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RESUMÃO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.

- Evolução da Responsabilidade Civil do Estado:


A doutrina aponta como origem da responsabilidade civil do Estado o caso denominado “Agnes Blanco”, é possível elencar pelo menos
cinco teorias:
a) Teoria da irresponsabilidade civil – anterior ao surgimento do Estado liberal-burguês, defendia que o Estado não podia responder
pelos seus atos, o que restou sedimentada na célebre frase “o rei não erra” (the king can do no wrong). É possível encontrar ainda hoje
resquícios dessa teoria em nosso ordenamento no tocante aos atos jurisdicionais e legislativos (RE 505.393, do STF – info 473). Existem,
contudo, duas exceções envolvendo ato jurisdicional previstas no art. 5º, LXXV, CF: erro judiciário e prisão além do tempo fixado na
sentença (não confundi com a previsão do art. 133 do CPC).
b) Teoria da culpa civilista (atos de gestão) – o Estado só responde civilmente por atos de gestão (um aluguel de um prédio particular,
por exemplo), não respondendo por atos de império (uma desapropriação, por exemplo).
c) Teoria da falta do serviço (culpa do serviço, culpa anônima) – verifica-se responsabilidade civil do Estado quando este falhar na
prestação do serviço, seja por não prestá-lo seja por prestá-lo inadequadamente ou de forma tardia, o que gera prejuízo ao particular. Tal
responsabilidade é subjetiva, exigindo a comprovação do dolo ou culpa do Estado na omissão do serviço, e diz-se anônima porque não há
necessidade de se identificar o servidor faltoso para se imputar ao Estado a obrigação de reparar o dano.
d) Teoria da responsabilidade civil objetiva com fundamento no risco administrativo - significa que o Estado deve se responsabilizar
pelos atos comissivos cometidos pelos seus agentes que causem danos aos particulares. Objetiva porque não se exige demonstração de
dolo/culpa do agente público. Essa teoria afasta a responsabilidade civil do Estado em três situações: culpa exclusiva da vítima, caso
fortuito ou força maior e fato exclusivo de terceiro, hipóteses em que não se verifica o nexo causal entre a conduta do Estado e o
resultado danos.
Atenção para a denominada culpa corrente, que não afasta, mas apenas mitiga a responsabilidade civil do Estado. É o chamado dano em
Bumerangue, a ensejar a compensação de culpas.
e) Responsabilidade civil objetiva com fundamento no risco integral –Equipara o Estado a um segurador universal, uma vez que a
responsabilidade não fica afastada sequer naquelas hipóteses que afastam o risco administrativo. Reconhece-se em caso de dano nuclear,
dano ambiental e atos terroristas.
Outros aspectos a serem abordados:
1. Denunciação à lide: Prevista no art. 70, III, do CPC, tal instituto vem sendo objeto de discussão de duas correntes: uma primeira vem a
defender a sua aplicação, sob o argumento da economia processual (vide REsp 782834). Prevalece, porém, a doutrina que defende não
caber denunciação da lide, uma vez que isso significaria uma confusão processual ao misturar reponsabilidade objetiva com
responsabilidade subjetiva, bem como representaria uma lesão ao princípio do contraditório e ampla defesa do Estado, uma vez que ao
denunciar o agente o Estado estaria reconhecendo sua própria culpa. É a corrente a ser seguida (info 500, STJ).
2. Princípio da Dupla garantia: diverge doutrina e jurisprudência acerca da possibilidade da vítima do dano poder acionar próprio agente
público que cometeu o dano. CABM, por exemplo, dá interpretação ampliativa ao art. 37, §6º, que, segundo o autor se trata de uma
norma que visa consagrar o princípio da máxima efetividade das normas constitucionais. Na outra vertente, doutrina minoritária sustenta
o princípio da dupla garantia: uma primeira garantia voltada pra própria vítima que só precisa demonstrar nexo e resultado; uma segunda
garantia é dada ao agente público que, segundo essa concepção, só pode ser atingido em ação regressiva. Trata-se de interpretação
restritiva ou literal do art. 37, §6º, posição que vem sendo seguida pelo STF, que vem afastando a chamada responsabilidade “per
saltum”.
3. Responsabilidade Civil do Parecerista: Existem três espécies de pareceres, já consagrados, inclusive pelo STF: parecer facultativo;
parecer obrigatório e não vinculante; e parecer obrigatório e vinculante. Apenas este último gera responsabilidade civil do parecerista
(vide art. 38 par. único da Lei nº 8.666).
4. O que é causa para o Direito Administrativo a ensejar a responsabilidade do Estado – Diferentemente do Direito Penal, que
entende causa como ação ou omissão, no Direito Administrativo entende-se que causa é apenas ação, uma vez que a missão no Direito
Administrativo não é causa para o resultado, mas sim condição para este. A omissão não dá causa à responsabilidade objetiva, mas sim
subjetiva, devendo ser demonstrado o dolo ou culpa do Estado (terceira corrente – falta do serviço, culpa do serviço ou culpa anônima).
Exceções:
a) Omissão específica (info 502, STF) – diferentemente da regra (omissão genérica), a omissão específica gera responsabilidade
objetiva quando, por exemplo, o Estado se omite de forma latente em tomar providências para proteger mulher que vítima de violência
doméstica que efetuou diversos registros de ocorrência, sem contudo receber a proteção do Estado, vindo a ser assassinada pelo seu
companheiro.
b) Teoria do risco criado, gerado ou suscitado – existem algumas atividades em que o Estado atua com um grau de risco acima da
média, o que CABM denomina de “guarda/custódia de coisas e pessoas perigosas”.
c) Trânsito (art. 1º, §3º, CTB) – “ § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito
das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.”
5. Quem são “terceiros” para efeitos de aplicação da responsabilidade civil do Estado?
Uma primeira corrente sustenta que a palavra “terceiros” deve ser empregada para aqueles que não tenham nenhum vínculo jurídico com
o Estado, nem estatutário (servidor, por exemplo) nem contratual (um concessionário, por exemplo). Trata-se de uma posição pró-fazenda
pública. Foi esta a posição adotada pelo concurso da Polícia Civil do RJ, que exemplificou com o caso de uma viatura de polícia que ao
bater num poste, este caiu e causou lesões na perna de um agente. Para tal corrente, a responsabilidade civil decorrente do dano sofrido
pelo agente não é objetiva, na forma do art. 37, §6º, mas sim do Código Civil (art. 186). Também não haveria se falar em
responsabilidade objetiva no caso de a concessionária do serviço de iluminação ter vínculo com o próprio Estado (se, por exemplo, a
concessionária manter contrato com a União, passa a ser considerada “terceiro”, hipótese a ensejar a aplicação objetiva da
responsabilidade.
Diógenes Gasparini, porém, faz uma interpretação ampliativa da palavra “terceiros”, considerando que significa qualquer pessoa, física
jurídica, servidor ou particular, usuário ou não do serviço. É a que vem prevalecendo.
6. Responsabilidade civil por ato lícito omissivo – JSCF entende que a responsabilidade civil objetiva por ato lícito só decorre de
condutas comissivas (uma obra pública, por exemplo), aplicando-se, de modo a afastar a responsabilidade, o princípio da legalidade
estrita, uma vez que se sua conduta omissiva é lícita, não há obrigação de agir.
7. Responsabilidade Civil das Concessionárias e Permissionárias de Serviço Público:
a) Animal na pista – se a rodovia não é pedagiada, entende-se que a administração desta cabe ao Estado, sendo aplicada a teoria da falta
do serviço (culpa do serviço ou culpa anônima), devendo-se demonstrar dolo ou culpa. Pode acontecer, porém, que mesmo sem cobrança
de pedágio, haja delegação do serviço de controle, administração e manutenção da via (numa parceria público privado, por exemplo, em
que o parceiro público custeia o parceiro privado pela administração e manutenção do serviço, o que ficou reconhecido pela denominação
pedágio fantasma).
Se a rodovia é pedagiada (ou haja o chamado “pedágio sombra”), a doutrina vem entendendo tratar-se dano nas relações de consumo, na
modalidade do fortuito interno.
b) Responsabilidade civil em face do não-usuário do serviço publico – até o ano de 2007, o STF entendia que somente os usuários do
serviço estavam abarcados pela responsabilidade objetiva do Estado. Hoje, porém, a Suprema Corte reformulou seu entendimento,
considerando ser irrelevante cogitar se se trata de usuário ou não do serviço.
c) Responsabilidade Subsidiaria do Estado – De regra, a responsabilidade do Estado é subsidiária à do agente delegado. JSCF, porém, cita
um caso em que essa responsabilidade é concorrente, na hipótese em que o Estado tenha o dever específico de fiscalizar a concessionária,
e, em face de sua omissão, decorresse um dano a um particular.
8. Prazo prescricional – Antes do CC/2002, o STJ tinha o entendimento de que o prazo prescricional para a vítima entrar com uma ação
contra o Estado seria de 5 anos (art. 1º, Dec 20.910/32), e para o Estado tal prazo seria imprescritível (art. 37, §5, in fine). Com a
superveniência do novo Código, alterando o prazo prescricional de 20 anos para as relações entre particulares para apenas 3 anos, passou-
se a cogitar que só se aplica o prazo de 5 anos previsto no decreto de 1932 se não houver um prazo mais favorável, o que ensejaria a
aplicação do prazo das relações entre particulares para as relações envolvendo a fazenda pública (Resp 1.137.354).
A partir de junho desse ano, através do AgrReg no REsp 1.311.070, o STJ passou a sustentar que as ações de cobrança contra a fazenda
pública aplicar-se-ia o prazo quinquenal do art. 1º do Dec. 20.910, uma vez que o CC/2002 regula as relações entre particulares, não
havendo que se alegar possuir este um prazo mais favorável.
OBS.: Vale lembrar que a imprescritibilidade para ações envolvendo o Estado no polo ativo se refere à recomposição ao erário e não à
aplicação de punições aos seus agentes, estes sim, submetidos a prazos prescricionais.
9. Responsabilidade civil por atos judiciários e atos legislativos – Já foi comentado acima as hipóteses em que se admite responsabilidade
civil por atos judiciais, de modo que será comentado somente sobre a responsabilidade decorrente de atos legislativos.
Quanto a estes, a regra é que não cabe responsabilidade civil, sob o argumento de que se trata de manifestação da soberania estatal, não
passível de responsabilização. Outro argumento, informa que o caráter abstrato da norma não possibilita reconhecer a possibilidade de se
reparar danos provenientes de comandos abstratos.
Há, contudo, três exceções:
a) Leis que apesar de abstratas, não recaem sobre todos os integrantes da sociedade de forma equânime, incidindo de forma mais
gravosa sobre um individuo ou grupo de indivíduos, havendo, pois, uma lesão ao princípio da repartição social do ônus. Assim, aquele
que suportou um ônus não suportado pelos demais faz jus a uma indenização (ex: dono de posto de gasolina ou de edifício garagem
situado em rua cujo tráfego de veículos foi proibido).
