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Aula 06

Contabilidade Geral p/ TCE-PE (Auditor e Analista de Contas Públicas) Com videoaulas

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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CONTABILIDADE GERAL – TCE PE AULA
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 06

AULA 06: 9 INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS.


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E DO PASSIVO. PARTE II

SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 2
2 ATIVO NÃO CIRCULANTE ................................................................................................ 2
3 - INVESTIMENTOS ......................................................................................................... 2
3.1 - MÉTODO DE CUSTO .............................................................................................. 3
3.2 - MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ............................................................. 7
3.2.1 - CONCEITO DE CONTROLE .......................................................................... 10
3.3 - CONCEITO DE COLIGAÇÃO ...................................................................................12
3.4 - CÁLCULO DO MEP: APROFUNDANDO...................................................................... 14
3.5 CONTABILIZAÇÃO DO MEP - COMPLETA ................................................................... 14
3.6 CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS ....................................................................... 21
3.7 AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO EM COLIGADAS OU CONTROLADAS – CONTABILIZAÇÃO –
COM MAIS VALIA E GOODWILL. ............................................................................................ 26
4 - IMOBILIZADO ............................................................................................................ 31
4.1 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ........................................................ 37
4.1.1 – DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE TESTE DE RECUPERABILIDADE ............... 41
4.1.2 - PASSOS DETALHADOS PARA O CÁLCULO DA VALOR RECUPERÁVEL ................ 44
4.1.3 - PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST ............................... 47
4.1.4 - AMORTIZAÇÃO .......................................................................................... 51
4.1.5 - EXAUSTÃO...............................................................................................54
5 - ARRENDAMENTO MERCANTIL .......................................................................................54
5.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL – CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO. 54
5.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO – CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO. .. 55
6 - INTANGÍVEL ............................................................................................................... 59
6.1 - FASE DE PESQUISA..............................................................................................64
6.2 FASE DE DESENVOLVIMENTO ..................................................................................65
6.3 VIDA ÚTIL ............................................................................................................. 66
7 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO ....................................................................... 69
7.1 - PROVISÕES ......................................................................................................... 71
7.2 - PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS ........................................................................... 72
7.2.1 MAPA DAS PROVISÕES .................................................................................75
7.2.2 - EXEMPLO 1 – GARANTIA ............................................................................ 76
7.2.3 - EXEMPLO 2 – TERRENO CONTAMINADO – É PRATICAMENTE CERTO QUE A
LEGISLAÇÃO SERÁ APROVADA ..............................................................................................77
7.2.4 - EXEMPLO 3 – PROCESSO JUDICIAL DE FUNCIONÁRIO ...................................77
8 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA ............................................................ 81
9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) ............. 87
10 QUESTÕES COMENTADAS ..............................................................................................89
10.1 QUESTÕES COMENTADAS – ATIVO IMOBILIZADO ..................................................89
10.2 QUESTÕES COMENTADAS – TESTE DE RECUPERABILIDADE ....................................92
10.3 QUESTÕES COMENTADAS - INTANGÍVEL............................................................. 101
10.4 QUESTÕES COMENTADAS - PROVISÕES ............................................................. 112
10.5 QUESTÕES COMENTADAS – INVESTIMENTOS PERMANENTES ................................ 120
10.6 QUESTÕES COMENTADAS – ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................... 135
10.7 QUESTÕES COMENTADAS – PASSIVO E AVP ........................................................ 141
11 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................... 150
12 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .................................................. 165

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1 APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?! Agradecemos por estarem aqui, em mais
um encontro conosco, no curso de Contabilidade Geral para TCE PE!

Hoje, continuaremos a falar sobre os critérios de avaliação do ativo e do


passivo. Se há uma questão certa de estar no seu próximo certame, essa
questão está na aula de hoje. Portanto, leia com muita, muita, muita
atenção.

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo.


Instagram: @contabilidadefacilitada

2 ATIVO NÃO CIRCULANTE

3 - INVESTIMENTOS

Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não


tem a intenção de permanecer com eles no longo prazo, sendo
classificados no circulante ou não circulante realizável a longo prazo, ou,
então, são de caráter permanente, quando a empresa tem a intenção de
mantê-los, sendo nesta hipótese classificados no ativo não circulante
investimentos.

Há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método


de custo ou pelo método da equivalência patrimonial.

Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo


grupo e sob controle comum são avaliados pelo método da
equivalência patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e


controladas, serão avaliados pelo método de Custo. Vejam que
este critério é residual.

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Coligadas

Controladas

Investimentos
MEP
Sociedades sob
controle comum

Mesmo grupo

Custo Outros

3.1 - MÉTODO DE CUSTO

Conforme a Lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras


sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de
aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do
seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e
que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a
companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de


provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou
para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for
inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e


controladas, que estudaremos a seguir.

Os investimentos do método de custo são avaliados


pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para perdas prováveis, se esta perda for
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comprovada como permanente.

Avaliação dos investimentos pelo método de custo

Custo de aquisição
(-) Ajuste para perdas prováveis

Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto,


já que provisões são sempre passivos. Todavia, cumpre salientar que a Lei
6.404 é de 1976. À época não existia essa distinção. Portanto, se cair em
prova, aceite normalmente.

Avaliação Custo de aquisição


Investimentos
avaliados pelo custo
(-) Ajuste perdas Se a perda for
prováveis permanente

Portanto, inicialmente, os investimentos são avaliados pelo custo. No final


do exercício, a empresa avalia se há alguma perda que possa ser
considerada como permanente, que não será mais recuperada. Havendo,
faz-se o ajuste. Sendo uma perda temporária, decorrente, por exemplo,
de uma variação normal no preço de mercado, nada há que ser feito.

Como todos nós quando investimos em algo esperamos algum retorno, o


retorno do capital aplicado em empresas geralmente é chamado de
dividendos.

Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados


como receita, quando da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após


a aquisição do investimento são considerados como uma
recuperação de parte do investimento. A justificativa para esse
procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria
posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em


decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição,
adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão
registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não
influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art.
2º).

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Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e


outros, 1ª edição, 2010, as normas internacionais de contabilidade
não aceitam esse procedimento.

Avaliação: Custo de
aquisição - Perdas Se a perda for permanente
prováveis

Inv. Custo
Receita

Dividendos

6 meses: Redução do custo

Os lançamentos são os seguintes. Exemplo: aquisição de investimento


avaliado pelo método de custo, pelo valor de R$ 1.000,00.

Lançamento na aquisição:

D – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 1.000,00


C – Caixa (Ativo Circulante) 1.000,00

Inv - Custo Caixa


1000 1000

Dividendos declarados, no valor de R$ 100,00, dentro de 6 meses:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 100,00


C – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 100,00

Dividendos a rec. Inv - Custo


100 1000 100

Vejam que nesta hipótese houve uma redução do valor do investimento.


Você registrou um direito a receber no ativo (dividendos a receber) e
reduziu o valor do investimento no ativo não circulante - investimentos. É
como, se quando você já tivesse comprado a ação, tivesse pago o valor
cheio, que já estava com dividendos. Não há registro em qualquer conta
de resultado, de receita.

Dividendos declarados, no valor de R$ 200,00, após 6 meses:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 200,00


C – Receita de dividendos (Outras receitas operacionais - Resultado) 200,00
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Dividendos a rec. Receita de divid.


200 200

Notem a diferença. Aqui, da mesma maneira, nós registramos um valor a


receber no ativo (dividendos a receber). Todavia, a contrapartida foi a
chamada receita de dividendos, em outras receitas operacionais.

Perda, no valor de R$ 300,00, considerada como permanente:

D – Despesa com perda em investimentos (Resultado) 300,00


C – Ajuste para perdas permanentes – Invest. Custos (Ret. Ativo) 300,00

Desp - Perd. Inv. Ajuste Perda Perm.


300 300

Perceba que aqui haverá uma redução do investimento. Contudo, essa


redução não é feita diretamente na conta investimentos, mas em uma
conta retificadora, que podemos chamar de ajuste para perdas
permanentes ou provisão para perdas permanentes.

(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) A Cia. Futurista


adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As
sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob controle comum. O
investimento adquirido não caracteriza controle nem influência
significativa sobre a investida, mas a Cia. Futurista possui a intenção de
permanecer com este investimento por vários exercícios, ou seja, não há
intenção de venda. Neste caso, o investimento, classificado no ativo não
circulante da Cia. Futurista, será avaliado pelo

A) custo corrente corrigido.


B) método da equivalência patrimonial.
C) método de custo.
D) método da conciliação.
E) método de crédito unitário projetado.

Comentário:

Como resolver essa questão? Vamos lá! Inicialmente, você deve verificar
se o investimento tem caráter especulativo ou permanente. E a questão
deu a dica... “a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com

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este investimento por vários exercícios, ou seja, não há intenção


de venda”.

Portanto, classifica-se no ativo não circulante investimentos. A partir daí,


já sabemos que ou será método de custo ou método da equivalência
patrimonial.

Inicialmente, você deverá checar se se trata de equivalência (MEP). Caso


não se enquadre, será avaliado pelo custo. O método de custo é
residual.

Pois bem, para ser MEP deve ser controlada (maioria das ações com
direito a voto ou poder de eleger maioria dos administradores), coligada
(quando há influência significativa), sociedades do mesmo grupo ou sob
controle comum.

E vamos ver o que a questão disse?

“A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em 20/02/2013,


por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob
controle comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem
influência significativa sobre a investida”.

Veja, nesta hipótese, portanto, resta claro que será avaliado pelo custo, já
que todas as outras hipóteses foram descartadas.

Como a questão menciona que o investimento adquirido não caracteriza


controle nem influência significativa sobre a investida, mas há intenção de
permanecer com o investimento, deverá ser avaliado pelo método de
custo.

Gabarito  C

3.2 - MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em


coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam
parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão
avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com
as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será


determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação
levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até
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60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia;


no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não
realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;

II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre


o valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem
de participação no capital da coligada ou controlada;

III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número


II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será
registrada como resultado do exercício:

a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;


b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários.

§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos


deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os
saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.

§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá


elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no
número I.

O método da equivalência patrimonial funciona basicamente do seguinte


modo. Imagine que você seja sócio de uma empresa muito grande, a
Companhia Alfa. A Companhia Alfa vislumbra uma excelente possibilidade
de investimento e decide adquirir o controle de outra empresa, a
Companhia Beta.

Então, você sabe que o capital dos sócios representa o patrimônio líquido,
não é mesmo? Então, quando você está comprando ações de uma
entidade, você está comprando uma fatia de seu patrimônio líquido. Você
passa a se tornar sócio dessa empresa. Então, o que acontecer com o PL
da investida (no caso Beta) vai refletir no seu investimento. Se ela tiver
lucro, vai aumentar o PL, então, bom para você e seu investimento, que
aumentará proporcionalmente a sua fatia no capital próprio da empresa.

Ao revés, havendo um prejuízo, de igual maneira isso ocorrerá no seu


investimento, o que acarretará uma diminuição no valor do PL da
investida e no seu investimento. Lembre-se de que você é dono de um
pedaço da companhia.

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Investidora Adquire 80% Investida

Companhia Beta
Companhia Alfa
(PL = 1.000.000)

Valor: 800.000

A Companhia Alfa está adquirindo 80% das ações ordinárias (as que, em
regra, dão direito a voto) de Beta. Então, raciocine, ela está se tornando
sócia de Beta. 80% de suas ações caracterizará controle. Alfa registrará
esse valor como Ativo não circulante - Investimentos/Equivalência
patrimonial.

Débito – Ativo não circulante investimentos/MEP 800.000,00


Crédito – Caixa 800.000,00

Depois disso, todas as variações que ocorrerem no PL de Beta refletirão


diretamente no valor do investimento.

Exemplo: Companhia Beta teve um lucro de R$ 400.000,00. Como isso


reflete em Alfa?

Investida 80% Investidora

Companhia Beta Companhia Alfa


(PL: 1.000.000 + 400.000 = (Inv: 800.000 + 320.000 =
1.400.000) 1.120.000)
Valor: 1.120.000

Vejam que o PL de Beta subiu para R$ 1.400.000,00. Automaticamente, o


investimento societário de Alfa subirá para R$ 1.400.000,00 x 80% = R$
1.120.000,00. E esses R$ 1.120.000,00 podem ser decompostos em R$
800.000,00 do investimento inicial + R$ 320.000,00, correspondentes a
R$ 80% do lucro auferido. Afinal, se você tem 80% do capital, é esperado
que tenha direito a 80% do lucro.

Isso é método da equivalência patrimonial! Agora, suponha que, em vez


de prejuízo, a Companhia Beta tivesse apurado um prejuízo de R$
400.000,00. Como ficaria? O PL reduziria de R$ 1.000.000,00 para R$
600.000,00.

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Investida 80% Investidora

Companhia Beta Companhia Alfa


(PL: 1.000.000 - 400.000 = (Inv: 800.000 - 320.000 =
600.000) 480.000)
Valor: 480.000

Funciona assim! Pode, em um primeiro momento parecer assustador, mas


fazemos o possível para deixar claro para vocês.

É claro que não é só isso, mas entender esse ponto já é um grande


começo.

3.2.1 - CONCEITO DE CONTROLE

Texto do Pronunciamento CPC 18 - Investimento em Coligada e em


Controlada:

2. Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os


seguintes significados:

Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da


entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.

A Lei 6404/76 (Lei das SA) apresenta as seguintes definições:

Art. 243 § 2º: Considera-se controlada a sociedade na qual a


controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores.

Controle

De modo
permanente

Preponderência Poder de eleger a


nas deliberações maioria dos
sociais administradores

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E como se dá a preponderância nas deliberações sociais? Temos de saber


um pouco de direito empresarial aqui! Você tem de saber que as ações de
uma sociedade anônima podem ser ordinárias ou preferenciais.

As ordinárias são as que dão direito a voto, enquanto que as


preferenciais, na maioria das vezes dão privilégios a seus detentores,
como dividendo maior ou prioridade para reembolso do capital, mas são
frustradas do direito a voto.

O número máximo de ações preferenciais sem direito a voto é de


50% do total!

Querem entender como funciona na prática? Tem uma questão bem


interessante.

(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A Cia. Eclipse


Supermercados, dando continuidade à sua estratégia de expansão, no
início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo
capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será
formado por um total de 2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com
limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, todas com valor
nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle
direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor mínimo
necessário. Neste caso, de acordo com a legislação societária, para
manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa deverá
integralizar o capital social da investida no valor de

(A) R$ 66.000.000,00
(B) R$ 60.000.000,00
(C) R$ 30.000.030,00
(D) R$ 20.000.300,00
(E) R$ 15.000.030,00

Comentários

As sociedades anônimas possuem dois tipos de ações:

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1) ordinárias: dão direito a voto;


2) preferenciais: não dão direito a voto, mas têm preferências na
distribuição de dividendos.

O voto é utilizado nas tomadas de decisões sociais, na Assembleia Geral


(AG), órgão máximo deliberativo de uma SA.

Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz-se


necessária a propriedade de mais de 50% das ações que dão direito a
voto, isto é, 50% das ações mais 1 ação, o que caracteriza, também, o
controle.

Ademais, devemos notar que a questão diz que o capital social é


distribuído de acordo com os limites legais. A lei das SA´s, artigo 15,
§2º, estabelece que no máximo 50% do total das ações emitidas poderá
ser preferencial (ou seja, que não dão direito a voto).

Enfim, extraímos as seguintes conclusões da questão:

1) A empresa Eclipse quer o controle direto na Cia Luna, desembolsando


o mínimo.
2) O controle é caracterizado pela preponderância nas deliberações sociais
(nas SA pela Assembleia Geral).
3) Votam na Assembleia Geral apenas as ações ordinárias (as
preferenciais não).
4) A Cia. Eclipse deve, portanto, possuir 50% + 1 ação ordinária da Cia.
Luna como mínimo.
5) Como são 2.000.000 ações distribuídas de acordo com o limite legal,
podemos inferir que 1.000.000 serão ordinárias e 1.000.000 serão
preferenciais (LSA, art. 15, §2º).
6) O controle será exercido por 500.001 ações ordinárias (50% + 1 ação),
o que equivale a 15.000.030,00 (500.001 x R$ 30).

Gabarito  E.

O conceito de controle da lei 6.404 está plenamente de acordo com o


conceito de controlada do pronunciamento do CPC.

3.3 - CONCEITO DE COLIGAÇÃO

Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a
investidora tenha influência significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a


investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões
das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-
la.
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§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de


20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida,
sem controlá-la.

Políticas financeiras
Detém poder de
Coligadas

participar nas decisões


Operacional
Influência Significativa
> 20% capital votante
Presumida
Aceita prova em
contrário

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a


existência da influência significativa. Esta será a palavra chave!

Sim Coligada MEP


Infl.
Significativa Invest.
Não Custo
Perm.

A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce


o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando
se possui 20% do capital votante (ações ordinárias). Essa
presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa pode ter
mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter
influência significativa.

Nos termos do CPC 18:

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por


meio de controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da
investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a
menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por
outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de
controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da
investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a
menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor

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não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência


significativa.
7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da


investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.

3.4 - CÁLCULO DO MEP: APROFUNDANDO

O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em


reconhecer o resultado auferido pela investida na medida em que
ocorre, e não apenas quando há distribuição de dividendos.

Para isso, multiplicamos o percentual de participação da


investidora pelo PL da investida, e comparamos com o valor do
investimento da investidora.

Como calcular o Método da Equivalência Patrimonial?

Patrimônio líquido da investida x Percentual de participação da


investidora

3.5 CONTABILIZAÇÃO DO MEP - COMPLETA

A Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de R$ 100.000,


sendo que a empresa KLS adquiriu 90% do capital da Cia ABC. Trata-se
de uma controlada. Portanto esse investimento da empresa KLS será
avaliado pelo MEP.

A CIA ABC apresentou os seguintes resultados:

- 31.12.X2 – prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos


acumulados)
- 31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos
acumulados)
- 31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para
abater o restante dos prejuízos e para constituição de reservas)
- 31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor
de $20.000 e constituição de reservas no valor restante.

Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte:

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Pela aquisição, em 31.12.X1:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 90.000


C – Caixa/bancos 90.000

Investimento Caixa
90000 90000

Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a
seguinte configuração:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Ativo 100000 PL 100000

A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o
valor do seu investimento é de:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Ativo 100000 PL 100000

90% x PL Investida 90000


Valor do investimento da KLS

Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000.

Seu Balanço Patrimonial é o seguinte:

(Obs: para simplificar, vamos considerar que o Passivo é igual a zero. Como
para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal simplificação não fará diferença).
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
PL
Capital social 10000
Ativo 60000
(-) Prejuízos acumulados -40000
Total 60000

90% x PL Investida 54000


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS:

R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000

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Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no


ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X1 90.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X2 54.000,00
Resultado do MEP 36.000,00
(Prejuízo)

Há um prejuízo na participação societária, já que o valor do PL da


investida diminuiu. Como dissemos, quando compramos uma participação
avaliada pelo MEP, compramos uma fatia da empresa investida. Logo, se o
PL dela diminui, diminui também a nossa participação.

Contabilização na empresa KLS:

D – Perdas com MEP (resultado) 36.000


C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 36.000

Investimento Perda com MEP


90000 36000 36000
54000

Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa


KLS, pelo valor de R$ 54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC.

Outra forma de cálculo do MEP:

Como o resultado da Cia ABC foi um prejuízo de R$ 60.000, o resultado do


MEP para a empresa KLS poderia ser calculado diretamente sobre este
resultado:

Prejuízo Cia ABC R$ 40.000 x participação da KLS 90% = R$ 36.000

31.12.X3 – Lucro de 10.000 (usado para abater parte dos


prejuízos acumulados).

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 10.000


C – Prejuízos acumulados(PL) 10.000

Apuração do resul Prejuízos acumulados


10000 10000 40000 10000
Lucro Saldo inicial

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

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Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Capital social 100000
Ativo 70000
(-) Prejuízos acumulados -30000
Total 70000

90% x PL Investida 63000


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no


ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X2 54.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X3 63.000,00
Resultado do MEP 9.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 9.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 9.000

Investimento Ganho com MEP


90000 36000 9000
9000
63000

Outra forma de cálculo do MEP:

Lucro Cia ABC 10.000,00


x Participação da KLS 90%
Resultado MEP 9.000,00

Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora,


o que está ocorrendo com o resultado da investida. Assim, quando a
investida apura prejuízo ou lucro, isso se reflete no resultado da investira,
independentemente da distribuição dos dividendos.

31.12.X4 – Lucro de R$ 50.000, sem distribuição de dividendos.


(Usado para abater o restante dos prejuízos e para constituição de
reservas).

Contabilização na Cia ABC:

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D – Resultado do Exercício 50.000


C – Prejuízos acumulados(PL) 30.000
C – Reservas de Lucro (PL) 20.000

Apuração do resul Prejuízos acumulados


10000 10000 40000 10000
30000 50000 30000
20000
0 0

Reservas de lucro
20000

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Capital social 100000
Ativo 12000
Reserva de lucros 20000
Total 120000

90% x PL Investida 108000


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS:

R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no


ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X3 63.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X4 108.000,00
Resultado do MEP 45.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 45.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 45.000

Investimento Ganho com MEP


90000 36000 45000
9000
45000
108000

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Outra forma de cálculo do MEP:

Lucro Cia ABC 50.000,00


x Participação da KLS 90%
Resultado MEP 45.000,00

31.12.X5 – Lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no


valor de R$ 20.000 e constituição de reservas no valor
restante.

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 30.000


C – Lucros Acumulados(PL) 30.000

Result. Exercício Lucros acumulados


30000 30000 30000
Lucro

Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da


distribuição dos dividendos, para a correta apuração do resultado
da Equivalência Patrimonial.

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Capital social 100000
Ativo 15000 Reserva de lucros 20000
Lucros acumulados 30000
Total 150000

90% x PL Investida 135000


Valor do investimento da KLS

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no


ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X4 108.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X4=5 135.000,00
Resultado do MEP 27.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 27.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000

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Investimento Ganho com MEP


90000 36000 27000
9000
45000
27000
135000

Quando apuramos o resultado do exercício na investida, jogamos para a


conta lucros acumulados. Ela não pode possuir saldo final, mas
continua a existir para receber os valores da demonstração do resultado
de modo transitório.

Só poderá existir no balanço a conta prejuízo acumulado.

A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros. Todo


o lucro apurado deve ser atribuído como reservas de lucro ou como
dividendos.

O enunciado disse que dos lucros acumulados seria R$ 20.000,00 para


dividendos e R$ 10.000,00 para reservas de lucros.

Então, agora, vamos zerar a conta lucros acumulados.

Contabilização na Cia ABC:

D – Lucros Acumulados (PL) 30.000


C – Reservas de Lucro (PL) 10.000
C – Dividendos a Pagar (Passivo) 20.000

Lucros acumulados Reserva de lucros Div. a pagar


10000 30000 20000 20000
20000 10000

Observação: Estamos considerando que os dividendos são os dividendos


obrigatórios. A regra de contabilização é a seguinte:

Dividendos obrigatórios  Passivo


Dividendos Adicionais não declarados até a data do balanço  Não são
contabilizados.
Dividendos Adicionais declarados até a data do balanço  são
contabilizados no PL, até serem confirmados pela Assembléia de
acionistas. Depois disso, vão para o Passivo.

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

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Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Dividendos a pagar 20000
PL
Ativo 15000 Capital social 100000
Reserva de lucros 30000
Total 130000

90% x PL Investida 117000


Valor do investimento da KLS

3.6 CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS

Quando a investida resolveu, de acordo com os seus estatutos, pagar os


dividendos, o valor do PL da Cia ABC passou de R$ 150.000,00 para R$
130.000,00. Portanto, a empresa KLS (investidora) deverá
contabilizar os dividendos a receber e diminuir o valor do seu
investimento. Assim:

Prestem MUITA atenção e entendam! Quando a ABC (investida)


apurou os seus dividendos, ela diminui o PL (conta lucros acumulados) e
aumenta o passivo (dividendos a pagar). Correto? O que acontece? A KLS
(investidora) vai ter o seu investimento diminuído quando a investida
declara os dividendos. Ora, o PL diminuiu de R$ 150.000,00 para R$
130.000,00.

Ao mesmo tempo, a KLS vai ter um direito a receber. Que direito é esse?
Como sócio, ela terá direito a receber dividendos. De quanto? De acordo
com a sua fração do capital social. 90% o que foi declarado de dividendo.

Como a ABC declarou R$ 20.000,00 de dividendos, R$ 18.000,00 (90%)


será em benefício da ABC.

