You are on page 1of 5

1

1 QUESTIONÁRIO
1.1 Descreva o mecanismo geral de ação dos fito-hormônio.
O mecanismo pode ser dividido em três etapas: a recepção, a transdução e a indução.
Na (1) recepção, um hormônio vegetal (que um sinal químico) liga-se a um receptor específico
na membrana plasmática; já na (2) transdução, o receptor agora estimula a célula a produzir um
segundo mensageiro que possui duas funções importantes: (1) transferência de informações do
complexo hormônio-receptor para as proteínas alvo e (2) amplificação do sinal produzido pelo
hormônio; e, por fim, na (3) indução, o segundo mensageiro que foi liberado no citosol, ativa
os processos celulares. Os processos celulares podem representar (regulação da expressão
gênica) a indução ou não da expresão de genes que codificam proteinas/enzimas ou também
podem ser uma ação mais direta como, por exemplo, a indução via ácido abcisico (ABA) do
fechamento do estômato em resposta ao estresse hídrico.

1.2 Cite e explique as principais funções a tribuidas às Giberilinas.


i) Gerninação. Quando as sementes começam a germinar (em consequência da
captação de água), o embrião libera giberelinas, que se difundem para as células da camada de
aleurona (uma camada especializada de células do endosperma, ricas em proteína, situadas
internamente ao envoltório da semente) e as estimulam a sintetizar enzimas hidrolíticas. Uma
dessas enzimas é a α-amilase, que hidrolisa o amido. As enzimas produzidas pelas células da
camada de aleurona digerem as reservas nutritivas armazenadas no endosperma amiláceo. Os
açúcares, aminoácidos e ácidos nucleicos resultantes são absorvidos pelo escutelo e, em
seguida, transportados até as regiões de crescimento do embrião, desta forma, promovendo a
germinação. Enquanto as giberelinas ativam a expressão do gene da α-amilase, o ácido
abscísico reprime esse gene. O tratamento dos tecidos de aleurona com giberelina provoca um
aumento na quantidade da proteína α-amilase. Esse efeito é neutralizado pela aplicação
simultânea de ácido abscísico, que reprime a expressão do gene da α-amilase, enquanto a
giberelina o ativa.

ii) Alongamento do caule. O crescimento/alongamento do caule é controlado por dois


fatores: (1) pela quantidade de pressão de turgor dentro da célula, empurrando a parede celular,
e (2) pela extensibilidade da parede celular. A giberelinas estimulam o crescimento da planta
ao aumentarem a extensibilidade da parede celular. As células nos tecidos do caule em
crescimento tendem a sofrer expansão longitudinal, essas direção da expansão celular é
determinadas pela orientação das microfibrilas de celulose à medida que são depositadas na
parede celular em desenvolvimento (se as microfibrilas de celulose forem depositadas em uma
2

orientação aleatória, as células tenderão a se expandir em todas as direções, já se as fibrilas


forem depositadas em uma orientação principalmente transversa, as células tenderão a se
expandir longitudinalmente). A orientação das microfibrilas de celulose é governada pela
orientação dos microtúbulos localizados internamente e junto à membrana plasmática, e essa
disposição dos microtúbulos é influenciada pelas giberelinas. Assim, as giberelinas promovem
um arranjo transversal dos microtúbulos, resultando em maior crescimento longitudinal ou
alongamento.

iii) Indução floral. As giberelinas podem substituir os efeitos mediados pelo


fotoperíodo e pelas baixas temperaturas na indução foral de algumas plantas, sugerindo ser esse
hormônio um dos componentes para o estímulo dessa indução.

Algumas plantas, como o repolho (Brassica oleracea var. capitata) e a cenoura (Daucus
carota), formam rosetas antes de florescer. (Em uma roseta, as folhas desenvolvem-se, porém
os entrenós entre elas não se alongam.) Nessas plantas, a floração pode ser induzida por
exposição a dias longos, ao frio (como nas plantas bienais), ou a ambos. Após exposição
apropriada, os caules se alongam – um fenômeno conhecido como alongamento do escapo floral
– e a planta floresce. A aplicação de giberelina a essas plantas causa alongamento do escapo
floral e florescimento, sem a necessidade de exposição ao frio ou a dias longos. O alongamento
do escapo floral é produzido por um aumento tanto no número de células quanto no seu
alongamento.

