m.

A cota piezométrica máxima, em regime transitório, atingida a montante da conduta (na secção
da válvula de retenção) é de 84,48 m, a que corresponde uma pressão máxima de 81,28 m,
superior à pressão de regime permanente de funcionamento contínuo (69,2). A cota
piezométrica mínima, em regime transitório, nessa secção é de 38,53 m, correspondendo a
uma pressão de 35,33 m.

Verifica-se que as pressões se mantêm positivas ao longo de toda a rede, com um mínimo de
4,0 m, e que a pressão máxima atingida é de 87,7 m.

O caudal máximo saído dos RACs é de 1,5804 m³/s e o caudal máximo entrado de 0,1985
m³/s. No interior do reservatório atinge-se um volume máximo de ar de 87,64 m³.

b) Sistema Elevatório do Bloco IV

No Quadro 6.15 e Figura 6.17 apresentam-se os mesmos resultados, já indicados na alínea


anterior, para o Bloco IV.

A cota piezométrica máxima, em regime transitório, atingida a montante da conduta (no ponto
de ligação à rede de rega) é de 80,75 m, a que corresponde uma pressão máxima de 79,25 m,
superior à pressão de regime permanente de funcionamento contínuo (78,5). A cota
piezométrica mínima, em regime transitório, nessa secção é de 34,97 m, correspondendo a
uma pressão de 33,47 m.

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A cota piezométrica máxima, em regime transitório, atingida a montante da conduta (na secção
da válvula de retenção) é de 88,25 m, a que corresponde uma pressão máxima de 85,05 m,
superior à pressão de regime permanente de funcionamento contínuo (79,21). A cota
piezométrica mínima, em regime transitório, nessa secção é de 35,26 m, correspondendo a
uma pressão de 32,06 m.

Verifica-se que as pressões se mantêm positivos ao longo de toda a rede, com um mínimo de
1,78, e que a pressão máxima atingida é de 85,05 m.

O caudal máximo saído dos RACs é de 1,5498 m³/s e o caudal máximo entrado de
0,1063 m³/s. No interior do reservatório atinge-se um volume máximo de ar de 89,94 m³.

No Quadro 6.16 resumem-se os valores extremos obtidos das cotas piezométricas e das
pressões para os dois sistemas hidráulicos, e os volumes máximos atingidos pelo ar no interior
dos reservatórios de ar comprimido.

Quadro 6.16 - Valores extremos no funcionamento em Regime Transitório

Variável Unidades Sistema Elevatório


BLOCO III BLOCO IV
Secção a jusante da EE - Pressão máxima m 81,28 85,05
- Pressão mínima m 35,33 32,06
Rede de rega - Pressão máxima m 87,70 85,05
- Pressão mínima m 4,00 1,78
Volume de ar máximo m³ 87,64 89,94

Os valores extremos obtidos para ambos os sistemas de bombagem encontram-se dentro dos
limites máximos e mínimos admitidos, pelo que se considera que o sistema hidráulico se
encontra adequadamente protegido contra os efeitos dos regimes transitórios através da
instalação de RAC’s com as capacidades totais de 140 e 160 m³, respectivamente para os
Blocos III e IV. O tempo de fecho considerado para os hidrantes foi de 30 s e 40 s para o Bloco
III e IV respectivamente.

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QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
1 1 0,00 99,31 172,71 -3,89 69,51 -0,0965 1,5500
2 10,00 99,31 172,48 -3,89 69,28 0,0000 1,5560
2 1 0,00 138,53 184,48 35,33 81,28 0,0000 1,5560
2 48,89 140,95 171,33 37,75 68,13 -0,1065 1,5621
3 1 0,00 140,95 171,33 37,75 68,13 -0,1988 1,5555
2 81,34 140,51 174,83 38,50 72,83 -0,1984 1,5521
4 1 0,00 139,81 174,51 37,81 72,51 -0,0448 0,4827
2 54,20 139,58 180,24 37,58 78,24 -0,0445 0,4828
3 108,40 139,13 181,51 37,13 79,51 -0,0442 0,4817
4 162,60 138,47 181,09 36,47 79,09 -0,0440 0,4703
5 216,80 137,82 180,65 35,82 78,65 -0,0439 0,4702
6 271,00 137,21 180,22 35,21 78,22 -0,0439 0,4701
7 325,20 136,64 179,78 34,64 77,78 -0,0438 0,4700
5 1 0,00 136,64 179,78 34,64 77,78 -0,0438 0,4663
2 56,19 136,11 179,32 34,12 77,33 -0,0437 0,4670
3 112,39 135,65 178,87 33,66 76,88 -0,0435 0,4677
4 168,58 135,26 178,41 33,28 76,43 -0,0434 0,4684
5 224,78 134,93 177,95 32,96 75,97 -0,0431 0,4690
6 280,97 134,67 177,77 32,70 75,80 -0,0428 0,4690
7 337,17 134,47 177,64 32,50 75,68 -0,0424 0,4688
8 393,36 134,32 177,48 32,36 75,52 -0,0420 0,4687
9 449,56 134,21 177,32 32,25 75,36 -0,0415 0,4686
10 505,75 134,13 177,15 32,18 75,20 -0,0411 0,4685
11 561,94 133,99 176,99 32,05 75,04 -0,0412 0,4684
12 618,14 133,76 176,82 31,82 74,88 -0,0414 0,4683
13 674,33 133,56 176,66 31,63 74,73 -0,0417 0,4682
14 730,53 133,38 176,57 31,46 74,65 -0,0419 0,4680
15 786,72 133,21 177,27 31,29 75,35 -0,0421 0,4658
16 842,92 132,96 177,33 31,04 75,41 -0,0422 0,4648
17 899,11 132,54 176,98 30,63 75,07 -0,0421 0,4651
18 955,31 132,14 177,19 30,23 75,29 -0,0420 0,4640
19 1011,50 131,76 177,06 29,86 75,16 -0,0418 0,4638
6 1 0,00 131,76 177,06 29,86 75,16 -0,0418 0,4088
2 103,20 130,80 175,43 29,20 73,83 -0,0414 0,4089
7 1 0,00 130,80 175,43 29,20 73,83 -0,0414 0,3989
2 57,45 130,16 174,84 28,50 73,18 -0,0409 0,3993
3 114,90 129,57 174,20 27,85 72,48 -0,0404 0,3998
4 172,35 129,07 173,71 27,28 71,92 -0,0399 0,4000
5 229,80 128,64 173,37 26,79 71,52 -0,0392 0,4000
6 287,25 128,28 173,06 26,37 71,15 -0,0385 0,3999
7 344,70 127,99 172,77 26,02 70,79 -0,0377 0,3998
8 402,15 127,77 172,49 25,74 70,45 -0,0368 0,3996
9 459,60 127,61 172,22 25,51 70,13 -0,0358 0,3995
8 1 0,00 127,61 172,22 25,51 70,12 -0,0358 0,3395
2 59,64 127,49 172,03 25,39 69,93 -0,0346 0,3392
3 119,29 127,42 171,51 25,32 69,41 -0,0335 0,3407
4 178,93 127,36 169,92 25,26 67,82 -0,0325 0,3433
5 238,57 127,15 168,28 25,05 66,18 -0,0320 0,3443
6 298,21 126,69 167,57 24,59 65,47 -0,0319 0,3455
7 357,86 126,15 166,72 24,05 64,62 -0,0319 0,3469
8 417,50 125,58 167,10 23,48 65,00 -0,0320 0,3469
9 1 0,00 125,40 167,18 23,30 65,08 -0,0233 0,1889
2 29,23 124,93 167,27 23,06 65,40 -0,0222 0,1886
3 58,47 124,50 167,74 22,86 66,10 -0,0212 0,1881
4 87,70 124,11 168,44 22,70 67,03 -0,0205 0,1879

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
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QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
10 1 0,00 124,11 168,44 22,71 67,04 -0,0205 0,1279
2 29,94 123,67 169,21 22,23 67,77 -0,0198 0,1278
3 59,87 123,29 169,85 21,80 68,36 -0,0190 0,1276
4 89,81 122,96 170,31 21,43 68,78 -0,0184 0,1273
5 119,74 122,69 170,57 21,12 69,00 -0,0178 0,1269
6 149,68 122,48 170,62 20,87 69,01 -0,0171 0,1264
7 179,61 122,34 170,47 20,68 68,82 -0,0164 0,1259
8 209,55 122,25 170,15 20,55 68,45 -0,0157 0,1254
9 239,49 122,20 169,69 20,46 67,95 -0,0149 0,1249
10 269,42 122,19 169,81 20,40 68,02 -0,0140 0,1240
11 299,36 122,13 170,30 20,31 68,47 -0,0131 0,1226
12 329,29 121,96 170,74 20,09 68,87 -0,0123 0,1211
13 359,23 121,80 171,08 19,89 69,16 -0,0114 0,1201
14 389,16 121,67 171,32 19,72 69,37 -0,0105 0,1191
15 419,10 121,60 171,44 19,60 69,44 -0,0107 0,1185
11 1 0,00 121,60 171,44 19,60 69,44 -0,0107 0,0585
2 26,53 121,55 171,38 19,56 69,39 -0,0108 0,0585
3 53,07 121,56 172,54 19,57 70,56 -0,0108 0,0586
4 79,60 121,64 173,35 19,67 71,38 -0,0108 0,0587
5 106,13 121,83 173,54 19,86 71,58 -0,0108 0,0588
6 132,67 122,12 173,38 20,16 71,43 -0,0107 0,0589
7 159,20 121,70 172,93 19,76 70,98 -0,0105 0,0591
8 185,73 120,98 172,09 19,05 70,15 -0,0102 0,0592
9 212,27 120,38 171,05 18,46 69,12 -0,0099 0,0591
10 238,80 119,90 171,18 17,98 69,26 -0,0095 0,0588
11 265,33 119,54 171,32 17,63 69,42 -0,0090 0,0584
12 291,87 119,30 171,41 17,40 69,51 -0,0085 0,0579
13 318,40 119,17 171,44 17,28 69,56 -0,0079 0,0574
14 344,93 119,13 171,41 17,26 69,53 -0,0072 0,0570
15 371,47 119,18 171,31 17,31 69,44 -0,0065 0,0565
16 398,00 119,28 171,55 17,43 69,69 -0,0057 0,0560
17 424,53 119,43 173,69 17,58 71,85 -0,0050 0,0551
18 451,07 119,57 175,94 17,73 74,10 -0,0041 0,0536
19 477,60 119,43 177,64 17,61 75,82 -0,0032 0,0519
20 504,13 119,28 179,40 17,46 77,58 -0,0021 0,0501
21 530,67 119,17 180,86 17,36 79,05 -0,0011 0,0478
22 557,20 119,14 181,35 17,34 79,55 -0,0001 0,0450
12 1 0,00 125,40 167,18 23,30 65,08 -0,0160 0,1470
2 28,74 125,49 167,24 23,41 65,15 -0,0163 0,1469
3 57,49 125,44 167,43 23,38 65,37 -0,0164 0,1469
4 86,23 125,21 167,95 23,16 65,90 -0,0165 0,1468
5 114,98 124,92 168,54 22,89 66,50 -0,0165 0,1468
6 143,72 124,64 169,17 22,62 67,15 -0,0164 0,1469
7 172,47 124,37 169,73 22,37 67,73 -0,0163 0,1468
8 201,21 124,12 170,18 22,14 68,19 -0,0160 0,1466
9 229,96 123,90 170,47 21,93 68,51 -0,0155 0,1464
10 258,70 123,71 170,62 21,76 68,67 -0,0149 0,1462
11 287,44 123,55 170,62 21,62 68,68 -0,0140 0,1459
12 316,19 123,41 170,49 21,49 68,57 -0,0129 0,1457
13 344,93 123,26 170,27 21,36 68,37 -0,0116 0,1454
14 373,68 123,07 169,99 21,19 68,10 -0,0100 0,1443
15 402,42 122,89 170,15 21,02 68,28 -0,0083 0,1418
16 431,17 122,72 170,63 20,87 68,78 -0,0064 0,1390
17 459,91 122,59 171,77 20,76 69,94 -0,0044 0,1372
18 488,66 122,51 173,06 20,69 71,24 -0,0022 0,1341
19 517,40 122,48 173,48 20,68 71,68 -0,0002 0,1300

67
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)
Nota: as cotas estão somadas de 100 m
Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
13 1 0,00 139,81 174,51 37,81 72,51 -0,0948 0,5970
2 56,66 138,80 174,14 36,83 72,17 -0,0943 0,5974
3 113,32 137,81 173,77 35,88 71,84 -0,0937 0,5979
4 169,98 136,89 173,40 34,99 71,50 -0,0928 0,5983
5 226,63 136,04 173,03 34,17 71,16 -0,0918 0,5989
6 283,29 135,28 172,12 33,45 70,28 -0,0907 0,5993
7 339,95 134,62 168,70 32,82 66,90 -0,0894 0,5998
8 396,61 134,03 168,64 32,27 66,87 -0,0881 0,6002
9 453,27 133,51 168,37 31,78 66,64 -0,0873 0,6005
10 509,93 133,02 168,42 31,32 66,72 -0,0870 0,6001
11 566,58 132,54 168,35 30,87 66,68 -0,0866 0,5992
12 623,24 132,05 168,12 30,42 66,49 -0,0862 0,5987
13 679,90 131,60 167,71 30,00 66,11 -0,0857 0,5975
14 1 0,00 131,60 167,71 30,00 66,11 -0,0857 0,5400
2 55,35 131,17 167,32 29,58 65,73 -0,0851 0,5401
3 110,71 130,78 167,29 29,20 65,71 -0,0846 0,5403
4 166,06 130,42 168,04 28,84 66,47 -0,0843 0,5404
5 221,42 130,06 168,96 28,50 67,40 -0,0847 0,5405
6 276,77 129,69 169,82 28,14 68,26 -0,0852 0,5406
7 332,13 129,27 170,60 27,73 69,06 -0,0857 0,5407
8 387,48 128,81 171,27 27,27 69,73 -0,0861 0,5408
9 442,84 128,34 171,88 26,81 70,35 -0,0864 0,5411
10 498,19 127,88 172,44 26,36 70,92 -0,0866 0,5416
11 553,55 127,44 172,92 25,93 71,41 -0,0867 0,5420
12 608,90 127,04 173,29 25,54 71,79 -0,0867 0,5422
15 1 0,00 127,04 173,29 25,54 71,79 -0,0867 0,5062
2 54,97 126,68 173,40 25,18 71,90 -0,0867 0,5068
3 109,93 126,35 173,22 24,85 71,72 -0,0865 0,5072
4 164,90 126,04 172,72 24,54 71,22 -0,0863 0,5074
5 219,87 125,73 171,98 24,23 70,48 -0,0860 0,5073
6 274,83 125,42 170,98 23,92 69,48 -0,0856 0,5074
7 329,80 125,09 170,09 23,59 68,59 -0,0851 0,5074
16 1 0,00 125,09 170,09 23,59 68,59 -0,0326 0,2437
2 30,49 125,23 170,26 23,76 68,79 -0,0324 0,2435
3 60,98 125,43 170,30 23,99 68,86 -0,0323 0,2433
4 91,47 125,68 170,27 24,26 68,85 -0,0321 0,2436
5 121,96 125,96 170,18 24,57 68,79 -0,0319 0,2438
6 152,45 126,27 170,09 24,90 68,72 -0,0316 0,2441
7 182,95 126,55 169,98 25,21 68,64 -0,0313 0,2443
8 213,44 126,76 169,92 25,45 68,61 -0,0310 0,2444
9 243,93 126,94 170,37 25,66 69,09 -0,0307 0,2445
10 274,42 127,05 170,80 25,80 69,55 -0,0303 0,2445
11 304,91 127,04 171,18 25,81 69,95 -0,0299 0,2446
12 335,40 126,94 171,48 25,74 70,28 -0,0295 0,2446
17 1 0,00 126,94 171,48 25,74 70,28 -0,0295 0,1821
2 29,12 126,87 171,68 25,68 70,48 -0,0291 0,1819
3 58,23 126,84 171,77 25,66 70,59 -0,0287 0,1816
4 87,35 126,85 171,75 25,67 70,57 -0,0283 0,1817
5 116,47 126,46 171,68 25,28 70,50 -0,0279 0,1818
6 145,58 126,00 171,59 24,83 70,42 -0,0284 0,1818
7 174,70 125,56 171,50 24,39 70,34 -0,0288 0,1818
8 203,82 125,15 171,36 23,99 70,20 -0,0291 0,1819
9 232,93 124,79 171,35 23,64 70,19 -0,0292 0,1819
10 262,05 124,50 171,60 23,35 70,45 -0,0292 0,1819
11 291,17 124,27 171,75 23,12 70,61 -0,0289 0,1819
12 320,28 124,12 171,78 22,98 70,64 -0,0285 0,1818
13 349,40 124,04 171,70 22,91 70,57 -0,0280 0,1816
14 378,52 124,04 171,56 22,92 70,43 -0,0272 0,1815
15 407,63 124,11 171,39 22,98 70,26 -0,0264 0,1814
16 436,75 124,23 171,30 23,11 70,18 -0,0254 0,1814
17 465,87 124,40 171,46 23,28 70,35 -0,0244 0,1814
18 494,98 124,57 171,80 23,46 70,69 -0,0232 0,1813
19 524,10 124,66 172,11 23,56 71,01 -0,0220 0,1812

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
18 1 0,00 124,66 172,11 23,56 71,01 -0,0220 0,1203
2 30,12 124,58 172,93 23,46 71,80 -0,0210 0,1200
3 60,25 124,42 173,94 23,27 72,80 -0,0199 0,1199
4 90,37 124,27 174,67 23,10 73,50 -0,0188 0,1202
5 120,49 124,16 175,17 22,97 73,97 -0,0177 0,1202
6 150,62 124,11 175,47 22,89 74,26 -0,0168 0,1199
7 180,74 124,10 175,63 22,86 74,39 -0,0165 0,1194
8 210,86 124,12 175,66 22,86 74,40 -0,0162 0,1189
9 240,98 124,10 175,58 22,82 74,29 -0,0159 0,1183
10 271,11 123,94 175,42 22,64 74,11 -0,0159 0,1175
11 301,23 123,63 175,26 22,30 73,93 -0,0159 0,1173
12 331,35 123,26 175,08 21,90 73,73 -0,0159 0,1168
13 361,48 122,89 174,91 21,51 73,54 -0,0158 0,1163
14 391,60 122,54 175,03 21,14 73,63 -0,0157 0,1157
19 1 0,00 122,54 175,03 21,14 73,63 -0,0157 0,0759
2 29,31 122,14 175,70 20,76 74,32 -0,0155 0,0758
3 58,61 121,77 176,20 20,42 74,84 -0,0152 0,0756
4 87,92 121,46 176,55 20,12 75,21 -0,0149 0,0751
5 117,23 121,19 176,78 19,88 75,47 -0,0145 0,0743
6 146,54 121,00 176,91 19,71 75,62 -0,0140 0,0745
7 175,84 120,88 176,94 19,60 75,67 -0,0134 0,0753
8 205,15 120,81 176,89 19,56 75,64 -0,0128 0,0763
9 234,46 120,83 176,76 19,61 75,53 -0,0122 0,0771
10 263,76 120,90 176,76 19,69 75,56 -0,0114 0,0774
11 293,07 121,03 177,01 19,84 75,82 -0,0109 0,0776
12 322,38 121,19 177,14 20,03 75,98 -0,0104 0,0779
13 351,69 121,39 177,14 20,25 75,99 -0,0099 0,0782
14 380,99 121,62 177,00 20,50 75,88 -0,0094 0,0783
15 410,30 121,88 176,76 20,78 75,66 -0,0090 0,0784
20 1 0,00 121,88 176,76 20,78 75,66 -0,0090 0,0379
2 26,84 122,02 176,29 20,91 75,19 -0,0088 0,0379
3 53,68 121,54 176,07 20,43 74,96 -0,0085 0,0377
4 80,53 121,07 175,75 19,95 74,64 -0,0083 0,0372
5 107,37 120,62 175,51 19,50 74,39 -0,0080 0,0364
6 134,21 120,18 176,19 19,05 75,06 -0,0076 0,0352
7 161,05 119,76 176,76 18,63 75,63 -0,0073 0,0344
8 187,89 119,36 177,09 18,22 75,96 -0,0070 0,0344
9 214,74 118,98 177,22 17,84 76,08 -0,0067 0,0343
10 241,58 118,61 177,58 17,47 76,44 -0,0063 0,0338
11 268,42 118,28 178,86 17,12 77,71 -0,0059 0,0330
12 295,26 117,96 179,89 16,81 78,73 -0,0054 0,0317
13 322,11 117,68 180,68 16,51 79,52 -0,0049 0,0299
14 348,95 117,42 181,27 16,25 80,10 -0,0043 0,0287
15 375,79 117,20 181,66 16,03 80,49 -0,0036 0,0280
16 402,63 117,02 182,31 15,84 81,13 -0,0030 0,0269
17 429,47 116,87 183,06 15,69 81,87 -0,0023 0,0253
18 456,32 116,77 183,56 15,58 82,37 -0,0015 0,0235
19 483,16 116,70 183,82 15,51 82,63 -0,0008 0,0214
20 510,00 116,68 183,91 15,48 82,71 0,0000 0,0200
21 1 0,00 125,09 170,09 23,59 68,59 -0,0607 0,2637
2 30,29 124,67 170,44 23,16 68,93 -0,0607 0,2637
3 60,58 124,28 170,75 22,75 69,23 -0,0607 0,2641
4 90,87 123,93 171,05 22,40 69,52 -0,0605 0,2644
5 121,16 123,62 171,31 22,08 69,76 -0,0601 0,2647
6 151,44 123,38 171,46 21,82 69,90 -0,0596 0,2651
7 181,73 123,18 171,76 21,61 70,20 -0,0590 0,2654
8 212,02 123,03 171,97 21,45 70,40 -0,0583 0,2657
9 242,31 122,91 172,27 21,33 70,68 -0,0576 0,2660
10 272,60 122,82 173,26 21,22 71,66 -0,0567 0,2663

69
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
22 1 0,00 122,82 173,26 21,22 71,66 -0,0567 0,2376
2 29,08 122,72 174,09 21,14 72,51 -0,0558 0,2378
3 58,17 122,59 174,73 21,03 73,17 -0,0548 0,2381
4 87,25 122,47 175,19 20,93 73,65 -0,0537 0,2384
5 116,34 122,37 175,64 20,85 74,12 -0,0525 0,2387
6 145,42 122,31 175,92 20,81 74,42 -0,0512 0,2389
7 174,50 122,30 176,03 20,82 74,55 -0,0498 0,2392
8 203,59 122,33 176,54 20,87 75,08 -0,0483 0,2393
9 232,67 122,26 177,42 20,82 75,98 -0,0467 0,2393
10 261,76 121,90 178,21 20,48 76,79 -0,0459 0,2393
11 290,84 121,58 178,85 20,18 77,45 -0,0457 0,2393
12 319,92 121,29 179,27 19,91 77,89 -0,0454 0,2393
13 349,01 121,04 179,45 19,68 78,09 -0,0450 0,2393
14 378,09 120,83 179,41 19,49 78,07 -0,0445 0,2392
15 407,18 120,66 179,16 19,34 77,84 -0,0441 0,2392
16 436,26 120,52 178,70 19,22 77,40 -0,0439 0,2391
17 465,34 120,43 178,08 19,15 76,80 -0,0438 0,2391
18 494,43 120,38 177,45 19,12 76,19 -0,0437 0,2391
19 523,51 120,36 177,41 19,12 76,17 -0,0434 0,2390
20 552,60 120,38 177,70 19,16 76,48 -0,0431 0,2390
21 581,68 120,45 178,06 19,24 76,86 -0,0427 0,2390
22 610,76 120,53 178,56 19,35 77,38 -0,0423 0,2389
23 639,85 120,21 178,91 19,05 77,75 -0,0418 0,2388
24 668,93 119,87 179,06 18,73 77,92 -0,0414 0,2387
25 698,02 119,55 178,99 18,42 77,87 -0,0412 0,2385
26 727,10 119,23 178,73 18,13 77,63 -0,0408 0,2383
23 1 0,00 119,23 178,73 18,13 77,63 -0,0408 0,2037
2 20,00 119,03 178,40 18,03 77,39 -0,0403 0,2035
24 1 0,00 119,03 178,40 18,03 77,40 -0,0289 0,1423
2 28,71 118,77 178,12 17,67 77,02 -0,0284 0,1409
3 57,42 118,50 178,37 17,30 77,18 -0,0277 0,1392
4 86,14 118,10 178,78 16,80 77,48 -0,0270 0,1370
5 114,85 117,72 179,31 16,32 77,91 -0,0262 0,1357
6 143,56 117,34 179,75 15,84 78,25 -0,0255 0,1352
7 172,27 116,98 179,96 15,38 78,37 -0,0249 0,1346
8 200,99 116,63 179,95 14,93 78,25 -0,0242 0,1337
9 229,70 116,30 179,76 14,51 77,97 -0,0234 0,1323
25 1 0,00 116,30 179,76 14,50 77,96 -0,0234 0,1116
2 28,35 115,92 179,55 14,12 77,75 -0,0228 0,1102
3 56,70 115,57 179,38 13,77 77,58 -0,0221 0,1081
4 85,05 115,25 179,11 13,45 77,31 -0,0212 0,1066
5 113,40 114,97 178,77 13,17 76,97 -0,0202 0,1089
6 141,75 114,74 178,67 12,94 76,87 -0,0191 0,1114
7 170,10 114,54 178,92 12,74 77,12 -0,0188 0,1129
8 198,45 114,39 179,24 12,59 77,44 -0,0186 0,1142
9 226,80 114,28 179,36 12,48 77,56 -0,0183 0,1146
10 255,15 114,21 179,26 12,41 77,46 -0,0180 0,1145
11 283,50 114,19 179,21 12,39 77,41 -0,0176 0,1143
12 311,85 114,20 180,00 12,40 78,20 -0,0172 0,1139
13 340,20 114,24 180,60 12,44 78,80 -0,0167 0,1134

70
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)
Nota: as cotas estão somadas de 100 m
Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
26 1 0,00 114,24 180,60 12,44 78,80 -0,0167 0,0686
2 28,50 114,33 181,11 12,55 79,33 -0,0163 0,0681
3 56,99 114,45 181,49 12,69 79,72 -0,0158 0,0675
4 85,49 114,59 181,74 12,84 79,99 -0,0152 0,0668
5 113,98 114,75 181,89 13,02 80,16 -0,0146 0,0663
6 142,48 114,92 181,88 13,21 80,17 -0,0139 0,0657
7 170,97 115,11 181,79 13,41 80,10 -0,0133 0,0652
8 199,47 115,31 182,79 13,64 81,11 -0,0125 0,0646
9 227,96 115,53 184,11 13,88 82,45 -0,0118 0,0638
10 256,46 115,37 185,20 13,74 83,56 -0,0112 0,0629
11 284,95 115,02 186,01 13,40 84,39 -0,0105 0,0620
12 313,45 114,68 186,53 13,08 84,93 -0,0098 0,0609
13 341,95 114,38 186,78 12,79 85,20 -0,0092 0,0601
14 370,44 114,10 186,81 12,53 85,25 -0,0085 0,0595
15 398,94 113,85 186,64 12,30 85,09 -0,0077 0,0590
16 427,43 113,63 186,41 12,10 84,88 -0,0069 0,0582
17 455,93 113,43 186,10 11,92 84,59 -0,0062 0,0574
18 484,42 113,26 185,79 11,76 84,30 -0,0054 0,0565
19 512,92 113,10 186,76 11,63 85,29 -0,0045 0,0553
20 541,41 112,97 187,74 11,51 86,28 -0,0035 0,0538
21 569,91 112,87 188,48 11,43 87,04 -0,0024 0,0527
22 598,40 112,80 188,95 11,38 87,53 -0,0012 0,0510
23 626,90 112,78 189,14 11,38 87,74 -0,0001 0,0500
27 1 0,00 119,03 178,40 18,03 77,40 -0,0133 0,0752
2 28,55 118,90 178,60 17,83 77,52 -0,0129 0,0751
3 57,10 118,62 178,66 17,47 77,51 -0,0125 0,0748
4 85,65 118,28 178,83 17,06 77,61 -0,0120 0,0746
5 114,20 117,96 178,99 16,66 77,69 -0,0114 0,0740
6 142,75 117,66 179,23 16,29 77,86 -0,0109 0,0730
7 171,30 117,37 179,57 15,92 78,12 -0,0104 0,0723
8 199,85 117,11 179,79 15,59 78,26 -0,0100 0,0725
9 228,40 116,86 180,15 15,27 78,55 -0,0095 0,0727
10 256,95 116,65 180,68 14,98 79,01 -0,0090 0,0728
11 285,50 116,47 181,20 14,72 79,46 -0,0087 0,0724
12 314,05 116,32 181,68 14,49 79,86 -0,0084 0,0725
13 342,60 116,20 182,05 14,31 80,16 -0,0082 0,0722
28 1 0,00 116,20 182,05 14,30 80,15 -0,0082 0,0317
2 25,77 116,01 182,42 14,12 80,52 -0,0081 0,0316
3 51,54 115,79 182,54 13,90 80,65 -0,0079 0,0314
4 77,31 114,95 182,59 13,07 80,70 -0,0077 0,0311
5 103,08 114,01 182,58 12,13 80,70 -0,0075 0,0307
6 128,85 112,99 182,79 11,11 80,91 -0,0073 0,0300
7 154,62 111,98 182,89 10,11 81,02 -0,0070 0,0300
8 180,39 111,01 182,89 9,15 81,02 -0,0066 0,0302
9 206,16 110,12 182,78 8,26 80,92 -0,0062 0,0301
10 231,93 109,31 182,52 7,46 80,67 -0,0057 0,0299
11 257,70 108,60 182,11 6,75 80,26 -0,0053 0,0295
12 283,47 107,99 181,56 6,15 79,72 -0,0048 0,0287
13 309,24 107,48 181,44 5,64 79,60 -0,0044 0,0273
14 335,01 107,06 182,14 5,22 80,30 -0,0039 0,0268
15 360,78 106,71 182,64 4,88 80,81 -0,0034 0,0266
16 386,55 106,43 183,02 4,61 81,19 -0,0029 0,0260
17 412,32 106,20 183,20 4,38 81,38 -0,0024 0,0252
18 438,09 106,02 183,19 4,21 81,38 -0,0018 0,0241
19 463,86 105,89 183,17 4,08 81,36 -0,0012 0,0229
20 489,63 105,81 183,42 4,00 81,62 -0,0006 0,0212
21 515,40 105,78 183,53 3,98 81,73 0,0000 0,0200
29 1 0,00 139,81 174,51 37,81 72,51 -0,0587 0,5328
2 53,79 139,34 174,25 37,32 72,24 -0,0584 0,5329
3 107,57 138,88 173,92 36,85 71,89 -0,0581 0,5332
4 161,36 138,42 173,50 36,38 71,46 -0,0576 0,5337
5 215,14 137,97 173,09 35,92 71,03 -0,0573 0,5346
6 268,93 137,53 172,68 35,46 70,61 -0,0570 0,5350
7 322,71 137,10 172,03 35,01 69,95 -0,0567 0,5362
8 376,50 136,67 171,59 34,57 69,49 -0,0564 0,5364
71
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
30 1 0,00 136,67 171,59 34,57 69,49 -0,0554 0,4827
2 55,29 136,32 171,36 34,28 69,31 -0,0553 0,4829
3 110,57 135,98 170,97 33,99 68,98 -0,0552 0,4836
4 165,86 135,64 170,50 33,71 68,57 -0,0550 0,4840
5 221,14 135,29 170,37 33,42 68,50 -0,0548 0,4840
6 276,43 134,94 170,16 33,13 68,35 -0,0546 0,4841
7 331,71 134,62 170,52 32,86 68,76 -0,0543 0,4828
8 387,00 134,32 170,28 32,61 68,57 -0,0540 0,4826
31 1 0,00 134,32 170,28 32,62 68,58 -0,0540 0,4726
2 62,06 133,85 169,57 32,12 67,84 -0,0538 0,4728
3 124,11 133,39 168,91 31,64 67,15 -0,0534 0,4730
4 186,17 132,95 168,30 31,16 66,52 -0,0530 0,4738
5 248,23 132,50 167,72 30,68 65,91 -0,0528 0,4753
6 310,29 131,91 167,11 30,06 65,27 -0,0526 0,4756
7 372,34 131,23 165,24 29,35 63,37 -0,0524 0,4761
8 434,40 130,49 164,22 28,59 62,32 -0,0521 0,4763
32 1 0,00 130,33 164,25 28,23 62,15 -0,0388 0,3433
2 69,15 129,80 163,78 27,70 61,68 -0,0385 0,3435
3 138,30 129,27 163,31 27,17 61,21 -0,0383 0,3436
4 207,45 128,77 162,82 26,67 60,72 -0,0380 0,3438
5 276,60 128,27 162,33 26,17 60,23 -0,0377 0,3440
33 1 0,00 128,27 162,33 26,17 60,23 -0,0377 0,3340
2 58,24 127,87 161,99 25,77 59,89 -0,0375 0,3341
3 116,48 127,47 161,66 25,37 59,56 -0,0372 0,3342
4 174,73 127,09 161,41 24,99 59,31 -0,0369 0,3343
5 232,97 126,72 162,00 24,62 59,90 -0,0366 0,3344
6 291,21 126,36 162,54 24,26 60,44 -0,0362 0,3345
7 349,45 126,00 163,02 23,90 60,92 -0,0358 0,3346
8 407,69 125,66 163,42 23,56 61,32 -0,0354 0,3347
9 465,93 125,33 163,79 23,23 61,69 -0,0350 0,3348
10 524,18 124,83 164,17 22,73 62,07 -0,0346 0,3349
11 582,42 124,31 164,58 22,21 62,48 -0,0341 0,3349
12 640,66 123,82 164,97 21,72 62,87 -0,0337 0,3348
13 698,90 123,37 165,30 21,27 63,20 -0,0332 0,3348
34 1 0,00 123,37 165,30 21,27 63,20 -0,0332 0,1248
2 28,51 122,96 165,39 20,87 63,31 -0,0327 0,1247
3 57,01 122,57 165,39 20,50 63,32 -0,0321 0,1246
4 85,52 122,22 165,46 20,15 63,40 -0,0316 0,1245
5 114,02 121,88 165,73 19,82 63,67 -0,0310 0,1245
6 142,53 121,57 165,93 19,53 63,89 -0,0304 0,1244
7 171,04 121,28 166,09 19,25 64,06 -0,0299 0,1243
8 199,54 121,03 166,21 19,01 64,19 -0,0292 0,1242
9 228,05 120,79 166,32 18,79 64,31 -0,0286 0,1242
10 256,55 120,58 166,39 18,59 64,40 -0,0279 0,1241
11 285,06 120,39 166,68 18,40 64,69 -0,0273 0,1240
12 313,56 120,20 167,11 18,23 65,13 -0,0266 0,1239
13 342,07 119,99 167,54 18,03 65,58 -0,0259 0,1237
14 370,58 119,65 167,96 17,70 66,02 -0,0252 0,1236
15 399,08 119,28 168,34 17,35 66,40 -0,0245 0,1235
16 427,59 118,94 168,65 17,02 66,73 -0,0240 0,1234
17 456,09 118,64 168,89 16,73 66,98 -0,0234 0,1233
18 484,60 118,38 169,04 16,48 67,14 -0,0228 0,1232
35 1 0,00 118,38 169,04 16,48 67,14 -0,0228 0,1132
2 29,35 118,17 169,10 16,27 67,20 -0,0221 0,1130
3 58,70 117,99 169,08 16,09 67,18 -0,0215 0,1128
4 88,05 117,87 169,12 15,97 67,22 -0,0208 0,1126
5 117,40 117,79 169,55 15,89 67,65 -0,0201 0,1124
6 146,75 117,72 169,95 15,82 68,05 -0,0194 0,1122
7 176,10 117,65 170,27 15,75 68,37 -0,0187 0,1119
8 205,45 117,54 170,52 15,64 68,62 -0,0179 0,1114
9 234,80 117,39 170,68 15,49 68,78 -0,0172 0,1113

72
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
36 1 0,00 117,39 170,68 15,49 68,78 -0,0172 0,0813
2 28,79 116,98 170,82 15,09 68,93 -0,0165 0,0813
3 57,59 116,60 170,96 14,71 69,08 -0,0159 0,0812
4 86,38 116,24 171,03 14,36 69,15 -0,0152 0,0810
5 115,18 115,91 171,08 14,04 69,21 -0,0145 0,0808
6 143,97 115,60 171,34 13,73 69,47 -0,0138 0,0806
7 172,76 115,33 171,51 13,46 69,65 -0,0131 0,0805
8 201,56 115,06 171,59 13,20 69,73 -0,0123 0,0804
9 230,35 114,78 171,59 12,93 69,74 -0,0115 0,0803
10 259,15 114,42 171,54 12,57 69,70 -0,0107 0,0801
11 287,94 113,98 171,95 12,14 70,11 -0,0099 0,0799
12 316,74 113,57 172,33 11,73 70,50 -0,0091 0,0797
13 345,53 113,19 172,64 11,36 70,81 -0,0084 0,0796
14 374,32 112,87 172,88 11,04 71,06 -0,0078 0,0794
15 403,12 112,60 173,06 10,78 71,24 -0,0072 0,0791
16 431,91 112,39 173,20 10,58 71,39 -0,0067 0,0786
17 460,71 112,25 173,33 10,44 71,53 -0,0066 0,0777
18 489,50 112,18 173,42 10,38 71,62 -0,0065 0,0779
37 1 0,00 112,18 173,42 10,38 71,62 -0,0065 0,0137
2 26,69 112,13 173,35 10,33 71,55 -0,0064 0,0137
3 53,39 112,13 173,18 10,33 71,38 -0,0063 0,0135
4 80,08 112,19 172,92 10,39 71,12 -0,0062 0,0134
5 106,78 112,29 172,61 10,49 70,81 -0,0060 0,0132
6 133,47 112,40 172,57 10,60 70,77 -0,0057 0,0130
7 160,17 112,49 173,03 10,69 71,23 -0,0054 0,0128
8 186,86 112,50 173,36 10,70 71,56 -0,0050 0,0125
9 213,56 112,39 173,55 10,59 71,75 -0,0047 0,0124
10 240,25 112,16 173,62 10,36 71,82 -0,0043 0,0124
11 266,95 111,84 173,67 10,04 71,87 -0,0040 0,0124
12 293,64 111,49 173,71 9,69 71,91 -0,0036 0,0127
13 320,34 111,12 173,68 9,32 71,88 -0,0033 0,0130
14 347,03 110,76 173,83 8,96 72,03 -0,0029 0,0131
15 373,73 110,42 174,20 8,62 72,40 -0,0025 0,0129
16 400,42 110,11 174,44 8,31 72,64 -0,0020 0,0126
17 427,12 109,84 174,57 8,04 72,77 -0,0015 0,0121
18 453,81 109,64 174,64 7,84 72,84 -0,0010 0,0116
19 480,51 109,52 174,69 7,72 72,89 -0,0005 0,0109
20 507,20 109,48 174,73 7,68 72,93 0,0000 0,0100
38 1 0,00 130,49 164,22 28,59 62,32 -0,0163 0,1219
2 28,68 130,25 164,16 28,33 62,25 -0,0162 0,1217
3 57,36 129,93 164,10 28,00 62,16 -0,0160 0,1216
4 86,05 129,61 164,04 27,66 62,09 -0,0158 0,1215
5 114,73 129,30 163,98 27,33 62,01 -0,0154 0,1213
6 143,41 129,00 163,91 27,01 61,92 -0,0151 0,1212
7 172,09 128,71 163,84 26,71 61,83 -0,0146 0,1211
8 200,77 128,44 163,76 26,42 61,73 -0,0140 0,1210
9 229,45 128,19 163,82 26,14 61,78 -0,0134 0,1210
10 258,14 127,94 163,87 25,88 61,81 -0,0126 0,1208
11 286,82 127,71 163,93 25,63 61,85 -0,0119 0,1203
12 315,50 127,50 164,05 25,40 61,95 -0,0111 0,1200
39 1 0,00 127,50 164,05 25,40 61,95 -0,0111 0,0778
2 26,41 127,21 164,14 25,10 62,03 -0,0104 0,0776
3 52,82 126,93 164,23 24,81 62,10 -0,0098 0,0773
4 79,23 126,66 164,30 24,53 62,17 -0,0091 0,0770
5 105,64 126,41 164,36 24,26 62,21 -0,0086 0,0768
6 132,06 126,17 164,61 24,01 62,46 -0,0084 0,0765
7 158,47 125,95 165,01 23,78 62,85 -0,0084 0,0763
8 184,88 125,75 165,18 23,57 63,00 -0,0084 0,0759
9 211,29 125,57 165,21 23,38 63,02 -0,0084 0,0754
10 237,70 125,41 165,23 23,21 63,03 -0,0084 0,0749

73
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.14
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO III
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 70 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
40 1 0,00 125,41 165,23 23,21 63,03 -0,0084 0,0349
2 25,91 125,19 165,36 23,00 63,17 -0,0084 0,0348
3 51,82 124,99 165,89 22,81 63,71 -0,0083 0,0346
4 77,73 124,81 166,50 22,64 64,33 -0,0082 0,0344
5 103,64 124,64 166,58 22,48 64,42 -0,0081 0,0343
6 129,55 124,49 166,71 22,34 64,55 -0,0079 0,0341
7 155,45 124,34 167,02 22,20 64,87 -0,0076 0,0339
8 181,36 124,21 167,22 22,07 65,08 -0,0073 0,0337
9 207,27 124,08 167,29 21,95 65,16 -0,0070 0,0334
10 233,18 123,97 167,70 21,85 65,59 -0,0067 0,0332
11 259,09 123,86 168,09 21,75 65,98 -0,0064 0,0329
12 285,00 123,77 168,48 21,67 66,38 -0,0062 0,0325
41 1 0,00 123,77 168,48 21,67 66,38 -0,0062 0,0225
2 25,68 123,67 168,95 21,59 66,87 -0,0061 0,0222
3 51,36 123,58 169,32 21,51 67,25 -0,0060 0,0219
4 77,05 123,51 169,50 21,46 67,45 -0,0057 0,0216
5 102,73 123,46 169,86 21,43 67,83 -0,0055 0,0215
6 128,41 123,32 170,39 21,31 68,38 -0,0052 0,0214
7 154,09 122,99 170,80 21,00 68,81 -0,0049 0,0211
8 179,78 122,69 171,15 20,71 69,17 -0,0046 0,0208
9 205,46 122,41 171,43 20,46 69,47 -0,0042 0,0206
10 231,14 122,16 171,66 20,22 69,72 -0,0039 0,0205
11 256,82 121,92 171,89 20,00 69,96 -0,0035 0,0205
12 282,51 121,71 172,06 19,80 70,16 -0,0031 0,0204
13 308,19 121,51 172,40 19,62 70,51 -0,0026 0,0203
14 333,87 121,33 174,45 19,46 72,58 -0,0021 0,0203
15 359,55 121,19 175,65 19,33 73,80 -0,0016 0,0202
16 385,24 121,07 176,12 19,24 74,29 -0,0011 0,0201
17 410,92 121,00 176,31 19,19 74,49 -0,0005 0,0201
18 436,60 120,98 176,45 19,18 74,65 0,0000 0,0200
42 1 0,00 136,67 171,59 34,57 69,49 -0,0030 0,0559
2 28,30 136,14 171,56 34,04 69,46 -0,0028 0,0556
3 56,60 135,54 171,56 33,44 69,46 -0,0027 0,0553
4 84,90 134,96 171,55 32,86 69,45 -0,0024 0,0547
5 113,20 134,46 171,52 32,36 69,42 -0,0021 0,0536
6 141,50 134,03 171,93 31,93 69,83 -0,0018 0,0529
7 169,80 133,68 173,23 31,58 71,13 -0,0014 0,0531
8 198,10 133,43 173,99 31,33 71,89 -0,0009 0,0528
9 226,40 133,28 174,10 31,18 72,00 -0,0005 0,0519
10 254,70 133,23 174,59 31,13 72,49 -0,0001 0,0500
43 1 0,00 125,58 167,10 23,48 65,00 -0,0320 0,3369
2 20,00 125,40 167,18 23,30 65,08 -0,0326 0,3360
44 1 0,00 130,49 164,22 28,59 62,32 -0,0395 0,3545
2 20,00 130,33 164,25 28,24 62,16 -0,0388 0,3533
45 1 0,00 140,51 174,83 38,51 72,83 -0,1984 1,5521
2 52,70 139,81 174,51 37,81 72,51 -0,1978 1,5500

