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SISTEMA CONSTRUTIVO EM CÂNHAMO SUBSTITUI CIMENTO NA

1
CONSTRUÇÃO EDILÍCIA

ÉRIKA ZANCANER ARVATI2

RESUMO

Diante das altas taxas de emissão de gases de efeito estufa na cadeia


produtiva do cimento, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o cânhamo na
construção, que teve como objetivo, demonstrar a existência de um sistema
construtivo, com matéria prima de origem orgânica, que pudesse substituir os que
utilizam o cimento na construção edilícia. Foram encontrados sistemas construtivos
em cal-cânhamo, cuja matéria prima é originária da Cannabis sativa L., que vêm
sendo usados em edifícios, em países diversos. Constatou-se que este material
renovável pode ser empregado em várias etapas da construção, com exceção das
estruturas, substituindo os sistemas que utilizam o cimento, sendo condizente a uma
arquitetura sustentável.

Palavras-chave: Cannabis. Cânhamo. Hempcrete. Sistemas Construtivos.

INTRODUÇÃO

As altas taxas de emissão de gases de efeito estufa na cadeia produtiva de


cimento justificaram a realização de uma pesquisa bibliográfica, em que se buscou
1
Artigo apresentado à Universidade Municipal de São Caetano do Sul como requisito parcial para a Conclusão
do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia Civil: Sistemas Construtivos de Edificações.
2
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Católica de Santos. E-mail: erikaarvati@santos.sp.gov.br
identificar um sistema construtivo composto por um material renovável que pudesse
substituir o cimento na construção edilícia.
Como objetivo geral do estudo, buscou-se discutir essa problemática e, como
objetivos específicos, discutir os conceitos de desenvolvimento sustentável; analisar
as emissões de gás carbônico pela indústria cimenteira e caracterizar os sistemas
construtivos do cal-cânhamo (hemp-lime).

1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

Devido ao fato de que os GEE [gases de efeito estufa] continuarem


na atmosfera por muitas décadas após emitidos, não é possível interromper
ou reverter a mudança climática e, por essa razão, as medidas a serem
tomadas são mitigadoras, no sentido de diminuir o impacto de tais
mudanças, e adaptadoras, no sentido de criar mecanismos de adaptação às
mudanças que irão ocorrer. (CONVENÇÃO-QUADRO..., 2017, online).

A arquitetura sustentável é uma das formas de minimizar os efeitos negativos


das intervenções humanas sobre o planeta. Segundo Resende (2007), ela se dá
quando os princípios do desenvolvimento sustentável são aplicados a todo o ciclo de
construção, desde o planejamento, projeto, construção do edifício e obras de
infraestrutura, até sua demolição e gestão dos rejeitos dela resultantes, passando
pela extração e beneficiamento dos materiais. Assegura a criação de assentamentos
que afirmam a dignidade humana e encorajam a equidade econômica.

Trata-se de uma visão multidisciplinar e complexa, que integra


diferentes áreas do conhecimento a fim de reproduzir a diversidade que
compõe o próprio mundo. A construção sustentável edifica microcosmos.
Em seu arcabouço teórico encontram-se conhecimentos de arquitetura,
engenharia, paisagismo, saneamento, química, elétrica, eletrônica, mas
também de antropologia, biologia, medicina, sociologia, psicologia, filosofia,
história e espiritualidade. (ARAÚJO, M. 2017, online).

Num ideal de perfeição, a construção contemporânea deve vislumbrar a auto


sustentabilidade, que é o mais alto grau da construção sustentável: “é a capacidade
de manter-se a si mesmo, atendendo a suas próprias necessidades, gerando e
reciclando seus próprios recursos a partir do seu sítio de implantação.” (ARAÚJO, M.
2017, online).
Conforme Araújo, M. (2017), uma obra sustentável se define a partir do local
da implantação e de todas as suas interações - ecológicas, sociais, econômicas,
biológicas e humanas -, do perfil do cliente e das necessidades do projeto. Os
principais sistemas de avaliação e certificação de obras no mundo dão as diretrizes
gerais para edificações sustentáveis: planejamento sustentável; aproveitamento
passivo dos recursos naturais; eficiência energética; gestão e economia da água;
gestão dos resíduos na edificação; qualidade do ar e do ambiente interior; conforto
termo acústico e lumínico; uso racional de materiais; uso de produtos e tecnologias
ambientalmente amigáveis.