b) Leis declaradas inconstitucionais, cujos efeitos concretos, produzidos com base nessa lei, causam um prejuízo ao particular.
c) Leis de efeitos concretos. Assim, por exemplo, uma lei que autoriza a encampação de uma obra pública concedida à uma
concessionária.
Responsabilidade Civil:
Questão 1: As Parcerias Público-Privadas − PPP, no direito comparado, têm sua história ligada à necessidade de se contornar
limitações fiscais. Nesse sentido, em alguma medida, significaram um instrumento contratual adequado a permitir investimentos
em infraestrutura sem o comprometimento fiscal do Poder Público. No que concerne aos instrumentos de controle, no direito
pátrio, de referida espécie contratual, é correto afirmar:
a) No Brasil a questão da responsabilidade fiscal não mereceu preocupação especial do legislador, razão porque os instrumentos de
controle fiscal dos projetos de PPPs são restritos, não abarcando o controle sobre o endividamento público, mas, tão somente, o sobre a
geração de despesa.
b) O princípio de finanças públicas segundo o qual a geração de novas despesas será acompanhada pelo aumento proporcional de receitas
ou pela diminuição proporcional de outras despesas não se aplica aos projetos de concessão patrocinada em que mais que 70% da
remuneração do parceiro privado sejam pagos pela administração pública, porque, nesse caso, haverá necessidade de autorização
legislativa específica.
c) Há a obrigatoriedade de o Poder Público apresentar, ao Tribunal de Contas, demonstrativo do impacto orçamentário- financeiro nos
exercícios financeiros em que vigorar o contrato de PPP.
d) Por serem as PPPs projetos de longa duração, que necessariamente ultrapassam a vigência do plano plurianual, as obrigações
contraídas pela Administração não precisam ser compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO, bem como não precisam
estar previstas na Lei Orçamentária Anual − LOA.
e) Os instrumentos de controle fiscal dos projetos de PPPs no Brasil abarcam o controle sobre o endividamento público, mas não abarcam
o controle sobre a geração de despesa.
A resposta é letra “C”.
A alternativa correta apresenta uma das diversas exigências a que se condiciona a abertura de processo licitatório para a contratação de
parceria público-privada. Vejamos o que dispõe o art. 10 da Lei 11.079 (grifou-se):
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do
processo licitatório condicionada a:
I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que demonstre:
a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das razões que justifiquem a opção pela forma de parceria
público-privada;
b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais previstas no Anexo referido no § 1o do art. 4o da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento
permanente de receita ou pela redução permanente de despesa; e
c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma do art. 25 desta Lei, a observância dos limites e condições decorrentes da
aplicação dos arts. 29, 30 e 32 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelas obrigações contraídas pela Administração
Pública relativas ao objeto do contrato;
II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que deva vigorar o contrato de parceria público-
privada;
III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são
compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual;
IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a vigência do contrato e por exercício financeiro,
das obrigações contraídas pela Administração Pública;
V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o contrato será celebrado;
VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande
circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração do
contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos
7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do edital; e
VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do regulamento,
sempre que o objeto do contrato exigir.
AS DEMAIS ALTERNATIVAS ESTÃO INCORRETAS.
Sobre a letra A, houve sim a preocupação com a questão da responsabilidade fiscal. Prova disso encontramos no já citado art. 10 da Lei,
que destaca em seu inc. I, “b”, que “as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais previstas no Anexo
referido no § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes,
ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa”.
Outro dispositivo que corrobora essa preocupação é o art. 4º da Lei, que fixa como uma das diretrizes da contratação de parceria público-
privada a responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias (inc. IV).
Por fim, destaca-se que, no âmbito das contratações de PPP’s são aplicáveis, no que couber, as penalidades previstas na Lei nº
10.028/2000, a chamada “Lei dos Crimes Fiscais”.
Sobre a letra B, não há como desvincular as contratações de PPP’s às preocupações da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF. Ou seja, o
princípio de finanças públicas segundo o qual a geração de novas despesas será acompanhada pelo aumento proporcional de receitas ou
pela diminuição proporcional de outras despesas é um sistema de compensação que busca equilibrar as despesas e receitas e aplica-se,
sem dúvida, às regras das PPP’s. Os arts. 16 a 24 da LRF tratam de restrições à geração de receitas e os arts. 29 a 38 tratam do controle
sobre o endividamento.
Sobre a letra D, temos que a compatibilidade da contratação com a LDO e previsão na LOA é mais uma exigência constante do art. 10 da
Lei 11.079 (grifou-se):
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do
processo licitatório condicionada a:
I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que demonstre:
III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são
compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual.
Sobre a letra E, aplica-se o mesmo comentário da alternativa B, estando, pois, incorreta.
Questão 4: Nos termos da Lei nº 8.429/92, é ato de agente público que caracteriza ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da Administração pública:
a) realizar operação financeira sem a observância das normas legais.
b) permitir que terceiros enriqueçam ilicitamente.
c) ordenar a realização de despesas não autorizadas em lei.
d) frustrar a licitude de concurso público.
e) conceder benefício administrativo sem a observância das formalidades legais.
A resposta é letra “D”.
O art. 11 da LIA é responsável por nos fornecer a listagem exemplificativa de atos de improbidade ofensivos aos princípios da
Administração Pública, enfim, violadores dos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. Por acaso, no
rol de princípios da Lei, não houve a citação da moralidade administrativa.
Passemos à sua reprodução:
“I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV – negar publicidade aos atos oficiais;
V – frustrar a licitude de concurso público;
VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.”
Perceba que o inc. V coincide com a letra D, nossa resposta.
Questão 8: Henrique, servidor público e chefe de determinada repartição pública, publicou portaria na qual foram expedidas
determinações especiais a seus subordinados. No que concerne à classificação dos atos administrativos, a portaria constitui ato
administrativo
a) punitivo. b) normativo. c) enunciativo. d) ordinatório. e) negocial.
A resposta é letra “D”.
Os atos ordinatórios são de efeitos internos. Não obrigam, de regra, os particulares em geral. Tampouco alcançam outros servidores não
submetidos hierarquicamente àquele que expediu o ato, o qual, normalmente, não cria direito para o administrado.
Hierarquicamente, os atos ordinatórios são inferiores à lei, ao decreto, ao regulamento e ao regimento. É assim porque os atos
normativos destinam-se ao regramento de situações não específicas por parte do Estado, refletindo interesse público em sentido amplo. Já
os ordinatórios dirigem-se ao regramento de situações peculiares da atuação administrativa.
São exemplos de atos ordinatórios: portarias, circulares, avisos, ordens de serviço, dentre outros. Abaixo, vamos apresentar noções
teóricas sobre tais atos.
a) Portarias: são editadas pelos chefes de órgãos em geral, sem qualquer ligação direta com alguma autoridade especificada. As portarias
trazem determinações gerais ou especiais aos que a elas se submetem. São utilizadas também para se designar agentes públicos para o
exercício de certas tarefas, como sindicâncias ou processos administrativos disciplinares (portarias de nomeação). Algumas ostentam
caráter normativo, e, nessa condição, também podem ser enquadradas como atos dessa natureza (normativos).
b) Circulares: é o instrumento de que se valem as autoridades para transmitir ordens internas uniformes a seus subordinados(Maria
Sylvia Zanella Di Pietro). Em regra, possuem grau menor de generalidade que instruções e outros atos normativos.
c) Ordens de serviço: determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando seu início, ou
contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações técnicas sobre o modo e forma de sua realização (Hely Lopes
Meirelles). Também são utilizadas para transmitir determinações a subordinados, quanto ao modo de conduzir certa tarefa. Exemplo:
cabe a expedição de ordem de serviço para determinar que um servidor do fisco realize auditoria em instituição privada e o modo (uso das
técnicas) que deva agir.
Questão 20: O controle sobre os órgãos da Administração Direta é um controle interno e decorre do poder de
a) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais, apenas.
b) tutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes.
c) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais ou inoportunos, apenas.
d) autotutela que permite à Administração rever os próprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes.
e) autotutela e tutela, sendo possível a análise legal e de mérito dos atos.
A resposta é letra “D”.
O controle administrativo ou interno é o controle efetuado pelas próprias instituições administrativas, denominado autotutela. No art. 74
da CF/1988, encontramos as competências constitucionais do controle interno, a seguir:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.”
Questão 21: Considere os seguintes atos administrativos:
I. Ato administrativo discricionário.
II. Ato Administrativo vinculado.
III. Ato administrativo com vício de forma.
IV. O mero ato administrativo, como, por exemplo, a certidão.
Pode ser objeto de anulação, quando eivado de vício de legalidade, o descrito em:
a) I, II, III e IV. b) II e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) II, apenas. e) III, apenas.
A resposta é letra “A”.
Todos os atos administrativos ilegais, enquanto não operada a decadência, acham-se sujeitos à anulação.
Perceba que, em todas as hipóteses, há ilegalidades, e, por isto, atos anuláveis.
Acrescento que atos vinculados são, de regra, IRREVOGÁVEIS. E vícios que recaiam no elemento forma são sanáveis, admitindo-se,
por isto, o regular uso do instituto da convalidação.
