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Igor Reis
História Clínica
Identificação: colher os dados básicos como DATA, NOME, SEXO, ETNIA, IDADE, DATA DE
ESCOLARIDADE.
Acompanhante
História da Moléstia Atual (HMA): Localização, Qualidade, Quantidade, Cronologia, Situação em que ocorre,
Fatores de remissão ou exacerbação e Manifestações associadas; Medicamentos; Relação com as atividades da vida
diária, repercussão e significado simbólico para o paciente; Repercussão na vida dos familiares. Coisas prévias relativas
iii. Geral – peso; disposição para o trabalho; motivação para o lazer; humor; sono, apetite,
iv. COONG – alterações de pele, cabelo, pelos e unha; dor de cabeça, tonturas ou desmaio;
Sinais Vitais
paciente e realiza-lo em ambiente tranquilo e sem conversa (paciente não pode ter fumado
nos últimos 30 min, exercitado nos últimos 60 min, bexiga não pode estar cheia, álcool e
1. Posição
b. Deitado.
2. Técnica
Diastólica.
b. Repetir em 1 min.
Frequência de Pulso – pulso radial; pulso regular medir por 15 seg e pulso irregular medir por pelo menos 1
min.
Frequência Respiratória
Temperatura
Avaliação nutricional
c. Sobrepeso = 25 a 29.99
d. Obesidade I = 30 a 34.99
e. Obesidade II = 35 a 39.99
Ectoscopia
xiii. Deve-se abordar estado geral, nível de consciência e estado mental, hidratação e nutrição
(Peso e edema, pele, mucosas, fâneros), fácies, biótipo, marcha e postura, COONG e
xiv. Exemplo: “Paciente em bom estado geral; consciente, orientado no tempo e no espaço;
fácies atípica; mucosas normocoradas, anictéricas, acianóticas e hidratadas; pele com turgor
Exame Físico do SR
Inspeção do Tórax: pele e alterações, cicatrizes, fístulas, circulação venosa colateral, edema, atrofias
musculares, alterações ósseas e articulares. Formas do tórax: normal (normolíneo, longilíneo, brevilíneo); tórax chato
ou plano; tórax em tonel, barril, globoso ou enfisematoso; tórax cifótico; tórax escoliótico; tórax cifoescoliótico; tórax
infundibuliforme (pectus escavatum); tórax de pombo (pectus carinatum); tórax raquítico; tórax piriforme; tórax
cônico; tórax em batel; deformidades unilaterais; deformidades localizadas. À inspeção dinâmica, observa-se os tipos
Alterações à inspeção
supraesternal e supraclavicular.
expiração.
cada vez mais profundas até um nível máximo, a partir do qual há posterior
expansibilidade torácica (mãos espalmadas e pedir para paciente inspirar e expirar); frêmito
toracovocal (paciente fala “trinta e três” enquanto se palpa com parte palmar dos dedos, o
tórax).
xvi. Percussão: utiliza-se o dedo médio de ambas as mãos, em uma mão será o dedo percutido
percussor deve das dois golpes na falange distal do dedo percutido e, em seguida, deve ser
levantado para não abafar o som. O som normal é o som claro pulmonar.
Ausculta:
xvii. Tórax desnudo; primeiro a parede posterior, depois laterais e a parede anterior. Deve ser
Anatomia e Fisiologia
b. Ciclo Cardíaco
i. Analisar à direita; paciente em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45º; cabeça
ingurgitamento jugular. Valor deve ser no máximo 2 cm. Essa é a pressão venosa
i. Os pulsos a serem examinados são: braquial, radial, femoral, poplíteo, tibial posterior
e dorsal do pé.
ii. B1 = Sístole -> pulso
e. O exame do coração
i. Inspeção: decúbito dorsal com cabeceira elevada 30º; circulação colateral, impulsões,
ii. Palpação: região apical, paraesternal esquerda e direita, e epigástrio, com mão direita
linha hemiclavicular, com extensão de 2 a 2.5 cm, amplitude pequena e duração 1/3 do
superior a IV.
iii. Ausculta:
e na disfunção ventricular)
miocárdica).