74
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
1 1 0,00 99,31 182,70 -3,89 79,50 -0,1078 1,5000
2 10,00 99,31 182,52 -3,89 79,32 0,0000 1,5045
2 1 0,00 135,26 188,25 32,06 85,05 0,0000 1,5045
2 34,65 135,26 181,88 32,06 78,68 -0,0867 1,5091
3 1 0,00 134,97 180,75 33,47 79,25 -0,1064 1,5074
2 46,92 134,77 180,62 33,27 79,12 -0,1062 1,5076
3 93,83 134,58 180,49 33,08 78,99 -0,1060 1,5078
4 140,75 134,38 180,36 32,88 78,86 -0,1057 1,5081
5 187,67 134,19 180,20 32,69 78,70 -0,1054 1,5086
6 234,58 133,99 180,00 32,49 78,50 -0,1051 1,5095
7 281,50 133,80 179,78 32,30 78,28 -0,1047 1,5105
8 328,42 133,61 179,55 32,11 78,05 -0,1043 1,5115
9 375,33 133,41 179,32 31,91 77,82 -0,1039 1,5125
10 422,25 133,22 179,08 31,72 77,58 -0,1035 1,5137
11 469,17 133,03 178,83 31,53 77,33 -0,1030 1,5149
12 516,08 132,84 178,57 31,34 77,07 -0,1025 1,5160
13 563,00 132,65 178,44 31,15 76,94 -0,1020 1,5163
4 1 0,00 132,65 178,44 31,15 76,94 -0,1011 1,4106
2 48,60 132,46 178,32 30,89 76,75 -0,1009 1,4107
3 97,20 132,26 178,20 30,63 76,57 -0,1008 1,4109
4 145,80 132,07 178,08 30,37 76,38 -0,1007 1,4114
5 1 0,00 132,07 178,08 30,37 76,38 -0,1003 1,2446
2 50,12 131,78 177,78 30,11 76,11 -0,1002 1,2450
3 100,24 131,49 177,48 29,85 75,84 -0,1001 1,2454
4 150,36 131,21 177,18 29,60 75,57 -0,1000 1,2458
5 200,48 130,93 176,88 29,35 75,29 -0,1000 1,2462
6 250,60 130,65 176,57 29,10 75,02 -0,0999 1,2466
7 300,72 130,38 176,29 28,86 74,77 -0,0999 1,2469
8 350,84 130,11 176,01 28,61 74,52 -0,1000 1,2473
9 400,96 129,83 175,73 28,37 74,27 -0,1001 1,2479
10 451,08 129,55 175,45 28,12 74,02 -0,1002 1,2487
11 501,20 129,27 175,17 27,87 73,77 -0,1003 1,2495
6 1 0,00 129,27 175,17 27,87 73,77 -0,1003 1,1919
2 52,09 128,98 174,86 27,58 73,46 -0,1004 1,1927
3 104,18 128,69 174,56 27,29 73,16 -0,1006 1,1935
4 156,27 128,41 174,25 27,01 72,85 -0,1007 1,1942
5 208,36 128,13 173,94 26,73 72,54 -0,1008 1,1947
6 260,44 127,86 173,64 26,46 72,24 -0,1010 1,1951
7 312,53 127,60 173,36 26,20 71,96 -0,1011 1,1954
8 364,62 127,33 173,07 25,93 71,67 -0,1011 1,1958
9 416,71 127,08 172,79 25,68 71,39 -0,1012 1,1962
10 468,80 126,82 172,50 25,42 71,10 -0,1013 1,1968
7 1 0,00 126,82 172,50 25,42 71,10 -0,1030 1,1668
2 62,30 126,52 172,17 25,12 70,77 -0,1031 1,1673
8 1 0,00 126,52 172,17 25,12 70,77 -0,1018 1,1169
2 51,37 126,26 171,93 24,88 70,55 -0,1020 1,1172
3 102,74 126,01 171,70 24,64 70,33 -0,1021 1,1175
4 154,11 125,75 171,46 24,40 70,10 -0,1022 1,1177
5 205,49 125,50 171,22 24,16 69,88 -0,1023 1,1180
6 256,86 125,25 170,99 23,93 69,66 -0,1024 1,1181
7 308,23 125,01 170,75 23,69 69,43 -0,1025 1,1182
8 359,60 124,75 170,51 23,45 69,21 -0,1025 1,1181
9 1 0,00 124,75 170,51 23,45 69,21 -0,1025 1,0681
2 53,46 124,45 170,28 23,13 68,96 -0,1025 1,0681
3 106,92 124,16 170,05 22,82 68,71 -0,1025 1,0680
4 160,38 123,86 169,82 22,50 68,46 -0,1024 1,0680
5 213,84 123,58 169,59 22,20 68,21 -0,1023 1,0680
6 267,30 123,29 169,36 21,89 67,96 -0,1023 1,0680

75
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
10 1 0,00 123,29 169,36 21,89 67,96 -0,0990 0,8354
2 58,07 123,02 169,05 21,62 67,65 -0,0989 0,8354
3 116,13 122,74 168,73 21,34 67,33 -0,0988 0,8354
4 174,20 122,47 168,42 21,07 67,02 -0,0986 0,8354
11 1 0,00 122,47 168,42 21,07 67,02 -0,0986 0,8354
2 40,70 122,29 168,20 20,69 66,61 -0,0983 0,8356
12 1 0,00 122,29 168,20 20,69 66,60 -0,0957 0,7090
2 62,00 121,95 167,67 20,37 66,10 -0,0955 0,7089
3 124,00 121,60 167,14 20,05 65,59 -0,0953 0,7089
4 186,00 121,26 166,62 19,73 65,10 -0,0950 0,7089
5 248,00 120,91 166,11 19,41 64,61 -0,0947 0,7089
13 1 0,00 120,91 166,11 19,41 64,61 -0,0947 0,6689
2 75,65 120,49 165,53 18,99 64,03 -0,0943 0,6689
3 151,30 120,07 164,96 18,57 63,46 -0,0939 0,6689
14 1 0,00 120,07 164,96 18,57 63,46 -0,0939 0,6589
2 55,84 119,75 164,56 18,19 63,00 -0,0935 0,6589
3 111,68 119,44 164,15 17,82 62,53 -0,0931 0,6589
4 167,52 119,13 163,75 17,45 62,07 -0,0927 0,6588
5 223,36 118,81 163,35 17,07 61,61 -0,0923 0,6588
6 279,20 118,50 163,59 16,70 61,79 -0,0918 0,6587
15 1 0,00 118,50 163,59 16,70 61,79 -0,0918 0,6387
2 61,22 118,16 163,98 16,38 62,20 -0,0913 0,6387
3 122,44 117,82 164,37 16,06 62,61 -0,0907 0,6386
4 183,66 117,49 164,87 15,75 63,13 -0,0902 0,6386
5 244,88 117,16 165,40 15,44 63,68 -0,0896 0,6385
6 306,10 116,83 165,94 15,13 64,23 -0,0890 0,6385
16 1 0,00 116,83 165,94 15,13 64,24 -0,0890 0,6085
2 66,20 116,48 166,57 14,78 64,87 -0,0884 0,6084
3 132,40 116,11 167,20 14,41 65,50 -0,0877 0,6084
4 198,60 115,75 167,83 14,05 66,13 -0,0870 0,6083
5 264,80 115,38 168,45 13,68 66,75 -0,0863 0,6083
17 1 0,00 115,38 168,45 13,68 66,75 -0,0824 0,5217
2 56,42 115,10 168,85 13,42 67,18 -0,0818 0,5218
3 112,85 114,82 169,24 13,17 67,59 -0,0813 0,5218
4 169,27 114,54 169,63 12,92 68,00 -0,0807 0,5218
5 225,70 114,27 170,00 12,67 68,40 -0,0800 0,5217
6 282,13 114,01 170,37 12,44 68,79 -0,0793 0,5216
7 338,55 113,76 170,73 12,21 69,18 -0,0785 0,5214
8 394,98 113,52 171,08 11,99 69,56 -0,0777 0,5213
9 451,40 113,28 171,43 11,78 69,93 -0,0769 0,5211
18 1 0,00 113,28 171,43 11,78 69,93 -0,0769 0,3911
2 54,44 113,06 171,72 11,52 70,19 -0,0761 0,3910
3 108,88 112,83 172,01 11,27 70,45 -0,0754 0,3909
4 163,32 112,61 172,30 11,01 70,70 -0,0746 0,3907
5 217,77 112,38 172,58 10,74 70,95 -0,0739 0,3905
6 272,21 112,13 172,86 10,46 71,19 -0,0732 0,3903
7 326,65 111,86 173,13 10,16 71,43 -0,0724 0,3901
8 381,09 111,59 173,39 9,85 71,66 -0,0716 0,3899
9 435,53 111,31 173,65 9,54 71,89 -0,0709 0,3897
10 489,97 111,03 173,91 9,23 72,11 -0,0701 0,3895
11 544,42 110,74 174,16 8,91 72,32 -0,0694 0,3893
12 598,86 110,46 174,40 8,59 72,53 -0,0686 0,3891
13 653,30 110,18 174,64 8,28 72,74 -0,0678 0,3889
19 1 0,00 110,18 174,64 8,28 72,74 -0,0678 0,3789
2 59,26 109,86 174,88 7,98 73,00 -0,0670 0,3787
3 118,52 109,55 175,12 7,69 73,26 -0,0661 0,3786
4 177,78 109,25 175,35 7,41 73,51 -0,0652 0,3784
5 237,04 108,94 175,58 7,12 73,76 -0,0643 0,3782
6 296,30 108,65 175,80 6,85 74,00 -0,0634 0,3780

76
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
20 1 0,00 108,65 175,80 6,85 74,00 -0,0634 0,3180
2 58,25 108,36 176,00 6,54 74,19 -0,0624 0,3178
3 116,50 108,08 176,21 6,25 74,38 -0,0615 0,3176
4 174,75 107,81 176,42 5,96 74,57 -0,0606 0,3174
5 233,00 107,55 176,63 5,69 74,76 -0,0597 0,3173
6 291,25 107,30 176,84 5,42 74,96 -0,0588 0,3172
7 349,50 107,07 177,05 5,17 75,15 -0,0579 0,3172
21 1 0,00 107,07 177,05 5,17 75,15 -0,0579 0,2322
2 55,30 106,71 177,31 4,22 74,81 -0,0561 0,2321
22 1 0,00 106,71 177,31 4,21 74,81 -0,0561 0,1321
2 28,45 106,55 177,40 4,06 74,91 -0,0552 0,1321
3 56,89 106,40 177,49 3,92 75,02 -0,0542 0,1321
4 85,34 106,26 177,57 3,80 75,11 -0,0533 0,1321
5 113,78 106,13 177,65 3,69 75,21 -0,0523 0,1320
6 142,23 106,01 177,74 3,59 75,31 -0,0513 0,1320
7 170,67 105,91 177,85 3,49 75,43 -0,0504 0,1320
8 199,12 105,80 177,97 3,40 75,57 -0,0494 0,1319
9 227,57 105,70 178,11 3,31 75,72 -0,0484 0,1319
10 256,01 105,59 178,24 3,22 75,87 -0,0474 0,1318
11 284,46 105,47 178,37 3,11 76,01 -0,0464 0,1318
12 312,90 105,35 178,49 3,00 76,15 -0,0454 0,1317
13 341,35 105,22 178,61 2,89 76,28 -0,0443 0,1318
14 369,79 105,09 178,72 2,78 76,41 -0,0433 0,1319
15 398,24 104,97 178,83 2,67 76,53 -0,0422 0,1320
16 426,69 104,86 178,93 2,57 76,65 -0,0412 0,1321
17 455,13 104,76 179,04 2,48 76,77 -0,0401 0,1322
18 483,58 104,66 179,15 2,41 76,89 -0,0391 0,1322
19 512,02 104,58 179,26 2,34 77,01 -0,0381 0,1323
20 540,47 104,51 179,37 2,28 77,14 -0,0370 0,1323
21 568,91 104,44 179,50 2,22 77,28 -0,0360 0,1322
22 597,36 104,38 179,65 2,17 77,45 -0,0349 0,1321
23 625,81 104,32 179,82 2,13 77,64 -0,0338 0,1319
24 654,25 104,26 180,00 2,09 77,83 -0,0327 0,1318
25 682,70 104,21 180,17 2,05 78,01 -0,0316 0,1318
26 711,14 104,16 180,32 2,02 78,18 -0,0305 0,1318
27 739,59 104,11 180,47 1,98 78,34 -0,0293 0,1320
28 768,03 104,07 180,61 1,96 78,49 -0,0281 0,1320
29 796,48 104,04 180,73 1,94 78,63 -0,0270 0,1321
30 824,93 104,01 180,84 1,93 78,75 -0,0257 0,1320
31 853,37 103,99 180,93 1,92 78,86 -0,0245 0,1319
32 881,82 103,98 181,01 1,93 78,95 -0,0233 0,1317
33 910,26 103,98 181,08 1,94 79,03 -0,0220 0,1315
34 938,71 103,99 181,14 1,96 79,11 -0,0208 0,1313
35 967,15 104,00 181,19 1,98 79,17 -0,0195 0,1311
36 995,60 104,02 181,24 2,02 79,24 -0,0182 0,1308
23 1 0,00 104,02 181,24 2,02 79,24 -0,0182 0,1108
2 29,67 104,05 181,30 2,07 79,32 -0,0171 0,1106
3 59,35 104,09 181,37 2,13 79,41 -0,0160 0,1104
4 89,02 104,13 181,47 2,19 79,53 -0,0149 0,1102
5 118,70 104,18 181,60 2,25 79,68 -0,0138 0,1099
6 148,38 104,18 181,74 2,27 79,83 -0,0127 0,1097
7 178,05 104,07 181,88 2,18 79,99 -0,0115 0,1095
8 207,72 103,97 182,02 2,10 80,15 -0,0104 0,1092
9 237,40 103,87 182,15 2,02 80,30 -0,0093 0,1088
10 267,07 103,79 182,27 1,95 80,44 -0,0081 0,1085
11 296,75 103,71 182,39 1,90 80,58 -0,0070 0,1081
12 326,42 103,64 182,50 1,85 80,71 -0,0058 0,1076
13 356,10 103,59 182,61 1,81 80,83 -0,0046 0,1071
14 385,77 103,55 182,71 1,79 80,95 -0,0035 0,1066
15 415,45 103,52 182,80 1,78 81,06 -0,0023 0,1061
16 445,13 103,50 182,88 1,78 81,16 -0,0012 0,1055
17 474,80 103,49 182,93 1,79 81,23 -0,0001 0,1050

77
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
24 1 0,00 132,65 178,44 31,15 76,94 -0,0019 0,1061
2 34,10 132,54 178,72 30,84 77,03 -0,0018 0,1058
3 68,20 132,41 179,10 30,52 77,21 -0,0017 0,1050
25 1 0,00 132,41 179,10 30,51 77,20 -0,0017 0,1050
2 28,59 132,29 179,36 30,43 77,51 -0,0017 0,1045
3 57,18 132,16 179,57 30,35 77,76 -0,0016 0,1041
4 85,77 132,05 179,76 30,28 77,99 -0,0015 0,1039
5 114,36 131,93 179,91 30,21 78,18 -0,0014 0,1038
6 142,94 131,83 179,98 30,15 78,30 -0,0013 0,1038
7 171,53 131,73 180,05 30,10 78,41 -0,0012 0,1037
8 200,12 131,65 180,13 30,06 78,54 -0,0011 0,1036
9 228,71 131,57 180,18 30,02 78,63 -0,0010 0,1034
10 257,30 131,50 180,13 30,00 78,63 -0,0008 0,1032
26 1 0,00 131,50 180,13 30,00 78,63 -0,0013 0,0632
2 28,07 131,41 180,07 29,87 78,54 -0,0012 0,0629
3 56,13 131,33 180,04 29,76 78,47 -0,0010 0,0625
4 84,20 131,27 180,09 29,67 78,49 -0,0008 0,0621
5 112,27 131,22 180,37 29,59 78,73 -0,0006 0,0615
6 140,33 131,19 180,71 29,52 79,04 -0,0003 0,0608
7 168,40 131,18 180,73 29,48 79,03 -0,0001 0,0600
27 1 0,00 132,07 178,08 30,37 76,38 -0,0040 0,1168
2 29,30 131,93 177,49 30,22 75,78 -0,0040 0,1170
3 58,60 131,76 177,01 30,05 75,29 -0,0040 0,1172
4 87,90 131,60 176,53 29,88 74,80 -0,0039 0,1175
5 117,20 131,45 176,04 29,72 74,30 -0,0039 0,1177
6 146,50 131,30 175,55 29,56 73,80 -0,0038 0,1179
7 175,80 131,17 175,06 29,42 73,31 -0,0038 0,1181
8 205,10 131,04 175,00 29,28 73,24 -0,0037 0,1180
9 234,40 130,92 175,08 29,16 73,32 -0,0036 0,1177
10 263,70 130,82 175,20 29,04 73,42 -0,0035 0,1174
11 293,00 130,72 175,31 28,94 73,53 -0,0034 0,1170
12 322,30 130,64 175,41 28,85 73,62 -0,0032 0,1166
13 351,60 130,56 175,44 28,76 73,64 -0,0031 0,1164
28 1 0,00 130,56 175,44 28,76 73,64 -0,0031 0,0814
2 26,21 130,47 175,45 28,66 73,64 -0,0031 0,0812
3 52,42 130,37 175,46 28,56 73,64 -0,0030 0,0809
4 78,63 130,28 175,47 28,45 73,65 -0,0029 0,0807
5 104,84 130,19 175,49 28,35 73,65 -0,0029 0,0804
6 131,05 130,09 175,57 28,25 73,72 -0,0028 0,0801
7 157,25 129,97 175,69 28,11 73,83 -0,0027 0,0799
8 183,46 129,81 175,81 27,95 73,95 -0,0026 0,0796
9 209,67 129,66 175,94 27,79 74,07 -0,0024 0,0793
10 235,88 129,52 176,07 27,63 74,19 -0,0023 0,0790
11 262,09 129,38 176,20 27,49 74,31 -0,0022 0,0787
12 288,30 129,26 176,30 27,36 74,40 -0,0020 0,0785
13 314,51 129,15 176,36 27,24 74,45 -0,0019 0,0782
14 340,72 129,06 176,38 27,14 74,47 -0,0017 0,0779
15 366,93 128,98 176,41 27,06 74,48 -0,0015 0,0777
16 393,14 128,92 176,43 26,99 74,49 -0,0014 0,0774
17 419,35 128,87 176,41 26,93 74,47 -0,0012 0,0771
18 445,55 128,84 176,35 26,88 74,39 -0,0010 0,0767
19 471,76 128,81 176,21 26,85 74,25 -0,0008 0,0764
20 497,97 128,79 176,25 26,82 74,28 -0,0006 0,0761
21 524,18 128,78 176,37 26,80 74,39 -0,0004 0,0757
22 550,39 128,78 176,39 26,79 74,40 -0,0002 0,0754
23 576,60 128,78 176,22 26,78 74,22 -0,0001 0,0750

78
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
29 1 0,00 126,52 172,17 25,12 70,77 -0,0027 0,0534
2 26,22 126,59 171,61 25,20 70,22 -0,0026 0,0534
3 52,44 126,63 171,38 25,25 70,00 -0,0026 0,0534
4 78,65 126,53 171,60 25,15 70,22 -0,0025 0,0535
5 104,87 126,35 171,74 24,99 70,38 -0,0024 0,0535
6 131,09 126,17 171,84 24,81 70,48 -0,0023 0,0535
7 157,31 126,00 171,91 24,65 70,57 -0,0022 0,0535
8 183,53 125,84 171,98 24,50 70,65 -0,0020 0,0535
9 209,75 125,68 172,01 24,35 70,69 -0,0019 0,0534
10 235,96 125,52 172,04 24,21 70,72 -0,0018 0,0532
11 262,18 125,38 172,08 24,07 70,77 -0,0016 0,0529
12 288,40 125,25 172,09 23,95 70,79 -0,0015 0,0527
30 1 0,00 125,25 172,09 23,95 70,79 -0,0015 0,0127
2 26,12 125,01 172,78 23,69 71,47 -0,0014 0,0126
3 52,24 124,78 173,46 23,45 72,14 -0,0013 0,0124
4 78,36 124,57 174,10 23,23 72,76 -0,0013 0,0123
5 104,48 124,38 174,69 23,02 73,34 -0,0012 0,0122
6 130,60 124,20 175,18 22,84 73,81 -0,0011 0,0121
7 156,72 124,05 175,59 22,67 74,21 -0,0010 0,0119
8 182,84 123,91 175,98 22,51 74,59 -0,0009 0,0118
9 208,96 123,79 176,36 22,38 74,95 -0,0008 0,0116
10 235,08 123,68 176,70 22,26 75,28 -0,0007 0,0114
11 261,20 123,60 177,00 22,17 75,57 -0,0006 0,0112
12 287,32 123,53 177,24 22,08 75,79 -0,0005 0,0110
13 313,44 123,48 177,36 22,02 75,90 -0,0004 0,0107
14 339,56 123,44 177,42 21,97 75,95 -0,0002 0,0105
15 365,68 123,42 177,43 21,93 75,95 -0,0001 0,0102
16 391,80 123,41 177,41 21,91 75,92 0,0000 0,0100
31 1 0,00 123,29 169,36 21,89 67,96 -0,0195 0,2336
2 28,40 123,16 169,13 21,70 67,67 -0,0193 0,2336
3 56,80 123,03 168,90 21,51 67,38 -0,0190 0,2336
4 85,20 122,90 168,67 21,33 67,10 -0,0187 0,2336
5 113,60 122,78 168,44 21,15 66,81 -0,0184 0,2336
6 142,00 122,66 168,21 20,97 66,52 -0,0181 0,2336
7 170,40 122,54 167,98 20,79 66,23 -0,0178 0,2335
8 198,80 122,43 167,77 20,62 65,97 -0,0175 0,2334
9 227,20 122,31 167,70 20,44 65,84 -0,0171 0,2333
10 255,60 122,19 167,68 20,27 65,76 -0,0168 0,2331
11 284,00 122,08 167,66 20,10 65,68 -0,0164 0,2329
12 312,40 121,97 167,65 19,93 65,61 -0,0160 0,2327
13 340,80 121,87 167,64 19,77 65,54 -0,0157 0,2325
32 1 0,00 121,87 167,64 19,77 65,54 -0,0157 0,2025
2 30,61 121,73 167,60 19,73 65,60 -0,0153 0,2023
3 61,23 121,59 167,56 19,69 65,66 -0,0150 0,2021
4 91,84 121,45 167,52 19,65 65,72 -0,0147 0,2018
5 122,46 121,32 167,51 19,62 65,81 -0,0144 0,2016
6 153,07 121,19 167,52 19,59 65,92 -0,0140 0,2013
7 183,69 121,04 167,54 19,54 66,03 -0,0137 0,2010
8 214,30 120,89 167,52 19,49 66,12 -0,0133 0,2006
33 1 0,00 120,89 167,52 19,49 66,12 -0,0133 0,1806
2 28,25 120,72 167,47 19,28 66,03 -0,0130 0,1804
3 56,50 120,56 167,42 19,08 65,94 -0,0127 0,1802
4 84,75 120,39 167,38 18,87 65,86 -0,0124 0,1800
5 113,00 120,23 167,34 18,67 65,78 -0,0121 0,1798
6 141,25 120,07 167,31 18,47 65,71 -0,0117 0,1796
7 169,50 119,92 167,32 18,28 65,68 -0,0114 0,1793
8 197,75 119,78 167,34 18,10 65,66 -0,0111 0,1790
9 226,00 119,64 167,36 17,92 65,64 -0,0108 0,1789
10 254,25 119,51 167,37 17,75 65,61 -0,0105 0,1789
11 282,50 119,40 167,37 17,60 65,57 -0,0103 0,1788

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
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QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
34 1 0,00 119,40 167,37 17,60 65,57 -0,0103 0,1338
2 29,98 119,28 167,46 17,49 65,67 -0,0100 0,1338
3 59,95 119,17 167,56 17,39 65,79 -0,0098 0,1337
4 89,93 119,06 167,68 17,30 65,92 -0,0095 0,1336
5 119,90 118,96 167,81 17,21 66,06 -0,0092 0,1336
6 149,88 118,85 168,00 17,11 66,26 -0,0088 0,1335
7 179,85 118,74 168,22 17,02 66,49 -0,0085 0,1334
8 209,82 118,64 168,42 16,92 66,71 -0,0082 0,1333
9 239,80 118,53 168,56 16,83 66,86 -0,0079 0,1331
35 1 0,00 118,53 168,56 16,83 66,86 -0,0079 0,0931
2 29,08 118,36 168,70 16,67 67,01 -0,0077 0,0930
3 58,16 118,17 168,81 16,49 67,13 -0,0076 0,0929
4 87,25 117,96 168,91 16,29 67,24 -0,0075 0,0927
5 116,33 117,74 169,00 16,07 67,34 -0,0074 0,0926
6 145,41 117,51 169,10 15,85 67,44 -0,0072 0,0924
7 174,49 117,28 169,19 15,63 67,55 -0,0071 0,0923
8 203,57 117,05 169,27 15,42 67,64 -0,0069 0,0921
9 232,65 116,83 169,35 15,20 67,73 -0,0068 0,0919
10 261,74 116,61 169,43 14,99 67,81 -0,0066 0,0917
11 290,82 116,40 169,51 14,79 67,90 -0,0064 0,0916
12 319,90 116,17 169,55 14,57 67,95 -0,0062 0,0914
36 1 0,00 116,17 169,55 14,57 67,95 -0,0062 0,0664
2 25,54 115,87 169,59 14,26 67,99 -0,0061 0,0663
3 51,09 115,56 169,59 13,95 67,98 -0,0059 0,0661
4 76,63 115,26 169,53 13,64 67,91 -0,0057 0,0659
5 102,18 114,95 169,43 13,33 67,81 -0,0055 0,0657
6 127,72 114,65 169,31 13,03 67,68 -0,0053 0,0655
7 153,27 114,36 169,17 12,72 67,53 -0,0051 0,0653
8 178,81 114,06 169,01 12,42 67,37 -0,0049 0,0650
9 204,36 113,77 168,82 12,13 67,17 -0,0047 0,0648
10 229,90 113,49 168,61 11,84 66,96 -0,0044 0,0646
11 255,44 113,21 168,42 11,56 66,76 -0,0042 0,0643
12 280,99 112,94 168,28 11,28 66,62 -0,0040 0,0641
13 306,53 112,69 168,20 11,02 66,53 -0,0038 0,0638
14 332,08 112,45 168,16 10,77 66,49 -0,0035 0,0636
15 357,62 112,23 168,13 10,55 66,46 -0,0033 0,0633
16 383,17 112,02 168,13 10,34 66,44 -0,0031 0,0631
17 408,71 111,84 168,13 10,15 66,44 -0,0028 0,0628
18 434,26 111,68 168,12 9,99 66,42 -0,0026 0,0626
19 459,80 111,54 168,06 9,84 66,36 -0,0023 0,0623
37 1 0,00 111,54 168,06 9,84 66,36 -0,0023 0,0373
2 27,20 111,38 167,99 9,68 66,29 -0,0021 0,0371
3 54,40 111,25 167,92 9,55 66,22 -0,0019 0,0368
4 81,60 111,13 167,89 9,43 66,19 -0,0016 0,0366
5 108,80 111,03 167,88 9,33 66,18 -0,0013 0,0364
6 136,00 110,96 167,88 9,26 66,18 -0,0011 0,0361
7 163,20 110,90 167,96 9,20 66,26 -0,0008 0,0358
8 190,40 110,86 168,16 9,16 66,46 -0,0005 0,0356
9 217,60 110,84 168,35 9,14 66,65 -0,0003 0,0353
10 244,80 110,83 168,38 9,13 66,68 0,0000 0,0350
38 1 0,00 122,29 168,20 20,69 66,60 -0,0049 0,1344
2 28,61 122,21 167,71 20,61 66,11 -0,0048 0,1345
3 57,22 122,14 167,23 20,54 65,63 -0,0046 0,1346
4 85,82 122,08 167,25 20,48 65,65 -0,0044 0,1346
5 114,43 122,02 167,38 20,42 65,78 -0,0042 0,1346
6 143,04 121,97 167,51 20,37 65,91 -0,0039 0,1346
7 171,65 121,91 167,61 20,31 66,01 -0,0036 0,1345
8 200,25 121,79 167,70 20,19 66,10 -0,0034 0,1343
9 228,86 121,67 167,79 20,07 66,19 -0,0031 0,1340
10 257,47 121,57 167,93 19,97 66,33 -0,0028 0,1339
11 286,08 121,47 168,07 19,87 66,47 -0,0025 0,1337
12 314,68 121,39 168,18 19,79 66,58 -0,0022 0,1335
13 343,29 121,32 168,22 19,72 66,62 -0,0018 0,1332
14 371,90 121,27 168,18 19,67 66,58 -0,0015 0,1329

80
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa

QUADRO 6.15
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRANSITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS MÁXIMOS E MÍNIMOS
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


Conduta Secção Distância Cota piezométrica Pressão Caudal
parcial mínima máxima mínima máxima mínimo máximo
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
39 1 0,00 121,27 168,18 19,67 66,58 -0,0015 0,0479
2 27,36 121,12 168,09 19,53 66,50 -0,0014 0,0477
3 54,73 120,99 168,04 19,41 66,46 -0,0013 0,0475
4 82,09 120,87 167,98 19,30 66,41 -0,0012 0,0473
5 109,45 120,77 167,89 19,21 66,33 -0,0010 0,0471
6 136,82 120,68 167,77 19,12 66,21 -0,0009 0,0468
7 164,18 120,60 167,55 19,06 66,01 -0,0007 0,0466
8 191,55 120,54 167,29 19,00 65,75 -0,0006 0,0463
9 218,91 120,49 166,96 18,96 65,43 -0,0004 0,0460
10 246,27 120,46 166,61 18,94 65,10 -0,0003 0,0456
11 273,64 120,44 166,27 18,93 64,76 -0,0002 0,0453
12 301,00 120,43 165,92 18,93 64,42 -0,0001 0,0450
40 1 0,00 115,38 168,45 13,68 66,75 -0,0109 0,0955
2 29,39 115,32 168,68 13,64 67,00 -0,0107 0,0955
3 58,78 115,25 168,91 13,58 67,24 -0,0104 0,0956
4 88,18 115,15 169,13 13,49 67,47 -0,0102 0,0956
5 117,57 115,03 169,33 13,39 67,69 -0,0099 0,0956
6 146,96 114,90 169,53 13,28 67,91 -0,0096 0,0955
7 176,35 114,78 169,72 13,17 68,11 -0,0094 0,0954
8 205,75 114,67 169,92 13,08 68,33 -0,0091 0,0953
9 235,14 114,57 170,13 12,99 68,56 -0,0088 0,0952
10 264,53 114,49 170,36 12,92 68,79 -0,0085 0,0951
11 293,92 114,41 170,57 12,87 69,03 -0,0081 0,0949
12 323,32 114,31 170,78 12,78 69,25 -0,0078 0,0947
13 352,71 114,18 170,97 12,67 69,46 -0,0074 0,0945
14 382,10 114,06 171,15 12,56 69,65 -0,0070 0,0943
41 1 0,00 114,06 171,15 12,56 69,65 -0,0070 0,0693
2 25,87 113,90 171,35 12,39 69,84 -0,0068 0,0691
3 51,75 113,76 171,53 12,22 70,00 -0,0065 0,0690
4 77,62 113,62 171,69 12,07 70,15 -0,0062 0,0688
5 103,49 113,49 171,84 11,93 70,28 -0,0059 0,0687
6 129,37 113,37 171,96 11,79 70,39 -0,0055 0,0685
7 155,24 113,26 172,07 11,67 70,48 -0,0052 0,0684
8 181,12 113,17 172,16 11,56 70,55 -0,0049 0,0682
9 206,99 113,08 172,24 11,45 70,61 -0,0045 0,0680
10 232,86 113,00 172,29 11,36 70,65 -0,0041 0,0678
11 258,74 112,93 172,33 11,27 70,68 -0,0038 0,0676
12 284,61 112,87 172,37 11,20 70,69 -0,0034 0,0674
13 310,48 112,82 172,39 11,13 70,70 -0,0030 0,0672
14 336,36 112,77 172,42 11,07 70,72 -0,0026 0,0669
15 362,23 112,74 172,50 11,02 70,78 -0,0022 0,0666
16 388,11 112,71 172,59 10,97 70,86 -0,0018 0,0663
17 413,98 112,68 172,69 10,93 70,94 -0,0013 0,0660
18 439,85 112,67 172,78 10,90 71,01 -0,0009 0,0656
19 465,73 112,66 172,85 10,87 71,07 -0,0004 0,0653
20 491,60 112,65 172,91 10,86 71,11 -0,0001 0,0650
42 1 0,00 132,07 178,08 30,37 76,38 -0,0001 0,0506
2 23,90 132,06 177,79 30,46 76,18 -0,0001 0,0500
43 1 0,00 135,26 181,88 32,06 78,68 -0,1066 1,5060
2 56,45 135,42 181,36 32,79 78,72 -0,1066 1,5066
3 112,89 135,26 181,04 33,19 78,97 -0,1066 1,5071
4 169,34 134,97 180,75 33,46 79,24 -0,1064 1,5074

81
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa - Estação Elevatória do Ramalhão
IDRHa
Envolventes das cotas piezométricas

200
L.P. = Linha piézométrica

190
L.P. est át ica

180

L.P. máxima
170

160
L.P. dinâmica

150
TEÓRICO

140

L.P. mí nima
130

120

110

Eixo da conduta
100

90
0 750 1500 2250 3000 3750 4500 5250 6000 6750 7500
Distâncias (m)
FIGURA 6.17 (Folha 1/4)
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DAS RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRASITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
COTAS PIEZOMÉTRICAS MÁXIMAS E MÍNIMAS NA CONDUTA PRINCIPAL
PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas 82


de 100 m
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES – TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação
Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Parâmetros característicos dos grupos


1.0

0.9

0.8

0.7

0.6
H/Hn, Q/Qn, N/Nn (-)

0.5

0.4
N/Nnominal
0.3

0.2
H/Hnominal
0.1

0.0
Q/Qnominal
-0.1
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Tem po (s)

Cotas piezométricas e caudais a montante e jusante da válvula de retenção


190
1.5
180

1.3
170

160 1.1
Cota piezom étrica (m )

150 Cota piezométrica a jusante 0.9


Caudal (m ³/s)

140
0.7

130
0.5
120
Caudal
0.3
110
Cota piezométrica a montante
0.1
100

90 -0.1
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Tem po (s)
FIGURA 6.17 (Folha 2/4)
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DAS RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRASITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
VARIAÇÃO TEMPORAL NAS COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS NOS GRUPOS E
VÁLVULAS DE RETENÇÃO PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)
83
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Caudais na secção de ligação do RAC


1.50
Q jusante
do RAC
1.10

0.70
Q montante
do RAC
0.30
Caudal (m ³/s)

-0.10

-0.50
Q no RAC*

-0.90

-1.30
*- Valor negativo para a a saída do caudal

-1.70
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Tem po (s)

Variação da cota piezométrica e volume de ar no interior do RAC


185 95

Volume de ar
180 90

175
85

170
80
165
Cota piezom étrica (m )

75 Volum e (m ³)
160
70
155
65
150
60
145

55
140
Cota Piezométrica
135 50

130 45
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Tem po (s)
FIGURA 6.17 (Folha 3/4)
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DAS RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRASITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS NO RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


84
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Cotas piezométricas e caudais a montante e jusante do nó 4


190 1.6

Conduta 3
1.4
180
1.2
Cotas piezom étricas (m )

170 1

Cota Piezométrica 0.8


160
0.6

150 Conduta 4 0.4

0.2
140
0
Conduta 24
130 -0.2
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tem po (s)

Cotas piezométricas e caudais a montante e jusante do nó 24


210 0.13

200
0.11
190

180 0.09
Cotas pie zom étricas (m )

Cota Piezométrica
170
0.07
160

150
0.05
140
Conduta 23 0.03
130
Hidrante 24
120
0.01
110

100 -0.01
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tem po (s)

FIGURA 6.17 (Folha 4/4)


ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DAS RAMALHÃO - BLOCO IV
REGIME TRASITÓRIO - PARAGEM NÃO PROGRAMADA DOS GRUPOS
VARIAÇÃO TEMPORAL DAS COTAS PIEZOMÉTRICAS E CAUDAIS NOS NÓS 4 E 24
DA REDE DE REGA PARA A SITUAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE UM RAC (2 X 80 m³)

Nota: as cotas estão somadas de 100 m


85
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

7 - EQUIPAMENTO ELECTROMECÂNICO

7.1 - Grupos Electrobomba Principais

7.1.1 - Generalidades

Conforme já foi referido a Estação Elevatória do Ramalhão irá abastecer os blocos de rega III e
IV do Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande.

Dadas as diferenças entre as curvas características das duas redes de rega (ver capítulo 6),
optou-se por dotar a estação de dois sistemas elevatórios independentes. Cada sistema será
equipado com quatro grupos electrobomba, instalados em paralelo, de forma a satisfazer o
caudal máximo de dimensionamento que é de 1,55 m3/s para o bloco III e de 1,50 m3/s para o
bloco IV.

Foi ainda previsto um grupo electrobomba adicional, com características semelhantes aos
grupos do bloco IV, que poderá funcionar como grupo de reserva dos dois blocos.

7.1.2 - Características principais dos grupos

As bombas serão, em princípio, multicelulares, do tipo de impulsores submersos, com coluna


vertical e com curva de descarga colocada acima da base de assentamento do grupo. Os
motores serão para montagem vertical na parte superior do respectivo conjunto.

As características principais das bombas do bloco III são as seguintes:

Número de bombas .................................. 4


Tipo:.......................................................... centrífuga, em princípio multicelular, de
coluna vertical
Caudal total de dimensionamento ............ 1,55 m3/s
Caudal unitário de dimensionamento ....... 0,388 m3/s
Altura de elevação correspondente .......... 74,0 m
Velocidade de rotação .............................. correspondente à velocidade síncrona de
1500 r.p.m.
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

As características principais das bombas do bloco IV são:

Número de bombas .................................. 4 + 1


Tipo:.......................................................... centrífuga, em princípio multicelular, de
coluna vertical
Caudal total de dimensionamento ............ 1,50 m3/s
Caudal unitário de dimensionamento ....... 0,375 m3/s
Altura de elevação correspondente .......... 84,0 m
Velocidade de rotação .............................. correspondente à velocidade síncrona de
1500 r.p.m.

O caudal mínimo de uma bomba em funcionamento contínuo, em ambos os blocos elevatórios,


não deverá ser superior a 0,140 m3/s. Para uma bomba em funcionamento à velocidade
nominal, a altura de elevação correspondente ao caudal de 0,150 m3/s deverá ser superior a 80
m.

Cada grupo, em velocidade de rotação reduzida, poderá funcionar com uma altura de elevação
de 18 m, de forma a completar o processo de enchimento / rearme do sistema.

As cotas relevantes e os níveis de água de funcionamento estão indicados nos desenhos do


projecto, fazendo-se notar os seguintes:

Nível de água máximo ........................................ (+1,20)

Nível de água mínimo......................................... (-0,70)

Cota da soleira da câmara de aspiração ............ (-2,50)

Cota do eixo da conduta de compressão ........... (+3,20)

Os motores eléctricos de accionamento das bombas terão as características gerais seguintes:

Tipo........................................................... assíncrono, trifásico, com rotor em curto-


circuito
Tensão nominal ........................................ 690 V, a 50 Hz
Velocidade nominal .................................. igual à da bomba
Forma construtiva / montagem ................. IM 3011 (CEI 34-7)
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IDRHa

Isolamento ................................................ Classe F (CEI 85)


Protecção mecânica ................................. IP 55 (CEI 34-5)
Tipo de arrefecimento............................... IC 411 (CEI 34-6)

A potência dos motores será seleccionada pelo Adjudicatário em função das características
das bombas a accionar.

Todos os grupos electrobomba irão trabalhar com velocidade de rotação variável, pelo que
serão alimentados através de conversores de frequência.

7.1.3 - Sistema de comando dos grupos

7.1.3.1 - Concepção geral

Os grupos electrobomba terão os seguintes modos de comando:

− Comando manual:

- através do quadro dos grupos;


- através dos conversores de frequência;
- através da unidade de supervisão.

− Comando automático, efectuado pelo autómato da estação elevatória.

7.1.3.2 - Comando manual

O comando em modo manual foi previsto para a realização de ensaios.

Neste modo de comando, os grupos poderão ser comandados a partir do respectivo quadro, a
partir dos conversores de frequência ou a partir da unidade de supervisão.

O comando manual de um grupo, deverá permitir seleccionar a sua velocidade de rotação, dar
ordem de arranque, alterar a velocidade de rotação e dar ordem de paragem.

Não deverá ser possível operar um grupo em comando manual, estando a instalação e os
restantes grupos a funcionar em modo automático.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

7.1.3.3 - Comando automático

A instalação foi prevista para o funcionamento regular dos grupos electrobomba em modo
automático.

O funcionamento automático dos grupos compreenderá dois regimes distintos, em função do


caudal solicitado pela respectiva rede de rega:

a) Funcionamento intermitente de apenas um grupo electrobomba, quando o caudal


pedido pela rede é inferior a um caudal mínimo pré-fixado para a instalação, Qmín;

b) Funcionamento contínuo de um, dois, três ou quatro grupos em paralelo, em


função do caudal pedido pela rede, para caudais superiores ao caudal mínimo
Qmín.

Para ambos os blocos de rega III e IV, o caudal mínimo foi fixado em Qmín = 0,150 m3/s.

Por essa razão, as bombas deverão possuir um valor de caudal mínimo, para funcionamento
contínuo, não inferior àquele.

Nas Figuras 7.1 e 7.2 estão representadas as curvas máxima e mínima da instalação
(correspondentes respectivamente aos níveis de água mínimo e máximo na câmara de
aspiração), assim como as curvas de funcionamento das bombas em regime contínuo e em
regime intermitente, respectivamente para os blocos III e IV.

As curvas da instalação foram construídas tendo como base a curva característica da


respectiva rede de rega (indicando a cota piezométrica a garantir à cabeça da rede em função
do caudal consumido), os níveis de água máximo (+1,20) e mínimo (-0,70) na aspiração, assim
como as perdas de carga que se verificam no circuito hidráulico da estação. As curvas
características das redes e os cálculos das perdas de carga são apresentados no capítulo 6.

Nas Figuras 7.1 e 7.2 encontra-se igualmente representada a curva de funcionamento de uma
bomba em velocidade reduzida passando pelo ponto indicado como Hmín, que, em princípio,
será a velocidade mínima necessária para o funcionamento normal do sistema.

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IDRHa

Apenas no processo de enchimento / rearme do sistema, tal como se refere no capítulo 7.1.4.4,
a velocidade de rotação dos grupos necessitará de ser mais reduzida, uma vez que as bombas
deverão funcionar com uma altura de elevação de cerca de 18 m.

As curvas das bombas apresentadas são relativas a um Fabricante existente no mercado e têm
apenas um carácter indicativo.

7.1.3.3.1 - Funcionamento intermitente

Os caudais inferiores ao caudal mínimo, lidos pelo caudalímetro instalado na conduta geral de
compressão, serão fornecidos pelos reservatórios hidropneumáticos.

Por isso, é armazenado nestes reservatórios um determinado volume de água, a uma pressão
superior à estritamente necessária, que permite a alimentação da rede. Esta pressão superior
será a correspondente à cota piezométrica mínima requerida para o caudal Qmín, dada pela
curva característica da rede de rega, acrescida de uma sobrepressão admitida.

Assim, quando a pressão no início da rede atinge o valor mínimo (correspondente à cota
piezométrica mínima exigida para o caudal Qmín), será dada ordem de arranque a um dos
grupos electrobomba do respectivo bloco, que começa a funcionar a uma velocidade de
rotação reduzida. Se o nível de água na aspiração for máximo, o grupo funcionará com as
características do ponto assinalado como Hmín nas Figuras 7.1 e 7.2.

O ponto Hmín terá em cada bloco as seguintes características previstas:

Bloco III: Bloco IV:

Q = 0,150 m3/s Q = 0,150 m3/s

H ≅ 58,5 m H ≅ 57,5 m

Uma vez que o caudal fornecido pelo grupo é superior ao que está a ser pedido pela rede, os
reservatórios hidropneumáticos vão enchendo.

À medida que a pressão nos reservatórios aumenta, a velocidade de rotação do grupo deverá
ser incrementada de forma a manter o caudal fornecido pelo grupo sensivelmente constante e
ligeiramente superior ao Qmín definido para a instalação.

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IDRHa

Assim que a pressão nos reservatórios atingir o valor máximo (correspondente à cota
piezométrica mínima exigida para o caudal Qmín acrescida da sobrepressão), será dada ordem
de paragem ao grupo. Numa situação de nível de água mínimo na aspiração, o ponto de
paragem corresponderá aproximadamente ao assinalado como Hmáx nas Figuras 7.1 e 7.2.

As cotas piezométricas e os níveis de regulação nos reservatórios hidropneumáticos são


indicados no Capítulo 7.4.

7.1.3.3.2 - Funcionamento contínuo

Conforme referido, o funcionamento contínuo dos grupos electrobomba verifica-se para valores
de caudal superiores ao caudal mínimo Qmín fixado para a instalação.

Os grupos em serviço irão trabalhar todos com a mesma velocidade de rotação.

Apenas o grupo de reserva, quando estiver associado ao bloco de rega III, irá funcionar com
uma velocidade de rotação distinta dos restantes, uma vez que a sua curva característica (à
velocidade nominal) é semelhante à dos grupos do bloco IV.

Neste regime de funcionamento, os grupos electrobomba operam com o objectivo de garantir à


saída da estação elevatória uma determinada pressão exigida, correspondente à cota
piezométrica indicada pela curva característica da rede de rega para o caudal a fornecer. As
curvas características das redes dos blocos de rega III e IV são apresentadas no Capítulo 6.

A um dado caudal solicitado pela rede e um certo nível de água na câmara de aspiração,
corresponderá um ponto de funcionamento estável numa curva da instalação (compreendida
entre a curva mínima e a curva máxima), que, sendo cumprido pelos grupos elevatórios,
garante o fornecimento do caudal à rede com a pressão necessária. A curva da instalação é
determinada pelo nível de água na câmara de aspiração.