Assunto: Desfazimento do ato administrativo (Anulação, Revogação, Cassação, Caducidade, Contraposição)
Considere duas situações hipotéticas: O Prefeito de Boa Vista praticou ato administrativo de competência exclusiva da Presidente da
República. Josefina, servidora pública, demitiu o também servidor público José por ser seu desafeto, inexistindo qualquer falta grave que
justificasse a punição. A propósito da validade dos atos administrativos narrados,
a) apenas o segundo ato é nulo.
b) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no segundo, vício relativo à finalidade.
c) ambos os atos são válidos.
d) apenas o primeiro ato é nulo.
e) ambos os atos são nulos, existindo, no primeiro, vício de competência e, no segundo, vício de objeto.
A resposta é letra “B”.
O abuso de poder ou de autoridade é gênero que comporta as seguintes espécies:
I) O agente atua fora dos limites de sua competência (excesso de poder); e
II) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo
(desvio de poder ou de finalidade).
No primeiro caso, verifica-se o excesso de poder, com o agente público exorbitando das competências que lhe foram atribuídas,
invadindo competências de outros agentes, ou praticando atividades que não lhe foram conferidas por lei. O vício aqui é de competência,
tornando o ato arbitrário, ilícito, portanto. É o caso da penalidade aplicada pela municipalidade, porém, de competência da presidência da
República.
Na segunda situação, embora o agente esteja atuando nas raias de sua competência, pratica ato visando fim diverso do fixado em lei ou
exigido pelo interesse público. Ocorre, então, o que a doutrina costumeiramente chama de desvio de poder ou de finalidade.
Consequentemente, o vício do ato, nesse caso, não é de competência do agente, mas de finalidade. É o caso da penalidade por uma
questão estritamente pessoal.
Questão 24: Uma das características dos contratos administrativos denomina-se comutatividade, segundo a qual o contrato
administrativo
a) deve ser executado pelo próprio contratado.
b) se expressa por escrito e com requisitos especiais.
c) é remunerado na forma convencionada.
d) pressupõe anterior licitação.
e) se reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes.
A resposta é letra “E”.
Em todas as alternativas, há características dos contratos administrativos. No entanto, a comutatividade representa que os interesses das
partes são equivalentes, porque, enquanto uma parte aufere vantagem, a outra, desvantagem; o incremento
do patrimônio de uma acarreta o decréscimo da outra, como o contrato de compra e venda.
Acrescento que o contraponto da comutatividade são os contratos de organização, nestes as partes caminham lado a lado, unem seus
esforços para alcançar um objetivo comum, cooperam entre si, como o contrato de consórcio e de franquia. Daí a conclusão de que nem
todo contrato administrativo será comutativo.
Questão 28: Jonas, servidor público, revogou ato administrativo que já havia exaurido seus efeitos. No mesmo dia, anulou ato
administrativo que, embora válido, era inoportuno ao interesse público. Sobre o tema,
a) incorretas ambas as condutas, haja vista a inexistência dos requisitos legais para a adoção dos citados institutos.
b) corretas a revogação e a anulação.
c) correta apenas a anulação.
d) correta apenas a revogação.
e) incorretas as condutas, pois não é válido na mesma data utilizar-se de ambos os institutos.
A resposta é letra “A”.
Há duas impropriedades. A primeira é que nem todos os atos podem ser revogados, como é o caso dos atos consumados ou exauridos. O
segundo erro é que atos válidos, porém, não mais oportunos, merecem revogação. A anulação recai sobre atos ilegais, operando efeitos
retroativos.
Questão 33: A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta.
a) O STJ decidiu, em sede de recurso repetitivo, que o prazo prescricional na hipótese de responsabilidade civil do Estado é de 3 anos.
b) O Estado responde por danos nucleares objetivamente, aplicando-se, nesta hipótese, a teoria do risco integral.
c) O Estado responderá objetivamente por atos praticados por seus agentes, aplicando-se em todo caso a teoria do risco administrativo.
d) O agente público responderá objetivamente pelos atos que causar nesta condição, cabendo ação regressiva contra ele por parte do
Estado.
e) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos apenas respondem objetivamente perante os usuários dos
serviços, sendo subjetiva a responsabilidade por danos causados a não usuários dos serviços.
A resposta é letra “B”.
Como sempre digo em minhas aulas e escritos, não há verdades absolutas em concursos públicos. Perceba que a banca examinadora
adotou a corrente minoritária de que, em caso de danos nucleares, aplica-se a teoria do risco integral. Este é um posicionamento perigoso,
e minoritário, e, por isto, seria mais prudente que a banca não o adotasse. Assim procedendo acaba por guiar o concurso público para um
caminho perigoso!
Os demais itens estão incorretos. Abaixo:
a) O STJ decidiu, em sede de recurso repetitivo, que o prazo prescricional na hipótese de responsabilidade civil do Estado é de 3 anos.
Para o STJ, aplica-se a prescrição quinquenal. Ou seja, as dívidas passivas do Estado prescrevem no prazo de 5 anos.
c) O Estado responderá objetivamente por atos praticados por seus agentes, aplicando-se em todo caso a teoria do risco administrativo.
Seguindo a linha de construção da banca examinadora, adota-se, além do risco administrativo, a teoria do risco integral.
d) O agente público responderá objetivamente pelos atos que causar nesta condição, cabendo ação regressiva contra ele por parte do
Estado.
A responsabilidade do agente público é sempre subjetiva.
e) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos apenas respondem objetivamente perante os usuários dos
serviços, sendo subjetiva a responsabilidade por danos causados a não usuários dos serviços.
Para o STF, a responsabilidade das prestadoras de serviços públicos é objetiva perante terceiros e seus próprios usuários.
Assunto: Desfazimento do ato administrativo (Anulação, Revogação, Cassação, Caducidade, Contraposição)
Em relação ao regime jurídico dos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
a) A convalidação abrange os elementos, a forma e a competência do ato administrativo e possui efeitos ex tunc.
b) A revogação do ato administrativo implica efeitos ex tunc.
c) O Poder Judiciário pode revogar atos administrativos praticados por órgão do Executivo quando configurada fraude à lei.
d) O ato vinculado caracteriza-se pelo juízo de conveniência e oportunidade do administrador.
e) A anulação extingue, com efeitos ex nunc, o ato administrativo sobre o qual ela incide.
A resposta é letra “A”.
A convalidação é a correção de vícios sanáveis. E vícios sanáveis recaem sobre os elementos competência e forma, e, ainda assim, se a
competência não for exclusiva e a forma não for essencial. Os efeitos são ex tunc, ou seja, retroagem à data do vício.
Os demais itens estão incorretos. Abaixo:
b) A revogação do ato administrativo implica efeitos ex tunc.
A revogação é o desfazimento de atos legais e eficazes, e, por isto, os efeitos não retroagem (ex nunc).
c) O Poder Judiciário pode revogar atos administrativos praticados por órgão do Executivo quando configurada fraude à lei.
A anulação é que recai sobre atos ilegais. Bom reforçar que o Poder Judiciário não poderá revogar atos alheios, enfim, atos não
produzidos pelo próprio Poder Judiciário.
d) O ato vinculado caracteriza-se pelo juízo de conveniência e oportunidade do administrador.
Esta é a definição para atos discricionários.
e) A anulação extingue, com efeitos ex nunc, o ato administrativo sobre o qual ela incide.
O efeito da anulação é ex tunc.
Questão 37: Suponha que o Estado de Pernambuco pretenda recuperar e ampliar sua infraestrutura rodoviária, objetivando melhorar o
processo logístico de escoamento da produção agrícola e que, em face do montante dos investimentos demandados, tenha optado por
utilizar, como modalidade contratual, a parceria público-privada. A modelagem econômico-financeira do projeto a ser licitado indicou
que a projeção da receita tarifária potencialmente auferida pelo parceiro privado com a exploração das rodovias não seria suficiente para
fazer frente aos custos operacionais e de manutenção da malha concedida e tampouco para a realização dos investimentos de recuperação
e ampliação pretendidos. Diante desse cenário, a adoção da modalidade parceria público-privada afigura-se
a) inviável, eis que tal modalidade admite a contraprestação pecuniária paga pelo poder público apenas para amortização de investimento
em bens reversíveis.
b) viável, desde que na modalidade concessão administrativa, que admite a complementação da tarifa paga pelo usuário com
contraprestação pública.
c) viável, na modalidade concessão patrocinada, sendo possível a complementação da receita tarifária com contraprestação pecuniária a
cargo do parceiro público.
d) inviável, admitindo-se a concessão precedida de obra pública, com aporte de recursos do poder público no ritmo de execução dos
investimentos em bens reversíveis.
e) viável, desde que mediante autorização legislativa específica para a realização de aporte de recursos do poder público para os
investimentos e despesas de manutenção.
A resposta é letra “C”.
Questão bem tranquila.
Sempre que, além das tarifas, houver a contraprestação por parte do Poder Público, teremos uma Parceria Público-Privada, e na
modalidade concessão patrocinada.
Acrescento, por essencial, alguns trechos da mensagem que acompanhou o projeto de lei da PPP encaminhado ao Congresso Nacional:
“3. A parceria público-privada constitui modalidade de contratação em que os entes públicos e as organizações privadas, mediante o
compartilhamento de riscos e com financiamento obtido pelo setor privado, assumem a realização de serviços ou empreendimentos
públicos.
Tal procedimento, em pouco tempo, alcançou grande sucesso em diversos países, como a Inglaterra, Irlanda, Portugal, Espanha e África
do Sul, como sistema de contratação pelo Poder Público ante a falta de disponibilidade de recursos financeiros e aproveitamento da
eficiência de gestão do setor privado.
4. No caso do Brasil, representa uma alternativa indispensável para o crescimento econômico, em face das enormes carências sociais e
econômicas do país, a serem supridas mediante a colaboração positiva do setor público e privado”.
Questão 39: Assunto: Alteração unilateral (Cláusulas exorbitantes)
Considere que a Secretaria de Estado da Saúde tenha contratado a reforma de diversas unidades básicas de atendimento e, em face de
superveniente contingenciamento de recursos orçamentários, se veja impossibilitada de dar seguimento à integralidade do objeto
contratual. Diante dessa situação e, com base no regramento estabelecido na Lei no 8.666/1993, a Administração contratante
a) poderá reduzir unilateralmente o contrato, no limite de 25% do valor inicial atualizado, não estando a contratada obrigada a aceitar