Exame Físico do Abdome
f. Anatomia e Fisiologia
g. Inspeção
i. Decúbito dorsal
ii. Forma (abdome plano, abdome globoso, abdome escavado, ventre de batráquio,
h. Ausculta
i. Palpação
i. Decúbito dorsal
mobilidade e pulsatilidade.
2. Manobras especiais:
umbigo
e. Posição de Schuster – decúbito lateral direito, perna direita
cabeça do pâncreas.
pedir para que o paciente empurre sua mão; haverá forte dor no
j. Percussão
iii. Submacicez – superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal;
iv. Macicez – ausência de ar, projeção do fígado, baço, útero gravídico e bexiga cheia
percutir na linha hemiclavicular desde a fossa ilíaca direita em direção ao gradil costal
Exame Físico do SL
Inspeção Geral
Examinar paciente de frente, de costas e de ambos os lados (postura, simetria corpórea, atitudes
De costas – se houver inclinação do tronco, para um dos lados, ocorre assimetria do ângulo
tóraco-braquial (entre lateral do tronco e face interna dos braços); pode indicar escoliose, encurtamento de
excavatum; rotação ou inclinação anômala da cabeça; simetria de face; genuvaro ou genuvalgo; pisada.
Marcha – faz parte da inspeção dinâmica; basicamente composta por duas fases, o apoio e o
em decúbito dorsal, posição simétrica, membros inferiores fletidos de modo a manter os pés juntos; quando há
diferença, os topos do joelho ficam em alturas diferentes (encurtamento real do membro ou luxação congênita do
quadril).
Teste de Adams – para investigar escoliose; solicitando-se que o paciente faça flexão do tronco
Osteoartrose
Progressão de desgaste articular, sem causa específica, que atinge indivíduos acima de 50 anos, com
maior ocorrência em coluna, mão, quadril e joelho. Em jovens pode ocorrer secundário a uma alteração prévia:
História clínica: dor articular crônica, com graus variados de perda de movimento; sintomatologia
progressiva podendo haver agudização por sinovite; quando afeta a coluna pode associar-se à compressão
radicular; há piora da dor com o frio / tempo úmido e movimentação excessiva; melhora com repouso; pode haver
piora ao longo do dia ou acordar com rigidez que melhora rapidamente, mas piora ao longo do dia; a diferença
para artrite reumatoide é que na AR a rigidez é intensa e dura por volta de 1 hora. Ao exame físico, dor à
- Dedos das mãos: caráter familiar; mulheres; espessamento de interfalangianas distais e proximais; se
Tratamento: osteoartrose leve ou moderada (tratamento clínico com AINEs, repouso relativo, exercícios
leves sem carga, hidroterapia, calor úmido e fisioterapia); osteoartrose grave (tratamento cirúrgico)
Lombalgia
É a queixa mais frequente em um consultório de ortopedia. Deve-se diferenciar das dores irradiadas para
- Específica: doença de base bem definida como neoplasia, metabólica, compressiva, reumática,
- Funcional: não se encontra causa específica e sim fatores predisponentes como cifose torácica,
hiperlordose lombar, obesidade, má postura, etc. História clínica: dor difusa, mal localizada, piora com certas
posturas e atividades, melhora com repouso; pode evoluir cronicamente tendo períodos de acalmia ou agudização;
raramente é totalmente incapacitante; maior parte das lombalgias no adulto. Exame físico: observar postura,
atitudes antálgicas e curvas anormais da coluna (estático e dinâmico); palpação para verificar contratura muscular,
pontos dolorosos em músculo e apófises espinhosas; diferenciar lombalgia de lombociatalgia (dor lombar com
dor irradiada no território do nervo ciático com sensação de queimação, formigamento e fraqueza muscular e
Teste de Lasègue positivo). Imagem: AP, P e O para cervical e lombar; AP e P para torácico.
