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TECNOLOGIA DE ÓLEOS, GORDURAS E MARGARINAS

Preparo das Sementes


Oleaginosas e Extração de
Óleo Bruto

Profª Dra. NEUSA FÁTIMA SEIBEL


PROCESSAMENTO DO GRÃO DE SOJA
•Limpos
•Condicionados
•Descascados
•Transformados em flocos

Combinação de fosfolipídios
Removida através de
precipitação de vapor

Extração Aquosa
Aquecimento mínimo
Praticamente livre de CHO e Gordura
90% de proteína (peso seco)
Maior quantidade de fibras
50% de proteína (peso seco) 65% de proteína (peso seco)
Amostragem para análises
Pré-limpeza
Separador magnético
Secagem
SILOS
Descorticação
Descascador
Trituração
Laminação
Extrusão
Na maioria das indústrias é realizado o processo de
extrusão após a trituração dos grãos, eliminando também
a etapa de cozimento, pois é realizada com uso de vapor.

Este processo apresenta algumas vantagens em


relação à laminação:

- a densidade aumenta de 300 kg/m3 para 550 kg/m3;

- a área de contato sólido-líquido no extrator aumenta de


40 para 50 m2/m3, aumentando a taxa de percolação
(extração exaustiva);

- aumenta a eficiência nos primeiros estágios da extração,


aumentando a concentração de óleo na miscela (óleo no
solvente);
- reduz em pelo menos 5% o consumo de solvente na
saída do extrator e consequentemente menor consumo
de vapor no dessolventizador;

- reduz a quantidade de solvente na torta;

- reduz o consumo de energia;

- aumenta a homogeneidade do produto;

- reduz a quantidade de sólidos extraídos, facilitando a


filtração do óleo;

- promove um aumento na quantidade de fosfolipídios


hidratáveis, facilitando a etapa de degomagem.
Extrusora de rosca dupla
Extração do Óleo Bruto
Extração por prensagem mecânica

Extração com solvente (hexano)

Extração mista

O óleo bruto é filtrado para eliminar as partículas da


polpa da semente.
A torta extraída, contendo menos de 1% de óleo, é
submetida a uma moagem e processada.
Extração com Prensa Contínua

A prensagem mecânica sob alta pressão reduz o


conteúdo de óleo da torta até 5%.
Extração com solvente
O óleo aparece no material submetido à extração em duas
formas: 1) na forma de uma camada ao redor das partículas das
sementes trituradas e laminadas, que é recuperado por processo
de simples dissolução; 2) contido em células intactas, que é
removido do interior destas por difusão.

Como resultado, a extração consiste em dois processos:


um deles rápido e fácil, o de ‘dissolução’ e outro mais demorado
dependente de ‘difusão’ da mistura de óleo e solvente através da
parede celular semipermeável.

O menor conteúdo do óleo no farelo após a extração é ao


redor de 0,5 a 0,6%.
A solução de óleo no solvente é chamada ‘miscela’ e o
fator que define a velocidade da extração, é a obtenção do
equilíbrio no sistema óleo-miscela-solvente.
As condições que facilitam o processo de difusão são: a
espessura dos flocos resultantes da laminação (extrusão), tão
pequena quanto possível; temperatura próxima ao ponto de
ebulição do solvente e apropriada umidade do material.

Vantagens do hexano: dissolve com facilidade o óleo


sem agir sobre os outros componentes da matéria oleaginosa;
possui uma composição homogênea e estreita faixa de
temperatura de ebulição; é imiscível em água e tem baixo calor
latente de ebulição.
Desvantagens: alta inflamabilidade, alto custo e
toxicidade.
Extração de óleo com solvente de
forma contínua
Posteriormente a miscela é filtrada, concentrada e
o solvente destilado.

Em geral a destilação é conduzida em um sistema


de evaporação de 3 estágios: a 85ºC, 90ºC e 95ºC,
trabalhando sob vácuo de 250mmHg. Os aumentos nas
temperaturas de destilação se devem ao fato que a
miscela vai se tornando mais pobre em solvente.

Após a destilação o óleo obtido passa por um


secador para que tenha sua umidade reduzida a 0,8%, e
em seguida segue para a refinaria.
Recuperação do Solvente
O solvente evaporado na destilação segue para
uma bateria de condensadores.
A principal causa de perda do solvente é a
mistura incondensável formada entre seus vapores e o
ar. A recuperação do solvente desta mistura é efetuada
com o emprego dos compressores de frio, ou por
colunas de absorção com óleo mineral. Isso é possível
devido à maior solubilidade do hexano em óleo mineral
do que no ar.
Feita a recuperação, o solvente sofre decantação
para que se separe de possíveis impurezas (água) e em
seguida é reaproveitado para novas extrações.
Recuperação com óleo mineral

1 Aquecedor de Óleo Mineral

2 Coluna de Evaporação 3

3 Separador de Líquidos: é
uma segurança contra líquidos 2
que eventualmente possam sair
com os gases da coluna de
evaporação com destino ao
condensador.
Dessolventização do farelo
Ocorre juntamente com uma cocção úmida, ou seja, o
vapor arrasta o solvente e umedece o farelo (18 a 20%), que
posteriormente é seco a 12% para ser armazenado.
A torta na saída do extrator, ainda umedecida pelo
solvente, recebe o nome de farelo e têm menos de 2% de óleo.
O farelo é levado até um dessolventizador e tostador para que o
solvente residual seja recuperado.
Feito isso o farelo dessolventizado por uma hora a uma
temperatura de 85 a 115ºC é transportado até um resfriador que
reduz essa temperatura para 10ºC acima da temperatura
ambiente.
O farelo dessolventizado e resfriado é encaminhado para
o moinho onde sofrerá o balanceamento de proteínas.
Dessolventização e torra (animais)
Dessolventização e desodorização (humanos)
Dados do processo convencional
- Na extração por prensagem, a partir de oleaginosas ricas
em lipídios, se extrai cerca de 60% do óleo.

- O sistema de extração com hexano opera em contra


corrente, fazendo com que o solvente puro encontre a
torta mais pobre em óleo e vice-versa.

- A temperatura ideal para extração fica em torno de 55-


65ºC, abaixo de 55ºC não há absorção perfeita do óleo e
em 60ºC inicia a evaporação do solvente.

- A concentração de miscela (óleo+solvente) que sai do


extrator é de 30% de óleo aproximadamente.

- A concentração de solvente no farelo é da ordem de 2%.

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