supressões acima deste limite.
b) estará obrigada a rescindir o contrato, não fazendo a contratante jus a indenização, mas apenas ao pagamento das parcelas já
executadas e custos de mobilização devidamente comprovados.
c) somente poderá reduzir o objeto contratual de forma unilateral mediante comprovação da ocorrência de fato do príncipe, e observado o
limite de 50% do valor original do contrato.
d) deverá alterar unilateralmente o objeto do contrato para adequá-lo aos recursos orçamentários disponíveis, não havendo limites
quantitativos para tal redução.
e) poderá alterar o contrato apenas se contar com a concordância da contratada, que não está obrigada a aceitar quaisquer alterações
quantitativas que importem redução no objeto.
A resposta é letra “A”.
De acordo com § 1.º do art. 65, as alterações unilaterais por parte da Administração não podem exceder 25% do valor inicial do contrato
atualizado no caso de obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações qualitativas quanto quantitativas.
Por exemplo, um contrato de manutenção de elevadores (contratação de duração continuada), com valor contratual de R$
100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$ 125.000,00 ou ficar abaixo de R$ 75.000,00.
O limite de 25% é a regra, seja para acréscimos, seja para supressões unilaterais do contrato por parte da Administração Pública. Além
destes limites, a empresa não é obrigada a acatar, por não se tratar mais de cláusula exorbitante.
Questão 40: Assunto: Controle Administrativo (Direito Administrativo)
Suponha que determinados dirigentes de uma autarquia estadual tenham praticado atos de gestão em desacordo com as finalidades
institucionais da entidade, atendendo a solicitações de natureza política. Com a substituição desses dirigentes, bem assim dos agentes
políticos do Estado, pretendeu-se rever tais atos, os quais já haviam sido, inclusive, objeto de apontamentos pelos órgãos de controle
interno e externo, bem como questionados judicialmente em sede de Ação Popular. Considerando os mecanismos de controle aos quais se
submete a Administração pública,
a) apenas se presente ilegalidade caberá a revisão dos atos em sede administrativa, o que não afasta também o controle judicial.
b) descabe a revisão dos atos no âmbito da autarquia, incidindo, contudo, o controle hierárquico a ser exercido pelo ente instituidor, bem
assim o controle judicial nos aspectos de legalidade.
c) descabe o controle judicial acerca dos critérios de conveniência e oportunidade para a edição dos atos de gestão, que somente podem
ser anulados, por tais motivos, pela própria Administração.
d) é cabível a revisão ou anulação dos atos pela própria Administração, inclusive pela Secretaria Tutelar da autarquia, com base no poder
de tutela, bem como o controle da legalidade desses atos no âmbito judicial. x
e) o controle da legalidade e do mérito dos referidos atos de gestão cabe à própria entidade e, apenas em caráter subsidiário, à Secretaria
Tutelar e ao Poder Judiciário.
A resposta é letra “D”.
O controle dos atos ilegais pode ser efetuado de vários modos. Um primeiro é marcado pelo princípio da autotutela, que permite que a
própria autarquia controle seus atos. Um segundo é a supervisão pela Secretaria, controle chamado de tutela. Há a incidência de um
controle finalístico. E, tratando-se de ato ilegal, é possível que o Poder Judiciário seja acionado, e controle o ato da Administração.
Os demais itens estão errados. Abaixo:
a) apenas se presente ilegalidade caberá a revisão dos atos em sede administrativa, o que não afasta também o controle judicial.
O controle efetuado pela própria Administração incide sobre os aspectos de legalidade e de mérito. Quando de legalidade, os atos
poderão ser anulados ou convalidados, conforme o caso. Se sobre o mérito, o caminho é a revogação dos atos.
b) descabe a revisão dos atos no âmbito da autarquia, incidindo, contudo, o controle hierárquico a ser exercido pelo ente instituidor, bem
assim o controle judicial nos aspectos de legalidade.
Há sim o provável controle pela Autarquia. Outro erro é que o controle da Direta sobre a Indireta (como é o caso das Autarquias) é não
hierárquico, não há qualquer subordinação.
c) descabe o controle judicial acerca dos critérios de conveniência e oportunidade para a edição dos atos de gestão, que somente podem
ser anulados, por tais motivos, pela própria Administração.
Os atos ilegais podem ser anulados também pelo Poder Judiciário, por ser aplicável, entre nós, o princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional.
e) o controle da legalidade e do mérito dos referidos atos de gestão cabe à própria entidade e, apenas em caráter subsidiário, à Secretaria
Tutelar e ao Poder Judiciário.
Há alguns erros. O primeiro e mais evidente é que o Poder Judiciário não controla mérito administrativo. O segundo é que o controle da
secretaria e do judiciário não pode ser considerado subsidiário.
Questão Q351785 - A respeito da encampação nos contratos de concessão de serviço público, é correto afirmar que
a) é medida facultativa da concessionária.
b) deve ser precedida de lei autorizativa específica e de pagamento da indenização.
c) não é permitida por lei.
d) é medida impositiva do poder concedente após o término da concessão.
e) ocorre durante a concessão, por motivo de interesse público, sem direito à indenização.
Questão Q351602
Sobre a concessão de serviços públicos, é correto afirmar que
a) a responsabilidade do concessionário por prejuízos causados a terceiros será objetiva, nos termos da Constituição Federal.
b) em caso de encampação pelo Poder Público, não poderá o poder concedente incorporar os bens do concessionário que eram
necessários ao serviço.
c) o Poder Público poderá rescindir o contrato por motivo de interesse público, pois são transferidos ao concessionário a execução e a
titularidade do serviço.
d) o usuário não poderá exigir judicialmente o cumprimento da obrigação pelo concessionário.
e) o concessionário corre os riscos normais do empreendimento, não havendo, nesse caso, direito à manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato.
Questão Q301486
A prestação de serviços públicos no Brasil poderá ser feita de forma direta ou indireta. Uma das formas de delegação da
prestação de serviços público é o contrato de concessão.
Esse contrato poderá ser extinto por meio de várias formas previstas na Lei n. 8.987/95.
Com relação a essas formas de extinção, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato de concessão não pode ser extinto por iniciativa da concessionária em nenhuma hipótese.
b) Uma vez decretada a intervenção a concessão será necessariamente extinta.
c) Somente por ordem judicial a encampação poderá ser decretada.
d) Todas as formas de extinção da concessão são autoexecutáveis.
e) A inexecução total ou parcial do serviço por parte da concessionária pode levar a caducidade da concessão.
Questão Q293512
Em um contrato de concessão firmado entre um Município e empresa privada para a exploração de serviços públicos de
transporte de passageiros verificou-se o reiterado descumprimento, pela concessionária, de obrigações estabelecidas
contratualmente relativas a indicadores de qualidade, conforto e pontualidade do serviço prestado aos usuários. Diante de tal
situação, o poder concedente poderá
a) aplicar as penalidades previstas contratualmente, culminando com a declaração de encampação, caso não sanados os descumprimentos
identificados.
b) declarar a caducidade da concessão, mediante prévia autorização legislativa.
c) encampar o serviço, hipótese em que a concessionária não terá direito a indenização por investimentos não amortizados.
d) decretar a intervenção no contrato, por decreto, com instauração de procedimento administrativo que deverá ser concluído no prazo
máximo de 180 dias.
e) extinguir o contrato, por ato motivado, mediante prévia indenização à concessionária pelos investimentos não amortizados e lucros
cessantes.
Questão Q277102
No curso de contrato de concessão de serviços públicos, a concessionária passou a prestar os serviços de maneira deficiente,
deixando de atender às normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade dos serviços. Diante deste cenário, o
poder concedente
a) está autorizado a proceder à encampação do serviço, independentemente de prévia autorização legislativa.
b) poderá decretar a caducidade da concessão, precedida de processo administrativo para verificação da inadimplência da concessionária,
assegurado o direito de ampla defesa.
c) poderá decretar a caducidade da concessão, condicionada ao prévio procedimento de intervenção e quando deste não resultar a
regularização da prestação dos serviços.
d) deverá aplicar as multas previstas no contrato de concessão, podendo declarar a caducidade apenas na hipótese de não pagamento das
mesmas pela concessionária.
e) poderá declarar a caducidade da concessão ou proceder à encampação do serviço, em decorrência do inadimplemento da
concessionária, mediante prévio procedimento administrativo.
Gabarito: Q351785: B Q351602: A Q301486: E Q293512: D Q277102: B
Questão Q266335
Quanto à concessão e à permissão de serviço público, é correto afirmar:
a) O objeto da permissão é a transferência da titularidade e a execução de serviço público ao particular, a título oneroso, mas por conta e
risco do poder concedente e do permissionário.
b) Encampação é o nome que se dá à rescisão bilateral da concessão, quando se justificar de interesse público, fazendo o concessionário
jus ao ressarcimento de eventuais prejuízos.
c) A concessão decorre de ato unilateral discricionário e a permissão de acordo de vontades vinculado, dispensada, nesta última hipótese,
a licitação.
d) Em qualquer caso de extinção da concessão, é cabível a incorporação ao poder concedente dos bens do concessionário necessários ao
serviço público, mediante indenização.
e) É vedada por lei a concessão de serviço público quando se tratar de serviço próprio do Estado ou que vise a prestação de atividade de
essencial interesse público.
Questão Q241002
A caducidade da concessão de serviço público poderá ser declarada pelo poder concedente, EXCETO quando:
a) a concessionária descumprir cláusulas denominadas exorbitantes, ou contratuais, ou disposições legais ou regulamentares concernentes
à concessão.
b) a concessionária cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos.
c) o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros
definidores da qualidade do serviço.
d) a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido.
Questão Q233502
Para preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão, admite-se o reajuste do preço dos serviços
prestados pelo concessionário, cabendo ao poder concedente a sua homologação, na forma estabelecida em contrato e nas normas
pertinentes.
Certo
Errado
Questão Q233501
Na extinção da concessão de serviço público por encampação, a retomada do serviço pelo poder concedente se dá por motivo de
interesse público, necessariamente mediante lei autorizativa específica.
Certo
Errado