2. EMISSÕES DE GÁS CARBÔNICO PELA INDÚSTRIA CIMENTEIRA


A construção civil é reconhecida como uma das atividades de maior
3
pegada ecológica em nosso planeta. Segundo dados das Nações Unidas, a
construção consome 40% de toda energia, extrai 30% dos materiais do
meio natural, gera 25% dos resíduos sólidos, consome 25% da água e
ocupa 12% das terras. Infelizmente, a construção também não fica atrás
quando se trata de emissões atmosféricas, respondendo por 1/3 do total de
emissões de gases de efeito estufa. (EMISSÕES... , 2017, online).
(BRASIL, 2013) aponta a produção de cimento e aço como os maiores
emissores da indústria brasileira. Sendo assim, o setor da construção civil deve
elaborar uma série de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Globalmente, os principais impactos ambientais negativos
identificados são: (a) aquecimento global; (b) destruição da camada de
ozônio; (c) poluição por nutrientes; (d) elevado consumo e limitação de fontes
energia; (e) elevado consumo e limitação de matérias-primas não-renováveis;
(f) elevada geração de resíduos; (g) poluição do ar; (h) exclusão social (i)
redução da biodiversidade; (j) desertificação e aumento da seca; (l) poluição
do solo; (m) poluição e escassez de água; (n) desflorestamento; (o)
acidificação atmosférica, entre outros. (RESENDE, 2007, p. 41).

O levantamento feito por BRASIL (2013) no inventário de estimativas anuais


de emissões de gases de efeito estufa no país indica também a produção de
cimento como o segunda maior emissora de gás carbônico do setor industrial, onde
se encontra a construção civil.
Tabela 2. Emissões de CO2 pelo setor industrial brasileiro em 2010.

(BRASIL, 2013)

3
. A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do
consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais
(gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade
Ecológica do planeta. Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para
terras e águas produtivas em um ano. (PEGADA, 2017, online).
A fabricação de cimento está entre as maiores fontes de emissão de
poluentes atmosféricos perigosos.

[Dentre eles] se destacam dioxinas e metais tóxicos, como mercúrio,


chumbo, cádmio, arsênio, antimônio e cromo; produtos de combustão
incompleta e os ácidos halogenados. Os metais pesados contidos nas
matérias-primas e combustíveis, mesmo em concentrações muito
pequenas, devido à sua volatilidade e ao comportamento físico-químico de
seus compostos, podem ser emitidos na forma de particulado ou de vapor,
pelas chaminés das fábricas. (SANTI; SEVÁ FILHO, 2017, p.7).

De acordo com Cimento... (2017), há fontes de poluição em todas as etapas


do processo produtivo do cimento: sonora, aérea, erosão, assoreamento de rios,
emissão de gases, chumbo, micro poluentes, dióxido de carbono (CO²), além da
elevação da temperatura ambiental. A emissão de CO², um dos principais
causadores do efeito estufa, proveniente do calcário e da alimentação dos fornos, é
intrínseca à sua fabricação.

O controle da poluição deste tipo de indústria tem sido considerado


simples e bastante difundido, podendo ser feita a instalação de filtros que
permitam eliminar a contaminação do ar e ao mesmo tempo reduzir
algumas perdas na produção. Entretanto, este tipo de controle não tem sido
plenamente efetivo e as iniciativas de ações sustentáveis para o setor são
ainda incipientes, apesar de alguns estudos mais avançados. (MAURY;
BLUMENSCHEIN, 2017, p. 93).

