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CORRENTE ELÉTRICA

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← Publicado 25/11/2007
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FÍSICA
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Conceito

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por um condutor quando entre suas extremidades houver
uma diferença de potencial. Esta diferença de potencial chama-se tensão. A facilidade ou dificuldade com que a
corrente elétrica atravessa um condutor é conhecida como resistência. Esses três conceitos: corrente, tensão e
resistênca, estão relacionados entre si, de tal maneira que, conhecendo dois deles, pode-se calcular o terceiro
através da Lei de Ohm

Os elétrons e a corrente elétrica não são visíveis mas podemos comprovar sua existência conectando, por
exemplo, uma lâmpada a uma bateria. Entre os terminais do filamento da lâmpada existe uma diferença de
potencial causada pela bateria, logo, circulará uma corrente elétrica pela lâmpada e portanto ela irá brilhar.

A relação existente entre a corrente, a tensão e a resistência denomina-se Lei de Ohm: Para que circule uma
corrente de 1A em uma resistência de 1 Ohm, há de se aplicar uma tensão em suas extremidades de 1V (V=R.I).
O conhecimento desta lei e o saber como aplicá-la são os primeiros passos para entrar no mundo da eletricidade e
da eletrônica.

Antes de se começar a realizar cálculos, há que se conhecer as unidades de medida. A tensão


é medida em Volts (V), a corrente é medida em Amperes (A) e a resistência em Ohms (ohm)

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Unidades Básicas

Símbolo Unidade
A ampère (unidade de corrente)
V volt (unidade e tensão)
W watt (unidade de potência)
Ohm Ohm (unidade de resistência)
H henry (unidade de indutância)
F farad (unidade de capacitância)
Hz hertz (unidade de freqüência)
Prefixos para indicar frações ou múltiplos de unidades

Símbolo Fração/Múltiplo
p pico (1 trilionésimo 10E-12)
n nano (1 bilionésimo 10E-9)
µ micro (1 milionésimo 10E-6)
m mili (1 milésimo 10E-3)
k kilo (1 milhar 10E3)
M mega (1 milhão 10E6)
G giga (1 bilhão 10E9)
Por: Christiano Cesa

Conceito
A corrente elétrica consiste no movimento ordenado de cargas elétricas, através de um condutor elétrico. A
corrente elétrica é definida como corrente elétrica real (sentido do movimento dos elétrons) e corrente elétrica
convencional (consiste no movimento de cargas positivas).

Condutor é todo material que permite a mobilidade fácil dos elétrons, sendo os melhores condutores os metais.
Quando o material não permite essa mobilidade dos elétrons , ele é dito isolante, por exemplo madeira.

Há dois tipos de corrente elétrica: corrente contínua - gerada por pilhas e baterias e corrente alternada - gerada
por usinas que transformam qualquer tipo de energia em elétrica, a qual chega até nossas casas. A corrente
elétrica que circula através dos resistores, pode transformar energia elétrica em energia térmica, sob efeito joule.

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CORRENTE ELÉTRICA

É sempre difícil para nós, seres humanos, acostumados a viver no mundo macroscópico (o mundo dos
objetos grandes), tentar imaginar como são as coisas no nível microscópico (o mundo dos objetos
muitíssimo pequenos).

Não sabemos como é realmente o interior da matéria, mas podemos tirar algumas conclusões a partir
de experiências, e usar a nossa imaginação para o resto (desde que essa imaginação não entre em
conflito com fatos comprovados experimentalmente).

Para entender o conceito de "corrente elétrica", temos que tentar visualizar como é o interior de um
metal, porque esse é o material usado para a fabricação de fios.

Podemos pensar no metal como um sólido formado por uma rede cristalina tridimensional, com uma
nuvem de elétrons voando em todas as direções. De que maneira podemos visualizar isso?