Questão Q233500
A proposta da empresa A deve ser desclassificada, devendo ser declarada vencedora a proposta do consórcio B.
Certo
Errado
Gabarito: Q266335: D Q241002: B Q233502: Certo Q233501: Certo Q233500: Errado
Questão Q230384
A concessão de serviço público a particulares é classificada como descentralização administrativa por delegação ou por
colaboração.
Certo
Errado
Questão Q213149
A possibilidade de encampação da concessão de serviço público constitui um dos exemplos da aplicação do princípio da
continuidade do serviço público.
Certo
Errado
Gabarito: Q230384: Certo Q213149: Certo
1) Ato administrativo unilateral, auto-executório e oneroso, consistente na utilização de bens ou de serviços particulares pela
administração, para atender a necessidades coletivas em tempo de guerra ou em casos de perigo público iminente" (Di Pietro). Trata-se
de:
a) Servidão administrativa.
b) Requisição administrativa.
c) Servidão militar.
d) Ocupação temporária.
e) Servidão temporária.
O Município A contratou uma empresa para a coleta e tratamento de lixo. O edital estabeleceu todas as condições. A empresa vencedora
foi a X, e ela deseja subcontratar a empresa Y, que não participou da licitação, para o tratamento do lixo. Sobre a situação descrita acima,
é correto afirmar que
Só pode a subcontratação por parte da empresa X se o edital ou o contrato autorizar expressamente, conforme o disposto no art. 78, inciso
VI da Lei 8.666/93.
O Estado X contratou, por licitação, a empresa Viadutos S/A para a construção de um viaduto na rodovia que pertence ao estado. Para
possibilitar a construção dessa intervenção viária, seria necessária a desapropriação de áreas particulares que ficam na margem desta
rodovia. A obras iniciais estavam previstas em contrato para começar em 30 dias, sendo que o Poder Público deveria proceder a
desapropriação em 90 dias para o início da construção do viaduto. Entretanto, a Administração não chegou a um acordo financeiro com
os proprietários dos terrenos no prazo, e a empresa contratada já havia contratado funcionários para executar a obra, causando prejuízo
para a contratada a demora em desapropriar os terrenos. Analisando a situação hipotética acima, é correto afirmar que se trata da
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato pelo (a):
Fato da Administração. X
O Governo Federal comprou, por licitação, 600 tablets da empresa X Tecnologia S/A para algumas Universidades Federais. Segundo o
edital e o contrato a empresa deveria entregar os produtos em 30 dias para que o Governo fizesse a entrega em evento oficial do
Ministério da Educação. A contratada produziu todos os tablets, e enviou para Brasília através de caminhões de uma empresa de
transporte. No trajeto alguns caminhões que levavam os produtos foram assaltados na estrada, e toda a carga foi roubada. Analisando a
situação hipotética acima, tendo em vista que é um fato imprevisível, estranho à vontade das partes, inevitável e que impede
absolutamente o cumprimento do contrato, é correto afirmar que:
Se trata de caso de força maior, não havendo responsabilidade para nenhuma das partes.