3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS COM CANNABIS SATIVA: CAL-CÂNHAMO


Conforme Barreto (2002), a planta de nome científico Cannabis sativa L.
pertence à ordem botânica Urticales, da família Cannabaceae, gênero Cannabis.
Atinge até 4m de altura em quatro ou cinco meses, com folhagem composta por
palmípedes de bordas serrilhadas bem características. Tem de 3 a 6 centímetros de
diâmetro, com galhos fartos e ramificados, de diâmetro entre 6 e 20 milímetros.

Figura 1. Plantação de cânhamo e cânhamo em feixe.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APOIO A CANNABIS ESPERANÇA, 2017, online)


Barreto (2002) afirma que a diferenciação entre maconha e cânhamo são a
quantidade de tetrahidrocanabinol (THC) e as fibras geradas pelas espécies
femininas e masculinas. Elas são produções inversamente proporcionais, pois
quanto mais fibra, menos THC apresentam. Portanto, plantas femininas e
masculinas são usadas para diferentes finalidades. Masculinas com mais fibras e
femininas com mais THC.

De acordo com um estudo de 1976 publicado pela Associação


Internacional para Taxonomia de Plantas, tanto o cânhamo como a
maconha são do mesmo gênero, Cannabis, e da mesma espécie, Cannabis
sativa. Dependendo de como é cultivado e usado pode-se falar de uma
planta ou outra. As culturas também são aceitos [sic] ou rejeitados [sic],
dependendo da localização da plantação, a quantidade de resina, o número
de plantas feminizados [sic], a quantidade de sementes e comprimento da
fibra. (CANNABIS... , 2016, online).

Barreto (2002) ainda descreve que as sementes do cânhamo – masculino -,


devem ser semeadas bem próximas umas às outras, de forma que cresçam mais em
altura e ramifiquem pouco, de forma a se obter fibras longas nas hastes e mínima
resina nos poucos galhos.

Dana Larsen, um pesquisador canadense que, em 1971, quis fazer


uma distinção entre cânhamo e maconha, reconheceu que não havia quase
nenhuma diferença entre os dois, mas que uma linha divisória era
necessária, que ele fixou em 0,3% de THC. Depois desse ponto, a planta
sempre seria considerada maconha. Desde então, tornou-se um padrão
mundial, mas cada país pode definir o limite que julgar mais adequado.
(CANNABIS... , 2006, online).

Em seu artigo primeiro, o decreto lei 891 de 1938 (BRASIL, 2017a) que
aprova a Lei de Fiscalização de Entorpecentes, não faz distinção entre maconha e
cânhamo. Fixa como ilegais a cultura, o cultivo, a colheita, o processamento e a
comercialização da Cannabis.
Figura 2. Haste e fibras da Cannabis sativa L

(ARAÚJO, E., 2015, p.7)


Hoje tramita o projeto de lei (BRASIL, 2017b, p.1) de autoria de Eurico Júnior,
que “dispõe sobre o controle, a plantação, o cultivo, a colheita, a produção, a
aquisição, o armazenamento, a comercialização e a distribuição de maconha
(Cannabis sativa) e seus derivados”. Além de distinguir cânhamo e maconha, a
proposta regulamenta a plantação, o cultivo e a colheita, bem como a
industrialização e a comercialização de Cannabis de uso não psicoativo - cânhamo,
desde que seja previamente autorizado e controlado pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento. Classifica como cânhamo as sementes com teor máximo
de 0,5% de THC, e 1% de THC para todo o conjunto da planta - raiz, haste, galhos,
flores e folhas.

O cânhamo vem sendo utilizado na construção civil, por meio de sistemas


construtivos em cal-cânhamo: o hemp lime ou hempcrete.

Hempcrete [hemp lime ou cal-cânhamo] é um bio-composto feito do


núcleo lenhoso interno da planta de cânhamo misturado com um aglutinante
à base de cal. O núcleo de cânhamo ou Shiv tem um alto conteúdo de sílica
que lhe permite ligar bem com cal. Esta propriedade é única para o
cânhamo entre todas as fibras naturais. O resultado é um material isolante
[...] leve pesando cerca de um sétimo ou um oitavo do peso de concreto.
(WHAT..., 2017, online).

