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A

SUA EXCL. GENERAL JOÃO MANUEL


GONÇALVES LOUREÇO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA DE ANGOLA

Cc/ Club-k
Departamento de Investigação e Acção Penal, Portugal
(DCIAP)
Jornal Folha 8
LUANDA, AOS 08 DE JANEIRO DE 2018

ASSUNTO: CRIMES DE CORRUPÇÃO DO PCA DA ENSA

Com os melhores cumprimentos.

Sua Excl.

Vimos por intermédio desta, dar a conhecer a sua Excl. Sr. Presidente da
República, a sociedade angolana, em geral e aos nossos Clientes, em
particular, os crimes de peculato, corrupção, branqueamento de capitais e
sucessivas violações a lei da probidade pública naquilo que tem sido prática
do actual conselho de Administração da ENSA na pessoa do seu PCA Sr.
Manuel Joaquim Gonçalves, portador do B.I nº 000297228LA033, passaporte
nº N1135279, nascido aos 25.05.1958, estado Civil Casado, residente em
Ingombotas, Rua Rainha Gingaou nº 60, Coqueiros.

Sr. Presidente, tudo o que tem se passado na Empresa Nacional de Seguro de


Angola – ENSA que tem levado os funcionários a questionar se é suficiente a
nomeação de um cargo público para que se seja milionário sem justa causa.
Nós os funcionários das ENSA manifestamos profundamente o nosso
descontentamento com o actual PCA por sinal vosso subordinado, por
práticas ilícitas, que põe em causa a estabilidade económica nacional, da
ENSA e o sustento de diversas famílias angolanas, pois ela é uma empresa de
domínio público.

Excelência, a ENSA sobrevive dos produtos de seguro que comercializa aos


seus clientes sejam particulares ou empresas. Numa realidade económica
actual, onde as famílias são sacrificadas, onde o executivo trabalha
arduamente, onde é necessário ajustar políticas públicas para que seja
devolvido o poder de compra as famílias, onde se tudo aponta para um
combate acérrimo contra a corrupção, a gestão da ENSA, enquanto Empresa
Pública, não poderia ser diferente, Ora, vejamos;

Integridade, Responsabilidade, Transparência

Sr. Presidente;
I. O Actual PCA da ENSA (Manuel Joaquim Gonçalves) a mais de 9 (nove)
anos, pelos actos, tenciona ruir a ENSA, isso porque, o Sr. é ao mesmo
tempo fornecedor e comprador, ou seja, a actual empresa que presta
serviços de transporte a ENSA (motoristas) da Empresa ZORIN que é sua
pertença em conluio com o Director da RH Sebastião Raimundo de Freitas,
cujos contratos rondam aos milhões. Este último, por sua vez, é esposo da
Actual Directora Regional Centro Fernanda Freitas que fizera 2 (dois) anos
sem trabalhar alegando doença, tendo estado durante esse período de
tempo em Portugal (numa residência adquirida fruto destas contratos
onde PCA é vendedor e comprador) mas auferindo sempre como Directora
Regional, que só regressou após anúncio de mudança do Conselho de
Administração mas que por força deste conluio nada lhe foi feito (a
conhecida Senhora de idade de vestidos curtos).

II. Esta ZORIN, os seus colaboradores têm um contrato de trabalho (objecto


hoje de conflito) problemático, isso porque o Sr. Manuel Gonçalves
celebrou um contrato, na data certa, com remuneração com moeda
estrangeira (Dólares Norte Americanos) e, até a presente data paga esses
mesmo Colaboradores em Kwanza com câmbio desactualizado.
Enfrentado fortes reclamações, força estes colaboradores a mais de 7 anos
a celebrar um outro contrato de trabalho a termo detalhando: Os
colaboradores prestam serviço a ENSA a mais de 3 (três) anos, por força
legal, já teriam sido enquadrados como efectivos. Apercebendo-se deste
desiderato, força os colaboradores desta empresa a celebrar um outro
contrato de trabalho a termo. Mas o crime mesmo, resulta do facto de o Sr.
não pagar os IRT, INSS, tão mesmo o Imposto Industrial desta Empresa
(fuga o fisco). Para se afastar desta confusão criou recentemente uma nova
Empresa SINTRA onde quer alocar estes colaboradores. Ora, o estranho
mesmo é que, quem paga os salários destes colaboradores é a ENSA e não
a ZORIN.