Então, esse valor será registrado em uma conta do ativo (dividendos a


receber – R$ 18.000,00). E qual será a contrapartida?

Será exatamente a diminuição do PL. Se o PL da ABC reduziu R$


20.000,00 ao todo, a parte que cabe à KLS suportar deste montante é R$
18.000,00, que representam exatamente 90% do total.

Empresa KLS - Contabilização

D – Dividendos a receber – CIA ABC (20.000 x 90%) 18.000


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C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 18.000

Com isso, o valor do Investimento na Cia ABC fica contabilizado por R$


135.000 - R$ 18.000 = R$ 117.000.

Investimento Dividendos a receber


90000 36000 18000
9000 18000
45000
27000
117000

Este total bate com a participação da empresa KLS no PL da CIA ABC,


após a distribuição dos dividendos:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Dividendos a pagar 20000
PL
Ativo 15000 Capital social 100000
Reserva de lucros 30000
Total 130000

90% x PL Investida 117000


Valor do investimento da KLS

Importante

No método de custo, o valor do investimento não se altera em função


dos lucros ou prejuízos da investida. Só irá se alterar se houver indício de
perda permanente. Os dividendos são contabilizados como receita.

Método de custo – contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C – Receita de dividendos

Já no Método da Equivalência Patrimonial, o resultado da investida


(lucro ou prejuízo) reflete-se no balanço e no resultado da
Investidora.

E os dividendos diminuem o valor do investimento.

Contabilização – MEP:

Pelo MEP:

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D – Investimento – MEP
C – Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C - Investimento – MEP

Quando os dividendos forem recebidos, isto é, houver o efetivo


pagamento por parte da companhia ABC, basta lançar:

Caixa Dividendos a receber


18000 18000 18000

Vamos treinar um pouco?

(FCC/Técnico/Contabilidade/TRF 3/2014) A empresa Investidora


S.A. adquiriu, em 02/01/2010, uma participação societária na empresa
Samambaia S.A.. Foram adquiridas 80% das ações da Samambaia S.A.
pelo valor de R$ 10.000.000,00. No final de 2010, a empresa Samambaia
S.A. apurou um lucro líquido de R$ 3.000.000,00.

Nas demonstrações contábeis da empresa Investidora S.A. deverão ser


apresentados os seguintes valores na Demonstração do Resultado, do ano
de 2010 e no Balanço Patrimonial de 31/12/2010, respectivamente, em
R$:

a) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Dividendos a


Receber = 2.400.000,00.
b) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Dividendos a
Receber = 3.000.000,00.
c) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Investimentos =
12.400.000,00.
d) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Investimentos =
13.000.000,00.
e) Resultado de Participação Societária = 0,00; Investimentos =
10.000.000,00.

Comentários:

Os investimentos da Investidora estarão avaliados em seu balanço pelo


valor inicial de R 10.000.000,00.

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Posteriormente, a Samambaia apurou R$ 3.000.000,00 de lucro. Esse


valor vai para a conta lucros acumulados da Samambaia. Do valor que
aumentar o PL, 80% pertence à Investidora, que detém essa fatia do
capital social.

Logo, na demonstração contábil da investidora, aumentaremos R$


3.00.000 x 80% = R$ 2.400.000,00, ficando o balanço com um total de
R$ 12.400.000,00. Na DRE, será registrado um ganho com MEP de R$
2.400.000,00.

Portanto, gabarito  C.

Gabarito  C.

(CESPE/Auditor/TC DF/2014) Os investimentos mantidos por uma


entidade em suas coligadas ou controladas e em outras entidades devem
ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial, com impactos no
balanço patrimonial e na demonstração de resultado do exercício.

Comentários:

Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo MEP.


Todavia, a questão generalizou e disse em outras entidades. Essa foi a
incorreção da assertiva.

Gabarito  Errado.

(CETRO/ISS SP/Auditor Fiscal/2014) A empresa INVESTIDA


S/A emitiu 50.000 ações ordinárias e 50.000 ações preferenciais no
mercado, sendo que a empresa INVESTIDORA S/A adquiriu 10.000
ações ordinárias e 30.000 ações preferenciais da empresa INVESTIDA
S/A. Sabe-se que, no final do ano de 2013, a empresa INVESTIDA
S/A apresentou um lucro do exercício de R$155.000,00, sendo que,
desse valor, distribuiu R$50.000,00 a título de dividendos. Com base
nessas informações, é correto afirmar que a

A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado,


em 31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$62.000,00.
B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado,
em 31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$31.000,00.
C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado,
em 31/12/2013, uma receita de dividendos de R$20.000,00.
D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado,
em 31/12/2013, uma receita de dividendos de R$10.000,00.
E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer lançamento
contábil, pois não está obrigada ao método da equivalência patrimonial.

Comentários:
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Os investimentos devem ser avaliados por equivalência patrimonial


quando a investidora tem influência significativa:

Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a
investidora tenha influência significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora


detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas
financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de


20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la.

O capital votante são as ações ordinárias, que têm direito a voto.

A Investidora comprou 10.000 ações ordinárias, portanto podemos


calcular o percentual: 10.000/50.000 ações ordinárias = 20%.

Muito bem. O investimento deve ser avaliado pelo MEP (método da


Equivalência Patrimonial).

Mas, agora, devemos considerar a participação total da


investidora, incluindo as ações preferenciais:

10.000 ações ordinárias + 30.000 ações preferenciais = 40.000 ações


Participação: 40.000/100.000 = 0,4 ou 40%
Lucro da investida R$$ 155.000,00 x 40% = $62.000
Dividendos R$ 50.000,00 x 40% = R$ 20.000,00

Contabilização na Investidora:

Pelo MEP:

D – Investimento em coligadas (Ativo) 62.000,00


C – Receita de equivalência Patrimonial (Resultado) 62.000,00

Pela distribuição dos dividendos:

D – Dividendos a receber (Ativo) 20.000.00


C – Investimento em coligadas (Ativo) 20.000,00

Vamos examinar as alternativas:

A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter


registrado, em 31/12/2013, uma receita de equivalência
patrimonial de R$62.000,00.
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Correto. É o gabarito da questão.

B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter


registrado, em 31/12/2013, uma receita de equivalência
patrimonial de R$31.000,00.

Errado. O examinador acha que o candidato vai calcular usando apenas o


percentual das ações ordinárias (20%):

155.000 x 20% = 31.000.

Não caia nessa! O cálculo é feito levando-se em conta o total das ações. O
cálculo correto é o que demonstramos acima.

C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter


registrado, em 31/12/2013, uma receita de dividendos de
R$20.000,00.

Errado. A Investidora iria contabilizar uma receita de dividendos se


usasse o método de custo. Como tem influência significativa, a
Investidora deve avaliar o investimento pelo método da Equivalência
Patrimonial.

D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter


registrado, em 31/12/2013, uma receita de dividendos de
R$10.000,00.

Errado. Veja a resposta da letra C.

E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer


lançamento contábil, pois não está obrigada ao método da
equivalência patrimonial.

Errado. A Investidora deve usar o método da equivalência patrimonial.

Gabarito  A

3.7 AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO EM COLIGADAS OU


CONTROLADAS – CONTABILIZAÇÃO – COM MAIS VALIA E
GOODWILL.

Quando nós adquirimos uma participação societária, quando compramos a


parte de uma empresa e nos tornamos sócios, não necessariamente
compramos pelo valor nominal. Podemos pagar um valor a mais ou menos
do que ele vale. Seja pela expectativa de lucratividade futura, seja por
que esta empresa não vale mais como outrora.

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O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e


controladas deve ser classificado em duas parcelas:

1) Mais Valia dos ativos líquidos e


2) Goodwill.

Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no


balanço consolidado.

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo


valor justo.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos


líquidos é a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de
valor de mercado dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill


(também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

Difícil?

Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia

Já...
Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill

Um exemplo:

A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 100.000. O valor


justo do ativo líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de
R$ 70.000.

Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000,00

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Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor


justo do ativo líquido:
Goodwill: R$ 100.000 - R$ 80.000 = R$ 20.000,00

Goodwill: 20.000
- Valor pago: 100.000

Valor justo: 80.000

Mais valia: 10.000


- Valor contábil: 70.000

Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais


Valia e o Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em
subcontas:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000
D – Investimento controlada XYZ – Goodwill 20.000
C – Caixa/bancos 100.000

Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento,


sem as subcontas:

D - Investimento controlada XYZ 100.000.


C – Caixa/bancos 100.000

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os


ativos e passivos que lhe deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta


específica.

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a


originaram.

E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser


submetido ao teste de recuperabilidade.

Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa,
que era chamada de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser reconhecida
(contabilizada) no Resultado do Período.

Na compra vantajosa, você paga pelo investimento menos do que o seu


valor de mercado.

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Exemplo:

A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor


justo do ativo líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de
R$ 70.000.

Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000

Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e


o valor justo do ativo líquido:
Goodwill: R$ 78.000 - R$ 80.000 = - R$ 2.000.

(Goodwill Negativo = Compra Vantajosa).

Contabilização na Controladora Cia KLR:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000
C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado). 2.000
C – Caixa/bancos 78.000

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial

Vamos praticar?

(FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A Cia.


Rio Grande adquiriu, em 31/12/2013, 30% das ações da Cia. Rio Sul por
R$ 3.000.000,00 à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido
contábil da Cia. Rio Sul era R$ 5.000.000,00 e o valor justo líquido dos
ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$ 6.000.000,00, sendo a
diferença decorrente da variação entre o valor contabilizado pelo custo e o
valor justo de um terreno.

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No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Rio Sul reconheceu as


seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido:

− Lucro líquido de 2014: R$ 300.000,00


− Pagamento de dividendos: R$ 100.000,00

Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em


Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Rio Grande, em
31/12/2014, foi, em reais,

(A) 3.090.000,00.
(B) 1.590.000,00.
(C) 1.890.000,00.
(D) 3.060.000,00.
(E) 1.560.000,00.

Comentários

Temos duas companhias:

Rio Grande  Investidora.


Rio Sul  Investida.

Vejamos a contabilização no momento inicial:

O valor patrimonial da Rio Sul é de R$ 5.000.000.

R$ 5.000.000 x 30% = R$ 1.500.000 = valor patrimonial.

Valor justo do PL da Rio Sul = R$ 6.000.000

R$ 6.000.000 – $5.000.000 = R$ 1.000.000 x 30% = $300.000

O valor de R$ 300.000,00 é a mais valia (diferença entra o valor justo e


o valor patrimonial).

Assim, temos:

Valor patrimonial 1.500.000


Mais valia 300.000

Como o valor pago foi R$ 3.000.000, a diferença será o GOODWILL:

R$3.000.000 – R$ 1.500.000 – R$ 300.000 = R$ 1.200.000

Investimento da Rio Grande:

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Valor patrimonial 1.500.000


Mais valia 300.000
Goodwill 1.200.000
Total 3.000.000

A Cia Rio Sul auferiu lucro de R$ 300.000 e distribuiu dividendos de R$


100.000, aumentando o Patrimônio Líquido, portanto, em R$ 200.000.

R$ 200.000 x 30% = $60.000 (aumento do investimento da Rio Grande)

$3.000.000 + $60.000 = $3.060.000,00

Gabarito  D.

4 - IMOBILIZADO

Conforme a lei 6404/76:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,


deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que


têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital
aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo
objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a


recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim
de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver


decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se
destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados
suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,
de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da
vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.

Posteriormente, o imobilizado é reduzido, em regra, da depreciação e do


ajuste ao valor recuperável de ativos, nos termos do CPC 01.

Mas o que inclui o custo inicial de um ativo imobilizado?

Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e


impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no
local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da
forma pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e
de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no


Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
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(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando


corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda
de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o
equipamento); e
(f) honorários profissionais.

Continuando...

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;


(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a
valor presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor
presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições
operacionais pretendidas pela administração.

Vamos ver na prática como funciona?

(FGV/Auditor Tributário Municipal/ISS Recife/2014) Uma entidade


comprou, em 01/07/2011, numerosas máquinas para utilizar em seu
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negócio, no valor de R$ 40.000,00. O frete da entrega foi de R$ 400,00,


pagos pelo fornecedor.

Adicionalmente, a entidade incorreu em R$ 800,00 para instalar as


máquinas, R$ 500,00 para desmontar as máquinas que já estavam na
fábrica e R$ 200,00 para um caminhão levar as máquinas antigas até um
depósito.

Além disso, uma vez que as máquinas eram novas no mercado, a


entidade contratou um especialista para orientar e treinar os funcionários
sobre tal uso durante o primeiro mês de funcionamento. Os honorários
foram de R$ 2.000,00.

Na data da compra, a entidade pretendia utilizar as máquinas por cinco


anos e, depois desses anos, doá-las. É estimado que o valor da remoção
das máquinas seja de R$ 1.400,00.

O valor contábil das máquinas em 31/12/2013 era de

a) R$ 16.880,00.
b) R$ 21.100,00.
c) R$ 21.450,00.
d) R$ 22.100,00.
e) R$ 22.450,00.

Comentários:

Vamos esmiuçar o CPC 27:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e


impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e
de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no


Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
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(b) custos de preparação do local;


(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda
de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o
equipamento); e
(f) honorários profissionais.

Continuando...

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;


(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Agora, vamos resolver a nossa questão:

Cálculo do reconhecimento inicial:

Valor de aquisição: R$ 40.000,00


Instalação das máquinas: R$ 800,00
Remoção das máquinas: R$ 1.400,00
Total do reconhecimento inicial: R$ 42.200,00

Pontos de atenção!

- Frete de R$ 400,00  Pago pelo fornecedor (não há ônus para a


compradora).
- Gastos com as máquinas antigas, de R$ 500,00 e R$ 200,00 
Não se correlacionam com a aquisição da nova máquina. Devem ter
tratamento próprio. Este ponto gera muitas dúvidas. Mas você deve saber
que os gastos de X são tratados como gastos de X. Os gastos de Y são
tratados como gastos de Y.
- Custos de treinamento de R$ 2.000,00  A questão tenta confundir
o candidato, falando sobre honorários, tentando induzi-lo a lembrar do
item 17, f, do Pronunciamento. Contudo, trata-se de custo de
treinamento, que não integra o reconhecimento inicial (CPC 27,
item 19, c).
- Custos de remoção futuro de R$ 1.400,00  Este é um ponto que
pode gerar dúvidas, mas vejamos o que diz o CPC 27:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


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(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e


de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

Portanto, são custos futuros de desmontagem e remoção que devem ser


estimados no início da vida útil da máquina, caso seja o caso de retirar a
máquina e leva-la para outro lugar. É um custo ajustado a valor
presente.

Continuando a resolução...

A aquisição se deu em 01/07/2011, o método de depreciação é o linear,


com taxa de depreciação de 20% ao ano. Não há valor residual.

A questão pede o valor contábil em 31/12/2013, portanto, foram


incorridos 2,5 anos. Como a vida útil esperada é de 5 anos, temos que já
transcorreu metade do período, ou seja, R$ 21.100,00.

Valor de aquisição: R$ 42.200,00


(-) Depreciação Acumulada: (R$ 21.100,00)
(=) Valor contábil em 31/12/2013: R$ 21.100,00

Mas, se quisermos, é só fazermos o cálculo da depreciação anual:

R$ 42.200,00/5 = R$ 8.440,00 ao ano.

Depreciação de 2,5 anos = R$ 8.440,00 x 2,5 = 21.100

Não é uma questão fácil, mas é assim que cai em provas. Ainda
não vimos depreciação. Teremos um encontro somente para falar
do tema.

Gabarito  B.

Vamos ver mais uma...

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2011, uma


entidade adquiriu móveis para seu escritório no valor de R$ 50.000,00. Os
móveis têm vida útil estimada em seis anos e, ao final do sexto ano, a
entidade pretende doá-los.

Na data, são estimados gastos de R$ 2.000,00 (a valor presente) com a


remoção. O frete para a entrega dos móveis é de R$ 500,00, e os custos
de montagem, de R$ 400,00.

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No entanto, no momento em que a entrega foi feita, o funcionário da loja


arranhou a parede, e a entidade incorreu em gastos de R$ 1.000,00 para
pintá-la novamente. Como pedido de desculpas, o funcionário não cobrou
pela montagem dos móveis. O valor contábil dos móveis, em 31/12/2013,
era de:

(A) R$ 25.250,00.
(B) R$ 26.250,00.
(C) R$ 26.950,00.
(D) R$ 26.450,00.
(E) R$ 23.750,00.

Comentários:

Vejamos os cálculos para o imobilizado:

Valor da compra: 50.000,00


Gastos com remoção: 2.000,00
Frete: 500,00
Total 52.500,00

Os móveis têm vida útil de 6 anos. Em 31/12/2013, já terão 3 anos


(foram comprados em 01.01.2011).

Assim, em 31.12.2013 os móveis já foram depreciados na metade do seu


valor, e portanto o valor contábil será:

Valor original 52.500,00


(-) Depreciação Acumulada (26.250,00)
= Valor contábil 26.250,00

A pintura da parede será contabilizada como despesa de conservação. E a


montagem (que não foi cobrada) não será contabilizada.

Gabarito  B

4.1 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

O teste de recuperabilidade (ou impairment test), para ativos


imobilizados e intangíveis, foi uma novidade trazida pela Lei
11.638/2007, que alterou a Lei 6.404/76. Segundo este diploma legal:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a


recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim
de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
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I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver


decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se
destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados
suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da
vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Portanto, o artigo 183, parágrafo terceiro, prega que há necessidade de se


analisar a capacidade de recuperação de valores registrados no
imobilizado e no intangível.

Em síntese, é requisito para o reconhecimento de um ativo que ele traga


benefícios econômicos futuros. Quando os benefícios econômicos futuros
que esse ativo vai trazer são menores do que o valor pelo qual ele está
registrado na contabilidade, devemos, então, fazer a redução do valor
(isso ficará claro a seguir).

Portanto, segundo a Lei 6.404/76:

Recuperação Registra Quando Adicionalmente

Houver interrupção do empreendimento Revisa a vida útil


Imobilizados e Perda do valor do
intangíveis capital aplicado Os ativos não puderem produzir resultados Ajusta depreciação,
suficientes para recuperar o valor amortização, exaustão

Uma questão da ESAF indagou o seguinte (item incorreto):

(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) Todos os ativos


estão sujeitos ao impairment test.

O impairment test (ou teste de recuperabilidade) aplica-se basicamente


aos ativos imobilizados e intangíveis.

Segundo o CPC 01 – Pronunciamento Técnico destinado estritamente e


este assunto:

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos


que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam
registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de
recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que
excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o
montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se
esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento
de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça
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um ajuste para perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico


também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para
perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas.

O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar o


valor real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá
ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas
atividades empresariais. Vejam que a norma fala em: assegurar que
seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não
exceda seus valores de recuperação.

Vamos exemplificar. É simples!

Valor contábil
Valor de venda
Valor em uso

Dissemos que o ativo não pode ficar registrado por valores superiores ao
de recuperação. A recuperação dos valores de um ativo pode se dar se
nós decidirmos vender esse ativo ou então se produzirmos mercadorias,
por exemplo, e vendermos. Então, é só comparar o valor contábil com
o maior desses valores (esse será o chamado valor recuperável).

Perda por
recuperabilidade
Valor contábil
Valor de venda
Valor em uso

Valor recuperável

Dissemos que o teste de recuperabilidade, que está previsto no CPC 01, é


muito cobrado, aplicando-se aos imobilizados e intangíveis. Todavia, há
ativos aos quais, por disposição expressa do próprio CPC, não se
submetem ao CPC 01. As bancas gostam muito de explorar estes temas
em prova. Vamos dar uma olhada?

Alcance

Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de


ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques);


(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento
Técnico CPC 17 – Contratos de Construção);
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(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos


sobre o Lucro);
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados);
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento);
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance
do Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola
que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de vender;
(Alterada pela Revisão CPC 08)
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro
dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de
Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)
classificados como mantidos para venda em consonância com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada.

Portanto, infelizmente, é necessário que vocês saibam o seguinte: o CPC


01 não se aplica a:

CPC 01 - Não se aplica a:


Estoques
Ativos de contratos de construção
Ativos fiscais diferidos
Benefícios a empregados
Instrumentos financeiros
Propriedade para investimento mensurada ao valor
justo
Ativos biológicos ao valor justo
Contratos de seguro
Ativos não circulantes mantido para venda

(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) O Teste de


Recuperabilidade ou impairment test tem por objetivo principal assegurar
que os Ativos da companhia estejam registrados contabilmente por um
valor que não exceda os seus valores recuperáveis. Avalie as proposições
a seguir, acerca do impairment test.

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I. Ativos Fiscais Diferidos não estão sujeitos ao impairment test.


II. Todos os ativos estão sujeitos ao impairment test.
III. O ativo intangível decorrente do direito de outorga da concessão de
um aeroporto não está sujeito ao impairment test.

Assinale a opção correta.

a) Apenas a proposição I está correta.


b) Apenas a proposição II está correta.
c) As proposições II e III estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Nenhuma proposição está correta.

Comentários:

I. Ativos Fiscais Diferidos não estão sujeitos ao impairment test.

Item correto. Segundo o CPC 01, item 2, c:

2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de


ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 –


Tributos sobre o Lucro);

II. Todos os ativos estão sujeitos ao impairment test.

O item está incorreto. O teste de recuperabilidade é realizado para bens


do imobilizado e do intangível. E não para todos os ativos.

III. O ativo intangível decorrente do direito de outorga da


concessão de um aeroporto não está sujeito ao impairment test.

O item está incorreto. Trata-se de um ativo intangível, portanto, sujeito


ao teste de recuperabilidade.

Gabarito  A.

4.1.1 – DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE TESTE DE


RECUPERABILIDADE

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior (repita-se: maior) valor entre o valor justo líquido de venda de
um ativo e seu valor em uso.

É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o


valor líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após,
o maior, dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável.
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Valor justo líquido de


Maior
despesa de venda
Valor recuperável
Valor em uso

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados


que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão


esperadas pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos
os custos que estejam relacionados às receitas.

Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$


1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em
uso será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão –
400.000,00).

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC
46 – Mensuração do Valor Justo). (Alterada pela Revisão CPC 03)

Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem. Para


fins de teste de recuperabilidade, o valor justo deve ser diminuído de
gastos como frete, montagem, etc.

Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida


pelo valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$
200.000,00. O valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00
(600.000 – 200.000).

Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após


realizado os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para
encontrá-lo:

1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00.


2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00.
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato!
R$ 600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de
venda.

Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova.

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Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de


um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor
recuperável.

Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor


recuperável. Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido
no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação,
amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores,


o contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se
o valor contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por
desvalorização? Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável,
de R$ 600.000,00. Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa
perda!

Essa perda será registrada da seguinte forma:

D – Despesa com perda com desvalorização de ativo 200.000,00


C – Ajuste ao valor recuperável 200.000,00

No balanço, fica assim:

Balanço patrimonial:

Ativo imobilizado 800.000,00


(-) Ajuste ao valor recuperável (200.000,00)
Valor contábil 600.000,00

Do contrário, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor


contábil, nenhum registro há que ser feito.

Valor contábil maior


Registra perda
que recuperável
Teste de
recuperabilidade
Valor contábil menor Nada se faz
que valor recuperável (prudência)

(FUNDATEC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RS/2014) Para fins de


identificação de um ativo que pode estar desvalorizado, devemos
considerar seu valor
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a) de uso excedente ao seu valor contábil.


b) reavaliado excedente ao seu valor recuperável.
c) contábil excedente ao seu valor reavaliado.
d) recuperável excedente ao seu valor contábil.
e) contábil excedente ao seu valor recuperável.

Gabarito  E.

4.1.2 - PASSOS DETALHADOS PARA O CÁLCULO DA VALOR


RECUPERÁVEL

Vamos ver a maneira como deve ser feito o teste de recuperabilidade?

1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a


comparação.

O valor contábil será encontrado do seguinte modo:

a) Pegamos o valor de aquisição


b) Retiramos a depreciação, amortização, exaustão existentes
c) Subtraímos de (a) o valor de (b)

2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e


valor em uso.

2.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor


pelo qual o ativo poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas
de venda.

2.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de
produtos oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará
uma taxa de desconto). Somamos a isso o valor pelo qual podemos
vender o ativo no final do período.

Valor de uso: (Receita Esperada em n/(1+i)^n.)

Pegadinha! Pessoal, precisamos ter um cuidado especial quando se


tratar do cálculo do valor em uso.

