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Enredos

Graciliano Ramos:

Caetés:

João Valério, narrador e personagem desta história, é introvertido e adora fantasiar. Ele sente-se
seduzido pelos ambientes da burguesia. Um dia ele se envolve com Maria Luisa, esposa de seu
amigo e protetor, Adrião, que é também dono da firma comercial em que trabalha. O caso de
João Valério é denunciado a Adrião através de uma carta anônima. O marido decepcionado
comete suicídio. João Valério se sente culpado e ao mesmo tempo não resiste ao poder, uma vez
que se torna sócio da firma as custas do amigo morto.

Maria Luisa é uma mulher ambiciosa e possessiva, e apenas pensa em pegar tudo o que o
marido deixou, não se importando com João. Ela pensa em enganar João para conseguir o que
quer, e ele mesmo sendo de origem humilde percebe suas intenções. Ele abandona a mulher
mas não consegue abandonar o cargo e o poder. Esta é uma obra que antecede o que seria Vidas
Secas.

O nome Caetés é uma analogia com a história do nativo selvagem Caeté, que devorou o Bispo
Sardinha, no século XVII. João tem um lado selvagem como um nativo canibal ao devorar seu
amigo Adrião, para conseguir poder. Esta é uma obra em que o personagem faz uma análise de
seus próprios instintos, pelos quais é dominado. O livro mistura o fim do movimento naturalista
com a literatura realista. A cidade onde acontece a história foi administrada por Graciliano
Ramos, que atuou como prefeito em Palmeira dos Índios.

São Bernado:

Paulo Honório, homem dotado de vontade férrea c da ambição de se tornar fazendeiro, depois
de atingir seu objetivo, propõe-se a escrever um livro, contando a se vida, de guia de cego a
senhor da Fazenda São Bernardo,

Movido mais por uma imposição psicológica, Paulo Honório procura uma justificativa para o
desmoronamento da sua vida e do seu fracassado casamento com Madalena, que se suicida.

Angústia:

Angústia, obra do aclamado escritor Graciliano Ramos, foi publicada em 1936, tendo como
principal característica a descrição dos estados de alma dos indivíduos que se questionam o
tempo todo sobre si e o mundo. O protagonista do romance, Luís da Silva, funcionário público e
escritor frustrado, confessa desesperadamente ser autor de um homicídio. O estopim foi o fato
da vítima, Julião Tavares, ter conquistado a mulher que Luís da Silva amava.

A estrutura “desordenada” do texto narrativo escrito em primeira pessoa descreve a mente


perturbada do narrador e personagem Luís da Silva. Utilizando o recurso do monólogo interior,
Graciliano Ramos faz ajustes ao ponto de vista do seu narrador que conjuga o uso da memória
pela imaginação.

Luís nos conta fatos que aconteceram há um pouco mais de um ano antes dele decidir escrevê-
los, pelos indícios no romance é possível delimitar a ocorrência dos acontecimentos entre a
década de 1930, especificadamente após o golpe da Revolução de 30, e o ano de sua conclusão,
1936.

Vidas Secas:

Fabiano e sua família, formada pela esposa Sinhá Vitória, pelos filhos não nomeados, chamados
apenas de Menino mais Velho e Menino mais Novo, a cachorra (esta sim, batizada ironicamente
de Baleia, ou seja aquela que anda livremente pelo mar) e o papagaio, tem a sua saga de
migrantes narrada em terceira pessoa.

Rachel de Queiroz:

O quinze:

O Quinze é um romance regionalista de temática social. A história tem dois planos: a saga da
família de Chico Bento (recheada de amarguras e desgraças) e a história de amor entre Vicente e
Conceição, que na verdade não foi um romance concretizado, visto que a falta de comunicação
entre os dois e o desnível cultural que os separam foram alguns dos ingredientes que levaram ao
desfecho infeliz.

