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Legislação de Trânsito
Capítulo I em defesa da vida, preservação da saúde e do meio ambiente.
Disposições Preliminares Como órgãos normativos integrantes do sistema Nacional de
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do Trânsito temos o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN,
território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. o Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN e o Conselho de
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, Trânsito do Distrito Federal – CONTRANDIFE.
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN é o órgão
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de máximo normativo do sistema, cujas RESOLUÇÕES têm força
carga ou descarga. de lei, e suas normas devem ser cumpridas por todos os órgãos
Comentário: Além desta definição, o C.T.B., em seu Ane- ou entidades.
xo I, define trânsito como a “movimentação e imobilização de O Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN e o Conse-
veículos, pessoas e animais nas vias terrestres.” lho de Trânsito do Distrito Federal – CONTRANDIFE são
É comum ouvirmos falar que o “trânsito estava intenso” ou órgãos normativos, cujos atos – DELIBERAÇÕES – têm eficá-
“o tráfego estava intenso”. Existe uma diferença entre trânsito e cia em sua circunscrição.
tráfego. Aos órgãos executivos compete a aplicação dos preceitos
O Dicionário Aurélio define TRÂNSITO como: “Ato ou do C.T.B. , normas do CONTRAN , CETRAN e
efeito de caminhar; marcha, movimento, circulação, afluência CONTRANDIFE, através da fiscalização e aplicação das pena-
de pessoas ou de veículos.” e TRÁFEGO como o “fluxo das lidades, no âmbito de suas respectivas atribuições.
mercadorias transportadas, por aerovia, ferrovia, hidrovia ou Temos como órgãos executivos:
rodovia” -União: Departamento Nacional de Trânsito –
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de to- DENATRAN – órgão máximo executivo;
dos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema -Estado: Departamento Estadual de Trânsito –
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respecti- DETRAN e Departamento de Trânsito do Distrito Federal;
vas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse -Município: Secretaria Municipal de Transportes.
direito. Temos como órgãos executivos rodoviários:
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Naci- -União: Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT;
onal de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas compe- -Estado: Departamento de Estradas de Rodagem – DER;
tências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em vir- -Município: Departamento de Serviço Viário – DSV.
tude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de Aos órgãos julgadores compete o julgamento dos recursos
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do di- por infração de trânsito.
reito do trânsito seguro. Os recursos em 1º instância são de competência das Juntas
§ 4º (VETADO) Administrativas de Recursos e Infrações (JARI).
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sis- Os recursos em 2º instância são de competência do
tema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, conforme atri-
defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio- buição prevista no artigo 289 do C.T.B.
ambiente. Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as aveni- órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e
das, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as dos Municípios que tem por finalidade o exercício das ativida-
rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou enti- des de planejamento, administração, normatização, pesquisa,
dade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiari- registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
dades locais e as circunstâncias especiais. reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são conside- sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infra-
radas vias terrestres as praias abertas à circulação pública e as ções e de recursos e aplicação de penalidades.
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por uni- Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
dades autônomas. I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qual- com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental
quer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veí- e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
culos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padroniza-
mencionadas. ção de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efei- execução das atividades de trânsito;
tos deste Código são os constantes do Anexo I. III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de in-
formações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
Capítulo II facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
Do Sistema Nacional de Trânsito Seção II
Seção I Da Composição e da Competência do Sistema
Disposições Gerais Nacional de Trânsito
Comentário: A Administração do Trânsito é composta por Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os se-
órgãos normativos, órgãos executivos e órgãos julgadores. guintes órgãos e entidades:
Aos órgãos normativos compete o estabelecimento de nor- I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coorde-
mas que permitam a fluidez do tráfego em condições seguras nador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, rela-
Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, tivas à aplicação da legislação de trânsito;
órgãos normativos, consultivos e coordenadores; X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, ha-
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, bilitação, expedição de documentos de condutores, e registro e
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; licenciamento de veículos;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
V - a Polícia Rodoviária Federal; XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e instâncias inferiores, na forma deste Código;
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre con-
JARI. flitos de competência ou circunscrição, ou, quando necessário,
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios or- unificar as decisões administrativas; e
ganizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de trân- XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
sito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
circunscricionais de suas atuações. Art.13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como
ou órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado.
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trân- O principal objetivo dos integrantes das câmaras temáticas
sito da União.(Pesquise: Decreto 2.327/97- O Presidente do é o de fornecer aos conselheiros do CONTRAN subsídios téc-
CONTRAN é o Ministro da Justiça) nicos nos julgamentos ou decisões, e especialmente na formula-
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, ção de resoluções.
com sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do ór- § 1º Cada Câmara é constituída por especialistas represen-
gão máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte tantes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados,
composição: ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, per-
Comentário: No revogado Código Nacional de Trânsito o tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de especialis-
Conselho Nacional de Trânsito era composto por treze mem- tas representantes dos diversos segmentos da sociedade relacio-
bros, sendo alguns de seus membros representantes de entida- nados com o trânsito, todos indicados segundo regimento es-
des da sociedade relacionadas com o trânsito. pecífico definido pelo CONTRAN e designados pelo ministro
III - um representante do Ministério da Ciência e ou dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional de Trân-
Tecnologia; sito.
IV - um representante do Ministério da Educação e do § 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
Desporto; anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem aten-
V - um representante do Ministério do Exército; der aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e § 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão eleitos
da Amazônia Legal; pelos respectivos membros.
VII - um representante do Ministério dos Transportes; § 4º (VETADO)
XX - um representante do ministério ou órgão coordena- I - (VETADO)
dor máximo do Sistema Nacional de Trânsito; II - (VETADO)
XXI - (VETADO) III - (VETADO)
§ 1º (VETADO) IV - (VETADO)
§ 2º (VETADO) Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
§ 3º (VETADO) CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
XXII - um representante do Ministério da Saúde (Texto dado CONTRANDIFE:
pela lei nº 9.602 de 21/01/1998) I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân-
Art. 11. (VETADO) sito, no âmbito das respectivas atribuições;
Art. 12. Compete ao CONTRAN: II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências;
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; e dos procedimentos normativos de trânsito;
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas
objetivando a integração de suas atividades; de trânsito;
III - (VETADO) V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
IV - criar Câmaras Temáticas; a) das JARI;
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão físi-
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; ca, mental ou psicológica;
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas VI - indicar um representante para compor a comissão exa-
contidas neste Código e nas resoluções complementares; minadora de candidatos portadores de deficiência física à habi-
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a im- litação para conduzir veículos automotores;
posição, a arrecadação e a compensação das multas por infra- VII - (VETADO)
ções cometidas em unidade da Federação diferente da do VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administra-
licenciamento do veículo; ção, educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensi-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
vo de trânsito, formação de condutores, registro e licenciamento relacionados com a engenharia, educação, administração, poli-
de veículos, articulando os órgãos do Sistema no Estado, repor- ciamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à unifor-
tando-se ao CONTRAN; midade de procedimento;
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e ha-
trânsito no âmbito dos Municípios; e bilitação de condutores de veículos, a expedição de documen-
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exi- tos de condutores, de registro e licenciamento de veículos;
gências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento
pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese do Distrito Federal;
de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para exami- VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras
nar os candidatos à habilitação para conduzir veículos de Habilitação - RENACH;
automotores. (Texto dado pela lei nº 9.602 de 21/01/1998) IX - organizar e manter o Registro Nacional de veículos
Art.15. Os presidentes dos CETRAN e do automotores - RENAVAM;
CONTRANDIFE são nomeados pelos Governadores dos Es- X - organizar a estatística geral de trânsito no território na-
tados e do Distrito Federal, respectivamente, e deverão ter reco- cional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais ór-
nhecida experiência em matéria de trânsito. gãos e promover sua divulgação;
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do
Federal, respectivamente. trânsito;
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
deverão ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito. segurança e à educação de trânsito;
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do XIII - coordenar a administração da arrecadação de multas
CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. por infrações ocorridas em localidade diferente daquela da ha-
Art.16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trân- bilitação do condutor infrator e em unidade da Federação dife-
sito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Re- rente daquela do licenciamento do veículo;
cursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional
julgamento dos recursos interpostos contra penalidades por eles de Trânsito informações sobre registros de veículos e de condu-
impostas. tores, mantendo o fluxo permanente de informações com os
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observa- demais órgãos do Sistema;
do o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes
financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem. do Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
Art. 17. Compete às JARI: diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de pro-
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; gramas de educação de trânsito nos estabelecimentos de ensino;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
executivos rodoviários informações complementares relativas aos educação de trânsito;
recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trân- trânsito;
sito e executivos rodoviários informações sobre problemas ob- XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e enti-
servados nas autuações e apontados em recursos, e que se repi- dades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprovação
tam sistematicamente. do CONTRAN, a complementação ou alteração da sinalização
Art. 18. (VETADO) e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais
da União: e normas de projetos de implementação da sinalização, dos dis-
Comentário: O órgão máximo executivo da União é o DE- positivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo CONTRAN;
PARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO - XX - expedir a permissão internacional para conduzir veí-
DENATRAN. Pesquise Decreto nº 2.351/97. culo e o certificado de passagem nas alfândegas, mediante dele-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a exe- gação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal;
cução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, XXI - promover a realização periódica de reuniões regio-
no âmbito de suas atribuições; nais e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a re-
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos presentação do Brasil em congressos ou reuniões internacionais;
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Po- XXII - propor acordos de cooperação com organismos in-
lítica Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; ternacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de à segurança e educação de trânsito;
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treina-
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e mento e especialização do pessoal encarregado da execução das
executando o controle de ações para a preservação do atividades de engenharia, educação, policiamento ostensivo, fis-
ordenamento e da segurança do trânsito; calização, operação e administração de trânsito, propondo medi-
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de das que estimulem a pesquisa científica e o ensino técnico-profis-
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a adminis- sional de interesse do trânsito, e promovendo a sua realização;
tração pública ou privada, referentes à segurança do trânsito; XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito inte-
V - supervisionar a implantação de projetos e programas restadual e internacional;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as VII - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, po-
normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e mon- dendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
tagem de veículos, consoante sua destinação; emergenciais, bem como zelar pelo cumprimento das normas
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do có- legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdi-
digo marca-modelo dos veículos para efeito de registro, ção de construções, obras e instalações não autorizadas;
emplacamento e licenciamento; VIII - executar medidas de segurança, planejamento e es-
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do coltas nos deslocamentos do Presidente da República, Minis-
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo tros de Estado, Chefes de Estados e diplomatas estrangeiros e
do Sistema Nacional de Trânsito; outras autoridades, quando necessário, e sob a coordenação do
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito órgão competente;
e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou ór- IX - efetuar a fiscalização e o controle do tráfico de menores
gão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; nas rodovias federais, adotando as providências cabíveis conti-
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e das na Lei n° 8.069 de 13 junho de 1990 (Estatuto da Criança e
financeiro ao CONTRAN. do Adolescente);
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência X - colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de contra a vida, os costumes, o patrimônio, a ecologia, o meio
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou con- ambiente, os furtos e roubos de veículos e bens, o tráfico de
tra a administração pública, o órgão executivo de trânsito da entorpecentes e drogas afins, o contrabando, o descaminho e os
União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá direta- demais crimes previstos em leis.