Dissemos que o valor pelo qual o ativo pode ser vendido no final de sua
vida útil deve ser incluído no cálculo do valor em uso.

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Contudo, se a questão disser o seguinte:

- Valor de venda do ativo ao final da vida útil (31.12.X1): 20.000,00


- Valor em uso em 31.12.X1 100.000,00

Neste caso, o valor de venda do ativo já está incluído no valor em uso e


não precisamos incluir novamente. Você utilizará diretamente o dado do
valor em uso. Repetimos, nesta hipótese, o valor em uso será de R$
100.000,00, e não de R$ 120.000,00 (100.000 + 20.000). Fiquem de
olho!

3) Comparamos o valor recuperável com o valor contábil:

3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução


do valor.
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser
feito, em homenagem ao princípio da prudência.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2012, uma empresa


adquiriu veículos pelo valor de R$ 180.000,00. Todos os veículos têm vida
útil econômica de 5 anos para a empresa e o valor residual estimado para
todos os veículos, em conjunto, no final do 5º ano é R$ 30.000,00. A
empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa
mensal de depreciação. No final de 2012, a empresa realizou o teste de
recuperabilidade do custo (“impairment”) para os bens do ativo
imobilizado e identificou os valores disponíveis, conforme a tabela a
seguir, referentes aos veículos adquiridos em 30/09/2012:

Data Valor Justo Valor em uso

31/12/2012 R$ 155.000,00 R$ 170.000,00

O valor contábil dos veículos, considerados em conjunto, evidenciado no


Balanço Patrimonial de 31/12/2012 foi, em reais:

a) 172.500,00
b) 180.000,00
c) 155.000,00
d) 170.000,00
e) 171.000,00

Comentário:

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1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a


comparação.

Vamos calcular a depreciação acumulada e depois o valor contábil dos


veículos, para comparar com o valor recuperável.

Vamos aos cálculos:

Valor original R$ 180.000,00


(-) Valor residual -R$ 30.000,00
= Valor depreciável R$ 150.000,00

A vida útil é de 5 anos, ou seja, 60 meses. A depreciação mensal é de


$150.000,00 / 60 meses = $ 2.500,00 por mês.

A depreciação acumulada será de 3 meses (de 30/09/2012 ao final de


2012):

Depreciação acumulada = $2.500 x 3 meses = $7.500,00

Valor original R$ 180.000,00


(-) Depreciação Acumulada -R$ 7.500,00
= Valor contábil R$ 172.500,00

2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e


valor em uso.
O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido
realizável de venda.

Entre o “valor justo” e o “valor em uso”, o maior é o valor em uso de $


170.000,00.

3) Comparamos o valore recuperável com o valor contábil:

3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução


do valor.
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser
feito, em homenagem ao princípio da prudência.

Agora é só comparar:

Valor contábil = $172.500,00


Valor Recuperável = $ 170.000,00

Como o Valor Recuperável é menor, a empresa contabiliza um Ajuste para


perdas com Impairment:

D – Perdas com teste de Recuperabilidade (resultado) 2.500,00


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C – Ajuste para perda com Recuperabilidade (Ret. Ativo) 2.500,00

E o valor contábil (que é o valor evidenciado no Balanço Patrimonial) fica


assim:

Valor original R$ 180.000,00


(-) Depreciação Acumulada -R$ 7.500,00
(-) Ajuste para perda com recuperabilidade -R$ 2.500,00
=Valor contábil R$ 170.000,00

Gabarito  D

4.1.3 - PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST

9. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há


alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se
houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor
recuperável do ativo.

Em síntese, funciona assim: Para os ativos em geral (como os


imobilizados), a empresa deve verificar se há indícios de
desvalorização no final do período de reporte (exercício social). Havendo
indícios, a empresa faz uma estimativa formal da recuperabilidade. Não
havendo, esta estimativa formal está dispensada.

Portanto, no final do exercício, vamos e damos uma olhada: há indício de


desvalorização? Sim! Teste de recuperabilidade. Não? Então, o teste está
dispensado.

Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda
que não haja indícios de perda. São eles:

- Goodwill
- Intangível com vida indefinida
- Intangível que ainda não está em uso.

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Final do
exercício
(período de
reporte)

Há indícios de Sim! Teste de recuperabilidade


desvalorização? Não! Teste dispensado

Independente Goodwill (Combinação de negócios)


de indício deve Intangível com vida útil indefinida
testar: Intangível não disponível para uso

Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples.

Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em


seus valores ao longo do tempo (depreciação, amortização, exaustão).
Então, mesmo que um ativo imobilizado esteja avaliado contabilmente por
um valor superior ao seu valor recuperável, a redução em seu valor com o
decurso de sua vida útil, gerada, por exemplo, pela depreciação, vai
acabar por diminuir o seu valor contábil, o que atenua esse registro
contábil por valor superior ao recuperável.

Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo


intangível são ativos que têm a característica comum de não sofrer
amortização. Isto é, os seus valores não diminuem com o curso do
tempo, como ocorre com os outros ativos que têm amortização,
depreciação, exaustão, etc.

Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso
nenhuma providência fosse tomada.

Por este motivo o CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo:

10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução


ao valor recuperável, a entidade deve:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um


ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda
não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser
executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja
executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes
podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto,
se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano

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corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim


do ano corrente; e

(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade


futura (goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80
a 99.

Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária
uma breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos
que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido. Para que uma entidade reconheça um ativo intangível
ele deve atender conjuntamente a três critérios:

1) Ser separável;
2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais;
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos
critérios de reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo
intangível.

Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível


trazidos pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:

Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo


intangível deve ser apresentado ao custo, menos a amortização
acumulada e a perda acumulada (se houver).

Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido


legalmente, um ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor
reavaliado, correspondente ao valor justo na data da reavaliação.

Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a


contabilização pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio,
portanto, não deve ser aplicada nas demonstrações contábeis.

Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo


intangível de vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis
de vida útil indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos
um prazo para calcular, não saberemos apurar a amortização senão de
forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de depreciação no
imobilizado, exemplo: 10 anos de depreciação sem valor residual = 10%
ao ano).

Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não
significa dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos
estarão sujeitos à análise de impairment anual.

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Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de


alocar seu custo de aquisição ao resultado com base no período
determinado e se houver meios de determinar o valor residual para fins
de amortização este deverá ser utilizado. Além da sujeição ao teste de
recuperabilidade (ao final do período de reporte, havendo indícios de
desvalorização).

(CESPE/Contabilidade/ANATEL/2014) Acerca dos ativos intangíveis e


do teste de impairment, julgue o item a seguir.

Caso determinado ativo intangível tenha vida útil finita delimitada com
precisão, é dispensável o teste de impairment

Comentários:

Para os ativos intangíveis com vida útil definida, é dispensável o teste de


recuperabilidade, caso não haja indício de desvalorização.

Gabarito  Correto.

(FCC/Auditor de Controle Externo/TCM – GO/2015) A Cia. PAR


possuía, em 31/12/2013, um ativo imobilizado para o qual as seguintes
informações, após o reconhecimento da despesa de depreciação para o
ano de 2013, eram conhecidas:

Custo de aquisição R$ 700.000,00


(−) Depreciação acumulada -R$ 300.000,00
(=) Valor contábil do ativo R$ 400.000,00

Nesta mesma data (31/12/2013) a Cia. realizou o Teste de


Recuperabilidade do Ativo (teste de impairment) e obteve as seguintes
informações:

Valor em uso do ativo R$ 380.000,00


Valor justo líquido das despesas de venda R$ 350.000,00

Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2013, o


valor contábil deste ativo que a Cia. PAR evidenciou em seu Balanço
Patrimonial de 31/12/2013 foi, em reais,

a) 400.000,00.
b) 380.000,00.

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c) 350.000,00.
d) 700.000,00.
e) 370.000,00.

Comentários:

Valor contábil = $ 400.000

Valor Recuperável = o maior entre o Valor em uso e o Valor justo líquido


das despesas de vendas = $380.000

Como o valor recuperável é menor que o valor contábil, a empresa


reconhece uma perda e o ativo ficará evidenciado, no Balanço Patrimonial,
pelo valor recuperável de $380.000.

Gabarito  B

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.

4.1.4 - AMORTIZAÇÃO

Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado


na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo
objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;

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A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no


Intangível. Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado,
como no caso de Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que
pode ser depreciada ou amortizada.

Regra Intangível

Amortização
Ativo Imobilizado
Exceção
(Benfeitoria imóv. 3os)

A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.

O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o


período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o
número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter pela utilização do ativo.

Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser


abatido do valor que será amortizado.

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo


intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Cálculo da amortização

Valor histórico XX
(-) Valor residual (Y)
Valor amortizável ZZ

Conforme o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível:

97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida


deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil
estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o
ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e
nas condições necessários para que possa funcionar da maneira
pretendida pela administração.

A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como


mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como
mantido para venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 –
Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou,
ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.

O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível
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determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método


linear. A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida
no resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil
permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para


apropriar de forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao
longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também
conhecido como método de linha reta, o método dos saldos decrescentes
e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve obedecer
ao padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros esperados,
incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre períodos, a não
ser que exista alteração nesse padrão.

99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No


entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo
são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a
amortização faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu
valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados
em processo de produção faz parte do valor contábil dos estoques (ver
Pronunciamento Técnico CPC 16 –
Estoques).

1) Vida útil é:

a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou


b) o número de unidades de produção.

2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.


Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.

3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo


estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas
condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida
pela administração.

4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como


mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer
primeiro.

5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível
determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método
linear.

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6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de


forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida
útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como
método de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método
de unidades produzidas.

7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas


pode também ser incluída no custo de outros ativos.

Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $


120.000,00, com valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos.
Calcule o valor da amortização mensal.

Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000


Prazo: 5 anos = 60 meses
Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.

4.1.5 - EXAUSTÃO

De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das SA):

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua


exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou
florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou


bens aplicados nessa exploração.

Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso


mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para
esgotar os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de
concessão.

5 - ARRENDAMENTO MERCANTIL

O Arrendamento Mercantil Financeiro é, na verdade, uma compra de um


ativo. Portanto, deve ser contabilizado no Imobilizado ou no Intangível,
conforme a natureza do bem adquirido.

5.1 ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL –


CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO.

A contabilização, neste tipo de arrendamento, é feita apenas pela


utilização do bem, por competência. Não gera contabilização no ativo.
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Exemplo: Um empresa contratou, em 01.01.X1, um arrendamento


mercantil operacional de uma máquina, para pagamento em 60 parcelas
de R$ 5.000,00, a ser efetivado no dia 5 do mês seguinte.

Contabilização na contratação:

Nenhuma

Contabilização no dia 31.01.X1:

D – Despesa arrendamento operacional (resultado) R$ 5.000,00


C – Arrendamento operacional a pagar (passivo) R$ 5.000,00

No dia 05.02.X1 (pelo pagamento):

D - Arrendamento operacional a pagar (passivo) R$ 5.000,00


C - Caixa/bancos R$ 5.000,00

5.2 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO –


CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO.

Nas operações de arrendamento mercantil financeiro (também chamada


de leasing financeiro), uma empresa “aluga” um determinado bem,
pagando várias prestações e com a opção de compra do bem ao final do
contrato, geralmente por um valor pequeno.

Por exemplo: Leasing de um veículo, com valor de R$ 30.000, a ser pago


em 60 prestações de R$ 520, e com opção de compra ao final do contrato
por R$ 2.000.

Este tipo de operação é uma compra parcelada do bem. Portanto, pela


aplicação do princípio de primazia da essência sobre a forma, deve
ser contabilizado da seguinte maneira:

D – Veículo (Ativo Imobilizado) 30.000


D – Juros a transcorrer (Retificadora do Passivo) 3.200
C – Leasing a pagar (Passivo) 33.200
[(520x60) + 2000]

Observação: No Passivo, a contabilização deve observar o prazo de


pagamento das prestações, dividindo-se em Passivo Circulante e Passivo
Não Circulante, com as respectivas contas retificadoras. Não efetuamos tal
divisão, na contabilização acima, facilitar o entendimento da
contabilização como um todo.

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Vamos apresentar, abaixo, as determinações do Pronunciamento Técnico


CPC 06 sobre a contabilização inicial do arrendamento mercantil financeiro
no arrendatário:

20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários


devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis
financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais
ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor
presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil,
cada um determinado no início do arrendamento mercantil.

No reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de


mercado do ativo. Mas se o valor presente dos pagamentos for
inferior, usamos o valor presente.

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de


20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor
residual.

Se a taxa de juros for de 7% ao ano, o valor presente das prestações será


de 20.323. Como o valor justo (20.000) é menor, o ativo ficará registrado
por 20.000.

Como chegamos ao valor de R$ 20.323,00?

Divida a primeira prestação por 1,07


Divida a segunda prestação por 1,07 x 1,07 (um virgula zero sete elevado
ao quadrado).

Divida a terceira prestação por 1,07 x 1,07 x 1,07

E assim por diante, com todas as prestações. Depois, some os diversos


valores.

6.000 1,0700 5.607,48


6.000 1,1449 5.240,63
6.000 1,2250 4.897,79
6.000 1,3108 4.577,37
20.323,27

Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D – Veículos 20.000
D – Juros a transcorrer 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

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Se a taxa for de 12% ao ano, o valor presente dos pagamentos é de R$


18.224. Como o valor presente dos pagamentos é menor que o valor
justo, a contabilização inicial ficaria assim:

D – Veículos 18.224
D – Juros a transcorrer 5.776
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

Reconhecimento inicial: dos dois o menor

1) valor justo da propriedade arrendada, OU


2) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil

(FCC/Analista/TCE/RS/2014) Em 31/12/2012, a empresa Serviços &


Cia. adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento
mercantil financeiro, para ser pago em 6 parcelas anuais e consecutivas
no valor de R$ 100.000,00 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013.
Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do
contrato, era R$ 462.000,00 e que se a empresa Serviços & Cia. tivesse
adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 470.000,00 (valor justo).

Nesse caso, a empresa Serviços & Cia. reconheceu

a) um ativo no valor de R$ 470.000,00 na data da aquisição.


b) um passivo no valor de R$ 600.000,00 na data da aquisição.
c) uma despesa financeira no valor de R$ 100.000,00 no ano de 2013.
d) um passivo no valor de R$ 462.000,00 na data da aquisição.
e) um ativo no valor de R$ 470.000,00 e um ganho no valor de R$
8.000,00 na data da aquisição.

Comentários:

Segundo o CPC 06:

20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários


devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis
financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais
ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor
presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil,
cada um determinado no início do arrendamento mercantil.

Portanto, o reconhecimento inicial será feito pelo valor presente.

Lançamento na aquisição:
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D – Ativo imobilizado (ativo não circulante) 462.000,00


D – Encargos financeiros a transcorrer (retif. passivo) 138.000,00
C – Arrendamento mercantil a pagar (passivo) 600.000,00

Portanto, o reconhecimento do passivo é de R$ 462.000,00 na data da


aquisição (600.000 – 138.000).

Gabarito  D.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PE/2015) Em 31/12/2013, a Cia.


Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de
arrendamento mercantil financeiro. O contrato será pago em 5 parcelas
anuais, iguais e consecutivas de R$ 80.000,00, vencendo a primeira
parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das prestações, na
data de início do contrato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se
a Cia. Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado
R$ 300.000,00 (valor justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor
residual esperado no final deste prazo será zero e a empresa utiliza o
método das cotas constantes para cálculo da depreciação.

Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu

a) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013.


b) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013.
c) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013.
d) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014.
e) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013.

Comentários:

Parcelas: 5 x 80.000 = 400.000,00


Valor presente das prestações = 288.000,00
Valor justo = 300.000,00
Vida útil = 5 anos
Valor residual = 0

Reconhecimento inicial (pelo valor presente, que é menor).

D – Ativo imobilizado 288.000,00


D – Encargos financeiros a transcorrer (ret. passivo) 112.000,00
C – Financiamentos a pagar (passivo) 400.000,00

Nosso gabarito, portanto, é a letra c, reconhecendo um ativo no valor de


R$ 288.000,00, em 31.12.2013.

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A despesa de depreciação será de 20% x 288.000,00 = 57.600,00 (valor


da despesa em 2014).

Gabarito  C.

6 - INTANGÍVEL

Vamos relembrar o que diz a lei 6404/76 sobre a avaliação do Intangível:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na


aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído
pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a


recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim
de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver


decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se
destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados
suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da
vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Os direitos classificados no Intangível são


avaliados pelo custo de aquisição, deduzido da
amortização acumulada, e devem ser submetidos
ao teste de recuperabilidade.

Ativo intangível

Valor de aquisição
(-) Amortização acumulada
(-) Ajuste ao valor recuperável
Valor contábil

Segundo o CPC 04,

4. Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que


possuem substância física, como um disco (como no caso de software),
documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme.
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Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve


ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível a entidade
avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software
de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona
sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao
sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte
integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo
intangível.

Computador que só funciona com software específico

R$ 100.000,00 Ativo imobilizado


R$ 130.000,00

R$ 30.000,00
PC só funciona com software

Computador que funciona sem software específico

R$ 100.000,00 Ativo imobilizado R$ 100.000,00


Ativo intangivel R$ 30.000,00

R$ 30.000,00
Funciona sem o hardware

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(FEPESE/Auditor Fiscal/ISS Florianópolis/2014) A Empresa de


Transportes Manezinhos S/A adquiriu equipamentos de informática e
softwares aplicativos de gestão no valor total de R$ 100.000.

Sabendo-se que 60% do valor total refere-se ao aplicativo citado, 10% ao


software específico para funcionamento dos equipamentos e 30% aos
equipamentos, assinale a alternativa correta do registro contábil dessa
aquisição.

a) Intangível=R$ 100.000.
b) Imobilizado = R$100.000.
c) Imobilizado = R$40.000; Intangível = R$ 60.000.
d) Imobilizado=R$70.000; Intangível= R$ 30.000.
e) Imobilizado = R$30.000; Intangível = R$ 60.000; Despesas = R$
10.000.

Comentários:

Aqui valem as observações feitas acima.

1) Equipamentos (30.000,00) + Software específico (10.000,00) =


40.000,00 (Ativo imobilizado)
2) Software que funciona sem o equipamento (60.000,00) = 60.000,00
(Ativo intangível)

Gabarito  C.

(FUNCAB/Analista Contábil/PRODAM/2014) Os ativos que estejam


contidos em elementos que possuem substância física, como um disco
(como no caso de software), nunca serão tratados como intangíveis.

Comentários:

Item incorreto. Serão tratados como intangíveis, se atenderem os critérios


estabelecidos pelo CPC 04 e não forem essenciais para o funcionamento
do ativo imobilizado.

Gabarito  Errado.

(FUNCAB/Analista Contábil/PRODAM/2014) Um software de uma


máquina/ferramenta controlada por computador que não funciona sem

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esse software específico é parte integrante do referido equipamento, será


tratado como ativo intangível.

Comentários:

Item incorreto. Segundo o CPC 04, “por exemplo, um software de uma


máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem
esse software específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao
sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte
integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo
intangível”.

Bom, vamos acordar, pois o tópico a seguir é extremamente importante


para provas!

Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos


seguintes critérios:

- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário


identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Importantíssimo: um ativo intangível deve ser reconhecido


inicialmente ao custo.

O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:

(a) seu preço de compra + impostos de importação + impostos não


recuperáveis sobre compra – descontos comerciais e abatimentos.
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.

Custo de ativo intangível adquirido:


Preço de compra
Impostos de importação
Impostos não recuperáveis
(-) Descontos comerciais e abatimentos
Qualquer custo diretamente atribuível (testes, benefícios a empregados, honorários
profissionais)

Todavia, na aquisição de ativos adquiridos separadamente, alguns custos


não fazem parte do valor a ser registrado na contabilidade, como
exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo
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intangível: custos com propaganda, atividades de promoção,


treinamento, custos administrativos e outros custos indiretos relacionados
ao ativo.

Não entram no custo do ativo intangível


Custos com propaganda
Promoção
Treinamento
Custos administrativos e outros custos indiretos

(FCC/Analista Contábil/TRE/RO/2013) No reconhecimento inicial, o


custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui

a) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando


adequadamente.
b) custos de transferência da atividade para nova categoria de clientes.
c) custos administrativos.
d) impostos recuperáveis sobre compra.
e) custos na introdução de novo produto ou serviço.

Gabarito  A.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível


cessa quando esse ativo está nas condições operacionais
pretendidas pela administração. Vejam o exemplo da compra deum
software. Compramos o programa! Os gastos que o comprador tiver até
que este software esteja em uso serão contabilizados como custo do
intangível comprado. Eventual gasto com reinstalação, uso ou
transferência deste software, por exemplo, deverá ser lançado
diretamente no resultado do exercício (despesa).

Custo do ativo intangível Despesa na DRE

Disponível para uso

Esse tipo de ativo intangível é o ativo intangível adquirido. Todavia,


algumas vezes, pode acontecer de o ativo intangível gerado internamente
ser classificado como intangível. Contudo, alguns requisitos devem ser
satisfeitos.

Vejam só...

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Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se


qualifica para reconhecimento, devido às dificuldades para, por exemplo,
avaliar se o ativo gerará benefícios futuros, ou para determinar seu custo
com segurança. Ou pode ser difícil separar o ativo intangível do ágio por
expectativa de rentabilidade futura ou das operações normais da entidade
(dia-a-dia).

O item 21 do CPC 04 prega que:

21. Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:

(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados


atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Assim, para que um intangível gerado internamente seja registrado,


alguns requisitos devem ser atendidos (controlável, identificável, gerador
de benefícios futuros, seu custo deve ser estimado com segurança), além
disso, outros requisitos específicos para ativos gerados internamente
também devem ser atendidos.

Existem duas fases para a geração de ativo intangível interno:

1) fase de pesquisa; e
2) fase de desenvolvimento.

Geração de ativo intangível gerado internamente

Fase de pesquisa

Fase de desenvolvimento

Bom, caso não seja possível diferenciar, na entidade, a fase de pesquisa


da de desenvolvimento, deveremos considerar todas as despesas como
incorridas na fase de pesquisa.

6.1 - FASE DE PESQUISA

54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de


pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com
pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

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Despesa
Gasto com
quando
pesquisa
incorrido

55. Durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está


apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis
benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos são reconhecidos
como despesa quando incorridos.

São exemplos de atividades de pesquisa:

a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;


b) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços;
c) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de
pesquisa ou outros conhecimentos; e
d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis
para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços
novos ou aperfeiçoados.

6.2 FASE DE DESENVOLVIMENTO

Importante: Nesta fase podemos reconhecer um ativo intangível


gerado internamente, na fase de pesquisa não podemos!

57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de


desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se
a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir
enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele
seja disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos
futuros.
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

Requisitos para reconhecer um ativo na fase de desenvolvimento


Viabilidade técnica para concluir o ativo
Intenção de concluir o ativo para uso ou venda
Capacidade para usar ou vender o ativo
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Forma como o ativo gera benefícios econômicos futuros


Disponibilidade de recursos para concluir o desenvolvimento
Capacidade de mensurar os gastos

Portanto, todos os aspectos listados acima devem ser atendidos!

Vamos exemplificar. Empresa KLS tem a intenção de lançar uma nova


marca.

- Em 2010, temos um projeto inicial de pesquisa.


- Em 2011, inicia-se a fase de desenvolvimento, mas não há condições de
identificar se o ativo vai ou não gerar benefícios futuros.
- Em 2012, a empresa demonstra viabilidade técnica para conclusão, mas
não consegue mensurar se há mercado para tornar o produto viável
economicamente.
- Em 2013, consegue demonstrar a viabilidade e conclui o projeto.
- Em 2014, começará a vender o produto em larga escala.

A empresa conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável


e concluiu o projeto no início de 2013. Portanto, apenas o gasto do ano de
2013 será reconhecido (contabilizado) no Intangível.

Os valores gastos nos anos anteriores vão para o resultado do exercício,


como despesa.

Exemplos de atividades de desenvolvimento: projeto, construção e teste


de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização; projeto de
ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia.

Atenção: Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros


itens similares, gerados internamente, não devem ser
reconhecidos como ativos intangíveis.

64. Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de


clientes e outros itens similares não podem ser separados dos custos
relacionados ao desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma,
esses itens não são reconhecidos como ativos intangíveis.

6.3 VIDA ÚTIL

A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou


indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou
unidades semelhantes que formam essa vida útil.
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A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando,


com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite
previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de
caixa líquidos positivos para a entidade.

Importante: A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida


útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado,
enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser
amortizado.