O concreto é formado por agregados de areia e pedra, um ligante - cimento -


e aditivos químicos. Na mistura hempcrete, o agregado é o cânhamo, os ligantes a
cal aérea e cal hidráulica e os aditivos podem ser a pozolana, metacaulino, argila em
pó, areia e possíveis aditivos minerais. Assim, este composto é comparado a um
concreto, tendo em conta a sua composição, mas sem base de cimento (ARAÚJO,
E., 2015).
O potencial do cânhamo está na celulose existente em suas fibras internas. O
biocomposto é produzido a partir do núcleo lenho, fragmentado em cavacos,
misturado com aglutinante. Deve-se ressaltar que o núcleo tem alto teor de sílica, o
que permite boa ligação com a cal e ativa suas fibras na presença dela com água,
conduzindo ao processo de petrificação (EIRES, 2006; SANTOS, 2013 apud
ARAÚJO, E., 2015).
Conforme ensaios executados por Araújo, E. (2015), a composição que
oferece mais resistência à compressão é formada 35% de cal hidratada – ligante -, e
65% de cânhamo – agregado, e água.
O isolamento térmico e acústico apresentado por este material de construção
é dado pelo alto teor de sílica e porosidade dos materiais (EIRES, 2006; SANTOS,
2013 apud ARAÚJO, E., 2015).
Comparado a materiais orgânicos como borracha e linóleo, o cânhamo
apresenta melhor funcionalidade térmica. Já se comparado a inorgânicos, como lã
de rocha ou lã de vidro, apresenta um valor de condutibilidade ligeiramente superior.
“De forma geral, consegue-se comprovar que o cânhamo contém propriedades que
garantem que este tem um bom comportamento térmico.” (ARAÚJO, E., 2015, p.70).
“É de salientar também que o betão de cânhamo pode ser revestido com
uma argamassa de reboco [estuque de cal, areia e água] e esta sim deverá ser mais
impermeável à água.” (ARAÚJO, E., 2015, p. 81).
As vantagens do cal-cânhamo estão em sua baixa densidade, alto isolamento
térmico e acústico, boa permeabilidade, flexibilidade, resistência ao fogo e
infestações, bela estética. Além de ser sustentável, pois se trata de uma matéria
prima de origem orgânica, renovável, neutro em gases de efeito estufa, com baixos
níveis de energia incorporada, não contém químicos nocivos em sua constituição, e
tem baixas de emissões de CO2 - pois retém cerca de 110Kg/m3 de parede. Além
disso, cresce rápido, é simples de cultivar e tem vida útil estimada entre 600 a 800
anos. (ARAÚJO, E., 2015).
Apresenta como desvantagens, o fato de que o composto ainda não ter
capacidade estrutural e seu tempo de secagem ser lento, devido ao uso da cal
(Araújo, M., 2017).
O betão de cânhamo pode ser aplicado de diversas maneiras, como
coberturas, paredes interiores e exteriores, substituindo assim a parede de
tijolo convencional com o isolamento térmico ou acústico e revestimentos
como o gesso cartonado. (EIRES, 2008, apud SANTOS, 2013, p.17)

Também, as fibras de cânhamo podem ser aplicadas em pavimentos,


no cobrimento ou na regularização de pisos, devido à sua leveza, como em
acabamentos, é importante utilizar produtos que permitam a capacidade de
passagem de vapor de água, pois é uma característica deste tipo de
construção, sendo recomendado o uso da cal. (EIRES, 2008, apud SANTOS,
2013, p. 33).
Os sistemas construtivos se caracterizam por três diferentes métodos:
compactação, blocos ou painéis pré-fabricados e pulverização.
Compactação ou cofragem é um método onde pranchas de madeira são
instaladas na horizontal como suporte de cargas. O seu interior é preenchido com
betão de cânhamo, como é feito no sistema de taipa de pilão. Após o enchimento,
com ajuda de cofragens, o betão de cânhamo é compactado à mão ou com
maquinaria própria. As fibras não podem ser compactadas excessivamente, pois
reduzem suas propriedades térmicas. A compactação deve resultar num produto
duro e sem espaços de ar. No final deste processo, as cofragens podem ser
imediatamente removidas (SANTOS, 2013).
Figuras 3 e 4. Sistema de compactação por cofragem