mente ou por delegação, a execução total ou parcial das ativida- Art 2° O documento de identidade funcional dos servido-
des do órgão executivo de trânsito estadual que tenha motivado res policiais da Polícia Rodoviária Federal confere ao seu porta-
a investigação, até que as irregularidades sejam sanadas. dor livre porte de arma e franco acesso aos locais sob fiscaliza-
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsi- ção do órgão, nos termos da legislação em vigor, assegurando -
to da União disporá sobre sua estrutura organizacional e lhes, quando em serviço, prioridade em todos os tipos de trans-
seu funcionamento. porte e comunicação.
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executi- Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
vos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân-
dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os sito, no âmbito de suas atribuições;
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando opera-
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito ções relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
das rodovias e estradas federais: preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da
Comentário: Decreto nº 1.655, de 3.10.1995, que define União e o de terceiros;
as atribuições da Polícia Rodoviária Federal. III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de
Define a competência da Polícia Rodoviária Federal, e dá trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores pro-
outras providências. venientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribui- escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas;
ções que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trân-
DECRETA: sito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de
Art. 1° À Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, in- vítimas;
tegrante da estrutura regimental do Ministério da Justiça, no V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me-
âmbito das rodovias federais, compete: didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veícu-
I - realizar o patrulhamento ostensivo, executando opera- los, escolta e transporte de carga indivisível;
ções relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, po-
preservar a ordem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio dendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
da União e o de terceiros; emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais rela-
II - exercer os poderes de autoridade de polícia de trânsito, tivas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de cons-
cumprindo e fazendo cumprir a legislação e demais normas per- truções e instalações não autorizadas;
tinentes, inspecionar e fiscalizar o trânsito, assim como efetuar VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aci-
convênios específicos com outras organizações similares; dentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medi-
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de das operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão ro-
trânsito e os valores decorrentes da prestação de serviços de es- doviário federal;
tadia e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veícu- VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Se-
los de cargas excepcionais; gurança e Educação de Trânsito;
IV - executar serviços de prevenção, atendimento de aci- IX - promover e participar de projetos e programas de edu-
dentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais; cação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo
V - realizar perícias, levantamentos de locais boletins de ocor- CONTRAN;
rências, investigações, testes de dosagem alcoólica e outros pro- X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Na-
cedimentos estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindí- cional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de
veis à elucidação dos acidentes de trânsito; multas impostas na área de sua competência, com vistas à uni-
VI - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me- ficação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das trans-
didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veícu- ferências de veículos e de prontuários de condutores de uma
los, escolta e transporte de cargas indivisíveis; para outra unidade da Federação;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro- e do Distrito Federal a aplicação de penalidades e medidas admi-
duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor- nistrativas relacionadas ao CONDUTOR e ao VEÍCULO.
do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodovi- II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
ários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, expe-
pios, no âmbito de sua circunscrição: dir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e
Comentário: Órgão Rodoviário da União – Agência Naci- Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do ór-
onal de Transportes Terrestres; Órgão Rodoviário Estadual – gão federal competente;
Departamento de Estradas de Rodagem – DER; Órgão Muni- III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de seguran-
cipal – Departamento de Serviço Viário – DSV. ça veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veícu-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân- los, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento
sito, no âmbito de suas atribuições; Anual, mediante delegação do órgão federal competente;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as
veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvi- diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
mento da circulação e da segurança de ciclistas; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste
dispositivos e os equipamentos de controle viário; Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
trânsito e suas causas; VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Có-
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamen- digo, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII
to ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policia- do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as multas
mento ostensivo de trânsito; que aplicar;
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e me- veículos e objetos;
didas administrativas cabíveis, notificando os infratores e arre- VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a
cadando as multas que aplicar; suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo- Carteira Nacional de Habilitação;
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aci-
superdimensionadas ou perigosas; dentes de trânsito e suas causas;
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de ativi-
administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de dades previstas na legislação de trânsito, na forma estabelecida
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e em norma do CONTRAN;
arrecadar as multas que aplicar; XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trân-
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, sito e do Programa Nacional de Trânsito;
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; XII - promover e participar de projetos e programas de edu-
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsi- cação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
to e do Programa Nacional de Trânsito; estabelecidas pelo CONTRAN;
XI - promover e participar de projetos e programas de edu- XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
cação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
CONTRAN; de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Na- unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
cional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de transferências de veículos e de prontuários de condutores de
multas impostas na área de sua competência, com vistas à uni- uma para outra unidade da Federação;
ficação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das trans- XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsi-
ferências de veículos e de prontuários de condutores de uma to e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos
para outra unidade da Federação; veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro- imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de
duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor- multas nas áreas de suas competências;
do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro-
específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado; duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor-
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização es- do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando
pecial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais locais;
observados para a circulação desses veículos. XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacio-
Parágrafo único. (VETADO) nal de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de CETRAN.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Dis-
circunscrição: trito Federal:
Comentário: Órgão Executivo Estadual – DETRAN; Ór- I - (VETADO)
gão Executivo do Distrito Federal. II - (VETADO)
Com a integração dos Municípios ao Sistema Nacional de III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
Trânsito, compete aos Departamentos de Trânsito dos Estados convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executi-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
vos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de tra-
com os demais agentes credenciados; ção animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e ar-
IV - (VETADO) recadando multas decorrentes de infrações;
V - (VETADO) XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de pro-
VI - (VETADO) pulsão humana e de tração animal;
VII - (VETADO) XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacio-
Parágrafo único. (VETADO) nal de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trân- CETRAN;
sito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro-
Comentário: Com a integração dos Municípios ao Sistema duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor-
Nacional de Trânsito, compete aos órgão municipais aplicar as do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
penalidades de medidas administrativas referentes à circulação, específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
parada e estacionamento. XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização es-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trân- pecial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem
sito, no âmbito de suas atribuições; observados para a circulação desses veículos.
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de § 1º As competências relativas a órgão ou entidade munici-
veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvi- pal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entida-
mento da circulação e da segurança de ciclistas; de executivos de trânsito.
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os § 2º Para exercer as competências estabelecidas neste arti-
dispositivos e os equipamentos de controle viário; go, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
acidentes de trânsito e suas causas; Art.25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Naci-
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia os- onal de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as ativi-
tensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo dades previstas neste Código, com vistas à maior eficiência e à
de trânsito; segurança para os usuários da via.
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão
medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação, prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante prazo
regular do Poder de Polícia de Trânsito; a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos custos
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e apropriados.
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada Capítulo III
previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando Das Normas Gerais de Circulação e Conduta
as multas que aplicar; Comentário: As Normas Gerais de Circulação e Conduta
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas têm como objetivo estabelecer um ordenamento comum aos
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, usuários das vias terrestres, permitindo um fluxo racional dos
dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arreca- veículos, tanto nas vias urbanas como rurais, com medidas que
dar as multas que aplicar; consistem na preservação da ordem e segurança dos condutores
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, e pedestres.
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; Norma: Preceito, regra, teor. (Dicionário Michaelis)
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento Circulação é o ato de locomover-se, transitar, e abrange pes-
rotativo pago nas vias; soas, veículos e animais;
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de Conduta: Procedimento moral; comportamento. (Dicioná-
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas rio Michaelis)
superdimensionadas ou perigosas; Para atingir o objetivo de preservação da segurança das pes-
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar soas (motoristas e pessoas), além de regular o desenvolvimento
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veí- do trânsito, sem congestionamento e acidentes, preceituam-se,
culos, escolta e transporte de carga indivisível; neste capítulo, normas para os pedestres, condutores (de auto-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema móveis, veículos de carga pesada, motocicletas, bicicletas e veí-
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação culos de tração animal); limites de velocidade, normas sobre
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à segurança dos veículos nas estradas, velocidade, uso das luzes.