Por exemplo, se em determinado instante o nível de água se encontra à cota (-0,70) e o caudal
lido pelo caudalímetro do bloco III é de 1,00 m³/s, ter-se-á um ponto de funcionamento sobre a
curva máxima da instalação e com uma altura de elevação H ≅ 70,8 m (ver Figura 7.1). Nesta
situação, deverão estar em serviço três grupos electrobomba, à velocidade aproximada de
1395 r.p.m., fornecendo cada um o caudal de 0,333 m³/s.

91
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa
Figura 7.1 - Curvas de funcionamento do sistema elevatório do Bloco de Rega III
120

110

1 Grupo 2 Grupos 3 Grupos 4 Grupos


100

90 Curva m áxim a da
instalação (N=-0,70m )
Altura de elevação H [m]

Hmáx
80

70
Funcionamento em
regime intermitente

60 Curva m ínim a da
instalação (N=+1,20m )
3 grupos à
velocidade
n=1395 r.p.m.
Hmín
50
Grupo em velocidade
reduzida (n=1140 r.p.m.)

40
R EGI M E
IN T ER M IT EN T E R E G IM E C O N T Í N UO

30
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800
Caudal Q [l/s]

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Elevatória dp Ramalhão
IDRHa
Figura 7.2 - Curvas de funcionamento do sistema elevatório do Bloco de Rega IV
130

120

1 G rupo 2 G rupo s 3 G rupo s 4 G rupo s


110

C urv a m á xim a da
100 ins t a la ç ã o ( N =- 0 ,7 0 m )

90
Altura de elevação H [m]

Hmáx

80

Funcio namento em
70
regime intermitente

60 C urv a m í nim a da
ins t a la ç ã o
( N =+1 ,2 0 m )
50
Hmín
Grupo em velo cidade
reduzida (n=1090 r.p.m.)
40

R EGI M E
30 I N TER M I T EN TE R E G IM E C O N T Í N UO

20
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700
Caudal Q [l/s]

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Elevatória dp Ramalhão
IDRHa

O valor da pressão medida à saída da estação elevatória será comparado com o valor da
pressão exigida, guardado no autómato e correspondente ao caudal a fornecer. Se a pressão
medida é superior à pressão exigida, deverá reduzir-se a velocidade de rotação dos grupos. No
caso inverso, a velocidade dos grupos deverá ser incrementada.

Um grupo electrobomba adicional entrará em funcionamento assim que o caudal solicitado for
superior à capacidade máxima do número de grupos que estão a trabalhar.

Da mesma forma, um grupo sairá de operação quando o caudal solicitado descer abaixo da
capacidade máxima do número de grupos imediatamente inferior aos que estão em serviço.

O ajuste do funcionamento dos grupos, nomeadamente do número de grupos em serviço e da


sua velocidade de rotação, deverá processar-se tendo em consideração intervalos de
tolerância admissíveis para as diversas variáveis.

7.1.3.4 - Modo de enchimento das condutas / rearme do sistema

Após uma paragem da estação elevatória que tenha conduzido a uma despressurização geral
da rede de rega ou ao completo esvaziamento das condutas, a reposição do sistema em
funcionamento deverá ter em conta o seguinte:

− A ordem para reentrada em serviço será dada em princípio na unidade de


supervisão, localmente ou à distância.

− Se a pressão na rede for muito baixa (diferença entre a cota piezométrica na


estação e o nível de água na aspiração inferior a 18 m) o autómato dará ordem de
arranque ao grupo submersível de enchimento e ordem de abertura à válvula de
seccionamento do circuito de enchimento relativa ao bloco em causa. O
funcionamento deste grupo manter-se-á até que a cota piezométrica na rede seja
igual à cota do nível de água na aspiração acrescida de pelo menos 18 m.

− De seguida, quando necessário, o autómato dará ordem de arranque a um grupo


principal, que iniciará o seu funcionamento com uma velocidade de rotação
reduzida – a necessária para poder funcionar com a altura de elevação em causa.
O recurso ao funcionamento do grupo electrobomba manter-se-á até que se
instalem nos reservatórios hidropneumáticos os níveis de água / pressões de

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

referência. A velocidade de rotação do grupo será tanto maior quanto mais elevada
for a pressão na rede.

− Para a afinação das condições nos reservatórios hidropneumáticos recorrer-se-á


também aos compressores, que garantirão a introdução da quantidade de ar
necessária.

− Quando as condições de pressão e de nível de água nos reservatórios


hidropneumáticos estiverem restabelecidos, o sistema está pronto a fornecer
caudal à rede podendo passar automaticamente para o funcionamento normal (em
modo automático).

7.1.4 - Condições de funcionamento

Em geral, para um grupo electrobomba poder estar normalmente em serviço devem verificar-se
as seguintes condições:

− O nível de água na câmara de aspiração deverá estar acima da cota (-0,70);

− Se o grupo de reserva estiver associado ao bloco III, a válvula de seccionamento


de ligação ao bloco IV deverá estar fechada e a de ligação ao bloco III aberta;

− Se o grupo de reserva estiver associado ao bloco IV, a válvula de seccionamento


de ligação ao bloco III deverá estar fechada e a de ligação ao bloco IV aberta;

− As válvulas de borboleta da tubagem de enchimento das condutas deverão estar


fechadas;

− As válvulas de seccionamento dos reservatórios hidropneumáticos deverão estar


abertas;

− O nível de água nos reservatórios hidropneumáticos deverá estar compreendido


entre os níveis mínimo e máximo de alarme;

− A pressão nos reservatórios hidropneumáticos deverá estar compreendida entre


um valor mínimo e um valor máximo;

− A válvula de seccionamento geral deverá estar aberta;

− A pressão à saída da estação elevatória deverá ser inferior a uma pressão máxima
de alarme (da ordem de 82 m.c.a.) e superior a uma pressão mínima;
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IDRHa

− O caudal lido pelo caudalímetro deverá ser inferior à capacidade máxima do


número de grupos que estão em funcionamento.

Em modo de comando automático, no caso de não se verificar alguma destas condições, os


grupos electrobomba deverão ser impedidos de arrancar ou, se estiverem em funcionamento,
deverão receber ordem de paragem. Serão igualmente emitidos os correspondentes sinais de
alarme. Para o processo específico de rearme do sistema / enchimento das condutas, os
encravamentos relacionados com os níveis de água nos reservatórios hidropneumáticos e com
as pressões mínimas deverão ser devidamente ajustados.

Em modo de comando manual, a não verificação de alguma destas condições deverá


desencadear um sinal de alarme. No caso particular de ser ultrapassado o valor definido para a
pressão máxima à cabeça da rede, para além do alarme, deverá ser dada ordem automática de
paragem aos grupos.

Arranque e paragem

O arranque das bombas será efectuado com a respectiva válvula de seccionamento fechada e
sem atingir, enquanto a válvula estiver naquela posição, a velocidade de rotação nominal.
Assim, quando a bomba atingir uma velocidade de rotação tal que a pressão na conduta
individual iguala a que se verifica na conduta geral de compressão, a válvula iniciará a sua
abertura. A partir deste momento, a velocidade de rotação do grupo aumentará gradualmente à
medida que a válvula vai abrindo, até ao valor pretendido para o funcionamento.

No processo de paragem, a velocidade da bomba deverá ser previamente reduzida até a um


patamar inferior (de modo a que a altura de elevação para caudal nulo não ultrapasse cerca de
85 m), sendo depois dada ordem de fecho à válvula respectiva. A paragem das bombas
efectuar-se-á já com a válvula em posição fechada.

Em caso de falta de energia, a válvula da compressão fechar-se-á automaticamente


funcionando como válvula de não-retorno.

A selecção do grupo electrobomba que num determinado instante deverá entrar em


funcionamento ou sair de operação deverá ser efectuada pelo autómato de modo a não
existirem diferenças significativas entre o número de horas de serviço dos vários grupos.

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IDRHa

Grupo de reserva

O grupo de reserva estará permanentemente associado a um dos blocos elevatórios


(preferencialmente o bloco IV), alternando o seu funcionamento com o dos restantes grupos
desse bloco.

Para associar o grupo de reserva ao outro bloco elevatório, dever-se-á, manualmente:

− colocar o grupo na condição de indisponível;

− fechar a válvula de ligação ao bloco actual;

− abrir a válvula de ligação ao bloco pretendido;

− colocar o grupo na condição de disponível.

Quando o grupo de reserva estiver associado ao bloco de rega III, o autómato deverá proceder
a um ajuste da sua velocidade de rotação, de forma a compensar a diferença existente entre a
sua curva característica (à velocidade nominal) e as curvas características dos grupos do bloco
III.

7.1.5 - Sistema de monitorização

Cada grupo electrobomba será equipado com um sistema de monitorização permanente de


fenómenos de vibração e de aquecimento.

O sistema será constituído essencialmente por um conjunto de sensores – acelerómetros e


sondas de temperatura – instalados nos grupos electrobomba, que estarão ligados a unidades
electrónicas próprias, montadas nos quadros dos grupos.

Por cada bomba e por cada motor existirá uma caixa de junção dos cabos de ligação aos
sensores, de onde partirão para as unidades de monitorização cabos com os condutores
necessários.

As unidades de monitorização disponibilizarão sinais para alarme e disparo dos grupos, em


função de valores ajustáveis, e permitirão a selecção e visualização dos valores medidos.

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IDRHa

7.2 - Válvulas

7.2.1 - Válvulas na compressão dos grupos

Para uma certa gama de caudais, inferiores ao caudal mínimo definido para o funcionamento
contínuo dos sistemas elevatórios, os grupos electrobomba irão funcionar com arranques e
paragens consecutivas, obrigando a sucessivas manobras de abertura e fecho das respectivas
válvulas.

Desta forma, optou-se pela instalação, na conduta individual de compressão de cada grupo, de
uma única válvula, do tipo borboleta e de diâmetro DN 400, que será equipada com um
actuador óleo-hidráulico e contrapeso.

Este tipo de actuador oferece à partida maiores garantias de bom funcionamento nas
condições referidas, relativamente aos actuadores eléctricos, e permite que a válvula
desempenhe a dupla função de seccionamento e de retenção, evitando assim a instalação de
duas válvulas distintas.

Os actuadores terão capacidade para poder abrir e fechar a válvula em condições de pressão
desequilibrada a montante e a jusante.

A abertura da válvula é realizada por acção do servomotor. O fecho da válvula é efectuado por
intermédio do contrapeso, servindo o servomotor como dispositivo de amortecimento.

Em caso de falha de energia na estação elevatória, que conduza à paragem repentina dos
grupos electrobomba, e em caso de disparo do grupo por alarme a válvula fechará
automaticamente.

A manobra de fecho da válvula processar-se-á em velocidade rápida numa primeira fase (cerca
de 70% do percurso) e em velocidade lenta numa segunda fase. A velocidade de fecho de
cada uma das fases será ajustável.

Cada actuador será constituído essencialmente por um servomotor a óleo, um contrapeso, uma
unidade hidráulica e um quadro eléctrico de comando.

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IDRHa

A unidade hidráulica formará um conjunto compacto, composto por: um grupo electrobomba de


óleo, uma bomba manual de recurso, um reservatório de óleo, órgãos de controlo e distribuição
de óleo e dispositivo que permite a regulação da velocidade de fecho da válvula.

O quadro de controlo permitirá o comando da válvula localmente – através de botoneiras no


próprio quadro – e à distância.

7.2.2 - Outras válvulas

Todas as restantes válvulas motorizadas previstas na estação elevatória serão equipadas com
actuadores eléctricos, que permitirão o seu comando localmente e à distância.

À saída da estação elevatória, a jusante do medidor de caudal, foram previstas duas válvulas
de borboleta de diâmetro DN900, uma para cada bloco, equipadas com actuador eléctrico.
Essas válvulas irão possibilitar o isolamento da estação elevatória.

As duas válvulas de borboleta previstas na tubagem de enchimento das condutas dos blocos III
e IV, de diâmetro DN200, serão também manobradas por actuador eléctrico.

Na ligação do grupo de reserva aos colectores gerais de compressão dos blocos III e IV foram
instaladas duas válvulas de seccionamento de diâmetro DN400, do tipo de borboleta, com
órgão de manobra manual. Para manobra dessas válvulas com pressões equilibradas a
montante e a jusante, foi previsto um by-pass de ligação de diâmetro DN80. Essas válvulas
possuirão contactos de fim de curso, para as posições aberta e fechada.

Na ligação dos reservatórios hidropneumáticos às condutas gerais de compressão dos


respectivos blocos elevatórios, serão utilizadas válvulas de seccionamento do tipo borboleta de
diâmetro DN 500 com órgão de manobra manual, equipadas com fins de curso para as
posições aberta e fechada.

Na ligação dos reservatórios hidropneumáticos aos barriletes serão instaladas duas válvulas de
cunha de canhões curtos duas por cada reservatório hidropneumático.

7.3 - Tubagens

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As tubagens principais da Estação Elevatória do Ramalhão serão em aço e repartem-se pelos


seguintes conjuntos:

– condutas individuais de compressão dos grupos electrobomba da estação;

– condutas gerais de compressão dos blocos III e IV;

– tubagem de ligação aos reservatórios hidropneumáticos;

– tubagens acessórias;

– Barriletes para instalação do equipamento de comando dos níveis de água nos


reservatórios hidropneumáticos;

– tubagens nos troços de ligação às redes de rega dos blocos III e IV.

As condutas individuais de compressão, de diâmetro DN400, fazem a ligação dos grupos


electrobomba às condutas gerais de compressão dos dois blocos elevatórios. São equipadas
com uma válvula de borboleta e uma junta flexível flangeada, com uma picagem para medidor
de pressão e com uma derivação de DN25 munida de electroválvula para arejamento. Optou-
se pela utilização de uma junta do tipo flexível de forma a evitar naquele troço de tubagem a
introdução de esforços devidos às variações de temperatura. Em contrapartida, os impulsos
gerados nas extremidades desse troço terão de ser suportados quer pela bomba e quer pela
tubagem da conduta geral de compressão.

Os caudais bombados pelos diversos grupos electrobomba são reunidos em duas condutas
gerais de compressão: uma para o bloco III, que recebe dos grupos G1, G2, G3 e G4, e outra
para o bloco IV, ligada aos grupos G6, G7, G8 e G9. O grupo de reserva G5 possui ligação a
ambas as condutas.

As duas condutas gerais iniciam-se com diâmetro DN400, sofrendo diversas transições
sucessivas, para DN600, DN800 e DN900. Ainda no interior do edifício, cada conduta geral é
equipada com duas juntas flexíveis flangeadas, de diâmetros DN600 e DN900, montadas nos
troços entre maciços, e com uma derivação de DN200 para instalação de ventosa.

As duas condutas gerais de compressão desenvolvem-se depois no exterior do edifício da


estação, acima da plataforma de circulação, ao longo de cerca de 30 m até ao maciço de betão
terminal.

100
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No exterior do edifício da estação, cada uma das condutas gerais possui duas derivações de
diâmetro DN200, uma para ligação à tubagem de enchimento e outra para ligação à tubagem
de esgoto das condutas, e duas derivações de DN500 para ligação aos reservatórios
hidropneumáticos.

A ligação aos reservatórios hidropneumáticos é efectuada com uma tubagem de diâmetro


DN500, equipada com válvula de seccionamento de borboleta e respectiva junta de
desmontagem, e com derivação de DN100 para ligação à tubagem de esgoto dos
reservatórios.

Em cada conduta geral de compressão, a jusante dos reservatórios, foi previsto um medidor de
caudal de diâmetro DN700 munido de junta de desmontagem, obrigando à introdução de um
cone convergente e outro divergente para a sua instalação.

A jusante do medidor de caudal será instalada a válvula de borboleta de seccionamento geral,


de diâmetro DN900 e um medidor de pressão.

No exterior do edifício, cada conduta de compressão está equipada com duas ventosas de
DN200 e com um total de sete juntas mecânicas flexíveis e uma junta flexível flangeada (junto
à válvula de seccionamento geral, servindo também de junta de desmontagem).

Em ambos os colectores, foram previstas duas entradas de homem de diâmetro DN500, para
inspecção das condutas.

A jusante do maciço de betão terminal, é feita a transição para tubagem de ferro fundido dúctil,
que se desenvolve até aos pontos de ligação às redes de rega dos blocos III e IV.

Foram ainda previstos elementos de tubagem em aço, com diâmetro DN900 e DN1000, que
ficarão envolvidos em maciços de betão. Na tubagem de ligação ao bloco III e na travessia
sobre o canal principal foram previstas ventosas de DN200.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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7.4 - Reservatórios Hidropneumáticos e Sistema de Ar Comprimido

7.4.1 - Reservatórios hidropneumáticos

Para cada um dos blocos elevatórios foram previstos dois reservatórios hidropneumáticos, com
a dupla função de fornecer os pequenos caudais solicitados pela rede de rega e de servir de
dispositivo de protecção contra os regimes transitórios.

Os cálculos hidráulicos para a determinação da capacidade dos reservatórios


hidropneumáticos são apresentados no capítulo 6.

Cada reservatório terá uma capacidade de 70 m3 no bloco III, e de 80 m3 no bloco IV.

Os reservatórios previstos são de forma cilíndrica, com 4 m de diâmetro, montados com o seu
eixo principal na vertical, e ficarão instalados sobre uma plataforma de betão à cota (5,70).

Cada reservatório será equipado com uma derivação flangeada de diâmetro DN 500 para
ligação ao colector de compressão, um postigo de visita, manómetro, uma escada exterior com
guarda-corpos para acesso ao topo superior, uma válvula de segurança e uma derivação para
ligação à tubagem de ar comprimido.

Em cada bloco foi prevista uma tubagem de ligação entre os dois reservatórios, com diâmetro
DN100, para igualização de pressões.

Em cada reservatório serão instalados equipamentos para medição de pressão, de nível e de


temperatura.

Em cada bloco foi ponderada a instalação de um barrilete vertical com ligação aos dois
reservatórios onde será instalada toda a aparelhagem de medição de nível. Isso permitirá a
instalação de apenas um equipamento de medição por cada conjunto de dois reservatórios,
evitando assim a sua duplicação.

7.4.2 - Sistema de ar comprimido

Foi previsto um sistema de ar comprimido que permitirá o controlo do volume de ar existente


nos reservatórios hidropneumáticos.
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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O sistema de ar comprimido será constituído fundamentalmente por:

− dois compressores, cada um deles dispondo de um reservatório de acumulação de ar;

− uma rede de ar comprimido composta por: um circuito de ar para os reservatórios


hidropneumáticos do bloco III, um circuito de ar para os reservatórios do bloco IV e um
circuito de ar no interior do edifício.

Cada compressor alimentará os dois reservatórios hidropneumáticos de um bloco elevatório.


Em caso de avaria de um compressor, o outro garantirá a alimentação dos reservatórios
hidropneumáticos de ambos os blocos, através de uma interligação entre os dois circuitos.

7.4.2.1 - Compressores

Os dois compressores serão do tipo rotativo de parafuso, cada um deles com uma capacidade
de débito de 1,8 m3/min (FAD) e uma pressão máxima de 13 bar.

Cada compressor possuirá um reservatório de acumulação de ar com uma capacidade de


1,0 m3.

Cada compressor estará equipado com um quadro de comando próprio, que deverá dispor de
todos os equipamentos eléctricos de comando, de sinalização e de protecção do compressor.

Possuirá uma unidade electrónica para efectuar a monitorização e o controlo do compressor.

Em princípio, os compressores irão funcionar na gama de pressões entre 8,5 bar e 12 bar, que
deverá ser ajustada em função das características dos equipamentos que forem instalados.

7.4.2.2 - Rede de ar comprimido

A rede de ar comprimido será constituída por

− um circuito para bloco III, que se inicia no reservatório de acumulação do respectivo


compressor e termina na ligação aos reservatórios hidropneumáticos;

− um circuito para bloco IV, que se inicia no reservatório de acumulação do compressor


e termina na ligação aos reservatórios hidropneumáticos;

− um circuito de ar no interior do edifício.


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As tubagens de ar comprimido serão em aço inoxidável do tipo AISI 304, sem costura.

Nos circuitos para os reservatórios hidropneumáticos utilizar-se-á o diâmetro DN32 nas


tubagens principais e o diâmetro DN25 nas tubagens individuais para cada reservatório. No
circuito no interior do edifício a tubagem será de diâmetro DN25.

Todos os componentes serão para a classe de pressão PN16.

À entrada de cada circuito será montada uma válvula de isolamento.

Será igualmente instalado, à entrada de cada circuito, um regulador de pressão para limitar a
pressão a jusante a um valor máximo pré-regulado. Este será da ordem de 8 bar para os
circuitos dos reservatórios hidropneumáticos e de 6 bar para a rede interna da estação.

Foi prevista uma tubagem de interligação entre o circuito do bloco III e o circuito do bloco III,
equipada com válvula de isolamento, de forma a que, em caso de avaria de um compressor, o
outro possa garantir a alimentação dos reservatórios hidropneumáticos de ambos os blocos.

A tubagem individual de alimentação de cada reservatório hidropneumático estará equipada


com: uma válvula de isolamento, uma electroválvula para entrada de ar, uma electroválvula
para saída de ar, uma válvula de retenção e um depósito de condensados com válvula de
purga.

No interior do edifício foram previstas três tomadas de ar comprimido: uma no armazém, outra
no hall de descarga e montagem e outra no piso dos grupos electrobomba.

7.4.3 - Modo de funcionamento

O sistema de ar comprimido preconizado destina-se a controlar o volume de ar existente no


interior dos reservatórios hidropneumáticos.

Para isso, o autómato da estação deverá emitir ordens de abertura e de fecho às


electroválvulas de entrada e de saída de ar dos reservatórios hidropneumáticos, em função das
medidas de pressão e de nível de água nos reservatórios.

Os níveis e volumes de água previstos para os reservatórios estão indicados nos Quadros 7.1
e 7.2 seguintes.
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Para os vários valores de pressão existe um nível de água médio de referência, indicado nos
quadros em cima. Em torno desse nível é admitido um intervalo de tolerância, que será da
ordem de ± 0,12 m em relação ao valor de referência.

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Quadro 7.1 - Níveis de regulação dos reservatórios hidropneumáticos do bloco III.

COTA PIEZOMÉTRICA NÍVEL DE ÁGUA VOLUME DE AR

(m) (m) (m3)

Alarme alto --- 3.85 43.24

Paragem do grupo (funcionamento intermitente) 78.0 3.56 50.49

75.0 3.48 52.49

Regime permanente com caudal máximo 70.0 3.33 56.21

65.0 3.16 60.49

Arranque do grupo (funcionamento intermitente) 60.0 2.96 65.49

Alarme baixo --- 2.55 75.91

Nota: Estes valores foram obtidos considerando que os reservatórios têm um corpo cilíndrico de eixo vertical, diâmetro de 4 m,
altura de 5,6 m e a base (linha de intersecção do fundo copado com a secção cilíndrica) colocada à cota (6,70). Os níveis de água
são medidos em relação à base.

Quando, para uma determinada pressão verificada nos reservatórios, o nível de água desce
abaixo do limite mínimo admitido para essa pressão, deverá ser dada ordem de abertura à
electroválvula de saída de ar até que o nível de água atinja o nível de referência
correspondente à pressão medida.

Quando, para uma determinada pressão verificada nos reservatórios, o nível de água sobe
acima do limite máximo admitido para essa pressão, deverá ser dada ordem de abertura à
electroválvula de entrada de ar até que o nível de referência correspondente à pressão medida
seja atingido.

Este processo de regulação deverá ser executado quando o nível de água nos reservatórios se
encontrar estabilizado, o que em princípio acontecerá fora das gamas de caudal em que
ocorrem situações de arranques e paragens de grupos electrobomba.

Os valores de regulação indicados serão rectificados pelo Adjudicatário em função das


características dos equipamentos fornecidos e serão ajustáveis durante o período de
exploração.

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Quadro 7.2 - Níveis de regulação dos reservatórios hidropneumáticos do bloco IV.

COTA PIEZOMÉTRICA NÍVEL DE ÁGUA VOLUME DE AR

(m) (m) (m3)

Alarme alto --- 4.85 38.11

Regime permanente com caudal máximo 80.0 4.57 45.13

Paragem do grupo (funcionamento intermitente) 78.0 4.52 46.29

75.0 4.45 48.15

70.0 4.31 51.61

65.0 4.15 55.60

60.0 3.97 60.27

Arranque do grupo (funcionamento intermitente) 59.0 3.93 61.29

Alarme baixo --- 3.50 72.04

Nota: Estes valores foram obtidos considerando que os reservatórios têm um corpo cilíndrico de eixo vertical, diâmetro de 4 m,
altura de 6,4 m e a base (linha de intersecção do fundo copado com a secção cilíndrica) colocada à cota (6,70). Os níveis de água
são medidos em relação à base.

Em modo de comando automático, sempre que a pressão no inicio da rede ultrapasse o valor
máximo de alarme ou que o nível de água baixe do nível mínimo de alarme, os compressores
deverão receber ordem de paragem.

Quando a pressão à cabeça da rede de rega ultrapassar o valor máximo estabelecido, deverá
ser dada ordem automática de paragem ao compressor respectivo, quer esteja em modo de
comando automático quer manual.

7.5 - Equipamento de Elevação e Transporte

7.5.1 - Ponte rolante

Para montagem, desmontagem e manutenção dos equipamentos instalados na estação


elevatória, foi prevista uma ponte rolante com uma capacidade de carga de 5 t, para um vão de
9,4 m.

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A ponte rolante servirá o hall de descarga do edifício, todo o piso dos grupos electrobomba e a
zona dos quadros eléctricos e dos compressores.

A ponte será do tipo monoviga e terá o caminho de rolamento assente sobre viga contínua de
betão à cota (9,30).

A ponte rolante será comandada a partir de uma caixa suspensa, que poderá ser accionada a
partir do piso dos grupos.

7.5.2 - Diferencial manual

Foi previsto o fornecimento de um diferencial manual de 0,5 t para auxiliar na manobra de


descida e subida dos grupos electrobomba portáteis na câmara dos tamisadores e nas
câmaras de aspiração dos grupos.

O diferencial será engatado em carro de translação suspenso numa monoviga ou engatado


num tripé de suspensão.

7.6 - Sistema de Ventilação e Ar Condicionado

7.6.1 - Sistema de ventilação

Para dissipação do calor gerado e renovação do ar no interior do edifício da estação foi


previsto um sistema de ventilação constituído essencialmente por nove ventiladores axiais de
parede e um conjunto de grelhas de exterior.

O ar novo é captado directamente do exterior por ventiladores montados na parede do edifício,


conforme se indica nos desenhos.

Os ventiladores serão instalados em molduras metálicas para montagem nos vãos existentes e
terão as características principais seguintes:

Tipo.................................................. axial de painel, de média pressão


Caudal de ar unitário ....................... 12 000 m³/h
Pressão estática .............................. 150 Pa
Polaridade........................................ 2 pT
Potência instalada prevista.............. 1,5 kW
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O seu comando será manual ou automático, sendo o arranque e a paragem automática dos
ventiladores realizado através de três termóstatos de ambiente – um para cada três
ventiladores.

O ar quente sairá através de grelhas de exterior montadas em cada um dos nove vãos
existentes na parte superior da fachada oposta do edifício.

7.6.2 - Comando do sistema de ventilação

Conforme já foi referido, o comando do sistema de ventilação será manual ou automático.

Em funcionamento automático, os ventiladores serão comandados pelo autómato local previsto


no respectivo quadro de comando, em função dos termóstatos de ambiente e do
funcionamento dos grupos electrobomba da estação elevatória.

Os ventiladores só entrarão em serviço se houver pelo menos um dos grupos electrobomba


principais da estação em funcionamento.

Após o arranque de um dos grupos principais, a entrada sucessiva em funcionamento dos


ventiladores realizar-se-á de acordo com as condições de temperatura ambiental na sala dos
grupos.

Assim, se a temperatura detectada por um dos termostatos de ambiente for de 30ºC, entrarão
sucessivamente três ventiladores em funcionamento; se a temperatura subir até 35ºC
arrancarão sucessivamente mais três ventiladores; se a temperatura atingir os 40ºC entram em
serviço os restantes três ventiladores.

A paragem dos ventiladores realizar-se-á de uma forma automática, em sentido inverso, em


função do diferencial de temperatura ajustável adoptado e permitido pelos termostatos (por
exemplo, 4ºC).

Em caso de incêndio na estação, o sistema de detecção de incêndios desencadeará uma


ordem de paragem dos ventiladores.

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7.6.3 - Equipamento de ar condicionado

Na sala de comando da estação elevatória, será instalada uma bomba de calor do tipo mural
“split”, com uma capacidade frigorífica de 3 000 kcal/h.

7.7 - Central Hidropneumática

Na estação elevatória será instalada uma central hidropneumática que garantirá o


abastecimento da rede de serviço de água da estação.

A aspiração será feita na câmara de aspiração da tomada de água, com os níveis de água
entre as cotas (-0,70) e (+1,20). A central estará instalada no edifício da estação à cota (+2,50).

A central hidropneumática será constituída por dois grupos electrobomba, um reservatório


hidropneumático de membrana, um conjunto de tubagens e válvulas para a aspiração e
compressão dos grupos, e toda a instrumentação e aparelhagem de controlo.

A central terá capacidade para fornecer caudais até 2,4 l/s, com alturas de elevação entre 28 m
e cerca de 65 m.

A central funcionará de forma automática, em função da pressão atingida no reservatório


hidropneumático, e controlada por um quadro eléctrico próprio.

7.8 - Sistema de Enchimento das Condutas e Esgoto da Tomada de Água

Para permitir o enchimento das condutas dos blocos III e IV e o esgoto da tomada de água foi
previsto um grupo electrobomba auxiliar do tipo submersível.

O grupo ficará montado na câmara de aspiração da tomada de água, instalado sobre uma
soleira à cota (-3,20).

Este grupo auxiliar desempenhará as seguintes funções:

− enchimento das condutas dos blocos de rega III e IV, a partir da tomada de água,
instalando na estação elevatória uma cota piezométrica igual à cota do nível de água
na aspiração acrescida de pelo menos 18 m;

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− esgoto de toda a estrutura da tomada de água, até, pelo menos, ao nível (-2,50).

O grupo electrobomba terá capacidade para elevar um caudal de 120 l/s com uma altura de
elevação de cerca de 16 m.

Este grupo deverá poder fornecer caudais na gama entre aproximadamente 50 l/s e cerca de
150 l/s. Para 70 l/s a altura de elevação deverá ser de pelo menos 22 m. Para 145 l/s a altura
de elevação não deverá ser superior a 11,5 m.

O grupo auxiliar será equipado com uma válvula de retenção e estará ligado a dois circuitos de
tubagem independentes: o circuito de esgoto da tomada de água que descarrega os caudais
na vala de drenagem situada a sul da estação elevatória; o circuito de enchimento das
condutas que está ligado aos colectores gerais de compressão de ambos os blocos III e IV.

Em ambos os circuitos, as tubagens expostas serão em aço, enquanto que as tubagens


enterradas serão em ferro fundido dúctil com juntas de ligação auto-travadas.

7.9 - Grelha e Limpa-Grelhas

Tendo em conta a necessidade de garantir a protecção dos equipamentos da estação contra o


jacinto de água, algas e outros detritos, será instalada à entrada da tomada de água uma
grelha metálica, equipada com uma máquina limpa-grelhas de funcionamento automático.

As características principais da grelha são as seguintes:

Número de grelhas .................................................................... 1


Tipo............................................................................................ fixa, amovível
Largura do vão........................................................................... 5,00 m
Altura de grelha no plano........................................................... 3,85 m
Ângulo de inclinação com a horizontal ...................................... 65º
Distância entre barras................................................................ 50 mm
Cota da soleira........................................................................... (-1,00)
Caudal máximo.......................................................................... 3,05 m3/s
Nível de água a montante.......................................................... máximo: (+1,20)

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mínimo: (0,00)
Cota da plataforma de instalação do limpa-grelhas .................. (+2,50)

A altura indicada é medida no plano da grelha, desde a soleira até à plataforma de instalação
do limpa-grelhas.

A grelha é formada pelo tabuleiro e pelas peças fixas.

A máquina limpa-grelhas terá um funcionamento automático a partir da detecção de perda de


carga em função da colmatação da grelha e também por temporizador ajustável.

Os detritos a recolher pelo limpa-grelhas são sobretudo plantas aquáticas, folhas e materiais
não degradáveis.

O limpa-grelhas possuirá um quadro eléctrico próprio, que fará o seu comando automático e
que possibilitará também o comando manual.

Para remoção dos detritos, foi previsto um sistema com tapete rolante. O seu funcionamento
será temporizado e automático em função do funcionamento do limpa-grelhas.

Na parte lateral do canal de entrada, previu-se a instalação de uma caixa receptora dos detritos
transportados pelo tapete rolante.

7.10 - Sistema de Filtração

Para assegurar a filtração da água fornecida às redes de rega, optou-se por um sistema de
filtração em superfície livre.

A opção por este sistema, em detrimento de um dispositivo de filtração em pressão, foi


largamente tratada em estudos anteriores, nomeadamente na Nota Técnica 4.

O sistema previsto é constituído por dois tamisadores do tipo rotativo de banda contínua, que
possuirão as seguintes características principais:

Número de tamisadores ............................................................ 2


Dimensão da malha filtrante ...................................................... 2 mm
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Caudal máximo normal de cada tamisador ............................... 1,52 m3/s

Caudal máximo de ponta de cada tamisador ............................ 2,28 m3/s


Níveis de água a montante........................................................ máximo: (+1,20)
mínimo: (-0,10)
Cota da soleira da câmara de instalação .................................. (-2,30)
Cota da plataforma de manobra ................................................ (+4,70)
Largura da câmara de instalação .............................................. 5,0 m
Comprimento da câmara de instalação ..................................... 6,2 m
Largura do vão de saída............................................................ 2,2 m

Quando um dos tamisadores estiver fora de serviço, o caudal da estação elevatória deverá ser
limitado a 2,28 m3/s (cerca de 75% do caudal total), que equivale à capacidade máxima de
ponta de um tamisador.

O escoamento efectua-se do exterior para o interior da banda filtrante.

A velocidade máxima de filtração é de 0,20 m/s sendo a velocidade máxima admissível na


secção de saída de 1,20 m/s. Estes são valores geralmente admitidos pelos Fabricantes deste
tipo de equipamentos.

Os tamisadores limpos introduzem no circuito uma perda de carga inferior a 0,05 m. A perda de
carga máxima considerada para fixação dos níveis mínimos na aspiração dos grupos
electrobomba da estação foi de 0,6 m.

Sistema de lavagem

Cada tamisador será equipado com um dispositivo de lavagem, que terá um funcionamento
automático, em função da perda de carga ou por temporização, sendo também possível a sua
actuação manual.

Para medição da perda de carga, os tamisadores são equipados com medidores do nível de
água a montante e a jusante.

Um dispositivo de recolha orientará os detritos e a água de lavagem para caleiras previstas ao


nível da plataforma de manobra.
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O sistema de limpeza possuirá dois níveis de velocidade – baixa e alta – em função da perda
de carga que se verifica.

Será gerado um sinal de alarme quando a perda de carga nos tamisadores for elevada.

Em caso de perda de carga excessiva, passível de danificar o tamisador, será dada ordem de
paragem aos grupos electrobomba principais da estação elevatória.

Os tamisadores serão fornecidos com quadro eléctrico próprio, que permitirá o seu comando
em modo automático e em modo manual.

Sistema de fornecimento da água de limpeza

O sistema de fornecimento de água para limpeza previsto é constituído basicamente por um


conjunto de três grupos submersíveis instalados na tomada de água, a jusante dos
tamisadores e pelas respectivas tubagens de ligação aos tamisadores.

Cada grupo deverá ter capacidade para garantir a lavagem de um tamisador. O terceiro grupo
funciona como reserva mas alternará o seu funcionamento com os restantes.

O funcionamento dos grupos deverá ser automático, sendo o seu comando efectuado pela
detecção de pressão no interior de um balão hidropneumático inserido no circuito hidráulico do
sistema. Em alternativa, a ordem de arranque e paragem dos grupos poderá ser dada
directamente a partir do quadro de comando dos tamisadores em função da necessidade de
limpeza destes.

A título indicativo, as características principais do sistema serão as seguintes:

Número de grupos ..................................................................... 2+1


Caudal nominal de cada grupo.................................................. 12 l/s
Altura de elevação correspondente ........................................... 40 m

O sistema possuirá um quadro eléctrico próprio.

O Fornecedor dos tamisadores será o responsável pela configuração e fixação das


características do sistema de fornecimento de água de lavagem e pelo seu funcionamento de
acordo com as necessidades dos tamisadores.
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7.11 - Ensecadeiras e Órgãos de Manobra

7.11.1 - Ensecadeiras da tomada de água

Para a tomada de água serão fornecidas:

– Duas ensecadeiras à entrada da tomada de água, para permitir isolar toda a estação
elevatória;
– Três ensecadeiras, a montante dos tamisadores, que permitem obturar os vãos de
montante das câmaras dos tamisadores – uma câmara de cada vez – e do canal
central;
– Uma ensecadeira, a jusante dos tamisadores, que permite obturar o vão de jusante
das câmaras dos tamisadores ou do canal central – um de cada vez.

O fornecimento engloba seis tabuleiros de corrediça e dez jogos de peças fixas


correspondentes.

As características principais das ensecadeiras são as seguintes:

Número de tabuleiros ............................... 6


Número de jogos de peças fixas .............. 10
Tipo........................................................... corrediça
Largura do vão.......................................... 2,20 m
Altura do tabuleiro..................................... 3,80 m
Cota da soleira.......................................... à entrada da T.A.: (-1,00)
na zona dos tamisadores: (-2,30)
Nível de água máximo a montante ........... (+1,20)
Cota da plataforma de manobra ............... (+2,50)

Os tabuleiros serão iguais e poderão ser montados em qualquer um dos vãos indistintamente.

Para armazenamento das ensecadeiras foram previstas duas fossas de betão, localizadas à
entrada da tomada de água e a jusante dos tamisadores, no alinhamento dos vãos a obturar.

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Cada fossa foi prevista para albergar dois tabuleiros, ficando os dois restantes colocados nos
vãos do canal central entre tamisadores.

A manobra das ensecadeiras será efectuada por diferenciais eléctricos de monocarril. O


gancho dos diferenciais estará equipado com uma chumaceira que permitirá a rotação dos
tabuleiros e a sua introdução no interior das fossas.

Se, em situação de recurso, se pretender isolar as duas câmaras dos tamisadores


simultaneamente e efectuar o escoamento através do canal central, os dois tabuleiros previstos
à entrada da tomada de água poderão ser utilizados para esse efeito. Nesta situação será
necessária uma grua automóvel para transporte dos mesmos.

7.11.2 - Ensecadeiras das câmaras de aspiração dos grupos

Para permitir isolar as câmaras individuais de aspiração dos grupos principais da estação serão
fornecidas duas ensecadeiras de corrediça e nove jogos de peças fixas.

As características principais das ensecadeiras são as seguintes:

Número de comportas ............................................................... 2


Número de jogos de peças fixas ............................................... 9
Tipo............................................................................................ corrediça
Largura do vão........................................................................... 1,80 m
Altura do tabuleiro...................................................................... 4,00 m
Cota da soleira........................................................................... (-2,50)
Níveis de água máximo a montante .......................................... (+1,20)
Cota da plataforma de manobra ................................................ (+2,50)

Os dois tabuleiros serão iguais e poderão ser montados em qualquer um dos vãos
indistintamente.

Para armazenamento das duas ensecadeiras foi prevista uma fossa de betão, localizada
lateralmente no alinhamento dos vãos a obturar.

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A manobra das ensecadeiras será efectuada por um diferencial eléctrico, conforme se pode ver
nos desenhos. O gancho do diferencial estará equipado com uma chumaceira que permitirá a
rotação dos tabuleiros e a sua introdução no interior da fossa.

7.11.3 - Diferenciais de monocarril para manobra das ensecadeiras

Para manobra das ensecadeiras da tomada de água foram previstos quatro diferenciais
eléctricos, com uma capacidade de carga de 3,2 t.

Cada diferencial eléctrico deslocar-se-á suspenso numa monoviga fixada em cachorros de


betão.

O gancho dos diferenciais estará equipado com uma chumaceira de forma a permitir a rotação
dos tabuleiros das ensecadeiras e a sua introdução nas fossas de armazenamento.

Cada diferencial será comandado a partir de uma caixa suspensa, com botoneiras
correspondentes a todos os movimentos.

7.12 - Sistema de Drenagem das Fossas das Ensecadeiras

Em cada uma das três fossas de armazenamento das ensecadeiras será instalado um grupo
electrobomba submersível para drenagem das águas acumuladas e a respectiva tubagem de
descarga.

Cada grupo terá capacidade para um caudal de 6 l/s, com uma altura de elevação
correspondente de 7 m.

Os três grupos submersíveis a fornecer serão do tipo portátil, de reduzidas dimensões, mas
ficarão alojados em permanência no interior das respectivas fossas.

O comando dos grupos será automático, em função dos níveis de água atingidos nas
respectivas fossas de instalação, ou manual.

Para cada grupo será fornecida a respectiva tubagem, desde a ligação à saída da bomba até à
cota (+2,50) onde é feita a descarga para a tomada de água.

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A tubagem será de diâmetro DN 60, para a pressão máxima fornecida pela bomba, em material
plástico resistente ou metálico.

7.13 - Grupos Submersíveis Portáteis

Para o esvaziamento das câmaras de aspiração dos grupos principais da estação e das
câmaras dos tamisadores, em caso de operações de manutenção, serão fornecidos dois
grupos electrobomba submersíveis.

O primeiro terá capacidade para um caudal de 50 l/s, com uma altura de elevação
correspondente de 8 m.

O outro será para um caudal de 30 l/s, com uma altura de elevação correspondente de 8 m.

Os dois grupos submersíveis a fornecer serão do tipo portátil, de construção leve mas robusta,
e de reduzidas dimensões.

Para cada grupo deverá ser fornecida a respectiva tubagem, desde a ligação à saída da bomba
até à cota (+2,50) onde é feita a descarga.

7.14 - Equipamento de Medição

7.14.1 - Medidores de nível ultra-sónicos

Foram previstos dois medidores de nível, um para medição do nível de água no Canal Principal
e outro na câmara de aspiração.

Os medidores serão do tipo ultra-sónico, sendo constituídos por um sensor e por uma unidade
de controlo. Estará preparado para transmitir as medições de nível a um autómato.

O sensor ficará instalado numa estrutura de suporte metálica.

7.14.2 - Detectores de nível condutivos

Serão fornecidos três detectores de nível, a instalar nas fossas de armazenamento das
ensecadeiras.

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Cada equipamento permitirá a detecção de três níveis: nível para arranque da bomba
submersível, nível para paragem e nível de alarme.

Os detectores serão do tipo condutivo, de varetas, constituídos por uma sonda e por uma
unidade conversora.

7.14.3 - Medidores de caudal

Em cada bloco elevatório foi previsto um medidor de caudal a instalar na respectiva conduta
geral de compressão.

O medidor de caudal será do tipo electromagnético, constituído por um elemento primário


(sensor de medida), instalado na conduta, e por um elemento secundário (conversor de
medida).

Os medidores previstos possuem um diâmetro de DN 700, inferior ao diâmetro da conduta, por


forma a garantir uma boa precisão de medida mesmo para os caudais mais reduzidos.

O medidor de caudal transmitirá as medições a um autómato.

7.14.4 - Medidores de pressão

Foram previstos os seguintes medidores de pressão:

– nove medidores/transmissores digitais de pressão, sem display, a instalar nas


condutas individuais de compressão dos grupos electrobomba;
– dois medidores de pressão, com display, um em cada conduta geral de compressão.
– quatro manómetros com termo de aferição, um em cada reservatório hidropneumático;
– nove manómetros em banho de glicerina a instalar nas condutas individuais de
compressão dos grupos electrobomba.

Os medidores permitirão a medição de pressão na gama de –1,0 bar até 15 bar.

As medições serão para transmissão a um autómato.

7.14.5 - Medidores/transmissores tubulares de nível magnéticos

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Para instalar nos reservatórios hidropneumáticos serão fornecidos dois medidores de nível
tubulares do tipo flutuador magnético, acoplado com transmissor contínuo de nível e indicador
visual de palhetas, actuadas por influência do flutuador, incluindo, por unidade, quatro
contactos discretos de nível em redundância.

Estes serão constituídos essencialmente por um corpo tubular em aço inoxidável 1.4571, com
duas ligações flangeadas igualmente em aço inoxidável 1.4571 com flutuador magnético e uma
unidade transmissora.

As suas características principais são as seguintes:

Tipo............................................................................. magnético

Comprimento efectivo do medidor de nível ................ L = 6 m.l.

Diferença entre os níveis

máximo e mínimo a medir........................................... bloco III: ≅ 4 m

bloco IV: ≅ 5 m

Precisão...................................................................... ± 10 mm

Pressão....................................................................... PN 16

Sinal de saída ............................................................. 4 a 20 mA

Tensão de alimentação .............................................. 24 V c.c.

Cada medidor deverá incluir quatro contactos para indicação de alarme.

No quadro de alimentação do medidor deverá ser instalado um indicador digital para leitura do
valor medido.

7.14.6 - Medidores de temperatura

Foram previstos quatro equipamentos para medição da temperatura da almofada de ar dos


reservatórios hidropneumáticos.

Os medidores serão do tipo sonda Pt 100.

