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'AMIDÁ - a oração judaica, chamada por este nome por ser dita
estando a pessoa de pé, que é o significado do termo. É também
chamada de "chemonê 'esserê" ("dezoito"), em alusão às dezoito
bênçãos que a compõem, às quais acrescentara-se nos dias de Raban
Chimeon ben-Gamliel uma a mais, transformando a oração em
dezenove bênçãos (v. "min" e a explanação acerca da razão deste
acréscimo). (voltar)
ĤALA - parte da massa para o pão que deve ser separada por
determinação da Torá e entregue a um cohen. Na atualidade, que
nosso Templo encontra-se desolado, e todos nos achamos impuros por
falta da cinza da vaca vermelha, os cohanim não podem dela usufruir,
por ser proibido comê-la em estado de impureza; ou estando ela
impura. Os Sábios do Talmud decretaram que o mínimo que cada
israelita deve dar é 1/24 para o cidadão comum que assa seu pão em
sua casa para seus familiares e sem fins lucrativos, e 1/48 para os que
o fazem para venda.
IOM TOV - (iom = dia; tob = bom; plural: iamim tovim) São os dias
festivos judaicos, nos quais as proibições são similares àquelas do
chabát, com exceções, segundo citadas neste livro. Suas penalidades,
porém, são diversas das que se aplicam em casos de profanação do
chabát, como constatará o leitor. Na terra de Israel, com exceção do
primeiro dia do ano, que são dois dias em comemoração por toda
parte, todos os demais dias festivos são comemorados por um dia
apenas (um no princípio e um no final da festa), em contraste com a
diáspora, onde comemora-se dois dias ao princípio e ao final da festa.
PEÁ - (no plural: peôt) canto do campo plantado que deve ser
deixado para o proveito dos pobres. Também chama-se "peá" qualquer
um dos cantos das cabeça sobre o osso diante das orelhas, que os
achkenazitas e parte dos judeus iemenitas deixam crescer
exageradamente, sendo a proibição da Torá simplesmente o raspar-se
ali com navalha. Também alguns judeus oriundos de países árabes,
Terra de Israel e sefaraditas - especialmente na Terra de Israel - talvez
levados por um sentimento de "admiração" por seus irmãos
achkenazitas, aderiram a este costume a partir de meados do século
XX e.c.
Chama-se "peá" igualmente qualquer um dos cinco cantos da barba,
pelo que se proíbe barbear-se com navalha toda a barba, por não
sabermos quais são exatamente os cinco cantos. Ao que tudo indica,os
achkenazitas empeçaram este costume de deixar crescer as madeixas
mais que o normal exigido pela Torá por razão de necessidade de
reforço de sua identidade judaica, a mesma razão de seus indumentos
estranhos e antiquados, ou a cor preta deles, numa busca de acentuar
suas diferenças das comunidades gentílicas européias, quando estes
deixaram de requerer deles um "sinal pejorativo" que lembrasse sua
judeidade, como o uso de um chapéu diferente ou algo similar. A
proibição expressa na Torá, porém, é simplesmente a de raspar os
cantos da cabeça diante das orelhas com navalha. Por cada um dos
dois cantos da cabeça e dos cinco da barba incorre-se em pena de
trinta e nove açoites. Os iemenitas também conservam este estranho
costume de deixarem crescer as madeixas, e dizem que por decreto de
um certo rei, que ordenara que assim fizessem como sinal de
diferenciação que os distinguisse de seus vizinhos muçulmanos, algo
parecido com o chapéu pontudo na Europa da idade média. Todavia,
não se sabe realmente se é esta a verdadeira razão, ou se tem a ver
com o trazido na Tossefta acerca de certo Sábio que deixara sua barba
crescer demasiadamente para servir de sinal contrário aos que
transgrediam o preceito, depilando-se a exemplo dos gregos e
romanos.