Tratamento: as específicas devem-se tratar a doença de base; as funcionais com conjunto de medidas
(AINEs por até 3 semanas ou relaxantes musculares; calor local; correção de postura; re-equilíbrio muscular;
emagrecimento; re-educação de hábitos pessoais; prática de natação, hidroginástica, dança; colchão adequado.
Osteoporose
Grande causa de estresse ósseo e fraturas. Reduz qualidade de vida e pode até levar a morte.
Prevenção e tratamento: exercício físico com impacto / carga (caminhada, corrida, pulo e dança)
Exame Físico do SN
Exame do Estado Mental: Orientação temporal, orientação espacial, memória imediata, atenção e
I – Sensibilidade olfatória
mirada (olhar pra D, E, cima, baixo e diagonais), sácades (velocidade para seguir objetos), nistagmo (movimento
v. Parestesia – formigamento
vi. Irritação meníngea – Rigidez de nuca, sinal de Kernig (flexão da coxa ou se tentar fletir
de dor lombar para a parte posterior da coxa quando o membro inferior ipsilateral é
frequência, mãos, pés e mento) e instabilidade postural (menos comum, mas tem
distúrbios do movimento.
ii. Força de 0 a 5 – 5 normal e 0 sem contração.
1. Abertura ocular: não abre (1), abertura à dor (2), abertura ao chamado (3),
2. Melhor resposta verbal: não fala (1), emite sons (2), fala palavras (3),
(3), flexão inespecífica (4), localiza dor (5), obedece comandos (6).
5. Evocação (3)
n. Marcha e movimento
i. Sinal de Romberg: paciente em posição ereta, pés unidos e olhos fechados; ele deve
passo a frente.
Tabagista
Todo médico deve aconselhar fortemente todo paciente tabagista a parar, pois, estatisticamente, o
Tratamento farmacológico e aconselhamento são mais eficazes juntos do que qualquer uma das duas
abordagens sozinha.
Teste de Fagerstrom
Após parada: considerar prevenção da recaída e necessidade de intervenção caso haja recaída; associar medidas
Abordagens de aconselhamento:
- Entrevista motivacional;
O consumo danoso é considerado quando indivíduos bebem mais do que a dose diária, semanal ou por
ocasião, recomendada, aumentando o risco à saúde. As porções são de > 14 drinques por semana ou > 4 drinques
por ocasião, para homens; > 7 drinques por semana ou > 3 drinques por ocasião, para mulheres.
O abuso de álcool é o uso contínuo apesar das condições adversas. Hábito de beber que leva a insucesso
em atividades domésticas, no trabalho ou em responsabilidades escolares; uso de álcool em situações com alto
risco de dano físico (operar máquinas sob efeito de álcool); ter problemas sociais ou legais associados ao álcool.
consome álcool, frequentemente, em quantidades maiores do que as desejadas por longos períodos de tempo;
necessita de quantidades cada vez maiores de álcool para atingir o estado de intoxicação.
Fatores de risco: história familiar de distúrbio de uso de álcool, uso problemático de álcool durante
Questionário CAGE (uma resposta afirmativa = suspeita; duas ou mais = problemas com álcool):
- Alguma vez já sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?
- As pessoas o(a) aborrecem porque criticam (ou censuraram) o seu modo de beber?
- O (A) sr. (a) se sente culpado(a) pela maneira como costuma beber?
- O (A) sr.(a) costume beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
O diagnóstico é clínico. Na história clínica, deve-se avaliar tipo de bebida e quantidade; uso de drogas
ilícitas; história de sintomas de abstinência (tremor, insônia, ansiedade, hiperreflexia, diaforese, hiperatividade
Nenhum exame laboratorial é necessário para diagnóstico, mas se houver suspeita de doença hepática:
hemograma com contagem de plaquetas, TP e TPPa, AST/ALT, GGT, FA, Albumina, Bb e frações, US abdominal
total.
frequentes, fazer diário da bebida), terapia cognitiva comportamental e terapia farmacológica (disulfiram –
inibidor da aldeído desidrogenase, naltrexona – antagonista opioide, sertralina – inibidor seletivo da recaptação
A) 5 ou mais sintomas presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma
mudança em relação ao funcionamento anterior (pelo menos um dos sintomas tem que ser humor
- Insônia ou hipersonia
pelo menos 6 meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou
profissional).