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das A desobediência a uma norma geral de circulação e condu-
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de ta, normalmente, poderá resultar no cometimento de uma in-
uma para outra unidade da Federação; fração de trânsito que, por sua vez, poderá resultar em um aci-
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsi- dente automobilístico.
to e do Programa Nacional de Trânsito; Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
XV - promover e participar de projetos e programas de edu- I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obs-
cação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes táculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou
estabelecidas pelo CONTRAN; ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
XVI - planejar e implantar medidas para redução da circu- Comentário: Abster: não intervir; não resolver. Ato: ação,
lação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de conduta. Trata-se de uma norma de conduta, imperativa, cujo
diminuir a emissão global de poluentes; ato pode causar transtorno ao uso regular das vias pelos veícu-
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, los e pedestres, tais como estacionar o veículo em cima das cal-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
çadas dificultando ou impedindo o trânsito de pedestres; reali- ral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
zar manobras perigosas; atravessar o pedestre a via em local im- relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a ve-
próprio e sem os cuidados necessários, de modo a provocar pe- locidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as
rigo à sua vida e aos motoristas que por ali transitam etc. condições climáticas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, Comentário: A exigência de manter certa distância lateral e
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou subs- frontal entre o seu e os demais veículos está voltada à segurança do
tâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. condutor e dos demais usuários da via. A distância de segurança
Comentário: Neste inciso é proibido ao usuário realizar atos está intimamente ligada à velocidade do veículo e às condições ad-
capazes de impedir ou causar alguma dificuldade ao trânsito de versas de luz, tempo, veículo, estrada, trânsito e motorista.
veículos ou torná-lo perigoso, tais como jogar sacos de lixo na via; A maneira segura e prática de manter uma distância de se-
depositar materiais de construção; derramar óleo sobre a via etc. gurança frontal é a aplicação da regra dos dois segundos. A re-
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias gra dos dois segundos é o resultado da somatória do tempo de
públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas con- reação, tempo de freagem e o tempo de parada, sendo a distân-
dições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigató- cia de seguimento a somatória da distância de reação e distân-
rio, bem como assegurar-se da existência de combustível sufici- cia de freagem, cujo resultado será a distância de parada.
ente para chegar ao local de destino. III - quando veículos, transitando por fluxos que se cru-
Comentário: Todo condutor de veículo tem o dever de man- zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência
ter em bom estado de conservação o seu veículo, para que possa de passagem:
circular com segurança. Para isso deverá verificar, diariamente, a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
o sistema de iluminação (faróis, setas), os pneus (calibragem), aquele que estiver circulando por ela;
os freios e o perfeito funcionamento dos equipamentos obriga- b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
tórios prescritos no artigo 105 do C.T.B e na Resolução 14/98- c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
CONTRAN, além de outras normas, tais como Res. 479/74, IV - quando uma pista de rolamento comportar várias fai-
604/82, 560/80 etc. xas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destina-
Ao manter em boas condições de funcionamento os equi- das ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte,
pamentos obrigatórios e demais componentes exigidos pelo quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da es-
CONTRAN, o condutor estará assegurando uma circulação querda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veí-
com segurança, sem obstruir o trânsito e sem colocar em risco a culos de maior velocidade;
integridade física dos usuários da via. V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia
de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensá- dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
veis à segurança do trânsito. VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade
Comentário: Sendo o condutor responsável pelo seu veícu- de passagem, respeitadas as demais normas de circulação;
lo e por atos que possam resultar de sua conduta ao dirigir, é VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salva-
seu dever dirigir com atenção cercando-se de todos os cuidados mento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e
necessários que permitam evitar acidentes. as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
Podemos considerar como “domínio de seu veículo” o con- circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de ur-
trole e conhecimento dos seus componentes e acessórios, tais gência e devidamente identificados por dispositivos regulamen-
como sistema de freios (freio a disco, lona ou ABS), sistema de tares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente,
direção (mecânica ou hidráulica), localização dos comandos para observadas as seguintes disposições:
acionamento das luzes, setas, limpador de pára-brisa, espelhos a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a
retrovisores etc. proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar
A atenção deverá ser permanente, não se distraindo com livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da
pessoas passeando pelas calçadas, painéis de propaganda, uso via e parando, se necessário;
do celular, rádio em volume muito alto ou dirigindo com uma b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar
das mãos, situações estas que, se não observadas, desviarão a no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver pas-
atenção do condutor, levando-o a cometer uma infração de trân- sado pelo local;
sito ou dar causa a um acidente. c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
Devemos considerar, também, como condição adversa que vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva pres-
pode ocasionar o desvio da atenção do condutor, suas condi- tação de serviço de urgência;
ções físicas e psíquicas. d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
circulação obedecerá às seguintes normas: segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
Comentário: As normas que regulam a circulação dos veícu- VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pú-
los objetivam permitir que os usuários da via transitem com se- blica, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e
gurança e de forma ordeira, para que haja fluidez no trânsito e o estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
não envolvimento em acidentes. A sua desobediência consistirá devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma
em um a infração de trânsito e, como conseqüência, o trânsito estabelecida pelo CONTRAN; (Vide Resolução679/87 e Deci-
não fluirá, ocasionando congestionamentos e acidentes. são 3/93 - CONTRAN)
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo- IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deve-
se as exceções devidamente sinalizadas; rá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar
II - o condutor deverá guardar distância de segurança late- e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de sito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da
entrar à esquerda; luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto con-
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassa- vencional de braço.
gem, certificar-se de que: Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
manobra para ultrapassá-lo; esquerda e retornos.
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja Art.36. O condutor que for ingressar numa via, procedente
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veícu-
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa exten- los e pedestres que por ela estejam transitando.
são suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à es-
obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; querda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apro-
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: priados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acio- no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
nando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra
gesto convencional de braço; via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsi- menor espaço possível;
to de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máxi-
ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados mo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando
necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sen-
veículos que ultrapassou; tidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão prefe- só sentido.
rência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção,
circulação. o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos ve-
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b ículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual
do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.
faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser
pela da direita. feita nos locais para isto determinados, quer por meio de sina-
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta lização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda,
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de em outros locais que ofereçam condições de segurança e flui-
maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos me- dez, observadas as características da via, do veículo, das condi-
nores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela ções meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclis-
incolumidade dos pedestres. tas.
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: determinações:
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizan-
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; do luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis provi-
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se na- dos de iluminação pública;
quela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
deverão manter distância suficiente entre si para permitir que III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros mo-
segurança. toristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultra-
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar passar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência
um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando de risco à segurança para os veículos que circulam no sentido
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a ve- contrário;
locidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de po-
com vistas à segurança dos pedestres. sição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em a) em imobilizações ou situações de emergência;
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. acesa a luz de placa;
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
não poderá efetuar ultrapassagem. quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de-
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra de- sembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
verá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os de- Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular
mais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles des-
ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. tinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique luz baixa durante o dia e a noite.
um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propó- Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de se-
acidentes; gurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir circunscrição sobre a via.
a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios cons-
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu tituídos por unidades autônomas, a sinalização de regulamen-
veículo, salvo por razões de segurança. tação da via será implantada e mantida às expensas do condo-
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá obser- mínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com
var constantemente as condições físicas da via, do veículo e da circunscrição sobre a via.
carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acosta-
para a via, além de: mento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada,
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em devendo seus condutores obedecer, no que couber, às normas
circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade de circulação previstas neste Código e às que vierem a ser fixa-
anormalmente reduzida; das pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
perigo iminente; divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária dos outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. II - os animais que circularem pela pista de rolamento de-
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, verão ser mantidos junto ao bordo da pista.
o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, tran- Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e
sitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu ciclomotores só poderão circular nas vias:
veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veícu- I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
los que tenham o direito de preferência. protetores;
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe II - segurando o guidom com as duas mãos;
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interse- III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
ção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veí- especificações do CONTRAN.
culo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passa- Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
gem do trânsito transversal. ciclomotores só poderão ser transportados:
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporá- I - utilizando capacete de segurança;
ria de um veículo no leito viário, em situação de emergência, II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento
deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência, suplementar atrás do condutor;
na forma estabelecida pelo CONTRAN. III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a para- especificações do CONTRAN.
da deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque Art. 56. (VETADO)
ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres. da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regu- à direita ou no bordo direito da pista sempre que não houver
lamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua
via e é considerada estacionamento. circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos urbanas.
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais
fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de
calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas. outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela fai-
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, xa adjacente à da direita.
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão es- Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a cir-
tar situados fora da pista de rolamento. culação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia,
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utili-
rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada zação destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sen-
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que tido de circulação regulamentado para a via, com preferência
determine outra condição. sobre os veículos automotores.
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do con- Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscri-
dutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste Códi- ção sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no
go ou naqueles regulamentados por sinalização específica. sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a dotado o trecho com ciclofaixa.
porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo
se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida
outros usuários da via. a circulação de bicicletas nos passeios.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocor- Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua
rer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. utilização, classificam-se em:
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Comentário: A classificação das vias é de suma importância Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
para o ordenamento do trânsito, pois, de acordo com a sua im- condutor e passageiros em todas as vias do território nacional,
portância e utilidade, possuem normas, sinalização e velocida- salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
de específica para cada via. Art. 66. (VETADO)
O C.T.B., em seu Anexo I, define via urbana como ruas, Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive
avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realiza-
pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente das mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com
por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. circunscrição sobre a via e dependerão de:
“As vias rurais definem-se como as que se alongam fora do I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva
perímetro urbano, normalmente se ligando ao interior do mu- ou de entidades estaduais a ela filiadas;
nicípio ou a outros municípios. Classificam-se em estradas, que II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
são as vias não pavimentadas e, rodovias, as vias III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor
pavimentadas.”(Comentários ao CTB, Arnaldo Rizzardo) de terceiros;
I - vias urbanas: IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos cus-
a) via de trânsito rápido; (CTB, Anexo I - aquela caracteri- tos operacionais em que o órgão ou entidade permissionária
zada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções incorrerá.
em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem tra- Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a
vessia de pedestres em nível). via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do con-
b) via arterial; (CTB, Anexo I - aquela caracterizada por trato de seguro.
interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com Capítulo IV
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, Dos Pedestres e Condutores de
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade). Veículos não Motorizados
c) via coletora; (CTB, Anexo I - aquela destinada a coletar e Comentário: em atendimento à definição de trânsito do §
distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das 1º, art. 1º, do CTB, “considera-se trânsito a utilização das vias
vias de trânsito rápido e arteriais, possibilitando o trânsito entre por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, condu-
as regiões da cidade). zidos ou não para fins de circulação, parada, estacionamento e
d) via local; (CTB, Anexo I - aquela caracterizada por inter- operação de carga ou descarga” estão consagradas, neste Capí-
seções em nível, não semaforizadas, destinada apenas ao acesso tulo, as normas de respeito e preferência aos pedestres em rela-
local ou a áreas restritas). ção aos veículos, assim como a conduta dos condutores para
II - vias rurais: com os mesmos. Aqui estão definidos o comportamentos dos
a) rodovias; pedestres quanto à travessia das vias, quer urbanas ou rurais, o
b) estradas. uso da calçada, e a responsabilidade do órgão com circunscri-
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será ção sobre a via em assegurar a devida sinalização e proteção
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas característi- para a sua circulação. Estão descritos os seus direitos e, tam-
cas técnicas e as condições de trânsito. (Vide Resolução 676/86 - bém, as suas obrigações que, se não observadas, os sujeitarão a
CONTRAN e Portaria 2/2002 - DENATRAN) uma penalidade administrativa prevista no art. 254 do CTB.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velo- Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios
cidade máxima será de: ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos
I - nas vias urbanas: das vias rurais para circulação, podendo a autoridade compe-
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido; tente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins,
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipa-
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; ra-se ao pedestre em direitos e deveres.
II - nas vias rurais: § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
a) nas rodovias: quando não for possível a utilização destes, a circulação de pe-
1) cento e dez quilômetros por hora para automóveis e destres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os
camionetas; veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus; proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos; ficar comprometida.
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora. § 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com quando não for possível a utilização dele, a circulação de pe-
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de si- destres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre
nalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido
estabelecidas no parágrafo anterior. contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proi-
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à me- bidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar
tade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condi- comprometida.
ções operacionais de trânsito e da via. § 4º (VETADO)
Art. 63. (VETADO) § 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a
Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à cir-
ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções regula- culação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar
mentadas pelo CONTRAN.(Vide Resolução 15/98 - o acostamento.
CONTRAN) § 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a almente, campanhas educativas que ocorrem durante o mês de
via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circu- setembro, cabendo ao CONTRAN a definição do tema.
lação de pedestres. A questão do trânsito em nosso país é, puramente, uma
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará questão de educação. Os condutores e pedestres desconheciam
precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a e continuam a desconhecer as normas que regem a circulação
visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando viária, não respeitam o direito do próximo, e de nada adiantam
sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas as campanhas educativas, se estas atingem apenas uma pequena
existirem numa distância de até cinqüenta metros dele, obser- parcela da população.
vadas as seguintes disposições: Com a obrigatoriedade, ora instituída, do ensino de trânsi-
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da to na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, previsto no
via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; artigo 76, e parcialmente regulamentado pela Resolução nº 120/
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres 2000 - CONTRAN, temos o primeiro passo para a humanização
ou delimitada por marcas sobre a pista: do trânsito. Ocorrendo a instrução das criança e jovens, desde a
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações pré-escola até o 2º grau, eles, paulatinamente, serão ensinados
das luzes; acerca dos seus direitos, suas obrigações e sobre as normas que
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o se- regem o trânsito.
máforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; Esta nova geração, ao atingir a idade legal para obter a sua
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não exis- Carteira Nacional de Habilitação, estará educada e instruída
tam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na sobre as normas de circulação e conduta, direção defensiva, pre-
continuação da calçada, observadas as seguintes normas: servação ao meio ambiente e, então, poderemos dizer que te-
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de mos um trânsito seguro e humano.
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar so- Nacional de Trânsito.
bre ela sem necessidade. § 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via so- em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional
bre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passa- de Trânsito.
gem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deve- § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
rão ser respeitadas as disposições deste Código. promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos
semafórica de controle de passagem será dada preferência aos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Naci-
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em onal de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias esco-
boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização. lares, feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
Comentário: é mais uma inovação do CTB, que dá ao cida- § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trân-
dão o direito de peticionar e interferir junto aos órgãos e enti- sito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua cir-
dades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito. Consagra- cunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
se a participação do pedestre em exercer sua cidadania e a § 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter
concretização de um trânsito em condições seguras. permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de imagens explorados pelo poder público são obrigados a difun-
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Naci- di-las gratuitamente, com a freqüência recomendada pelos ór-
onal de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equi- gãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
pamentos de segurança, bem como sugerir as alterações em Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-
normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento
Art. 73. Os órgão ou entidades pertencentes ao Sistema Na- e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacio-
cional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e res- nal de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
ponder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibi- Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
lidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o
análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitando qual Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do
tal evento ocorrerá. CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Bra-
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer sileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao Siste- I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currícu-
ma Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações. lo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança
Capítulo VI de trânsito;
Da Educação para o Trânsito II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trân-
Comentário: Não há que se questionar que somente teremos sito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento
um trânsito seguro se os condutores e pedestres forem educados a de professores e multiplicadores;
observar e cumprir os preceitos da legislação de trânsito e, em III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para le-
especial, as normas de circulação e conduta. Há anos que os ór- vantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
gãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito promovem, anu- IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com função a educação do usuário. Suas mensagens possuem um
vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito. caráter meramente informativo ou educativo, não constituindo
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao imposição.
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, esta- 2. pintados no leito das vias públicas - Sinalização Hori-
belecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem se- zontal, que se utiliza de linhas, marcações, símbolos ou legen-
guidas nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito. das, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias.
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente Têm como função organizar o fluxo de veículos e pedes-
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo inten- tres; controlar e orientar os deslocamento em situações com
sificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; com-
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Des- plementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou
porto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermé- indicação.
dio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão progra- 2.1. O padrão de traçado da sinalização pode ser: contínua;
mas destinados à prevenção de acidentes. tracejada ou seccionada; símbolos e legendas.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total 2.2. Cores: apresenta-se em cinco cores: Amarela; Verme-
dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prê- lha; Branca; Azul e Preto.
mio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por ve- 2.3. Classifica-se em: marcas longitudinais; marcas trans-
ículos automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei versais; marcas de canalização; marcas de delimitação e contro-
nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados men- le de Estacionamento e/ou Parada; inscrições no pavimento.
salmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para 3. Luminosos
aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo. 3.1. Sinalização semafórica de regulamentação composta de
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito pode- luzes acionadas, alternada ou intermitentemente, através de siste-
rão firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos ma elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o 3.1.1. Cores das Luzes: as cores utilizadas são para controle
cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. de fluxo de pedestres (vermelha, vermelha intermitente e verde) e
para controle de fluxo de veículos (vermelha, amarela e verde).
Capítulo VII 3.2. Sinalização semafórica de advertência, que tem a fun-
Da Sinalização de Trânsito ção de advertir quanto à existência de obstáculo ou situação
O Anexo I do CTB define sinalização como “conjunto de perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medi-
sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via das de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante.
pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, 4. Sonoros: São empregados pelo Agente de Trânsito, que
possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos emite sons específicos com o emprego de apito (Vide Anexo II
veículos e pedestres que nela circulam”. do C.T.B.).
Os sinais de trânsito classificam-se: 5. Por gestos: São sinais específicos empregados pelo Agen-
1. inscritos em placas: são sinais que usam placas, em que o te de Trânsito e pelo condutor.
meio de comunicação (sinal) está na posição vertical, fixado ao O emprego de gestos e sonoros (apito) pelo agente de trân-
lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de ca- sito tem prioridade sobre os demais sinais.
ráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbo- Além dos sinais constantes do Anexo II do C.T.B., existem
los e/ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas. De várias resoluções do CONTRAN que disciplinam os sinais nas vias,
acordo com as suas funções, são agrupadas em um dos seguin- tais como as Resoluções 561/80, 599/82, 664/84, 680/87 e 39/98.
tes tipos de sinalização vertical:
1.1. Sinalização de Regulamentação: tem por finalidade in- Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da
formar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou res- via, sinalização prevista neste Código e em legislação comple-
trições no uso da via. Sua mensagens são imperativas e seu des- mentar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização
respeito constitui infração. A forma padrão é a circular, nas de qualquer outra.
seguintes cores: Fundo: branco; Tarja: vermelha; Orla: verme- § 1º A sinalização será colocada em posição e condições
lha; Símbolo: preto; Letras: pretas. que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a
Exceções: a) Sinal de “Parada Obrigatória”: Fundo: verme- noite, em distância compatível com a segurança do trânsito,
lho; Letras: brancas; Orla Interna: branca; Orla Externa: verme- conforme normas e especificações do CONTRAN.
lha; b) Sinal “Dê a Preferência”: Fundo: branco; Orla: vermelha. § 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experi-
1.2. Sinalização de Advertência: tem por finalidade alertar mental e por período prefixado, a utilização de sinalização não
os usuários da via quanto a condições potencialmente perigo- prevista neste Código.
sas, indicando sua natureza. Sua mensagens possuem caráter de Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
recomendação. luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que pos-
A forma padrão é quadrada, devendo uma das diagonais ficar sam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e
na posição vertical, nas seguintes cores: Fundo: amarelo; Orla In- comprometer a segurança do trânsito.
terna: preta; Orla Externa: amarela; Símbolo ou Legenda: pretos. Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
Exceções: Sinais de “Sentido único”, “Sentido duplo” e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publi-
“Cruz de Santo André”. cidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem
1.3. Sinalização de Indicação: Tem por finalidade identifi- com a mensagem da sinalização.
car as vias, os destinos e os locais de interesse, bem como orien- Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legen-
tar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos, as das ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia apro-
distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como vação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição tos a serem adotados em todo o território nacional quando da
sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de implementação das soluções adotadas pela Engenharia de Trá-
qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização fego, assim como padrões a serem praticados por todos os ór-
viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha gãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
colocado. Art. 92. (VETADO)
Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de Art.93. Nenhum projeto de edificação que possa transfor-
trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres mar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem
deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre
leito da via. a via e sem que do projeto conste área para estacionamento e
Art.86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, indicação das vias de acesso adequadas.
estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas Art.94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança
entradas e saídas devidamente identificadas, na forma regula- de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não
mentada pelo CONTRAN. possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado.
