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• DRIs:
– Mulheres: 25g/dia.
– Homens: 38g/dia
– Acima destes valores pode prejudicar a absorção
de minerais (ferro, zinco e cálcio) essenciais à
saúde e até mesmo causar efeitos colaterais
(flatulência, dor abdominal e constipação)
Fontes alimentares/
suplementos
ácidos biliares
GOMAS Retardam o esvaziamento gástrico, proporcionam farelo de aveia,
substrato fermentável para as bactérias do cólon, farinha de aveia,
reduzem a concentração plasmática de colesterol e farelo de cevada,
melhoram a tolerância à glicose goma guar, goma
arábica
MUCILAGENS Retardam o esvaziamento gástrico, proporcionam semente de Plantago
substrato fermentável para as bactérias do cólon e ovata e semente de
reduzem a concentração plasmática de colesterol acácia
Fibra
OR 0,64
NHANES 2000
• N = 4900
Bosscher et al, 2009; Dunn et al, 2011; Rodrigues, 2011; World Gastroenterology Organization, 2011
Prebióticos: funções e fontes
FIBRA AÇÃO FONTES
Raiz da chicória,
INULINA e FOS Através da fermentação estimula o alcachofra, cebola,
crescimento de bifidobactérias entre outras alho, banana,
bactérias potencialmente benéficas aspargos, batata
PREBIÓTIOCS
yacon
Frutooligossacarídeos
Frutooligossacarídeos
Alimentos prebióticos
Produtos da fermentação dos
prebióticos: AGCC
• Principalmente acetato, butirato e proprionato:
– fornecem energia
– alteram o pH intestinal – pode influenciar a composição da microbiota
– butirato é capaz de induzir a expressão de genes que codificam para proteínas
de junção das células epiteliais (tight junctions), necessária para adequada
função da barreira intestinal. Ao preservar a barreira intestinal reduzem a
translocação de LPS (↓endotoxemia metabólica). Ainda, esse AGCC tem ação
anti-inflamatória via inibição do NF-κB em colonócitos
– funcionam como substrato para lipogênese hepática favorecendo a deposição
de gordura??
• a AMPK é uma enzima que participa da regulação do metabolismo de ácidos graxos e
glicose em tecidos, como o fígado e músculo esquelético. Quando a via da AMPK é
inibida, ativa processos anabólicos e bloqueia catabólicos, predispondo ao ganho de
peso. Em animais, sugeriu-se que a presença da microbiota pode inibir a AMPK,
determinando aumento de adiposidade corporal e geração de resistência à insulina
(PNAS. 2007; 104(3): 979-84).
• Dados recentes indicam que especialmente o butirato, poderia ativar a AMPK em
tecidos, o que aumenta a expressão do peroxisome proliferator-activated receptor
gamma coactivator (PCG)-1α. Por este mecanismo, a oxidação de ácidos graxos e a
termogênese estariam aumentadas, auxiliando no controle de peso (J Lipid Res. 2013; 54(9):
2325-40).
Produtos da fermentação dos
prebióticos: AGCC
• Possuem a capacidade de se ligar a receptores acoplados à proteína G
(GPR), expressos em células enteroendócrinas L, produtoras de incretinas
(como o glucagon-like-peptide – GLP e peptídeo YY – PYY). O GLP-1
promove a secreção de insulina pelas células β pancreáticas e o PYY
colabora para saciedade regulando o esvaziamento gástrico.
– Camundongos ob/ob alimentados com prebióticos apresentaram aumento de
GLP-2 (co-secretado com GLP-1) que elevou a expressão de proteínas de
junção celular e reduziu as concentrações séricas de LPS e de marcadores
inflamatórios (Gut. 2009; 58(8):1091-103). Achados preliminares em seres humanos,
confirmam essa hipótese (Am J Clin Nutr. 2009; 90:1236-43).
*AG Sat
TLR-4 NFkB Mediadores inflamatórios
LPS
Resistência à insulina
Ações da microbiota intestinal no metabolismo
LPS
LPS
LPS
LPS ↑ permeabilidade intestinal
enterócito
LPS
endotoxemia
Cél. L Lâmina própria
Lactobacillus acidophilus
Lactobacillus paracasei, B. lactis
• Manutenção do peso:
– Metanálise sugere que os probióticos tem eficácia limitada na perda de
peso. Mais estudos são necessários para comprovar essa hipótese (Nutr
Res. 2015; 35(7):566-75)
Capacidade de colonização do TGI:
Efeito a longo prazo?
