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30/10/13 DEZ MANDAMENTOS PARA BEM PETICIONAR | Notícias JusBrasil

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30 de outubro de 2013

DEZ MANDAMENTOS PARA BEM PETICIONAR


Publicado por OAB - Mato Grosso do Sul (extraído pelo JusBrasil) - 10 anos atr ás

Marcelo Harger - A dvogado em Joinville Mest re em Direito A dministrat ivo e professor universit ário Durante
o período em que atuo c omo advogado tive a oport unidade de trabalhar com diversos estudantes de
direito. Esses acadêmic os, muitas vezes, apresentavam dúvidas s obre a melhor maneira de elaborar uma
pet ição. Ciente dessas dific uldades, decidi elaborar uma s íntes e, procurando abranger algumas regras
bás icas para responder aos questionamentos que me eram feitos. Surgiram, assim, os "dez mandamentos
para bem peticionar". A cho que es ses c onselhos podem servir como lembrete para os c olegas advogados.
São os s eguintes: 1) At enção - É princ ipal carac terís tica do bom advogado. Os detalhes fazem a
diferenç a. 2) Análise detalhada dos documentos - Os documentos devem ser analisados minuciosamente.
Qualquer pormenor deve ser c ompreendido. 3) Indução ao erro - Devemos ter cuidado para não sermos
induzidos ao erro por nossos colegas e clientes. Muit as vezes, uma pessoa nos procura com a respos ta
para o s eu problema e, por falta de uma análise mais criteriosa do c aso, somos induzidos ao erro e
adotamos a solução que nos foi imposta previamente. 4) Nec essidade de leitura da legislação - Sempre
que em uma aç ão ou cont estaç ão houver menção a alguma lei ou artigo, é condição ess encial à
elaboraç ão da peça proc essual a leitura prévia dessas normas. É ao menos temeroso afirmar que um
art igo é inconstit ucional ou que uma lei não se aplic a ao caso sem ao menos sabermos o que es sa lei
est abelece. 5) Prova das alegações - Todas as vezes que ut ilizarmos uma t ese que dependa de
elementos de fato, é necessário que juntemos ess es element os ou que seja produzida prova a es se
res peito nos autos . É inútil cons truir teses belíssimas sem que haja elementos de fato para s ustentá-las.
Sempre devemos faz er uma análise prévia a respeito de quais fat os deverão ser provados e quais
doc ument os serão necess ários à propositura da aç ão para que pos samos pedi-los ao cliente com
ant ecedência. 6) Ritos processuais - Há diversos ritos com diferentes característic as. O proc esso sumário
e o proc esso cautelar, por exemplo, possuem um moment o especial para o requerimento das provas. Há
cas os, por outro lado, em que o prazo não é cont ado da juntada do AR/mandado aos autos. Ao ut ilizar
um rito desconhecido, é sempre necessário verificar quais as suas peculiaridades. 7) Prazos - Os prazos
são o element o mais importante na vida do advogado. É admissível um advogado perder uma quest ão em
virtude do mérito, mas jamais pela inobservância do prazo. 8) Corret a compreensão dos institutos jurídicos
- S empre que utilizarmos um instituto jurídico, devemos ter uma noção correta de sua abrangência. É
ass im que, antes de ingressar com uma ação, ques tionando um contrato de uma certa espécie, é
nec essário que tenhamos a noção geral a res peito dess e contrato. A doutrina sempre nos t raz
esc larec iment os que podem ser fundamentais para o des linde da questão. Do mesmo modo, antes de
utilizarmos um ins titut o processual novo, é necessário consultar algum artigo doutrinário sobre o mesmo.
A c onsulta deve ser realizada em no mínimo dois autores e deve continuar até que todas as dúvidas a
res peito do t ema estejam solucionadas. Devemos lembrar que o que caracteriza um certo contrat o ou
ins titut o jurídico é o seu regime jurídico e não o nome que lhe foi dado pela lei ou pelo contrato. 9)
Questionar as premissas - As premissas devem ser sempre questionadas para que possamos verificar s e

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est ão corretas. Uma premissa fals a nos leva a uma conclusão falsa e acarreta s oluções errôneas. 10)
Linguagem - A linguagem utilizada deve ser sempre polida. Devemos ser sobretudo téc nicos . A utiliz ação
de expressões injuriosas provoca antipatia e pode ser a causa da perda da ação. O mesmo vale para os
juízes, ao elaborarmos os recursos. É neces sário lembrar que o recurso será julgado por um
des embargador que durante muitos anos foi juiz e tende a s entir simpatia pelo seu c olega. A s olução para
iss o é manter a tecnicidade, o que não implica acovardamento. Os erros e abusos cometidos devem ser
sempre demons trados, mas sem a ut ilização de adjetivos fortes.

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