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações trans-
I - verticais; versais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo
II - horizontais; em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente,
III - dispositivos de sinalização auxiliar; nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.
IV - luminosos; Art.95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou
V - sonoros; interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colo-
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. car em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras § 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execu-
ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinaliza- ção ou manutenção da obra ou do evento.
da, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições § 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito
adequadas de segurança na circulação. com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por inter-
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deve- médio dos meios de comunicação social, com quarenta e oito
rá ser afixada sinalização específica e adequada. horas de antecedência, de qualquer interdição da via, indican-
Art.89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: do-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circu- § 3º A inobservância do disposto neste artigo será punida
lação e outros sinais; com multa que varia entre cinqüenta e trezentas UFIR, inde-
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; pendentemente das cominações cíveis e penais cabíveis.
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de § 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de
trânsito. qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a auto-
Art.90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Có- ridade de trânsito aplicará multa diária na base de cinqüenta
digo por inobservância à sinalização quando esta for insuficien- por cento do dia de vencimento ou remuneração devida en-
te ou incorreta. quanto permanecer a irregularidade.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição Capítulo IX
sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, res- Dos Veículos
pondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. Comentário: O Anexo I do CTB não define veículo, que
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no podemos conceituar como qualquer meio para transportar pas-
que se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. sageiros e cargas, motorizado ou não, ou seja, tracionado por
Capítulo VIII força automotora, animal ou propulsão humana.
Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscaliza- Seção I
ção e do Policiamento Ostensivo de Trânsito Disposições Gerais
Comentário: “A Engenharia de Tráfego é a fase da Enge- Art. 96. Os veículos classificam-se em:
nharia de Transportes relacionada com o planejamento, com o I - quanto à tração:
desenho geométrico e com as operações de tráfego das estradas, A tração do veículo indica a forma pela qual ele é movi-
suas redes, terminais e terrenos adjacentes, inclusive a integração mentado.
de todos os modos e tipos de transporte, visando proporcionar a) automotor;
a movimentação segura, eficiente e conveniente das pessoas e Todo veículo a motor de propulsão que circule por seus
das mercadorias” (Luiz R. Soares) - Código de Trânsito Brasi- próprios meios, e que serve normalmente para o transporte vi-
leiro Interpretado - Geraldo F. L. Pinheiro/Dorival Ribeiro- 2ª ário de pessoas e coisas.
edição - p. 214. b) elétrico;
Ela objetiva primordialmente integrar harmonicamente Aquele cuja tração é proporcionada por uma fonte de ener-
HOMEM, VEÍCULO E VIA. A via terrestre deverá estar ade- gia externa e que, pela sua característica, não pode estar sujeito
quada à circulação dos veículos e pedestres, à parada e estacio- a todas as regras de circulação.
namento, à carga e descarga de mercadorias e embarque e de- c) de propulsão humana;
sembarque de passageiros. Aquele que se movimenta dependendo do esforço físico do
Cabe ao CONTRAN estabelecer e implementar os padrões próprio condutor.
de sinalização e circulação viária a serem seguidos por todos os d) de tração animal;
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito. Aquele que depende da utilização de um ser semovente do-
Art.91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamen- mesticado.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
disposto na Portaria nº 47/98 – DENATRAN. pamento de segurança especificado pelo fabricante, será exigi-
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando do, para licenciamento e registro, certificado de segurança ex-
atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos pedido por instituição técnica credenciada por órgão ou enti-
neste Código e em normas do CONTRAN. dade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
§ 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os CONTRAN.(Vide Res. 25/98 e 63/98 - CONTRAN)
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de segu- Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
rança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas con- individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além
dições estabelecidas pelo CONTRAN.(Vide Res. 77/98 - das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e
CONTRAN e Portaria nº 47/98 - DENATRAN) aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo
§ 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos poder competente para autorizar, permitir ou conceder a explo-
e a periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os ração dessa atividade.
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a auto-
aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, man- ridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título
ter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes e precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou
ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela legisla- misto, desde que obedecidas as condições de segurança
ção de segurança veicular. estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições Parágrafo único. A autorização citada no ‘caput’ não pode-
de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de rá exceder a 12 (doze) meses, prazo a partir do qual a autorida-
ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na de pública responsável deverá implantar o serviço regular de
forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a le-
itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases gislação pertinente e com os dispositivos deste Código.(Texto
poluentes e ruído. dado pela lei nº 9.602 de 21.1.1998)
§ 1º (VETADO) Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao
§ 2º (VETADO) transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com
§ 3º (VETADO) as normas estabelecidas pelo CONTRAN. (Vide Res. 26/98 -
§ 4º (VETADO) CONTRAN)
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas ca-
veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão racterísticas para competição ou finalidade análoga só poderá
de gases poluentes e ruído. circular nas vias públicas com licença especial da autoridade de
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, en- trânsito, em itinerário e horário fixados.
tre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN (Vide Res. Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:
14/98 e 15/98 - CONTRAN) I - (VETADO)
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos
CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos
de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé; retrovisores em ambos os lados.
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, pai-
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de néis decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança
carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN.(Texto
trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo dado pela lei nº 9.602 de 21.1.1998) (Vide Res. 789/94 e 73/98
inalterável de velocidade e tempo; - CONTRAN)
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter
automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN; publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos
IV - (VETADO) condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos
V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.
e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN. Art. 112. Revogado pela Lei nº 9.792/99.
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna Art.113. Os importadores, as montadoras, as
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são res-
lado esquerdo.(Vide Resolução 46/98 - CONTRAN) ponsáveis civil e criminalmente por danos causados aos usuá-
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obri- rios, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas
gatórios dos veículos e determinará suas especificações técnicas. oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e equipa-
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento mentos utilizados na sua fabricação.
ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e Seção III
medidas administrativas previstas neste Código. Da Identificação do Veículo
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os Todo veículo deverá possuir uma identificação interna, com 17
encarroçadores de veículos e os revendedores devem dígitos, composta por números e letras colocados em seqüência, que
comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatóri- serão gravados no chassi ou monobloco e em outras partes, conforme
os definidos neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo Res. nº 24/98 - CONTRAN, Portaria 166/99 - DENATRAN e NBR
CONTRAN. 6066/80.
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendi- Esta Identificação é composta por três seções: VIN – Número de
mento do disposto neste artigo. identificação do veículo; WMI – Identificador Internacional do Fabrican-
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modifica- te; VDS – Seção Descritiva do Veículo. O 10º dígito é destinado ao ano de
ção de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equi- fabricação do veículo, conforme tabela constante da NRB-6066/80.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado estan- Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de
do quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independentemente I - ter idade superior a vinte e um anos;
da responsabilidade pelas infrações cometidas. II - ser habilitado na categoria D;
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá compro- III - (VETADO)
var sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de con- IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou
trole de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme dis- gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os
posto no art. 104. doze últimos meses;
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da re-
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN gulamentação do CONTRAN.
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino. Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a compe-
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, igual- tência municipal de aplicar as exigências previstas em seus re-
mente, aos veículos importados, durante o trajeto entre a alfân- gulamentos, para o transporte de escolares.
dega ou entreposto alfandegário e o Município de destino. Capítulo XIV
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Da Habilitação
Licenciamento Anual. Comentário: O Código de Trânsito Brasileiro trouxe várias
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o pro- inovações quanto à habilitação de condutores de veículos
prietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trân- automotores.
sito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenti- A primeira inovação consiste na aprendizagem do candida-
cada do comprovante de transferência de propriedade, devida- to, que receberá instruções teórico-técnicas e de prática de dire-
mente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar ção veicular.
solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências A segunda foi a adequação das Auto-Escolas a essa nova
até a data da comunicação. forma de aprendizagem, transformando-as em Centros de For-
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte mação de Condutores - CFC, subdividas em três categorias:
individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou em- CFC - categoria “A” - responsável pela formação teórico-técnica;
pregados em qualquer serviço remunerado, para registro, CFC - categoria “B”- responsável pela formação em prática
licenciamento e respectivo emplacamento de característica co- de direção veicular;
mercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder pú- CFC - categoria “A/B” - responsável pela formação teórico-
blico concedente. técnica e de prática de direção veicular.
Capítulo XIII Ao candidato aprovado será concedida a “Permissão para
Da Condução de Escolares Dirigir”, com validade de 12 meses. Trata-se de uma autoriza-
Comentário: O Transporte de Escolares está sujeito às nor- ção provisória, condicionando a obtenção da Carteira Nacional
mas previstas neste Capítulo e às normas editadas pelos órgãos de Habilitação ao não cometimento de infração de natureza
executivos dos Estados, Distrito Federal e Municipal. grave, gravíssima ou reincidente em infrações de natureza mé-
Deverá o condutor freqüentar um curso de especialização, dia, no prazo dos doze meses; caso contrário sua “Permissão
conforme Resolução 789/94, ser maior de 21 anos e ser habilita- para Dirigir” será cassada, e deverá habilitar-se novamente.
do na categoria “D”, conforme prescreve o artigo 145 do C.T.B. A habilitação inicial somente poderá ocorrer para a catego-
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução ria de condutor “A” ou “B”, ou simultaneamente “A/B”, junto
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com au- ao órgão executivo (DETRAN/CIRETRAN) do local de sua
torização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito residência ou domicílio.
dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: Outra inovação é a de que o condutor, para mudar de catego-
I - registro como veículo de passageiros; ria, deverá obedecer aos requisitos previstos no artigo 145 do C.T.B.