O artigo 79 da Lei 8.666/93 dispõe que “a rescisão do contrato poderá ser: I -determinada por ato unilateral e escrito da
Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a
termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração; III - judicial, nos termos da legislação.” Em relação ao
artigo citado, a rescisão unilateral contratual pode ocorrer por essas razões:
O não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; razões de interesse público, de alta relevância e
amplo conhecimento; e a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato. X

O artigo 58 da Lei 8.666/93 dispõe que a Administração tem o poder em relação aos contratos administrativos de “modificá-los,
unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado, rescindi-los,
unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei, fiscalizar-lhes a execução, aplicar sanções motivadas pela
inexecução total ou parcial do ajuste e nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços
vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,
bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.” O Artigo citado refere-se a qual característica dos contratos
administrativos?
Cláusulas exorbitantes, que são previsões contratuais não comuns e que seriam tidas como ilícitas no direito civil.

O Estado do Paraná quer delegar, por meio de licitação, a duplicação da Rodovia estadual que liga Londrina a Mauá da Serra para
uma empresa privada. A empresa vencedora da licitação deverá efetuar as melhorias na via, bem como duplicar todo o trecho, e
administrará a rodovia por 20 anos, através da cobrança de tarifa aos usuários. O caso hipotético citado refere-se a qual modalidade de
contrato administrativo?
Concessão de obra pública.
“(...) A construção da unidade, realizada pelo Estado, exigiu o investimento de cerca de R$ 54 milhões, sendo que, os investimentos
iniciais pelo parceiro privado para equipar e iniciar os atendimentos foram de, aproximadamente, R$ 36 milhões. O hospital beneficia
cerca de 1 milhão de habitantes de todo o subúrbio, além da população de bairros como Valéria, Cajazeiras, Castelo Branco e Pau da
Lima e municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS). (...) O hospital, inicialmente com 298 leitos, sendo 30 em internação
domiciliar, passou a contar com 373 leitos a partir de março de 2012, sendo 60 em internação domiciliar, e se destina ao atendimento de
alta complexidade para crianças e adultos, especificamente urgências e emergências clínicas, cirúrgicas e traumato-ortopédicas. Inclui,
ainda, neurocirurgia e endoscopia digestiva. O prazo da concessão será de 10 (dez) anos e a remuneração da concessionária se dá
unicamente através de contraprestação pública.” Sobre a situação descrita acima, e sabendo que o contrato consiste em equipar, mobiliar
e operar a unidade hospitalar, incluindo os serviços médicos prestados, é correto afirmar que:
Trata-se de Parceria público-privada, pela modalidade de concessão administrativa, vez que a remuneração se dará Somente através de