À semelhança da auxina, as giberelinas podem provocar o desenvolvimento de frutos


partenocárpicos, incluindo maçãs, groselhas, pepinos e berinjelas. Em alguns frutos, como as
tangerinas, as amêndoas e os pêssegos, as giberelinas têm sido efetivas na promoção do
desenvolvimento dos frutos, enquanto a auxina não teve esse efeito. Entretanto, a principal
aplicação comercial das giberelinas é a produção de uvas de mesa. Nos EUA, grandes
quantidades de ácido giberélico (GA3) são aplicadas anualmente às uvas Vitis vinifera cv.
Thompson Seedless (uvas Thompson sem sementes). O tratamento produz frutos maiores e
cachos mais soltos, tornando-os mais atraentes ao consumidor.

1.3 A viviparidade está diretamente ligada à concentração de ácido abcísico em espegas de


milho (Zea mays L.). Explique.
Sim, o ácido abcísico (ABA) é um reculador da viviparidade, nas fases finais do
desenvolvimento de semente o almento na concentração de ABA atua como um inibindor da
germinação, desta forma a gerninação precosse (viviparidade) é inibidada. Nesse processo o
3

ABA atua inimindo o acúmulo de giberelinas e tambám atua no acúmulo de proteínas de


reserva.

Durante o final da embriogênese, o aumento nos teores de ABA de origem materna é


responsável pelo acúmulo de reservas na semente e inibição da viviparidade. Na fase de
maturação por sua vez, o embrião é a principal fonte de acúmulo do ABA, o qual é necessário
para induzir a síntese de proteínas LEA, a aquisição de resistência ao dessecamento e
dormência da semente.

Sim, a aplicação de ABA pode inibir a germinação precoce de embriões imaturos das
sementes do milho. Esse hormônio, cujos níveis na semente em geral são relativamente baixos
na fase de histodiferenciação e elevados na maturação, atua como um inibidor da germinação
na etapa de expanção celular, além de promover um aumento da síntese de proteínas de reserva.
Assim, o ABA teria uma função dupla durante o desenvolvimento, induzindo processos
biossintéticos e, ao mesmo tempo, mantendo o embrião em estágio pré-germinativo, com a
inibição da maquinaria responsável pela hidrólise das reservas.

1.4 Explique a atuação das auxinas no fototropismo e gravitropismo.


i) Fototropismo. O fototropismo, deve-se ao hormônio auxina e resulta no
alongamento das células no lado sombreado do ápice. O alongamneto diferenciado das células
é explicado pela migração de auxinas, resultando em diferentes quantidades nos lados
iluminado e escuro do coleóptilo. Quando a incidência de luz for unilateral, a auxina, que é
fotofóbica, vai se movimentar para o lado sombreado. O movimento lateral de auxina em
direção ao lado sombreado do coleóptilo ocorre no ápice dele. Em seguida, a auxina se move
de modo basípeto do ápice para a zona de alongamento localizada abaixo, onde estimula o
alongamento celular. Com o crescimento mais acelerado no lado sombreado e mais lento no
lado iluminado, o crescimento diferencial resulta na curvatura em direção à luz. A redistribuição
de auxina em resposta à luz é mediada por um fotorreceptor, uma proteína contendo um
pigmento que absorve a luz e converte o sinal em uma resposta bioquímica.

ii) Gravitropismo. Se uma plântula for colocada horizontalmente, sua raiz crescerá
para baixo (gravitropismo positivo), enquanto seu sistema caulinar (parte aérea) crescerá para
cima (gravitropismo negativo). A explicação inicial para esse mecanismo envolvia a
redistribuição de auxina do lado superior para o inferior do sistema caulinar ou da raiz. No
sistema caulinar, a concentração mais alta de auxina no lado inferior estimula a expansão celular
mais rápida naquele lado do caule, resultando em uma curvatura para cima. No entanto, na raiz
que é mais sensível à auxina, o aumento de sua concentração no lado inferior inibe a expansão
4

das células, resultando na curvatura para baixo na medida em que as células no lado de cima se
expandem mais rapidamente que as do lado de baixo. Este é um exemplo clássico da
característica de tecidos diferentes exibirem respostas muito diferentes ao mesmo sinal
hormonal.