(UK HEMPCRETE, 2017, online)


Os blocos e painéis pré-fabricados são feitos de betão de cânhamo, com
medidas padronizadas (HA HEMPARCHITECTURE, 2017). É considerado um
método seco de construção, pois os elementos são pré-fabricados e secos antes de
irem para a obra. Os blocos são semelhantes ao tijolo convencional, suportados
por uma estrutura de madeira e colocados sobre pinos, que encaixam em furações
pré-feitas nos blocos, que lhes fornece estabilidade necessária (SANTOS, 2013).
Figuras 5 e 6. Blocos pré-fabricados em cal-cânhamo

(HA HEMPARCHITECTURE, 2017, online)

O método de pulverização é semelhante ao concreto projetado.


Consiste na pulverização do betão de cânhamo nas estruturas de madeira.
Uma técnica bastante rápida, cerca 6m³ por hora para uma parede de
cânhamo. Esta prática exige pessoal técnico para a sua realização.
(AMZIANE; ARNAUD, 2013 apud SANTOS, 2013).
Figura 7. Sistema de jateamento, ou pulverização

(MATERIAIS..., 2017, online)

A construção em cânhamo quando comparada à convencional, para


além do facto de ser biológica e de carácter ecológico tem a capacidade de
permitir a respiração natural do edifício, prevenindo a ocorrência de
condensações dado à sua capacidade de absorção e resistência à água,
sem impermeabilização. O isolamento térmico e acústico que este tipo de
construção apresenta é proporcionado pelo elevado teor em sílica e
porosidade de todo o material. A sua flexibilidade e a capacidade de se
ajustar aos movimentos, próprios de qualquer construção, evitam o
surgimento de fissuras. É um material não inflamável e não liberta fumos
tóxicos. Tem vantagens em relação a outras construções, nomeadamente
construções em terra crua ou em fardos de palha, pois é resistente a
insetos, fungos e bactérias. (EIRES, 2008, apud SANTOS, 2013, p. 33).

CONCLUSÕES
O cânhamo, derivado da Cannabis sativa é um material renovável que pode
ser empregado em várias etapas de uma obra, com exceção das estruturas,
substituindo os sistemas construtivos que utilizam o cimento.
Trata-se de uma matéria prima de base biológica e, portanto, renovável, com
safra altamente rentável. Tem elevadas qualidades termo-acústicas e pode ser
aplicada na construção de paredes, pisos e forros em sistemas construtivos
executados in loco como compactação em cofragem ou pulverização, e pré-
fabricados como blocos e painéis.
Os sistemas se utilizam de estruturas em madeira, certificada, já que o cal-
cânhamo ainda não possui características estruturais. E assim , pode-se projetar toda
uma edificação com uso de cimento apenas nas fundações, construindo-se uma
obra altamente sustentável.
REFERÊNCIAS

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Construído) - Escola de Engenharia, Universidade do Minho, Minho.

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UK HEMPCRETE. Disponível em: <https://www.ukhempcrete.com/gallery-


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Aluno: Érika Zancaner Arvati Matrícula: 556971

Artigo apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a


conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Design Estratégico.

AVALIAÇÃO

1. CONTEÚDO

Grau: ______

2. FORMA

Grau: ______

3. GRAU FINAL: ______

AVALIADO POR

Profa. Doutora Virgínia Célia Costa Marcelo

_______________________

(Assinatura)

Profª. Ms. Ana Adelaide Moutinho de Amorim _______________________


Fernandes
(Assinatura)

São Caetano do Sul,____ de ______________ de 2017.

Profa. Doutora Virgínia Célia Costa Marcelo

Coordenador

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