A "rede cristalina tridimensional" pode ser comparada àquele equipamento existente nos parques de
diversões infantis, a "gaiola-labirinto", que é uma estrutura feita de tubos metálicos ou de madeira. A
"nuvem de elétrons" é a turma de crianças que sobe por entre os tubos para brincar e se dependurar. Se
pensarmos na gaiola-labirinto como um cristal metálico, as junções entre os tubos seriam os íons
positivos (átomos sem os seus elétrons de valência), e as crianças seriam esses elétrons "brincando" no
meio deles.
Como já foi mencionado, o movimento aleatório (ao acaso, sem planejamento) dos elétrons chama-se
"movimento térmico", e é causado pela energia térmica do meio ambiente.

Significará isso que, se congelarmos o metal, os elétrons páram de se agitar? Não, só conseguiremos
diminuir muito pouco (de uma quantidade desprezível) essa agitação. Se o esquentarmos,
aumentaremos a agitação um pouquinho.

Na temperatura ambiente, a velocidade desses elétrons fica entre 3 e 4 milhões de quilômetros por
hora. Difícil imaginar uma velocidade tão grande. Podemos fazer uma conta para tentar avaliar a
magnitude de tal velocidade. Para percorrer uma distância igual à que existe entre o extremo norte e o
extremo sul do Brasil, que é de 4320 km, a uma velocidade constante de 3,5 milhões de quilômetros
por hora, gastaríamos cerca de 4 segundos.

Com uma velocidade tão alta, por que então os elétrons não se desprendem do metal e saem voando? É
porque estão constantemente se chocando com a rede cristalina, e nesses choques perdem velocidade,
transmitindo sua energia de movimento (energia cinética) à rede, que vibra sem cessar.

Mas se esses elétrons, com essa velocidade, ficam se chocando com a rede cristalina, como é que não
arrebentam a rede? É porque os elétrons são muito leves! Lembremos que a massa do elétron é 9,11 ×
10 - 31 kg, ou seja:

0,000000000000000000000000000000911 kg

31 zeros antes do 9!

Vamos agora aperfeiçoar o nosso modelo da gaiola-labirinto. Temos que pensar em uma estrutura
menos rígida, feita de algum tipo de borracha capaz de vibrar com os balanços e batidas das crianças.
Quanto mais agitadas as crianças, maiores as vibrações da gaiola. Quanto mais agitados os elétrons,
maiores as vibrações da rede cristalina, e, conseqüentemente, mais alta a temperatura do metal.

Um fio metálico ligado a uma bateria ou a uma pilha, ou ainda à rede elétrica, nada mais é do que uma
amostra metálica submetida a um campo elétrico externo que a atravessa de ponta a ponta. Os elétrons
reagem à presença do campo, e modificam o seu movimento. Continuam com a agitação térmica, mas
também se deslocam de acordo com o sentido do campo elétrico externo, assim como crianças agitadas
voltando do recreio: ao mesmo tempo em que voltam para a sala de aula, continuam com as
brincadeiras, correndo para lá e para cá, "entrechocando-se" constantemente.

Dessa maneira, os elétrons acabam caminhando ao longo do fio, entre sucessivos choques com as
outras cargas. A velocidade dessa "corrente" na direção do campo fica entre 3 e 4 metros por hora (no
caso da fiação elétrica de uma casa). Tal movimento de "deriva" faz aumentar ainda mais a freqüência
dos choques entre os elétrons e a rede cristalina, e esta passa a vibrar mais. Portanto, com a passagem
da corrente elétrica, a temperatura do fio aumenta.

Estivemos falando sobre condutores, isolantes, campos elétricos e correntes. Vamos recapitular a
relação que existe entre esses conceitos.

Um campo elétrico, ao agir sobre uma carga elétrica, provoca uma força. Essa força faz com que a
carga se desloque. Se estiver livre, ela poderá se deslocar livremente no espaço. O sentido do
movimento vai depender do sentido do campo e do sinal da carga. Se estiver dentro da matéria, o
movimento é dificultado pelos choques com outras cargas. As substâncias isolantes são aquelas nas
quais os elétrons da última camada estão mais fortemente ligados, sendo necessários campos muito
intensos para quebrar a ligação. Por isso, em circunstâncias normais, não conduzem corrente. As
substâncias condutoras são aquelas que precisam de campos fracos para se ionizar, e também aquelas
que já contêm, naturalmente, íons positivos (cátions) e negativos (ânions) separados. Nos metais, os
íons negativos (elétrons), ao reagir à presença de um campo elétrico externo, se movem segundo a
direção das linhas de força. Esse movimento recebe o nome de "corrente elétrica", que é definida como
"a quantidade de carga que atravessa, por segundo, a seção reta de um fio".