C) A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com
pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses)
- Fatigabilidade.
- Irritabilidade.
- Tensão muscular.
- Perturbação do sono.
E) A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica.
O tratamento mais eficaz para ambas as condições clínicas é a terapia cognitiva comportamental
Os antidepressivos são tratamento de escolha para pacientes com transtorno depressivo maior brando a
Escolha do medicamento deve ser baseada em efeitos colaterais, segurança e tolerabilidade desses efeitos
pelo indivíduo, propriedades farmacológicas e interações, resposta medicamentosa em episódio prévio, custo,
preferência do paciente.
Discutir opção de tratamento com o paciente cobrindo efeitos adversos da medicação, interações
medicamentosas prováveis ou efeito em outros problemas de saúde, experiência prévia do paciente com
antidepressivos.
OBS: após melhora do primeiro episódio, manter tratamento por mais pelo menos 6 meses.
Fluoxetina
Contra-indicação: uso concomitante a iMAO ou 14 dias após descontinuação de iMAO; pelo menos 5
semanas após descontinuação de iMAO, deve-se iniciar fluoxetina; pacientes em uso de drogas que prolongam
QT.
neurológicos (astenia, tontura, insônia, sonolência, tremor), psiquiátricos (ansiedade, nervosismo), respiratório
(faringite, rinite).
Sertralina
Contra-indicação: uso concomitante com Dissulfiram (tratamento de etilismo crônico); uso concomitante
com iMAO, devendo-se esperar 14 dias antes ou depois; uso concomitante com pimozida (antipsicótico);
Precaução: uso de álcool não recomendado, diabetes, controle glicêmico, sangramento gastrointestinal,
Efeitos adversos comuns: gastrointestinais (constipação, diarreia, indigestão, náusea, náusea e vômitos),
neurológicos (tontura, dor de cabeça, insônia, sonolência, tremor), reprodutiva (ejaculação anormal, libido
reduzido), fadiga.
Amitriptilina
Efeitos adversos comuns: ganho de peso, constipação intestinal, xerostomia, tontura, cefaleia,
Nortriptilina
Contra-indicação: uso concomitante a iMAO ou com intervalo mínimo de 14 dias; uso concomitante de
4) Obesidade
Descrição
Epidemiologia
Fatores de Risco
- Idade avançada.
- Balanço energético positivo: ambiente moderno, predisposição genética, fatores psicológicos (estresse),
efeitos adversos de medicamentos, estágio de vida, eventos na vida (parar de fumar, casamento, férias).
- Idade avançada, gênero masculino, história familiar, etnia asiática, desregulação do sistema
endocanabinóide, níveis diminuídos de hormônio de crescimento, consumo de frutose, estilo de vida sedentário.
- Hábitos alimentares.
- Doenças psiquiátricas.
Causas
1. Balanço energético positivo – aumento de ingesta energética e/ou gasto energético reduzido.
2. 50 a 60 calorias em excesso por dia.
História
fenelzina.
• Antihistamínicos: ciproheptadina.
Medicamentos alternativos:
História Social – nível de atividade física, parar de fumar, começar nova medicação, estado civil,
Exames Complementares
Screening hepático
Hemograma
TSH e T4 livre
Tratamento
1. Dieta
aumento de mortalidade.
integrais, peixes, chá verde; reduzir ingesta de açúcar processado e bebidas açucaradas.
g. Adoçante sucralose
2. Atividade Física
sobrepesos.
a. Orlistat (Xenical) – 120 mg oral, 3 x ao dia com as refeições contendo gordura, tomar
incontinência fecal; o que pode ser reduzido com aumento da ingesta de fibras
b. Lorcaserin (Belviq) – não aprovado pela Anvisa, mas aprovado pelo FDA; age no
7. Cirurgia
a. Cirurgia Bariátrica
neonatal.
gastrectomia vertical
b. Lipoaspiração
i. Reduz IMC, mas não reduz maioria dos fatores de risco para doença
coronariana.