contraprestação do parceiro público, sem a cobrança de tarifa pelo parceiro privado.


O Município de São Paulo adquiriu, por meio de licitação, papel sulfilte da empresa Papéis Ltda. para as secretarias municipais. O
contrato terá duração de 2 anos, e a empresa deverá entregar um total de 2.000 sulfites por semana durante a vigência contratual.
Analisando a situação hipotética acima, é correto afirmar que trata-se de contrato de:
Fornecimento.

No Estado do Paraná, 21 Municípios se associaram, por meio de contrato, para formar um órgão que viabilizasse o atendimentos na
área de especialidades na Saúde, sendo contituído como sujeito de direito público e integrando a Administração Indireta dos Municípios
associados, tendo sido ratificado por meio de Lei. Analisando a situação acima, é correto afirmar que se trata de:
Consórcio Público.
O Município de Curitiba/PR contratou, por meio de licitação, a empresa Topbus S/A para a execução do serviço de transporte coletivo na
cidade. O prazo do contrato é de 20 anos, e a remuneração se dará através de cobrança de tarifa dos usuários. Analisando a situação
acima, é correto afirmar que se trata de contrato de:
Concessão comum de Serviços Públicos.
Bens que se destinam especialmente a prestação de serviços públicos, chamados de instrumentos ou de aparelhamento material do serviço
público. A afirmação acima refere-se a qual tipo de bens públicos?
. Bens de uso especial.
Analise e julgue as afirmações.
I – São características gerais dos bens públicos: impenhorabilidade, imprescritibilidade, não onerosidade e restrição à alienabilidade. C
II – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, sem qualquer limite e justificativa.
III – Os bens públicos de uso comum e de uso especial são inalienáveis, mesmo quando desafetados.
IV – Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, como a hipoteca. C
Estão corretos apenas os itens: I e IV.
Contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a utilização privativa de bem público, para que exerça
conforme a sua destinação. (Di Pietro, ed. 29ª, p. 844, 2016) Analisando a afirmação acima, com base nos instrumentos estatais de
outorga de uso privativo de bem público por particular, é correto afirmar que se trata do instrumento:
Concessão de uso.
Os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados pela coletividade, sem necessidade de autorização ou
consentimento especial da Administração, por determinação legal ou pela sua própria natureza. Podemos então conceituar os bens de uso
comum como aqueles bens que estão à disposição da coletividade, do povo. Analisando a afirmação acima, marque a alternativa correta
sobre as características dos bens de uso comum:
Bens de utilização geral, sem autorização, regulamentação de uso e direito de reunião.
O Município de Curitiba/PR desafetou o imóvel que sediava a Secretaria Municipal de Fazenda, com prévia autorização legislativa, tendo
em vista que construiu um prédio novo e não havia interesse público neste local. A Administração pretende vender o imóvel. Analisando
a situação acima, assinale a modalidade de licitação cabível para a alienação de bens dominicais:
.Concorrência.

O Estado pode intervir na propriedade privada por meio de diversas modalidades. Por exemplo, a legislação de um Município
litorâneo determina que as edificações na faixa litorânea não possam ultrapassar a altura de 12 metros mais a caixa d´água. A situação
hipotética acima caracteriza qual modalidade de intervenção?
Limitação administrativa.