Definida Amortização
Ativo
Vida útil
intangível Não
Indefinida
amortiza

94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou


outros direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos,
podendo ser menor dependendo do período durante o qual a entidade
espera utilizar o ativo. Caso os direitos contratuais ou outros direitos
legais sejam outorgados por um prazo limitado renovável, a vida útil do
ativo intangível só deve incluir o prazo de renovação, se existirem
evidências que suportem a renovação pela entidade sem custo
significativo.

95. Podem existir tanto fatores econômicos como legais influenciando a


vida útil de ativo intangível. Os fatores econômicos determinam o
período durante o qual a entidade receberá benefícios econômicos futuros,
enquanto os fatores legais podem restringir o período durante o qual a
entidade controla o acesso a esses benefícios.

A vida útil a ser considerada deve ser o menor dos períodos


determinados por esses fatores.

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2013, uma


empresa adquiriu os direitos para uso de uma marca por cinco anos. O
contrato é renovável a cada cinco anos a custo insignificante, e a empresa
pretende renová-lo por mais quinze anos, acreditando que, após este
período, a marca não terá mais retorno. A vida útil a ser estabelecida pelo
direito de utilização da marca, em 01/01/2013, é

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(A) de cinco anos.


(B) de dez anos.
(C) de quinze anos.
(D) de vinte anos.
(E) indefinida.

Comentários:

Conforme o Pronunciamento CPC

94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou


outros direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos,
podendo ser menor dependendo do período durante o qual a entidade
espera utilizar o ativo. Caso os direitos contratuais ou outros direitos
legais sejam outorgados por um prazo limitado renovável, a vida útil do
ativo intangível só deve incluir o prazo de renovação, se existirem
evidências que suportem a renovação pela entidade sem custo
significativo.

Assim, como a empresa pretende renovar o contrato por mais 15


anos, e o custo da renovação é insignificante, o prazo de vida útil
deve incluir o período de renovação, totalizando 20 anos (5 do
contrato original mais 15 anos de renovação).

Gabarito  D

(FCC/TRF 3ª Região/Contabilidade/2014) A Empresa Fin S.A.


adquiriu uma Marca por R$ 80.000,00 à vista, cuja vida útil econômica foi
estimada em 20 anos. Com base nestas informações, este ativo é
mensurado ao.

A) custo e não sofre amortização.


B) valor justo e está sujeito ao teste de redução ao valor recuperável.
C) custo e não está sujeito ao teste de redução ao valor recuperável.
D) valor justo, sofre amortização e está sujeito ao teste de redução ao
valor recuperável.
E) custo, sofre amortização e está sujeito ao teste de redução ao valor
recuperável

Comentários:

Conforme o CPC 04 – Ativo Intangível:

24. Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

74. Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser


apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a
perda acumulada.
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Podemos descartar as assertivas B e D (não é “Valor Justo”, é “Custo”).

A letra A está errada, pois sofre amortização.

E o erro da letra C é mencionar que não está sujeito ao teste de redução


ao valor recuperável.

A alternativa correta é a E.

Gabarito  E

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.
Ativo intangível Custo de aquisição - amortização acumulada - red. valor. recupe.

7 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO

A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do


Passivo:

Critérios de Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive


Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço;
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)
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As obrigações do passivo não circulante também devem ser ajustadas a


valor presente.

Vamos supor que a empresa A compre uma máquina a prazo, no valor de


R$ 60.000, com pagamento em 5 parcelas anuais de R$ 12.000. A taxa de
juros nessa operação é de 10% ao ano. A empresa A deve contabilizar tal
operação como segue:

D – Máquinas (pelo valor presente, no Imobilizado)


45.489
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo)
14.511
C – Financiamentos (Passivo)
60.000

(Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser divididos


em circulante e não circulante, conforme o prazo de vencimento.
Contabilizamos sem essa divisão para fins didáticos).

Como encontramos o valor de R$ 45.849,00?

Divida a primeira parcela por 1,1


Divida a segunda parcela por 1,1 x 1,1
Divida a terceira parcela por 1,1 x 1,1 x 1,1

E assim por diante, depois some as cinco parcelas trazidas a valor


presente.

Fica assim:

12.000 1,1000 10.909,09


12.000 1,2100 9.917,36
12.000 1,3310 9.015,78
12.000 1,4641 8.196,16
12.000 1,6105 7.451,06
TOTAL 45.489,44

Isso é matemática financeira. Inclusive, tem uma fórmula para calcular o


valor presente de uma série de pagamentos uniforme, como aqui, mas
damos uma dica mais rápida, que é fazer assim:

Divida 12000 por 1,1. Some 12.000. Divida novamente por 1,1. Some
12.000. Divida por 1,1, até acabar as cinco parcelas. Você deve chegar
em 45.489 (salvo alguma diferença de arredondamento).

Repare que a máquina foi registrado no ativo pelo valor presente, sem a
inclusão dos encargos financeiros.
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A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como


despesa financeira, por competência.

A planilha de controle fica assim:

Ano Valor Juros 10% Pagamento Total


1 45.489 4.549 - 12.000 38.038
2 38.038 3.804 - 12.000 29.842
3 29.842 2.984 - 12.000 20.826
4 20.826 2.083 - 12.000 10.908
5 10.908 1.091 - 12.000 - 1

O valor final, de -1, refere-se a arredondamento de centavos.

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.
Ativo intangível Custo de aquisição - amortização acumulada - red. valor. recupe.
Obrigações, encargos e riscos Valor atualizado até a data do balanço
Obrigações do PNC Valor original - Ajuste a valor presente

7.1 - PROVISÕES

O Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e


Ativos Contingentes oferece as seguintes definições:

10. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os


significados especificados:

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Passivo contingente é:
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(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

Vejam que provisão é um passivo de prazo ou valor incerto.

Por isso dizemos que a expressão “provisão para devedores duvidosos”


está incorreta.

Vamos supor que a empresa possua um valor a receber de, digamos, R$


100.000,00. Com base em experiências passadas, sabe que é mais
provável que vá receber R% 97.000,00 (apresenta um índice de
inadimplência de 3%).

Esta situação iria gerar o seguinte lançamento:

D – Despesa com devedores duvidosos (resultado) 3.000,00


C – Provisão para Devedores Duvidosos (Ret. Ativo) 3.000,00

Mas esse valor não será pago a ninguém. Não é um passivo, é apenas
uma redução do valor esperado dos recebimentos. Assim, o mais correto
seria chamar essa conta de “perdas estimadas com devedores duvidosos”
ou “ajuste para perdas com devedores duvidosos”, ou outra denominação
semelhante.

Mas, como já está consagrada a expressão “provisão para devedores


duvidosos”, vamos utilizá-la, embora a natureza desta conta não seja de
provisão, e sim de ajuste.

Conforme o CPC 25:

7. Este Pronunciamento Técnico define provisão como passivo de prazo ou


valor incertos. Em alguns países o termo “provisão” é também usado no
contexto de itens tais como depreciação, redução ao valor recuperável de
ativos e créditos de liquidação duvidosa: estes são ajustes dos valores
contábeis de ativos e não são tratados neste Pronunciamento Técnico.

7.2 - PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS

Mas se provisão é um passivo, qual a sua diferença para os outros


passivos?
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A diferença entre as provisões e os outros passivos refere-se à incerteza


sobre o prazo ou ao valor do desembolso necessário para sua
liquidação.

Assim, as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou


serviços fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou
formalmente acordados com o fornecedor. Não há incerteza sobre o prazo
ou o valor do pagamento. Portanto, temos contas a pagar ou
fornecedores, mas não provisão para pagamento de estoques ou provisão
para fornecedores.

Da mesma forma, há alguns passivos derivados da apropriação pelo


regime de competência (também chamados accruals), que também se
constituem em passivo, e não em provisão. Como exemplo, podemos citar
a apropriação das despesas de férias por competência.

A cada mês trabalhado, o funcionário adquire direito a 1/12 avos de


férias. Portanto, deve ser reconhecido um Passivo, referente a eventos
passados (o mês já trabalhado) e de cuja liquidação se espera a saída de
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Assim, essa
apropriação por competência deveria ser chamada de “férias a pagar”, e
não de “provisão para férias”.

Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses


passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões.

No caso de Provisão, há incerteza quanto ao prazo de pagamento ou ao


valor.
Mas, como já é amplamente usado na contabilidade, vamos aceitar as
expressões “provisão para férias” e “provisão para 13º”, embora,
tecnicamente, sejam incorretas.

Uma provisão é, por exemplo, um valor que é provável que seja perdido
em uma lide relativa a um processo administrativo tributário, um recurso
de um auto de infração.

Então, até agora, você tem que saber que passivo é uma obrigação
presente derivada de eventos passados, cujo valor você pode mensurar
com confiabilidade. Além disso, tem que saber que a provisão é um
passivo de prazo ou valor incerto.

Texto do Pronunciamento 25:

Relação entre provisão e passivo contingente

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12. Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são


incertas quanto ao seu prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento
Técnico o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não
sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controle da entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é
usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento.

13. Este Pronunciamento Técnico distingue entre:

(a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que


possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes
e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e

(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo


porque são:

(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a


entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou
(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de
reconhecimento deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável
que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios
econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma
estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).

Vejam: passivo contingente não é reconhecido, pois a saída de recursos é


somente possível. Na provisão, a saída de recursos é provável.

Há, portanto, uma diferença fundamental entre Provisão e Passivo


Contingente: As provisões são contabilizadas, e os passivos
contingentes não são.

Os passivos contingentes não são contabilizados, pois:

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1) Ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação


presente;
2) Ou existe a obrigação presente, mas não é provável que seja
necessária uma saída de recursos para liquidá-la;
3) Ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do
valor da obrigação.

Então, imagine-se que há um processo judicial de natureza trabalhista


para o qual não há indícios suficientes se a entidade terá ou não de
desembolsar um valor. Não é provável, por enquanto, que haja um
desembolso, pois não há uma estimativa confiável. É somente possível um
desembolso. Nesta hipótese, teremos um passivo contingente,

Veremos, a seguir, as condições para que uma provisão seja reconhecida


(contabilizada). Conforme o pronunciamento 25:

Reconhecimento

Provisão

14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)


como resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser


reconhecida.

Vamos examinar estas condições através de alguns exemplos:

7.2.1 MAPA DAS PROVISÕES

O próprio CPC 25 traz um mapa ilustrativo para sabermos se estamos ou


não frente a um caso de reconhecimento de provisão. Vejam:

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7.2.2 - EXEMPLO 1 – GARANTIA

Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores


do seu produto. De acordo com os termos do contrato de venda, o
fabricante compromete a consertar, por reparo ou substituição, defeitos
de produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data
da venda. De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja,
mais provável que sim do que não) que haverá algumas reclamações
dentro das garantias.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera


obrigação – O evento que gera a obrigação é a venda do produto com a
garantia, o que dá origem a uma obrigação legal.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –


Provável para as garantias como um todo. Ou seja, ainda que a
possibilidade de um determinado produto quebrar seja pequena, a
possibilidade de que alguns quebrarão durante o período da garantia é
alta, considerando-se o conjunto de todos os produtos vendidos.

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Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos


para consertos de produtos com garantia vendidos antes da data do
balanço.

7.2.3 - EXEMPLO 2 – TERRENO CONTAMINADO – É PRATICAMENTE


CERTO QUE A LEGISLAÇÃO SERÁ APROVADA

Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a


limpeza apenas quando é requerida a fazê-la nos termos da legislação de
um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não
possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o
terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de dezembro de 20X0 é
praticamente certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno
já contaminado será aprovado rapidamente após o final do ano.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera


obrigação – O evento que gera a obrigação é a contaminação do terreno,
pois é praticamente certo que a legislação requeira a limpeza.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –


Provável.

Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos


custos de limpeza.

Nesse exemplo, é importante ressaltar que, antes da aprovação da


legislação requerendo a limpeza, havia um passivo contingente, o qual
não era reconhecido contabilmente (não era contabilizado).

A mudança da legislação, exigindo a limpeza, transforma o passivo


contingente em provisão, a qual deve ser reconhecida pela melhor
estimativa.

Vejamos, a seguir, um outro aspecto que pode ser cobrado em concursos.

7.2.4 - EXEMPLO 3 – PROCESSO JUDICIAL DE FUNCIONÁRIO

Vamos supor que uma empresa esteja sendo processada por ex-
funcionário.

O evento passado já ocorreu: a propositura da ação judicial. Também é


possível estimar a saída de recursos. A questão que se coloca é se esta
ação deve ser contabilizada ou não.

Temos três possíveis situações:

1) Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizado e


divulgado em nota explicativa - Provisão.

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2) Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser


contabilizado, mas deve ser divulgado em nota explicativa – Passivo
contingente divulgado.
3) Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não deve ser
nem contabilizado e nem divulgado – Passivo contingente não
divulgado.

A grande dificuldade reside na avaliação da possibilidade de saída de


recursos. Uma vez estabelecido que a saída é provável, possível ou
remota, fica simples estabelecer o correto tratamento contábil.

Saída de
recursos

Provável Possível Remota

Passivo Passivo
Provisão
contingente contingente

Não
Contabiliza Divulga
divulgado

Além disso, é importante salientar que no final do exercício a provisão


deve ser reavaliada. Se não for mais provável a saída de recursos,
devemos fazer uma reversão.

Segundo o CPC 25:

59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e


ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais
provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve
ser revertida.

Lançamento para a constituição de uma provisão:

D – Despesa com provisão (Resultado) XX,XX


C – Provisão com XYZ (Passivo) XX,XX

Caso no final do exercício, não seja mais provável um desembolso,


devemos reverter:

D – Provisão com XYZ (Passivo) XX,XX


C – Reversão da provisão XYZ (Receita) XX,XX

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(FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A


empresa Processos & Cia. S.A. estava respondendo a alguns processos
judiciais, cujas informações estão apresentadas a seguir:

Com base nestas informações, a empresa Processos & Cia. S.A.


reconheceu, na Demonstração do Resultado de 2014,

(A) despesa com provisão no valor de R$ 40.000,00.


(B) despesa com provisão no valor de R$ 120.000,00.
(C) ganho líquido com provisão no valor de R$ 160.000,00.
(D) ganho líquido com provisão no valor de R$ 80.000,00.
(E) despesa com provisão no valor de R$ 20.000,00.

Comentários

Temos três possíveis situações:

1) Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizado e


divulgado em nota explicativa - Provisão.
2) Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser
contabilizado, mas deve ser divulgado em nota explicativa – Passivo
contingente divulgado.
3) Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não deve ser
nem contabilizado e nem divulgado – Passivo contingente não
divulgado.

A grande dificuldade reside na avaliação da possibilidade de saída de


recursos. Uma vez estabelecido que a saída é provável, possível ou
remota, fica simples estabelecer o correto tratamento contábil.

Para gravar:

Se a saída de recursos for:

Provável: contabiliza e divulga.


Possível: não contabiliza, mas divulga.
Remota: não contabiliza e nem divulga.

Feitas essas considerações, vamos resolver a nossa questão.


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Segundo o CPC 25:

59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e


ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais
provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve
ser revertida.

Quando a probabilidade de perda for:

Provável: contabiliza um passivo e divulga em nota explicativa.


Possível: Não contabiliza, mas divulga. (É um passivo contingente).
Remota: Não contabiliza e nem divulga.

Portanto:

- Trabalhista 1: continua provisionando, diminui R$ 20.000,00 (reversão)


- Tributário 1: era provisão, virou passivo contingente. Reverte os R$
180.000,00.
- Tributário 2: passivo contingente, não contabiliza.
- Ambiental 1: constitui nova provisão, no valor de R$ 40.000,00.

Saldo: + 20.000,00 + 180.000,00 – 40.000,00 = 160.000,00 (receita,


ganho líquido)

Gabarito  C.

(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) O departamento jurídico da


Empresa Arriscada S.A. apresentou as informações, constantes no quadro
abaixo, relativas a diversos processos movidos contra a empresa. Estas
informações serão utilizadas para a elaboração do Balanço Patrimonial em
31/12/2013:

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Sabendo-se que todos os valores estimados são confiáveis e com base nas
informações apresentadas, o valor a ser evidenciado como provisão no
passivo, no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 é, em reais,

a) 9.300.000,00.
b) 8.300.000,00.
c) 4.000.000,00.
d) 1.000.000,00.
e) 4.300.000,00.

Comentários:

Questão tranquila! Dissemos na aula que:

Se a saída de recursos for:

Provável: contabiliza e divulga.


Possível: não contabiliza, mas divulga.
Remota: não contabiliza e nem divulga.

Portanto, contabilizaremos os valores de 1.500.000,00 + 2.800.000,00 =


4.300.000,00.

Gabarito  E.

8 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA

1 - Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo


grupo e sob controle comum são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas,


serão avaliados pelo método de Custo. Vejam que este critério é residual.

2 - Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de


aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda for
comprovada como permanente.

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Avaliação dos investimentos pelo método de custo

Custo de aquisição
(-) Ajuste para perdas prováveis

3 - Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados


como receita, quando da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a


aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de
parte do investimento. A justificativa para esse procedimento é que o
valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

4 - Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,


diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

5 – As ações ordinárias são as que dão direito a voto. As preferenciais


recebem dividendos maiores ou com alguma preferência, em regra. O
número máximo de ações preferenciais sem direito a voto é de 50% do
total!

6 - São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência


significativa.

7 - Considera-se que há influência significativa quando a investidora


detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas
financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.

8 - É presumida influência significativa quando a investidora for titular de


20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la.

9 - O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o


resultado auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas
quando há distribuição de dividendos.

Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo


PL da investida, e comparamos com o valor do investimento da
investidora.

Como calcular o Método da Equivalência Patrimonial?

Patrimônio líquido da investida x Percentual de participação da investidora

10 - Quando apuramos o resultado do exercício na investida, jogamos


para a conta lucros acumulados. Ela não pode possuir saldo final, mas

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continua a existir para receber os valores da demonstração do resultado


de modo transitório. Só poderá existir no balanço a conta prejuízo
acumulado.

A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros. Todo


o lucro apurado deve ser atribuído como reservas de lucro ou como
dividendos.

11 - Quando a investida os seus dividendos, ela diminui o PL (conta lucros


acumulados) e aumenta o passivo (dividendos a pagar). A investidora vai
ter o seu investimento diminuído quando a investida declara os
dividendos, pois o PL diminui.

Ao mesmo tempo, a investidora vai ter um direito a receber. Que direito é


esse? Como sócio, ela terá direito a receber dividendos. De quanto? De
acordo com a sua fração do capital social.

12 - Contabilização – MEP:

Pelo MEP:

D – Investimento – MEP
C – Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C - Investimento – MEP

13 - A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é


a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de valor de
mercado dos ativos”).

14 - E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também


chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

15 - Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais


Valia e o Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em
subcontas.

16 - No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos


e passivos que lhe deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

17 - Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a compra


vantajosa, que era chamada de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser
reconhecida (contabilizada) no Resultado do Período.

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18 - Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.

19 –

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a
valor presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor
presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

20 – Teste de recuperabilidade:

Recuperação Registra Quando Adicionalmente

Houver interrupção do empreendimento Revisa a vida útil


Imobilizados e Perda do valor do
intangíveis capital aplicado Os ativos não puderem produzir resultados Ajusta depreciação,
suficientes para recuperar o valor amortização, exaustão

21 - O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar


o valor real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser
feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas atividades
empresariais.

22 – O teste de recuperabilidade funciona assim:

Valor contábil maior


Registra perda
que recuperável
Teste de
recuperabilidade
Valor contábil menor Nada se faz
que valor recuperável (prudência)

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23 – Passos para o cálculo do teste de recuperabilidade:

1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a comparação.

2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em


uso.

2.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor pelo


qual o ativo poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas de
venda.

2.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de
produtos oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará
uma taxa de desconto). Somamos a isso o valor pelo qual podemos
vender o ativo no final do período.

Valor de uso: (Receita Esperada em n/(1+i)^n.)

24 - A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no


Intangível. Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no
caso de Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser
depreciada ou amortizada.

25 - No reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de


mercado do ativo. Mas se o valor presente dos pagamentos for inferior,
usamos o valor presente.

26 - Os direitos classificados no Intangível são avaliados pelo custo de


aquisição, deduzido da amortização acumulada, e devem ser submetidos
ao teste de recuperabilidade.

27 - Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Passivo contingente é:

(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

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28 –

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9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)

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10 QUESTÕES COMENTADAS

10.1 QUESTÕES COMENTADAS – ATIVO IMOBILIZADO

1) (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Com base no


disposto na Lei n.º 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos
critérios de avaliação contábil.

O valor justo é o critério contábil a ser aplicado para a avaliação dos


direitos classificados no ativo imobilizado.

Comentários:

Errado, conforme a lei 6404/76:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,


deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.

Posteriormente, o imobilizado é reduzido, em regra, da depreciação e do


ajuste ao valor recuperável de ativos, nos termos do CPC 01.

GabaritoErrado.

2) (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Com base no


disposto na Lei n.º 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos
critérios de avaliação contábil.

Os recursos aplicados na aquisição de direitos da propriedade industrial ou


comercial estão sujeitos à amortização, que representa perda de valor dos
referidos ativos.

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Comentários:

Item correto, de acordo com a Lei 6404:

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado


na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo
objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;

A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no


Intangível. Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado,
como no caso de Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que
pode ser depreciada ou amortizada.

Regra Intangível

Amortização
Ativo Imobilizado
Exceção
(Benfeitoria imóv. 3os)

GabaritoCorreto

3) (CESPE/Telebras/Contador/2015) Julgue o item seguinte,


relativo à redução ao valor recuperável de ativo imobilizado.

O aumento da taxa de juros de mercado pode ser indicativo de que


determinado ativo imobilizado esteja sofrendo desvalorização. Isso ocorre
pela redução que o aumento da taxa de juros de mercado é capaz de
provocar no valor em uso do ativo imobilizado, quando este é submetido
ao teste de redução ao valor recuperável.

Comentários:

Segundo o CPC 01, o ativo está desvalorizado quando seu valor contábil
excede seu valor recuperável.

Mas como as empresas avaliam se o ativo está ou não


desvalorizado? Quais seriam os fatores que indicam? Bem, o CPC 01
trouxe alguns indicadores, não exaustivos, ou seja, sem prejuízo de
outros apurados, que podem ser tanto internos quanto externos. São eles:

Indicadores Externos:

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(a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu


significativamente durante o período, mais do que seria de se esperar
como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; (Alterada
pela Revisão CPC 03)
(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade
ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no
ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade
opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado;
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de
retorno sobre investimentos aumentaram durante o período, e
esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto
utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão
materialmente o valor recuperável do ativo;
(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o
valor de suas ações no mercado;

Fontes internas de informação

(e) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;


(f) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade,
ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na
extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado.
Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos
para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo
pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente
esperada e reavaliação da vida útil de ativo como finita ao invés de
indefinida;
(g) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que
o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;

Dividendo de controlada, empreendimento controlado em conjunto ou


coligada

(h) para um investimento em controlada, empreendimento controlado em


conjunto ou coligada, a investidora reconhece dividendo advindo desse
investimento e existe evidência disponível de que:
(i) o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis
separadas excede os valores contábeis dos ativos líquidos da investida
reconhecidos nas demonstrações consolidadas, incluindo eventual ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill); ou
(ii) o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada,
empreendimento controlado em conjunto ou coligada no período em que o
dividendo é declarado.

Principais indicadores de desvalorização


Indicadores externos Indicadores internos
Valor do ativo diminuiu mais do que o normal Obsolescência ou dano físico do ativo
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Mudanças tecnológicas Mudanças dentro da estrutura da sociedade


Taxas de juros aumentaram Desempenho pior que o esperado
Valor contábil do PL é maior que o valor de mercado

GabaritoCorreto.

4) (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) O Tribunal
Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE/PE) possui, no rol de seus ativos
imobilizados, um bem de custo histórico igual a R$ 50.000 e cuja
depreciação acumulada equivale a 30% desse valor. Para esse ativo, o
TRE/PE apurou um valor justo líquido de despesas de venda de R$ 20.000
e um valor de uso de R$ 28.000. Considerando essa situação hipotética,
assinale a opção correta de acordo com a NBC TG 01 (redução ao valor
recuperável de ativos).

a) Na contabilização da depreciação do ativo imobilizado, faz-se


necessário deduzir a perda por desvalorização do ativo, que na situação
apresentada é igual a R$ 28.000.
b) Na situação apresentada, o custo histórico do ativo equivale a R$
15.000.
c) O tribunal deverá registrar como perda por desvalorização do ativo o
valor de R$ 7.000.
d) Por ser o custo histórico superior ao valor recuperável, a perda não
deve ser contabilizada.
e) O valor recuperável do ativo é igual ao valor mínimo entre o valor justo
e o valor de uso, ou seja, R$ 20.000 nessa situação.