Os medidores transmitirão a temperatura a um autómato.

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8 - INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E


SUPERVISÃO

8.1 - Instalações Eléctricas

8.1.1 - Alimentação de energia

A Estação Elevatória do Ramalhão será alimentada pela rede de 30 kV da EDP – Distribuição


Área de Rede Oeste.

8.1.2 - Posto de Transformação e Seccionamento

Foi previsto para a estação elevatória a instalação de um posto de transformação e


seccionamento.

O posto de seccionamento será instalado num edifício pré-fabricado de betão armado, onde
ficarão instaladas as celas de 30 kV da EDP e a cela de protecção do cabo pertencente ao
Dono da Obra.

O posto de seccionamento terá duas portas, uma localizada dentro do recinto da estação, para
acesso do Dono da Obra e outra fora do recinto da estação, com acesso pela via pública,
destinada apenas à empresa distribuidora da energia – EDP. Deverá também existir um quadro
de contagem com porta transparente para permitir leituras pela via pública e deverá ser
instalada uma linha analógica para possibilitar a telecontagem da energia eléctrica.

O edifício deverá ser equipado com uma instalação de iluminação capaz de proporcionar um
nível de iluminação suficiente para verificação e manobras dos equipamentos.

A ventilação do posto de seccionamento será feita de modo natural através de grelhas de


entrada e saída de ar.

No posto de seccionamento, deverão ser instaladas todos os equipamentos necessários e


exigidos pela EDP, para que este seja inserido no sistema de supervisão e telecomando das
redes de M.T. da EDP, nomeadamente:

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- Uma URT (Unidade Remota de Telecomando);


- Um rectificador e bateria de 48 Vcc;
- Sistema de comunicações (a acordar com a EDP).

Todos os equipamentos a instalar no P.S. deverão respeitar as Especificações Técnicas da


EDP.

O tipo de comunicações a prever no P.S. deverá ser acordado com a EDP.

O posto de transformação será instalado no edifício da estação, e será constituído pelas celas
de 30 kV, dois transformadores de 30 / 0,690 kV de 2 000 kVA para alimentação dos grupos do
bloco de elevação III e de 2500 kVA para alimentação dos grupos do bloco de elevação IV.e
um transformador de 30 / 0,4 kV de 250 kVA para alimentação dos serviços auxiliares.

8.1.3 - Celas de 30 kV

O equipamento de 30 kV do posto de transformação e seccionamento será constituído por um


conjunto de celas metálicas pré-fabricadas, do tipo compartimentadas, para montagem interior,
modulares equipadas com aparelhagem fixa de corte em SF6.

Serão previstas com um sistema de encravamentos entre os vários órgãos e entre si de forma
a que sejam impedidas situações perigosas para as pessoas ou manobras perigosas para o
equipamento, nomeadamente no que respeita ao acesso às celas dos transformadores.

O acesso ao interior de qualquer das celas só poderá ser feito com todas as peças acessíveis
sem tensão. Para isso as celas deverão ser equipadas com encravamentos mecânicos
necessários à total segurança na exploração, nomeadamente:

− Entre o seccionador e o disjuntor, impossibilitando a abertura do seccionador com o


disjuntor ligado;

− Entre o seccionador e o seccionador de terra, impossibilitando o fecho deste com o


seccionador ligado;

− Entre o seccionador de terra e a porta de acesso à cela respectiva ou cela do


transformador, impossibilitando o acesso às referidas celas antes de fechar o
seccionador terra;

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− Entre o interruptor – fusível e a porta de acesso à cela respectiva ou cela do


transformador, impossibilitando o acesso às referidas celas antes de abrir o
interruptor – fusível.

As características eléctricas principais são as seguintes:

Tensão nominal ..................................................................30 kV


Tensão máxima ..................................................................36 kV
Frequência nominal ............................................................50 Hz
Tensão de ensaio à frequência industrial ...........................70 kV
Tensão de ensaio com onda de choque 1,2/50 µs.............170 kV
Intensidade de curto-circuito...............................................12,5 kA

Serão previstas as seguintes celas:

Posto de Seccionamento

− 2 celas de entrada;
− 2 celas de saída;
− 1 cela de interbarras;
− 1 cela de corte geral e contagem;
− 1 cela de ganho intercalar de barramento;
− 1 cela de protecção do cabo de saída.

Em cada uma destas celas será instalada a seguinte aparelhagem principal:

Celas de entrada

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 seccionador tripolar de terra;
− 3 caixas de cabo unipolares.

Celas de saída

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 seccionador tripolar de terra;
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− 3 caixas de cabo unipolares.

Cela de interbarras

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A.

Cela de corte geral e contagem

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 3 transformadores de intensidade(*), de relação de transformação 150/5 A;
30 0,1
− 3 transformadores de tensão(*), de relação de transformação kV;
3 3
− 3 amperímetros indicadores, com a escala 0-150 A;
− 1 voltímetro indicador, com a escala 0-40 kV;
− 1 comutador de voltímetro de 4 posições;
− 1 contador de energia ;activa(*);
− 1 contador de energia reactiva(*).
(*) estes equipamentos serão fornecidos pela EDP

Cela de ganho intercalar de barramento

− barramento tripolar para 630 A.

Cela de protecção do cabo de saída

− 1 seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 disjuntor tripolar, em SF6, com comando eléctrico, 630 A, 12,5 kA;
− 3 transformadores de intensidade, de relação de transformação 150/5 A;
− 1 seccionador tripolar de terra;
− 1 protecção de máxima intensidade instantânea/temporizada;
− 3 caixas de cabo unipolares.

Posto de Transformação

- 1 cela de corte geral;


- 2 celas de protecção dos transformadores 30 / 0,690 kV;

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- 1 cela de protecção do transformador 30 / 0,4 kV.

Em cada uma destas celas será instalada a seguinte aparelhagem:

Cela de corte geral

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 seccionador tripolar de terra;
− 3 caixas de cabo unipolares.

Cela de protecção do transformador 30/0,690 kV – 2000 kVA

− 1 seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 disjuntor tripolar, em SF6, com comando eléctrico, 630 A, 12,5 kA;
− 3 transformadores de intensidade, de relação de transformação 50/5 A;
− 1 seccionador tripolar de terra;
− 1 protecção de máxima intensidade instantânea/temporizada;
− 3 caixas de cabo unipolares.

Cela de protecção do transformador 30/0,690 kV – 2500 kVA

− 1 seccionador tripolar de corte em SF6, com comando eléctrico, 630 A;


− 1 disjuntor tripolar, em SF6, com comando eléctrico, 630 A, 12,5 kA;
− 3 transformadores de intensidade, de relação de transformação 75/5 A;
− 1 seccionador tripolar de terra;
− 1 protecção de máxima intensidade instantânea/temporizada;
− 3 caixas de cabo unipolares.

Cela de protecção do transformador 30/0,4 kV – 250 kVA

− 1 interruptor-seccionador tripolar de corte em SF6, 630 A, com comando eléctrico


combinado com fusíveis de alto poder de corte de 20 A;
− 1 seccionador tripolar de terra;
− 3 caixas de cabo unipolares.

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8.1.4 - Transformadores

Para a estação elevatória serão instalados dois transformadores 30/0,690 kV para alimentação
dos grupos.

O transformador TR1 para alimentar os grupos do bloco de elevação III e o transformador TR2
para alimentar o bloco de elevação IV.

Os transformadores serão trifásicos, em banho de óleo do tipo hermético, para montagem


interior, com as seguintes características:

Transformador - TR1

Este transformador alimentará o bloco de elevação III

Frequência nominal ......................................... 50 Hz


Potência nominal ............................................. 2000 kVA
Tensão nominal primária ................................. 30 kV ± 2x2,5%
Tensão nominal secundária............................. 690 V
Esquema de ligações ...................................... triângulo-estrela com neutro acessível
Grupo de ligações............................................ Dyn 5
Tensão de curto-circuito .................................. 6%
Refrigeração .................................................... ONAN

Transformador - TR2

Este transformador alimentará o bloco de elevação IV

Frequência nominal ......................................... 50 Hz


Potência nominal ............................................. 2500 kVA
Tensão nominal primária ................................. 30 kV ± 2 x 2,5%
Tensão nominal secundária............................. 690 V
Esquema de ligações ...................................... triângulo-estrela com neutro acessível
Grupo de ligações............................................ Dyn 5
Tensão de curto-circuito .................................. 6%
Refrigeração .................................................... ONAN

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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Será também instalado, na estação um transformador 30/0,4 kV para alimentação dos serviços
auxiliares.

Este transformador será trifásico, em banho de óleo do tipo hermético, para montagem interior,
com as seguintes características principais:

Frequência nominal ......................................... 50 Hz


Potência nominal ............................................. 250 kVA
Tensão nominal primária ................................. 30 kV ± 2x2,5%
Tensão nominal secundária............................. 400 V
Esquema de ligações ...................................... triângulo-estrela com neutro acessível
Grupo de ligações............................................ Dyn 5
Tensão de curto-circuito .................................. 5%
Refrigeração .................................................... ONAN

Os transformadores serão fornecidos com indicador de nível, válvulas para esvaziamento,


amostragem e circulação de óleo, secador de ar com sílica gel, protecção DGPT2, rodas
orientáveis em duas direcções perpendiculares, apoios para macacos, olhais de suspensão,
terminais para ligação à terra, chapa sinalética com as características especificadas, etc.

8.1.5 - Rede de cabos de 30 kV

A rede de cabos de 30 kV inclui as ligações entre as celas de 30 kV e os transformadores e


entre o posto de seccionamento e o posto de transformação.

Os cabos serão do tipo XHIV, com isolamento em polietileno reticulado dispostos em caleiras
ou entubados.

8.1.6 - Quadros Eléctricos

8.1.6.1 - Quadro dos grupos electrobomba

Para a alimentação dos grupos de cada bloco de elevação foi previsto a instalação de um
quadro eléctrico de 690 V.

Os quadros serão constituídos por um conjunto de painéis metálicos, para montagem no solo.

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Cada quadro será alimentado por um transformador de 30 / 0,690 kV.

Nestes quadros será instalada, para cada um dos grupos electrobomba, uma unidade de
monitorização para protecção de vibrações e temperatura. Esta unidade encontra-se descrita
no Capítulo 7.

De acordo com os esquemas unifilares, serão instalados em cada quadro, os seguintes


aparelhos principais:

Quadro dos grupos electrobomba do bloco de elevação III

Painel de entrada

− 1 disjuntor tripolar extraível, para 690 V, 2000 A, com comando eléctrico com poder
de corte de 40 kA;
− 3 transformadores de medida de intensidade, para 690 V, de relação de
transformação 2000/5 A, com um núcleo para medida (cl 0,5);
− 3 amperímetros indicadores com escala 0-2000 A, para ligação aos
transformadores de medida anteriores, para montagem encastrada;
− 1 voltímetro indicador, com escala 0-750 V, para montagem encastrada;
− 1 comutador de voltímetro de 4 posições;
− 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares.

Painéis de saída dos grupos electrobomba 400 kW (G1 e G4)

Para cada grupo electrobomba, será instalada a seguinte aparelhagem:

− 1 interruptor tripolar, 690 V, 630 A;


− 1 base tripolar porta-fusíveis, 690 V, 400 A;
− 3 corta-circuitos fusíveis de alto poder de corte, 400 A;
− 1 transformador de intensidade, tipo toro;
− 1 relé diferencial, 300 mA;
− 1 botoneira de impulso para arranque do grupo;
− 1 botoneira de impulso para paragem do grupo;
− 1 botoneira de impulso para paragem de emergência do grupo;
− 3 sinalizadores luminosos de grupo ligado, desligado e de disparo;
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− 1 potenciómetro para regulação da velocidade do grupo;


− 1 comutador unipolar, manual-0-automático.

Quadro dos grupos electrobomba do bloco de elevação IV

Painel de entrada

− 1 disjuntor tripolar extraível, para 690 V, 2500 A, com comando eléctrico com poder
de corte de 40 kA;
− 3 transformadores de medida de intensidade, para 690 V, de relação de
transformação 2500/5 A, com um núcleo para medida (cl 0,5);
− 3 amperímetros indicadores com escala 0-2500 A, para ligação aos
transformadores de medida anteriores, para montagem encastrada;
− 1 voltímetro indicador, com escala 0-750 V, para montagem encastrada;
− 1 comutador de voltímetro de 4 posições;
− 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares.

Painéis de saída dos grupos electrobomba 420 kW (G5 a G9)

Para cada grupo electrobomba será instalada a seguinte aparelhagem:

− 1 interruptor tripolar, 690 V, 630 A;


− 1 base tripolar porta-fusíveis, 690 V, 500 A;
− 3 corta-circuitos fusíveis de alto poder de corte, 500 A;
− 1 transformador de intensidade, tipo toro;
− 1 relé diferencial, 300 mA;
− 1 botoneira de impulso para arranque do grupo;
− 1 botoneira de impulso para paragem do grupo;
− 1 botoneira de impulso para paragem de emergência do grupo;
− 3 sinalizadores luminosos de grupo ligado, desligado e de disparo;
− 1 potenciómetro para regulação da velocidade do grupo;
− 1 comutador unipolar, manual-0-automático.

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8.1.6.2 - Quadro dos serviços auxiliares

Será instalado um quadro dos serviços auxiliares, que ficará instalado junto aos quadros dos
grupos e será também constituído por um conjunto de painéis metálicos para montagem no
solo.

Será alimentado por um transformador de 250 kVA, 30/0,4 kV e nele ficará instalada a
aparelhagem de manobra e protecção de todos os circuitos de iluminação, tomadas e força
motriz.

No quadro será instalada a seguinte aparelhagem principal:

Entrada

− 1 disjuntor tetrapolar, 400 V, 500 A, equipado com relés térmico e magnético e


bobine de disparo;
− 3 transformadores de intensidade de relação 500/5 A e com núcleo para medida
(cl 0,5);
− 3 amperímetros indicadores com escala 0-500 A, para ligação aos transformadores
de intensidade anteriores, para montagem embebida;
− 1 voltímetro indicador de escala 0-500 V, para montagem embebida;
− 1 comutador de voltímetro de 7 posições, para leitura das 3 tensões simples e das
3 tensões compostas;
− 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares para 230 V.

Circuitos de iluminação

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuitos de iluminação exterior

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor idêntico ao do circuito anterior;


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− 1 interruptor horário, 230 V, 16 A, com possibilidade de programação para 7 dias e


com reserva de marcha.

Circuito de tomadas de 400 V

− 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e


magnético e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuitos de tomadas de 230 V

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de tomadas de 24 V

− 1 interruptor unipolar de corte em carga, 230 V, 10 A;


− 1 base porta-fusível, 500 V, 2 A;
− 1 corta-circuitos fusível de alto poder de corte, classe gl, 2 A;
− 1 transformador 230/24 V, 400 VA, da classe II de isolamento.

Circuitos dos quadros das válvulas de seccionamento dos grupos

Em cada um destes circuitos instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuitos das electroválvulas

Em cada um destes circuitos instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 6 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA;

− 2 botoneiras de impulso para abrir e fechar a válvula;

− 3 sinalizadores para a tensão de 230 V de válvula aberta, fechada e avaria;


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− 1 comutador manual-0-automático.

Circuitos dos quadros dos compressores

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 63 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do quadro dos ventiladores

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 63 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do ar condicionado

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensivel à corrente defencial de 300mA.

Circuito do quadro da ponte rolante

− 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e


magnético e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito do quadro do equipamento exterior da T.A.

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 200 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito das caixas exteriores de tomadas

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 63 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do rectificador

− 1 disjuntor unipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do posto de seccionamento

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito da central de incêndios

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 10 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300mA.

Circuito da central de intrusão

− 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Circuito da unidade processadora local (Multiplexer)

− 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 10 A, equipado com relés térmico e magnético


e dispositivo sensível à corrente diferencial de 300mA.

Circuito das câmaras de vídeo

Em cada um destes circuitos instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

− 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Circuito do quadro dos equipamentos exteriores do Bloco de Elevação III

− 1 disjuntor diferencial tripolar, 400 V, 32 A, equipado com relés térmico e


magnético.

Circuitos dos quadros dos equipamentos exteriores do bloco de elevação IV

− 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Circuito do grupo auxiliar

− 1 interruptor diferencial tetrapolar, 400 V, 80 A;

− 1 base tripolar porta-fusíveis, 400 V, 63 A;

− 3 corta-circuitos fusíveis de alto poder de corte, 63 A;

− 1 contador de horas de funcionamento do grupo;

− 1 transformador da intensidade, de relação 75/5 A com núcleo para protecção


(cl 5P10);

133
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− 1 amperímetro indicador de escala motor 0-75/150 A para ligação ao transformador


de intensidade anterior, para montagem embebida;

− 1 arrancador automático estrela-triângulo equipado com relés térmicos e


temporização regulável entre 0,2 e 30 segundos, para funcionar com motor trifásico
de rotor em curto-circuito. 400 V, 30 kW;

− 1 botoneira de impulso para arranque do grupo;

− 1 botoneira de impulso para paragem do grupo;

− 1 botoneira de impulso para paragem de emergência do grupo;

− 3 sinalizadores luminosos de grupo ligado, desligado e disparo;

− 1 comutador manual-0-automático.

Circuito do quadro da central hidropneumática

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito da válvula de enchimento da conduta do bloco de elevação III

− 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e


magnético e com dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito da válvula de enchimento da conduta do bloco de elevação IV

− idêntico ao anterior.

Circuito das celas 30 kV

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do quadro dos grupos 690 V do bloco de elevação III

− 1 disjuntor idêntico ao anterior.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Circuito do quadro dos grupos 690 V do bloco de elevação IV

− 1 disjuntor tripolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do quadro dos serviços auxiliares 400 V - Comando

− 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Um dos painéis do quadro será para montagem do autómato.

Este quadro deverá ser equipado com descarregadores de sobretensões.

Neste quadro deverá ser previsto espaço para reservas.

Neste quadro serão instalados indicadores digitais para a visualização dos valores medidos
pelos equipamentos de medição.

Será instalado junto a este quadro um sistema de alimentação em corrente contínua para a
alimentação do autómato, das celas de 30 kV, dos medidores de pressão, quadro dos
ventiladores, quadros dos grupos e comando e espaço para reservas.

8.1.6.3 - Quadro dos equipamentos exteriores da tomada de água

Para a alimentação dos equipamentos instalados na tomada de água foi prevista a instalação
de um quadro, instalado dentro de um abrigo. Esse quadro será para fixação mural, saliente,
com comando e acesso à aparelhagem pela parte frontal.

Este quadro será alimentado a partir do quadro dos serviços auxiliares.

Neste quadro será instalado a seguinte aparelhagem:

Entrada

- 1 interruptor tetrapolar de corte em carga, 400 V, 200 A;


- 1 voltímetro indicador de escala 0 – 500 V, para montagem embebida;
- 1 contador de voltímetro de 7 posições, para leitura das 3 tensões simples e das
3 tensões compostas;
- 3 sinalizadores de base nas cores regulamentares para 230 V.
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Circuito de Iluminação do abrigo

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de iluminação do corredor

- 1 disjuntor idêntico ao do circuito anterior.

Circuito de tomadas de 230 V, do abrigo

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito do diferencial

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

- 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito do quadro do tamisador

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

- 1 disjuntor tripolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do quadro das bombas de limpeza do tamisador

- 1 disjuntor tripolar, 400 V, 63 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito das caixas de tomadas

- 1 disjuntor tripolar, 400 V, 63 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuitos dos grupos de drenagem – 3 kW

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

- 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético


dispositivo sensível à corrente diferencial;
- 1 contactor tripolar, 400 V, 16 A, com comando a 230 Vca, equipado com relés
reguláveis previstos para a protecção contra sobrecargas de motores trifásicos de 3 kW;
- 1 botoneira de comando de impulso para arranque do grupo;
- 1 botoneira de comando de impulso para paragem do grupo;
- 1 botoneira de comando de impulso para paragem de emergência do grupo;
- 1 contador de horas de funcionamento do grupo;
- 1 comutador manual-0-automático;
- 3 sinalizadores luminosos de grupo ligado, desligado e de disparo.

Circuito do quadro do limpa grelhas

- 1 disjuntor tripolar, 400 V, 32 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito do rectificador

- 1 disjuntor unipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético.

Circuito dos interruptores de nível de varetas

Em cada um destes circuitos, instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 10 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial 300 mA.

Neste quadro deverá ser previsto espaço para reservas.

Este quadro deverá ser equipado com descarregadores de sobretensões.

Neste quadro ficará instalado o autómato.

Neste quadro serão instalados indicadores digitais para a visualização dos valores medidos
pelos equipamentos de medição.

Será instalado junto a este quadro um sistema de alimentação em corrente continua para
alimentar o autómato e os medidores de nível.
137
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IDRHa

Comando dos grupos de drenagem de 3 kW

Cada grupo funcionará em função do interruptor de nível de varetas instalado no poço e o seu
comando será realizado pelo autómato local.

Todos os grupos de drenagem poderão ainda ser comandados manualmente por botoneiras
instaladas no quadro.

Para assinalar defeitos nestes sistemas de drenagem previu-se uma sinalização de nível de
alarme e de avaria dos grupos. Estes sinais deverão ser transmitidos ao autómato da estação.

8.1.6.4 - Quadro dos equipamentos exteriores do Bloco de elevação III

Foi previsto a instalação de um quadro eléctrico, para alimentar os equipamentos exteriores do


bloco de elevação III. Este quadro ficará instalado dentro de um abrigo no local indicado nas
peças desenhadas e será para instalação mural, saliente, com comando e acesso à
aparelhagem pela parte frontal.

Este quadro será alimentado a partir do quadro dos serviços auxiliares.

Neste quadro será instalada a seguinte aparelhagem:

Entrada

- 1 interruptor tetrapolar de corte em carga, 400 V, 32 A;


- 1 voltímetro indicador de escala 0-500 V, para montagem embebida;
- 1 comutador de voltímetro de 7 posições para leitura das 3 tensões simples e das
3 tensões compostas;
- 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares para 230 V.

Circuito da válvula de seccionamento da conduta

- 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético e


com dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de iluminação do abrigo

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 10 A, equiapdo com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de tomadas de 230 V do abrigo

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 220 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito da electroválvula de entrada de ar

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA;

- 2 botoneiras de impulso para abrir e fechar a válvula;

- 3 sinalizadores para a tensão de 230 V da válvula aberta, fechada e avaria;

- 1 comutador manual-0-automático.

Circuito da electroválvula de saída de ar

- 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Circuito rectificador

- 1 disjuntor unipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e dispositivo


sensível à corrente diferencial.

Neste quadro deverá ser previsto espaço para reservas.

Esse quadro deverá ser equipado com descarregador de sobretensões.

Neste quadro ficará instalado o autómato.

Neste quadro serão instalados indicadores digitais para a visualização dos valores medidos
pelos equipamentos de medição.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Será instalado junto a este quadro um sistema de alimentação em corrente continua para
alimentar o autómato, as sondas de temperatura, os medidores de pressão, os indicadores de
nível e o medidor de caudal.

8.1.6.5 - Quadro dos equipamentos exteriores do Bloco de elevação IV

Foi previsto a instalação de um quadro eléctrico, para alimentar os equipamentos exteriores do


bloco de elevação IV. Este quadro ficará instalado dentro de um abrigo no local indicado nas
peças desenhadas e será para instalação mural, saliente, com comando e acesso à
aparelhagem pela parte frontal.

Este quadro será alimentado a partir do quadro dos serviços auxiliares,

Neste quadro será instalada a seguinte aparelhagem:

Entrada

- 1 interruptor tetrapolar de corte em carga, 400 V, 32 A;


- 1 voltímetro indicador de escala 0-500 V, para montagem embebida;
- 1 comutador de voltímetro de 7 posições para leitura das 3 tensões simples e das 3
tensões compostas;
- 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares para 230 V.

Circuito da válvula de seccionamento geral da conduta

- 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 20 A, equipado com relés térmico e magnético e


com dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de iluminação do abrigo

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 10 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

Circuito de tomadas de 230 V do abrigo

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Circuito da electroválvula de entrada de ar

- 1 disjuntor diferencial bipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial de 300 mA.

- 2 botoneiras de impulso para abrir e fechar a válvula;

- 3 sinalizadores para a tensão de 230 V de válvula aberta, fechada e avaria;

- 1 comutador manual-0-automático.

Circuito da electroválvula de saída de ar

- 1 disjuntor idêntico ao anterior.

Circuito rectificador

- 1 disjuntor unipolar, 230 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e dispositivo


sensível à corrente diferencial.

Neste quadro deverá ser previsto espaço para reservas. Esse quadro deverá ser equipado com
descarregador de sobretensões.

Neste quadro ficará instalado o autómato.

Será instalado junto a este quadro um sistema de alimentação em corrente contínua para
alimentar o autómato, as sondas de temperatura, os medidores de pressão, os indicadores de
nível e o medidor de caudal.

8.1.6.6 - Quadro de ventiladores

Foi previsto a instalação de um quadro para alimentação dos ventiladores.

Este quadro será alimentado a partir do quadro dos serviços auxiliares da estação, e será para
fixação mural, saliente, com comando e acesso à aparelhagem pela parte frontal.

Neste quadro ficará instalada a aparelhagem de manobra e protecção dos circuitos dos
ventiladores e um autómato para comandar o funcionamento dos ventiladores.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Este autómato terá características idênticas aos autómatos previstos para o sistema de
automação da estação, dispondo de entradas/saídas necessárias para efectuar o comando dos
ventiladores, características adequadas ao tipo de operações a efectuar, ao volume de dados a
processar e à velocidade de processamento para o correcto funcionamento deste sistema e
equipado com portas de programação e comunicação.

No quadro 5 indicam-se as entradas/saídas e as sinalizações e comandos dos ventiladores a


serem realizados pelo autómato. Estas informações devem ser consideradas a título indicativo,
não sendo limitativas e devendo ser revistas em conformidade com os equipamentos
instalados.

O funcionamento do sistema de ventilação encontra-se descrito no capítulo respeitante ao


sistema de ventilação.

Os ventiladores poderão ainda ser comandados manualmente por botoneiras instaladas no


quadro.

No quadro será instalada a seguinte aparelhagem:

Entrada

- 1 interruptor tetrapolar de corte em carga, 400 V, 63 A;


- 3 sinalizadores de fase nas cores regulamentares para 230 V.

Circuitos dos ventiladores

Em cada um destes circuito instalar-se-á a seguinte aparelhagem:

- 1 disjuntor diferencial tetrapolar, 400 V, 16 A, equipado com relés térmico e magnético e


dispositivo sensível à corrente diferencial 300 mA;
- 1 contactor tripolar, 400 V, 16 A, equipado com relés reguláveis previstos para a
protecção contra sobrecargas de motores trifásicos de 1,5 kW;
- 1 botoneira de comando de impulso para arranque do ventilador;
- 1 botoneira de comando de impulso para paragem do ventilador;
- 1 contador de horas de funcionamento;
- 1 comutador manual-0-automático;
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

- 3 sinalizadores luminosos de ventilador ligado, desligado e disparo.

Circuito de comando

- 1 disjuntor unipolar, 230 V, 6 A, equipado com relés térmico e magnético.

8.1.7 - Conversores de frequência

Os grupos da estação elevatória funcionarão a velocidade variável. Será pois previsto um


conversor de frequência para cada um dos grupos.

Os conversores de frequência deverão permitir a regulação da velocidade em motores


assíncronos trifásicos de rotor em curto-circuito, com a potência de 400 kW e 420 kW à tensão
de alimentação de 690 V.

Os conversores de frequência serão do modelo ACS 800 da ABB ou equivalente.

A gama da variação da velocidade depende das características das bombas e da situação de


funcionamento da estação elevatória.

Os conversores deverão possuir protecções internas contra sobre intensidades, sobretensões


e defeitos à terra e deverão também assegurar as protecções dos motores, contra
sobrecargas, curto-circuitos, defeitos à terra e desequilíbrio de faces, deverão também ser
equipados com filtros para atenuar o conteúdo harmónico enviado para a rede.

Os conversores de frequência deverão estar preparados para fazer a compensação do


cosφ 0,98 e deverão permitir várias medidas dos motores que poderão ser visualizados no
painel de controlo, nomeadamente, velocidade do motor, tempo de operação do motor,
corrente, frequência, tensão de saída, binário, potência, consumo, etc.

8.1.8 - Cabos de baixa tensão

Os cabos de potência são em regra geral do tipo VV ou XV com o número de condutores e


secção adequada ao circuito respectivo.

Para evitar interferências electromecânicas os cabos de alimentação dos grupos electrobomba


serão blindados do tipo XHOV.
143
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Nos circuitos de medida deverão ser instalados cabos do tipo Liycy ou equivalentes.

Os cabos serão instalados em caleiras, fixadas às paredes ou instalados em prateleiras.

No exterior os cabos serão instalados em vala ou enfiados em tubos de PVC.

Os cabos quando instalados em vala deverão ser armados.

8.1.9 - Instalação eléctrica de iluminação e tomadas

Foi previsto uma instalação de iluminação e tomadas para a estação elevatória.

Para iluminação do hall dos grupos e da zona dos quadros previu-se a instalação de
armaduras abertas equipadas com uma lâmpada de vapor de sódio de alta pressão de 150 W.

Para a iluminação das restantes zonas da estação e montar-se-ão réguas estanques


equipadas com duas lâmpadas fluorescentes de 36 W.

Para iluminação da casa de banho, consideraram-se armaduras estanques tipo “olho de boi”
equipadas com uma lâmpada incandescente de 60 W e réguas estanques equipadas com uma
lâmpada fluorescente de 36 W.

No caso de falha total de energia, previu-se a instalação de armaduras de iluminação de


emergência equipadas com duas lâmpadas fluorescentes de 36 W e kit de emergência, com
autonomia de 1 hora.

Para a iluminação exterior do edifício da estação elevatória, considerou-se a montagem de


armaduras fechadas com difusor acrílico equipadas com uma lâmpada de vapor de sódio de
alta pressão de 70 W. Estas armaduras serão fixas às paredes exteriores do edifício da
estação. Este circuito será comandado por interruptor horário.

Os circuitos anteriores serão à vista estabelecidos em cabo VV de 2,5 mm² ou 4 mm2 de


secção.

Para a iluminação da plataforma da estação elevatória previu-se a instalação de armaduras


equipadas com lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão de 100 W, instaladas em colunas
de 7 m de altura útil. Este circuito será comandado por interruptor horário.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

As colunas serão metálicas, o acabamento será feito por galvanização por imersão a quente,
primário anti-corrosivo e tinta de acabamento de cor a definir, serão fixas em maciços de betão
e equipadas com eléctrodos de terra individual.

O circuito de iluminação da plataforma da estação será estabelecido em cabo VAV de 6 mm²


de secção, instalado em vala.

Na zona da tomada de água, no corredor entre os tamisadores, serão instaladas armaduras


tipo “olho de boi” equipadas com lâmpadas incandescentes de 100 W.

A aparelhagem de comando dos circuitos de iluminação será estanque, para montagem


saliente, calibrada para 16 A.

Para a realização de pequenos trabalhos, considerou-se a instalação de tomadas de 400 V,


230 V e 24 V.

O circuito de tomadas de 400 V será à vista, em cabo VV de 4 mm² de secção. Estas tomadas
serão estanques para montagem saliente, calibradas para 16 A, com bornes de neutro e terra e
providas de tampa.

Os circuitos de tomadas de 230 V serão estabelecidos à vista em cabo VV de 4 mm² de


secção. As tomadas, monofásicas de 16 A, terão borne de terra e tampa e serão estanques,
para montagem saliente.

O circuito de tomadas de 24 V, igualmente à vista, será estabelecido em cabo VV de 4 mm² de


secção. As tomadas serão monofásicas, calibradas para 16 A, estanques, para montagem
saliente e com tampa. Não terão borne de terra.

8.1.10 - Caixas de Tomadas

Junto à câmara dos tamisadores foi prevista a instalação de caixas de tomadas estanques.

As caixas de tomadas serão em poliester reforçado a fibras de vidro, estanques, com grau de
protecção IP65, com porta com fechadura, para montagem saliente na parede.

Serão equipadas com uma tomada monofásica de 16A/24V e 16 A/230 V e uma tomada
trifásica 32 A/400 V, com os respectivos aparelhos de corte e protecção.
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IDRHa

8.1.11 - Sistemas de Alimentação em Corrente Contínua

Para a alimentação dos circuitos de corrente contínua da estação elevatória previu-se o


fornecimento e montagem de um sistema de alimentação em corrente contínua.

Este sistema deverá ser instalado em anexo ao quadro dos serviços auxiliares.

Nos quadros que alimentam os equipamentos no exterior da estação, serão também instalados
sistemas de alimentação em corrente contínua, para a alimentação dos autómatos e dos
sensores.

Cada sistema será constituído uma bateria e por um carregador-rectificador. A bateria será de
chumbo, do tipo hermético, sem manutenção, para a tensão nominal de 24 V, com capacidade
mínima de 38 Ah/10h. Será montada no interior de uma caixa à prova de corrosão, para
montagem em parede. A bateria alimentará a instalação quando se verificar falha da rede.

O carregador será de operação automática, alimentado à tensão nominal de 230 V, 50 Hz, com
limitação automática da corrente de carga e funcionará em regime de carga flutuante da bateria
e alimentação dos circuitos externos.

Após descarga profunda, deverá poder ser feita a carga rápida da bateria, com selecção por
comando manual. Em serviço automático a carga será feita a corrente limitada (20% da
corrente nominal).

O carregador será instalado em quadro metálico de montagem em parede, sobre a bateria.


Conterá, além do equipamento de rectificação e controlo, um interruptor de corte geral,
lâmpadas de sinalização de tensão, voltímetro, amperímetro de zero central para a bateria,
amperímetro de saída, bem como equipamento auxiliar necessário ao seu correcto
funcionamento.

No quadro será instalado um relé de mínimo de tensão contínua, regulável entre 24 V e 18 V e


um relé de falta de tensão.

8.1.12 - Sistema de protecção contra descargas atmosféricas

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IDRHa

Será fornecido e instalado um sistema de protecção contra descargas atmosféricas, que será
constituído por um pára-raios do tipo piezoeléctrico montado sobre um mastro, de 6 metros de
altura, de aço galvanizado, instalado na cobertura do edifício da estação elevatória.

O pára-raios deverá proporcionar a protecção de toda a área do recinto da estação.

O pára-raios será ligado a um eléctrodo de terra próprio do tipo “pé de galo”. Este eléctrodo por
sua vez será ligado à malha geral de terras.

8.1.13 - Protecção contra sobretensões

Foi prevista a instalação de descarregadores de sobretensões nos quadros eléctricos, próximo


dos equipamentos de medida e instrumentação em geral, de forma a serem protegidas as
instalações contra sobretensões da origem atmosférica ou com origem na rede de alimentação.

8.1.14 - Terras

Serão instaladas duas terras distintas, a de serviço e a de protecção que terão eléctrodos de
terra independentes.
Terra de Protecção

• Será executado um anel de terra em fita de aço galvanizada 30 mm x


3,5 mm de secção, colocada ao alto nas fundações do edifício da estação
elevatória conforme se mostra no desenho respectivo;

• Será executado uma malha de aço embebida na laje do PT, acessível nos
pontos indicados no desenho respectivo;

• Serão instalados medidores/repartidores de terra, a instalar em vários pontos


da estação.

Terra de Serviço

• Constituída por eléctrodos de terra tipo “vareta”, em cabo de cobre nú, com
comprimento da ordem dos 2 m, enterrados verticalmente nas condições
regulamentares;

• Será instalado um medidor/repartidor de terras a instalar próximo dos


transformadores.
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IDRHa

A resistência de terra deverá ser menor ou igual a 1 ohm.

Ao circuito de terra de protecção ligar-se-ão todas as peças metálicas da instalação


normalmente não sob tensão, as portas de rede, os barramentos de terra dos quadros de B.T.,
etc.

Ao circuito terra de serviço serão ligados os neutros dos transformadores.

A protecção contra contactos indirectos será complementada pela utilização de protecções


sensíveis à corrente diferencial residual de defeito.

8.1.15 - Sistema de protecção contra intrusão

Será instalado no edifício da estação elevatória, um Sistema de Detecção de Intrusão, com


objectivo de proteger as instalações contra intrusão e roubo.

Este sistema será constituído por:

- 3 detectores de infravermelhos instalados no interior da estação;


- 5 contactos magnéticos nas portas de acesso;
- 2 teclados de controlo com código, para desactivar o sistema de alarme contra
intrusão, junto às portas;
- uma sirene exterior que entrará em funcionamento em caso de alarme;
- uma central de intrusão, a instalar na sala de comando, que fará os controlos
necessários do equipamento, e ao receber qualquer sinal de alarme dos
detectores, enviará essa informação ao autómato da estação elevatória, no local
entrará igualmente em funcionamento uma sirene.

A central deverá receber todas as informações vindas das várias zonas, e transmiti-las aos
operadores visual e acusticamente, será a partir deste equipamento que deverá ser feita toda a
parametrização e operações do sistema.

A distribuição deste equipamento está representada no desenho respectivo.

8.1.16 - Sistema de detecção e extinção de incêndios

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IDRHa

Foi prevista para a estação elevatória o fornecimento de um sistema de Detecção Automática


de Incêndios.

Não foi prevista uma extinção automática mas apenas o fornecimento de 6 extintores manuais.

Para o sistema de detecção automática de incêndios prevê-se um sistema constituído pelos


seguintes elementos:

− 1 detector linear de fumos, cobrindo a zona dos grupos electrobombas;


− 5 detectores ópticos de fumos, cobrindo a zona dos equipamentos eléctricos;
− 3 botões de alarme manual junto às portas de saída;
− 2 sirenes que entram em funcionamento em caso de alarme;
− 1 central de incêndio, a instalar na sala de comando, que fará os controles
necessários do equipamento e ao receber qualquer sinal de alarme dos selectores
transmitirá essa informação ao autómato.

A central deverá receber todas as informações vindas das várias zonas, e transmiti-las aos
operadores visual e acusticamente, será a partir deste equipamento que deverá ser feita toda a
parametrização e operações do sistema.

A distribuição deste equipamento está representada no desenho respectivo.

8.1.17 - Sistema de CCTV

Foi previsto para a estação elevatória o fornecimento de um sistema de CCTV equipado com 8
câmaras de vídeo. Estas câmaras deverão ser fixas e a preto e branco, sendo 3 de interior e 5
de exterior.

Será instalado também um equipamento que reunira as características conjuntas de um


multiplexer, com entradas de alarme independentes por câmara, e de um gravador acoplado,
tudo num único dispositivo e um monitor adequado para visualização das imagens em
mosaico.

As câmaras de vídeo para o exterior, deverão ser instaladas numa caixa com sistema de
desembaciamento e com índice de protecção IP65.

149
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

As câmaras de vídeo estarão sempre em funcionamento podendo-se da sala de comando


visualizar a qualquer instante todas as imagens.

A distribuição deste equipamento está representada no desenho respectivo.

MULTIPLEXER/GRAVADOR

Este equipamento deverá ter a capacidade para processamento até 9 câmaras e permitir a
ligação a um monitor. O software para controlo interno das funções de todo o sistema deverá
estar integrado no CPU do equipamento.

Esta unidade deverá assegurar as seguintes funções:

− visualização de imagens;

− selecção de câmara;

− visualização sequências de imagem.

Deverá também proceder à gravação das imagens captadas, armazenando-as no seu disco e
permitindo a exploração das informações de alarmes e a realização de telecomandos.

Deverá ser instalado um monitor para visualização das imagens.

Este sistema deverá admitir vários modos de exploração, nomeadamente:

− aplicação exclusivamente local para televigilância e gravação;

− aplicação local com supervisão remota a partir de um futuro centro de comando.

O equipamento é composto por:

− uma base de PC e monobloco tipo Tower;

− um monitor;

− teclado;

− conjunto de programas de exploração.

Os programas de exploração deverão permitir:

150
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− Gestão e controlo das imagens de vídeo;

− Multiplexagem e mosaico de 4,9 ou 16 imagens;

− Visualização sequencial;

− Definição do tipo e qualidades de imagens a registar em disco;

− Definição do tempo de gravação em alarme;

− Gestão e ocupação do disco;

− Funções estatísticas de pesquisa do disco segundo dia e hora.

Permitir a transmissão à distância das imagens para um futuro centro de comando.

8.1.18 - Instalações eléctricas dos abrigos

Foram previstos três abrigos, nos locais indicados nas peças desenhadas, onde serão
instalados os quadros eléctricos que alimentam os equipamentos do exterior.

Para cada um destes abrigos foi prevista uma instalação de iluminação e tomadas.

Os aparelhos de iluminação a instalar nestes locais serão réguas estanques equipadas com
duas lâmpadas fluorescentes de 36 W e balastro de alto factor de potência e armaduras tipo
“olho de boi”, estanques com difusor, equipadas com uma lâmpada incandescente de 100 W.

A aparelhagem de comando dos circuitos de iluminação, será estanque para montagem


saliente.

Considerou-se uma instalação de tomadas monofásicas 230 V, 16 A, com borne de terra e


tampa e serão estanques para montagem saliente.

Nestes locais os circuitos eléctricos serão estabelecidos à vista a cabo VV fixados por meio de
braçadeiras com o número de condutores e secção adequada.

151
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

8.2 - Sistema de Automação e Supervisão

8.2.1 - Introdução

Pretende-se dotar a Estação Elevatória do Ramalhão, de um Sistema de Automação e


Supervisão que permita o seu funcionamento em regime abandonado.

O Sistema de Automação e Supervisão será constituído pelo principais componentes:

− Autómato programável, devidamente programado, a instalar em painel próprio;

− Um posto de supervisão local, composto por um PC e impressora, e um software


adequado para aquisição e controlo de dados provenientes do autómato
programável, instalado na sala de comando;

− Rede de comunicações interligando o autómato e o posto de supervisão;

− Unidades remotas, devidamente programadas, instaladas nos quadros de exterior


e as suas ligações ao autómato principal.

Este sistema deverá permitir no posto de supervisão local:

− Disponibilizar todas as informações possíveis sobre o funcionamento da estação


elevatória em tempo real e histórico;

− Disponibilizar meios de actuação sobre todos os equipamentos comandáveis;

− Permitir o comando e visualização remota para o futuro centro de comando.

O autómato será responsável pela:

− Aquisição de dados dos equipamentos necessários para o comando dos grupos de


cada bloco de elevação, das válvulas de seccionamento/retenção dos grupos, das
electroválvulas dos Rac’s, do grupo de enchimento das condutas e esgoto da
tomada de água e das válvulas de enchimento das condutas;

− Aquisição de dados das unidades remotas instaladas no exterior;

− Aquisição de dados do sistema de incêndio e intrusão;

− Aquisição de dados do autómato do sistema de ventilação;

152
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− Actuação nos equipamentos da estação;

− Actuação das sinalizações locais;

− Aquisição de todos os dados necessários dos equipamentos instalados na


estação.

O autómato deverá ter a possibilidade de arranque após falha de energia, verificando quais as
novas condições de funcionamento da instalação.

O autómato será instalado num dos painéis do Quadro dos Serviços Auxiliares da Estação
Elevatória. Na zona frontal, do painel do autómato será rasgado existindo uma janela de
acrílico transparente visualizando-se o estado das sinalizações do autómato.

A unidade de supervisão será instalada na sala de comando da estação elevatória.

A alimentação do autómato será assegurada por uma saída de 24 V dc do Quadro dos


Serviços Auxiliares de C.C.

Nos Quadros 1, 2, 3, 4 e 5 indicam-se as entradas/saídas e as sinalizações e comandos dos


equipamentos da estação a serem realizadas pelos autómatos.

Estas informações devem ser consideradas a título indicativo, não sendo limitativas e devendo
ser revistas em conformidade com os equipamentos a instalar.

Os autómatos deverão ter 20% de reserva equipada de entradas/saídas.

8.2.2 - Modos de Exploração e Condução da Estação Elevatória

Todo o sistema deverá funcionar abandonado, contudo será concebido e configurado de forma
a possibilitar que a estação elevatória seja supervisionada por um posto de supervisão local e
futuramente por um centro de comando centralizado.

Deverão existir os seguintes modos de funcionamento na estação:

Quanto à origem dos comandos sobre a instalação (tipo de comando):

− Por operador externo ao sistema: Manual

153
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− Pelo próprio sistema: Automático

Quanto ao posto a partir do qual o operador externo ao sistema pode actuar sobre o sistema:

− Através dos quadros associados a cada equipamento: Local

− Através da unidade da Supervisão local: Distância

O autómato ao ser ligado e após cumprir com sucesso as suas operações de auto-teste,
deverá ficar em modo Manual/Local.

Modo Automático

Neste modo toda a instalação opera automaticamente segundo rotinas pré-definidas na


programação do Autómato e Posto de Supervisão.

Haverá no entanto neste modo, a possibilidade de intervenção do operador no Posto de


Supervisão, no sentido de actuar sobre o funcionamento da instalação.

Os níveis da intervenção do operador serão restritos, mediante a introdução de códigos de


acesso ao sistema.

Modo Manual / Distância

Este modo de funcionamento é seleccionado no Posto de Supervisão, e permite comandar


deste posto qualquer elemento da estação elevatória no sentido de alterar o estado de
funcionamento do mesmo, sendo no entanto respeitados os encravamentos de segurança com
equipamento adjacentes.

A transição de um ou mais elementos da instalação a distância / manual permite que esta


possa continuar a funcionar em automático, em zonas não influenciadas pelas passagens a
este modo.