O romance tem característica psicológica. A análise exterior dos personagens existe, mas a
autora vai soltando uma característica aqui, outra além, sem interromper a narrativa para
pormenores. A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. O fato histórico importante
da época era a própria seca de 1915 (o que origina o título do livro). Não há avanços nem recuos
no tempo: a história é contada maneira tradicional, obedecendo à sequência de início, meio e
fim.

A história acontece no Ceará, principalmente na região de Quixadá, onde se situam as fazendas


de Dona Inácia (avó de Conceição), do Major (pai de Vicente) e de Dona Maroca (patroa de Chico
Bento). Há também o cenário urbano, destacando Fortaleza, por onde passa a família de
retirantes de Chico Bento e onde mora Conceição. Quanto à linguagem, Não há uso de
palavreado erudito. Sua linguagem é natural, direta, coloquial, simples, sóbria, condicionada ao
assunto e á região, própria da linguagem moderna brasileira. É uma linguagem regionalista sem
afetação, sem pretensão literária e sem vínculo obrigatório a um falar específico (modismo
comum na tendência regionalista).

João Miguel:
João Miguel é um homem comum. A psicologia do preso é analisada com argúcia por Rachel de
Queiroz. A mulher o abandona. Ele se vê só diante do destino que o perturba. Zé Milagreiro, que
está preso na mesma cadeia, mata o tempo a fazer ex-votos, milagres de madeira, que são
encomendados por gente que deseja pagar promessas. A angústia da prisão, a tensão de João
Miguel freme nestas páginas. O trabalho reequilibra o preso. E com a mão assassina ele vai
compondo seus trabalhos manuais com a fibra da carnaúba.

Caminho de pedra:

Tida como uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos, Rachel de Queiroz estreou
na literatura antes de completar 20 anos e modificou definitivamente os rumos da prosa
regionalista brasileira. Em seu terceiro romance, Caminho de pedras, a cearense permitiu que os
personagens assumissem a linha de frente da narrativa. E muitos estudiosos consideram
'Caminho de Pedras' como a mais conscientemente engajada obra de toda a sua duradoura
carreira, plena de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer em seus textos.
Através de uma linguagem enxuta, a autora consegue transportar esse complexo universo
partidário para uma cama de casal. O romance valoriza as características psicológicas dos
personagens, contando a história da paixão proibida entre Roberto e Noemi - esposa do ex-
comunista João Jaques e mãe de um menino de colo identificado apenas como Guri. Por trás de
tudo há um retrato da luta social daqueles anos, contendo denuncias ao Integralismo e ao
autoritarismo do Estado Novo de Getúlio Vargas .

As três marias:

Em seu quarto romance, As três Marias, a escritora cearense Rachel de Queiroz foi ainda mais
fundo em um tema que já estava presente em todas as suas obras anteriores: o papel da mulher
na sociedade. A história tem início nos pátios e salas de aula de um colégio interno dirigido por
freiras: Maria Augusta, Maria da Glória e Maria José são amigas inseparáveis que ganham de
seus colegas e professores o apelido de "as três Marias". À noite, deitadas na grama e olhando
para o céu, as meninas se reconhecem na constelação com a qual dividem o nome. A estrela de
cima é Maria da Glória, resplandecente e próxima. Maria José se identifica com a da outra ponta,
pequenina e trêmula. A do meio, serena e de luz azulada, é Maria Augusta - ou simplesmente
Guta, como sempre preferiu ser chamada.

Lampião: A beata maria do Egito

“Em Lampião e A Beata Maria do Egito temos o melhor de Rachel: a perfeição da linguagem, a
clareza e realismo dos diálogos, os cenários nordestinos bem desenhados, a pesquisa histórica e
a força indiscutível das personagens femininas”, escreve Acioli. “Todos estes elementos nos dão
a certeza de que o texto teatral de Rachel de Queiroz, desde que caiu da pena e pingou no papel,
já era borboleta pronta para voar”.

Memorial de Maria Moura:


'Memorial de Maria Moura' é ambientado no sertão no início do século XIX e narra a história da
guerreira Maria Moura, jovem corajosa que transforma-se na líder de um bando de homens
armados.

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