Comentários:

Valor de aquisição 50.000,00


(-) Depreciação acumulada (15.000,00)
= Valor contábil 35.000,00

Valor justo líquido de despesa de venda 20.000,00


Valor em uso 28.000,00

Logo, o valor recuperável é de R$ 28.000,00. Como está acima do valor


contábil, devemos reconhecer uma perda por ajuste ao valor recuperável
no valor de R$ 7.000,00.

Gabarito C

10.2 QUESTÕES COMENTADAS – TESTE DE RECUPERABILIDADE

5) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) Julgue o item subsequente, a respeito dos
procedimentos para registro, mensuração e avaliação de ativos.

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Situação hipotética: Um ativo que possui valor contábil líquido de R$


100.000 pode ser alienado em mercado concorrencial por R$ 95.000, livre
de despesas de venda, ou pode ser mantido em atividade, quando então
gerará um fluxo de caixa a valor presente de R$ 102.000.

Assertiva: Nessas condições, cabe à entidade detentora do referido ativo


constituir uma provisão para perda de valor recuperável.

Comentários:

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior (repita-se: maior) valor entre o valor justo líquido de venda de
um ativo e seu valor em uso.

Valor justo líquido de


Maior
despesa de venda
Valor recuperável
Valor em uso

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados


que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão


esperadas pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos
os custos que estejam relacionados às receitas.

Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$


1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em
uso será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão –
400.000,00).

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Na questão apresentada temos as seguintes informações:

Valor contábil líquido: 100.000,00


Valor em uso: 102.000,00
Valor Líquido de Venda 95.000,00
Valor Recuperável o MAIOR entre o Valor em uso e o Valor Líquido de
Venda: 102.000,00.

Como o valor recuperável do ativo é maior que o seu valor contábil,


nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio contábil da
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prudência, portanto, a assertiva está errada; não cabe à entidade


detentora do referido ativo constituir uma provisão para perda de valor
recuperável.

Valor contábil maior


Registra perda
que recuperável
Teste de
recuperabilidade
Valor contábil menor Nada se faz
que valor recuperável (prudência)

GabaritoErrado.

6) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) No
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada a respeito de lançamentos contábeis.

O contador de uma empresa fez o lançamento na conta despesa com


perda por desvalorização de maquinário, a débito, e na conta perda por
desvalorização de maquinário, a crédito. Nessa situação, o lançamento é
justificado pelo reconhecimento da depreciação provocada pela perda de
valor das máquinas decorrente do uso ou da obsolescência dessas.

Comentários:

A primeira parte da assertiva está correta quando afirma que “O contador


de uma empresa fez o lançamento na conta despesa com perda por
desvalorização de maquinário, a débito, e na conta perda por
desvalorização de maquinário, a crédito.

Porém, a despesa reconhecida por desvalorização de maquinário é


reconhecida em decorrência de perda por recuperabilidade e não por
reconhecimento da depreciação. Teste de recuperabilidade e depreciação
são conceitos que não se confundem.

GabaritoErrado

7) (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016)
Obedecendo à normatização contábil vigente, uma empresa privada
contabilizará um ajuste relativo à perda de valor de ativo imobilizado que
estava registrado por valor contábil líquido superior a seu valor de
realização em uso ou por alienação. Nesse caso, o lançamento a débito
desse ajuste deverá ser realizado em conta

a) de compensação.
b) do ativo.
c) da receita.
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d) do passivo.
e) da despesa.

Comentários:

Segundo o CPC 01:

59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior


ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido
ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por
desvalorização do ativo.

Diz, ainda, a norma referida que:

60. A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida


imediatamente na demonstração do resultado, a menos que o ativo
tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado
deve ser tratada como diminuição do saldo da reavaliação.

Todavia, o dispositivo não pode ser interpretado por si só. Devemos fazer
uma leitura conjugada com o dispositivo seguinte do Pronunciamento
Contábil:

61. A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser


reconhecida na demonstração do resultado do exercício. Entretanto, a
perda por desvalorização de ativo reavaliado deve ser reconhecida
em outros resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) na
extensão em que a perda por desvalorização não exceder o saldo
da reavaliação reconhecida para o mesmo ativo. Essa perda por
desvalorização sobre o ativo reavaliado reduz a reavaliação
reconhecida para o ativo.

Com efeito, a perda por desvalorização de ativo reavaliado só é


reconhecida como diminuição do saldo da reavaliação à medida que haja
saldo para tanto na reavaliação. Excedendo-se este montante, o valor
deverá ser reconhecido como despesa, no resultado do exercício.

"Ativos Despesa no
normais" resultado
Perda
Ativos Reversão da Se exceder:
reavaliados reserva despesa
GabaritoE

8) (CESPE/MPOG/Contabilidade/2015) Julgue o item seguinte,


relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.
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O teste de recuperabilidade, também chamado de impairment, define que


o valor recuperável de um ativo é o menor número absoluto entre o valor
justo, líquido de despesas de venda, e o seu valor de uso.

Comentários:

Uma pegadinha comum em provas é afirmar que o valor recuperável é o


menor número absoluto entre o valor justo, líquido de despesas de
venda, e o seu valor de uso. O correto é que ele seja o MAIOR entre os
dois valores.

GabaritoErrado

9) (CESPE/STJ/Contadoria/2015) A respeito da mensuração de


ativos e da aplicação dos seus respectivos procedimentos patrimoniais,
julgue o item que se segue.

A reversão da perda por irrecuperabilidade de ativos deve ser reconhecida


em contas de patrimônio líquido, em razão de sua natureza.

Comentários:

113. Se houver indicação de que a perda por desvalorização reconhecida


para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), pode vir a não mais existir ou tenha diminuído, isso pode
indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação,
amortização ou exaustão ou o valor residual necessitem ser revisados ou
ajustados conforme Pronunciamentos aplicáveis ao ativo, mesmo se
nenhuma perda por desvalorização for revertida para o ativo.

Exemplificando.

Um ativo tinha valor contábil de R$ 100.000,00.

Em 31.12.X1 ficou claro que a entidade não conseguiria recuperar o valor,


pois o valor em uso estimado era de R$ 80.000,00, e o valor justo líquido
de despesa de venda era de R$ 70.000,00.

Faremos uma redução para R$ 80.000,00 (o maior dos dois).

O motivo da desvalorização foi a entrada de um novo concorrente no


mercado. Esperava-se que a nova tecnologia tornasse obsoleta os
produtos fabricados pelo ativo. Todavia, passado um ano, a nova
tecnologia não teve confirmação do mercado e estimou-se que a empresa
conseguiria recuperar R$ 90.000,00. Deste modo, procederemos à
reversão do valor recuperável.

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A reversão será reconhecida no resultado (como receita) ou como


reversão da reserva de reavaliação, se o ativo tiver sido
reavaliado.

Assim sendo, o item está incorreto, pois a reversão da perda por


irrecuperabilidade de ativos deve ser reconhecida em contas de resultado,
em razão de sua natureza. Será reconhecida em contas de Patrimônio
Líquido no caso de ativo de ativo reavaliado.

Gabarito Errado

10) (CESPE/FUB/Contabilidade/2015) Com relação a avaliação e


mensuração de itens patrimoniais, julgue o item que se segue.

Considere que uma máquina industrial tenha sido adquirida por R$ 120
mil e, posteriormente, tenha sofrido depreciação de R$ 20 mil. O valor em
uso dessa máquina foi calculado em R$ 95 mil e seu valor líquido de
venda foi apurado em R$ 97,5 mil. Nessa situação, caso a empresa deseje
manter o bem em operação, deveria constituir provisão para redução ao
valor recuperável de R$ 5 mil.

Comentários:

O Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior (repita-se: maior) valor entre o valor justo líquido de venda de um
ativo e seu valor em uso.

Efetuando o teste de recuperabilidade com os dados fornecidos temos:

Valor contábil líquido: 120.000 – 20.000 = R$ 80.000,00


Valor em uso: R$ 95.000,00
Valor Justo Líquido de Venda: R$ 97.500,00
Valor Recuperável o MAIOR entre o Valor em uso e o Valor Líquido de
Venda: R$ 97.500,00

O valor recuperável do ativo é maior que o seu valor contábil, portanto,


nenhum registro será feito, desse modo, o ativo será registrado no
balanço por R$ 80.000,00. A empresa não deve constituir provisão para
redução ao valor recuperável.

Gabarito Errado

11) (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) Ao


final de 2014, determinada companhia estimou o valor em uso do seu
imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7 milhão.
Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5
milhão.

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Nesse caso, a companhia deve fazer um lançamento contábil para redução


ao valor recuperável, cujo débito será em conta de resultado, resultando
em redução da situação líquida da companhia.

Comentários

O item está Errado.

O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois


valores acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável
do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária nenhuma
contabilização.

Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor


recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.
Nesse caso, temos:

- Valor contábil: 1,5 milhão

- Valor em uso: 2 milhões


- Valor realizável justo líquido de despesa de venda: 1,7 milhão

Portanto, o valor recuperável é de R$ 2 milhões, superior ao valor


contábil. Nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio
da prudência.

Gabarito  Errado.

12) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Acerca dos itens tratados


nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item a seguir.

Uma empresa aufere benefícios de um ativo com o seu uso ou sua venda,
normalmente avaliado pelo seu valor de troca. Assim, para determinar o
valor recuperável de um item considerado como unidade geradora de
caixa, deve-se obter o maior valor entre o valor justo líquido de despesas
de venda e o valor em uso.

Comentários:

Questão correta. Uma entidade pode obter benefícios econômicos de um


ativo de duas maneiras diferentes:

1) através da venda do ativo; e

2) através do seu uso, para produzir e vender outros ativos.


As duas formas são chamadas de “valor justo líquido de despesa de
venda” e “valor de uso”.

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O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois


valores acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável
do ativo for maior que o valor contábil, não há necessidade de nenhuma
contabilização.

Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor


recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.

Gabarito  Correto

13) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os objetivos da análise de


recuperabilidade dos valores registrados nas contas do ativo imobilizado e
do ativo intangível incluem a revisão e o ajuste dos critérios contábeis
adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos referidos
ativos e para calcular os valores de depreciação, exaustão e amortização a
que eles estariam sujeitos.

Comentários:

O item está correto. São exatamente estes os objetivos do teste de


recuperabilidade: revisar e ajustar os critérios contábeis adotados para
determinar a vida útil econômica estimada dos ativos, e calcular valores
de depreciação, amortização e exaustão a que se sujeitam.

Gabarito  Correto.

14) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) O valor contábil


corresponde ao valor histórico pelo qual um ativo é reconhecido no
balanço, antes da dedução de toda depreciação, amortização, exaustão
acumulada, provisão para perdas ou teste de impairment.

Comentários

O valor contábil corresponde ao valor pelo qual um ativo é reconhecido no


balanço após a dedução da depreciação, amortização, exaustão
acumulada e/ou provisão para perdas, além do teste de impairment (teste
de recuperabilidade).

O valor anterior à subtração destas reduções é chamado de custo histórico


ou valor de aquisição ou valor original.

Gabarito  Errado.

15) (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi


submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no
valor de R$ 80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita

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aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no


mesmo valor.

Comentários:

Uma perda registrada pelo teste de recuperabilidade diminui o resultado


do exercício. Uma vez que a empresa não conseguirá recuperar todo o
valor investido no imobilizado, há o lançamento de uma despesa. A
contrapartida é uma conta redutora do valor contábil do ativo imobilizado,
como se segue:

D – Despesa com ajuste ao valor recuperável de ativos (resultado)


C – Ajuste ao valor recuperável de ativos (redutora do ativo).

Gabarito  Errado.

16) (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) O valor recuperável é definido


como o maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de
venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso.

Comentários:

Segundo o CPC 01: valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora


de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de
venda e o seu valor em uso.

Uma entidade pode obter benefícios econômicos de um ativo de duas


maneiras diferentes:

1) através da venda do ativo; e


2) através do seu uso, para produzir e vender outros ativos.

As duas formas são chamadas de “VALOR JUSTO LÍQUIDO DE


DESPESA DE VENDA” E “VALOR DE USO”.

O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois


valores acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável
do ativo for maior que o valor contábil, não é necessária nenhuma
contabilização.

Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor


recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.

Assim, se compro uma máquina por R$ 1 milhão, mas fica evidenciado


que o máximo que posso obter com esta máquina é R$ 500.000,00 se
continuar vendendo os produtos dela obtidos ou R$ 700.000,00, com a
venda desta máquina para terceiros, deverei proceder a um ajuste
contábil para adequar este valor (de R$ 1 milhão) à realidade.

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Gabarito  Correto.

10.3 QUESTÕES COMENTADAS - INTANGÍVEL

17) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) A


respeito da elaboração do balanço patrimonial, da demonstração do
resultado do exercício, da demonstração do resultado abrangente e de
operações a elas relacionadas, julgue o item subsequente.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é registrado pelo


seu custo incorrido, e está sujeito a depreciação, quando aplicável,
bem como a ajuste pelo valor recuperável, caso este seja menor que o
valor contábil líquido.

Comentários:

Item errado! Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser


avaliados pelo valor justo.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos


líquidos é a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de
valor de mercado dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill


(também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

Difícil?

Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia

Já...
Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill

Um exemplo:

A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 100.000. O valor


justo do ativo líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de
R$ 70.000.

Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000,00

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Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor


justo do ativo líquido:
Goodwill: R$ 100.000 - R$ 80.000 = R$ 20.000,00

Goodwill: 20.000
- Valor pago: 100.000

Valor justo: 80.000

Mais valia: 10.000


- Valor contábil: 70.000

O Goodwill não é amortizado (não é realizado), tampouco depreciado,


conforme a questão afirmou, apenas deve ser submetido ao teste de
recuperabilidade.

GabaritoErrado.

18) (CESPE/Telebras/Contador/2015) A Cia. ABC adquiriu uma


patente capaz de lhe gerar entradas líquidas de caixa durante doze anos.
Na mesma data, um terceiro assumiu o compromisso de comprar, após
seis anos, essa patente da Cia. ABC por um valor equivalente a 50% do
valor justo da patente na data em que esta foi adquirida. A Cia. ABC
pretende honrar o compromisso assumido e vender a patente conforme o
acordado.

A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item.

O compromisso de venda futura desobriga a Cia. ABC de efetuar a


análise quanto à redução no valor recuperável da patente durante o
período em que esta estiver sob o controle da referida companhia.

Comentários:

Vejamos o exemplo que está no CPC 04, que retrata a mesma situação
apresentada na questão:

Exemplo 2 - patente adquirida que expira após 15 anos

Espera-se que um produto protegido pela tecnologia patenteada seja


fonte de geração de fluxos de caixa líquidos em benefício da entidade
durante, pelo menos, 15 anos. A entidade tem o compromisso de um
terceiro para comprar essa patente em cinco anos por 60% do valor justo
da patente na data em que foi adquirida, e a entidade pretende vender a
patente em cinco anos. A patente seria amortizada durante os cinco anos

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de vida útil para a entidade, com um valor residual igual ao valor


presente de 60% do valor justo da patente na data em que foi adquirida.
A patente também seria analisada quanto à necessidade de
reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos.

Na questão apresentada a patente seria amortizada durante os seis anos


de vida útil para a entidade, com um valor residual igual ao valor
presente de 50% do valor justo da patente na data em que foi adquirida.
A patente também seria analisada quanto à necessidade de
reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos.

GabaritoErrado.

19) (CESPE/STJ/Analista Contadoria/2015) Julgue o próximo item,


com referência aos critérios de reconhecimento e classificação de ativos e
passivos.

Desde que sejam atendidos os critérios de reconhecimento de ativos, é


possível fazer o registro de ativos intangíveis adquiridos por meio de
transações sem contraprestação.

Comentários:

De acordo com o CPC 04, temos que:

Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos


seguintes critérios:

- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário


identificável sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Além disso, segundo o item 44 da mesma norma:

Em alguns casos, um ativo intangível pode ser adquirido sem custo ou


por valor nominal, por meio de subvenção ou assistência governamentais.
Isso pode ocorrer quando um governo transfere ou destina a uma
entidade ativos intangíveis, como direito de aterrissagem em aeroporto,
licenças para operação de estações de rádio ou de televisão, licenças de
importação ou quotas ou direitos de acesso a outros recursos restritos.

GabaritoCorreto.

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20) (CESPE/MPOG/Contador/2015) Julgue o item seguinte, relativo


ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

Goodwill é um termo contabilístico usado para refletir a parte do valor de


mercado de um negócio que não é diretamente atribuível aos seus ativos
e passivos, contabilizado apenas em caso de uma aquisição.

Comentários:

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo


valor justo.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos


líquidos é a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de
valor de mercado dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill


(também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

O Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser


submetido ao teste de recuperabilidade, além disso, o ágio derivado da
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado
internamente não deve ser reconhecido como ativo (item 48).

Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos


futuros, mas que não resultam na criação de um ativo intangível que se
enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos. Esses gastos
costumam ser descritos como contribuições para o ágio (goodwill) gerado
internamente, o qual não é reconhecido como ativo porque não é um
recurso identificável (ou seja, não é separável nem advém de direitos
contratuais ou outros direitos legais) controlado pela entidade que pode
ser mensurado com segurança ao custo

GabaritoCorreto.

21) (CESPE/MPOG/Contador/2015) Uma instituição pública federal


adquiriu, em 2/1/2008, por R$ 77.000,00, um software de gestão e
mapeamento de riscos, cujo período de benefícios esperados era de seis
anos, estimando-se um valor residual de R$ 5.000,00. A instituição
também adquiriu, na mesma data, dez computadores novos do tipo
desktop pelo valor total de R$ 10.000,00, com vida útil estimada em cinco
anos e valor residual nulo, para utilização nas atividades de administração
da entidade. A respeito dessa situação hipotética e dos aspectos contábeis
a ela relacionados, julgue os itens a seguir.

Se, em 2/1/2010 — início do terceiro ano de uso do software —, o valor


de mercado do software tiver sido de R$ 50.000,00, então foi reconhecida
uma perda por irrecuperabilidade no valor de R$ 3.000,00.

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Comentários:

Precisamos realizar o teste de recuperabilidade no software em 2/1/2010


e, para isso, precisamos obter saber o seu valor contábil nesta data,
vejamos:

Valor Amortizável = R$ 77.000 – R$ 5.000 = R$ 72.000

Como a vida útil do software é de 6 anos, a amortização anual será de


72.000/6 = R$ 12.000. De 2/1/2008 a 2/2/2010 o software foi amortizado
por 2 anos, isto é, 2 x 12.000 = R$ 24.000 de amortização acumulada.

Em 2/1/10 o software estava registrado na Contabilidade da seguinte


maneira:

Ativo Intangível – Software


Valor de Aquisição R$ 77.000
(-) Amortização Acumulada (R$ 24.000)
= Valor Contábil Líquido R$ 53.000,00

A questão afirma que o valor de mercado software era de R$ 50.000,00 e


a banca considerou que esse é o valor recuperável do ativo. Como o valor
recuperável é menor do que o valor contábil, a empresa DEVE reconhecer
a perda por recuperabilidade de 53.000 – 50.000 = R$ 3.000,00.

Após o teste, o ativo será registrado na Contabilidade desta forma:

Ativo intangível

Valor de Aquisição R$ 77.000


(-) Amortização Acumulada (R$ 24.000)
(-) Ajuste ao valor recuperável (R$ 3.000,00)
= Valor Contábil Líquido R$ 50.000,00

GabaritoCorreto.

22) CESPE/MPOG/Contador/2015) Uma instituição pública federal


adquiriu, em 2/1/2008, por R$ 77.000,00, um software de gestão e
mapeamento de riscos, cujo período de benefícios esperados era de seis
anos, estimando-se um valor residual de R$ 5.000,00. A instituição
também adquiriu, na mesma data, dez computadores novos do tipo
desktop pelo valor total de R$ 10.000,00, com vida útil estimada em cinco
anos e valor residual nulo, para utilização nas atividades de administração
da entidade. A respeito dessa situação hipotética e dos aspectos contábeis
a ela relacionados, julgue os itens a seguir.

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O software em questão deverá ser registrado como ativo intangível da


referida instituição, devendo-se registrar sua depreciação mensal de R$
1.000,00.

Comentários:

Segundo o CPC 04,

4. Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que


possuem substância física, como um disco (como no caso de software),
documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme.
Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve
ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível a entidade
avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software
de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona
sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao
sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte
integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo
intangível.

Computador que só funciona com software específico

R$ 100.000,00 Ativo imobilizado


R$ 130.000,00

R$ 30.000,00
PC só funciona com software

Computador que funciona sem software específico

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R$ 100.000,00 Ativo imobilizado R$ 100.000,00


Ativo intangivel R$ 30.000,00

R$ 30.000,00
Funciona sem o hardware

A questão fala que os computadores são do tipo desktop e os softwares


são para gestão e mapeamento de riscos, isto é, não há aqui uma relação
de total dependência entre os computadores e os softwares. Além disso, o
valor do software é bem mais significativo do que o valor dos
computadores.

Diante do exposto, temos a seguinte classificação:

Computadores  Ativo Imobilizado


Software  Ativo Intangível

Como é classificado no Ativo Intangível, o software será amortizado e não


depreciado, como apresentado na questão. O valor da depreciação mensal
é de:

Valor Amortizável = R$ 77.000 – R$ 5.000 = R$ 72.000

Como a vida útil do software é de 6 anos, a amortização anual será de


72.000/6 = R$ 12.000, isto é, R$ 1.000/mês.

GabaritoErrado

23) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os ativos intangíveis estão


sujeitos à amortização com base na sua vida útil, que pode sofrer
influência tanto de fatores econômicos quanto de fatores legais. Ativos
intangíveis com vida útil indefinida, no entanto, devem ser amortizados no
prazo máximo de dez anos.

Comentários:

Como dito, a contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.


Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto
a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado,
sujeitando-se, todavia, ao teste de recuperabilidade.

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Gabarito  Errado.

24) (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Os pronunciamentos do


CPC determinam que, na fase em que o ativo intangível ainda não está
disponível para uso, sua capacidade de gerar benefícios econômicos
futuros para recuperar seu valor contábil é, usualmente, sujeita a maior
incerteza que na fase em que ele já está disponível para ser utilizado.
Portanto, é necessário que a entidade proceda, no mínimo anualmente, ao
teste por desvalorização de ativo intangível que ainda não esteja
disponível para uso.

Comentários

Questão que trata a um só tempo do CPC 01 (teste de recuperabilidade) e


do CPC 04 (ativo intangível).

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há


alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se
houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor
recuperável do ativo.

Em síntese, funciona assim:

Para os ativos em geral (como os imobilizados), a empresa deve


verificar se há indícios de desvalorização no final do período de reporte
(exercício social).

Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa formal da


recuperabilidade. Não havendo, esta estimativa formal está dispensada.

Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda
que não haja indícios de perda. São eles:

- Goodwill
- Intangível com vida indefinida
- Intangível que ainda não está em uso.

Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples.

Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em


seus valores ao longo do tempo. Então, mesmo que um ativo imobilizado
esteja avaliado contabilmente por um valor superior ao seu valor
recuperável, a redução em seu valor com o decurso de sua vida útil,
gerada, por exemplo, pela depreciação, vai acabar por diminuir o seu
valor contábil, o que atenua esse registro contábil por valor superior ao
recuperável.

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Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo


intangível que ainda não está em uso são ativos que têm a característica
comum de não sofrer amortização. Isto é, o seus valores não diminuem
com o curso do tempo, como ocorre com os outros ativos que têm
amortização, depreciação, exaustão, etc.

Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso
nenhuma providência fosse tomada.

Gabarito  Correto.

25) (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Como na fase de pesquisa


a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível, os
gastos, quando incorridos, devem ser reconhecidos em contas de
resultado.

Comentários:

As fases de pesquisa e desenvolvimento de um ativo intangível,


anteriormente, eram tratados como uma coisa só.

Mas o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível estabelece tratamentos


distintos para a pesquisa e para o desenvolvimento de produtos.

Vejamos sua definição, conforme o Pronunciamento CPC 04:

Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a


expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou
técnico.

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros


conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial
ou do seu uso.

A diferença de contabilização é a seguinte:

Pesquisa: nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser


reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.