III. O Manuel Gonçalves também é o proprietário da Empresa PROPICASA,


a gestora do condomínio da ENSA no Talatona. É, de igual modo, Presidente
do Conselho de Administração do Standard Chartered Bank Angola
(anexo).

Branqueamento de Capital

IV. Excelência, esse mesmo PCA tendo em conta o seu interesse pessoal,
ao em vez de potenciar os seus Colaboradores, decidiu trazer de Portugal
uma Empresa denominada AdvanceCare (em que ele mesmo é accionista
através de uma das sua empresas), para gerir os sinistros do Seguro de
Saúde, coisa essa que potencializando colaboradores poderia ser feita.
Quando se celebrou o contrato, segundo o próprio PCA, anunciou que a
empresa pela prestação de serviço, havia de se pagar por um preço fixo
rondando milhões de Euros (ocultou o contrato). Meses depois o mesmo
PCA volta a anunciar (em bastidores) que o contrato seria de pagamento de
prémio por apólice, ou seja; a cada empresa ou particular que paga o seu
seguro de saúde 20% vai para AdvanceCare, quer ou não apólice tenha
sinistro.

V. Excelência, a ENSA trabalha com a consultora Delloite (precisa de ser


investigada) a vários anos, contrato este que nunca chega ao seu termo
(excesso de consultoria para facilitar fuga de capitais para o estrangeiro) e,
há uma particularidade no contrato com essa consultora; a ENSA paga na
Europa (Portugal) a residência dos colaboradores desta consultora, Ora
perguntamos; como será possível manter a rentabilidade de uma empresa
pública com esse tipo de contrato? Como possível gerir os euros e dólares
para que não saiam em massa para o exterior uma vez que são as empresas
do Estado que celebram contratos em Euro mesmo estando em Angola?
Porque razão a ENSA paga as residências dos funcionários de uma empresa
em Portugal mesmo esses sendo Portugueses, cuja residência em seu próprio
território?

VI. Excelência, a cada ano a ENSA troca ou compra aplicativos novos todos
eles custando milhões de euros, sem qual quer razão. Recentemente a ENSA
adquiriu um aplicativo de nome MedNext (para gerir o produto saúde), cuja
compra teve o seguinte detalhe; A ENSA pagou 3 milhões de Dólares Norte
Americanos a Delloite e esta por sua vez foi quem adquiriu o aplicativo a uma
Empresa Grega. A pergunta que não se que calar: Porquê e que a ENSA não
comprou directamente o aplicativo a Empresa Grega? Como é que os
Portugueses não nos vão investigar e subjugar? Tudo isso tem um interesse,
todas as divisas que são pagas no exterior o PCA tem dividendo, o excesso de
consultores, pagamentos de serviços, compras de aplicativos têm como alvo;
uma forma segura de saquear o dinheiro do estado e guarda-lo no exterior.
Excelência pelo direito de resposta, instamos o PCA a tornar público esses
contratos, temos a certeza; não o fará.

VII. Excelência, recentemente mais um pagamento em milhões de euro está a


ser feito porque o Administrador João Mota Lemos decidiu inventar também
a sua. Solicitou uma actualização do aplicativo BPM sem necessidade. Tudo
tem um único objectivo receber a sua parte no exterior. Aliás, são recém-
nomeados e já adquiriram casas milionárias em Portugal (basta os serviços
de segurança investigar). É nossa intenção denunciar o Sr. Manuel Gonçalves
e a Delloite junto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal em
Portugal para que A Delloite também seja investigada com os contratos que
tem mantido em Angola com a ENSA, faremos chegar essa reclamação na sua
sede em Londres.
Expropriação de Património

VIII. O PCA privatizou 3 (três) apartamentos pertencentes ao activo


imobiliário da ENSA, cito; marginal de Luanda, tendo feito sobre estes, as
seguintes distribuições: 1 apartamento em nome dele (PCA) 1 em nome da
filha e um em nome da Esposa. Ainda sobre o imobiliário, o mesmo PCA foi
comprador e vendedor de um Terreno pertencente a ENSA, cito Av. Pedro de
Castro Vandunen Loy, junto as Bombas de Combustível da Pumangol (valor
do contrato omisso). Agora está também a vender um edifício hoteleiro da
ENSA. Essa prática é tão antiga que já o levou a correr com o seu anterior
Director de Gabinete, por este ter vendido um terreno da ENSA sem
apresentar o dinheiro completo.