O costume de deixar crescer as madeixas ao longo do rosto, ou seja,
mais do que o suficiente para contornar o lóbulo auricular, é estranho
mesmo aos achquenazitas, originalmente, e típico ĥassidismo,
movimento esotérico criado por rabi Israel ben-Eli'ezer, mais
conhecido como "Ba'al Chem Tov", tendo razões místicas
intrinsecamente ligadas à circuncisão, sendo a diferença numérica de
ambas as palavras apenas um algarismo (peá= oitenta e seis, valor
numérico do nome "Deus" em hebraico, e do termo "a natureza",
acompanhado de seu artigo, que em hebraico se junta à palavra;
"milá" = circuncisão - equivale a oitenta e cinco), que tem por sua vez
outras conotações místicas.
Suas tradições e pensamento são de todo estranho aos sefarditas,
contrário ao que se pensa que o movimento foi influenciado por
judeus hispanos que difundiram a ciência mística. A grande maioria
dos rabinos sefarditas foram contrários à cabalá e suas crenças,
cogominando-a de "filosofia platônica" e "segunda forma de
cristianismo", e os que aderiram a ela, entre os sefarditas da
antiguidade, fizeram-no através dos ensinamentos de rabi Mochê
Cordovero, que é em muito distante da difundida no meio ĥassídico,
assemelhando-se mais à propalada pelo rabino italiano Mochê Ĥaim
Luzzatto e pelo Gaon de Vilna.
PÊRET - uvas que caem durante a colheita e devem ser deixadas para
os pobres.
"O mês no qual hajam apenas vinte e nove dias, sendo a lua vista no
trigésimo, é chamado de "ĥôdech-hassêr". Se a lua não for vista, e for
o mês passado de trinta dias, é cogominado de "ĥôdech-me'ubar" e é
chamado "ĥôdech malê". A lua vista no trigésimo dia, é chamada "lua
vista a seu tempo", e se foi vista no dia trigésimo-primeiro, é chamada
de "lua vista na noite de sua declaração [de seu novo mês]."
O termo "filactério" nada tem a ver com a palavra "tefilin" - sendo que
os gregos pensavam que os "tefilin" fossem uma espécie de talismã,
que é o significado da palavra em sua fonte. (Clique aqui para voltar)
TECHUVÁ - pela tradição sefardita de pronúncia do
hebraico: techubá, e os asquenazitas pronunciam em todo lugar no
qual o "b" seja lene "v", que foi admitido na pronúncia israelense.
"Techuvá" deriva do verbo "chav" - "volta", "retorna", "regressa". Em
sentido de transgressões, tem duplo sentido: significa que a pessoa
"tornou a Deus de seu erro cometido", e significa que "voltou de seu
erro", ou seja, que ao mesmo já não voltará. O mandamento principal
no momento em que a pessoa abandona o erro, é a confissão perante
Deus do que fez, sem a qual não se leva em conta seu "tornar a Deus",
por ser parte intrinsecamente ligada ao arrependimento sincero. A
pessoa que diz estar arrependido de determinada má ação e volta a
cometê-la é comparado a um cachorro que torna a seu próprio vômito.
A pessoa que se arrependera de seus maus atos, confessara perante
Deus e mantém-se assim, é chamado "ba'al techuvá", e no
plural, ba'alê techuvá.
ZAV - Homem que tem fluxo seminal, o qual causa sua impurificação
por tempo determinado. Para sua purificação são necessárias águas
vivas, isto é provenientes de fonte natural.
ZAVÁ - Feminino de zav. Neste caso o fluxo é sanguíneo, e sua
purificação não necessita ser feita em fonte de águas vivas, como no
caso do zav, senão, a imersão em uma miqvá comum é suficiente.
PENALIDADES:
(Obs.: Todas as penalidades capitais são aplicadas somente
estando o réu um tanto embriagado)
MEDIDAS:
EFÁ = três sein (plural de seá).
'UCLA = ½ revi'it
REVI'IT = 0.13 de um litro de nossos dias, mais ou menos (de acordo com os
rabinos da atualidade em sua maioria - 86 ml).
VALORES MONETÁRIOS:
MA'Á - peso equivalente ao de 16 grãos de cevada (medianos) - pode ser ouro
ou prata.