Desenvolvimentos: com relação aos projetos de desenvolvimento, a


empresa deve atender às seguintes condições:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele
seja disponibilizado para uso ou venda;
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(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;


(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência
de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo
intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao
ativo intangível durante seu desenvolvimento.

Se a empresa demonstrar que atende a estas condições, os gastos com o


projeto de desenvolvimento são reconhecidos (contabilizados) no
Intangível. Do contrário, vão para despesa quando incorridos.

Os critérios acima se aplicam a pesquisa e desenvolvimento internos. Se a


empresa adquirir um projeto de pesquisa de outra empresa, deverá
classificá-lo como intangível.

Gabarito  Correto.

26) (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Todas as contas de ativo


intangível serão amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a
débito de uma conta de resultado.

Comentários

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo


intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado,
sujeitando-se, porém, ao teste de recuperabilidade.

Gabarito  Errado.

27) (CESPE/Agente/Polícia Federal/2012) O valor amortizável de


ativo intangível com vida útil indefinida deverá ser amortizado de modo a
refletir o padrão de consumo, pela entidade, dos benefícios econômicos
futuros.

Comentários:

O item está Errado.

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo


intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado,
sujeitando-se, porém, ao teste de recuperabilidade.

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Gabarito  Errado.

28) (CESPE/Contador/FUB/2011) Avaliam-se os ativos intangíveis


pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução.

Comentários:

Pelo que dissemos à aula:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na


aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

Gabarito  Errado.

29) (CESPE/Agente/Polícia Federal/2009) Suponha que uma


empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma
mina por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de
vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido
extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no
imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3
milhões.

Comentários:

Vamos lá. Devemos nos utilizar de dois critérios:

1) Em função do tempo:

A exploração é para 5 anos, no valor de R$ 5 milhões, ou seja, 1 milhão


por ano.

Assim, passados dois anos teríamos R$ 2 milhões em amortização e valor


contábil de R$ 3 milhões (5 -2).

2) Em função da possança:

A exploração é de 30%, em dois anos, o que resulta em R$ 1,5 milhões,


dando um valor contábil de R$ 3,5 milhões (5 – 1,5).

Agora você vai se perguntar: qual dos dois utilizaremos? A resposta, em


lição simples, é: aquele que resultar no maior valor amortizado (e menor
valor contábil, consequentemente)!

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Então, amigos, utilizaremos, neste caso o valor da amortização em função


do tempo, e o ativo estará realmente avaliado por R$ 3 milhões.

Todavia, o item está Errado. Mas, por quê? A resposta se encontra na


classificação que a questão trouxe. Como se trata de exploração de mina,
deveria constar “ativo intangível”, onde se lê “ativo imobilizado”.

Gabarito  Errado.

10.4 QUESTÕES COMENTADAS - PROVISÕES

30) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional


Contabilidade/2017) Um fabricante deve registrar um passivo líquido
e certo relativo às garantias de reparo ou troca de seus produtos, dadas
aos compradores, se, pela sua experiência passada, for provável — ou
seja, mais provável que sim do que não — que algumas garantias serão
executadas pelos compradores.

Comentários:

A questão trouxe um exemplo que está no CPC 25. Esse pronunciamento


traz um mapa ilustrativo para sabermos se estamos ou não frente a um
caso de reconhecimento de provisão. Vejam:

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Exemplo 1 – Garantia

Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores


do seu produto. De acordo com os termos do contrato de venda, o
fabricante compromete a consertar, por reparo ou substituição, defeitos
de produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data
da venda. De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja,
mais provável que sim do que não) que haverá algumas reclamações
dentro das garantias.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera


obrigação – O evento que gera a obrigação é a venda do produto com a
garantia, o que dá origem a uma obrigação legal.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –


Provável para as garantias como um todo. Ou seja, ainda que a
possibilidade de um determinado produto quebrar seja pequena, a
possibilidade de que alguns quebrarão durante o período da garantia é
alta, considerando-se o conjunto de todos os produtos vendidos.

Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos


custos para consertos de produtos com garantia vendidos antes da data
do balanço.

Portanto, o fabricante não irá reconhecer um passivo Líquido e certo, mas


uma provisão que é um passivo de valor ou prazo incertos.

GabaritoErrado

31) (CESPE/Perito Criminal Ciências Contábeis/PC-PE/2016)


Acerca do reconhecimento e da divulgação de ativos e passivos, assinale a
opção correta.

a) Um passivo trabalhista só será objeto de registro contábil quando do


trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Registra-se em passivo não circulante a existência de uma obrigação
presente com remota probabilidade de saída de recursos.
c) Existindo uma obrigação presente, mas que apenas provavelmente vá
requerer uma saída de recursos para sua liquidação, não se registra uma
provisão, porém divulga-se informação pertinente em nota explicativa.
d) Se um ingresso de benefícios econômicos for praticamente certo, um
ativo contingente deverá ser reconhecido.
e) Caso uma entrada de benefício econômico não seja provável, nenhum
ativo deverá ser reconhecido ou divulgado.

Comentários:

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a) Um passivo trabalhista só será objeto de registro contábil quando do


trânsito em julgado da sentença condenatória. Item incorreto. Um
passivo pode ser reconhecido como uma provisão se atendidos os
requisitos do CPC 25. Lembrando que provisão é um passivo de prazo ou
valor incerto.

b) Registra-se em passivo não circulante a existência de uma obrigação


presente com remota probabilidade de saída de recursos. Item
incorreto. Neste caso, estamos diante de um passivo contingente não
divulgado.

c) Existindo uma obrigação presente, mas que apenas provavelmente vá


requerer uma saída de recursos para sua liquidação, não se registra uma
provisão, porém divulga-se informação pertinente em nota explicativa.
Item incorreto. Uma obrigação presente provável dá origem a uma
provisão, que é sim contabilizada.

d) Se um ingresso de benefícios econômicos for praticamente certo, um


ativo contingente deverá ser reconhecido.

A entidade não reconhece um ativo contingente.

31. A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

32. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado


ou de outros não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de
benefícios econômicos para a entidade. Um exemplo é uma reivindicação
que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em que o
desfecho seja incerto.

33. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações


contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a
ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é praticamente certa,
então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu
reconhecimento é adequado. 34. O ativo contingente é divulgado, como
exigido pelo item 89, quando for provável a entrada de benefícios
econômicos.

e) Caso uma entrada de benefício econômico não seja provável, nenhum


ativo deverá ser reconhecido ou divulgado. Este é o nosso gabarito.

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GabaritoE.

32) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo.

O contador de uma empresa que tenha sido multada por haver causado
danos ambientais deverá reconhecer uma provisão para contingências
no valor da multa a ser paga.

Comentários:

Qual a sua diferença entre a provisão e os outros passivos?

A diferença entre as provisões e os outros passivos refere-se à incerteza


sobre o prazo ou ao valor do desembolso necessário para sua
liquidação.

Assim, as contas a pagar, multas já recebidas, como no caso da questão,


são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou
recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o
fornecedor. Não há incerteza sobre o prazo ou o valor do pagamento.
Portanto, temos contas a pagar ou fornecedores, mas não provisão.

GabaritoErrado

33) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo.

Passivo contingente corresponde a um passivo de prazo ou valor


incerto; provisão caracteriza uma obrigação possível, resultante de
eventos passados, que será confirmada pela ocorrência ou não de

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eventuais acontecimentos futuros, sobre os quais a entidade não terá


controle.

Comentários:

O Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e


Ativos Contingentes oferece as seguintes definições:

10. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os


significados especificados:

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Passivo contingente é:

(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

Percebam que a questão trocou os conceitos, o que torna o item errado.

GabaritoErrado

34) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo.

Sendo identificada uma contingência ativa na fase final de uma ação


impetrada por uma empresa contra outra empresa, os valores a serem
convertidos para a impetrante deverão ser reconhecidos.

Comentários:

Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou


de outros não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de
benefícios econômicos para a entidade. Um exemplo é uma reivindicação
que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em que o
desfecho seja incerto.
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Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações


contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a
ser realizado.

GabaritoErrado

35) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata


de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

Na situação apresentada, a saída de recursos que incorporam benefícios


econômicos é considerada possível, pois a probabilidade de a saída de
recursos ocorrer é superior à de ela não ocorrer.

Comentários:

Mais uma questão retirada de um exemplo previsto no CPC 25:

Exemplo 2 – Terreno contaminado – é praticamente certo que a


legislação será aprovada

Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a


limpeza apenas quando é requerida a fazê-la nos termos da legislação de
um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não
possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o
terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de dezembro de 20X0 é
praticamente certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do
terreno já contaminado será aprovado rapidamente após o final do ano.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera


obrigação – O evento que gera a obrigação é a contaminação do terreno,
pois é praticamente certo que a legislação requeira a limpeza.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –


Provável.

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Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos


custos de limpeza.

Nesse exemplo, é importante ressaltar que, antes da aprovação da


legislação requerendo a limpeza, havia um passivo contingente, o qual
não era reconhecido contabilmente (não era contabilizado).

A mudança da legislação, exigindo a limpeza, transforma o passivo


contingente em provisão, a qual deve ser reconhecida pela melhor
estimativa.

No exemplo apresentado na questão, o evento que gera a obrigação é


poluição ambiental das áreas impactadas é praticamente certo que a
legislação obrigue a limpeza.

A saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação é


provável e não possível, como afirmou a questão.

Diante do exposto, a empresa DEVE reconhecer uma provisão.

GabaritoErrado

36) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata


de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

No término do exercício social em curso, a empresa deverá reconhecer


um passivo contingente.

Comentários:

Errado, como a saída de recursos para a limpeza das áreas poluídas é


provável, a empresa deverá reconhecer uma provisão e não um passivo
contingente;

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GabaritoErrado

37) (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) No


fim do exercício social, determinada empresa estimou os seguintes valores
para os processos judiciais em que figurava como ré em relação aos quais
os especialistas consideravam haver probabilidades de perda.

Nesse caso, o montante de R$ 124,971 milhões deverá ser reconhecido no


balanço patrimonial do exercício, em contas classificadas no passivo
exigível, em subgrupos de provisões e de acordo com os prazos de
liquidação.

Comentários:

Segundo o CPC 25:

Provisão é um passivo de prazo ou de valor Errados.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Passivo contingente é:

(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros Errados não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

Ainda, nos termos do Pronunciamento:

Reconhecimento

Provisão

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14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)


como resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser


reconhecida.

Como o item asseverou que “os especialistas consideravam haver


probabilidades de perda”, não sabemos se essa possibilidade de perda é
provável (provisão), possível (passivo contingente divulgado) ou remota
(passivo contingente não divulgado). O termo probabilidade, por si só, é
muito fraco para que possamos dizer se é ou não caso de constituição de
provisão.

Gabarito  Errada.

38) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) Com


relação aos componentes do patrimônio e ao conceito de receita, julgue o
próximo item, de acordo com os pronunciamentos técnicos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis.

O ativo contingente não deve ser reconhecido no balanço patrimonial da


entidade, pois, entre outros motivos, não é um evento totalmente sob o
controle da empresa.

Comentários:

Segundo o CPC 25, os ativos contingentes surgem normalmente de


evento não planejado ou de outros não esperados que dão origem à
possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um
exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio
de processos legais, em que o desfecho seja incerto.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações


contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a
ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é CPC_25 9
praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente
e o seu reconhecimento é adequado.

Gabarito Correto

10.5 QUESTÕES COMENTADAS – INVESTIMENTOS PERMANENTES

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39) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e
suas atualizações e com os pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

A posse de instrumento que conceda potencial direito de voto


prontamente exercível ou conversível deve ser considerada para fins de
avaliação de influência significativa de uma entidade em outra e, em
decorrência, de consolidação de demonstrações contábeis.

Comentários:

Segundo o CPC 18, item 07 temos que:

A entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, opções não


padronizadas de compras de ações (warrants), opções de compra de
ações, instrumentos de dívida ou patrimoniais conversíveis em ações
ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com potencial de, se
exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional
ou reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e
operacionais da investida (isto é, potenciais direitos de voto). A existência
e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou
conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos por outras
entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade
possuir ou não influência significativa ou controle. Os potenciais
direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis quando, por exemplo,
não podem ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a
ocorrência de evento futuro.

GabaritoCorreto.

40) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

Reduzido a zero o saldo contábil do investimento avaliado pelo método da


equivalência patrimonial, nenhuma perda adicional proporcionada
pelo investimento será reconhecida nas demonstrações contábeis do
investidor.

Comentários:

Item bastante interessante, e conforme previsto no CPC 18:

39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor,


perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser
reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em
obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito
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pagamentos em nome da investida. Se a investida subsequentemente


apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua
participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe
cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas
não reconhecidas.

Portanto, se a empresa investida, por exemplo, apurar grande prejuízo e


seu patrimônio líquido torna-se negativo (passivo a descoberto), na
investidora essa perda irá ser classificada no Passivo. O item erra ao
afirmar que nenhuma perda adicional proporcionada pelo
investimento será reconhecida.

GabaritoErrado

41) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

O investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial deve


compor o ativo não circulante no balanço patrimonial, exceto se esse
investimento for classificado como mantido para venda.

Comentários:

Para resolvermos essa questão, vamos separar o item em duas partes,


vejamos:

“O investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial deve


compor o ativo não circulante no balanço patrimonial”.

Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não


tem a intenção de permanecer com eles no longo prazo, sendo
classificados no circulante ou não circulante realizável a longo prazo, ou,
então, são de caráter permanente, quando a empresa tem a intenção de
mantê-los, sendo nesta hipótese classificados no ativo não circulante
investimentos.

Há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método


de custo ou pelo método da equivalência patrimonial.

Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo


grupo e sob controle comum são avaliados pelo método da
equivalência patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e


controladas, serão avaliados pelo método de Custo. Vejam que
este critério é residual.

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Coligadas

Controladas

Investimentos
MEP
Sociedades sob
controle comum

Mesmo grupo

Custo Outros

Portanto, essa parte está correta. Agora vejamos a segunda parte:

“Exceto se esse investimento for classificado como mantido para


venda”.

De acordo com o artigo 183 da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em


direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no
realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à


negociação ou disponíveis para a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável
de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e
os direitos e títulos de crédito.

Os instrumentos financeiros são classificados em quatro grandes grupos:

1) Empréstimos realizados e recebíveis normais de transações


comuns: como contas a receber de clientes, fornecedores, contas e
impostos a pagar etc.

É o que lei cita como demais aplicações e direitos e títulos de crédito


(artigo 183, I, b). Títulos de crédito são, por exemplo, documentos como
cheques, nota promissórias, cheques, duplicatas.

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São registrados pelos seus valores originais, sujeitos às provisões


para perdas e ajuste a valor presente.

Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu
vencimento. A apropriação de receita ou despesa para esses instrumentos
se dá pela taxa efetiva de juros, ou seja, pelo valor a receber de juros,
geralmente através do cálculo de juros compostos.

2) Investimentos mantidos até o vencimento: aqueles para os quais


a entidade demonstre essa intenção e mostre, objetivamente, que tem
condições de manter essa condição, que continuam também como antes:
registrados pelo valor original mais os encargos ou rendimentos
financeiros (ou seja, ao “custo amortizado”, “pela curva”).

A apropriação de receita ou despesa para esses instrumentos se dá pela


taxa efetiva de juros.

São títulos que a entidade compra sem a intenção de especular. Mas não
se trata de um investimento permanente. Pode ser, por exemplo, um
título do Tesouro Nacional, com vencimento no curto prazo, hipótese em
que ficará no ativo circulante, ou de longo prazo, quando ficará no ativo
não circulante realizável a longo prazo.

Agora, falaremos sobre os grupos previstos no artigo 183, I, a.

3) Ativos financeiros destinados à negociação imediata: Ativo


financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por
meio do resultado, composto pelos ativos e passivos financeiros
destinados a serem negociados e já colocados nessa condição de
negociação, a serem avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de
mercado), com todas as contrapartidas das variações nesse valor
contabilizadas diretamente no resultado.

Destinados Já são colocados como negociáveis


à
negociação
imediata
Avaliados ao valor justo (de mercado)

Variações são computadas no resultado

4) Ativos financeiros disponíveis para venda futura: Constituído


pelos que serão negociados no futuro, a serem registrados pelo custo
amortizado (valor principal + rendimentos) e, após isso, ajustados ao
valor justo.

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As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e rendimentos


financeiros) vão ao resultado e, após isso, os ajustes ao valor justo
ficam na conta de patrimônio líquido ajustes de variação
patrimonial até que os ativos e passivos sejam reclassificados como
destinados à negociação imediata ou efetivamente negociados, o que
ocorrer primeiro.

Empréstimos/Recebíveis normais
Valor original - Ajuste perda - AVP

Inv. mantidos até o vencimento


Valor original + Encargos ou rendimentos

Instrumentos financeiros - dest. neg. imediata


Valor Justo + Variações no resultado

Instrumentos financeiros - dispon. para venda futura


Encargos: resultado; Ajustes ao valor justo: ajuste de avaliação patrimonial: PL

Portanto, esse trecho também está correto, pois é a aquisição de


instrumentos patrimoniais de outras empresas que sejam classificados
como instrumentos financeiros não classificados como Investimentos, mas
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo.

GabaritoCorreto.

42) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

A existência de influência, mesmo que significativa, de uma entidade em


relação a outra não é condição suficiente para se concluir que as
referidas empresas sejam coligadas.

Comentários:

Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a
investidora tenha influência significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a


investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões
das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-
la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de


20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida,
sem controlá-la.

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Políticas financeiras
Detém poder de

Coligadas
participar nas decisões
Operacional
Influência Significativa
> 20% capital votante
Presumida
Aceita prova em
contrário

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a


existência da influência significativa. Esta será a palavra chave!

Sim Coligada MEP


Infl.
Significativa Invest.
Não Custo
Perm.

A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce


o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida quando
se possui 20% do capital votante (ações ordinárias). Essa
presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa pode ter
mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter
influência significativa.

Nos termos do CPC 18:

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por


meio de controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da
investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a
menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por
outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de
controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da
investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a
menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor
não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência
significativa.
7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas:

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(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da


investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Diante do exposto, a existência de influência, mesmo que significativa, de


uma entidade em relação a outra é condição suficiente para se concluir
que as referidas empresas sejam coligadas.

GabaritoErrado.

43) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

Os investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial estão


sujeitos ao reconhecimento de perdas adicionais em função da redução ao
seu valor recuperável.

Comentários:

Segundo o CPC 18, o investimento em coligada, em controlada e em


empreendimento controlado em conjunto deve ser contabilizado pelo
método da equivalência patrimonial a partir da data em que o
investimento se tornar sua coligada, controlada ou empreendimento
controlado em conjunto.

De acordo com o item 40 do mesmo pronunciamento, temos que:

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, incluindo o


reconhecimento dos prejuízos da coligada ou do empreendimento
controlado em conjunto em conformidade com o disposto no item 38, o
investidor deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para
determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional
por redução ao valor recuperável do investimento líquido total
desse investidor na investida.

GabaritoCorreto.

44) (CESPE/Perito Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) A


propósito de investimento em sociedade coligada, assinale a opção
correta.

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a) A participação de membro da investidora no conselho de administração


da investida não representa uma influência significativa.
b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as
demonstrações contábeis.
c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser
verificada pela participação nos processos de criação de políticas, até em
decisões sobre dividendos e outras distribuições.
d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do poder
de voto de uma investida será detentor de influência significativa sobre
esta.
e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo método
do custo amortizado.

Comentários:

a) A participação de membro da investidora no conselho de


administração da investida não representa uma influência
significativa. Item incorreto, pois, segundo o CPC18, “A existência de
influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou
mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de
administração ou na diretoria da investida; [...].

b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as


demonstrações contábeis. Item errado, visto que a empresa deve
consolidar investimentos em controladas. Empresas coligadas o
investimento será avaliado pelo MEP.

c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode


ser verificada pela participação nos processos de criação de
políticas, até em decisões sobre dividendos e outras distribuições.
Item correto pessoal, conforme preconiza o CPC 18, A existência de
influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou
mais das seguintes formas: [...] (b) participação nos processos de
elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições.

d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do


poder de voto de uma investida será detentor de influência
significativa sobre esta. Segundo a Lei 6404/76, Art. 243 § 1º: “São
coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa”. “§5º É presumida influência significativa quando a
investidora for titular de 20% (vinte por cento) OU MAIS do capital
votante da investida, sem controlá-la.” Se o investidor tiver ate 20% do
poder de voto, não há influência significativa. Item errado.

e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo


método do custo amortizado. Item errado, pois investimentos em
coligadas devem ser avaliados pelo MEP.

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GabaritoC

45) (CESPE/Perito-Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) Acerca


de investimento em sociedade controlada, assinale a opção
correta.

a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o


resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela investidora.
b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida
caracteriza o controle sobre as operações da investida.
c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade
controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo custo no balanço da
investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida.
d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio
líquido da investida não é reconhecido no balanço patrimonial da
investidora.
e) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do
investimento na controlada.

Comentários:

Vamos lá:

a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o


resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela
investidora. Errado. O lucro não realizados devem ser eliminados, e
portanto afetam o resultado da Equivalência Patrimonial.

b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida


caracteriza o controle sobre as operações da investida. Errado. O
intercâmbio de diretores ou gerentes evidencia a existência de influência
significativa, e não controle.

Conforme o CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas:

O investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos


sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a
investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu
poder sobre a investida. 7. Assim, o investidor controla a investida se, e
somente se, o investidor possuir todos os atributos seguintes:

(a) poder sobre a investida (ver itens 10 a 14);


(b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu
envolvimento com a investida (ver itens 15 e 16); e
(c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor
de seus retornos
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c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade


controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo custo no balanço da
investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida.
Certo. Cópia do CPC 18 - (R2) Investimento em Coligada, em Controlada
e em Empreendimento Controlado em Conjunto:

10. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada,


em empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso,
no balanço individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o
seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da
participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela
investida após a aquisição.

d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio


líquido da investida não é reconhecido no balanço patrimonial da
investidora. Errado. O lançamento contábil de ajuste de avaliação
patrimonial no patrimônio líquido da investida é reconhecido no balanço
patrimonial da investidora através de uma conta reflexa no Patrimônio
Líquido (“Ajuste de Avaliação Patrimonial em Coligadas e Controladas”).

E) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do


investimento na controlada. Errado. A banca inverteu. O correto é: “Os
dividendos distribuídos pela CONTROLADA reduzem o valor do
investimento na INVESTIDORA.”

GabaritoC

46) (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC-PE/2016) Se


uma investidora tem 40% de participação no capital da investida e
influência significativa, e, em 2015, a investida obteve um lucro de R$
200.000 e distribuiu dividendos no valor de R$ 100.000, então

a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$


55.000.
b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor
da receita de equivalência patrimonial.
c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000.
d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir
que a investida é uma controlada da investidora.
e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi
inferior a R$ 40.000.

Comentários:

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Se há influência significativa, significa que, no mínimo, estamos em uma


situação de coligação (salvo prova em contrário). O investimento será
avaliado pelo MEP.
Quando a investida apura o lucro, temos:

D – Investimentos avaliados pelo MEP (200.000 x 40%) 80.000,00


C – Receita com MEP 80.000,00

Depois, quando houver distribuição dos dividendos, vamos lançar:

D – Dividendos a receber (100.000 x 40%) 40.000,00


C – Investimentos avaliados pelo MEP 40.000,00

Logo:

a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$


55.000. Gabarito! Variação foi de R$ 80.000 – 40.000 = 40.000

b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor


da receita de equivalência patrimonial. Errado. A receita foi de
80.000,00, os dividendos de 40.000,00.

c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000. Errado. A receita foi


de R$ 80.000,00.

d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir


que a investida é uma controlada da investidora. Errado. Permite concluir
que é uma coligada, salvo se houvesse prova em contrário. Mas a questão
foi silente.

e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi


inferior a R$ 40.000. Errado. Não há despesa de equivalência patrimonial,
mas sim receita.

GabaritoA.

47) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Julgue o seguinte item,


relativo aos aspectos inerentes ao grupo contábil do ativo e às suas
respectivas contas.

Suponha que uma empresa adquira máquinas com a finalidade de ampliar


sua capacidade produtiva e que seu único cliente seja uma coligada.
Nesse caso, para a contabilização do gasto, a empresa deverá reconhecer
o item do grupo investimento pelo método do custo ou pela equivalência
patrimonial, a depender da relevância.