1.5 Cite e explique três funções da citocininas.


i) Estabelecimento de drenos. As giberelinas estão envolvidas no estabelecimento de
drenos, atuando de modo direto em, pelo menos, duas proteínas (invertase e transportador de
hexoses), as quais são necessárias para o descarregamento apoplastico do floema. A enzima
invertase diminui o potencial químio da sacarose na região do descarregamento, favorecendo
uma chegada contínua desse nutriente. Ao mesmo tempo, o transportador de hexose é
necessário para que os açúcares entrem nas células dreno.

ii) Atraso da senecência foliar. As citocininas apesar de não evitar por completo a
senescência foliar, ela pode atrazar tal processo. Assim, as folhas destacadas de uma planta
perdem lentamente a clorofila, o RNA, os lipídeos e as proteínas mesmo se forem mantidas
úmidas e supridas de minerais. O tramatmento dessas folhas isoladas com citocininas retarda a
senescência, fazendo com que a taxa de síntese de RNAs e proteínas volte a subir. Se em uma
pequenas área da folha for aplicado citocinina exógena, somente nessa área a senescência vai
ser retardada (e as demais áreas vão contunuar avançando com o processo de senescência), além
disso há um transporte de aminoácidos e outras substrânciaas das áreas não tratadas com
citocininas para a área que foi tratada com o hormônio. Desta forma, as citocininas no processo
retardamento da senescência foliar produz dois efeitos: (1) estimulação da síntese de RNAs e
proteínas como também a (2) mobilização de metabólicos no interior desse órgão.

iii) Divisão celular. As citocininas estão envolvidas com a fase de citocinese (ou
divisão celular) no ciclo celular. As citocininas atuam em etapas específicas do ciclo celular,
regulando a atividade de ciclinas, as quais são proteínas que controlam a divisão celular. O gene
CYCD3 codifica uma ciclina envolvida na passagem da fase G1 para a fase de síntese de DNA
(S) do ciclo celular.

1.6 Explique a relação citocinina/auxina.


Em estudos com tecido vegetal, as concentrações relativas de auxina e de citocinina
determinam se no calo (que é um crescimento de células vegetais indiferenciadas em cultura de
tecido) vai ocorrer a formação de raízes ou de gemas. Com concentrações mais altas de auxina,
formam-se raízes, e, com concentrações maiores de citocinina, ocorre formação de gemas.
5

Quando tanto a auxina quanto a citocinina estão presentes em concentrações aproximadamente


iguais, o calo continua produzindo células indiferenciadas.

1.7 Explique o papel do etileno em frutos “climatéricos“.


O etileno induz o amadurecimento de frutos climatéricos (que são caracterizados por
incrementos substanciais e passageiros (pulso) na taxa respiratória durante o amadurecimento).
Nesses frutos o aumento na síntese de etileno precede e é responsável pelo acentuado aumento
na respiração, que produz efeitos bastante evidentes sobre a oxidação de substratos diversos e
na sínntese de novas substâncias, dessa forma, acelerando os processos de amadurecimento,
compreendidos por mudanças fisiológicas, bioquímicas e estruturais dramáticas, perceptíveis
pela mudança de características como a coloração, textura, sabor e aroma. Em condições de
níveis elevados de etileno, durante o amadurecimento de frutos climatéricos, a produção de
etileno é autocatalítica, na qual a presença do etileno, seja ela endógena ou exógena, estimula
a sua própria síntese (retroalientação). Assim, o amadurecimento de frrutos climatéricos é
decorrente da habilidade desses frutos de sintetizar o etileno e da alta sensibilidade que tais
frutos apresentam a esse hormônio vegetal.

1.8 O que é possível observar na tríplice resposta ao etileno em plântulas?


A resposta tríplice em plântulas, nota-se: (1) diminuição do crescimento longitudinal;
(2) aumento na expansão radial dos epicótilos e das raízes; e (3) orientação horizontal dos
epicótilos. A resposta tríplice é uma adaptação que faz com que as plântulas sejam capazes de
superar obstáculos, como detritos, e emergir com sucesso na luz durante a germinação.

You might also like