154
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Modo Manual / Local

A operação sobre este modo implicará a selecção da posição manual no comutador (com
chave) manual / automático localizado no Quadro Eléctrico do respectivo elemento. Esta
operação deverá gerar uma entrada digital no autómato e consequentemente uma sinalização
no Posto de Supervisão.

O Posto de Supervisão deverá autorizar mediante código de acesso ao sistema, a passagem


em modo local / manual do elemento respectivo, através de uma saída digital do autómato que
validará electricamente os comandos locais.

O comando do elemento passará a ser efectuado através de botoneiras instaladas no quadro


eléctrico.

Deverão existir, também, localmente botoneiras de paragem de emergência, cuja actuação


implicará a desactivação do elemento respectivo. Esta acção deverá ser reportada ao posto de
supervisão sob a forma de um alarme.

Deverá existir, também, o modo “desligado”, que corresponde à inibição de qualquer tipo de
operação quer em modo manual quer em modo automático.

Cada equipamento a comandar pelo sistema de comando deverá ser equipado com um
comutador em conformidade.

8.2.3 - Autómato e Unidades Remotas

O autómato e as unidades remotas deverão ser de construção modular, utilizando


preferencialmente uma estrutura de apoio de racks de 19”, de fácil expansão futura e de marca
reconhecida.

Módulos Principais

Unidade de Alimentação

- Tensão de entrada: 24 V dc ±2%

- Sinalização de ligado/desligado: por led

155
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Unidade de Processamento

Esta unidade deverá satisfazer os seguintes requisitos:

- Características adequadas ao tipo de operações a efectuar, ao volume de dados a


processar e à velocidade de processamento para o correcto funcionamento do
sistema;

- Permitir ligação às unidades de programação;

- Ter sinalização luminosa individualizada para indicação de avaria;

- Possibilidade de arranque do autómato após falha de alimentação;

- Manutenção de um ficheiro cronológico de dados de ocorrência durante um


determinado tempo (a propor pelo concorrente);

- Espaço de reserva para permitir modificações nos programas originais.

Unidade de Vigilância (watchdog)

Esta unidade fará a supervisão do funcionamento do autómato, dando informação para o


exterior de sinalização de avaria.

Em caso de defeito interno o autómato deverá bloquear as saídas e comutar-se para o modo
manual.

Módulos de I/O (Entradas/Saídas)

- Entradas analógicas 4-20 mA para uma resolução de 12 bits;

- Entradas digitais a 24 V dc;

- Saídas digitais a 24 V dc;

- Saídas analógicas 4-20 mA, com resolução a 12 bits;

- Isolamento galvânico das entradas e saídas;

156
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

- Os módulos devem estar equipados com sinalização luminosa de operação em


cada Entrada/Saída, com encravamento mecânico para evitar a troca indevida de
módulos de tipos diferentes;

- Possibilidade de instalação e retirada de uma carta sem necessidade de alteração


na instalação de cabos de ligação;

- Todos os acessórios necessários ao funcionamento de todo o sistema, devem ser


incluídos.

O número de Entradas e Saídas por carta não deverá ser, preferencialmente inferior a 16. Por
cada entrada ou saída, haverá na carta, a respectiva sinalização de actuação.

Deverão ser fornecidas as cartas de Entradas/Saídas necessárias ao projecto, acrescidas de


20% de reserva.

Programação

O autómato e as estações remotas deverão processar em simultâneo programas de


informação (aquisição e transmissão de dados) e programas de comando.

A programação do autómato será feita a partir de consola apropriada ou através de um


computador portátil.

Salvaguarda de programas através de pilha de lítio, de longa duração.

Os programas de comando a ser considerados para o autómato são:

− Arranque / paragem dos grupos electrobomba dos dois blocos de elevação e


regular a velocidade de cada grupo de acordo com as situações de funcionamento
da estação;

− Abertura / fecho das válvulas de seccionamento/retenção dos grupos;

− Abertura / fecho das electroválvulas de entrada e saída de ar dos Rac’s, em


função das medidas de temperatura, pressão e nível nos reservatórios;

− Arranque do grupo auxiliar em função de ordem externa dada pelo operador e


paragem automática do grupo em função do valor da pressão nas condutas;
157
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

− Abertura / fecho das válvulas de enchimento das condutas;

− Paragem de emergência dos compressores em função das medidas de pressão e


nível nos RAC’s.

Estes comandos encontram-se descritos nos capítulos respeitantes a cada equipamento.

De uma forma geral, sempre que se verifiquem situações de alarme que conduzam à paragem
de um dos blocos de elevação ou a uma paragem total da estação, o autómato só deverá
iniciar o funcionamento da instalação com ordem externa de um operador, sendo esta ordem
dada na unidade da supervisão local ou no futuro centro de comando.

Além dos programas de comando específicos o autómato deverá tratar a sinalização


reagrupada dos defeitos da instalação, alarmes e o estado dos equipamentos, de forma a
transmitir estas informações para a unidade de supervisão local ou para um futuro centro de
comando, e aceitará comandos directos da unidade de supervisão local a reproduzir na
instalação.

As unidades remotas deverão transmitir as informações de estado dos equipamentos


exteriores que lhes estão associado e receber ordens de comando do autómato instalado na
estação.

A unidade remota instalada na tomada de água deverá comandar o funcionamento das


bombas de drenagem e função dos níveis de água no poço.

8.2.4 - Sistema de Supervisão

Na Sala de Comando da estação, será instalado uma unidade de supervisão, constituída


basicamente por um computador, uma impressora A3 e respectivos acessórios.

Este equipamento será alimentado através de uma unidade estática de alimentação sem
interrupção (UPS) monofásica, que assegurará alguma autonomia a este sistema. Esta
unidade deverá ter a potência mínima de 2,2 kVA e uma autonomia à carga nominal de 30
minutos.

158
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

No computador da unidade da supervisão, será instalado um “software” de supervisão


adequado a este tipo de instalações para operação a tempo real e deverá ter as seguintes
características principais:

− Aquisição e tratamento de dados;

− Representação gráfica das instalações e animação em tempo real dos órgãos da


instalação;

− Actualização do estado das variáveis em tempo real;

− Execução do comando sobre os órgãos da instalação;

− Gestão de alarmes, onde se inclui, impressão e armazenamento em disco;

− Traçado de curvas tendência de variáveis analógicas e armazenamento em disco


de histórico das mesmas;

− Geração de relatórios sobre dados relevantes de exploração da estação.

Disporá de écrans e janelas que permitirão visualizar cada uma das zonas a operar e
possibilitará a execução de opções de funcionamento.

Todas as medidas do sistema serão apresentadas em janelas de operação. Serão associados


em grupos coerentes de forma a visualizar a evolução de cada zona de instalação. As medidas
serão armazenadas em disco rígido, podendo a qualquer altura ser recuperadas para o écran,
dispondo-se assim de informação histórica sobre o comportamento da instalação.

Deverão poder ser impressos relatórios de explorações, em que as variáveis serão tratadas de
modo a fornecer informações, tais como, consumos, médias, valores máximos e mínimos.

A programação deste sistema deverá ser antecedida de um estudo prévio sobre a forma de
exploração da instalação. Este estudo deverá ser estabelecido com o Dono da Obra, a quem
competirá a aprovação do projecto do programa a propor pelo Adjudicatário.

O Sistema Informático de Supervisão, integrará o respectivo software num terminal constituído


por um computador e uma impressora A3 a cores com características adequadas a este tipo de
sistema.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Os operadores terão a possibilidade de intervenção aos diferentes níveis da instalação


mediante a introdução de códigos de acesso no sistema.

160
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Celas de 30 kV
Disjuntor protecção cabo
Aberto X X X
Fechado X X X
Disparo X X X
Abrir X
Fechar X
Cela corte geral
Interruptor-seccionador
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Transformador TR1
Disjuntor
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Actuação do relé de
X X X
máxima intensidade
Actuação DGPT2 X X X
Transformador TR2
Disjuntor
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X

161
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Transformador TR2 (cont.)
Fechar X
Actuação do relé de
X X X
máxima intensidade
Actuação DGPT2 X X X
Transformador dos S.A.
Interruptor
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Disparo do fusível X X X
Actuação do DGPT2 X X X
Quadro dos grupos
690 V - B.E. III
Disjuntor de entrada
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Presença de tensão
X X X
690 V
Presença de tensão
X X X
de comando
GRUPO 1
Manual X X X X X
Automático X X X X X

162
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 1 (cont.)
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de
X X X X X
rotação do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 2
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X

163
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 2 (cont.)
Paragem X X X
Velocidade de
X X X X X
rotação do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura nos
X X X
enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 3
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de
X X X X X
rotação do motor

164
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 3 (cont.)
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 4
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de
X X X X X
rotação do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X

165
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 4 (cont.)
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
Quadro dos grupos
690 V – B.E. IV
Disjuntor de entrada
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Presença de tensão
X X X
690 V
Presença de tensão
X X X
de comando
GRUPO 5
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X

166
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 5 (cont.)
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de
X X X X X
rotação do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 6
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X

167
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 6 (cont.)
Velocidade de rotação
X X X X
do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 7
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de rotação
X X X X
do motor
Disparo das protecções X X X

168
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 7 (cont.)
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 8
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Velocidade de rotação
X X X X
do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X

169
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 8 (cont.)
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
GRUPO 9
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X

170
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
GRUPO 9 (cont.)
Velocidade de rotação
X X X X
do motor
Disparo das protecções X X X
Paragem de emergência X X X X X
Grupo disponível X X X
Avaria X X X
Alarme de temperatura
X X X
nos enrolamentos do motor
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de temperatura nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de temperatura na
X X X
chumacheira da bomba
Alarme de vibrações nas
X X X
chumacheiras do motor
Alarme de vibrações na
X X X
chumacheira da bomba
Válvulas de seccionamento
dos grupos

171
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Válvula do Grupo 1
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 2
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 3
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X

172
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Válvula do Grupo 4
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 5
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 6
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X

173
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Válvula do Grupo 7
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 8
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula do Grupo 9
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X

174
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Electroválvulas dos grupos
Electroválvula do Grupo 1
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 2
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 3
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X

175
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Electroválvula do Grupo 3 (cont.)
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 4
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 5
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 6
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X

176
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Electroválvula do Grupo 6 (cont.)
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 7
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 8
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula do Grupo 9
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X

177
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Electroválvula do Grupo 9 (cont.)
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula de ligação do Grupo de
reserva ao Bloco III
Aberta X X
Fechada X X
Válvula de Ligação do Grupo de
Reserva ao Bloco IV
Aberta X X
Fechada X X
Medidor de pressão
Grupo 1
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 2
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 3
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 4
Medida de pressão X X X

178
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Medidor de pressão
Grupo 4 (cont.)
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 5
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 6
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 7
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 8
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
Grupo 9
Medida de pressão X X X
Defeito X X X
Central Hidropneumática
Funcionamento X X X
Parada X X X
Defeito X X X

179
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Válvula de enchimento
da conduta do B.E. III
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Válvula de enchimento
da conduta do B.E. IV
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Compressor 1
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X

180
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Compressor 1 (cont.)
Paragem de Emergência X X
Manual X X X X
Automático X X X X
Compressor 2
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Paragem de Emergência X X
Manual X X X X
Automático X X X X
GRUPO AUXILIAR
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Defeito X
Avaria X X X
Válvula de Entrada do Circuito de
Enchimento das Condutas
Aberta X X

181
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL
QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Válvula de Entrada do Circuito de
Enchimento das Condutas (cont.)
Fechada X X
Válvula de Entrada do Circuito de
esgoto da T. A.
Aberta X X
Fechada X X
Sistema de Detecção de
Incêndios
Alarme X X X
Avaria da central X X X
Silenciamento da central X X X X
Reposição da central X X X X
Sistema de Detecção de Intrusão
Alarme X X X
Avaria da central X X X
Silenciamento da central X X X X
Reposição da central X X X X
Comandos Gerais
Modo de funcionamento manual X X X X X
Modo de funcionamento
X X X X X
automático
Quadro dos Serviços Auxiliares
Presença de tensão X X X
Alimentação do conversor AC/DC X X X
Presença de tensão 24 vc.c X X X
Disjuntor de entrada
Aberto X X X

182
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO PRINCIPAL

QUADRO 1 (cont.)

Autómato Sinalização Comando


Designação Unidade Unidade
ED SD EA SA Quadro Quadro
supervisão supervisão
Disjuntor de entrada (cont.)
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X

ED – Entrada digital
SD – Saída digital
EA – Entrada analógica
SA - Saída analógica

183
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQ. EXT. DA T.A.
QUADRO 2

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO
Interruptor de entrada
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Presença de tensão X X X
Alimentação do conversor
AC-DC X X X
Presença de tensão 24 V c.c X X X
Falha de
comunicação/instrumentação X X X
Tamisador 1
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X
Paragem X
Alarme de perda de carga alta X X X
Alarme de perda
de carga muito alta X X X
Manual X X X X
Automático X X X X
Tamisador 2
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X

184
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQ. EXT. DA T.A.
QUADRO 2 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO
Tamisador 2 (cont.)
Arranque X
Paragem X
Alarme de perda de carga alta X X X
Alarme de perda
de carga muito alta X X X
Manual X X X X
Automático X X X X
Bombas de limpeza dos tamisadores
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X
Paragem X
Manual X X X X
Automático X X X X
Bomba de drenagem 1
Funcionamento X X X
Parada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Bomba de drenagem 2
Funcionamento X X X

185
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQ. EXT. DA T.A.
QUADRO 2 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO
Bomba de drenagem 2 (cont.)
Parada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Bomba de drenagem 3
Funcionamento X X X
Parada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X X
Paragem X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X
Interruptor de varetas da
Bomba 1
Nível de arranque X X X
Nível de paragem X X X
Nível de alarme X X X
Defeito X X X
Interruptor de varetas da
Bomba 2
Nível de arranque X X X X
Nível de paragem X X X X

186
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQ. EXT. DA T.A.
QUADRO 2 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO
Interruptor de varetas da
Bomba 2 (cont.)
Nível de alarme X X X
Defeito X X X
Interruptor de varetas da
Bomba 3
Nível de arranque X X X
Nível de paragem X X X
Nível de alarme X X X
Defeito X X X
Limpa-Grelhas
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X
Paragem X
Manual X X X X
Automático X X X X
Alarme de perda de
carga alta X X X
Medidor de nível no
canal
Medida de nível X X X
Defeito X X X

187
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQ. EXT. DA T.A.
QUADRO 2 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO
Medidor de nível de
aspiração
Medida de nível X X X
Defeito X X X
ED – Entrada digital
SD – Saída digital
EA – Entrada analógica
SA - Saída analógica

188
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. III
QUADRO 3

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Interruptor de entrada
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Presença de tensão X X X
Alimentação do conversor
X X X
AC-DC
Presença de tensão 24V X X X
Falha de
X X X
comunicação/instrumentação
Reservatório 1
Electroválvula de
saída de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula de
entrada de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X

189
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. III
QUADRO 3 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Electroválvula de
entrada de ar (cont.)
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Medidor de temperatura
Medida de temperatura X X X
Defeito X X X
Medidor/transmissor
de nível
Medida de nível X X X
Defeito X X X
Reservatório 2
Electroválvula de
saída de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X

190
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. III
QUADRO 3 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Electroválvula de
entrada de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Medidor de temperatura
Medida de temperatura X X X
Defeito X X X
Medidor/transmissor
de nível
Medida de nível X X X
Defeito X X X
Válvula de seccionamento
geral da conduta
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X

191
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. III
QUADRO 3 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Válvula de seccionamento
geral da conduta (cont.)
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Medidor de caudal
na conduta
Medida do caudal instantâneo X X X
Volume totalizado X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
na conduta
Medida da pressão X X X
Defeito X X X

ED – Entrada digital
SD – Saída digital
EA – Entrada analógica
SA - Saída analógica

192
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. IV
QUADRO 4

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Interruptor de entrada
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Presença de tensão X X X
Alimentação do conversor
X X X
AC-DC
Presença de tensão 24V X X X
Falha de
X X X
comunicação/instrumentação
Reservatório 1
Electroválvula de
saída de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula de
entrada de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X

193
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. IV
QUADRO 4 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Electroválvula de
entrada de ar (cont.)
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Medidor de temperatura
Medida de temperatura X X X
Defeito X X X
Medidor/transmissor
de nível
Medida de nível X X X
Defeito X X X
Reservatório 2
Electroválvula de
saída de ar
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Electroválvula de
entrada de ar
Aberta X X X

194
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. IV
QUADRO 4 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Electroválvula de
entrada de ar (cont.)
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X
Medidor de temperatura
Medida de temperatura X X X
Defeito X X X
Medidor/transmissor
de nível
Medida de nível X X X
Defeito X X X
Válvula de seccionamento
geral da conduta
Aberta X X X
Fechada X X X
Defeito X
Avaria X X X
Abrir X X X
Fechar X X X
Manual X X X X X
Automático X X X X X

195
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DO QUADRO DOS EQUIPAMENTOS EXTERIORES DO B.E. IV
QUADRO 4 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Medidor de caudal
na conduta
Medida do caudal
X X X
instantâneo
Volume Totalizado X X X
Defeito X X X
Medidor de pressão
na conduta
Medida da pressão X X X
Defeito X X X

ED – Entrada digital
SD – Saída digital
EA – Entrada analógica
SA - Saída analógica

196
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DOS VENTILADORES
QUADRO 5

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Interruptor Geral
Aberto X X X
Fechado X X X
Abrir X
Fechar X
Presença de tensão
X X X
de comando
Ventilador 1
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Ventilador 2
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DOS VENTILADORES
QUADRO 5 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Ventilador 3
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Ventilador 4
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Ventilador 5
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DOS VENTILADORES
QUADRO 5 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Ventilador 6
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Ventilador 7
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Ventilador 8
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO


LISTA DE INFORMAÇÕES
AUTÓMATO DOS VENTILADORES
QUADRO 5 (cont.)

AUTÓMATO SINALIZAÇÃO COMANDO


DESIGNAÇÃO UNIDADE UNIDADE
ED SD EA SA QUADRO QUADRO
SUPERVISÃO SUPERVISÃO

Ventilador 9
Manual X X X X
Automático X X X X
Funcionamento X X X
Parado X X X
Defeito X
Avaria X X X
Arranque X X
Paragem X X
Termostato 1
Temperatura X X X
Defeito X
Avaria X X X
Termostato 2
Temperatura X X X
Defeito X
Avaria X X X
Termostato 3
Temperatura X X X
Defeito X
Avaria X X X
Grupos em funcionamento X
ED – Entrada digital
SD – Saída digital
EA – Entrada analógica
SA - Saída analógica

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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9 - ESTRUTURAS

9.1 - Introdução

No presente capítulo será feita uma descrição das soluções apresentadas para a estrutura do
edifício da Estação Elevatória do Ramalhão, bem como demais construções anexas
necessárias para apoio, amarração ou protecção de elementos ou equipamentos hidráulicos,
hidromecânicos ou hidropneumáticos. No essencial há três estruturas a considerar: o edifício
propriamente dito, a tomada de água e a estrutura dos reservatórios de ar comprimido (RAC’s).

A concepção estrutural apresentada foi fortemente condicionada pela fraca capacidade de


suporte dos terrenos de fundação, a qual impõe o recurso a fundações indirectas a grandes
profundidades. Tal facto obrigou a que todos os pisos dos diversos elementos fossem tratados
como estruturais e apoiados em sistemas de lintéis.

9.2 - Descrição das Soluções

9.2.1 - Edifício da Estação Elevatória do Ramalhão

O edifício é formado por dois corpos conjuntos. O corpo principal, com 43,20 m de
comprimento por 10,60 m de largura e altura total de 9,50 m acima da cota da plataforma
exterior (2,50), tem no seu interior a plataforma de descarga de equipamento, os grupos, as
condutas forçadas e o equipamento eléctrico de alimentação e comando dos grupos. O corpo
secundário, com 33,60 m de comprimento por 7,125 m de largura e 7,20 m de altura, alberga
no seu interior os transformadores e as celas, bem como a sala de comando e restantes
instalações associadas. Os dois corpos estão ligados segundo a maior direcção sendo os
pilares e vigas centrais comuns.

O corpo principal tem, num comprimento de 23,90 m, uma zona enterrada de 5,00 m de altura,
onde se localizam as câmaras de aspiração dos grupos.

A estrutura, em betão armado, é constituída por três pórticos longitudinais e dez transversais,
ortogonais, formados por pilares e vigas, suportando as lajes de cobertura (planas) e dos pisos.
A laje do piso térreo desenvolve-se em três níveis e é suportada por lintéis de fundação, os
quais estão monoliticamente ligados aos maciços de encabeçamento das estacas de fundação

201
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

com 1,20 m de diâmetro. Na zona sob a qual existem as câmaras de aspiração enterradas, as
lajes do piso térreo descarregam nas paredes respectivas, as quais, por sua vez, estão
também apoiadas em estacas.

As lajes da cobertura são em betão armado com 0,15 m de espessura. As lajes do piso térreo
têm, na generalidade, 0,25 m de espessura. Na zona de apoio dos maciços da conduta forçada
a laje tem 0,35 m de espessura, para absorção dos esforços a que fica sujeita devido aos
impulsos hidrostáticos. Na zona sobre as câmaras de aspiração, em que os vãos são
reduzidos, as lajes do piso térreo têm, também, 0,15 m de espessura.

As vigas da cobertura são de secção rectangular e têm secções transversais variáveis em


função dos vãos a vencer. As suas larguras variam entre 0,20 m e 1,00 m, enquanto que as
suas alturas variam entre 0,50 m e 1,00 m. Os lintéis que suportam o piso térreo são também
de dimensões variáveis. A sua espessura varia entre 0,30 m e 0,70 m, em função dos vãos e
cargas suportadas. Os lintéis Lf4a e Lf11 desempenham em simultâneo a função arquitectónica
de estabelecer o desnível entre a zona dos grupos e as dos equipamentos o que impõe alturas
excepcionais de 2,45 m.

No corpo principal, cobrindo a plataforma de descarga, os grupos e a conduta forçada e ainda


os equipamentos eléctricos de alimentação e comando, está prevista uma ponte rolante de
60 kN de capacidade de carga, assente sobre uma viga contínua em betão armado, viga esta
que no pórtico central suporta ainda as lajes de cobertura do corpo menor. A viga da ponte
rolante tem 1,00 m de largura por 0,70 m de altura, sendo o troço em consola biselado, para
diminuição do peso próprio.

Os pilares mais altos são de secção rectangular com 0,50 m por 0,70 m, enquanto que os do
corpo menor são de 0,40 m por 0,50 m. Na zona dos transformadores os pilares são quadrados
de 0,35 m de lado.

As câmaras de aspiração de cada grupo são formadas por paredes em betão armado com
espessura de 0,60 m, nas quais estão dispostas as ranhuras que permitem a instalação das
comportas. A laje inferior das câmaras tem 0,25 m de espessura.

Como se referiu a obra é fundada por estacas de 1,20 m de diâmetro. Este diâmetro foi ditado
pela necessidade de garantir adequadas condições de execução, em face do comprimento
máximo que estes elementos terão, cerca de 45 m.

202
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Nas coberturas foi prevista a camada de enchimento para pendente das águas e o
revestimento impermeabilizante.

9.2.2 - Tomada de água

As câmaras de aspiração associadas a cada grupo são prolongadas exteriormente pela


câmara de aspiração comum a qual é um tanque coberto, de planta trapezoidal, com cerca de
24,20 m de largura na ligação ao edifício da estação elevatória, 5,00 m de comprimento e
13,40 m de largura na ligação aos tamisadores.

A estrutura, em betão armado, é formada por paredes enterradas de 0,40 m de espessura


constante e por uma laje de fundo, também com 0,40 m de espessura. O conjunto descarrega
sobre um reticulado de vigas de secção rectangular (0,60 x 1,40 m2) que, por sua vez está
apoiado sobre estacas de fundação também com 1,20 m de diâmetro e igualmente com cerca
de 45 m de comprimento. A cobertura é materializada por uma laje maciça de 0,20 m de
espessura, armada nas duas direcções e que descarrega num reticulado de vigas de
0,60 m x 0,40 m. Por sua vez estas vigas estão apoiadas em pilares de 0,35 m de lado,
localizados no interior do próprio tanque.

A zona dos tamisadores, também fundada sobre estacas, é constituída por paredes e lajes em
betão armado com espessuras variáveis. A sua definição e pormenorização estão
intrinsecamente relacionadas com os equipamentos que vierem a ser escolhidos pelo
Adjudicatário, pelo que a solução apresentada nas peças desenhadas deste projecto é
meramente indicativa, devendo ser objecto de pormenorização no âmbito da assistência
técnica à empreitada.

A entrada da tomada de água é uma estrutura em canal rectangular com 5,00 m de largura por
3,50 m de altura. Esta estrutura é constituída por paredes de 0,40 m de espessura e por uma
laje de fundo com 0,60 m, espessura esta ditada pela necessidade de garantir a estabilidade à
flutuação, uma vez que nesta zona a obra será fundada directamente sobre uma camada de
solos de substituição. Localmente o canal é coberto para instalação de equipamentos. Nessas
zona adoptaram-se lajes de 0,15 m de espessura.

Na transição entre a estrutura dos tamisadores e a entrada da tomada de água haverá uma
junta de dilatação, uma vez que as fundações das estruturas respectivas são diversas, sendo
pois de esperar a ocorrência de movimentos relativos.

203
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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9.2.3 - Estrutura de suporte dos RAC’s

Os RAC’s estarão instalados sobre uma estrutura reticulada de betão armado que se
desenvolve em dois pisos.

O piso elevado suporta os RAC’s propriamente ditos e é constituído por lajes de 0,30 m de
espessura apoiadas em vigas de contorno com 0,60 x 0,60 m2. Estas vigas descarregam sobre
pilares quadrados com 0,50 m de lado.

O piso térreo é também em laje vigada, com 0,25 m de espessura neste caso, recebendo sobre
s respectivos lintéis de fundação as cargas do piso elevado. Os lintéis, com 0,60 x 1,20 m2,
descarregam directamente sobre as estacas de fundação de 1,20 m de diâmetro e também
com cerca de 45 m de comprimento.

9.2.4 - Outras estruturas

As estruturas das diversas câmaras exteriores, são constituídas por paredes em betão armado,
com espessura mínima de 0,30 m para as mais pequenas, e 0,40 m para as mais profundas,
com lajes de fundo e tampas com espessuras da mesma ordem de grandeza.

Os maciços de amarração das condutas são em betão simples, e foram dimensionados para
resistirem aos esforços máximos a que poderão estar sujeitos, unicamente por atrito.

9.3 - Acções e Bases de Cálculo

As acções consideradas para efeito de cálculo das estruturas, foram as seguintes:

− cargas permanentes resultantes dos pesos dos elementos e equipamentos;


− cargas resultantes dos impulsos das terras;
− sobrecarga máxima hidrostática;
− sobrecarga de 1,0 kN/m2 em coberturas;
− sobrecarga de 3,0 kN/m2 nas lajes dos pisos;
− sobrecarga de 2 x 30 kN afastadas de 2,00 m na ponte rolante;
− acção sísmica, considerando as estruturas localizadas na zona A, em terreno tipo
III, segundo o RSAEEP.

Os parâmetros geotécnicos considerados, tendo como base a prospecção realizada e os


estudos geológicos efectuados, foram os seguintes:
204
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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− ângulo de atrito interno dos solos suportados 25º


− peso volúmico dos solos suportados 20 KN/m3
− coesão dos solos suportados 0 KPa
− capacidade resistente das estacas de 1,20 m 6000 kN
− velocidade de propagação de ondas de corte
nos solos atravessados pelas estacas 80 m/s

Os esforços considerados para o cálculo das paredes enterradas foram, conforme as


condições de fronteira, os correspondentes ao impulso em repouso ou impulso activo.

O dimensionamento estrutural do betão armado teve em consideração a combinação de


acções possíveis mais desfavoráveis, e foram feitas as verificações preconizadas pelo REBAP,
apresentando-se em anexo os cálculos simplificados das estruturas mais significativas.

9.4 - Materiais

Os materiais a utilizar na execução das estruturas são os que se indicam seguidamente:

− Betões:
− estruturas de edifícios e estacas B25 - EC4 (E378)
− em estruturas hidráulicas B30 - EC4 (E378)
− de regularização e maciços betão de 200 Kg de cimento por m3

− Aços:
− armaduras ordinárias (geral) 400NR

9.5 - Métodos de Cálculo

As estruturas foram calculadas recorrendo à teoria da elasticidade. Para o efeito utilizaram-se:


tabelas de vigas contínuas, tabelas de Barés para lajes e modelos de pórtico analisados em
computador para o cálculo de esforços devidos à acção sísmica. As acções consideradas
foram as referidas acima, tendo-se seguido o disposto no RSAEEP para o cálculo das
respectivas combinações mais desfavoráveis.

A acção dos sismos nos edifícios foi tida em conta considerando a localização da obra e tipo de
terreno (como já foi referido para a zona A terreno tipo III). A análise foi efectuada recorrendo a

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

forças estáticas equivalentes determinadas pelo método simplificado do RSA. A interacção


solo-estrutura foi considerada pelo método proposto por Mineiro para estacas em lodos.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

10 - INSTALAÇÕES AUXILIARES DA PLATAFORMA

10.1 - Integração Paisagística e Arranjos Exteriores

10.1.1 - Introdução

O presente projecto tem como objectivo o Arranjo de Espaços Exteriores e Integração


Paisagística da Estação Elevatória do Ramalhão que faz parte do Aproveitamento
Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira.

A proposta de tratamento paisagístico daquele espaço consiste, genericamente, no


revestimento das superfícies de terreno sobrantes, afectas à área de acção da estação, que
não foram pavimentadas.

O tipo de intervenção proposta, embora tenha como principal objectivo o enquadramento e a


qualidade estética do espaço em questão, tem também em atenção potenciais problemas
relacionados com a erosão superficial dos solos que ficarão desprotegidos, após concluída a
obra de construção civil. Outro aspecto para o qual se deu particular atenção na concepção
deste espaço, relaciona-se com o facto de se pretender a implementação de uma estrutura de
arranjos exteriores, que minimize os trabalhos de manutenção, nomeadamente no que se
refere a regas, mondas, fertilizações, cortes de vegetação, etc.

Para a elaboração deste projecto foram analisadas as características paisagísticas do local


onde ficará implantada a estação e os níveis de reciprocidade visual existente entre esta e a
área envolvente, assim como a articulação do espaço exterior com as infra-estruturas
construídas e os arruamentos que servem o recinto, por forma a avaliar a sua capacidade de
integração e proceder, numa perspectiva integrada, ao seu enquadramento e valorização
paisagística e ambiental.

10.1.2 - Objectivos propostos

Com o projecto agora proposto, pretende-se atender a 3 tipos de objectivos básicos


designadamente estéticos, funcionais e económicos, de modo a colmatar as acções
decorrentes da construção da estação elevatória, nomeadamente do potencial impacte

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

paisagístico, associado à presença deste novo elemento visual, e contribuir para uma solução
visualmente consertada.

No que concerne aos aspectos estéticos, visa-se a reintegração paisagística da área de


intervenção, na qual se procurou respeitar o cenário da envolvente, promovendo-se a criação
de um espaço de pequenos volumes, que permitisse uma certa porosidade visual, de modo a
que esta nova componente da paisagem não quebrasse totalmente a continuidade visual da
Lezíria, em termos locais, para pontos situados no mesmo plano.

Este objectivo será conseguido através da instalação de uma estrutura verde adequada,
complementada por diferentes materiais de revestimento do solo, nomeadamente em termos
de cor e textura, articulada com os edifícios e as zona pavimentadas.

Referia-se que, a escolha da vegetação teve principalmente em consideração as


características climáticas, pedológicas e hídricas.

Do ponto de vista funcional, pretende-se o controlo da erosão superficial do terreno, através da


estabilização biológica, nos locais em que é proposta uma cobertura vegetal, e da aplicação de
materiais de revestimento permeáveis, designadamente saibro e “mulch”, em composições
diversas.

Por último, com o objectivo económico pretende-se atender às questões de custo e


manutenção da empreitada, tendo-se procurado soluções que com um mínimo de encargo,
satisfaçam objectivos propostos.

10.1.3 - Revestimentos do solo

Tal como anteriormente referido, o tratamento proposto inclui não só a utilização de material
vegetal, adaptado à situação edafo-climática existente, como também de materiais de outra
natureza, com a dupla função de contribuir para a qualidade estética do espaço, tendo portanto
uma função ornamental, e de proteger o terreno.

Assim, em termos de revestimento do solo minimizou-se a área com cobertura vegetal do


terreno, neste caso prado de sequeiro, optando-se preferencialmente por soluções que utilizam
materiais de reduzida manutenção, concretamente saibro e “mulch” de casca de pinheiro,
tirando partido do efeito visual resultante da conjugação estética entre aquelas materiais e o
prado.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
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IDRHa

Refira-se que, o “mulch” de casca de pinheiro é um produto natural, de natureza orgânica, que
tem a vantagem de não só valorizar o arranjo paisagístico dos locais onde é aplicado, pelo
contraste produzido com o verde e as cores de vegetação, como também, garantir uma boa
cobertura do solo e ser de fácil manutenção, contribuindo para o controlo das infestantes e
reduzindo as perdas de água por evapotranspiração.

No presente caso, é proposto que seja utilizado um “mulch” do tipo “Carmo Decorativo”, com
uma granulometria de 7 a 22 mm.

A implantação dos diferentes materiais de revestimento do solo deve ser efectuado conforme
especificado nas peças desenhadas (Des. nº 0911-PE-20-P1V3-058 – Arranjo de Espaços
Exteriores. Plano de Sementeiras, Plantações. Revestimento do Solo).

Com vista criar um substrato consistente para a instalação da vegetação, nos locais onde foi
prevista a sua utilização deverá ser aplicada uma camada uniforme de terra arável de 0,15 m
de espessura média, que será depois regularizada e ligeiramente calcada. Estes locais
correspondem às zonas revestidas com casca de pinheiro e prado.

Os trabalhos de mobilização do terreno e de colocação e regularização da terra vegetal


deverão ser realizados, de preferência, nos meses de Setembro e Outubro, afim de evitar que
as primeiras chuvadas geram tais fenómenos erosivos.

A terra arável a utilizar deverá ser proveniente da decapagem dos terrenos abrangidos pela
presente intervenção.

10.1.4 - Revestimento vegetal

a) Sementeira

De forma a assegurar a cobertura de solo, após a preparação da superfície, nas zonas onde foi
prevista cobertura vegetal, deverá ser de imediato efectuada a sementeira de um prado, , com
as seguintes características:

Prado – Sementeira herbácea para aplicação, após a colocação de terra vegetal e


regularização o terreno, conforme especificado nas peças desenhadas:

Agrosti tenuis .................................... 6,0%


Dactylis glomerata .......................... 18,0%
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Festuca rubra ssp rubra.................. 27,0%


Lolium perenne ............................... 40,0%
Trifolium repens ................................ 9,0%

Densidade de sementeira: 30 g/m2

Para a sementeira das pargas de terra arável sugere-se a utilização extreme de Lupinus luteus,
com densidade de sementeira da ordem de 8 g/m2, a misturar com a terra, mediante frezagem,
quando atingir a fase de floração.

b) Plantações

Complementarmente ao revestimento do solo serão efectuadas plantações localizadas de


elementos arbóreos, arbustivos e herbáceos, os quais terão como função enquadrar as infra-
estruturas construídas, com uma distribuição que visa a uma leitura funcional do espaço,
nomeadamente assinalando a zona de entrada e a zona de serviços, e a delimitação do
espaço afecto à estação, que será perfilado por dois alinhamentos estremes de árvores ou em
associação com arbustos, nos limites confrontantes com a estrada de acesso, que contornam a
Sul e a Poente a Estação. Quanto ao limite Nascente ficará aberto para o canal, mantendo-se a
continuidade visual.

Deste modo, foram previstas em plantação as seguintes espécies:

Árvores

Populus nigra
Salix alba

Arbustos

Cratageus monogyna
Lavandula angustifolia
Rosmarinus officinalis
Tamarix gallica
Sambucus nigra

Árvores

Cyperus alternifolius

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

As quantidades de árvores, arbustos e herbáceas previstos encontram-se indicadas no plano


de plantação constante no desenho nº 0911-PE-20-P1V3-058 (Arranjo de Espaços Exteriores.
Plano de Sementeiras, Plantações. Revestimento do Solo).

De modo a obter-se um resultado mais imediato do enquadramento paisagístico pretendido, as


alturas do material vegetal a plantar, deverão, no mínimo, estar compreendidas entre os
valores a seguir indicados:

Árvores:
Folha persistente folhosas – P.A.P ≥ 14 cm
Folha caduca – P.A.P. ≥ 16 cm

As árvores plantadas deverão ser reforçadas com tutores em tripeça.

10.1.5 - Calendário dos trabalhos

O Cronograma relativo à execução da empreitada de integração paisagística, deverá ter em


atenção o faseamento da obra, no sentido de evitar que a superfície do terreno, em particular
dos taludes, fique durante um período prolongado de tempo exposta a fenómenos erosivos.

No quadro 10.1.1 é apresentado o calendário recomendado para a execução dos trabalhos,


contudo refira-se que os períodos de execução apontados poderão apresentar alguma
flexibilidade, dado estarem dependentes do cronograma geral da obra e da época do ano em
que ficar concluída, ou seja das condições climatéricas e da fase do ciclo vegetativo em que o
material se encontra.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

Quadro 10.1.1 - Calendário de Trabalhos

Meses
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Trabalhos

MAPA DE TRABALHOS

Modelação do
Terreno
Espalhamento de
Terra Arável

Sementeiras

Plantações

TRABALHOS DE MANUTENÇÃO

Regas

Fertilização

Ressementeiras

Mondas

Retanchas

Cortes de
Vegetação

10.2 - Sistema de Abastecimento de Água

10.2.1 - Origem de água

O abastecimento de água, quer para as instalações sanitárias quer para as redes de serviço
interior e exterior, será feito por bombagem a partir da câmara de aspiração dos grupos.

Foram definidas três redes de abastecimento de água, utilizando a mesma origem:

− Rede exterior de águas de serviço;


− Instalações sanitárias;
− Rede interior de águas de serviço.

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
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10.2.2 - Rede exterior de águas de serviço

Serão instalados no exterior seis torneiras de serviço (boca de rega ou de lavagem) ø15 para
responder fundamentalmente às operações de rega das zonas relvadas exteriores e para
lavagem.

A rede foi dimensionada considerando no máximo três torneiras em serviço, com um caudal
unitário de 0,30 l/s.

A rede de abastecimento de água não potável exterior será instalada sob os arruamentos em
vala conforme desenho tipo e constará de tubagem em material PVC PN 10 com diâmetros
DN 20 e DN 32 mm. O traçado da rede é indicado nos desenhos de projecto.

A inclinação mínima dos tubos instalados em vala é de 0,5%.

10.2.3 - Rede de água das instalações sanitárias

A rede de abastecimento de água ás instalações sanitárias está definida, quanto ao traçado,


material e diâmetro, nas peças desenhadas. Esta rede tem inicio numa derivação da rede
interior de águas de serviço.

A rede das instalações sanitárias constará de tubagem em material Aço Inoxidável, instalada à
vista e fixa às paredes por braçadeiras em aço inoxidável. A inclinação mínima dos tubos é de
0,5%.

No dimensionamento da rede das instalações sanitárias usaram-se os seguintes critérios:

− Caudal de dimensionamento de cada troço de tubagem correspondente ao caudal


máximo provável; ou seja, o consumo de todos os aparelhos afectado de
coeficiente de simultaneidade, de acordo com o Regulamento Geral dos Sistemas
Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

− Velocidade entre 0,5 m/s e 2m/s, preferencialmente 1 m/s.

− Pressão mínima = 5 m.c.a. no aparelho hidráulico mais desfavorável.

A rede das instalações sanitárias terá os seguintes dispositivos e respectivos caudais de


utilização segundo o regulamento:

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Quadro 10.2.1 - Caudais mínimos nos dispositivos de água fria

Dispositivo Número de Caudal instantâneo


dispositivos individual (l/seg)

Lavatório individual 1 0,10

Mictório com torneira individual 2 0,15

Retrete com autoclismo 1 0,10

Chuveiro individual 1 0,15

Resulta assim um caudal de dimensionamento na secção de montante da rede das instalações


sanitárias de 0,33 l/s

A montante desta rede será instalado um esterilizador de ultra-violeta para desinfecção de


água potável.

10.2.4 - Rede interna de águas de serviço

A rede interior de abastecimento de água está definida, quanto ao traçado, material e diâmetro,
nas peças desenhadas.

Serão instalados no piso das bombas cinco torneiras de serviço (boca de rega ou de lavagem)
ø15 para responder fundamentalmente às operações de limpeza deste piso e constará,
resumidamente, de tubagem em material Aço Inoxidável.

A rede de água interior constará de tubagem em material Aço Inoxidável, instalada à vista e
fixa às paredes por braçadeiras em aço inoxidável. A inclinação mínima dos tubos é de 0,5%.

A rede foi dimensionada considerando duas torneiras de serviço em operação, com um caudal
unitário de 0,30 l/s, a que se adiciona o caudal das instalações sanitárias para os troços a
montante da respectiva derivação.

Para impedir ou estabelecer a passagem de água em qualquer dos sentidos, foram colocadas
em pontos estratégicos válvulas de seccionamento. A sua localização está definida nas peças
desenhadas.

No Quadro 10.2.2 apresentam-se as características hidráulicas da rede de águas.

Quadro 10.2.2 - Características hidráulicas da rede de águas

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Troço Q (l/s) D (‘’) DN (mm) V (m/s) ∆H (m)


(*) (**)
2-1 0,10 3/8 1,40 1,26
3-2 0,28 ¾ 0,99 0,25
4-3 0,29 ¾ 1,01 0,35
5-4 0,33 ¾ 1,14 0,19
5-6 0,30 ¾ 1,05 0,17
7-5 0,63 1 1,23 0,31
9-8 0,30 ¾ 1,05 1,39
9-10 0,30 ¾ 1,05 0,25
7-9 0,30 ¾ 1,05 0,51
11-7 0,63 1 1,23 2,65
12-11 0,63 1 1,23 0,73
12-13 0,30 ¾ 1,05 0,66
14-12 0,63 1 1,23 0,05
16-15 0,30 20 1,17 3,60
17-16 0,30 20 1,17 0,27
19-18 0,30 20 1,17 3,96
19-20 0,30 20 1,17 3,60
17-19 0,30 20 1,17 6,57
21-17 0,60 32 0,90 0,05
23-22 0,30 20 1,17 2,52
21-23 0,30 20 1,17 6,30
14-21 0,90 1¼ 1,14 0,20
24-14 1,53 1½ 1,34 0,09

(*) Material: Aço Inoxidável


(**) Material: PVC

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10.3 - Drenagem de Águas Pluviais

10.3.1 - Concepção geral

O objectivo do sistema de drenagem de águas pluviais é captar, transportar e encaminhar para


o exterior do recinto da estação elevatória toda a precipitação caída.

A drenagem pluvial é constituída por colectores e respectivos órgãos de ligação (caixas de


ligação, caixas de dissipação de energia, caixas de visita com tampa em ferro fundido dúctil e
sumidouros simples).

A área a drenar, para além da própria estrada de acesso e os passeios, inclui a zona de prado
e outras plantações do recinto da EE do Ramalhão, e a cobertura do edifício. A área a drenar
foi dividida em duas zonas distintas: a Este e a Oeste da EE do Ramalhão.

Na concepção do sistema de drenagem superficial foram adoptados os seguintes princípios


gerais:

− Sumidouros simples, localizados nos pontos baixos, nos cruzamentos, e nos


arruamentos junto às caixas de visita, na zona onde o escoamento se efectua junto
ao lancil dos passeios;

− Ligação dos sumidouros aos colectores principais através de colectores de PVC


∅200mm;

− Colector principal em PVC colocado na plataforma das vias de circulação exteriores


com diâmetro ∅200mm, com inclinações variáveis, dependendo do valor do caudal
afluente;

− Câmaras de visita no colector principal nas ligações aos sumidouros, e em


mudanças de direcção em planta. O espaçamento das câmara de visita é igual ou
inferior a 60m;

− Bocas de saída dos colectores com configuração adequada à tranquilização e


dissipação de energia do escoamento no final dos colectores.

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10.3.2 - Caudal de dimensionamento

10.3.2.1 - Método de cálculo dos caudais de ponta

Para a definição dos caudais de ponta de cheia efectuou-se a delimitação das áreas a drenar
sobre a implantação da estação elevatória à escala 1 / 250.

Para o cálculo dos caudais de ponta de cheia, atendendo às características e à reduzida


dimensão da área em causa (4 268 m²), aplicou-se o método racional.

O método racional é traduzido pela seguinte equação:

Qp = C.I.A

onde:

Qp - caudal de ponta (l/s);

I- intensidade de precipitação para o tempo de concentração da bacia hidrográfica e


período de retorno pretendido (l/(ha.s));

A- área da bacia hidrográfica que contribui para a secção em estudo (ha);

C- coeficiente de escoamento.

10.3.2.2 - Coeficiente de escoamento

O coeficiente de escoamento depende das características e condições de infiltração do solo,


diminuindo a capacidade de infiltração à medida que a chuvada decorre e a sua humidade
aumenta. O coeficiente de escoamento depende também da intensidade de precipitação, da
proximidade do lençol freático, do grau de compactação do solo, da sua porosidade, do coberto
vegetal, da tipologia de ocupação, do declive da bacia, do período de retorno, do caudal de
cheia que se pretende estimar, etc.