Follow-up
Mudanças de hábito devem ser mantidas, para se ter uma vida saudável.
5) Diabetes Mellitus II
Descrição
resistência e deficiência insulínica. Hiperglicemia crônica pode levar a danos em múltiplos órgãos, resultando em
Os mais afetados são indivíduos com obesidade. A prevalência entre homens e mulheres é
similar, mas levemente maior em homens < 60 anos e mulheres > 60 anos. Prevalência global de 9% em homens
e 7.9% em mulheres.
Fatores de Risco
Condições metabólicas como pré-diabetes (glicose de jejum de 100 a 125 mg/dL – ADA; teste
oral de tolerância à glicose, 2 horas = 145 a 199 mg/dL; HbA1c entre 5.7% e 6.4%), obesidade (IMC ≥ 30),
síndrome metabólica (3 dos 5 critérios – TG ≥ 150 mg/dL ou tratamento para hipertrigliceridemia, glicose de
jejum ≥ 100 mg/dL ou uso de hipoglicemiante, HDL < 40 em homens e < 50 em mulheres, Circ. Abd. ≥ 90 em
Causas
deficiente da insulina nos tecidos alvo, o que resulta em metabolismo anormal de carboidratos, lipídeos e
proteínas, levando a hiperglicemia. Hiperglicemia aguda pode levar a cetoacidose diabética e estado de
hiperglicemia hiperosmolar. Hiperglicemia crônica pode causar complicações vasculares como nefropatia,
História Clínica
Pacientes sintomáticos podem apresentar poliúria, polidipsia, polifagia, visão borrada, estado
Pacientes com hiperglicemia crônica podem apresentar também neuropatia periférica, infecções
recorrentes, deficiência visual, disfunção sexual, disfunção intestinal e vesical, disfunção renal e disfunção
cardiovascular.
repouso (neuropatia autonômica); pele com acantose nigricans e espessada; retinopatia diabética FO;
Exames Complementares
Diagnóstico com:
mg/dL.
- HbA1c ≥ 6.5%
- Lipidograma
- AST/ALT
- ECG
- Oximetria de pulso
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
Adicionar segunda droga se monoterapia não atingir meta; adicionar terceira droga se
Follow-up
Anualmente: lipidograma; creatinina sérica; albumina na urina; exame dos MMII; exame de
retina por especialista (a cada 2 anos se normal no primeiro); exame neurológico; reflexo cardiovascular.
Esquema de Tratamento
Paciente com glicemia > 300 mg/dL ou HbA1c ≥ 10%, iniciar insulinoterapia imediatamente
até compensar
Se monoterapia com Metformina em dose máxima não alcançar alvo de HbA1c em três meses,
aumentando função de GLP-1 e GIP, para aumentar liberação de insulina e reduzir níveis de Glucagon.
aumentando glicosúria.
pancreáticas.
Uso de Insulina
80-130 mg/dL.
Se HbA1c continuar alta, mesmo com a glicemia de jejum controlada: adicionar insulina ultra-
rápida (Aspart, Lispro ou Glulisine) pré-prandial, começando com 1 dose diária; iniciar com 0.1 um/kg; aumentar
6) Diabetes Mellitus I
Descrição
Transtorno endócrino caracterizado por hiperglicemia decorrente da destruição das células beta
Glicemia alvo
LDL alvo
Manejo da dieta, atividade física (≥ 60 min/dia em crianças e ≥ 150 min/sem, educação para
auto-monitoramento.
Follow-up
A cada três meses: HbA1c; dados de monitoramento de glicose; inspeção dos locais de injeção
e infusão da insulina; peso e PA; exame do pé; avaliação de atividade física e habilidades de auto-
Tratamento
- Doses múltiplas e diárias de insulina ou infusão subcutânea contínua por bomba de insulina.
atividade esperada.