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e
obrigatórios e de segurança; elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser reali-
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quaren- zados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do
ta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou
partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o con-
em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na dutor preencher os seguintes requisitos:
cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; I - ser penalmente imputável;
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de ve- II - saber ler e escrever;
locidade e tempo; III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação
extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz ver- serão cadastradas no RENACH.
melha dispostas na extremidade superior da parte traseira; Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabe- à autorização para conduzir ciclomotores serão regulamentados
lecidos pelo CONTRAN. pelo CONTRAN.
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior § 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão hu-
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, mana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução § 2º (VETADO)
de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em ou-
fabricante. tro país está subordinado às condições estabelecidas em con-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
venções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN. tivos examinadores serão registrados no RENACH. (Parágrafo
Art.143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias único renumerado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998:
de A a E, obedecida a seguinte gradação: § 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para conduto-
ou três rodas, com ou sem carro lateral; res com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não residência ou domicílio do examinado. (Parágrafo acrescentado
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a § 3º O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológi-
oito lugares, excluído o do motorista; ca preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utiliza- condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluin-
do em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três do-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame
mil e quinhentos quilogramas; referente à primeira habilitação. (Parágrafo alterado pela Lei nº
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utiliza- 10.350, de 21.12.2001)
do no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lu- § 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental,
gares, excluído o do motorista; ou de progressividade de doença que possa diminuir a capaci-
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em dade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º poderá
que a unidade tratora se enquadre nas Categorias B, C ou D e ser diminuído por proposta do perito examinador. (Parágrafo
cuja unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou articulada, acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
tenha seis mil quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja § 5º O condutor que exerce atividade remunerada ao veí-
lotação exceda a oito lugares, ou, ainda, seja enquadrado na culo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de
categoria trailer. Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá Trânsito - Contran. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.350,
estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter de 21.12.2001)
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reinci- Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção
dente em infrações médias, durante os últimos doze meses. veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou priva-
§ 2º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combi- das credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e
nação de veículos com mais de uma unidade tracionada, inde- do Distrito Federal, de acordo com as normas estabelecidas pelo
pendentemente da capacidade de tração ou do peso bruto total. CONTRAN.
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator mis- § 1º A formação de condutores deverá incluir, obrigatoria-
to ou o equipamento automotor destinado à movimentação de mente, curso de direção defensiva e de conceitos básicos de pro-
cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de teção ao meio ambiente relacionados com o trânsito.
construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na § 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E. Dirigir, com validade de um ano.
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para con- § 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
duzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, condutor no término de um ano, desde que o mesmo não te-
de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá pre- nha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima
encher os seguintes requisitos: ou seja reincidente em infração média.
I - ser maior de vinte e um anos; § 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
II - estar habilitado: tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o proces-
há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na so de habilitação.
categoria D; e § 5º O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) po-
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender derá dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o
habilitar-se na categoria E; cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo Depar-
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou tamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação
ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses; do exame de aptidão física e mental. (Texto dado pela lei nº
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de 9.602 de 21/01/1998)
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos ter- Art. 149. (VETADO)
mos da normatização do CONTRAN. Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior,
Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o con- o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primei-
dutor deverá realizar exames complementares exigidos para ha- ros socorros deverá a eles ser submetido, conforme normatização
bilitação na categoria pretendida. do CONTRAN.
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se a exa- Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores contra-
mes realizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte ordem: tados para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer
I - de aptidão física e mental; curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros confor-
II - (VETADO) me normatização do CONTRAN.
III - escrito, sobre legislação de trânsito; Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre
IV - de noções de primeiros socorros, conforme regulamen- legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só
tação do CONTRAN; poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da di-
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo vulgação do resultado.
da categoria para a qual estiver habilitando-se. Art. 152. O exame de direção veicular será realizado peran-
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos respec- te uma comissão integrada por três membros designados pelo
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
dirigente do órgão executivo local de trânsito, para o período § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
de um ano, permitida a recondução por mais um período de Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
igual duração. direção do veículo.
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos § 2º (VETADO)
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou superi- § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habili-
or à pretendida pelo candidato. tação será regulamentada pelo CONTRAN.
§ 2º Os militares das Forças Armadas e Auxiliares que pos- § 4º (VETADO)
suírem curso de formação de condutor, ministrado em suas § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para
corporações, serão dispensados, para a concessão da Carteira Dirigir somente terão validade para a condução de veículo quan-
Nacional de Habilitação, dos exames a que se houverem sub- do apresentada em original.
metido com aprovação naquele curso, desde que neles sejam § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
observadas as normas estabelecidas pelo CONTRAN. expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
§ 3º O militar interessado instruirá seu requerimento com RENACH.
ofício do Comandante, Chefe ou Diretor da organização mili- § 7º A cada condutor corresponderá um único registro no
tar em que servir, do qual constarão: o número do registro de RENACH, agregando-se neste todas as informações.
identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e categoria em § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de Habi-
que se habilitou a conduzir, acompanhado de cópias das atas litação ou a emissão de uma nova via somente será realizada após
dos exames prestados. quitação de débitos constantes do prontuário do condutor.
§ 4º (VETADO) § 9º (VETADO)
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a § 10º A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
identificação de seus instrutores e examinadores, que serão pas- condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e
síveis de punição conforme regulamentação a ser estabelecida mental. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.1998)
pelo CONTRAN. § 11º A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na vi-
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores gência do Código anterior, está substituída por ocasião do ven-
eexaminadores serão de advertência, suspensão e cancelamento cimento do prazo para revalidação do exame de aptidão física e
da autorização para o exercício da atividade, conforme a falta mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta lei. (Texto
cometida. dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.98)
Art.154. Os veículos destinados à formação de condutores Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito de-
serão identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros verá ser submetido a novos exames para que possa voltar a diri-
de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a gir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. independentemente do reconhecimento da prescrição, em face
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para da pena concretizada na sentença.
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá § 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido
ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa bran- poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo
ca removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla
AUTO-ESCOLA na cor preta. defesa ao condutor.
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e § 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão exe- estadual de trânsito poderá apreender o documento de habilita-
cutivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, perten- ção do condutor até a sua aprovação nos exames realizados.
cente ou não à entidade credenciada. Capítulo XV
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para Das Infrações
aprendizagem, de acordo com a regulamentação do Comentário: O artigo 161 dá a definição de Infração de
CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, Trânsito de forma ampla, uma vez que se refere ao
mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. descumprimento, desobediência dos preceitos do Código, le-
(Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21/01/1998) gislação complementar e Resoluções do CONTRAN.
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento Uma parte das infrações de trânsito consiste na desobedi-
para prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades ência às normas de circulação e conduta e a outra está relacio-
destinadas à formação de condutores e às exigências necessárias nada à circulação do veículo, seu estado de conservação etc.
para o exercício das atividades de instrutor e examinador. Para que ocorra uma infração de trânsito, esta deverá estar
Art. 157. (VETADO) tipificada, ou seja, deverá estar descrita em um dispositivo le-
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: gal, caso contrário o agente de trânsito não poderá efetuar a
I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão autuação.
executivo de trânsito; Obediência também deverá ter o Agente de Trânsito quan-
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado. to à aplicação das medidas administrativas, devendo estas estar
Parágrafo único. Além do aprendiz e do instrutor, o veículo especificadas no artigo descrito da infração.
utilizado na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um Cometida a infração de trânsito, o proprietário/condutor
acompanhante. estará sujeito às penalidades ou medidas administrativas cons-
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em tantes dos artigos 256 e 269.
modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, O C.T.B. elenca cerca de 429 infrações.
atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fo- Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de
tografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equiva- qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou
lerá a documento de identidade em todo o território nacional. das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às pe-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
nalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
além das punições previstas no Capítulo XIX. que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às reso- estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
luções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas admi- Infração - gravíssima;
nistrativas definidas nas próprias resoluções. Penalidade - multa.
Art. 162. Dirigir veículo: Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou Per- de segurança, conforme previsto no art. 65:
missão para Dirigir: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa (três vezes) e apreensão do veículo; Medida administrativa - retenção do veículo até colocação
II - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão do cinto pelo infrator.
para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de dirigir: Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem
Infração - gravíssima; observância das normas de segurança especiais estabelecidas neste
Penalidade - multa (cinco vezes) e apreensão do veículo; Código:
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão Infração - gravíssima;
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja con- Penalidade - multa;
duzindo: Medida administrativa - retenção do veículo até que a irre-
Infração - gravíssima; gularidade seja sanada.
Penalidade - multa (três vezes) e apreensão do veículo; Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indis-
Medida administrativa - recolhimento do documento de pensáveis à segurança:
habilitação; Infração - leve;
IV - (VETADO) Penalidade - multa.