As áreas em estudo possuem declives pouco acentuados pelo que se adoptou, por
recomendação da bibliografia da especialidade, um valor de coeficiente de escoamento igual a
0,10 para as áreas relvadas (em terreno plano e permeável) e 0,85 para as áreas
pavimentadas. Para cada sub bacia fez-se uma ponderação das áreas relvadas e das áreas
pavimentadas, e obteve-se o valor do C que contribui para cada sub bacia. O que se traduz,
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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

tendo em consideração o peso relativo das áreas intervenientes, num coeficiente de


escoamento global médio de cerca de 0,66.

10.3.2.3 - Período de retorno

No método racional supõe-se que a intensidade de precipitação de um dado período de


retorno, afectada de um coeficiente de escoamento adequado, produz um caudal de ponta de
cheia com o mesmo período de retorno. Tendo em consideração a natureza da área em
estudo, o dimensionamento do sistema de drenagem foi efectuado para um período de retorno
de 10 anos.

10.3.2.4 - Tempo de concentração

O tempo de concentração foi determinado através da soma do tempo de entrada a montante


(correspondente ao percurso superficial da água) e do tempo de percurso no colector. O tempo
de percurso no colector é obtido através da razão entre o comprimento do colector e a
velocidade do escoamento. O tempo de entrada para bacias de cabeceira bastante
impermeabilizadas e para áreas com declives inferiores a 1,5% foi considerado igual a 10
minutos.

10.3.2.5 - Precipitação de projecto

O valor da intensidade de precipitação para um dado período de retorno, correspondente ao


tempo de concentração da bacia hidrográfica foi determinado a partir das curvas I-D-F
definidas para Portugal Continental (Matos e Silva, 1986). Estas curvas são do tipo exponencial
e são dadas pela expressão seguinte:

I = a⋅tb

onde:

I - intensidade de precipitação para dada duração (mm/h);

t - duração da chuvada (min);

a, b - parâmetros que dependem do período de retorno e da região do país.

Os parâmetros a e b têm os seguintes valores para a região em estudo e período de retorno de


10 anos: a = 290,68 ; b = - 0,549, ou seja: I = 290,68⋅t-0,549
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10.3.2.6 - Caudais de dimensionamento

No Quadro 10.3.1 apresentam-se os cálculos dos caudais de dimensionamento.

Quadro 10.3.1 - Caudais de dimensionamento

Troço Zona de L Ttotal I A C Qp


drenagem troço (min) (l/(ha.s)) acumulada (ponderado) (l/s)
(m) das bacias
(ha)
1-2 Oeste da EE 32,7 10,63 220,51 0,0686 0,63 9,6
2-3 Oeste da EE 24,2 11,03 216,12 0,0686 0,63 9,4
3-4 Oeste da EE 27,5 11,60 210,22 0,1555 0,62 20,2
4-5 Oeste da EE 17,7 11,87 207,54 0,1781 0,60 22,2
5-6 Oeste da EE 36,4 13,16 196,16 0,2438 0,62 29,7
6-7 Este da EE 26,7 14,00 189,58 0,2438 0,62 28,7
7-8 Este da EE 27,5 14,47 186,14 0,3194 0,64 38,1
10-9 Este da EE 32,7 10,56 221,36 0,0653 0,78 11,3
9-8 Este da EE 27,7 11,06 215,72 0,1074 0,73 16,9

10.3.3 - Cálculo da rede de drenagem

10.3.3.1 - Colectores principais

Como se referiu, neste projecto serão utilizados colectores de PVC com diâmetros de 200 mm.

A determinação da capacidade de transporte dos colectores, para um escoamento em


superfície livre, foi feita usando a equação de Manning:

Q=0,04961 K θ-2/3 (θ-sen θ)5/3 D8/3 J1/2

Adoptou-se como coeficiente de rugosidade de Strickler Ks=100 m1/3/s (PVC).

Consideraram-se os seguintes critérios de dimensionamento definidos de acordo com a


regulamentação em vigor:

- Diâmetro nominal mínimo.................................................200 mm

- Inclinação da rasante dos colectores:

mínima..............................................................0,003 (m/m)
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máxima.............................................................0,15 (m/m)

- Velocidade mínima do escoamento..................................0,9 m/s

- Velocidade máxima do escoamento.................................3,0 m/s

- Altura máxima da lâmina líquida:

. para diâmetros (∅) < 500 mm ..........................0,50 ∅

- Poder de transporte ..........................................................2 N/m2

- Recobrimento mínimo.......................................................1,00 m

- Espaçamento máximo entre caixas de visita....................60 m

Nos desenhos do Projecto apresenta-se o traçado em planta da rede.

10.3.3.2 - Sumidouros junto a lancil

Os sumidouros simples pré-fabricados de betão deverão possuir grelha em ferro fundido dúctil
da classe D400. O pormenor construtivo do sumidouro com grelha está indicado nas Peças
Desenhadas.

10.3.3.3 - Caixas de visita correntes

As caixas de visita têm como função possibilitar a inspecção e, eventualmente, a desobstrução


do sistema de drenagem, proporcionando também as necessárias ligações ao sistema.

Em geral utilizou-se uma distância de 30 m entre caixas de visita e limpeza, bastante inferior ao
máximo recomendado, sendo os colectores colocados em alinhamentos rectos entre caixas. O
encurtamento desta distância deve-se ao facto de existirem várias curvas no traçado em
planta, e em determinados locais ser necessário colocar sumidouros com um espaçamento tal
que permita captar o caudal superficial em zonas baixas.

Neste projecto consideram-se caixas de vista de diâmetro interior igual a 1,00 m, pois a altura
das caixas são inferiores a 2,50 m. O corpo da caixa é constituído por elementos pré-
fabricados, sendo a sua base betonada no local com a espessura de 0,10 m. A tampa da caixa
é em ferro fundido dúctil da classe D400 .

O pormenor construtivo das caixas de visita está indicado nas Peças Desenhadas.

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10.3.3.4 - Dissipadores de Energia

Na saída dos colectores estão previstos dissipadores de energia de betão (bocas de saída).
Estes dissipadores permitem a recepção e o amortecimento dos caudais descarregados,
estando pormenorizados nas Peças Desenhadas.

Em todos os colectores é previsto a instalação de uma válvula de maré, como indicado nas
Peças Desenhadas.

No Quadro 10.3.2 apresenta-se o calculo das características hidráulicas dos colectores da


drenagem pluvial.

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Quadro 10.3.2 – Características hidráulicas dos colectores da drenagem pluvial

Troço D i(m/m) Q f(θ) θ V(θ) τ(θ) Cota Eixo Cota G.I. Cota Eixo Cota G.I.
interior (m³/s) (rad) (m/s) (N/m²) (secção (*) (secção (secção (*)
(mm) de de de (secção
montante) montante) jusante) de
(m) (m) (m) jusante)
(m)
1-2 180,80 0,0046 0,0113 2.98 0,8 1.93 1,30 1,20 1,15 1,05
2-3 180,80 0,0051 0,0195 2.90 0,9 2.07 1,15 1,05 1,03 0,93
3-4 180,80 0,0046 0,0202 4.19 1,0 2.46 1,03 0,93 0,90 0,80
4-5 180,80 0,0056 0,0222 4.18 1.1 2.99 0,90 0,80 0,80 0,70
5-6 180,80 0,0014 0,0297 15.55 0,5 0.61 0,80 0,70 0,75 0,65
6-7 180,80 0,0056 0,0104 8.57 0,9 2.26 0,75 0,65 0,60 0,50
7-8 180,80 0,0055 0,0133 9.58 1.0 2.47 0,60 0,50 0,45 0,35
10-9 180,80 0,0046 0,0227 3.17 0.9 2.06 0,75 0,65 0,60 0,50
9-8 180,80 0,0054 0,0320 3.62 1.0 2.70 0,60 0,50 0,45 0,35
(*) G.I. – Geratriz Inferior

10.4 - Drenagem dos Poços

A drenagem dos poços adjacentes à estação elevatória foi efectuada seguindo os mesmos
critérios de dimensionamento.

No Quadro 10.4.1 indicam-se os caudais de dimensionamento dos colectores da drenagem dos


poços.

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Quadro 10.4.1 - Caudais de dimensionamento dos colectores da drenagem dos poços

Cota Eixo Cota G.I. (*) Cota Eixo Cota G.I. (*)
L D
i Q θ V(θ) τ(θ) (secção de (secção de (secção de (secção de
Troço troço interior
(m/m) (m³/s) (rad) (m/s) (N/m²) montante) montante) jusante) montante)
(m) (mm)
(m) (m) (m) (m)
D1 51,6 180,80 0,0048 0,04 10,06 0,9 2,27 1,50 1,40 1,25 1,15
D2 6,8 180,80 0,0073 0,04 9,35 1,1 3,08 1,07 0,97 1,02 0,92
D3 4,5 180,80 0,0067 0,04 9,35 1,1 3,08 1,40 1,30 1,37 1,27
D4 23,5 180,80 0,0077 0,04 9,35 1,1 3,08 1,37 1,27 1,19 1,09
D5 23,5 200,00 0,0000 0,12 (1) 3,8 - 1,40 1,30 1,40 1,30
D6 23,7 180,80 0,0072 0,001 1,48 0,5 1,01 1,25 1,15 1,08 0,98
D7 12,2 180,80 0,0049 0,06 15,96 0,9 2,25 0,45 0,35 0,39 0,29
D8 4,0 180,80 0,0075 0,04 9,35 1,1 3,08 1,10 1,00 1,07 0,97
(*) G.I. – Geratriz Inferior
(1) O escoamento realiza-se por bombagem, secção cheia

10.5 - Drenagem de Águas Residuais

Este capítulo apresenta o sistema de drenagem de águas residuais definido para a estação
elevatória do Ramalhão.

A rede de drenagem interior serve as instalações sanitárias. As águas de lavagem da estação


elevatória são recolhidas pelas caleiras, e conduzidas para a rede de drenagem pluvial.

A rede de drenagem interior de águas residuais está definida, quanto ao traçado, material e
diâmetros, nas Peças Desenhadas.

O material constará de tubagem em PVC, com ligações sifonadas aos aparelhos de utilização.
A inclinação adoptada é de 2%. A tubagem ficará embebida nas lajes com os tubos de queda
instalados em galeria.

A rede disporá de ventilação por prolongamento do tubo de queda até 1 m acima do nível da
cobertura.

O esgoto será recolhido numa caixa de inspecção e enviado para uma fossa séptica onde as
águas residuais domésticas permanecem o tempo suficiente para sofrerem um tratamento
físico (sedimentação e flotação) e um tratamento biológico (fermentação séptica ou digestão
anaeróbia). A complementar a fossa séptica, a jusante desta, localiza-se uma trincheira
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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

infiltrante, que se destina a efectuar a infiltração no solo dos efluentes da fossa. A inclinação
mínima dos tubos de drenagem exterior é de 2%.

Os critérios de dimensionamento adoptados são os seguintes:

− Capacidade dos tubos correspondente a um escoamento a ½ da secção;

− Caudais de descarga correspondentes ao equipamento ligado às diversas


tubagens;

− Taxa de ocupação do tubo de queda de ¼.

A rede das instalações sanitárias terá os seguintes dispositivos e respectivos caudais de


descarga segundo o regulamento:

Quadro 10.5.1 - Caudais mínimos de descarga dos aparelhos e equipamentos sanitários

Dispositivo Número de Caudal de descarga por


dispositivos equipamento (l/min)
Lavatório individual 1 30
Mictório com torneira individual 2 60
Retrete com autoclismo 1 90
Chuveiro individual 1 30

A fossa séptica será pré-fabricada em fibrocimento, e capacidade de até 5 pessoas.

A trincheira infiltrante será constituída por uma tubagem ∅110 em PVC corrugado perfurado de
superfície interior lisa, instalado em vala, preenchida com brita, seixo ou escórias de ø 0,02 a
0,05.

A trincheira infiltrante, definida nos desenhos do Projecto, terá uma largura de 0,90 m, uma
profundidade no mínimo de 0,66 m e um comprimento de 5 m.

10.6 - Ligação às Redes de Rega dos Blocos III e IV

Para a ligação das condutas gerais de compressão da estação elevatória às redes de rega dos
blocos III e IV (ver desenho n.º 007) optou-se pela utilização de tubagens em ferro fundido
dúctil.

224
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

A ligação à rede de rega do bloco III é constituída por um troço enterrado, com cerca de 65 m
de desenvolvimento e de diâmetro DN 900. No inicio deste troço, ainda no interior do recinto da
estação, foi prevista uma descarga de fundo. Este troço inclui um maciço de amarração (MA)
onde ficará instalada uma ventosa de DN 200.

O troço de ligação à rede do bloco IV desenvolve-se ao longo de cerca de 135 m, sendo a sua
instalação sempre enterrada com excepção do troço que atravessa o canal principal do
aproveitamento. A montante e a jusante da passagem superior sobre o canal foram previstas
descargas de fundo. A jusante da passagem foram previstos dois maciços de amarração (MB e
MC), no último dos quais se faz a transição no diâmetro da tubagem, de DN 900 para DN 1000.

Na passagem superior sobre o canal, previu-se um troço rectilíneo de tubagem de FFD com
diâmetro DN 900 e com desenvolvimento aproximado de 18 m. Esse troço possui em cada
extremidade uma peça do tipo flange-boca para ligação às tubagens de aço que ficam
embebidas nos maciços de betão da travessia. Será suportado em intervalos equivalentes ao
comprimento de cada tubo, tendo-se portanto um suporte por tubo (ver desenho n.º 065). Na
extremidade de jusante foi prevista uma junta de desmontagem auto-travada e, já na tubagem
em aço, uma picagem flangeada para instalação de uma ventosa de DN 200.

As ligações entre os tubos e acessórios de FFD das passagens superiores efectuar-se-ão


através de juntas que permitem deslocamentos axiais e desvios angulares dos tubos quando
em operação.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

11 - PRESCRIÇÕES CONSTRUTIVAS

A obra da Estação Elevatória do Ramalhão e das Travessias desenrola-se junto e sobre o


Canal Principal da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira que constitui a principal estrutura de
alimentação de água para rega e de drenagem daquele perímetro. Por este facto, este canal
não pode ser interrompido, de forma a garantir a rega nas áreas a jusante e, durante o Inverno,
a drenagem das áreas a montante.

Exclui-se, no entanto, da determinação anterior a execução dos enrocamentos sob as


travessias e a execução das peças fixas das ensecadeiras na Derivação da Tomada de Água
do Conchoso, trabalhos que deverão ser programados para as épocas de transição entre a
campanha de rega e o período do ano mais chuvoso, reconhecendo-se que requerem a
interrupção do canal para a respectiva execução em seco.

O empreiteiro terá que promover todas as acções que garantam a boa drenagem dos locais da
obra, convivendo com a realidade de possuir planos de água elevados no canal.

Assim, o empreiteiro deverá criar condições para a adução para jusante do caudal em trânsito
no Canal Principal em função do período previsto para a sua execução.

Dada a inexistência de terras disponíveis para a execução de ensecadeiras, prevê-se que a


ensecadeira envolvendo a entrada da tomada de água, as ensecadeiras para garantir o
ensecamento dos locais de instalação dos enrocamentos nas travessias e o isolamento da
Derivação na Tomada de Água do Conchoso poderão ter de ser executadas com cortinas de
estacas pranchas. No planeamento dos trabalhos o empreiteiro deverá optimizar a utilização
daqueles processos construtivos, com recurso á sua eventual reutilização.

Serão apenas considerados betões de 2ª fase os relativos à selagem das peças fixas dos
equipamentos.

Relativamente aos equipamentos, previu-se um período inicial de seis meses após a


consignação para os estudos e projecto de execução da responsabilidade dos fabricantes de
equipamentos, bem como para o estabelecimento das encomendas dos equipamentos
normalizados.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Estação Elevatória do Ramalhão.
IDRHa

TRAVESSIAS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessias.
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TRAVESSIAS T2 E T2A

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A.
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PARTE I - MEMÓRIA DESCRITIVA

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A – Parte I Memória Descritiva.
IDRHa

PARTE I - MEMÓRIA DESCRITIVA

ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2
2 - CONDICIONAMENTOS............................................................................................. 2
2.1 - Condicionamentos Rodoviários e Hidráulicos ............................................................ 2

2.2 - Condicionamentos Geológico-Geotécnicos ................................................................ 4


3 - DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO APRESENTADA......................................................... 6
4 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA ............................................................................ 8
4.1 - Acções ............................................................................................................................. 8

4.2 - Métodos de Dimensionamento ...................................................................................... 8

4.3 - Critérios de Verificação da Segurança ......................................................................... 9


5 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS.................................................................................. 10
6 - MATERIAIS ............................................................................................................. 10

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
IDRHa

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se ao Projecto de Execução das Travessias T2 e T2A sobre o Canal
Principal, integradas no Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira
e constitui o desenvolvimento da solução apresentada ao IDRHa em reuniões de trabalho.

As obras são em betão armado pré-esforçado com 22 m de comprimento, sendo os tabuleiros


de vigas pré-fabricadas e descarregando sobre os encontros por meio de aparelhos de apoio.
A travessia T2 destina-se a restabelecer um caminho rural substituindo uma obra existente. A
travessia T2A destina-se a garantir a continuidade da conduta R2-3 de Ø500, entre os nós 4 e
5, por sobre o canal.

Nos pontos seguintes referem-se os condicionamentos e critérios de verificação da segurança


que conduziram às soluções apresentadas, as quais são também descritas em pormenor nesta
memória.

2 - CONDICIONAMENTOS

2.1 - Condicionamentos Rodoviários e Hidráulicos

As obras foram implantadas na ortogonal ao canal e no seguimento do caminho existente. Os


eixos das estacas dos encontros ficam localizados nos pontos de coordenadas:

Travessia T2

- Encontro E1 – M = 134 891,99; P = 226 887,02


- Encontro E2 – M = 134 902,35; P = 226 867,17

Travessia T2A

- Encontro E1 – M = 134 897,57; P = 226 890,39


- Encontro E2 – M = 134 908,31; P = 226 869,81

Os tabuleiros perfazem assim um comprimento total de 22 m. As obras destinam-se a vencer o


Canal Principal do Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. A
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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
IDRHa

folga, medida na vertical em relação ao nível máximo de água no canal (1,50 m), é de cerca de
45 cm na Travessia T2 e 15 cm na travessia T2A. Na zona de implantação da obra o canal
apresenta cerca de 18 m de rasto e espaldas laterais inclinadas com cerca de 2 m de
projecção horizontal. Esta geometria será a confirmar em obra.

Em planta e perfil as obras desenvolvem-se em alinhamentos rectos.

Transversalmente, o tabuleiro da travessia T2 dispõe de uma largura total constante, que


permite acomodar a plataforma, a qual é constituída por uma faixa de rodagem única
comportando duas vias de circulação de 2,75 m.

De acordo com o solicitado pelo IDRHa o tabuleiro é rematado lateralmente por lancis com
0,25 m de espessura, sobrelevados 0,30 m em relação à face superior do tabuleiro. O sistema
completa-se com guarda-corpos metálicos chumbados à face lateral dos lancis.

Resulta assim que o tabuleiro apresenta uma largura total de 6,00 m.

A faixa de rodagem tem sobrelevação constante de 2,5% do eixo para o extradorso. A


plataforma do tabuleiro é dotada dos dispositivos de drenagem necessários para evitar que se
formem sobre eles toalhas de água nocivas quer à sua conservação quer à própria circulação.

A travessia T2A apresenta uma largura de 1,80 m que permite acomodar a conduta e garante
condições de acesso para trabalhos de manutenção.

A conduta ficará ligada, a montante da travessia, à caixa de válvulas do Nó 4 e, a jusante, à


caixa de válvulas do Nó 5. As duas caixas já se encontram actualmente construídas.

No projecto foram adoptadas para a conduta as cotas altimétricas que resultaram do


levantamento topográfico efectuado pela COBA. Mais concretamente, considerou-se que o eixo
da conduta em FFD, com 500 mm de diâmetro nominal, se encontrará às seguintes cotas:

Saída da caixa de válvulas do Nó 4 .......................................... (+0,86)


Entrada da caixa de válvulas do Nó 5 ....................................... (+1,36)

Estas cotas deverão ser confirmadas em obra.

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
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2.2 - Condicionamentos Geológico-Geotécnicos

O local da travessia T2 situa-se na planície aluvionar do Tejo, designadamente na sua margem


esquerda. Na área de implantação da obra ocorrem depósitos aluvionares constituídos por
argilas siltosas orgânicas (lodos), areias argilosas, argilas arenosas e areias finas a médias
sobrejacentes a um nível de cascalheira basal formado por areias com seixo fino.
Superficialmente, os depósitos aluvionares encontram-se cobertos por um nível argiloso de cor
castanha medianamente consistente com uma espessura da ordem de 1,0 a 1,5 m.

Com o objectivo de reconhecer mais pormenorizadamente as condições geotécnicas das


formações ocorrentes foram executadas no local de implantação da obra, uma sondagem de
percussão (S10 – margem direita da vala) e dois ensaios de penetração estática com medição
das pressões intersticiais (CPTU11 – margem direita junto à sondagem S10 e CPTU12 –
margem esquerda). Associada à realização da sondagem de percussão foram executados
ensaios de penetração dinâmica SPT de 1,5 em 1,5 m.

De acordo com os trabalhos de prospecção realizados, identificou-se do topo para a base uma
sequência de terrenos constituída por diversos complexos cujas características geotécnicas
são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Complexo al1 – Siltes-argilosos orgânicos muito moles a moles

Este complexo é constituído por argilas e siltes orgânicos de cor cinzenta escura, muito
moles a moles (NSPT ≤3). Este complexo ocorre aproximadamente entre as cotas (1,5) e
(-22,0) contendo entre o seu topo e a cota (-14,0) intercalações arenosas de
granulometria fina de espessura variável entre 0,5 e 5,0 m. Abaixo daquela cota
reconheceram-se nos ensaios CPTU níveis de espessura muito fina (centimétricos) de
composição mais arenosa. Esta unidade ocorre subjacente a um nível superficial de
natureza argilosa e sobrejacente ao complexo al2 (areias finas argilosas).

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 15 – 16 kN/m3


resistência ao corte não drenada Su = 10 – 40 kPa
módulo de deformabilidade E = 0,5 – 1 MPa

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
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Complexo al2 – Areias finas argilosas (lodosas)

Trata-se de areias predominantemente finas, muito soltas a soltas, com valores de NSPT
entre 2 e 5 pancadas. Esta unidade constitui níveis intercalados no complexo al1 de
espessura variável e ocorre, aproximadamente, entre as cotas (-22,0) e (-28,5)
subjacente e sobrejacente aos complexos al1 e al3, respectivamente.

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 18 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 28 – 30º
coesão c = 0 kPa
módulo de deformabilidade E = 5 – 20 MPa

Complexo al3 – Argilas arenosas

Este complexo é constituído por argilas arenosas, de cor cinzenta, de consistência


média a muito dura (6<NSPT<21). Esta unidade foi reconhecida na sondagem S10 entre
as cotas (-28,5) e (-31,5).

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 18 kN/m3


resistência ao corte não drenada Su = 60 – 100 kPa
módulo de deformabilidade E = 1 – 2,5 MPa

Complexo al4 – Areias finas a médias

Trata-se de areias finas a médias cinzentas medianamente compactas com valores de


NSPT da ordem das 25 pancadas. Esta unidade foi identificada na sondagem S10 entre
as cotas (-31,5) e (-34,5).

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 18,5 kN/m3

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
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ângulo de atrito interno φ = 30 – 34º


coesão c = 0 kPa
módulo de deformabilidade E = 10 – 25 MPa

Complexo al5 – Cascalheira basal

Este complexo é constituído por areias com seixos de cor cinzenta. Esta unidade
apresenta-se muito compacta (NSPT>60 pancadas) com excepção, eventualmente, da
sua zona superficial que poderá exibir um grau de compacidade inferior (valores de
NSPT da ordem das 30 pancadas). Este complexo foi reconhecido na sondagem S10
abaixo da cota (-34,5).

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 19 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 35 – 40º
coesão c = 0 kPa
módulo de deformabilidade E = 20 – 40 MPa

Face ao cenário geotécnico presente para a obra em estudo apresenta-se uma solução de
fundação por estacas com φ = 1,2 m. Preconiza-se que, as estacas deverão atingir o nível de
cascalheira basal, designadamente as profundidades em que se registaram valores de NSPT
superiores a 60 pancadas, penetrando abaixo desse nível (valores de NSPT>60) cerca de 4
vezes o seu diâmetro (φ = 1,2 m). Nestas condições a base das estacas deverá situar-se
aproximadamente à cota (-44,0) estimando-se que o seu comprimento seja da ordem dos 47 m.
Devido ao facto de não se ter atingindo o substrato miocénico nos trabalhos de prospecção
realizados no local da travessia T2, assumiu-se para a zona do maciço prevista para o
encastramento das estacas os valores dos parâmetros geotécnicos adoptados para o
complexo al5 (cascalheira basal).

3 - DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO APRESENTADA

As soluções estruturais apresentadas foram sobretudo condicionadas pelo facto do Canal se


encontrar em serviço o que inviabiliza o recurso a métodos construtivos recorrendo a apoios

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
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provisórios no seu rasto. Assim, houve que recorrer a soluções de vigas pré-fabricadas, as
quais poderão ser construídas sem recurso a cavaletes

O tabuleiro da travessia T2, em betão armado e pré-esforçado longitudinalmente, apresenta


uma largura total constante de 6,00 m. É constituído por três vigas longitudinais pré-fabricadas
com altura constante de 0,90 m, afastadas de 2,10 m entre si e que suportam uma laje de
0,15 m de espessura em betão armado. Esta laje é betonada “in situ” sobre os próprios banzos
das vigas e ainda sobre pequenas pré-lajes de betão armado com 0,03 m de espessura.

As vigas pré-fabricadas, com 22,40 m de comprimento total e 22,00 m de vão estrutural, são de
secção transversal em T com um talão inferior de 0,64 m de largura e 0,25 m de espessura,
apresentando a alma 0,14 m de espessura. O banzo superior tem 1,80 m de largura total sendo
de espessura variável entre 0,05 m nas extremidades e 0,15 m na ligação à alma.

A solidarização transversal das vigas é garantida não só pela laje superior mas também pelas
carlingas transversais nos apoios sobre os encontros que, para o efeito, apresentam 0,50 m de
espessura.

Como já se referiu a plataforma é rematada por lancis, monoliticamente ligados à laje, com
0,25 m de largura e 0,30 m de altura em relação à sua face superior.

Os encontros, do tipo perdido, são constituídos por uma viga de estribo directamente apoiada
em duas estacas de 1,20 m de diâmetro e incluem ainda pequenos muros laterais para
contenção dos aterros de acesso à obra. Os apoios nos encontros, um por viga, serão em
neoprene cintado.

A travessia T2A é do tipo da travessia T2 sendo o seu dimensionamento apresentado a título


indicativo, ficando ao critério do Adjudicatário a respectiva pormenorização. Importa apenas
referir que para melhor compatibilização das deformações da conduta os respectivos maciços
terão fundações directas.

Na travessia T2A a conduta de ferro fundido dúctil será suportada em intervalos equivalentes
ao comprimento de cada tubo, de forma a ter-se um suporte por tubo. A definição da distância
entre suportes e consequentemente do comprimento de cada tubo, assim como a
pormenorização dos suportes serão da responsabilidade do Adjudicatário.

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Nos troços de ligação entre a caixa de válvulas do Nó 4 e a Travessia T2A e entre esta e a
caixa de válvulas do Nó 5, a conduta ficará enterrada. Foram previstos três maciços de
amarração, para as curvas em planta.

No total, a conduta apresenta um desenvolvimento de cerca de 54 m. Será constituída


essencialmente por tubagem em FFD, da classe K9, sendo as ligações efectuadas por
embocamento, permitindo deslocamentos axiais e desvios angulares dos tubos quando em
operação. Exceptuam-se as peças envolvidas em betão, que serão em aço. A ligação entre a
tubagem em aço e a de FFD será efectuada por ligadores do tipo flange/boca, da classe de
pressão PN 10.

Na extremidade de jusante da travessia foi prevista uma junta de desmontagem auto-travada e


uma picagem flangeada para instalação de uma ventosa de três funções de diâmetro DN 100.

4 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA

4.1 - Acções

As acções consideradas na verificação da segurança da travessia T2 foram as indicadas no


RSA (Regulamento de Segurança e Acções em Estruturas de Edifícios e Pontes) para pontes
da classe 2 e para a zona territorial em que a obra se localiza (zona A).

4.2 - Métodos de Dimensionamento

A análise da estrutura submetida às acções regulamentares foi efectuada por métodos


matemáticos realizados em computador através de programas de cálculo estrutural, quer de
aplicação geral, quer especificamente desenvolvidos para o cálculo de obras de arte.

Dos programas de aplicação geral recorreu-se prioritariamente ao programa SAP90, sendo


utilizados modelos de barras tridimensionais. Para a análise da estrutura quando solicitada pela
acção dos sismos, foram consideradas forças estáticas equivalentes.

Dos programas específicos para o dimensionamento de obras de arte recorreu-se ao programa


SAP-PON, desenvolvido na COBA e devidamente testado em obras já construídas e em
funcionamento no nosso País. O programa permite também efectuar a análise do processo
construtivo de obras de arte, determinando as histórias e envolventes de deslocamentos,
esforços e tensões ao longo do processo.
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Os efeitos diferidos (fluência, retracção do betão e relaxação das armaduras do pré-esforço)


foram considerados pelo método de redistribuição de esforços proposto em FIP/CEB
Recommendations for the Design of Structural Concrete, fib, Lausanne, 1999.

Para a verificação da segurança de secções de betão armado seguiu-se o preconizado no


REBAP (Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado) e foram utilizados
programas desenvolvidos na COBA.

4.3 - Critérios de Verificação da Segurança

Verificou-se a segurança de todos os elementos constituintes da obra, seguindo-se


fundamentalmente o REBAP. Nos aspectos em que este é omisso seguiram-se regulamentos e
normas internacionais.

Deste modo, de acordo com as modernas filosofias de verificação da segurança das estruturas
de betão armado e com a regulamentação em vigor, efectuaram-se dois tipos de verificações
para o tabuleiro:

• Verificação da segurança em relação aos estados limites de utilização - de acordo


com o REBAP, verificou-se a segurança em relação aos seguintes estados limites:
− Descompressão, para a combinação de acções quase permanente;
− Largura de fendas, para a combinação de acções frequente;
− Compressão máxima no betão para a combinação de acções raras.

• Verificação da segurança em relação aos estados limites últimos - verificou-se a


segurança em relação ao estado limite último de resistência, com as combinações
fundamentais indicadas no REBAP.

A verificação da segurança da obra durante a fase de construção foi efectuada com base na
limitação das tensões máximas e mínimas ocorrentes, tendo em conta a curta duração das
situações em causa e considerando explicitamente o faseamento e método construtivo
preconizado.

A segurança das diversas peças de betão armado que constituem os encontros foi verificada
em relação aos estados limites últimos de resistência.

A verificação da segurança dos restantes elementos constituintes da obra foi efectuada em


relação aos estados limites últimos de resistência para os elementos em betão armado e pelo

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método das tensões admissíveis para outros elementos, como aparelhos de apoio e
dispositivos de travamento.

Em relação à segurança dos terrenos de fundação, recorre-se à comparação das tensões


actuantes com as tensões admissíveis para as fundações directas.

5 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS

As fundações serão construídas pelos métodos habituais pelo que não lhes fazemos aqui
referência especial. De referir apenas que a construção das vigas de estribo nos encontros
poderá obrigar ao recurso a ensecadeiras em face da sua proximidade em relação ao canal.
Os custos destas ensecadeiras deverão estar reflectidos nos preços dos trabalhos de
escavação.

Em face dos condicionamentos apresentados e do tipo de solução adoptada o tabuleiro será


executado por meio de auto-gruas trabalhando a partir das margens do canal. Assim, a sua
construção compreende as seguintes fases:

• Pré-fabricação das vigas em fábrica

• Transporte e montagem das vigas

• Colocação das pré-lajes

• Betonagem da laje superior do tabuleiro e das carlingas nos apoios

• Acabamentos

Refira-se também que, por razões de exploração do sistema, os trabalhos terão que ser
realizados nos meses de Setembro a Dezembro.

6 - MATERIAIS

Os materiais a utilizar na execução das Travessias foram ditados pela necessidade de garantir
não só a resistência, mas também a durabilidade das obras. Nesse sentido prescrevem-se
betões de classes superiores às mínimas regulamentares, indicando-se também as respectivas
classes de exposição segundo a Especificação E378 do LNEC, em articulação com a ENV206.
Nos quadros I e II apresentam-se os materiais adoptados.

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IDRHa

Quadro I - Betões
BETÕES
Componente REBAP NP ENV 206 Classe de Classe de Exposição Ambiental
Construtivo Cubos 20x20 Cilindros 15x30/Cubos 15x15 Abaixamento REBAP NP ENV 206 E 378
(MPa) (MPa) NP ENV 206
Regularização B20 C 16/20 S1 / S2 - - -
e selagem
Estacas B35 C 30/37 S2 / S3 Moderadamente 2a EC2
agressivo
Lajes de B30 C 25/30 S2 / S3 Moderadamente 2a EC2
Transição agressivo
Encontros em B35 C 30/37 S2 / S3 Moderadamente 2a EC4
Elevação agressivo
Tabuleiros B35 C 30/37 S2 / S3 / S4 Moderadamente 2a EC4
Elementos agressivo
betonados “in
situ”
Tabuleiros B45 C 40/50 S2/S3/S4 Moderadamente 2a EC4
Vigas agressivo
préfabricadas

Quadro II - Aços
AÇOS
Componente Armadura Passiva Armadura de Pré-esforço Recobrimento
Construtivo (REBAP) (EURONORM 10138) (mm)
Regularização e selagem - - -
Estacas A400NR - 50
Lajes de transição A400NR - 50
Encontros em elevação A400NR - 35
Tabuleiros - A400NR - 30
- Elementos betonados “in
situ”
Tabuleiros - A400NR ST 1670/1860 25
- Vigas préfabricadas

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte I – Memória Descritiva
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A. – Parte II: Cálculos Justificativos
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

ÍNDICE

1 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DO TABULEIRO ................................................ 3


1.1 - Introdução .......................................................................................................... 3
1.2 - Fase Construtiva................................................................................................ 3
1.2.1 - Generalidades ..........................................................................................................................3
1.2.2 - Fase 1 - Aplicação do pré-esforço em estaleiro ...................................................................5
1.2.2.1 - Acções................................................................................................................................5
1.2.2.2 - Esforços .............................................................................................................................6
1.2.2.3 - Verificação da segurança.................................................................................................6
1.2.3 - Fase 2 - Betonagem da laje superior .....................................................................................7
1.2.3.1 - Acções................................................................................................................................7
1.2.3.2 - Esforços .............................................................................................................................7
1.2.3.3 - Verificação da segurança.................................................................................................7
1.3 - Fase de Serviço.................................................................................................. 7
1.3.1 - Generalidades ..........................................................................................................................7
1.3.2 - Fase 3 - Entrada em serviço da obra (t0) ...............................................................................9
1.3.2.1 - Acções................................................................................................................................9
1.3.2.2 - Esforços ...........................................................................................................................10
1.3.3 - Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞).......................................................................16
1.3.3.1 - Acções..............................................................................................................................16
1.3.3.2 - Esforços ...........................................................................................................................17
1.3.4 - Estado limite de deformação ................................................................................................21
1.3.4.1 - Introdução........................................................................................................................21
1.3.4.2 - Deslocamentos elásticos ...............................................................................................21
1.3.4.3 - Deslocamentos ao longo do tempo ..............................................................................21
1.3.4.4 - Conclusão ........................................................................................................................23
1.4 - Segurança do Tabuleiro na Direcção Transversal........................................ 23
1.4.1 - Laje entre vigas ......................................................................................................................23

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A – Parte II – Cálculos Justificativos.
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1.4.1.1 - Esforços ...........................................................................................................................23


1.4.1.2 - Armaduras .......................................................................................................................24
1.4.2 - Consolas .................................................................................................................................24
1.4.2.1 - Esforços ...........................................................................................................................24
1.4.2.2 - Armaduras .......................................................................................................................25
1.4.3 - Consola da viga pré-fabricada..............................................................................................25
1.4.4 - Carlingas sobre os apoios nos encontros ..........................................................................25

2 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS ENCONTROS.......................................... 26


2.1 - Introdução ........................................................................................................ 26
2.2 - Acções .............................................................................................................. 26
2.3 - Segurança Interior dos Encontros ................................................................. 26
2.3.1 - Estacas....................................................................................................................................26
2.3.1.1 - Esforços ...........................................................................................................................26
2.3.1.2 - Verificação da segurança das estacas .........................................................................28
2.3.2 - Viga de estribo .......................................................................................................................29
2.3.2.1 - Esforços ...........................................................................................................................29
2.3.2.2 - Armaduras .......................................................................................................................29

3 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS APARELHOS DE APOIO........................ 30


3.1 - Introdução ........................................................................................................ 30
3.2 - Deslocamentos do Tabuleiro .......................................................................... 30
3.3 - Aparelhos de Apoio nos Encontros ............................................................... 30

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A – Parte II – Cálculos Justificativos.
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

1 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DO TABULEIRO

1.1 - Introdução

A travessia T2 sobre o canal de rega é feita à custa de uma Passagem Superior de tabuleiro
único, constituído por vigas pré-fabricadas, solidarizadas "in situ" longitudinal e
transversalmente, conseguindo assim uma estrutura contínua entre eixos dos apoios nos
encontros. O comprimento total da obra é de 22 m entre eixos de encontros.

Para a análise estrutural deste tabuleiro recorreu-se a modelos de cálculo tridimensionais,


considerando-se quatro situações correspondentes às diversas fases da vida da obra.

Nos pontos seguintes descrevem-se os cálculos efectuados. No ponto 1.2 apresenta-se a


análise do tabuleiro na fase construtiva (duas situações de cálculo). No ponto 1.3 apresenta-se
a análise na fase de serviço (duas situações de cálculo). Finalmente, no ponto 1.4 é ainda
verificada a segurança na direcção transversal.

1.2 - Fase Construtiva

1.2.1 - Generalidades

O processo construtivo preconizado recorre a vigas pré-fabricadas em estaleiro que


posteriormente serão colocadas em obra e sobre as quais é betonada “in situ” uma laje de
solidarização com 0,15 m de espessura. Admite-se que as vigas serão colocadas em obra 30
dias após a sua fabricação e que a aplicação do pré-esforço em estaleiro – corte dos fios –
será realizada aos 7 dias.

Uma vez que as vigas extremas estarão sujeitas a maiores cargas permanentes, devido à
existência dos passeios, haverá que estudar dois tipos de vigas:

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- Viga extrema para vão de 22 m

- Viga intermédia para vão de 22 m

Para a fase construtiva houve assim que analisar duas situações:

i) Fase 1 – Aplicação do pré-esforço em estaleiro;

ii) Fase 2 – Betonagem da laje de solidarização.

Para a fase construtiva recorreu-se a um modelo de três vigas simplesmente apoiadas (Figura
1), no qual se representou desde logo toda a estrutura. Os elementos longitudinais
representam as vigas isoladas, não existindo quaisquer elementos de ligação transversal.
Note-se que nesta fase as acções são idênticas para as vigas extrema e intermédia.

Figura 1 - Modelo estrutural - Fase de montagem das vigas

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Figura 1ª - Modelo estrutural – Discretização

1.2.2 - Fase 1 - Aplicação do pré-esforço em estaleiro

1.2.2.1 - Acções

Peso próprio da viga

Nesta fase o peso próprio considerado é apenas o da viga, calculado considerando que em
cada secção o seu valor é dado pela área da secção transversal multiplicada pelo peso
volúmico do betão armado. As características geométricas das secções consideradas foram
calculadas em computador e vão indicadas no Capítulo I do Anexo I.

Pré-esforço

Nesta fase considera-se o pré-esforço inicial, o qual foi calculado em computador por
intermédio de um programa que toma em consideração todas as constantes necessárias para
a sua correcta avaliação, segundo o preconizado no REBAP. No Capítulo II do Anexo I
apresentam-se os dados e os resultados obtidos para as vigas de 22 m.

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1.2.2.2 - Esforços

Os esforços significativos durante a fase de construção são os momentos flectores.

No Capítulo I do Anexo I apresenta-se o modelo estrutural utilizado o qual está também


representado na Figura 1.

Como já referido calcularam-se os esforços devidos às acções indicadas em 1.2.2.1, os quais


são apresentados no Capítulo III do Anexo I(1). Salienta-se novamente o facto de nesta fase
ainda não existir diferença entre vigas extremas e intermédia(2).

1.2.2.3 - Verificação da segurança

A verificação da segurança durante a fase construtiva foi efectuada em relação aos estados
limites de utilização através da limitação dos valores máximos das tensões e da verificação do
estado limite de abertura de fendas.

No Anexo I Capítulo III.1 apresentam-se as tensões na Fase 1, as quais foram determinadas


considerando as características elásticas da viga isolada. Da análise dos resultados verifica-se
que as tensões máximas de compressão são da ordem de 15,6 MPa, valor que se considera
aceitável para o betão especificado (fcd = 26,7 MPa). O valor característico da resistência à
compressão do betão na data de corte dos fios deverá ser superior a:

fck,j ≥ 1,5 × 15,6 = 23,4 MPa

As tracções máximas que ocorrem, surgem na fibra superior das vigas e são da ordem dos
1,9 MPa, valor menor que a resistência média à tracção do betão (fctm = 3,4 MPa) pelo que está
garantida a segurança ao estado limite de largura de fendas.

(1)
Em face do seu volume apenas se apresentam os esforços relativos à primeira viga extrema (barras 200 a 219) e
à viga intermédia (barras 400 a 419).
(2)
Os valores dos esforços e tensões não são exactamente iguais por razões numéricas.
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1.2.3 - Fase 2 - Betonagem da laje superior

1.2.3.1 - Acções

Nesta fase as acções são as que se apresentaram em 1.2.2.1 às quais acresce o peso próprio
da laje superior, o qual corresponde a:

Viga extrema 1,95 × 0,15 × 25 = 7,3 kN/m

Viga intermédia 2,10 × 0,15 × 25 = 7,9 kN/m

1.2.3.2 - Esforços

Recorrendo ao modelo estrutural referido em 1.2.1 e apresentado na Figura 1, calcularam-se


os esforços adicionais devidos ao peso próprio da laje superior, os quais constam do Capítulo
III.1 do Anexo I. Note-se que nesta fase a diferença entre vigas extremas e intermédia é
insignificante.

1.2.3.3 - Verificação da segurança

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança foi efectuada em relação aos estados
limites de utilização incluindo a verificação da descompressão na fibra inferior das vigas.

No Capítulo III.1 do Anexo I apresentam-se as tensões na Fase 2, as quais foram também


determinadas considerando as características elásticas da viga isolada, uma vez que nesta
fase a laje superior constitui uma simples carga, não contribuindo ainda para a rigidez da
estrutura. Da análise dos resultados verifica-se que as tensões mínimas na fibra inferior são de
4,1 MPa para as vigas extremas e de 3,9 MPa para a viga intermédia, pelo que está verificada
a segurança ao estado limite de descompressão.

1.3 - Fase de Serviço

1.3.1 - Generalidades

Na fase de serviço foram consideradas duas situações de cálculo:

i) Fase 3 - Entrada da obra em serviço (t0);


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ii) Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞).

Para estas fases recorreu-se a um modelo estrutural contínuo de vão único (Figura 2), o qual
foi carregado como se indica nos pontos seguintes.

Figura 2 - Modelo estrutural - Estrutura completa

Para a Fase 3 sobrepuseram-se as tensões resultantes da Fase 2 com as tensões calculadas


para a secção total sujeita às acções adicionais correspondentes à fase de serviço: restante
carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas rodoviárias. Esta verificação
corresponde à situação de curto prazo em que os efeitos diferidos ainda não ocorreram.

No que respeita à Fase 4 foi considerada a redistribuição de tensões devida à evolução da


secção ao longo do tempo, correspondendo esta fase à situação de longo prazo em que se
pode já admitir que os efeitos diferidos ocorreram e que a obra funciona como uma peça
homogénea. No ponto 1.3.3.2 apresenta-se em detalhe o método utilizado.

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1.3.2 - Fase 3 - Entrada em serviço da obra (t0)

1.3.2.1 - Acções

a) Acções permanentes

As acções permanentes são as do peso próprio (viga e laje), do pré-esforço, da restante carga
permanente e da retracção. As duas primeiras são as que se apresentaram nos pontos
anteriores enquanto que a restante carga permanente é:

Viga extrema

- Lancil 0,35 × 0,25 × 25 ......................................................... = 2,19 kN/m


- Rede de protecção 0,50 ......................................................... = 0,50 kN/m
- Betuminoso 1,70 × 0,10 ×24 ......................................................... = 4,08 kN/m
6,76 kN/m

Viga intermédia

- Tapete betuminoso 2,10 × 0,10 ×24 ......................................................... = 5,04 kN/m

5,04 kN/m

Em favor da segurança adoptou-se 6,8 kN/m para as vigas extremas e 5,1 kN/m para a viga
intermédia.