Descrição
mmHg.
Pode ser primária (90%-95% dos casos) ou secundária (5%-10% dos casos).
Epidemiologia
Os mais afetados são indivíduos entre 20 e 50 anos, mas prevalência aumenta com a idade.
Fatores de Risco
Pressão arterial alta normal, pressão arterial elevada durante cuidado médico, obesidade e ganho
Possíveis fatores: excreção urinária elevada de sódio, alta ingesta de carne vermelha, história
de nefrolitíase, psoríase, uso frequente de analgésico, uso de contraceptivo oral, sono < 5 horas/noite.
Causas
estenose da artéria renal, hiperaldosteronismo primário, apneia obstrutiva do sono, doença de cushing,
feocromocitoma.
História
HP: diabetes ou pré-diabetes, doença CV, obesidade, hiperlipidemia, doença de tireoide, doença
renal.
Diagnóstico
Ou
Exames Complementares
Exame de sangue inicial: hemograma, cálcio, ácido úrico, sódio, potássio, creatinina sérica /
Urianálise
ECG
Microalbuminúria
Radiografia de tórax
Tratamento
1) Na ausência de comorbidades: PS < 140 mmHg; PS < 150 mmHg se paciente ≧ 60 anos. PD < 90
mmHg.
2) Pacientes com risco cardiovascular aumentado e sem diabetes ≥ 50 anos: PS < 120 mmHg.
4) Pacientes com doença renal crônica (DRC): < 140/90 mmHg; se proteinúria ou diabetes presente <
130/80 mmHg.
qualquer diurético)
inicial de 12.5 mg/dia e dose alvo de 100 mg/dia (cp de 12.5 mg, 25 mg e 50 mg). Pode
e REDE PRÓPRIA.
b. Inibidor de ECA (< 55 anos) (bom para pacientes com ICC e paciente isquêmico)
- substituir por losartan), angioedema; pode ser associado com diurético para reduzir
dose e efeitos colaterais; Dose inicial 50 mg/dia (25 mg de 12/12 horas) com dose
i. Losartana: dose inicial de 25 mg/dia com dose alvo de 100 mg/dia (1-2 doses por dia);
ii. Atenolol
iii. Labetolol:
iv. Nebivolol
v. Carvendilol
Segunda Linha
1) Diuréticos de Alça
Furosemida: excreção de 25% de Na+ e produção de prostaciclina renal; uso terapêutico para edema pulmonar
agudo, edema associado a doença renal, ICC, hipertensão; efeitos colaterais de hiponatremia, hipocalcemia,
hipomagnesemia, hipocalemia, alcalose metabólica, hiperuricemia; contra indicado em pacientes com gota e
Estratificação de Risco Cardiovascular de acordo com VII Diretriz Brasileira de Hipertensão (Set/2016)
O risco é sempre avaliado ao associar estágio de Hipertensão Arterial Sistêmica com fatores de risco adicionais.
Fatores de risco adicionais: sexo masculino, idade ≥ 55 (homens) e ≥ 65 (mulheres), história de doença
cardiovascular prematura em parentes de 1º grau (< 55 anos em homens e < 65 em mulheres), tabagismo,
dislipidemia (CT > 190, LDL > 115, HDL < 40 em homens e 46 em mulheres, TG > 150), resistência a insulina,
obesidade.
Baixo risco: 1-2 fatores de risco ou HAS 1 sem fatores de risco adicionais.
Risco moderado: ≥ 3 fatores de risco ou HAS 1 + 1-2 fatores adicionais ou HAS 2 sem fatores adicionais.
Risco alto: presença de lesão em órgãos alvo, DM, doença renal crônica, doença cardiovascular ou HAS
3 sem fatores adicionais ou HAS 2 + 1-2 fatores adicionais ou HAS 1 + ≥ 3 fatores adicionais.