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atra-
vencida há mais de trinta dias: vessando a via pública, ou os demais veículos:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacio- Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimen-
nal de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de to do documento de habilitação.
condutor habilitado; Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar ou veículos, água ou detritos:
de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impos- Infração - média;
tas por ocasião da concessão ou da renovação da licença para Penalidade - multa.
conduzir: Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
Infração - gravíssima; substâncias:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamen- Penalidade - multa.
to da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado. Art. 173. Disputar corrida por espírito de emulação:
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condi- Infração - gravíssima;
ções previstas no artigo anterior: Penalidade - multa (três vezes), suspensão do direito de di-
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; rigir e apreensão do veículo;
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; Medida administrativa - recolhimento do documento de
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do habilitação e remoção do veículo.
artigo anterior. Art. 174. Promover, na via, competição esportiva, eventos
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra
incisos do Art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão
conduzi-lo na via: da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do Art. 162; Infração - gravíssima;
Penalidade - as mesmas previstas no Art. 162; Penalidade - multa (cinco vezes), suspensão do direito de
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do dirigir e apreensão do veículo;
Art. 162. Medida administrativa - recolhimento do documento de
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool, em nível supe- habilitação e remoção do veículo.
rior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer subs- Parágrafo único. As penalidades são aplicáveis aos promo-
tância entorpecente ou que determine dependência física ou tores e aos condutores participantes.
psíquica. Art. 175. Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar
Infração - gravíssima; ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
dirigir; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresen- Penalidade - multa, suspensão do direito de dirigir e apreensão
tação de condutor habilitado e recolhimento do documento de do veículo;
habilitação. Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada tação e remoção do veículo.
na forma do Art. 277. Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acosta- esquerda, onde não houver local apropriado para operação de
mentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos: retorno:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa (três vezes). Penalidade - multa.
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância ne- Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
cessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com auto-
segurança: rização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
Infração - grave; Infração - leve;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade Art. 206. Executar operação de retorno:
competente de trânsito ou de seus agentes: I - em locais proibidos pela sinalização;
Infração - grave; II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
Penalidade - multa. III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento,
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados;
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: via transversal;
Infração - grave; V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
Penalidade - multa. que em locais permitidos:
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo Infração - gravíssima;
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da respecti- Penalidade - multa.
va mão de direção, quando for manobrar para um desses lados: Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à es-
Infração - média; querda em locais proibidos pela sinalização:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando Penalidade - multa.
solicitado: Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
Infração - média; parada obrigatória:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo Penalidade - multa.
da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com
vai entrar à esquerda: ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar
Infração - média; às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não
Penalidade - multa. efetuar o pagamento do pedágio:
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte co- Infração - grave;
letivo ou de escolares, parado para embarque ou desembarque Penalidade - multa.
de passageiros, salvo quando houver refúgio de segurança para Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
o pedestre: Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do
Penalidade - multa. direito de dirigir;
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimen-
e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: to do documento de habilitação.
Infração - média; Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
Penalidade - multa. sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
I - pelo acostamento; Infração - grave;
II - em interseções e passagens de nível; Penalidade - multa.
Infração - grave; Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: Penalidade - multa.
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
II - nas faixas de pedestre; marcha for interceptada:
III - nas pontes, viadutos ou túneis; I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, desfiles e outros:
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à Infração - gravíssima;
livre circulação; Penalidade - multa.
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de II - por agrupamento de veículos, como cortejos, forma-
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contí- ções militares e outros:
nua amarela: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direi- e a veículo não motorizado:
ta, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à I - que se encontre na faixa a ele destinada;
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II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
sinal verde para o veículo; agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou gestos;
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes: III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acos-
Infração - gravíssima; tamento;
Penalidade - multa. IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinali-
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não zada;
haja sinalização a ele destinada; V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
dirige o veículo: VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência
Infração - grave; de obras ou trabalhadores na pista;
Penalidade - multa. VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: IX - quando houver má visibilidade;
I - em interseção não sinalizada: X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defei-
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; tuoso ou avariado;
b) a veículo que vier da direita; XI - à aproximação de animais na pista;
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de XII - em declive;
Dê a Preferência: XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequa- XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
damente posicionado para ingresso na via e sem as precauções embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa
com a segurança de pedestres e de outros veículos: movimentação de pedestres:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desa-
dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos: cordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo
Infração - média; CONTRAN:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permiti- Penalidade - multa;
da para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil: Medida administrativa - retenção do veículo para regulari-
I - em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais: zação e apreensão das placas irregulares.
a) quando a velocidade for superior à máxima em até vinte Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que con-
por cento: fecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de terceiros,
Infração - grave; placas de identificação não autorizadas pela regulamentação.
Penalidade - multa; Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendi-
b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de mento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermi-
vinte por cento: tente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento,
Infração - gravíssima; de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir; Infração - média;
II - demais vias: Penalidade - multa.
a) quando a velocidade for superior à máxima em até cin- Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho
qüenta por cento: de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
50% (cinqüenta por cento): Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
Infração - gravíssima; providas de iluminação pública:
Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir; Infração - leve;
Medida administrativa - recolhimento do documento de Penalidade - multa.
habilitação. Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes exter-
metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando nas ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar
ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e visível o local, quando:
meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita: I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou per-
Infração - média; manecer no acostamento;
Penalidade - multa. II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retira-
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de for- da imediatamente:
ma compatível com a segurança do trânsito: Infração - grave;
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, corte- Penalidade - multa.
jos, préstitos e desfiles: Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que te-
Infração - gravíssima; nha sido utilizado para sinalização temporária da via:
Penalidade - multa; Infração - média;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
go não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi- c) quando a sinalização de regulamentação da via determi-
reboques especialmente projetados para esse fim e devidamente nar o uso do pisca-alerta:
homologados pelo órgão competente.(Parágrafo incluído pela Infração - média;
Lei nº 10.517, de 11.7.2002) Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 252. Dirigir o veículo:
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, mate- I - com o braço do lado de fora;
riais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda
de trânsito com circunscrição sobre a via: ou entre os braços e pernas;
Infração - grave; III - com incapacidade física ou mental temporária que com-
Penalidade - multa; prometa a segurança do trânsito;
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material. IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que com-
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa prometa a utilização dos pedais;
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre cir- sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou
culação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via acionar equipamentos e acessórios do veículo;
terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a apare-
Infração - gravíssima; lhagem sonora ou de telefone celular;
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério Infração - média;
da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. Penalidade - multa.
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou Art. 253. Bloquear a via com veículo:
jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com cir- Infração - gravíssima;
cunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às Penalidade - multa e apreensão do veículo;
expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rola- Art. 254. É proibido ao pedestre:
mento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão huma- I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto
na e os de tração animal, sempre que não houver acostamento para cruzá-las onde for permitido;
ou faixa a eles destinados: II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou tú-
Infração - média; neis, salvo onde exista permissão;
Penalidade - multa. III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte quando houver sinalização para esse fim;
de passageiros carga excedente em desacordo com o estabeleci- IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de pertur-
do no art. 109: bar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
Infração - grave; desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida li-
Penalidade - multa; cença da autoridade competente;
Medida administrativa - retenção para o transbordo. V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posi- ou subterrânea;
ção, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque ou VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias: Infração - leve;
Infração - média; Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do va-
Penalidade - multa. lor da infração de natureza leve.
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja per-
I - deixar de manter acesa a luz baixa: mitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo
a) durante a noite; com o disposto no parágrafo único do art. 59:
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública; Infração - média;
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte Penalidade - multa;
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante re-
destinadas; cibo para o pagamento da multa.
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; Capítulo XVI
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição Das Penalidades
sob chuva forte, neblina ou cerração; Comentário: Cometida a infração de trânsito o proprietário/
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; condutor estará sujeito a penalidades e medidas administrativas.
Infração - média; Penalidade é a punição administrativa prevista em cada tipo
Penalidade - multa. de infração.
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: As penalidades administrativas são de competência exclusi-
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de va da Autoridade de Trânsito.
emergência; O próprio C.T.B., em seu Anexo I, define Autoridade de
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguin- Trânsito como o “dirigente máximo do órgão ou entidade execu-
tes situações: tivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a ele expressamente credenciada.”
outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; As penalidades, de forma ampla, serão aplicadas pelos diri-
b) em imobilizações ou situação de emergência, como ad- gentes dos Departamentos de Trânsito dos Estados e do Distri-
vertência, utilizando pisca-alerta; to Federal e, de forma restrita, pelos dirigentes dos órgãos exe-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
nimo de um mês até o máximo de um ano e, no caso de reinci- acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258 ,
dência no período de doze meses, pelo prazo mínimo de seis imposta por infração posteriormente cometida.
meses até o máximo de dois anos, segundo critérios estabeleci- § 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pe-
dos pelo CONTRAN. destres, podendo a multa ser transformada na participação do
§ 1º Além dos casos previstos em outros artigos deste Códi- infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade
go e excetuados aqueles especificados no art. 263, a suspensão de trânsito.
do direito de dirigir será aplicada sempre que o infrator atingir Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem,
a contagem de vinte pontos, prevista no art. 259. na forma estabelecida pelo CONTRAN:
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Car- I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação;
teira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imedia- II - quando suspenso do direito de dirigir;
tamente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem. III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja
Art. 262. O veículo apreendido em decorrência de penalida- contribuído, independentemente de processo judicial;
de aplicada será recolhido ao depósito e nele permanecerá sob IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
custódia e responsabilidade do órgão ou entidade apreendedora, V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor
com ônus para o seu proprietário, pelo prazo de até trinta dias, está colocando em risco a segurança do trânsito;
conforme critério a ser estabelecido pelo CONTRAN. VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN.
§ 1º No caso de infração em que seja aplicável a penalidade Capítulo XVII
de apreensão do veículo, o agente de trânsito deverá, desde logo, Das Medidas Administrativas
adotar a medida administrativa de recolhimento do Certificado Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera
de Licenciamento Anual. das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir-
§ 2º A restituição dos veículos apreendidos só ocorrerá me- cunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas:
diante o prévio pagamento das multas impostas, taxas e despe- I - retenção do veículo;
sas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na II - remoção do veículo;
legislação específica. III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
§ 3º A retirada dos veículos apreendidos é condicionada, IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
ainda, ao reparo de qualquer componente ou equipamento obri- V - recolhimento do Certificado de Registro;
gatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento. VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
§ 4º Se o reparo referido no parágrafo anterior demandar pro- VII - (VETADO)
vidência que não possa ser tomada no depósito, a autoridade res- VIII - transbordo do excesso de carga;
ponsável pela apreensão liberará o veículo para reparo, mediante IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
autorização, assinando prazo para a sua reapresentação e vistoria. de substância entorpecente ou que determine dependência físi-
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: ca ou psíquica;
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator condu- X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas
zir qualquer veículo; vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
infrações previstas no inciso III do Art. 162 e nos arts. 163, devidos.