• Componente ecológico:
– Assim que um organismo probiótico sobrevive ao ácido gástrico e aos sais
biliares do duodeno e, assim, atinge o íleo e o cólon, tem a possibilidade de se
desenvolver em um ambiente menos rigoroso. Contudo, atinge um ambiente
com um fundo microbiano altamente significativo;
– A cepa probiótica pode ser considerada exterior (alóctone) à microbiota
endógena residente (autóctone) e, a menos que nutrientes específicos sejam
fornecidos ao probiótico na formulacão do produto (por exemplo, simbiótica),
a cepa deve entrar em competição com a comunidade autóctone por
substratos disponíveis.
• Componente da mucosa:
– Uma propriedade importante a respeito do controle de patógenos, é sua
capacidade de aderir e crescer na superfície mucosa que cobre o epitélio
intestinal.
– A adesão específica dos microorganismos intestinais às mucinas do intestino é
eficiente apenas para a formação de microcolônias e não garante uma
colonização prolongada da camada da mucosa.
Estudos realizados com probióticos
• L. gasseri no iogurte (200g/dia) – 12 sem (n = 87)
– ↓ peso corporal e circ. cintura (p<0,001) quando
comparados ao grupo placebo
• Akkermansia muciniphila??
Alimentação/suplementação como moduladora da
microbiota
Prebióticos Probióticos
• Consumo de prebióticos • Ensaios clínicos – destinados ao
fornece substrato para as controle de distúrbios
bactérias benéficas que cardiometabólicos – com
produção de AGCC, o risco resultados inconsistentes
cardiometabólico Barz et al. Diabetes Metab J; 2015
Cani et al. Diabetes; 2008
• Akkermansia muciniphila
– Apesar de gram (-), é benéfica
• Produz mucina (↑ espessura da
camada de muco)
• melhora da permeabilidade intestinal
(↓ endotoxemia metabólica)
Everard et al. PNAS; 2013
A. muciniphila e metabolismo da
glicose
• Evidências de que o INF-γ regula a abundância de
A. muciniphila vieram de experimentos com
camundongos deficientes de INF-γ, nos quais o
restabelecimento das concentrações deste
biomarcador foi acompanhado de diminuição da
abundância de A. muciniphila e de piora da
homeostase da glicose.
• A hipótese desta bactéria exercer a função na
regulação do metabolismo glicídico encontra
subsídios em humanos (Moraes, 2016; Greer et al. – in press).
Abundância de A. muciniphila segundo a
tolerância à glicose
***
**
*p>0.05; **p>0.01;***p>0.001
Simbióticos
Fator multiplicativo: ação com maior eficiência
Exemplos de simbióticos:
Bifidobactérias com galactooligossacarídeos
Bifidobactérias com frutooligossacarídeos
L. paracasei, L. rhamnosus,
L. acidophilus, B. lactis, FOS
R$68,00 – 15 sachês
É possível modular a composição da
microbiota intestinal por meio de
alimentos probióticos e prebióticos com o
intuito de prevenir e controlar doenças
inflamatórias e crônicas não
transmissíveis?
TCAGTAGCTGAACAGGAGGGACAGCTGATAGAAACAGAAGCCACTGGAGCACCTCAAAAACACCATCATA
CACTAAATCAGTAAGTTGGCAGCATCACCCATTTTCAGTCGGTTGACCATGTCCGGTTACGTTAGCCGCA
ATGGTAAAAGGTTCGATCATTACCGCATATTGATCGGCCACTGCTTCAGGAATTTTCCACGCATTTTTTG
CCGGAACCACGGCATATTCACTGAAACCACCGTCAGCGTGCACACCTAATACAGCCAGTGTCGTACAAAC
GTTCGGTTTACTTATAGAGCACGGATAGCAATGCCCACAGCTGACCACCGGATCGACAGCAACACGTTCA
Fibras
AGCC Perspectiva
AG sat
LPS