Em linguagem matemática, teremos:

i= q/ t

onde i é o símbolo de corrente, e q é a quantidade total de carga que atravessa a seção reta do fio
(seção reta é uma superfície imaginária que corta o fio perpendicularmente) durante o intervalo de

tempo t.

A unidade de corrente elétrica, no Sistema Internacional, é o ampère, símbolo A. Foi a partir dessa
unidade que se definiu o coulomb (C), que é a unidade de carga. Um coulomb é a quantidade de carga
que atravessa a seção reta de um fio no intervalo de tempo de 1 segundo, quando a corrente é de 1
ampère.

O SENTIDO DA CORRENTE

Em 1746 Sir William Watson propôs que a eletricidade era um fluido natural existente em todos os
corpos. Em quantidade normal, não se manifestaria de forma nenhuma: o corpo seria neutro. Em
excesso, se manifestaria como eletricidade vítrea; na falta, como eletricidade resinosa. Um ano depois
Benjamin Franklin fez a mesma proposta, e postulou um sinal positivo para a eletricidade vítrea (o
excesso), e um sinal negativo para a eletricidade resinosa (a falta). A escolha desses sinais foi
totalmente arbitrária, o que não poderia deixar de ser, tendo em vista a precariedade de recursos
experimentais e teóricos da época. A partir de então, a corrente elétrica passou a ser interpretada
como um escoamento de fluido elétrico por dentro dos fios, da mesma maneira que a água escoa por
dentro dos canos. Essa corrente, portanto, seria positiva.
Durante mais de cem anos tal convenção foi usada por todo mundo, com resultados satisfatórios.
Porém, em 1879, Edwin H. Hall (1855-1938), físico norte-americano, descobriu por meio de uma
experiência muito interessante que o sinal do "fluido" era negativo, e não positivo!

O que fazer? Mudar a convenção para adequá-la à realidade física, ou deixar tudo como estava, para
não causar confusões? Resolveu-se deixar tudo como estava. Continuou-se a considerar a "corrente
elétrica" como positiva, fazendo-se a ressalva de que ela se movia no sentido contrário ao sentido do
fluxo real, que era negativo.

Na análise da grande maioria dos fenômenos físicos, é equivalente pensar-se em "cargas positivas

movendo-se da esquerda para a direita (+ ) ou em "cargas negativas movendo-se da direita para

a esquerda " ( - ), por isso a convenção de Benjamin Franklin é mantida até hoje (embora sempre
traga alguns problemas para os estudantes).

Comentários

Se a velocidade "de deriva" dos elétrons é tão baixa (de 3 a 4 metros por hora), como é que a
lâmpada se acende no mesmo instante em que ligamos o interruptor?

É certo que a lâmpada (e todos os aparelhos elétricos) funcionam devido à corrente elétrica. Como
sabemos, a corrente é conseqüência do campo elétrico externo, o qual se estabelece ao longo do fio
no momento em que ligamos o interruptor da luz ou o botão do aparelho. Acontece que a velocidade
de propagação do campo elétrico dentro do material do fio é aproximadamente igual à velocidade
da luz no vácuo, que é de 300 mil quilômetros por segundo (ou 1,08 bilhão de quilômetros por
hora). Isso quer dizer que, ligado o botão, quase instantaneamente todas as cargas do fio passam a
sentir a presença do campo; os elétrons de condução, conforme o que já foi discutido, começam a se
deslocar — todos simultaneamente — segundo a direção do campo. Não é necessário portanto que
os elétrons do começo do fio transmitam, por meio de choques, o seu movimento aos vizinhos, estes
aos seguintes, etc., para que haja corrente no fio todo. No caso da corrente alternada, o movimento
dos elétrons é de vaivém. Nas nossas instalações elétricas, aqui no Brasil, o sentido do movimento
se alterna 60 vezes por segundo. Dizemos que a freqüência é de 60 hertz.

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