A retracção foi considerada com base nos modelos indicados no REBAP. Assim, de forma
simplificada, assimilaram-se os efeitos da retracção aos de uma variação de temperatura
uniforme de -20ºC.

b) Acções variáveis

Variações de temperatura

De acordo com o previsto no RSA consideraram-se dois tipos de variações de temperatura:

- variação de temperatura uniforme de ±15°C, correspondente à amplitude térmica


anual;

- variações diferenciais de temperatura:


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• ∆Ts = 10°C e ∆Ti= 0°C, correspondente a um aquecimento diurno,


• ∆Ts = -5°C e ∆Ti= 0°C, correspondente a um arrefecimento nocturno.

Sobrecargas rodoviárias

A obra foi considerada da classe II pelo que, de acordo com o RSA, as sobrecargas a
considerar para ambos os tipos de vigas são:

- Sobrecarga uniforme su = 3 kN/m2

- Sobrecarga linear sl = 30 kN/m

- Veículo tipo vt = 3 × 100 kN

- Frenagem fre = 20 kN/m

Notar que se considerou a possibilidade das acções rodoviárias actuarem em toda a extensão
do perfil transversal e que o efeito da sobrecarga em passeios não é condicionante.

1.3.2.2 - Esforços

a) Esforços característicos

Nesta Fase 3 admite-se que os esforços devidos ao peso próprio e ao pré-esforço são ainda
suportados pelas vigas isoladas, isto é, admite-se que ainda não decorreu tempo suficiente
para que a redistribuição de tensões devida à variação da secção se tenha dado. Assim os
esforços devidos a estas acções são os que se apresentaram nos pontos 1.2.2.2 e 1.2.3.2.

Pelo contrário, a restante carga permanente e as acções variáveis, as quais só são instaladas
após a betonagem da laje, actuam sobre a estrutura completa.

No Capítulo III.1 do Anexo I apresentam-se os resultados em termos de esforços para a


restante carga permanente e para as acções variáveis.

As envolventes de esforços devidas às sobrecargas rodoviárias (Capítulo III.1 do Anexo I)


foram determinadas a partir das linhas de influência de esforços, as quais foram calculadas
através do programa de cálculo automático SAP90.

Em favor da segurança adoptaram-se valores unitários dos coeficientes de repartição dos


esforços devidos ao veículo tipo.

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b) Esforços e tensões de cálculo

Estado limite de descompressão

Para o tipo particular de estrutura em causa, nomeadamente quanto ao andamento dos


cordões de pré-esforço, há que verificar o estado limite de descompressão ao longo da fibra
inferior das vigas.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação quase permanente para a verificação do estado
limite de descompressão. Os coeficientes de combinação utilizados foram:

- Peso próprio e restante carga permanente ........... 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 0,3 ou 0,00


- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 0,2 ou 0,00

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Descompressão) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Compressão máxima

Para o tipo particular de estrutura em causa há que verificar a compressão máxima no betão. O
facto de o andamento dos cordões de pré-esforço ser recto junto à fibra inferior das vigas faz
com que sejam também estas as fibras condicionantes para este estado limite.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação rara para a verificação do estado limite de
compressão máxima. Os coeficientes de combinação utilizados foram:

- Peso próprio e restante carga permanente ........... 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 1,0 ou 0,00

- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 1,0 ou 0,00

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Compressão máxima) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.
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Estados limites últimos

As envolventes de estados limites últimos foram também calculadas por aplicação aos esforços
devidos às diferentes acções dos coeficientes de combinação indicados no RSA. Os
coeficientes utilizados foram:

- Peso próprio ........................................................... 1,35 ou 1,0

- Restante carga permanente .................................. 1,50 ou 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 0,90 ou 0,0

- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 1,50 ou 0,0

No Capítulo III.1 do Anexo (ELU - Tempo Zero) apresenta-se a envolvente de momentos


flectores, a qual consta também da Figura 3(3).

Figura 3 - MSd - MRd

(3)
De facto nesta figura o que se apresenta é a envolvente das envolventes a T0 e aT∞.
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c) Verificação da segurança

Estado limite de descompressão

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de descompressão durante
esta Fase 3 foi efectuada para a fibra inferior das vigas. Note-se que para a fibra inferior da
secção do apoio sobre os encontros, betonada "in situ", este estado limite não é aplicável, uma
vez que nesta secção ainda não se faz sentir o efeito do pré-esforço.

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Descompressão) apresentam-se as tensões de cálculo


resultantes na Fase 3. Estas tensões resultam da sobreposição das tensões da Fase 2,
calculadas considerando as características elásticas da viga isolada, com as tensões
resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas
rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje.

No Quadro 1 apresenta-se os valores das tensões combinadas mínimas, os quais são sempre
de compressão, pelo que está verificada a segurança ao estado limite de descompressão.

Quadro 1 - Fase 3. Tensões de cálculo. Estado limite de descompressão.


Valores mínimos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 0,53

Intermédia 1,17

Estado limite de compressão máxima

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de compressão máxima
durante esta Fase 3 foi efectuada para a fibra inferior das vigas, por ser a mais condicionante.

No Capítulo III.1 (Tempo Zero - Compressão máxima) apresentam-se as tensões de cálculo


resultantes na Fase 3 para este estado limite. Estas tensões resultam da sobreposição das
tensões da Fase 2, calculadas considerando as características elásticas da viga isolada, com
as tensões resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas
rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje. No Quadro
2 apresenta-se os valores das tensões combinadas máximas. Estes valores são sempre
inferiores a fcd - 26,7 MPa no caso vertente - pelo que está verificada a segurança ao estado
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limite de compressão máxima.

Quadro 2 - Fase 3. Tensões de cálculo. Estado limite de compressão máxima.


Valores máximos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 11,1

Intermédia 10,7

Estados limites últimos

- Flexão

Recorrendo a um programa de cálculo automático especificamente desenvolvido para o efeito


(SECBAP) determinaram-se as capacidades resistentes das secções condicionantes do
dimensionamento. O programa determina, de acordo com as hipóteses e o modelo de cálculo
prescritos no REBAP, a capacidade resistente de secções direitas ou invertidas, em betão
armado e pré-esforçado sujeitas à flexão simples ou composta com compressão ou tracção.
Uma vez que as armaduras passivas e activas das lajes e vigas são exactamente iguais para
as vigas extremas e intermédias, a sua capacidade resistente é também igual. Assim, no
Capítulo III.2 do Anexo I apresentam-se os dados e os resultados obtidos para as capacidades
resistentes das secções representativas das vigas. No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo
Zero e Tempo Infinito) apresenta-se o resumo dos momentos actuantes, a curto prazo (Fase 3)
e a longo prazo (Fase 4). Na Figura 3 apresenta-se a envolvente de envolventes (curto e longo
prazo) dos momentos actuantes sobreposta com o diagrama de momentos resistentes
(diagramas Msd - Mrd).

Uma vez que os momentos actuantes (Msd) são sempre inferiores aos momentos resistentes
(Mrd) está garantida a segurança.

- Esforço transverso e fluxo de corte

O esforço transverso de cálculo no apoio (Capítulo III.3 do Anexo I) é:

V t0 = 754 kN V t00 = 755 kN


sd sd

A capacidade resistente intrínseca do betão é:


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Vcd = τ 1 bw d = 1000 × 0,14 × 1,00 = 140 kN

Pelo que a armadura de esforço transverso deverá ser superior a:

Asw 755 − 140


> = 19,6 cm2/m
s 0,9 × 1,00 × 34,8

Adopta-se estribos ∅12//0,10 (22,6 cm2/m).

O fluxo de corte na ligação entre a laje e a viga é:

V S 755 × 0,0756
F = Sd = = 749 kN/m
Sd I 0,0762

De acordo com o EC2 – Parte 1-3 – Regras Gerais – Peças e estruturas pré-fabricadas de
betão, a tensão de corte resistente ( τ Rdj ) é:

τ =k τ + µσ + ρf (µ sin α + cos α )
Rdj T Rd N yd

A parcela da resistência ao fluxo de corte do betão é (junta rugosa, C30/37), :

k τ + µσ =1,8 × 0,34 + 0,7 × 0 = 0,612 MPa


T Rd N

Sendo a armadura específica à superfície de corte (α = 90º), e considerando uma área de


contacto efectiva de 0,40 m (bj = 0,40 m), obtém-se a seguinte armadura de cálculo:

F 749
τ = Sd = = 1873 kPa
Sd b 0,40
j

τ − k τ (+ µσ )
N = 1,873 − 0,612 = 0,00362
ρ = Sd T Rd
f 348
yd

A = ρb = 0,00362 × 0,40 = 1,45 × 10 − 3 m 2 / m = 14,5 cm 2 / m


s j

Adopta-se assim para armadura de conexão ∅10//0,10 (22,6 + 15,7 - 19,6 = 18,7 cm2/m).

15
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IDRHa

1.3.3 - Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞)

1.3.3.1 - Acções

As acções nesta fase são as que se apresentaram em 1.3.2.1 e a acção sísmica.

A análise da estrutura sujeita à acção sísmica foi efectuada recorrendo ao processo


simplificado de análise estática equivalente preconizado no RSA. A obra localiza-se na zona
sísmica A. Considerou-se, em favor da segurança, que os terrenos de fundação são do tipo III.

A frequência própria fundamental da estrutura é dada por:

1 kg
f=
2π P

em que,
k - é a rigidez dos aparelhos de apoio e,
P - é o peso da massa vibrante.

Assim, tem-se:

0,20 × 0,30
k = 6× × 2000 = 11 803 kN/m
0,061

• Peso próprio do tabuleiro - P1 = 1104 kN


• Peso próprio das carlingas - P2 = 157,5 kN
• Restante carga permanente - P3 = 411,4 kN
• Parcela quase permanente das sobrecargas - P4 = 105,6 kN
⎯⎯⎯⎯⎯
P = 1778,5 kN
Ou seja,

1 11803 × 9,81
f= = 1,28 Hz
2π 1778,5

Para Terreno tipo III, o coeficiente sísmico de referência é:

β 0 = 0,23 f = 0,23 1,28 = 0,261

e o valor do coeficiente sísmico (Zona A):


16
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α 1,0
β = β0 = 0,261 = 0,130
η 2,0

O valor característico da força estática equivalente à acção sísmica é:

Fk = β P = 0,130 × 1778,5 = 232 kN

e o deslocamento horizontal do tabuleiro,

Fk 232
dk = η = × 2,0 = 0,039 m
k 11803

1.3.3.2 - Esforços

a) Esforços característicos

Nesta Fase 4 admite-se que os esforços devidos ao peso próprio e ao pré-esforço são já
suportados pela estrutura completa, isto é, admite-se que decorreu tempo suficiente para que a
redistribuição de tensões devida à variação de secção se tenha dado. Assim os esforços e
tensões devidos a estas acções são determinados pelo método de redistribuição proposto em
FIP Recommendations, Lausanne 1999 (método do coeficiente de envelhecimento). As
tensões a tempo infinito são dadas por:

σ∞ = σo +
ϕ
1 + χϕ
(
σc − σo +
(Po ) (Po )
)
σ (cP∞ ) − σ (cPo )
2

em que:

ϕ ( t 0 , t ∞ ) – coeficiente de fluência;

χ - coeficiente de envelhecimento.

A primeira parcela corresponde à tensão ao fim da construção da obra. A segunda parcela


corresponde à variação de tensão, sob carga constante e a última parcela tem em conta a
variação de carga entre a conclusão da obra e o fim da vida útil da mesma (em particular a
parcela do pré-esforço).

Os esforços denotados por SC (correspondentes às tensões σc) foram calculados e são


apresentados no Capítulo III.1 do Anexo I, para o peso próprio da viga e da laje e para o pré-
esforço. O coeficiente de fluência foi determinado tal como preconizado no REBAP admitindo t0
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= 60 dias e t∞ = 8000 dias. O coeficiente de envelhecimento foi tomado igual a 0,7 de acordo
com o indicado em FIP Recommendations, Lausanne 1999.

A restante carga permanente e as acções variáveis, as quais só são instaladas após a


betonagem da laje, actuam, tal como na Fase 3, sobre a estrutura completa logo desde o início
da sua aplicação pelo que não há efeitos diferidos a considerar. No Capítulo III.1 do Anexo I
apresentam-se os resultados em termos de esforços para a restante carga permanente e para
as acções variáveis.

As envolventes de esforços devidas às sobrecargas rodoviárias (Capítulo III.1 do Anexo I)


foram determinadas a partir das linhas de influência de esforços, as quais foram calculadas
através do programa de cálculo automático SAP90 e são as que se apresentaram para a
Fase 3.

b) Esforços e tensões de cálculo

Estado limite de descompressão

Para o tipo particular de estrutura em causa, nomeadamente quanto ao andamento dos


cordões de pré-esforço, há que verificar o estado limite de descompressão ao longo da fibra
inferior das vigas.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação quase permanente para a verificação do estado
limite de descompressão. Os coeficientes de combinação utilizados foram os que se
apresentaram para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Descompressão) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Compressão máxima

Para o tipo particular de estrutura em causa há que verificar a compressão máxima no betão. O
facto de o andamento dos cordões de pré-esforço ser recto junto à fibra inferior das vigas faz
com que sejam também estas as fibras condicionantes para este estado limite.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação rara para a verificação do estado limite de
18
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compressão máxima. Os coeficientes de combinação utilizados foram os que se apresentaram


para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Compressão máxima) apresenta-se a envolvente


de tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Estados limites últimos

As envolventes de estados limites últimos foram também calculadas por aplicação aos esforços
devidos às diferentes acções dos coeficientes de combinação indicados no RSA. Os
coeficientes utilizados foram os que se apresentaram para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo Infinito) apresenta-se a envolvente de momentos


flectores correspondente para a situação mais desfavorável, a qual consta também da Figura
3(3)

c) Verificação da segurança

Estado limite de descompressão

Tal como para a Fase 1, a verificação da segurança ao estado limite de descompressão


durante esta Fase 4 foi efectuada para a fibra inferior das vigas. Note-se que para a fibra
inferior da secção do apoio sobre os encontros, betonada "in situ", este estado limite não é
aplicável, uma vez que nesta secção ainda não se faz sentir o efeito do pré-esforço.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Descompressão) apresentam-se as tensões de


cálculo resultantes na Fase 4. Estas tensões resultam da sobreposição das tensões resultantes
da redistribuição das tensões devidas aos pesos próprios e ao pré-esforço, com as tensões
resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas
rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje. No Quadro
3 apresentam-se os valores das tensões combinadas mínimas, os quais são sempre iguais ou
superiores a zero, pelo que está verificada a segurança ao estado limite de descompressão.

(3)
De facto nesta figura o que se apresenta é a envolvente das envolventes a T0 e aT∞.
19
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Quadro 3 - Fase 4. Tensões de cálculo. Estado limite de descompressão.


Valores mínimos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 0,63

Intermédia 1,29

Estado limite de compressão máxima

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de compressão máxima
durante esta Fase 4 foi efectuada para a fibra inferior das vigas, por ser a mais condicionante.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Compressão máxima) apresenta-se as tensões de


cálculo resultantes na Fase 4 para este estado limite, calculadas com indicado anteriormente.
No Quadro 4 apresentam-se os valores das tensões combinadas máximas. Estes valores são
sempre inferiores a fcd - 26,7 MPa no caso vertente - pelo que está verificada a segurança ao
estado limite de compressão máxima.

Quadro 4 - Fase 4. Tensões de cálculo. Estado limite de compressão máxima.


Valores máximos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 10,2

Intermédia 9,9

Estados limites últimos

- Flexão

Como se referiu em 1.3.2.2 c), as armaduras passivas e activas das lajes e vigas são
exactamente iguais para as vigas extremas e intermédias, pelo que a sua capacidade
resistente é também igual (Capítulo III.2 do Anexo I). No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo
Zero e Tempo Infinito) apresenta-se o resumo dos momentos actuantes, a curto prazo (Fase 3)
e a longo prazo (Fase 4). Na Figura 3 apresenta-se a envolvente de envolventes (curto e longo
prazo) dos momentos actuantes sobreposta com o diagrama de momentos resistentes
(diagramas Msd - Mrd).
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Uma vez que os momentos actuantes (Msd) são sempre inferiores aos momentos resistentes
(Mrd) está garantida a segurança.

- Esforço transverso e fluxo de corte

O esforço transverso de cálculo (Capítulo III.3 do Anexo I) é:

V t00 = 755 kN
Sd

Já foi tratado no ponto 1.3.2.2 c).

1.3.4 - Estado limite de deformação

1.3.4.1 - Introdução

O faseamento construtivo desempenha um papel fundamental na verificação da segurança ao


estado limite de deformação, uma vez que condiciona os deslocamentos.

Apresenta-se um cenário de faseamento construtivo, no qual as vigas são pré-esforçadas aos


7 dias e as lajes são betonadas 60 dias depois.

1.3.4.2 - Deslocamentos elásticos


Os deslocamentos devidos às diversas acções, para os diversos sistemas estáticos, são os
indicados no quadro 5, e serão utilizados no cálculo dos diversos cenários.

Quadro 5 - Deslocamentos elásticos a meio vão do tabuleiro [mm]

Viga Viga + Laje

PPVIGA + Pré PPLAJE PPVIGA + Pré PPLAJE RCP

22,3 -16,3 18,7 -8,7 -7,3

+- sentido ascendente

1.3.4.3 - Deslocamentos ao longo do tempo

a) Aplicação do pré-esforço

O deslocamento instantâneo no dia de aplicação do pré-esforço é de 22,3 mm, conforme


consta do quadro 5.
21
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b) Betonagem da laje

O coeficiente de fluência para a viga no período considerado é:

ϕ(7;67)= 1,527

Tem-se um deslocamento diferido de:

δϕ = 1,527 × 22,3 = 34,0 mm

O deslocamento correspondente à betonagem da laje é:

δ = -16,3 mm

Resulta assim o seguinte deslocamento total:

δ = 22,3 + 34,0 – 16,3 = 40,0 mm

c) Aplicação da restante carga permanente

O deslocamento devido à aplicação da restante carga permanente é:

δ = -7,3 mm

O deslocamento após a aplicação desta acção é:

δ = 40,0 – 7,3 = 32,7 mm

d) Fluência a tempo infinito

O deslocamento devido à fluência a tempo infinito para as diversas acções pode ser
determinado como segue:

ϕ(7; ∞)= 3,034

ϕ(67; ∞)= 1,934

δϕ =(3,034-1,934) × 18,7 + 1,934 × (-8,7-7,3) = -10,4 mm

Resulta o seguinte deslocamento a tempo infinito:

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δ∞ = 32,7 - 10,4 = 22,3 mm

e) Deslocamento devido à sobrecarga distribuída

O deslocamento devido à sobrecarga distribuída pode ser estimado da seguinte forma:

5 × 2,10 × 3,0 × 22,0 4


δ SU = − = −7,2 × 10 −3 = −7,2 mm
384 × 35 × 10 6 × 0,0762

O deslocamento a meio vão, incluindo o efeito da sobrecarga distribuída, é:

δ∞,SU =22,3 – 7,2 = 15,1 mm

1.3.4.4 - Conclusão

A análise destes deslocamentos mostra que a situação condicionante corresponde à obra em


serviço sujeita à sobrecarga, situação essa em que a flecha resultante é no sentido
descendente (17,6 mm = 32,7 - 15,1). O seu valor é inferior a 1/1000 (22 mm) pelo que está
verificada a segurança ao estado limite de deformação.

1.4 - Segurança do Tabuleiro na Direcção Transversal

1.4.1 - Laje entre vigas

1.4.1.1 - Esforços

A laje entre vigas foi analisada recorrendo a um modelo de viga bi-encastrada. Consideraram-
-se as acções do peso próprio, restante carga permanente e veículo tipo. Para o veículo tipo
recorreu-se às superfícies de influência de Homberg-Ropers.

Momentos flectores devidos à carga permanente:

Apoio - Mcp = - (0,15 + 0,10) × 25 × 2,102 / 12 = -2,3 kNm/m

Vão - Mcp = (0,15 + 0,10) × 25 × 2,102 / 24 = 1,15 kNm/m

Momentos flectores devidos ao veículo-tipo:

50
Apoio - Mvt = - (8,0 + 1×0,3) = - 16,5 kNm/m

23
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50
Vão - Mvt = (6 + 2×0,4)= 13,5 kNm/m

A combinação de esforços utilizada foi:

Msd = 1,35 Mcp + 1,50 Mvt

Os esforços de cálculo são:

Apoio - Msd = -1,35 × 2,3 - 1,50 × 16,5 = -28 kNm/m

Vão - Msd = 1,35 × 1,15 + 1,50 × 13,5 = 22 kNm/m

1.4.1.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400 tem-se:

Msd,apoio = -28 kNm/m; σsd = 0,70 MPa; ρsd = 0,208; As- = 4,2 cm²/m

Adoptam-se ∅10//0,10 (7,85 cm²/m) na face superior, pelo que está garantida a segurança.

Msd,vão = 22 kNm/m; σsd = 0,98 MPa; ρsd = 0,300; As+= 4,5 cm²/m

Adoptam-se ∅8//0,10 (5,0 cm²/m) na face inferior, pelo que está garantida a segurança.

1.4.2 - Consolas

1.4.2.1 - Esforços

Tendo por base a geometria das consolas e as acções anteriormente referidas avaliaram-se os
esforços últimos na secção de encastramento. Assim, tem-se:

Momento flector devido à carga permanente:

Mcp = - 0,15×25×0,902/2 - 0,825×2,2 - 0,10×24×0,652/2 - 0,5×1,5 = -4,6 kNm/m

O momento flector devido ao veículo-tipo foi determinado recorrendo às superfícies de


influência de Homberg-Ropers. Para o veículo com uma roda na extremidade da consola
(acção de acidente) tem-se:

Mvt = -50 (0,576 + 2×0,06) = -34,8 kNm/m


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Momento flector de cálculo:

Combinação de acidente - Msd = -1,0 × 4,6 - 1,0 × 34,8 = -39,4 kNm/m

1.4.2.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400, tem-se:

Msd,apoio = -39,4 kNm/m; σsd = 0,985 MPa; ρsd = 0,300; As- = 6,0 cm²/m

Adoptam-se ∅10//0,10 (7,85 cm²/m) na face superior, pelo que está garantida a segurança.

1.4.3 - Consola da viga pré-fabricada

As consolas das vigas pré-fabricadas têm de suportar o seguinte momento flector de


dimensionamento:

Msd = 1,35×(0,30×25×0,902/2 + 0,30×25×0,15×0,975) = 5,6 kNm/m

A armadura de flexão necessária é (B45; A400):

Msd = 5,6 kNm/m; σsd = 0,462 MPa; ρsd = 0,148; As- = 1,6 cm²/m

Adoptam-se ∅ 10//0,20 (3,9 cm²/m), pelo que está garantida a segurança.

1.4.4 - Carlingas sobre os apoios nos encontros

Uma vez que os aparelhos de apoio são colocados sob as vigas longitudinais, os esforços
sobre as carlingas não serão significativos, pelo que nos dispensamos de apresentar quaisquer
verificações de segurança.

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2 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS ENCONTROS

2.1 - Introdução

Os encontros são idênticos e constituídos por um simples maciço em betão armado que
descarrega sobre 2 estacas de 1,20 m de diâmetro.

A verificação da segurança dos encontros foi efectuada em relação à rotura das peças de
betão armado, para as combinações mais desfavoráveis e sujeitando-os às cargas totais
devidas às acções sobre o tabuleiro.

2.2 - Acções

Para a verificação da segurança dos encontros tomaram-se as seguintes acções:

- Peso das peças constitutivas do encontro (viga de estribo e espelho) com γ = 25 kN/m3;

- Reacções verticais do tabuleiro (acções permanentes e variáveis);

- Impulsos de terras: considera-se o impulso de terras no tardoz do encontro, aplicado no


espelho do estribo e no estribo. O ângulo de atrito interno considerado para os aterros
foi de 20°;

- Impulso de terras devido a uma sobrecarga de 10 kN/m² no aterro e;

- Impulso de terras devido à acção sísmica (ch = 0,19g).

2.3 - Segurança Interior dos Encontros

2.3.1 - Estacas

2.3.1.1 - Esforços

Para a determinação dos esforços nas estacas a acção condicionante é a acção sísmica.
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Assim, tem-se:

Impulsos de terras sobre o encontro -

2,20 2
Estático - Ia = 0,49 × 20 × = 23,7 kN/m y = 0,733 m
2

Sobrecarga - Isc = 0,49 × 10 × 2,20 = 10,8 kN/m y = 1,10 m

2,20 2
Sísmico - ∆Is = (0,787 − 0,490 ) × 20 × = 14,4 kN/m y = 1,466 m
2

Força sísmica do tabuleiro - Fk = 232 kN y = 1,15 m

Os esforços na cabeça das estacas são:

Me,sd = 1,5 × [23,7 × 0,733 + 10,8 × 1,10 + 14,4 × 1,466 ] ×


6 232
+ 1,5 × × 1,15 = 427 kNm
2 2

Ve,sd = 1,5 × [23,7 + 10,8 + 14,4] ×


6 232
+ 1,5 × = 394 kN
2 2

O comprimento elástico das estacas foi estimado através de:

Eb
t = 0,388 × φ × 4
Es

em que φ é diâmetro das estacas (1,2 m no caso vertente) e Eb (32 GPa) e Es (800 kPa) os
módulos de deformabildade da estaca e do terreno, respectivamente. Assim,

32 × 10 6
t = 0,388 × 1,20 × 4 = 6,6 m
800

O esforço axial máximo nas estacas é:

Nemáx = 0,5 × [1104 + 157,5 + 411,4] ×


1 1
+ 280 + 260 × = 828 kN,
2 2

Os esforços de cálculo nas estacas são:

Nemáx,sd = 1,5 × 828 = 1242 kN


Memáx,sd = 427 + 394 × 6,6 + 1242 × 0,20 = 3276 kNm
27
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Vemáx,sd = 394 kN

2.3.1.2 - Verificação da segurança das estacas

a) Solo de fundação

O esforço axial máximo nas estacas é:

Nemáx = 828 kN,

valor que é inferior à carga admissível na estaca, pelo que está garantida a segurança.

b) Segurança interior das estacas

Flexão

Os esforços actuantes mais desfavoráveis são:

Nsd = 1,5 × 828 = 1242 kN ou,


Nsd = 0,90 × (828-280) = 493 kN com,

Msd = 3276 kNm

Recorrendo a um programa especialmente desenvolvido para o cálculo da capacidade


resistente de secções de betão armado em flexão desviada composta com compressão ou
tracção segundo as hipóteses preconizadas no REBAP, determinou-se a capacidade resistente
de cada estaca. No Anexo II apresentam-se os dados e resultados da verificação da segurança
em flexão composta, para os esforços de cálculo indicados. Obteve-se:

Nsd = 0 kN Mrd = 4336 kNm > Msd = 3276 kNm;


Nsd = 493 kN Mrd = 4476 kNm > Msd = 3276 kNm;
Nsd = 1242 kN Mrd = 4657 kNm > Msd = 3276 kNm;

pelo que está garantida a segurança.

Esforço transverso

O esforço transverso máximo é:

Vsd = 394 kN

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bw = 0,90 × 1,2 = 1,08 m


deq = 0,45 × 1,20 + 0,64 (1,13 - 0,5×1,20) = 0,88 m
Vcd = 850 × 1,08 × 0,88 = 807 kN

Tendo-se adoptado uma hélice φ 12 com passo 0,10 m, tem-se:

1,13 × 2
Vwd = 0,9 × 0,88 × × 34,8 = 623 kN
0,10

Vrd = 807 + 603 = 1430 kN > Vsd, pelo que está garantida a segurança.

2.3.2 - Viga de estribo

2.3.2.1 - Esforços

A viga de estribo foi analisada recorrendo a um modelo de viga simplesmente apoiada nas
estacas. Consideraram-se as acções do seu peso próprio e acções do tabuleiro no aparelho de
apoio intermédio (ver Capítulo III).

Os esforços de cálculo são:

4,20 1
Vsd = 1,35×1,73×25 + (1,35×280+1,5×244) = 500 kN
2 2

4,20 2 4,20
Msd = 1,35×1,73×25 + (1,35×280+1,5×244) = 914 kNm
8 4

2.3.2.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400 tem-se:

Esforço transverso

Vcd = 850 × 1,40 × 0,90 = 1071 kN > Vsd, pelo que está garantida a segurança.

Flexão

Msd,vão = 914 kNm; σsd = 0,806 MPa; ρsd = 0,254; As+= 32 cm²,

pelo que está garantida a segurança.

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3 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS APARELHOS DE APOIO

3.1 - Introdução

Os aparelhos de apoio adoptados são do tipo corrente comercial em neoprene cintado. Assim,
são apenas apresentadas verificações sumárias justificativas do seu dimensionamento.

3.2 - Deslocamentos do Tabuleiro

Os deslocamentos longitudinais do tabuleiro sobre os encontros são os que se indicam no


Quadro 6.

Quadro 6 - Deslocamentos longitudinais do tabuleiro

ENC. Pré-esforço Retracção ∆TU VDT Sismo D+ D-


(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1e2 0,8 2,2 ±1,7 0,4 (-0,8) ±39 44,1 -38,5

3.3 - Aparelhos de Apoio nos Encontros

Os esforços verticais a absorver pelos aparelhos de apoio nos encontros foram determinados
recorrendo aos resultados obtidos para as reacções de apoio do tabuleiro (Ponto 1). Assim, os
esforços verticais máximos e mínimos devidos às acções permanentes são:

Ncp,máx = 278 kN (aparelhos de apoio extremos)

Ncp,min = 280 kN (aparelhos de apoio intermédios)

Os esforços verticais máximos e mínimos devidos às acções variáveis são:

a) Aparelhos de apoio extremos

Nvar,máx = 269 kN

30
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A – Parte II – Cálculos Justificativos.
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Nvar,min = -10 kN

b) Aparelhos de apoio intermédios

Nvar,máx = 244 kN

Nvar,min = 0 kN

Os esforços verticais máximo e mínimo nos aparelhos de apoio são:

a) Aparelhos de apoio extremos

Nmáx = 278 + 269 = 547 kN

Nmin = 278 - 10 = 268 kN

b) Aparelhos de apoio intermédios

Nmáx = 280 + 244 = 524 kN

Nmin = 280 - 0 = 280 kN

Adoptando aparelhos de apoio rectangulares com 0,20 × 0,30 m, tem-se:

547
σmáx = = 9 117 kN/m² ≅ 9,1 MPa
0,30 × 0,20

268
σmin = = 4 467 kN/m² ≅ 4,5 MPa
0,30 × 0,20

valores aceitáveis.

O deslocamento longitudinal a absorver é (ver Quadro 6):

A = 44,1 - (-38,5) = 82,6 mm

d = ± 41,3 mm ≤ 0,7Hútil = 0,7 × 61 = 42,7 mm

31
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessias T2 e T2A – Parte II – Cálculos Justificativos.
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TRAVESSIA T3

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3.
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PARTE I - MEMÓRIA DESCRITIVA

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3 – Parte I Memória Descritiva.
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PARTE I - MEMÓRIA DESCRITIVA

ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2
2 - CONDICIONAMENTOS............................................................................................. 2
2.1 - Condicionamentos Rodoviários e Hidráulicos ............................................................ 2

2.2 - Condicionamentos Geológico-Geotécnicos ................................................................ 3


3 - DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO APRESENTADA......................................................... 5
4 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA ............................................................................ 6
4.1 - Acções ............................................................................................................................. 6

4.2 - Métodos de Dimensionamento ...................................................................................... 7

4.3 - Critérios de Verificação da Segurança ......................................................................... 7


5 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS.................................................................................... 8
6 - MATERIAIS ............................................................................................................... 9

1
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se ao Projecto de Execução da Travessia T3 sobre o Canal


Principal, integrada no Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira
e constitui o desenvolvimento da solução apresentada ao IHERA em reuniões de trabalho.

A obra é em betão armado pré-esforçado com 22 m de comprimento, sendo o tabuleiro de


vigas pré-fabricadas e descarregando sobre os encontros por meio de aparelhos de apoio.

Nos pontos seguintes referem-se os condicionamentos e critérios de verificação da segurança


que conduziram à solução apresentada, a qual é também descrita em pormenor nesta
memória.

2 - CONDICIONAMENTOS

2.1 - Condicionamentos Rodoviários e Hidráulicos

A obra foi implantada na ortogonal ao canal e no seguimento do caminho projectado paralelo à


Vala do Lezirão. Os eixos das estacas dos encontros ficam localizados nos pontos de
coordenadas:

- Encontro 1 – M = 133343,577; P = 225580,281


- Encontro 2 – M = 133356,233; P = 225561,806

O tabuleiro perfaz assim um comprimento total de 22 m. A obra destina-se a vencer o Canal


Principal do Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. A folga,
medida na vertical em relação ao nível máximo de água no canal (1,50 m), é de cerca de 45
cm. Na zona de implantação da obra o canal apresenta cerca de 18 m de rasto e espaldas
laterais inclinadas com cerca de 2 m de projecção horizontal.

Em planta e perfil a obra desenvolve-se em alinhamentos rectos.

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ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO RAMALHÃO E TRAVESSIAS T2, T2A E T3 - VOLUME II: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEDIÇÕES –
TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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Transversalmente, o tabuleiro dispõe de uma largura total constante, que permite acomodar a
plataforma, a qual é constituída por uma faixa de rodagem única comportando duas vias de
circulação de 2,75 m.

De acordo com o solicitado pelo IHERA o tabuleiro é rematado lateralmente por lancis com
0,25 m de espessura, sobrelevados 0,30 m em relação à face superior do tabuleiro. O sistema
completa-se com guarda-corpos metálicos chumbados à face lateral dos lancis.

Resulta assim que o tabuleiro apresenta uma largura total de 6,00 m.

A faixa de rodagem tem sobrelevação constante de 2,5% do eixo para o extradorso. A


plataforma do tabuleiro é dotada dos dispositivos de drenagem necessários para evitar que se
formem sobre eles toalhas de água nocivas quer à sua conservação quer à própria circulação.

2.2 - Condicionamentos Geológico-Geotécnicos

O local da travessia T3 situa-se na planície aluvionar do Tejo, designadamente na sua margem


esquerda. Na área de implantação da obra ocorrem depósitos aluvionares constituídos por
argilas siltosas orgânicas, areias de granulometria variável mais grosseiras e com seixo na
base, sobrejacentes a um substrato formado por areias finas a médias, por vezes, com seixo
fino.

Com o objectivo de reconhecer mais pormenorizadamente as condições geotécnicas das


formações ocorrentes foram executadas no local de implantação da obra, uma sondagem de
percussão (S11 – margem direita do canal) e dois ensaios de penetração estática com medição
das pressões intersticiais (CPTU13 – margem direita junto à sondagem S11 e CPTU14 –
margem esquerda). Associada à realização da sondagem de percussão foram executados
ensaios de penetração dinâmica SPT de 1,5 em 1,5 m.

De acordo com os trabalhos de prospecção realizados, identificou-se do topo para a base uma
sequência de terrenos, definida com base sobretudo nos resultados dos ensaios CPTU,
constituída por diversos complexos cujas características geotécnicas são apresentadas nos
parágrafos seguintes.

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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Complexo al1 - Siltes-argilosos orgânicos muito moles a moles

Este complexo é constituído por argilas e siltes orgânicos de cor cinzenta escura, muito
moles a moles (NSPT ≤2), por vezes com intercalações arenosas de granulometria fina
em geral de espessura reduzida. O complexo al1 ocorre subjacente a um pequeno nível
de terra vegetal, desenvolvendo-se entre os 1,0 e 20,5 m de profundidade. Entre os 6,0
e 8,5 m de profundidade reconheceu-se uma camada arenosa com maior possança.

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 15 – 16 kN/m3


resistência ao corte não drenada Su = 10 – 60 kPa
módulo de deformabilidade E = 0,8 – 4 MPa

Complexo al2 - Areias finas

Trata-se de areias predominantemente finas, muito soltas a soltas, com valores de NSPT
entre 2 e 6 pancadas. Com base nos resultados obtidos nos ensaios CPTU, estes
materiais ocorrem entre os 20,5 e 28,5 m.

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 18 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 30º
coesão c = 0
módulo de deformabilidade E = 10 – 20 MPa

Complexo al3 - Siltes argilo-arenosos

Este complexo é constituído por siltes argilosos, de cor cinzenta, por vezes com fracção
arenosa de granulometria muito fina a fina, duros a muito duros (10<NSPT<28). De
acordo com os resultados obtidos nos ensaios CPTU, este complexo ocorre entre os
28,5 e 39,0 m, sendo que entre os 36,0 e 37,0 m ocorre um nível de areia média, por
vezes, com areão.

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 18 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 28 - 32º
coesão c = 0
módulo de deformabilidade E = 2,5 MPa

Complexo al4 – Cascalheira de base

Este complexo é constituído por seixos finos a médios inseridos numa matriz argilosa
de cor cinzenta clara. Este complexo apresenta-se muito compacto (NSPT > 60
pancadas) e ocorre abaixo dos 39,0 m de profundidade.

Os parâmetros geotécnicos a adoptar para os terrenos que constituem este complexo


são:

peso específico aparente γ = 19 kN/m3


ângulo de atrito interno φ = 35 – 40º
coesão c = 0
módulo de deformabilidade E = 20 – 40 MPa

Face ao cenário geotécnico presente para a obra em estudo apresenta-se uma solução de
fundação por estacas com 1,2 m de diâmetro. Preconiza-se que, as estacas deverão atingir a
base da cascalheira, penetrando no substrato (assumindo-se para os parâmetros geotécnicos
do substrato os valores adoptados para os do complexo al4) cerca de 4 vezes o seu diâmetro (φ
= 1,2 m), pelo que se estima que o seu comprimento seja da ordem dos 45 m.

O diâmetro das estacas foi fundamentalmente condicionado pela necessidade de não


ultrapassar muito esbeltezas da ordem dos 35 (H/d) por forma a garantir adequadas condições
de execução das estacas, em face da sua profundidade significativa.

3 - DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO APRESENTADA

A solução estrutural apresentada foi sobretudo condicionada pelo facto do Canal se encontrar
em serviço o que inviabiliza o recurso a métodos construtivos recorrendo a apoios provisórios

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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no seu rasto. Assim, houve que recorrer a uma solução de vigas pré-fabricadas, a qual poderá
ser construída sem recurso a cavaletes

O tabuleiro, em betão armado e pré-esforçado longitudinalmente, apresenta uma largura total


constante de 6,00 m. É constituído por três vigas longitudinais pré-fabricadas com altura
constante de 0,90 m, afastadas de 2,10 m entre si e que suportam uma laje de 0,15 m de
espessura em betão armado. Esta laje é betonada “in situ” sobre os próprios banzos das vigas
e ainda sobre pequenas pré-lajes de betão armado com 0,03 m de espessura.

As vigas pré-fabricadas, com 22,40 m de comprimento total e 22,00 m de vão estrutural, são de
secção transversal em T com um talão inferior de 0,64 m de largura e 0,25 m de espessura,
apresentando a alma 0,14 m de espessura. O banzo superior tem 1,80 m de largura total sendo
de espessura variável entre 0,05 m nas extremidades e 0,15 m na ligação à alma.

A solidarização transversal das vigas é garantida não só pela laje superior mas também pelas
carlingas transversais nos apoios sobre os encontros que, para o efeito, apresentam 0,50 m de
espessura.

Como já se referiu a plataforma é rematada por lancis, monoliticamente ligados à laje, com
0,25 m de largura e 0,30 m de altura em relação à sua face superior.

Os encontros, do tipo perdido, são constituídos por uma viga de estribo directamente apoiada
em duas estacas de 1,20 m de diâmetro e incluem ainda pequenos muros laterais para
contenção dos aterros de acesso à obra. Os apoios nos encontros, um por viga, serão em
neoprene cintado.

4 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA

4.1 - Acções

As acções consideradas na verificação da segurança da Travessia T3 foram as indicadas no


RSA (Regulamento de Segurança e Acções em Estruturas de Edifícios e Pontes) para pontes
da classe 2 e para a zona territorial em que a obra se localiza (zona A).

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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4.2 - Métodos de Dimensionamento

A análise da estrutura submetida às acções regulamentares foi efectuada por métodos


matemáticos realizados em computador através de programas de cálculo estrutural, quer de
aplicação geral, quer especificamente desenvolvidos para o cálculo de obras de arte.

Dos programas de aplicação geral recorreu-se prioritariamente ao programa SAP90, sendo


utilizados modelos de barras tridimensionais. Para a análise da estrutura quando solicitada pela
acção dos sismos, foram consideradas forças estáticas equivalentes.

Dos programas específicos para o dimensionamento de obras de arte recorreu-se ao programa


SAP-PON, desenvolvido na COBA e devidamente testado em obras já construídas e em
funcionamento no nosso País. O programa permite também efectuar a análise do processo
construtivo de obras de arte, determinando as histórias e envolventes de deslocamentos,
esforços e tensões ao longo do processo.

Os efeitos diferidos (fluência, retracção do betão e relaxação das armaduras do pré-esforço)


foram considerados pelo método de redistribuição de esforços proposto em FIP/CEB
Recommendations for the Design of Structural Concrete, fib, Lausanne, 1999.

Para a verificação da segurança de secções de betão armado seguiu-se o preconizado no


REBAP (Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado) e foram utilizados
programas desenvolvidos na COBA.

4.3 - Critérios de Verificação da Segurança

Verificou-se a segurança de todos os elementos constituintes da obra, seguindo-se


fundamentalmente o REBAP. Nos aspectos em que este é omisso seguiram-se regulamentos e
normas internacionais.

Deste modo, de acordo com as modernas filosofias de verificação da segurança das estruturas
de betão armado e com a regulamentação em vigor, efectuaram-se dois tipos de verificações
para o tabuleiro:

• Verificação da segurança em relação aos estados limites de utilização - de acordo


com o REBAP, verificou-se a segurança em relação aos seguintes estados limites:
− Descompressão, para a combinação de acções quase permanente;
− Largura de fendas, para a combinação de acções frequente;
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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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− Compressão máxima no betão para a combinação de acções raras.

• Verificação da segurança em relação aos estados limites últimos - verificou-se a


segurança em relação ao estado limite último de resistência, com as combinações
fundamentais indicadas no REBAP.

A verificação da segurança da obra durante a fase de construção foi efectuada com base na
limitação das tensões máximas e mínimas ocorrentes, tendo em conta a curta duração das
situações em causa e considerando explicitamente o faseamento e método construtivo
preconizado.

A segurança das diversas peças de betão armado que constituem os encontros foi verificada
em relação aos estados limites últimos de resistência.

A verificação da segurança dos restantes elementos constituintes da obra foi efectuada em


relação aos estados limites últimos de resistência para os elementos em betão armado e pelo
método das tensões admissíveis para outros elementos, como aparelhos de apoio e
dispositivos de travamento.

Em relação à segurança dos terrenos de fundação, recorre-se à comparação das tensões


actuantes com as tensões admissíveis para as fundações directas.

5 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS

As fundações serão construídas pelos métodos habituais pelo que não lhes fazemos aqui
referência especial. De referir apenas que a construção das vigas de estribo nos encontros
poderá obrigar ao recurso a ensecadeiras em face da sua proximidade em relação ao canal.
Os custos destas ensecadeiras deverão estar reflectidos nos preços dos trabalhos de
escavação.

Em face dos condicionamentos apresentados e do tipo de solução adoptada o tabuleiro será


executado por meio de auto-gruas trabalhando a partir das margens do canal. Assim, a sua
construção compreende as seguintes fases:

• Pré-fabricação das vigas em fábrica

• Transporte e montagem das vigas

• Colocação das pré-lajes


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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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• Betonagem da laje superior do tabuleiro e das carlingas nos apoios

• Acabamentos

Refira-se também que, por razões de exploração do sistema, os trabalhos terão que ser
realizados nos meses de Setembro a Dezembro.

6 - MATERIAIS

Os materiais a utilizar na execução da Travessia T3 foram ditados pela necessidade de garantir


não só a resistência, mas também a durabilidade da obra. Nesse sentido prescrevem-se
betões de classes superiores às mínimas regulamentares, indicando-se também as respectivas
classes de exposição segundo a Especificação E378 do LNEC, em articulação com a ENV206.
Nos quadros I e II apresentam-se os materiais adoptados.