Comentário:

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A questão tem a seguinte pegadinha:

Está correto afirmar que os itens do grupo Investimento devem ser


reconhecidos (contabilizados) pelo método do custo ou pela equivalência
patrimonial, a depender da relevância.

Mas o gasto com a compra de máquinas fica contabilizado no Ativo


Imobilizado, independente da empresa ter apenas uma coligada como
cliente ou ter vários clientes.

A ligação entre os dois enunciados (“Nesse caso, para a contabilização do


gasto...”) torna a questão errada, já que as máquinas ficam no
Imobilizado e não em Investimento.

Gabarito  Errado

48) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação à contabilização dos


itens patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos, julgue o
item que se segue.

Os investimentos mantidos por uma entidade em suas coligadas ou


controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo método da
equivalência patrimonial, com impactos no balanço patrimonial e na
demonstração de resultado do exercício.

Comentários:

Segundo a Lei 6404/76:

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em


coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de
um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes
normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Assim, devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:

--- Controladas
--- Coligadas
--- Sociedades do mesmo grupo
--- Sociedades sob o controle comum

Os investimentos que não atendam esses requisitos são avaliados pelo


método de custo.

A questão erra ao mencionar “coligadas ou controladas e em outras


entidades...”
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Não são todas as outras entidades que são avaliadas pelo método da
equivalência patrimonial, mas apenas as sociedades do mesmo grupo e as
que estejam sob controle comum.

Gabarito  Errado

49) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com as


alterações legais e a publicação dos pronunciamentos do CPC, houve a
substituição do critério de investimento relevante para a avaliação da
influência significativa, com vistas à avaliação da participação de uma
empresa em outra.

Comentários

O item está correto. Os investimentos permanentes, antes das alterações


da Lei das Sociedades por Ações, eram avaliados conforme a relevância.

Hoje, conforme dissemos na aula, deve ser levada em conta a influência


significativa.

Gabarito  Correto.

50) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os investimentos de longo


prazo mantidos para fins de negociação devem ser classificados no ativo
não circulante.

Comentários:

O item está Errado. Neste caso, deve prevalecer a primazia da essência


sobre a forma. Embora os investimentos sejam de longo prazo, serão
colocados à negociação, classificando-se, pois, no ativo circulante.

Gabarito Errado.

51) (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/RJ/2012) Os
investimentos em coligadas sobre cuja administração determinada
empresa tenha influência significativa somente devem ser
obrigatoriamente avaliados pelo método da equivalência patrimonial
quando a empresa controladora participar com pelo menos 20% do capital
votante da controlada.

Comentários

Os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades


que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum
serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

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Art. 243.

§ 1º. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência


significativa.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora
detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas
financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de
20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la.

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a


existência da “influência significativa”.

Há influência significativa: trata-se de coligada e deve ser usado o


método da equivalência patrimonial. Não há influência significativa e
se trata de investimento permanente: deve ser avaliado pelo método de
custo.

A influência significativa não depende apenas de percentual do capital.


Segundo o artigo 243, §4º da LSA: Considera-se que há influência
significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar
nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.

Vejam, ainda, que a questão tentou confundir o conceito de controle e


coligação, operações que são distintas conforme a Lei 6.404/76.

Gabarito  Errado.

52) (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/RO/2012) Uma companhia


adquiriu 80% das ações ordinárias de certa empresa, desembolsando,
nesse investimento, uma quantia equivalente ao patrimônio líquido
registrado na contabilidade da investida, composto apenas pela conta
capital social. Após o referido investimento e por ocasião da elaboração
das demonstrações contábeis, a empresa investida apurou lucro líquido de
R$ 2.000,00 e sua diretoria propôs a distribuição de dividendos no valor
total de R$ 1.000,00, ainda pendente de deliberação pela assembleia
geral. Considerando que o capital social da investida é de R$ 3.000,00, o
lançamento contábil correto do reconhecimento da equivalência
patrimonial na investidora é o seguinte:

Investimentos em coligadas e controladas


a Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00

Comentários
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Vamos lá! O lançamento por conta da aquisição é o seguinte:

D – Investimento em coligadas e controladas (ativo) R$ 3.000,00


C – Caixa (ativo) R$ 3.000,00

Quando do fechamento do exercício e transferência do lucro para o PL na


investida, devemos reconhecer esta variação também na investidora, já
que o valor de seu investimento também aumentará. Como o lucro foi de
R$ 2.000,00, o aumento da conta investimentos será de R$ 1.600,00
(80%).

D – Investimentos em coligadas e controladas R$ 1.600,00


C – Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00

Por fim, posteriormente, na distribuição do dividendo, faremos:

D – Dividendos a receber (ativo) R$ 800,00


C – Investimentos em coligadas e controladas R$ 800,00

Gabarito  Correto.

53) (CESPE/Contador/FUB/2011) O método do custo foi abolido


como forma de avaliação de investimentos societários.

Comentários:

Dissemos que os investimentos permanentes podem ser avaliados tanto


pelo método de custo, como pelo método de equivalência
patrimonial.

Gabarito  Errado.

10.6 QUESTÕES COMENTADAS – ARRENDAMENTO MERCANTIL

54) (CESPE/Perito Criminal/PC-PE/Contabilidade/2016) Em um


arrendamento mercantil financeiro, o valor residual garantido consiste

a) na parcela do valor residual do bem arrendado que seja garantida pelo


arrendatário ou por alguém a ele relacionado ao arrendador.
b) no valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si.
c) na parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil que não seja
quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera
sem ser pela passagem do tempo.
d) no valor de mercado do bem.

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e) no valor pelo qual o arrendador garante ao arrendatário o direito de


exercício da opção de compra do bem.

Comentários:

Segundo o CPC06, temos que:

Valor residual garantido é:

(a) para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por
ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor
máximo que possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e
(b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo
arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja
financeiramente capaz de satisfazer as obrigações cobertas pela garantia.

A alternativa correta é a opção “A”.

Gabarito A

55) (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Julgue o item a


seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de
registro das transações. Ao adquirir um veículo por meio de arrendamento
mercantil financeiro, uma entidade deverá registrar o lançamento a débito
desse ativo no imobilizado somente ao final do prazo de vigência de
contrato, haja vista ela não ter a propriedade do bem.

Comentários:

O arrendamento mercantil, basicamente, pode ser de dois tipos:


operacional e financeiro. A diferença entre um e outro reside
principalmente no seguinte critério: o leasing transfere ou não os
riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como


leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos
riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o
arrendamento mercantil.

Riscos e benefícios com Classificação


Arrendatário Arrendamento financeiro
Arrendador Arrendamento operacional

Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco


características podem aparecer:

Principais características de um arrendamento financeiro

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1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o
valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido no


balanço patrimonial do arrendatário como ativo e não somente
quando a empresa exercer a opção de compra ao final do prazo de
vigência do contrato.

Gabarito Errado

56) (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Em cada item a


seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a
ser julgada a respeito de lançamentos contábeis.

O departamento de contabilidade de uma empresa fez o lançamento na


conta sistemas de aplicativos software, a débito, e na conta bancos, a
crédito. O custo do aplicativo foi mensurado com segurança para que a
empresa pudesse usufruídos benefícios econômicos desse software.

Nessa situação, o lançamento realizado representa o registro da aquisição


de um aplicativo, com pagamento à vista, sendo esse ativo contabilizado
como integrante do grupo do ativo não circulante— intangível.

Comentários:

Segundo a lei 6.404...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos


destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de
2007)

Ativo intangível - Lei 6404


Direitos que tenham por objeto bem incorpóreo
Destinado à manutenção da companhia
Ou exercido com essa finalidade
Inclusive o fundo de comércio adquirido

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Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são:


softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes
cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de
pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou
fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de
comercialização.

Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam
considerados ativos intangíveis, a saber:
Ativo intangível

Não monetário sem


substância física

Identificável

Controlável

Geração de benefícios
futuros

A questão afirma que o custo do aplicativo foi mensurado com segurança


para que a empresa pudesse usufruídos benefícios econômicos desse
software, portanto, a empresa contabilizou o software corretamente em
seu ativo.

GabaritoCerto

57) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) Com


relação aos componentes do patrimônio e ao conceito de receita, julgue o
próximo item, de acordo com os pronunciamentos técnicos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis.

O valor residual garantido para um arrendatário é a parte do valor


residual garantida por ele ou pela parte a ele relacionada.

Comentários:

Conforme previsão do CPC 06:

Valor residual garantido é:

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(a) para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por
ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor
máximo que possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e

(b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo
arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja
financeiramente capaz de satisfazer as obrigações cobertas pela garantia

GabaritoCorreto.

58) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) A prevalência da


essência sobre a forma, introduzida pelas modificações à Lei n.º
6.404/1976, não era totalmente desconhecida pela contabilidade
brasileira, mas ganhou maior força na nova legislação.

Comentários:

A Resolução de n. 750/93, que trata dos princípios contábeis, já previa a


prevalência da essência sobre a forma. Contudo, com as modificações
contábeis recentes a prevalência ganhou mais força. Por exemplo, o
leasing financeiro, embora o bem não seja de propriedade jurídica do
arrendatário, deverá ser contabilizado.

Gabarito  Correto.

59) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com o objetivo


de evidenciar fielmente as operações de leasing nos demonstrativos
contábeis, as operações de leasing operacional passaram a ser
classificadas como operação de compra e venda financiada e não mais
como mero arrendamento, o que obrigou o reconhecimento do passivo
integral e o registro do bem na arrendatária.

Comentários:

O item está Errado.

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e


financeiro. A diferença entre um e outro reside principalmente no
seguinte critério: O leasing transfere ou não os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido no balanço


patrimonial do arrendatário como ativo.

O bem objeto de leasing operacional não deve ser reconhecido no balanço


patrimonial do arrendatário como ativo. Os valores serão lançados como
despesa, no resultado.
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Gabarito  Errado.

60) (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/AC/2012) O arrendamento


mercantil será classificado como financeiro se houver transferência
integral dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem objeto do
negócio.

Comentários:

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e


financeiro. A diferença entre um e outro reside principalmente no
seguinte critério: O leasing transfere ou não os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como


leasing operacional.

Gabarito  Correto.

61) (CESPE/Contador/TRE/RR/2012) O arrendamento mercantil é


classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional,
há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial
de riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Comentários:

O item está Errado. Os conceitos foram invertidos. No arrendamento


financeiro, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios
inerentes à propriedade, ao passo que, no operacional, não há
transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Repetimos. O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional


e financeiro. A diferença entre um e outro reside principalmente no
seguinte critério: o leasing transfere ou não os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como


leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos
riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o
arrendamento mercantil.

SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO 


ARRENDAMENTO FINANCEIRO.
SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR 
ARRENDAMENTO OPERACIONAL.

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Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco


características podem aparecer:

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO


FINANCEIRO

1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o
valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

Gabarito  Errado.

10.7 QUESTÕES COMENTADAS – PASSIVO E AVP

62) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão


Educacional/Contabilidade/2017) Relativamente à avaliação e
contabilização de itens do passivo e do patrimônio líquido, julgue o
próximo item.

Situação hipotética: Um fornecedor oferece determinada mercadoria a


prazo por R$ 1.000, porém em uma compra à vista, com vencimento em
30 dias, esse mesmo fornecedor oferece um desconto de 5% sobre o valor
a prazo.

Assertiva: Nesse caso, em uma compra a prazo, a diferença entre o valor


à vista e o valor a prazo deverá ser contabilizada, no momento da
compra, como despesa de juros.

Comentários:

A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do


Passivo:

Critérios de Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive


Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço;
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III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

As obrigações do passivo circulante, quando o efeito for relevante,


também devem ser ajustadas a valor presente.

A contabilização dessa compra será:

D – Estoque (pelo valor presente) 950


D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 50
C – Fornecedores (Passivo) 1000

A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como


despesa financeira, por competência e não no momento da compra.

Ao final dos 30 dias, a empresa deverá fazer o seguinte lançamento:

D Despesas Financeiras 50
C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 50

GabaritoErrado

63) (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016)


Considere que uma fábrica tenha realizado a compra de matérias-primas
por R$ 200.000, dividindo esse valor em quatro prestações mensais,
iguais e consecutivas, e tendo pagado a primeira prestação no ato da
compra. Caso a compra tivesse sido à vista, o valor desembolsado seria
de R$ 190.000. Desconsiderando-se eventual tributação, é correto afirmar
que o evento em questão

a) aumentará o estoque em R$ 200.000.


b) gerará a contabilização imediata de uma despesa de juros.
c) é um fato contábil misto.
d) é um fato contábil permutativo.
e) é um fato contábil modificativo aumentativo.

Comentários:

As obrigações do passivo circulante, quando o efeito for relevante,


também devem ser ajustadas a valor presente.

A contabilização dessa compra será:

D – Estoque (pelo valor presente) 190.000


D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 10.000
C – Fornecedores (Passivo) 150.000
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C – Caixa 50.000

A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como


despesa financeira, por competência e não no momento da compra.
Portanto, estamos diante de um fato permutativo.

GabaritoD

64) (CESPE/TRT-8ª-Região/Analista/Contabilidade/2016)Em
relação aos conceitos, à classificação e aos critérios de avaliação dos
componentes patrimoniais, assinale a opção correta.

a) As contas a receber são avaliadas pelo valor líquido de realização, isto


é, os valores são ajustados pelas perdas estimadas na liquidação dos
créditos e, se for o caso, reduzidas a valor presente.
b) Caso uma empresa adquira mercadorias importadas de um fornecedor
que exige o pagamento em moeda estrangeira, o valor dessa obrigação no
balanço patrimonial da empresa constará em reais de acordo com a taxa
cambial da data da operação de compra.
c) O numerário em trânsito, como as remessas para filiais, constitui
disponibilidade para a empresa transportadora de valores, e não para a
empresa que solicitou a remessa.
d) Quando uma empresa realiza uma operação de desconto de duplicatas,
aumenta-se o valor do passivo exigível a partir do valor nominal das
duplicatas negociadas.
e) Em uma companhia comercial, os empréstimos a diretores devem ser
classificados como ativos circulantes ou ativos não circulantes, de acordo
com o prazo concedido para liquidação.

Comentários:

Vamos comentar cada alternativa:

a) As contas a receber são avaliadas pelo valor líquido de realização, isto


é, os valores são ajustados pelas perdas estimadas na liquidação dos
créditos e, se for o caso, reduzidas a valor presente.

Correto, as principais contas desse grupo são Clientes, duplicatas a


receber, contas a receber. Ficam registrados pelo valor original (por
quanto vendeu), menos estimativas de perdas para reduzi-las ao
valor provável de realização.

Assim, se a empresa realizou uma venda de R$ 50.000,00, esse é o valor


original de registro. Posteriormente, há uma estimativa de que R$
3.000,00 não serão recebidos. Então, faremos um registro em conta de
despesa, para ajustar o montante a melhor estimativa técnica disponível.

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b) Caso uma empresa adquira mercadorias importadas de um fornecedor


que exige o pagamento em moeda estrangeira, o valor dessa obrigação no
balanço patrimonial da empresa constará em reais de acordo com a taxa
cambial da data da operação de compra.

Errado, a lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação


do Passivo:

Critérios de Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive


Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em
vigor na data do balanço;

Portanto, a taxa de cambio utilizada é a na data do balanço e não da data


da operação.

c) O numerário em trânsito, como as remessas para filiais, constitui


disponibilidade para a empresa transportadora de valores, e não para
a empresa que solicitou a remessa.

Errado, as disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou


nele possam ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa,
bancos conta movimento.

Quais são as contas que compõem as disponibilidades? Bem, basicamente


a conta caixa e equivalentes de caixa.

Exemplos de disponibilidades:

- Caixa.
- Contas bancárias
- Numerários em trânsito, enquanto estiverem em trânsito.
- Aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Portanto, o numerário em trânsito, como as remessas para filiais, constitui


disponibilidade para a empresa que solicitou a remessa.

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d) Quando uma empresa realiza uma operação de desconto de duplicatas,


aumenta-se o valor do passivo exigível a partir do valor nominal das
duplicatas negociadas.

Errado, a operação de desconto é feita a partir do valor líquido das


duplicatas, ou seja, o valor nominal subtraído dos encargos a transcorrer.

e) Em uma companhia comercial, os empréstimos a diretores devem ser


classificados como ativos circulantes ou ativos não circulantes, de
acordo com o prazo concedido para liquidação.

Errado, de acordo com a Lei 6404/76:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o


término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas,
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas
(artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia,
que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia;

GabaritoA

65) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata


de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

Se o efeito do valor do dinheiro no tempo for considerado imaterial, o


valor da estimativa feita pela empresa não estará sujeito a ajuste com
base em valor presente, quando do seu reconhecimento pela
contabilidade.

Comentários:

Conforme previsão do CPC 25:


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45. Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material, o valor da


provisão deve ser o valor presente dos desembolsos que se espera que
sejam exigidos para liquidar a obrigação.

46. Em virtude do valor do dinheiro no tempo, as provisões relacionadas


com saídas de caixa que surgem logo após a data do balanço são mais
onerosas do que aquelas em que as saídas de caixa de mesmo valor
surgem mais tarde. Em função disso, as provisões são descontadas,
quando o efeito é material.

Assim sendo, se o efeito do valor do dinheiro no tempo for considerado


imaterial, o valor da estimativa feita pela empresa não estará sujeito a
ajuste com base em valor presente, quando do seu reconhecimento pela
contabilidade.

GabaritoCorreto

66) (CESPE/CADE/Contador/2014) Com base no pronunciamento


técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do passivo


decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor
presente.

Comentário:

Conforme a Lei 6404/76:

Art. 183, VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo


prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 184, III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no


passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei
nº 11.941, de 2009)

Portanto:

Ativo não Circulante e Passivo não Circulante  Ajusta a valor presente.

Ativo Circulante e Passivo Circulante  Ajusta a valor presente apenas se


houver efeito relevante.

Gabarito  Correto

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67) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Acerca de endividamento


das empresas, seus custos, itens do patrimônio líquido e demonstração do
resultado abrangente, julgue o item seguinte.

A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes de empréstimos e


financiamentos contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa
a ser levada para a de resultado do exercício do ano em que a empresa
contraiu a dívida.

Comentário:

A despesa deve ser levada para o resultado por competência, conforme a


passagem do tempo, e não no ano em que a empresa contraiu a dívida.

Gabarito  Errado.

68) (CESPE/CADE/Contador/2014) Com base no pronunciamento


técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos contratuais,


devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade.
Quanto aos passivos não contratuais, não ocorre a apuração do valor
presente apesar do seu registro como provisões futuras.

Comentário:

Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a valor Presente:

27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos


contratuais, quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a
taxa de desconto necessariamente deve considerar o risco de crédito da
entidade..

Portanto, o ajuste a valor presente deve ser aplicado aos passivos


contratuais e aos passivos não contratuais.

Gabarito  Errado

69) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação às contas, aos métodos


e às operações contábeis, julgue o item seguinte.

A variação cambial sobre obrigações com fornecedores estrangeiros


impacta o saldo da conta fornecedores, mas a mercadoria importada que
continuar em estoque poderá não receber tal atualização.

Comentário:

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A regra geral de avaliação do ativo é: todos os gastos necessários para


deixar o item nas condições desejadas pela empresa são custo.

A partir dai, são despesas.

Assim, com caso da importação de mercadoria ou ativo imobilizado, todos


os gastos com frete, alfândega, impostos de importação e variação
cambial ocorrida até que o bem esteja pronto para uso ou para venda
(esteja nas condições pretendidas pela administração), são custo.

A contabilização fica assim:

D – Ativo Imobilizado (ou estoque) (Ativo)


C – Fornecedores do exterior – variação cambial.

Depois que o bem está pronto para uso ou para venda, a contabilização
da variação cambial é a seguinte:

D – Despesa com variação cambial (Resultado)


C – Fornecedores do exterior – variação cambial.

Assim, a questão está correta. A variação cambial, no segundo caso, não


afeta o estoque.

Gabarito  Correto

70) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Com relação ao


reconhecimento, à mensuração e à apresentação das contas patrimoniais
e de resultado, julgue o item que se segue.

O registro de provisão para redução do custo de aquisição ao valor de


mercado é requisito para ajuste a valor presente dos itens não monetários
do balanço, como o adiantamento em dinheiro para recebimento de bens
e serviços.

Comentários:

Vamos examinar as assertivas:

“O registro de provisão para redução do custo de aquisição ao valor de


mercado é requisito para ajuste a valor presente dos itens não monetários
do balanço,...”

Está errado. O ajuste para redução do custo de aquisição ao valor de


mercado ( a conhecida regra “custo ou mercado, dos dois o menos”)
destina-se a evitar que o ativo fique contabilizado por valor superior ao
seu futuro benefício econômico. Não está relacionado com o ajuste a valor
presente.

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O ajuste a valor presente destina-se a separar o componente comercial do


componente financeiro (juros), no caso as compras e vendas a prazo.

Vejamos a complementação:

“...como o adiantamento em dinheiro para recebimento de bens e


serviços.”

Também está errado. A redação leva ao entendimento de que o


adiantamento em dinheiro para recebimento de bens e serviços é item
não monetário.

Se o adiantamento corresponder a uma quantidade certa de produtos, é


item não monetário.

Vamos supor que uma empresa faça um adiantamento de $10.000 ao seu


fornecedor, referente a 10 televisores de $1.000 cada.

Se ela receber os 10 televisores, ainda que o preço do fornecedor


aumente, é adiantamento não monetário.

Mas, se o preço do fornecedor aumentar e a empresa precisar pagar a


diferença, então o adiantamento é item monetário.

Gabarito  Errado.

71) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A legislação societária


estabelece que as obrigações classificadas no passivo não circulante
devem ser apresentadas no balanço patrimonial pelo seu valor presente,
desde que o efeito desse ajuste seja relevante.

Comentários:

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

O item está Errado. Os elementos do passivo não circulante devem ser


ajustados. Os do passivo circulante, somente se houver efeito relevante.

Gabarito  Errado.

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11 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Com base no


disposto na Lei n.º 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos
critérios de avaliação contábil.

O valor justo é o critério contábil a ser aplicado para a avaliação dos


direitos classificados no ativo imobilizado.

2) (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Com base no


disposto na Lei n.º 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos
critérios de avaliação contábil.

Os recursos aplicados na aquisição de direitos da propriedade industrial ou


comercial estão sujeitos à amortização, que representa perda de valor dos
referidos ativos.

3) (CESPE/Telebras/Contador/2015) Julgue o item seguinte,


relativo à redução ao valor recuperável de ativo imobilizado.

O aumento da taxa de juros de mercado pode ser indicativo de que


determinado ativo imobilizado esteja sofrendo desvalorização. Isso ocorre
pela redução que o aumento da taxa de juros de mercado é capaz de
provocar no valor em uso do ativo imobilizado, quando este é submetido
ao teste de redução ao valor recuperável.

4) (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) O Tribunal
Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE/PE) possui, no rol de seus ativos
imobilizados, um bem de custo histórico igual a R$ 50.000 e cuja
depreciação acumulada equivale a 30% desse valor. Para esse ativo, o
TRE/PE apurou um valor justo líquido de despesas de venda de R$ 20.000
e um valor de uso de R$ 28.000. Considerando essa situação hipotética,
assinale a opção correta de acordo com a NBC TG 01 (redução ao valor
recuperável de ativos).

a) Na contabilização da depreciação do ativo imobilizado, faz-se


necessário deduzir a perda por desvalorização do ativo, que na situação
apresentada é igual a R$ 28.000.
b) Na situação apresentada, o custo histórico do ativo equivale a R$
15.000.
c) O tribunal deverá registrar como perda por desvalorização do ativo o
valor de R$ 7.000.
d) Por ser o custo histórico superior ao valor recuperável, a perda não
deve ser contabilizada.
e) O valor recuperável do ativo é igual ao valor mínimo entre o valor justo
e o valor de uso, ou seja, R$ 20.000 nessa situação.

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5) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) Julgue o item subsequente, a respeito dos
procedimentos para registro, mensuração e avaliação de ativos.

Situação hipotética: Um ativo que possui valor contábil líquido de R$


100.000 pode ser alienado em mercado concorrencial por R$ 95.000, livre
de despesas de venda, ou pode ser mantido em atividade, quando então
gerará um fluxo de caixa a valor presente de R$ 102.000.

Assertiva: Nessas condições, cabe à entidade detentora do referido ativo


constituir uma provisão para perda de valor recuperável.

6) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) No
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada a respeito de lançamentos contábeis.