A actual Farmácia Marginal cito; junto a ENSA marginal de Luanda é pertença


do PCA da ENSA, cujos gestores são Portugueses. Tem o PCA muitos negócios
ocultos em Portugal. O Senhor Manuel Joaquim Gonçalves é o novo
milionário não revelado.

Suspensão do Qualificador Ocupacional

XIX. Excelência, o PCA emitiu uma ordem de serviço (anexo) em que


suspende o progresso de carreira profissional e a ENSA tem trabalhadores
com 6, 7, 8, 9, 10 e 11 anos de serviços que nunca progrediram
profissionalmente. O MAPTESS, incentiva o progresso de carreira
profissional mas o PCA diz não alegando dificuldades financeiras da empresa.
Como a empresa não ter dificuldades financeiras se é que tem, se o PCA tem
uma gestão danosa? Poderá isso ser saudável para empresa?

X. São passados 5 (cinco) anos que o PCA não capa/ da vulgo incentivos de
natal aos Colaboradores (mas nos relatórios das contas faz constar). No
entanto manipula os recibos dos seus colaboradores, tudo isso, em conluio
com o Director da RH Sebastião Raimundo de Freitas. O grau de
descontentamentos dos Colaboradores é tão enorme que dias pós dia
Directores são instados as ameaças aos colaboradores com processos
disciplinares, despedimentos e diplomas de responsabilização dos
colaboradores pela gestão danosa que o PCA comete aos olhos dos demais
Administradores.

XI. Excelência, as dividas com os prestadores (Clínica da ENDIAMA e outros)


são tão enorme que se não se por fim a isso a ENSA pode não aguentar mais
tempo. Não se pode conceber que uma gestão seja fundada com base em
ameaças, que não fizer será sancionado, vamos despedir, haverá processos
disciplinares. Culpam Gestores e Colaboradores pela denúncia dos contratos
por má prestação de serviço que AdvaceCare (contratada pelo PCA) cria aos
Clientes. Excelência, é urgente abrir um processo de inquérito sobre toda a
Administração da ENSA. Estamos disponíveis em fornecer todas as provas
que necessitarem.
Capitalismo Fundamentalista

XII. Excelência, a ENSA celebrou com o Banco BIC um protocolo de crédito


com taxas muito altas. Face a desvalorização da nossa moeda e, uma vez que
os créditos estão indexados ao Dólar muitos dos colabores estão a ficar sem
nada para comer, pela miséria de salário que nos são pagos. Já houve no sei
da Companhia a solicitação do PCA de modos a renegociar os termos do
contrato mas infelizmente o mesmo remeteu se ao silêncio. Na data certa,
solicitou-se ao PCA que interviesse junto da IMOGESTIN (tendo ENSA como
accionista) que a semelhança de outras Empresas a ENSA interviesse no
beneficio de apartamentos aos seus colaboradores mas o PCA também se
remeteu ao silencio. Traduzindo as vozes que pairam sobre a empresa que o
PCA tem dividendos nos reembolsos de créditos de 30 (trinta) anos
concedidos ao Banco BIC por essa razão é fundamental ver os seus
Colaboradores endividados. Que o PCA estabelecer um Islamismo financeiro?
Onde basta ele como líder suas ideologias e mais nada?

XIII. Excelência, como será possível, as contas da ENSA serem amolgadas,


anos consecutivos quando existem vários movimentos em abertos em POS,
pagamentos de Clientes não contabilizados, facturas pendentes e uma gestão
preta como essa? Que critério são aplicados? Isso prova, justamente, as
nossas alegações, o PCA manipula os resultados económicos. Não poder que
o mesmo PCA convida os órgãos de Comunicação Social (anexo) para dizer
que a Empresa produziu mil milhões de Kwanzas e ao mesmo tempo impede
o progresso da carreira profissional por falta de recursos financeiros. A
quem o PCA quer enganar; a nós ou a comunicação social?

Excelência, Instamos o vosso pronunciamento bem como da PGR sobre a


gestão da ENSA.

O Colectivo dos Funcionários da ENSA.

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