Quadro I - Betões
BETÕES
Componente REBAP NP ENV 206 Classe de Classe de Exposição Ambiental
Construtivo Cubos 20x20 Cilindros 15x30/Cubos 15x15 Abaixamento REBAP NP ENV 206 E 378
(MPa) (MPa) NP ENV 206
Regularização B20 C 16/20 S1 / S2 - - -
e selagem
Estacas B35 C 30/37 S2 / S3 Moderadamente 2a EC2
agressivo
Lajes de B30 C 25/30 S2 / S3 Moderadamente 2a EC2
Transição agressivo
Encontros em B35 C 30/37 S2 / S3 Moderadamente 2a EC4
Elevação agressivo
Tabuleiros B35 C 30/37 S2 / S3 / S4 Moderadamente 2a EC4
Elementos agressivo
betonados “in
situ”
Tabuleiros B45 C 40/50 S2/S3/S4 Moderadamente 2a EC4
Vigas agressivo
préfabricadas

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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Quadro II - Aços
AÇOS
Componente Armadura Passiva Armadura de Pré-esforço Recobrimento
Construtivo (REBAP) (EURONORM 10138) (mm)
Regularização e selagem - - -
Estacas A400NR - 50
Lajes de transição A400NR - 50
Encontros em elevação A400NR - 35
Tabuleiros - A400NR - 30
- Elementos betonados “in
situ”
Tabuleiros - A400NR ST 1670/1860 25
- Vigas préfabricadas

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3. – Parte I – Memória Descritiva
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

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TOMO II.1: Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3 – Parte II: Cálculos Justificativos
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

ÍNDICE

1 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DO TABULEIRO ................................................ 3


1.1 - Introdução .......................................................................................................... 3
1.2 - Fase Construtiva................................................................................................ 3
1.2.1 - Generalidades ..........................................................................................................................3
1.2.2 - Fase 1 - Aplicação do pré-esforço em estaleiro ...................................................................5
1.2.2.1 - Acções................................................................................................................................5
1.2.2.2 - Esforços .............................................................................................................................6
1.2.2.3 - Verificação da segurança.................................................................................................6
1.2.3 - Fase 2 - Betonagem da laje superior .....................................................................................7
1.2.3.1 - Acções................................................................................................................................7
1.2.3.2 - Esforços .............................................................................................................................7
1.2.3.3 - Verificação da segurança.................................................................................................7
1.3 - Fase de Serviço.................................................................................................. 7
1.3.1 - Generalidades ..........................................................................................................................7
1.3.2 - Fase 3 - Entrada em serviço da obra (t0) ...............................................................................9
1.3.2.1 - Acções................................................................................................................................9
1.3.2.2 - Esforços ...........................................................................................................................10
1.3.3 - Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞).......................................................................16
1.3.3.1 - Acções..............................................................................................................................16
1.3.3.2 - Esforços ...........................................................................................................................17
1.3.4 - Estado limite de deformação ................................................................................................21
1.3.4.1 - Introdução........................................................................................................................21
1.3.4.2 - Deslocamentos elásticos ...............................................................................................21
1.3.4.3 - Deslocamentos ao longo do tempo ..............................................................................22
1.3.4.4 - Conclusão ........................................................................................................................23
1.4 - Segurança do Tabuleiro na Direcção Transversal........................................ 24
1.4.1 - Laje entre vigas ......................................................................................................................24

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1.4.1.1 - Esforços ...........................................................................................................................24


1.4.1.2 - Armaduras .......................................................................................................................24
1.4.2 - Consolas .................................................................................................................................25
1.4.2.1 - Esforços ...........................................................................................................................25
1.4.2.2 - Armaduras .......................................................................................................................25
1.4.3 - Consola da viga pré-fabricada..............................................................................................25
1.4.4 - Carlingas sobre os apoios nos encontros ..........................................................................26

2 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS ENCONTROS.......................................... 27


2.1 - Introdução ........................................................................................................ 27
2.2 - Acções .............................................................................................................. 27
2.3.1 - Estacas....................................................................................................................................27
2.3.1.1 - Esforços ...........................................................................................................................27
2.3.1.2 - Verificação da segurança das estacas .........................................................................29
2.3.2 - Viga de estribo .......................................................................................................................30
2.3.2.1 - Esforços ...........................................................................................................................30
2.3.2.2 - Armaduras .......................................................................................................................30

3 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS APARELHOS DE APOIO........................ 31


3.1 - Introdução ........................................................................................................ 31
3.2 - Deslocamentos do Tabuleiro .......................................................................... 31
3.3 - Aparelhos de Apoio nos Encontros ............................................................... 31

2
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PARTE II - CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS

1 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DO TABULEIRO

1.1 - Introdução

A travessia T3 do canal de rega é feita à custa de uma Passagem Superior de tabuleiro único,
constituído por vigas pré-fabricadas, solidarizadas "in situ" longitudinal e transversalmente,
conseguindo assim uma estrutura contínua entre eixos dos apoios nos encontros. O
comprimento total da obra é de 22 m entre eixos de encontros.

Para a análise estrutural deste tabuleiro recorreu-se a modelos de cálculo tridimensionais,


considerando-se quatro situações correspondentes às diversas fases da vida da obra.

Nos pontos seguintes descrevem-se os cálculos efectuados. No ponto 1.2 apresenta-se a


análise do tabuleiro na fase construtiva (duas situações de cálculo). No ponto 1.3 apresenta-se
a análise na fase de serviço (duas situações de cálculo). Finalmente, no ponto 1.4 é ainda
verificada a segurança na direcção transversal.

1.2 - Fase Construtiva

1.2.1 - Generalidades

O processo construtivo preconizado recorre a vigas pré-fabricadas em estaleiro que


posteriormente serão colocadas em obra e sobre as quais é betonada “in situ” uma laje de
solidarização com 0,15 m de espessura. Admite-se que as vigas serão colocadas em obra 30
dias após a sua fabricação e que a aplicação do pré-esforço em estaleiro – corte dos fios –
será realizada aos 7 dias.

Uma vez que as vigas extremas estarão sujeitas a maiores cargas permanentes, devido à
existência dos passeios, haverá que estudar dois tipos de vigas:

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3 – Parte II – Cálculos Justificativos.
IDRHa

- Viga extrema para vão de 22 m

- Viga intermédia para vão de 22 m

Para a fase construtiva houve assim que analisar duas situações:

i) Fase 1 – Aplicação do pré-esforço em estaleiro;

ii) Fase 2 – Betonagem da laje de solidarização.

Para a fase construtiva recorreu-se a um modelo de três vigas simplesmente apoiadas (Figura
1), no qual se representou desde logo toda a estrutura. Os elementos longitudinais
representam as vigas isoladas, não existindo quaisquer elementos de ligação transversal.
Note-se que nesta fase as acções são idênticas para as vigas extrema e intermédia.

Figura 1 - Modelo estrutural - Fase de montagem das vigas

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IDRHa

Figura 1ª - Modelo estrutural – Discretização

1.2.2 - Fase 1 - Aplicação do pré-esforço em estaleiro

1.2.2.1 - Acções

Peso próprio da viga

Nesta fase o peso próprio considerado é apenas o da viga, calculado considerando que em
cada secção o seu valor é dado pela área da secção transversal multiplicada pelo peso
volúmico do betão armado. As características geométricas das secções consideradas foram
calculadas em computador e vão indicadas no Capítulo I do Anexo I.

Pré-esforço

Nesta fase considera-se o pré-esforço inicial, o qual foi calculado em computador por
intermédio de um programa que toma em consideração todas as constantes necessárias para
a sua correcta avaliação, segundo o preconizado no REBAP. No Capítulo II do Anexo I
apresentam-se os dados e os resultados obtidos para as vigas de 22 m.

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IDRHa

1.2.2.2 - Esforços

Os esforços significativos durante a fase de construção são os momentos flectores.

No Capítulo I do Anexo I apresenta-se o modelo estrutural utilizado o qual está também


representado na Figura 1.

Como já referido calcularam-se os esforços devidos às acções indicadas em 1.2.2.1, os quais


são apresentados no Capítulo III do Anexo I(1). Salienta-se novamente o facto de nesta fase
ainda não existir diferença entre vigas extremas e intermédia(2).

1.2.2.3 - Verificação da segurança

A verificação da segurança durante a fase construtiva foi efectuada em relação aos estados
limites de utilização através da limitação dos valores máximos das tensões e da verificação do
estado limite de abertura de fendas.

No Anexo I Capítulo III.1 apresentam-se as tensões na Fase 1, as quais foram determinadas


considerando as características elásticas da viga isolada. Da análise dos resultados verifica-se
que as tensões máximas de compressão são da ordem de 15,6 MPa, valor que se considera
aceitável para o betão especificado (fcd = 26,7 MPa). O valor característico da resistência à
compressão do betão na data de corte dos fios deverá ser superior a:

fck,j ≥ 1,5 × 15,6 = 23,4 MPa

As tracções máximas que ocorrem, surgem na fibra superior das vigas e são da ordem dos
1,9 MPa, valor menor que a resistência média à tracção do betão (fctm = 3,4 MPa) pelo que está
garantida a segurança ao estado limite de largura de fendas.

(1)
Em face do seu volume apenas se apresentam os esforços relativos à primeira viga extrema (barras 200 a 219) e
à viga intermédia (barras 400 a 419).
(2)
Os valores dos esforços e tensões não são exactamente iguais por razões numéricas.

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IDRHa

1.2.3 - Fase 2 - Betonagem da laje superior

1.2.3.1 - Acções

Nesta fase as acções são as que se apresentaram em 2.2.1 às quais acresce o peso próprio
da laje superior, o qual corresponde a:

Viga extrema 1,95 × 0,15 × 25 = 7,3 kN/m

Viga intermédia 2,10 × 0,15 × 25 = 7,9 kN/m

1.2.3.2 - Esforços

Recorrendo ao modelo estrutural referido em 1.2.1 e apresentado na Figura 1, calcularam-se


os esforços adicionais devidos ao peso próprio da laje superior, os quais constam do Capítulo
III.1 do Anexo I. Note-se que nesta fase a diferença entre vigas extremas e intermédia é
insignificante.

1.2.3.3 - Verificação da segurança

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança foi efectuada em relação aos estados
limites de utilização incluindo a verificação da descompressão na fibra inferior das vigas.

No Capítulo III.1 do Anexo I apresentam-se as tensões na Fase 2, as quais foram também


determinadas considerando as características elásticas da viga isolada, uma vez que nesta
fase a laje superior constitui uma simples carga, não contribuindo ainda para a rigidez da
estrutura. Da análise dos resultados verifica-se que as tensões mínimas na fibra inferior são de
4,1 MPa para as vigas extremas e de 3,9 MPa para a viga intermédia, pelo que está verificada
a segurança ao estado limite de descompressão.

1.3 - Fase de Serviço

1.3.1 - Generalidades

Na fase de serviço foram consideradas duas situações de cálculo:

i) Fase 3 - Entrada da obra em serviço (t0);

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IDRHa

ii) Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞).

Para estas fases recorreu-se a um modelo estrutural contínuo de vão único (Figura 2), o qual
foi carregado como se indica nos pontos seguintes.

Figura 2 - Modelo estrutural - Estrutura completa

Para a Fase 3 sobrepuseram-se as tensões resultantes da Fase 2 com as tensões calculadas


para a secção total sujeita às acções adicionais correspondentes à fase de serviço: restante
carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas rodoviárias. Esta verificação
corresponde à situação de curto prazo em que os efeitos diferidos ainda não ocorreram.

No que respeita à Fase 4 foi considerada a redistribuição de tensões devida à evolução da


secção ao longo do tempo, correspondendo esta fase à situação de longo prazo em que se
pode já admitir que os efeitos diferidos ocorreram e que a obra funciona como uma peça
homogénea. No ponto 1.3.3.2 apresenta-se em detalhe o método utilizado.

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1.3.2 - Fase 3 - Entrada em serviço da obra (t0)

1.3.2.1 - Acções

a) Acções permanentes

As acções permanentes são as do peso próprio (viga e laje), do pré-esforço, da restante carga
permanente e da retracção. As duas primeiras são as que se apresentaram nos pontos
anteriores enquanto que a restante carga permanente é:

Viga extrema

- Lancil 0,35 × 0,25 × 25 ......................................................... = 2,19 kN/m


- Rede de protecção 0,50 ......................................................... = 0,50 kN/m
- Betuminoso 1,70 × 0,10 ×24 ......................................................... = 4,08 kN/m
6,76 kN/m

Viga intermédia

- Tapete betuminoso 2,10 × 0,10 ×24 ......................................................... = 5,04 kN/m

5,04 kN/m

Em favor da segurança adoptou-se 6,8 kN/m para as vigas extremas e 5,1 kN/m para a viga
intermédia.

A retracção foi considerada com base nos modelos indicados no REBAP. Assim, de forma
simplificada, assimilaram-se os efeitos da retracção aos de uma variação de temperatura
uniforme de -20ºC.

b) Acções variáveis

Variações de temperatura

De acordo com o previsto no RSA consideraram-se dois tipos de variações de temperatura:

- variação de temperatura uniforme de ±15°C, correspondente à amplitude térmica


anual;

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- variações diferenciais de temperatura:


• ∆Ts = 10°C e ∆Ti= 0°C, correspondente a um aquecimento diurno,
• ∆Ts = -5°C e ∆Ti= 0°C, correspondente a um arrefecimento nocturno.

Sobrecargas rodoviárias

A obra foi considerada da classe II pelo que, de acordo com o RSA, as sobrecargas a
considerar para ambos os tipos de vigas são:

- Sobrecarga uniforme su = 3 kN/m2

- Sobrecarga linear sl = 30 kN/m

- Veículo tipo vt = 3 × 100 kN


- Frenagem fre = 20 kN/m

Notar que se considerou a possibilidade das acções rodoviárias actuarem em toda a extensão
do perfil transversal e que o efeito da sobrecarga em passeios não é condicionante.

1.3.2.2 - Esforços

a) Esforços característicos

Nesta Fase 3 admite-se que os esforços devidos ao peso próprio e ao pré-esforço são ainda
suportados pelas vigas isoladas, isto é, admite-se que ainda não decorreu tempo suficiente
para que a redistribuição de tensões devida à variação da secção se tenha dado. Assim os
esforços devidos a estas acções são os que se apresentaram nos pontos 1.2.2.2 e 1.2.3.2.

Pelo contrário, a restante carga permanente e as acções variáveis, as quais só são instaladas
após a betonagem da laje, actuam sobre a estrutura completa.

No Capítulo III.1 do Anexo I apresentam-se os resultados em termos de esforços para a


restante carga permanente e para as acções variáveis.

As envolventes de esforços devidas às sobrecargas rodoviárias (Capítulo III.1 do Anexo I)


foram determinadas a partir das linhas de influência de esforços, as quais foram calculadas
através do programa de cálculo automático SAP90.

Em favor da segurança adoptaram-se valores unitários dos coeficientes de repartição dos


esforços devidos ao veículo tipo.

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b) Esforços e tensões de cálculo

Estado limite de descompressão

Para o tipo particular de estrutura em causa, nomeadamente quanto ao andamento dos


cordões de pré-esforço, há que verificar o estado limite de descompressão ao longo da fibra
inferior das vigas.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação quase permanente para a verificação do estado
limite de descompressão. Os coeficientes de combinação utilizados foram:

- Peso próprio e restante carga permanente ........... 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 0,3 ou 0,00


- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 0,2 ou 0,00

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Descompressão) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Compressão máxima

Para o tipo particular de estrutura em causa há que verificar a compressão máxima no betão. O
facto de o andamento dos cordões de pré-esforço ser recto junto à fibra inferior das vigas faz
com que sejam também estas as fibras condicionantes para este estado limite.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação rara para a verificação do estado limite de
compressão máxima. Os coeficientes de combinação utilizados foram:

- Peso próprio e restante carga permanente ........... 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 1,0 ou 0,00

- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 1,0 ou 0,00

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IDRHa

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Compressão máxima) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Estados limites últimos

As envolventes de estados limites últimos foram também calculadas por aplicação aos esforços
devidos às diferentes acções dos coeficientes de combinação indicados no RSA. Os
coeficientes utilizados foram:

- Peso próprio ........................................................... 1,35 ou 1,0

- Restante carga permanente .................................. 1,50 ou 1,0

- Pré-esforço ............................................................ 1,0

- Variações de temperatura ...................................... 0,90 ou 0,0

- Sobrecargas rodoviárias ........................................ 1,50 ou 0,0

No Capítulo III.1 (ELU - Tempo Zero) apresenta-se a envolvente de momentos flectores, a qual
consta também da Figura 3(3).

Figura 3 - MSd - MRd

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TOMO II.1:Memória Descritiva e Justificativa – Travessia T3 – Parte II – Cálculos Justificativos.
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c) Verificação da segurança

Estado limite de descompressão

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de descompressão durante
esta Fase 3 foi efectuada para a fibra inferior das vigas. Note-se que para a fibra inferior da
secção do apoio sobre os encontros, betonada "in situ", este estado limite não é aplicável, uma
vez que nesta secção ainda não se faz sentir o efeito do pré-esforço.

No Capítulo III.1 Anexo I (Tempo Zero - Descompressão) apresentam-se as tensões de cálculo


resultantes na Fase 3. Estas tensões resultam da sobreposição das tensões da Fase 2,
calculadas considerando as características elásticas da viga isolada, com as tensões
resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas
rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje.

No Quadro 1 apresenta-se os valores das tensões combinadas mínimas, os quais são sempre
de compressão, pelo que está verificada a segurança ao estado limite de descompressão.

Quadro 1 - Fase 3. Tensões de cálculo. Estado limite de descompressão.


Valores mínimos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 0,53

Intermédia 1,17

Estado limite de compressão máxima

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de compressão máxima
durante esta Fase 3 foi efectuada para a fibra inferior das vigas, por ser a mais condicionante.

No Capítulo III.1 (Tempo Zero - Compressão máxima) apresentam-se as tensões de cálculo


resultantes na Fase 3 para este estado limite. Estas tensões resultam da sobreposição das
tensões da Fase 2, calculadas considerando as características elásticas da viga isolada, com
as tensões resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas

(3)
De facto nesta figura o que se apresenta é a envolvente das envolventes a T0 e aT∞.

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rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje. No Quadro
2 apresenta-se os valores das tensões combinadas máximas. Estes valores são sempre
inferiores a fcd - 26,7 MPa no caso vertente - pelo que está verificada a segurança ao estado
limite de compressão máxima.

Quadro 2 - Fase 3. Tensões de cálculo. Estado limite de compressão máxima.


Valores máximos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 11,1

Intermédia 10,7

Estados limites últimos

- Flexão

Recorrendo a um programa de cálculo automático especificamente desenvolvido para o efeito


(SECBAP) determinaram-se as capacidades resistentes das secções condicionantes do
dimensionamento. O programa determina, de acordo com as hipóteses e o modelo de cálculo
prescritos no REBAP, a capacidade resistente de secções direitas ou invertidas, em betão
armado e pré-esforçado sujeitas à flexão simples ou composta com compressão ou tracção.
Uma vez que as armaduras passivas e activas das lajes e vigas são exactamente iguais para
as vigas extremas e intermédias, a sua capacidade resistente é também igual. Assim, no
Capítulo III.2 do Anexo I apresentam-se os dados e os resultados obtidos para as capacidades
resistentes das secções representativas das vigas. No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo
Zero e Tempo Infinito) apresenta-se o resumo dos momentos actuantes, a curto prazo (Fase 3)
e a longo prazo (Fase 4). Na Figura 3 do Anexo I apresenta-se a envolvente de envolventes
(curto e longo prazo) dos momentos actuantes sobreposta com o diagrama de momentos
resistentes (diagramas Msd - Mrd).

Uma vez que os momentos actuantes (Msd) são sempre inferiores aos momentos resistentes
(Mrd) está garantida a segurança.

- Esforço transverso e fluxo de corte

O esforço transverso de cálculo no apoio (Capítulo III.3 do Anexo I) é:

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V t0 = 754 kN V t00 = 755 kN


sd sd

A capacidade resistente intrínseca do betão é:

Vcd = τ 1 bw d = 1000 × 0,14 × 1,00 = 140 kN

Pelo que a armadura de esforço transverso deverá ser superior a:

Asw 755 − 140


> = 19,6 cm2/m
s 0,9 × 1,00 × 34,8

Adopta-se estribos ∅12//0,10 (22,6 cm2/m).

O fluxo de corte na ligação entre a laje e a viga é:

V S 755 × 0,0756
F = Sd = = 749 kN/m
Sd I 0,0762

De acordo com o EC2 – Parte 1-3 – Regras Gerais – Peças e estruturas pré-fabricadas de
betão, a tensão de corte resistente ( τ Rdj ) é:

τ =k τ + µσ + ρf (µ sin α + cos α )
Rdj T Rd N yd

A parcela da resistência ao fluxo de corte do betão é (junta rugosa, C30/37),

k τ + µσ =1,8 × 0,34 + 0,7 × 0 = 0,612 MPa


T Rd N

Sendo a armadura específica à superfície de corte (α = 90º), e considerando uma área de


contacto efectiva de 0,40 m (bj = 0,40 m), obtém-se a seguinte armadura de cálculo:

F 749
τ = Sd = = 1873 kPa
Sd b 0,40
j

τ − k τ (+ µσ )
N = 1,873 − 0,612 = 0,00362
ρ = Sd T Rd
f 348
yd

A = ρb = 0,00362 × 0,40 = 1,45 × 10 − 3 m 2 / m = 14,5 cm 2 / m


s j

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Adopta-se assim para armadura de conexão ∅10//0,10 (22,6 + 15,7 - 19,6 = 18,7 cm2/m).

1.3.3 - Fase 4 - Obra em serviço a longo prazo (t∞)

1.3.3.1 - Acções

As acções nesta fase são as que se apresentaram em 1.3.2.1. e a acção sísmica.

A análise da estrutura sujeita à acção sísmica foi efectuada recorrendo ao processo


simplificado de análise estática equivalente preconizado no RSA. A obra localiza-se na zona
sísmica A. Considerou-se, em favor da segurança, que os terrenos de fundação são do tipo III.

A frequência própria fundamental da estrutura é dada por:

1 kg
f=
2π P

em que,
k - é a rigidez dos aparelhos de apoio e,
P - é o peso da massa vibrante.

Assim, tem-se:

0,20 × 0,30
k = 6× × 2000 = 11 803 kN/m
0,061

• Peso próprio do tabuleiro - P1 = 1104 kN


• Peso próprio das carlingas - P2 = 157,5 kN
• Restante carga permanente - P3 = 411,4 kN
• Parcela quase permanente das sobrecargas - P4 = 105,6 kN
⎯⎯⎯⎯⎯
P = 1778,5 kN
Ou seja,

1 11803 × 9,81
f= = 1,28 Hz
2π 1778,5

Para Terreno tipo III, o coeficiente sísmico de referência é:

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β 0 = 0,23 f = 0,23 1,28 = 0,261

e o valor do coeficiente sísmico (Zona A):

α 1,0
β = β0 = 0,261 = 0,130
η 2,0

O valor característico da força estática equivalente à acção sísmica é:

Fk = β P = 0,130 × 1778,5 = 232 kN

e o deslocamento horizontal do tabuleiro,

Fk 232
dk = η = × 2,0 = 0,039 m
k 11803

1.3.3.2 - Esforços

a) Esforços característicos

Nesta Fase 4 admite-se que os esforços devidos ao peso próprio e ao pré-esforço são já
suportados pela estrutura completa, isto é, admite-se que decorreu tempo suficiente para que a
redistribuição de tensões devida à variação de secção se tenha dado. Assim os esforços e
tensões devidos a estas acções são determinados pelo método de redistribuição proposto em
FIP Recommendations, Lausanne 1999 (método do coeficiente de envelhecimento). As
tensões a tempo infinito são dadas por:

σ∞ = σo +
ϕ
1 + χϕ
( ) σ (P∞ ) − σ (cPo )
σ (cPo ) − σ (oPo ) + c
2

em que:

ϕ ( t 0 , t ∞ ) – coeficiente de fluência;

χ - coeficiente de envelhecimento.

A primeira parcela corresponde à tensão ao fim da construção da obra. A segunda parcela


corresponde à variação de tensão, sob carga constante e a última parcela tem em conta a

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IDRHa

variação de carga entre a conclusão da obra e o fim da vida útil da mesma (em particular a
parcela do pré-esforço).

Os esforços denotados por SC (correspondentes às tensões σc) foram calculados e são


apresentados no Capítulo III.1 do Anexo I, para o peso próprio da viga e da laje e para o pré-
esforço. O coeficiente de fluência foi determinado tal como preconizado no REBAP admitindo t0
= 60 dias e t∞ = 8000 dias. O coeficiente de envelhecimento foi tomado igual a 0,7 de acordo
com o indicado em FIP Recommendations, Lausanne 1999.

A restante carga permanente e as acções variáveis, as quais só são instaladas após a


betonagem da laje, actuam, tal como na Fase 3, sobre a estrutura completa logo desde o
início da sua aplicação pelo que não há efeitos diferidos a considerar. No Capítulo III.1 do
Anexo I apresentam-se os resultados em termos de esforços para a restante carga permanente
e para as acções variáveis.

As envolventes de esforços devidas às sobrecargas rodoviárias (Capítulo III.1 do Anexo I)


foram determinadas a partir das linhas de influência de esforços, as quais foram calculadas
através do programa de cálculo automático SAP90 e são as que se apresentaram para a
Fase 3.

b) Esforços e tensões de cálculo

Estado limite de descompressão

Para o tipo particular de estrutura em causa, nomeadamente quanto ao andamento dos


cordões de pré-esforço, há que verificar o estado limite de descompressão ao longo da fibra
inferior das vigas.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação quase permanente para a verificação do estado
limite de descompressão. Os coeficientes de combinação utilizados foram os que se
apresentaram para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Descompressão) apresenta-se a envolvente de


tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

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Compressão máxima

Para o tipo particular de estrutura em causa há que verificar a compressão máxima no betão. O
facto de o andamento dos cordões de pré-esforço ser recto junto à fibra inferior das vigas faz
com que sejam também estas as fibras condicionantes para este estado limite.

Considerando o meio ambiente moderadamente agressivo, foram calculadas, a partir dos


esforços, as tensões relativas à combinação rara para a verificação do estado limite de
compressão máxima. Os coeficientes de combinação utilizados foram os que se apresentaram
para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Compressão máxima) apresenta-se a envolvente


de tensões para a fibra inferior das vigas extremas e intermédia respectivamente.

Estados limites últimos

As envolventes de estados limites últimos foram também calculadas por aplicação aos esforços
devidos às diferentes acções dos coeficientes de combinação indicados no RSA. Os
coeficientes utilizados foram os que se apresentaram para a Fase 3.

No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo Infinito) apresenta-se a envolvente de momentos


flectores correspondente para a situação mais desfavorável, a qual consta também da Figura
3(3)

c) Verificação da segurança

Estado limite de descompressão

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de descompressão durante
esta Fase 4 foi efectuada para a fibra inferior das vigas. Note-se que para a fibra inferior da
secção do apoio sobre os encontros, betonada "in situ", este estado limite não é aplicável, uma
vez que nesta secção ainda não se faz sentir o efeito do pré-esforço.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Descompressão) apresentam-se as tensões de


cálculo resultantes na Fase 4. Estas tensões resultam da sobreposição das tensões resultantes

(3)
De facto nesta figura o que se apresenta é a envolvente das envolventes a T0 e aT∞.

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da redistribuição das tensões devidas aos pesos próprios e ao pré-esforço, com as tensões
resultantes da restante carga permanente, variações de temperatura e sobrecargas
rodoviárias, estas calculadas considerando já a secção completa, isto é, viga e laje. No Quadro
3 apresentam-se os valores das tensões combinadas mínimas, os quais são sempre iguais ou
superiores a zero, pelo que está verificada a segurança ao estado limite de descompressão.

Quadro 3 - Fase 4. Tensões de cálculo. Estado limite de descompressão.


Valores mínimos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 0,63

Intermédia 1,29

Estado limite de compressão máxima

Tal como para a Fase 1 a verificação da segurança ao estado limite de compressão máxima
durante esta Fase 4 foi efectuada para a fibra inferior das vigas, por ser a mais condicionante.

No Capítulo III.1 do Anexo I (Tempo Infinito - Compressão máxima) apresenta-se as tensões de


cálculo resultantes na Fase 4 para este estado limite, calculadas com indicado anteriormente.
No Quadro 4 apresentam-se os valores das tensões combinadas máximas. Estes valores são
sempre inferiores a fcd - 26,7 MPa no caso vertente - pelo que está verificada a segurança ao
estado limite de compressão máxima.

Quadro 4 - Fase 4. Tensões de cálculo. Estado limite de compressão máxima.


Valores máximos (MPa)

Viga Tramo de 22,00 m

Extrema 10,2

Intermédia 9,9

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Estados limites últimos

- Flexão

Como se referiu em 1.3.2.2 c), as armaduras passivas e activas das lajes e vigas são
exactamente iguais para as vigas extremas e intermédias, pelo que a sua capacidade
resistente é também igual (Capítulo III.2 do Anexo I). No Capítulo III.1 do Anexo I (ELU - Tempo
Zero e Tempo Infinito) apresenta-se o resumo dos momentos actuantes, a curto prazo (Fase 3)
e a longo prazo (Fase 4). Na Figura 3 do Anexo I apresenta-se a envolvente de envolventes
(curto e longo prazo) dos momentos actuantes sobreposta com o diagrama de momentos
resistentes (diagramas Msd - Mrd).

Uma vez que os momentos actuantes (Msd) são sempre inferiores aos momentos resistentes
(Mrd) está garantida a segurança.

- Esforço transverso e fluxo de corte

O esforço transverso de cálculo (Capítulo III.3 do Anexo I) é:

V t00 = 755 kN
Sd

Já foi tratado no ponto 1.3.2.2 c).

1.3.4 - Estado limite de deformação

1.3.4.1 - Introdução

O faseamento construtivo desempenha um papel fundamental na verificação da segurança ao


estado limite de deformação, uma vez que condiciona os deslocamentos.

Apresenta-se um cenário de faseamento construtivo, no qual as vigas são pré-esforçadas aos


7 dias e as lajes são betonadas 60 dias depois.

1.3.4.2 - Deslocamentos elásticos

Os deslocamentos devidos às diversas acções, para os diversos sistemas estáticos, são os


indicados no quadro 5, e serão utilizados no cálculo dos diversos cenários.

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Quadro 5 - Deslocamentos elásticos a meio vão do tabuleiro [mm]

Viga Viga + Laje

PPVIGA + Pré PPLAJE PPVIGA + Pré PPLAJE RCP

22,3 -16,3 18,7 -8,7 -7,3

+- sentido ascendente

1.3.4.3 - Deslocamentos ao longo do tempo

a) Aplicação do pré-esforço

O deslocamento instantâneo no dia de aplicação do pré-esforço é de 22,3 mm, conforme


consta do quadro 5.

b) Betonagem da laje

O coeficiente de fluência para a viga no período considerado é:

ϕ(7;67)= 1,527

Tem-se um deslocamento diferido de:

δϕ = 1,527 × 22,3 = 34,0 mm

O deslocamento correspondente à betonagem da laje é:

δ = -16,3 mm

Resulta assim o seguinte deslocamento total:

δ = 22,3 + 34,0 – 16,3 = 40,0 mm

c) Aplicação da restante carga permanente

O deslocamento devido à aplicação da restante carga permanente é:

δ = -7,3 mm

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O deslocamento após a aplicação desta acção é:

δ = 40,0 – 7,3 = 32,7 mm

d) Fluência a tempo infinito

O deslocamento devido à fluência a tempo infinito para as diversas acções pode ser
determinado como segue:

ϕ(7; ∞)= 3,034

ϕ(67; ∞)= 1,934

δϕ =(3,034-1,934) × 18,7 + 1,934 × (-8,7-7,3) = -10,4 mm

Resulta o seguinte deslocamento a tempo infinito:

δ∞ = 32,7 - 10,4 = 22,3 mm

e) Deslocamento devido à sobrecarga distribuída

O deslocamento devido à sobrecarga distribuída pode ser estimado da seguinte forma:

5 × 2,10 × 3,0 × 22,0 4


δ SU = − = −7,2 × 10 −3 = −7,2 mm
384 × 35 × 10 × 0,0762
6

O deslocamento a meio vão, incluindo o efeito da sobrecarga distribuída, é:

δ∞,SU =22,3 – 7,2 = 15,1 mm

1.3.4.4 - Conclusão

A análise destes deslocamentos mostra que a situação condicionante corresponde à obra em


serviço sujeita à sobrecarga, situação essa em que a flecha resultante é no sentido
descendente (17,6 mm = 32,7 - 15,1). O seu valor é inferior a 1/1000 (22 mm) pelo que está
verificada a segurança ao estado limite de deformação.

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1.4 - Segurança do Tabuleiro na Direcção Transversal

1.4.1 - Laje entre vigas

1.4.1.1 - Esforços

A laje entre vigas foi analisada recorrendo a um modelo de viga bi-encastrada. Consideraram-
-se as acções do peso próprio, restante carga permanente e veículo tipo. Para o veículo tipo
recorreu-se às superfícies de influência de Homberg-Ropers.

Momentos flectores devidos à carga permanente:

Apoio - Mcp = - (0,15 + 0,10) × 25 × 2,102 / 12 = -2,3 kNm/m

Vão - Mcp = (0,15 + 0,10) × 25 × 2,102 / 24 = 1,15 kNm/m

Momentos flectores devidos ao veículo-tipo:

50
Apoio - Mvt = - (8,0 + 1×0,3) = -16,5 kNm/m

50
Vão - Mvt = (6 + 2×0,4)= 13,5 kNm/m

A combinação de esforços utilizada foi:

Msd = 1,35 Mcp + 1,50 Mvt

Os esforços de cálculo são:

Apoio - Msd = -1,35 × 2,3 - 1,50 × 16,5 = -28 kNm/m

Vão - Msd = 1,35 × 1,15 + 1,50 × 13,5 = 22 kNm/m

1.4.1.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400 tem-se:

Msd,apoio = -28 kNm/m; σsd = 0,70 MPa; ρsd = 0,208; As- = 4,2 cm²/m

Adoptam-se ∅10//0,10 (7,85 cm²/m) na face superior, pelo que está garantida a segurança.

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Msd,vão = 22 kNm/m; σsd = 0,98 MPa; ρsd = 0,300; As+= 4,5 cm²/m

Adoptam-se ∅8//0,10 (5,0 cm²/m) na face inferior, pelo que está garantida a segurança.

1.4.2 - Consolas

1.4.2.1 - Esforços

Tendo por base a geometria das consolas e as acções anteriormente referidas avaliaram-se os
esforços últimos na secção de encastramento. Assim, tem-se:

Momento flector devido à carga permanente:

Mcp = - 0,15×25×0,902/2 - 0,825×2,2 - 0,10×24×0,652/2 - 0,5×1,5 = -4,6 kNm/m

O momento flector devido ao veículo-tipo foi determinado recorrendo às superfícies de


influência de Homberg-Ropers. Para o veículo com uma roda na extremidade da consola
(acção de acidente) tem-se:

Mvt = -50 (0,576 + 2×0,06) = -34,8 kNm/m

Momento flector de cálculo:

Combinação de acidente - Msd = -1,0 × 4,6 - 1,0 × 34,8 = -39,4 kNm/m

1.4.2.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400, tem-se:

Msd,apoio = -39,4 kNm/m; σsd = 0,985 MPa; ρsd = 0,300; As- = 6,0 cm²/m

Adoptam-se ∅10//0,10 (7,85 cm²/m) na face superior, pelo que está garantida a segurança.

1.4.3 - Consola da viga pré-fabricada

As consolas das vigas pré-fabricadas têm de suportar o seguinte momento flector de


dimensionamento:

Msd = 1,35×(0,30×25×0,902/2 + 0,30×25×0,15×0,975) = 5,6 kNm/m

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A armadura de flexão necessária é (B45; A400):

Msd = 5,6 kNm/m; σsd = 0,462 MPa; ρsd = 0,148; As- = 1,6 cm²/m

Adoptam-se ∅ 10//0,20 (3,9 cm²/m), pelo que está garantida a segurança.

1.4.4 - Carlingas sobre os apoios nos encontros

Uma vez que os aparelhos de apoio são colocados sob as vigas longitudinais, os esforços
sobre as carlingas não serão significativos, pelo que nos dispensamos de apresentar quaisquer
verificações de segurança.

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2 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS ENCONTROS

2.1 - Introdução

Os encontros são idênticos e constituídos por um simples maciço em betão armado que
descarrega sobre 2 estacas de 1,20 m de diâmetro.

A verificação da segurança dos encontros foi efectuada em relação à rotura das peças de
betão armado, para as combinações mais desfavoráveis e sujeitando-os às cargas totais
devidas às acções sobre o tabuleiro.

2.2 - Acções

Para a verificação da segurança dos encontros tomaram-se as seguintes acções:

- Peso das peças constitutivas do encontro (viga de estribo e espelho) com γ = 25 kN/m3;

- Reacções verticais do tabuleiro (acções permanentes e variáveis);

- Impulsos de terras: considera-se o impulso de terras no tardoz do encontro, aplicado no


espelho do estribo e no estribo. O ângulo de atrito interno considerado para os aterros
foi de 20°;

- Impulso de terras devido a uma sobrecarga de 10 kN/m² no aterro e;

- Impulso de terras devido à acção sísmica (ch = 0,19g).2.3 - Segurança Interior dos
Encontros

2.3.1 - Estacas

2.3.1.1 - Esforços

Para a determinação dos esforços nas estacas a acção condicionante é a acção sísmica.
Assim, tem-se:

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Impulsos de terras sobre o encontro -

2,20 2
Estático - Ia = 0,49 × 20 × = 23,7 kN/m y = 0,733 m
2

Sobrecarga - Isc = 0,49 × 10 × 2,20 = 10,8 kN/m y = 1,10 m

2,20 2
Sísmico - ∆Is = (0,787 − 0,490 ) × 20 × = 14,4 kN/m y = 1,466 m
2

Força sísmica do tabuleiro - Fk = 232 kN y = 1,15 m

Os esforços na cabeça das estacas são:

Me,sd = 1,5 × [23,7 × 0,733 + 10,8 × 1,10 + 14,4 × 1,466 ] ×


6 232
+ 1,5 × × 1,15 = 427 kNm
2 2

Ve,sd = 1,5 × [23,7 + 10,8 + 14,4] ×


6 232
+ 1,5 × = 394 kN
2 2

O comprimento elástico das estacas foi estimado através de:

Eb
t = 0,388 × φ × 4
Es

em que φ é diâmetro das estacas (1,2 m no caso vertente) e Eb (32 GPa) e Es (800 kPa) os
módulos de deformabildade da estaca e do terreno, respectivamente. Assim,

32 × 10 6
t = 0,388 × 1,20 × 4 = 6,6 m
800

O esforço axial máximo nas estacas é:

Nemáx = 0,5 × [1104 + 157,5 + 411,4] ×


1 1
+ 280 + 260 × = 828 kN,
2 2

Os esforços de cálculo nas estacas são:

Nemáx,sd = 1,5 × 828 = 1242 kN


Memáx,sd = 427 + 394 × 6,6 + 1242 × 0,20 = 3276 kNm
Vemáx,sd = 394 kN

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2.3.1.2 - Verificação da segurança das estacas

a) Solo de fundação

O esforço axial máximo nas estacas é:

Nemáx = 828 kN,

valor que é inferior à carga admissível na estaca, pelo que está garantida a segurança.

b) Segurança interior das estacas

Flexão

Os esforços actuantes mais desfavoráveis são:

Nsd = 1,5 × 828 = 1242 kN ou,


Nsd = 0,90 × (828-280) = 493 kN com,

Msd = 3276 kNm

Recorrendo a um programa especialmente desenvolvido para o cálculo da capacidade


resistente de secções de betão armado em flexão desviada composta com compressão ou
tracção segundo as hipóteses preconizadas no REBAP, determinou-se a capacidade resistente
de cada estaca. No Anexo II apresentam-se os dados e resultados da verificação da segurança
em flexão composta, para os esforços de cálculo indicados. Obteve-se:

Nsd = 0 kN Mrd = 4336 kNm > Msd = 3276 kNm;


Nsd = 493 kN Mrd = 4476 kNm > Msd = 3276 kNm;
Nsd = 1242 kN Mrd = 4657 kNm > Msd = 3276 kNm;

pelo que está garantida a segurança.

Esforço transverso

O esforço transverso máximo é:

Vsd = 394 kN

bw = 0,90 × 1,2 = 1,08 m


deq = 0,45 × 1,20 + 0,64 (1,13 - 0,5×1,20) = 0,88 m

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Vcd = 850 × 1,08 × 0,88 = 807 kN

Tendo-se adoptado uma hélice φ 12 com passo 0,10 m, tem-se:

1,13 × 2
Vwd = 0,9 × 0,88 × × 34,8 = 623 kN
0,10

Vrd = 807 + 603 = 1430 kN > Vsd, pelo que está garantida a segurança.

2.3.2 - Viga de estribo

2.3.2.1 - Esforços

A viga de estribo foi analisada recorrendo a um modelo de viga simplesmente apoiada nas
estacas. Consideraram-se as acções do seu peso próprio e acções do tabuleiro no aparelho de
apoio intermédio (ver Capítulo III).

Os esforços de cálculo são:

4,20 1
Vsd = 1,35×1,73×25 + (1,35×280+1,5×244) = 500 kN
2 2

4,20 2 4,20
Msd = 1,35×1,73×25 + (1,35×280+1,5×244) = 914 kNm
8 4

2.3.2.2 - Armaduras

Para betão B35 e aço A400 tem-se:

Esforço transverso

Vcd = 850 × 1,40 × 0,90 = 1071 kN > Vsd, pelo que está garantida a segurança.

Flexão

Msd,vão = 914 kNm; σsd = 0,806 MPa; ρsd = 0,254; As+= 32 cm²,

pelo que está garantida a segurança.

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3 - VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA DOS APARELHOS DE APOIO

3.1 - Introdução

Os aparelhos de apoio adoptados são do tipo corrente comercial em neoprene cintado. Assim,
são apenas apresentadas verificações sumárias justificativas do seu dimensionamento.

3.2 - Deslocamentos do Tabuleiro

Os deslocamentos longitudinais do tabuleiro sobre os encontros são os que se indicam no


Quadro 6.

Quadro 6 - Deslocamentos longitudinais do tabuleiro

ENC. Pré-esforço Retracção ∆TU VDT Sismo D+ D-


(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)

1e2 0,8 2,2 ±1,7 0,4 (-0,8) ±39 44,1 -38,5

3.3 - Aparelhos de Apoio nos Encontros

Os esforços verticais a absorver pelos aparelhos de apoio nos encontros foram determinados
recorrendo aos resultados obtidos para as reacções de apoio do tabuleiro (Capítulo I). Assim,
os esforços verticais máximos e mínimos devidos às acções permanentes são:

Ncp,máx = 278 kN (aparelhos de apoio extremos)

Ncp,min = 280 kN (aparelhos de apoio intermédios)

Os esforços verticais máximos e mínimos devidos às acções variáveis são:

a) Aparelhos de apoio extremos

Nvar,máx = 269 kN

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Nvar,min = -10 kN

b) Aparelhos de apoio intermédios

Nvar,máx = 244 kN

Nvar,min = 0 kN

Os esforços verticais máximo e mínimo nos aparelhos de apoio são:

a) Aparelhos de apoio extremos

Nmáx = 278 + 269 = 547 kN

Nmin = 278 - 10 = 268 kN

b) Aparelhos de apoio intermédios

Nmáx = 280 + 244 = 524 kN

Nmin = 280 - 0 = 280 kN

Adoptando aparelhos de apoio rectangulares com 0,20 × 0,30 m, tem-se:

547
σmáx = = 9 117 kN/m² ≅ 9,1 MPa
0,30 × 0,20

268
σmin = = 4 467 kN/m² ≅ 4,5 MPa
0,30 × 0,20

valores aceitáveis.

O deslocamento longitudinal a absorver é (ver Quadro 6):

A = 44,1 - (-38,5) = 82,6 mm

d = ± 41,3 mm ≤ 0,7Hútil = 0,7 × 61 = 42,7 mm

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PEÇAS FIXAS DAS ENSECADEIRAS NA


DERIVAÇÃO DA TOMADA DE ÁGUA NO
CONCHOSO

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1 - INTRODUÇÃO

A Tomada de Água, Derivação e Estação Elevatória do Conchoso, localizada no


extremo norte da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, destina-se à adução de água
a partir do Rio Tejo, graviticamente através da Derivação e por bombagem através da
Estação Elevatória, servindo também para a remoção dos caudais de drenagem
durante o Inverno

A Derivação é uma estrutura em betão armado com a configuração de um canal


rectangular, fundada sobre estacas, com um comprimento total de cerca de 56m e a
largura interior de 10,60m.

A extremidade de montante (rio Tejo), está dividida em 2 vãos providos de comportas


de regulação e ranhuras com peças fixas para ensecadeiras, existindo na extremidade
de jusante uma transição para o canal de secção trapezoidal, escavado em terra
(Canal Principal de Rega) com fundo à cota –1,75.

Actualmente para efectuar trabalhos de manutenção quer no próprio Canal de


Derivação quer no equipamento lá instalado, não é possível colocá-lo a seco de modo
expedito e funcional, pois não existem ranhuras para ensecadeiras na extremidade de
jusante.

Assim, é esta extremidade de jusante com fundo à cota –1,75 que se pretende dividir
em dois vãos separados por um pilar, e que serão providos de peças fixas que
permitirão o uso das ensecadeiras actualmente utilizadas na extremidade de
montante.

À cota +1,70 e entre os dois muros laterais, existirá um passadiço que servirá de
plataforma de manobra, sendo cravados degraus revestidos a poliuretano num dos
muros laterais de modo a proporcionar o acesso a esta plataforma.

2 - TRABALHOS A EFECTUAR

Para a construção da solução preconizada nos desenhos correspondentes, enumera-


se resumidamente as principais actividades a desenvolver:

a) Construção e remoção de ensecadeira no Canal Principal de Rega e


bombagem permanente das águas afluentes à zona de trabalhos;

b) Escavação em terra para a remoção do estrangulamento actualmente existente


na secção do Canal Principal de Rega, incluindo bombagens, refinamento de
taludes e transporte de terras a vazadouro;
c) Elaboração dos desenhos de formas e dos cortes de ranhura, dimensionamento
do betão armado incluindo as armaduras de costura ao elementos de betão
existentes e armaduras de montagem;

d) Projecto, fabrico e montagem dos dois conjuntos de peças fixas para os vãos
das ensecadeira;

e) Abertura de negativos nos muros laterais e soleira, tratamento das superfícies


betão novo/betão velho e execução da estrutura de betão armado para a criação
dos dois vãos e respectivo passadiço;

f) Execução dos betões de 2ª fase após colocação e nivelamento das peças fixas
das ensecadeiras;

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