O contador de uma empresa fez o lançamento na conta despesa com


perda por desvalorização de maquinário, a débito, e na conta perda por
desvalorização de maquinário, a crédito. Nessa situação, o lançamento é
justificado pelo reconhecimento da depreciação provocada pela perda de
valor das máquinas decorrente do uso ou da obsolescência dessas.

7) (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016)
Obedecendo à normatização contábil vigente, uma empresa privada
contabilizará um ajuste relativo à perda de valor de ativo imobilizado que
estava registrado por valor contábil líquido superior a seu valor de
realização em uso ou por alienação. Nesse caso, o lançamento a débito
desse ajuste deverá ser realizado em conta

a) de compensação.
b) do ativo.
c) da receita.
d) do passivo.
e) da despesa.

8) (CESPE/MPOG/Contabilidade/2015) Julgue o item seguinte,


relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

O teste de recuperabilidade, também chamado de impairment, define que


o valor recuperável de um ativo é o menor número absoluto entre o valor
justo, líquido de despesas de venda, e o seu valor de uso.

9) (CESPE/STJ/Contadoria/2015) A respeito da mensuração de


ativos e da aplicação dos seus respectivos procedimentos patrimoniais,
julgue o item que se segue.

A reversão da perda por irrecuperabilidade de ativos deve ser reconhecida


em contas de patrimônio líquido, em razão de sua natureza.

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10) (CESPE/FUB/Contabilidade/2015) Com relação a avaliação e


mensuração de itens patrimoniais, julgue o item que se segue.

Considere que uma máquina industrial tenha sido adquirida por R$ 120
mil e, posteriormente, tenha sofrido depreciação de R$ 20 mil. O valor em
uso dessa máquina foi calculado em R$ 95 mil e seu valor líquido de
venda foi apurado em R$ 97,5 mil. Nessa situação, caso a empresa deseje
manter o bem em operação, deveria constituir provisão para redução ao
valor recuperável de R$ 5 mil.

11) (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) Ao


final de 2014, determinada companhia estimou o valor em uso do seu
imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7 milhão.
Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5
milhão.

Nesse caso, a companhia deve fazer um lançamento contábil para redução


ao valor recuperável, cujo débito será em conta de resultado, resultando
em redução da situação líquida da companhia.

12) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Acerca dos itens tratados


nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item a seguir.

Uma empresa aufere benefícios de um ativo com o seu uso ou sua venda,
normalmente avaliado pelo seu valor de troca. Assim, para determinar o
valor recuperável de um item considerado como unidade geradora de
caixa, deve-se obter o maior valor entre o valor justo líquido de despesas
de venda e o valor em uso.

13) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os objetivos da análise de


recuperabilidade dos valores registrados nas contas do ativo imobilizado e
do ativo intangível incluem a revisão e o ajuste dos critérios contábeis
adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos referidos
ativos e para calcular os valores de depreciação, exaustão e amortização a
que eles estariam sujeitos.

Comentários

O item está correto. São exatamente estes os objetivos do teste de


recuperabilidade: revisar e ajustar os critérios contábeis adotados para
determinar a vida útil econômica estimada dos ativos, e calcular valores
de depreciação, amortização e exaustão a que se sujeitam.

14) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) O valor contábil


corresponde ao valor histórico pelo qual um ativo é reconhecido no

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balanço, antes da dedução de toda depreciação, amortização, exaustão


acumulada, provisão para perdas ou teste de impairment.

15) (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi


submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no
valor de R$ 80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita
aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no
mesmo valor.

16) (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) O valor recuperável é definido


como o maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de
venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso.

17) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) A


respeito da elaboração do balanço patrimonial, da demonstração do
resultado do exercício, da demonstração do resultado abrangente e de
operações a elas relacionadas, julgue o item subsequente.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é registrado pelo


seu custo incorrido, e está sujeito a depreciação, quando aplicável, bem
como a ajuste pelo valor recuperável, caso este seja menor que o valor
contábil líquido.

18) (CESPE/Telebras/Contador/2015) A Cia. ABC adquiriu uma


patente capaz de lhe gerar entradas líquidas de caixa durante doze anos.
Na mesma data, um terceiro assumiu o compromisso de comprar, após
seis anos, essa patente da Cia. ABC por um valor equivalente a 50% do
valor justo da patente na data em que esta foi adquirida. A Cia. ABC
pretende honrar o compromisso assumido e vender a patente conforme o
acordado.

A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item.

O compromisso de venda futura desobriga a Cia. ABC de efetuar a análise


quanto à redução no valor recuperável da patente durante o período em
que esta estiver sob o controle da referida companhia.

19) (CESPE/STJ/Analista Contadoria/2015) Julgue o próximo item,


com referência aos critérios de reconhecimento e classificação de ativos e
passivos.

Desde que sejam atendidos os critérios de reconhecimento de ativos, é


possível fazer o registro de ativos intangíveis adquiridos por meio de
transações sem contraprestação.

20) (CESPE/MPOG/Contador/2015) Julgue o item seguinte, relativo


ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

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Goodwill é um termo contabilístico usado para refletir a parte do valor de


mercado de um negócio que não é diretamente atribuível aos seus ativos
e passivos, contabilizado apenas em caso de uma aquisição.

21) (CESPE/MPOG/Contador/2015) Uma instituição pública federal


adquiriu, em 2/1/2008, por R$ 77.000,00, um software de gestão e
mapeamento de riscos, cujo período de benefícios esperados era de seis
anos, estimando-se um valor residual de R$ 5.000,00. A instituição
também adquiriu, na mesma data, dez computadores novos do tipo
desktop pelo valor total de R$ 10.000,00, com vida útil estimada em cinco
anos e valor residual nulo, para utilização nas atividades de administração
da entidade. A respeito dessa situação hipotética e dos aspectos contábeis
a ela relacionados, julgue os itens a seguir.

Se, em 2/1/2010 — início do terceiro ano de uso do software —, o valor


de mercado do software tiver sido de R$ 50.000,00, então foi reconhecida
uma perda por irrecuperabilidade no valor de R$ 3.000,00.

22) CESPE/MPOG/Contador/2015) Uma instituição pública federal


adquiriu, em 2/1/2008, por R$ 77.000,00, um software de gestão e
mapeamento de riscos, cujo período de benefícios esperados era de seis
anos, estimando-se um valor residual de R$ 5.000,00. A instituição
também adquiriu, na mesma data, dez computadores novos do tipo
desktop pelo valor total de R$ 10.000,00, com vida útil estimada em cinco
anos e valor residual nulo, para utilização nas atividades de administração
da entidade. A respeito dessa situação hipotética e dos aspectos contábeis
a ela relacionados, julgue os itens a seguir.

O software em questão deverá ser registrado como ativo intangível da


referida instituição, devendo-se registrar sua depreciação mensal de R$
1.000,00.

23) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os ativos intangíveis estão


sujeitos à amortização com base na sua vida útil, que pode sofrer
influência tanto de fatores econômicos quanto de fatores legais. Ativos
intangíveis com vida útil indefinida, no entanto, devem ser amortizados no
prazo máximo de dez anos.

24) (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Os pronunciamentos do


CPC determinam que, na fase em que o ativo intangível ainda não está
disponível para uso, sua capacidade de gerar benefícios econômicos
futuros para recuperar seu valor contábil é, usualmente, sujeita a maior
incerteza que na fase em que ele já está disponível para ser utilizado.
Portanto, é necessário que a entidade proceda, no mínimo anualmente, ao
teste por desvalorização de ativo intangível que ainda não esteja
disponível para uso.

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25) (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Como na fase de pesquisa


a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível, os
gastos, quando incorridos, devem ser reconhecidos em contas de
resultado.

26) (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) Todas as contas de ativo


intangível serão amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a
débito de uma conta de resultado.

27) (CESPE/Agente/Polícia Federal/2012) O valor amortizável de


ativo intangível com vida útil indefinida deverá ser amortizado de modo a
refletir o padrão de consumo, pela entidade, dos benefícios econômicos
futuros.

28) (CESPE/Contador/FUB/2011) Avaliam-se os ativos intangíveis


pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução.

29) (CESPE/Agente/Polícia Federal/2009) Suponha que uma


empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma
mina por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de
vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido
extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no
imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3
milhões.

30) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) Um fabricante deve registrar um passivo líquido e
certo relativo às garantias de reparo ou troca de seus produtos, dadas aos
compradores, se, pela sua experiência passada, for provável — ou seja,
mais provável que sim do que não — que algumas garantias serão
executadas pelos compradores.

31) (CESPE/Perito Criminal Ciências Contábeis/PC-PE/2016)


Acerca do reconhecimento e da divulgação de ativos e passivos, assinale a
opção correta.

a) Um passivo trabalhista só será objeto de registro contábil quando do


trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Registra-se em passivo não circulante a existência de uma obrigação
presente com remota probabilidade de saída de recursos.
c) Existindo uma obrigação presente, mas que apenas provavelmente vá
requerer uma saída de recursos para sua liquidação, não se registra uma
provisão, porém divulga-se informação pertinente em nota explicativa.
d) Se um ingresso de benefícios econômicos for praticamente certo, um
ativo contingente deverá ser reconhecido.
e) Caso uma entrada de benefício econômico não seja provável, nenhum
ativo deverá ser reconhecido ou divulgado.

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32) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo. O contador de uma empresa que tenha sido multada
por haver causado danos ambientais deverá reconhecer uma provisão
para contingências no valor da multa a ser paga.

Como ela já foi multada deve reconhecer uma multa (passivo circulante) e
uma despesa.

33) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo. Passivo contingente corresponde a um passivo de prazo
ou valor incerto; provisão caracteriza uma obrigação possível, resultante
de eventos passados, que será confirmada pela ocorrência ou não de
eventuais acontecimentos futuros, sobre os quais a entidade não terá
controle.

Em sentido geral, todas as provisões são contingentes (contingenciam a


grana para o gasto futuro) porque são incertas quanto ao seu prazo e
valor. Porém, no CPC 25, o termo contingente é usado para passivos e
ativos incertos quanto à sua existência, e não quanto ao seu prazo ou
valor, como a provisão. O termo passivo contingente é usado para
passivos incertos que não satisfazem os critérios de reconhecimento.
Assim, passivo é obrigação presente, derivada de evento passado, cuja
liquidação deve resultar em saída de recursos econômicos.
Provisão é passivo de prazo e valor incerto.
Passivo contingente é passivo incerto quanto à sua existência.

34) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016)


Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o
item subsecutivo.

Sendo identificada uma contingência ativa na fase final de uma ação


impetrada por uma empresa contra outra empresa, os valores a serem
convertidos para a impetrante deverão ser reconhecidos.

35) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.

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Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata


de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
Na situação apresentada, a saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos é considerada possível, pois a probabilidade de a saída de
recursos ocorrer é superior à de ela não ocorrer.

36) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata


de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

No término do exercício social em curso, a empresa deverá reconhecer um


passivo contingente.

37) (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) No


fim do exercício social, determinada empresa estimou os seguintes valores
para os processos judiciais em que figurava como ré em relação aos quais
os especialistas consideravam haver probabilidades de perda.

Nesse caso, o montante de R$ 124,971 milhões deverá ser reconhecido no


balanço patrimonial do exercício, em contas classificadas no passivo
exigível, em subgrupos de provisões e de acordo com os prazos de
liquidação.

38) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) Com


relação aos componentes do patrimônio e ao conceito de receita, julgue o
próximo item, de acordo com os pronunciamentos técnicos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis.
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O ativo contingente não deve ser reconhecido no balanço patrimonial da


entidade, pois, entre outros motivos, não é um evento totalmente sob o
controle da empresa.

39) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e
suas atualizações e com os pronunciamentos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

A posse de instrumento que conceda potencial direito de voto


prontamente exercível ou conversível deve ser considerada para fins de
avaliação de influência significativa de uma entidade em outra e, em
decorrência, de consolidação de demonstrações contábeis.

40) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

Reduzido a zero o saldo contábil do investimento avaliado pelo método da


equivalência patrimonial, nenhuma perda adicional proporcionada pelo
investimento será reconhecida nas demonstrações contábeis do
investidor.

41) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

O investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial deve


compor o ativo não circulante no balanço patrimonial, exceto se esse
investimento for classificado como mantido para venda.

42) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

A existência de influência, mesmo que significativa, de uma entidade em


relação a outra não é condição suficiente para se concluir que as referidas
empresas sejam coligadas.

43) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Em


relação à aplicação do método da equivalência patrimonial por
companhias abertas, julgue o item que se segue.

Os investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial estão


sujeitos ao reconhecimento de perdas adicionais em função da redução ao
seu valor recuperável.

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44) (CESPE/Perito Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) A


propósito de investimento em sociedade coligada, assinale a opção
correta.

a) A participação de membro da investidora no conselho de administração


da investida não representa uma influência significativa.
b) Sociedade com investimento em coligada deve consolidar as
demonstrações contábeis.
c) A influência significativa da investidora sobre a investida pode ser
verificada pela participação nos processos de criação de políticas, até em
decisões sobre dividendos e outras distribuições.
d) Um investidor que detiver, direta ou indiretamente, até 20% do poder
de voto de uma investida será detentor de influência significativa sobre
esta.
e) O investimento em sociedade coligada deve ser avaliado pelo método
do custo amortizado.

45) (CESPE/Perito Criminal/Contabilidade/PC-PE/2016) Acerca


de investimento em sociedade controlada, assinale a opção
correta.

a) Os lucros não realizados entre controlada e controladora não afetam o


resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela investidora.
b) O intercâmbio de diretores ou gerentes entre investidora e investida
caracteriza o controle sobre as operações da investida.
c) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em sociedade
controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo custo no balanço da
investidora e posteriormente deve ser ajustado pelas variações do
patrimônio líquido da investida.
d) O lançamento contábil de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio
líquido da investida não é reconhecido no balanço patrimonial da
investidora.
e) Os dividendos distribuídos pela investidora reduzem o valor do
investimento na controlada.

46) (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC-PE/2016) Se


uma investidora tem 40% de participação no capital da investida e
influência significativa, e, em 2015, a investida obteve um lucro de R$
200.000 e distribuiu dividendos no valor de R$ 100.000, então

a) a variação na conta investimento na investidora foi inferior a R$


55.000.
b) o valor dos dividendos recebidos pela investidora foi superior ao valor
da receita de equivalência patrimonial.
c) a receita de equivalência foi inferior a R$ 70.000.
d) o fato de a investidora possuir influência significativa permite concluir
que a investida é uma controlada da investidora.

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e) o valor da despesa de equivalência reconhecido pela investidora foi


inferior a R$ 40.000.

47) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Julgue o seguinte item,


relativo aos aspectos inerentes ao grupo contábil do ativo e às suas
respectivas contas.

Suponha que uma empresa adquira máquinas com a finalidade de ampliar


sua capacidade produtiva e que seu único cliente seja uma coligada.
Nesse caso, para a contabilização do gasto, a empresa deverá reconhecer
o item do grupo investimento pelo método do custo ou pela equivalência
patrimonial, a depender da relevância.

48) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação à contabilização dos


itens patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos, julgue o
item que se segue.

Os investimentos mantidos por uma entidade em suas coligadas ou


controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo método da
equivalência patrimonial, com impactos no balanço patrimonial e na
demonstração de resultado do exercício.

49) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com as


alterações legais e a publicação dos pronunciamentos do CPC, houve a
substituição do critério de investimento relevante para a avaliação da
influência significativa, com vistas à avaliação da participação de uma
empresa em outra.

50) (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os investimentos de longo


prazo mantidos para fins de negociação devem ser classificados no ativo
não circulante.

51) (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/RJ/2012) Os
investimentos em coligadas sobre cuja administração determinada
empresa tenha influência significativa somente devem ser
obrigatoriamente avaliados pelo método da equivalência patrimonial
quando a empresa controladora participar com pelo menos 20% do capital
votante da controlada.

52) (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/RO/2012) Uma companhia


adquiriu 80% das ações ordinárias de certa empresa, desembolsando,
nesse investimento, uma quantia equivalente ao patrimônio líquido
registrado na contabilidade da investida, composto apenas pela conta
capital social. Após o referido investimento e por ocasião da elaboração
das demonstrações contábeis, a empresa investida apurou lucro líquido de
R$ 2.000,00 e sua diretoria propôs a distribuição de dividendos no valor
total de R$ 1.000,00, ainda pendente de deliberação pela assembleia
geral. Considerando que o capital social da investida é de R$ 3.000,00, o

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lançamento contábil correto do reconhecimento da equivalência


patrimonial na investidora é o seguinte:

Investimentos em coligadas e controladas


a Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00

53) (CESPE/Contador/FUB/2011) O método do custo foi abolido


como forma de avaliação de investimentos societários.

54) (CESPE/Perito Criminal/PC-PE/Contabilidade/2016) Em um


arrendamento mercantil financeiro, o valor residual garantido consiste

a) na parcela do valor residual do bem arrendado que seja garantida pelo


arrendatário ou por alguém a ele relacionado ao arrendador.
b) no valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si.
c) na parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil que não seja
quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera
sem ser pela passagem do tempo.
d) no valor de mercado do bem.
e) no valor pelo qual o arrendador garante ao arrendatário o direito de
exercício da opção de compra do bem.

55) (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Julgue o item a


seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de
registro das transações. Ao adquirir um veículo por meio de arrendamento
mercantil financeiro, uma entidade deverá registrar o lançamento a débito
desse ativo no imobilizado somente ao final do prazo de vigência de
contrato, haja vista ela não ter a propriedade do bem.

56) (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Em cada item a


seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a
ser julgada a respeito de lançamentos contábeis.

O departamento de contabilidade de uma empresa fez o lançamento na


conta sistemas de aplicativos software, a débito, e na conta bancos, a
crédito. O custo do aplicativo foi mensurado com segurança para que a
empresa pudesse usufruídos benefícios econômicos desse software.

Nessa situação, o lançamento realizado representa o registro da aquisição


de um aplicativo, com pagamento à vista, sendo esse ativo contabilizado
como integrante do grupo do ativo não circulante— intangível.

57) (CESPE/Telebras/Analista Superior-Auditoria/2015) Com


relação aos componentes do patrimônio e ao conceito de receita, julgue o
próximo item, de acordo com os pronunciamentos técnicos do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis.

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O valor residual garantido para um arrendatário é a parte do valor


residual garantida por ele ou pela parte a ele relacionada.

58) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) A prevalência da


essência sobre a forma, introduzida pelas modificações à Lei n.º
6.404/1976, não era totalmente desconhecida pela contabilidade
brasileira, mas ganhou maior força na nova legislação.

59) (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com o objetivo


de evidenciar fielmente as operações de leasing nos demonstrativos
contábeis, as operações de leasing operacional passaram a ser
classificadas como operação de compra e venda financiada e não mais
como mero arrendamento, o que obrigou o reconhecimento do passivo
integral e o registro do bem na arrendatária.

60) (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/AC/2012) O arrendamento


mercantil será classificado como financeiro se houver transferência
integral dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem objeto do
negócio.

61) (CESPE/Contador/TRE/RR/2012) O arrendamento mercantil é


classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional,
há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial
de riscos e benefícios inerentes à propriedade.

62) (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional -


Contabilidade/2017) Relativamente à avaliação e contabilização de
itens do passivo e do patrimônio líquido, julgue o próximo item.

Situação hipotética: Um fornecedor oferece determinada mercadoria a


prazo por R$ 1.000, porém em uma compra à vista, com vencimento em
30 dias, esse mesmo fornecedor oferece um desconto de 5% sobre o valor
a prazo.

Assertiva: Nesse caso, em uma compra a prazo, a diferença entre o valor


à vista e o valor a prazo deverá ser contabilizada, no momento da
compra, como despesa de juros.
63) (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016)
Considere que uma fábrica tenha realizado a compra de matérias-primas
por R$ 200.000, dividindo esse valor em quatro prestações mensais,
iguais e consecutivas, e tendo pagado a primeira prestação no ato da
compra. Caso a compra tivesse sido à vista, o valor desembolsado seria
de R$ 190.000. Desconsiderando-se eventual tributação, é correto afirmar
que o evento em questão

a) aumentará o estoque em R$ 200.000.

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b) gerará a contabilização imediata de uma despesa de juros.


c) é um fato contábil misto.
d) é um fato contábil permutativo.
e) é um fato contábil modificativo aumentativo.

64) (CESPE/TRT-8ª-Região/Analista/Contabilidade/2016) Em
relação aos conceitos, à classificação e aos critérios de avaliação dos
componentes patrimoniais, assinale a opção correta.

a) As contas a receber são avaliadas pelo valor líquido de realização, isto


é, os valores são ajustados pelas perdas estimadas na liquidação dos
créditos e, se for o caso, reduzidas a valor presente.
b) Caso uma empresa adquira mercadorias importadas de um fornecedor
que exige o pagamento em moeda estrangeira, o valor dessa obrigação no
balanço patrimonial da empresa constará em reais de acordo com a taxa
cambial da data da operação de compra.
c) O numerário em trânsito, como as remessas para filiais, constitui
disponibilidade para a empresa transportadora de valores, e não para a
empresa que solicitou a remessa.
d) Quando uma empresa realiza uma operação de desconto de duplicatas,
aumenta-se o valor do passivo exigível a partir do valor nominal das
duplicatas negociadas.
e) Em uma companhia comercial, os empréstimos a diretores devem ser
classificados como ativos circulantes ou ativos não circulantes, de acordo
com o prazo concedido para liquidação.

65) (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade e Finanças/2016) Uma


empresa do setor farmacêutico que atua em diversos países realiza
atividades que causam poluição ambiental. Embora estejam conscientes
desse problema, os administradores dessa empresa se comprometem a
despoluir áreas impactadas por suas atividades apenas nos locais em que
houver determinação legal para isso. Há anos essa empresa tem causado
poluição ambiental em áreas públicas de um país onde, atualmente, está
em curso o processo de votação de um projeto de lei antipoluição. Se esse
projeto for aprovado, como se estima, a lei entrará em vigor após o
término do exercício social em curso. Prevendo que terá de arcar com a
despoluição das áreas impactadas, a empresa estabeleceu uma estimativa
do valor que deverá desembolsar.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, que trata
de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

Se o efeito do valor do dinheiro no tempo for considerado imaterial, o


valor da estimativa feita pela empresa não estará sujeito a ajuste com
base em valor presente, quando do seu reconhecimento pela
contabilidade.

66) (CESPE/CADE/Contador/2014) Com base no pronunciamento


técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

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Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do passivo


decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor
presente.

67) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Acerca de endividamento


das empresas, seus custos, itens do patrimônio líquido e demonstração do
resultado abrangente, julgue o item seguinte.

A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes de empréstimos e


financiamentos contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa
a ser levada para a de resultado do exercício do ano em que a empresa
contraiu a dívida.

68) (CESPE/CADE/Contador/2014) Com base no pronunciamento


técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item subsequente.

O desconto a valor presente é requerido no caso de passivos contratuais,


devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade.
Quanto aos passivos não contratuais, não ocorre a apuração do valor
presente apesar do seu registro como provisões futuras.

69) (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação às contas, aos métodos


e às operações contábeis, julgue o item seguinte.

A variação cambial sobre obrigações com fornecedores estrangeiros


impacta o saldo da conta fornecedores, mas a mercadoria importada que
continuar em estoque poderá não receber tal atualização.

70) (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Com relação ao


reconhecimento, à mensuração e à apresentação das contas patrimoniais
e de resultado, julgue o item que se segue.

O registro de provisão para redução do custo de aquisição ao valor de


mercado é requisito para ajuste a valor presente dos itens não monetários
do balanço, como o adiantamento em dinheiro para recebimento de bens
e serviços.

71) (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A legislação societária


estabelece que as obrigações classificadas no passivo não circulante
devem ser apresentadas no balanço patrimonial pelo seu valor presente,
desde que o efeito desse ajuste seja relevante.

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12 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Questão Gabarito Questão Gabarito Questão Gabarito


1 E 25 C 49 C
2 C 26 E 50 E
3 C 27 E 51 E
4 C 28 E 52 C
5 E 29 E 53 E
6 E 30 E 54 A
7 E 31 E 55 E
8 E 32 E 56 C
9 E 33 E 57 C
10 E 34 E 58 C
11 E 35 E 59 E
12 C 36 E 60 C
13 C 37 E 61 E
14 E 38 C 62 E
15 E 39 C 63 D
16 C 40 E 64 A
17 E 41 C 65 C
18 E 42 E 66 C
19 C 43 C 67 E
20 C 44 C 68 E
21 C 45 C 69 C
22 E 46 A 70 E
23 E 47 E 71 E
24 C 48 E

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