Sobre a desapropriação, analise e julgue as afirmações.


I – A retrocessão ocorre quando o Estado não utiliza o bem para a finalidade específica quando da desapropriação, mesmo que se tenha
dado outra finalidade pública para o bem.
II – A retrocessão ocorre quando o Estado não utiliza o bem para a finalidade específica quando da desapropriação, e quando não se tenha
dado outra finalidade pública para o bem. C
III – O Estado não define os casos de necessidade ou utilidade pública e de interesse social, sendo a Lei que determina expressamente as
situações. C
IV – O Estado é o responsável por definir os casos de necessidade ou utilidade pública e de interesse social.
Estão corretos apenas os itens: II e III.

A companhia estatal de energia do Estado do Paraná precisa construir novas linhas de transmissão em um município do interior do
estado, e para tanto necessita utilizar partes de terrenos particulares. Para a construção das novas linhas qual modalidade de intervenção
correta?
Servidão administrativa.
Sobre a função social da propriedade, analise e julgue as afirmações.
I – Cabe ao Poder Público municipal, mediante lei específica, para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento. C
II – A CF dispõe sobre a função social da propriedade urbana, em seu art. 182, §2º, ao estabelecer que “a propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”. C
IV – É o dever que a propriedade tem de beneficiar também ao coletivo direta ou indiretamente, seja na zona rural através da
produtividade da terra, seja na zona urbana evitando-se as especulações imobiliárias. C
Estão corretos apenas os itens: I, II e IV.
Segundo conceito de Maria Sylvia Zanella Di Pietro (obra Direito Administrativo, 29ª ed., 2016) “ é a forma de limitação do Estado à
propriedade privada que se caracteriza pela utilização transitória, gratuita ou remunerada, de imóvel de propriedade particular, para fins
de interesse público”. O conceito acima se refere a qual modalidade de intervenção/restrição do Estado sobre a propriedade privada?
Ocupação temporária.
Teoria da responsabilidade do Estado que procura desvincular a responsabilidade do Estado da ideia de culpa do funcionário. O conceito
acima se refere a qual teoria da responsabilidade do Estado?
Teoria da culpa do serviço público.
Sobre a responsabilidade do Estado, analise e julgue as afirmações.
I – A responsabilidade do Estado por atos jurisdicionais se aplica quando houver defeito na prestação jurisdicional e houver previsão em
norma constitucional ou legal. C
II – A responsabilidade do Estado não se aplica quando houver defeito na prestação jurisdicional com previsão em norma constitucional
ou legal.
III – A culpa exclusiva da vítima é quando terceiros são os responsáveis pelo dano e não o Estado. É apontada como uma das causas
excludentes da responsabilidade, entretanto nem sempre poderá ser invocada.
IV – São causas excludentes de responsabilidade: Força Maior; Culpa exclusiva da vítima; e Culpa exclusiva de terceiros. C
Estão corretos apenas os itens: I e IV

A CF em seu art. 37, §6º consagrou a responsabilidade objetiva do Estado ao determinar que as pessoas jurídicas de direito público e
as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Sobre a responsabilidade objetiva é correto afirmar que:
para a responsabilidade civil objetiva do Estado é necessário que se ocorra um ato antijurídico, podendo ser um ato ilícito ou um ato
lícito que cause a terceiros dano anormal e específico.
Sobre os requisitos da responsabilidade civil objetiva do Estado, analise
III – São requisitos da responsabilidade objetiva do estado: Ato ilícito ou lícito, nexo causal e dano. C
IV – Para a responsabilidade civil objetiva do Estado é necessário que se ocorra um ato antijurídico, podendo ser um ato ilícito ou um ato
lícito que cause a terceiros dano anormal e específico. C
Estão corretos apenas os itens: III e IV.

A Lei 8.429/92 traz em seu artigo 23 a prescrição da ação de improbidade administrativa. Sobre a prescrição, assinale a alternativa
correta:
5 anos após a saída do cargo para os detentores de mandato eletivo.
Sobre as sanções, analise as cabíveis.
II – A perda da função pública só ocorrerá após o trânsito em julgado da decisão que a determinar. C
III – Para os atos de improbidade de atentado aos princípios da Administração Pública haverá a suspensão dos direitos políticos pelo
período de 3 a 5 anos. C
Estão corretos apenas os itens: II e III.

O art. 12 apresenta rol mais extenso do que o previsto no art. 37 da CF, ampliando desta forma as sanções referentes a improbidade,
trazendo uma lista de medidas para cada ato de improbidade (Art. 9º, 10 e 11). São sanções para atos de improbidade de dano ao erário:
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; perda da função pública.
São elementos constitutivos da improbidade administrativa
I – Sujeito passivo. C
II – Sujeito ativo. C
III – Boa-fé.
IV – Dolo ou culpa. C
Estão corretos apenas os itens: I, II e IV.

Tício foi preso temporariamente em 20 de dezembro de 2016 por ter praticado, em tese, o crime tipificado no art. 157 do Código
Penal (roubo). A Lei nº 7.960/89 determina que a prisão temporária terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período, em caso
de extrema e comprovada necessidade. No dia 07 de janeiro de 2017 a família de Tício procurou um advogado para tentar a sua liberdade.
Com base na situação hipotética acima, o remédio constitucional a ser utilizado pelo advogado para tentar a liberdade de Tício será:
Habeas Corpus.
Sobre o processo administrativo, analise as afirmativas.
I – A instauração se dará mediante pedido do interessado ou de ofício pela Administração Pública. C
II – A decisão deve ser proferida pela Administração, após encerrada a instrução, no prazo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser
prorrogado pro igual período se expressamente motivada..
III – A decisão deve ser proferida pela Administração, após encerrada a instrução, no prazo de 30 (trinta) dias, podendo este prazo ser
prorrogado pro igual período se expressamente motivada. C
IV – A decisão deve ser proferida pela Administração, após encerrada a instrução, no prazo de 20 (vinte) dias, podendo este prazo ser
prorrogado pro igual período se expressamente motivada.
Com base nos estudos sobre o processo administrativo, estão corretos apenas os itens: . I e III.

O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. Sobre o processo administrativo disciplinar,
assinale a alternativa correta:
Terminada a defesa será apresentado o relatório pela Comissão, devendo indicar a absolvição ou a aplicação de determinada penalidade,
fundamentando o relatório nas provas que se baseiam a conclusão.
São fases do processo administrativo.
I – Instauração. 1 II – Instrução. 2 III – Sindicância. IV – Decisão. 3
Estão corretos apenas os itens: I, II e IV.
A CF garante aos administrados alguns tipos de ações específicas de controle da Administração Pública, chamados de remédios
constitucionais. Esses remédios objetivam provocar a intervenção de autoridades judiciais para corrigir atos administrativos lesivos a
direito individual ou coletivo. Sobre os remédios constitucionais, assinale a alternativa correta:
O mandado de segurança é um remédio constitucional subsidiário, vez que só é cabível quando não for possível a utilização do habeas
data e habeas corpus.

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