164, 165, 173, 174 e 175; XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legis-
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsi- lação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular.
to, observado o disposto no art. 160. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.98)
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregulari- § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
dade na expedição do documento de habilitação, a autoridade administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trân-
expedidora promoverá o seu cancelamento. sito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional vida e à incolumidade física da pessoa.
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, sub- § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não elidem
metendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na for- a aplicação das penalidades impostas por infrações estabelecidas nes-
ma estabelecida pelo CONTRAN. te Código, possuindo caráter complementar a estas.
Art. 264. (VETADO) § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir Habilitação e a Permissão para Dirigir.
e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo di- Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expres-
reito de defesa. sos neste Código.
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infra-
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, ção, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação.
as respectivas penalidades. § 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência veículo poderá ser retirado por condutor regularmente habili-
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser tado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma Anual, contra recibo, assinalando-se ao condutor prazo para sua
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, consi- regularização, para o que se considerará, desde logo, notificado.
derando o prontuário do infrator, entender esta providência § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido
como mais educativa. ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas ad-
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o ministrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade
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trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência. § 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
Seção II recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devol-
Do Julgamento das Autuações e Penalidades vida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência legal de correção dos débitos fiscais.
estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa
consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível. daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apre-
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu sentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou
registro julgado insubsistente: domicílio do infrator.
I - se considerado inconsistente ou irregular; Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o re-
II - se, no prazo máximo de 30 (trinta), dias, não for expedida a curso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a
notificação da autuação. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.1998) penalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessári-
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação os ao julgamento.
ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interpos-
por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ci- to, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado
ência da imposição da penalidade. da publicação ou da notificação da decisão.
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do § 1º O recurso será interposto, da decisão do não provi-
proprietário do veículo será considerada válida para todos os efeitos. mento, pelo responsável pela infração, e da decisão de provi-
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de mento, pela autoridade que impôs a penalidade.
repartições consulares de carreira e de representações de orga- § 2º No caso de penalidade de multa, o recurso interposto
nismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Mi- pelo responsável pela infração somente será admitido compro-
nistério das Relações Exteriores para as providências cabíveis e vado o recolhimento de seu valor. (Vide Medida Provisória nº
cobrança dos valores, no caso de multa. 75, de 24.10.2002)
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a con- Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será apre-
dutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a ciado no prazo de trinta dias:
notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, res- I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entida-
ponsável pelo seu pagamento. de de trânsito da União:
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do pra- a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de
zo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, seis meses, cassação do documento de habilitação ou penalida-
que não será inferior a 30 (trinta) dias contados da data da noti- de por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
ficação da penalidade. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.1998) b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que apre-
no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu ciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
valor. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21.1.1998) II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entida-
Art. 283. (VETADO) de de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a CETRAN e CONTRANDIFE, respectivamente.
data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando
cento do seu valor. houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
Parágrafo único. Não ocorrendo o pagamento da multa no próprios membros.
prazo estabelecido, seu valor será atualizado à data do paga- Art. 290. A apreciação do recurso previsto no art. 288 encerra a
mento, pelo mesmo número de UFIR fixado no art. 258. instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades.
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades apli-
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo- cadas nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH.
á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. (Vide Medida Capítulo XIX
Provisória nº 75, de 24.10.2002) Dos Crimes de Trânsito
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo. Comentário: Com o crescimento, em progressão geométri-
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o re- ca, da frota de veículos, aliado à má formação dos condutores e
curso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subseqüentes desrespeito às normas gerais de circulação e conduta, os aciden-
à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o tes de trânsito lideram as estatísticas como um dos maiores cau-
fato no despacho de encaminhamento. sadores de mortes e de lesões nas vias terrestres.
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julga- Como os crimes de homicídio e lesão corporal culposa pro-
do dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que im- vocados por veículo automotor estavam tipificados nos artigos
pôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, 121, § 3º e 129, § 6º do Código Penal, e obedeciam ao rito
poderá conceder-lhe efeito suspensivo. (Vide Medida Provisó- processual do Código de Processo Penal, há anos que a socie-
ria nº 75, de 24.10.2002) dade pleiteava uma legislação específica, mais rigorosa e célere,
§ 4º Se o recurso de que trata este artigo não for julgado dentro evitando-se a impunidade de seu autor.
do prazo de sessenta dias, a penalidade aplicada será automatica- Em decorrência deste reclamo, o legislador introduziu no
mente cancelada, não gerará nenhum efeito e seus registros serão C.T.B. o Capítulo XIX, destinado aos Crimes de Trânsito, em
arquivados." (NR) (Vide Medida Provisória nº 75, de 24.10.2002) que dispõe sobre os crimes de homicídio e lesão corporal culposa
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser ocasionados por veículo automotor, além de converter em cri-
interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor. me fatos que anteriormente eram simples infrações administra-
§ 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o tivas ou contravenções penais.
estabelecido no parágrafo único do art. 284. Os Crimes de Trânsito podem ser dolosos e culposos.
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terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou assegurar a proteção de pedestres.
com ferimentos leves. Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do até a data de publicação deste Código, continuam em vigor
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe naquilo em que não conflitem com ele.
possa ser atribuída: Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, medi-
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. ante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo
a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expon- com conteúdo programático relativo à segurança e à educação
do a dano potencial a incolumidade de outrem: de trânsito, a fim de atender o disposto neste Código.
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspen- Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
são ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos e
dirigir veículo automotor. quarenta dias contados da publicação desta Lei.
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão pra-
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor im- zo de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de
posta com fundamento neste Código: escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do Art. 136
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova e Art. 154, respectivamente.
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Art. 318. (VETADO)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. do Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em nº 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de trân-
não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte sito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfe-
dano potencial à incolumidade pública ou privada: go, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.
Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspen- Parágrafo único. O percentual de cinco por cento do valor
são ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente,
dirigir veículo automotor. na conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a educação de trânsito (FUNSET), que passa a custear as despe-
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cas- sas do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) re-
sado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: lativas à operacionalização da segurança e educação de trânsito.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. (Texto dado pela Lei nº 9.602 de 21/01/1998)
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo Conforme o artigo 6º da Lei nº 9.602 de 21/01/1998, cons-
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou tituem recursos do FUNSET:
com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu I - o percentual de 5% (cinco por cento) do valor das mul-
estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não este- tas de trânsito arrecadadas, a que se refere o parágrafo único do
ja em condições de conduzi-lo com segurança: artigo 320 da Lei nº 9.503 de 23/09/1997;
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. II - as dotações específicas consignadas na Lei de Orçamen-
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segu- to ou em créditos adicionais;
rança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em- III - as doações ou patrocínios de organismos ou entidades
barque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou nacionais, internacionais ou estrangeiras, de pessoas físicas ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, jurídicas nacionais ou estrangeiras;
gerando perigo de dano: IV - o produto da arrecadação de juros de mora e atualiza-
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. ção monetária incidentes sobre o valor das multas no percentual
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente au- previsto no inciso I deste artigo;
tomobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedi- V - o resultado das aplicações financeiras dos recursos;
mento policial preparatório, inquérito policial ou processo pe- VI - a reversão de saldos não aplicados;
nal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a VII - outras receitas que lhe forem atribuídas por lei.
erro o agente policial, o perito, ou juiz: Art. 321. (VETADO)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 322. (VETADO)
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a
não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparató- metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo
rio, o inquérito ou o processo aos quais se refere. percentuais de tolerância, sendo durante este período suspensa
Capítulo XX a vigência das penalidades previstas no inciso V do Art. 231,
Disposições Finais e Transitórias aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos quilo-
Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação gramas ou fração de excesso.
dos membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este
publicação deste Código. artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles estabele-
Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e qua- cidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985.
renta dias a partir da publicação deste Código para expedir as Art. 324. (VETADO)
resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como revisar Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por cinco anos
todas as resoluções anteriores à sua publicação, dando priorida- os documentos relativos à habilitação de condutores e ao registro e
de àquelas que visam a diminuir o número de acidentes e a licenciamento de veículos, podendo ser microfilmados ou armaze-
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nados em meio magnético ou óptico para todos os efeitos legais. tamente suas requisições.
Art.326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte
anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de setembro. dias após a nomeação de seus membros, as disposições previstas
Art.327. A partir da publicação deste Código, somente po- nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e enti-
derão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos dades executivos de trânsito e executivos rodoviários para exer-
limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, ressal- cerem suas competências.
vados os que vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. § 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
Parágrafo único. (VETADO) prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem
Art. 328. Os veículos apreendidos ou removidos a qualquer às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme
título e os animais não reclamados por seus proprietários, den- disposto neste artigo.
tro do prazo de noventa dias, serão levados à hasta pública, de- § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exerce-
duzindo-se, do valor arrecadado, o montante da dívida relativa rão as competências previstas neste Código em cumprimento às
a multas, tributos e encargos legais, e o restante, se houver, de- exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto
positado à conta do ex-proprietário, na forma da lei. neste artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se ór-
Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts. gão ou entidade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou enti-
135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, dade estadual, do Distrito Federal ou da União, passando a in-
previamente, certidão negativa do registro de distribuição cri- tegrar o Sistema Nacional de Trânsito.
minal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser
corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de
órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização. um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser reti-
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas radas em caso contrário.
ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou des- Art. 335. (VETADO)
montem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir livros Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Ane-
de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso de xo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e
placas de experiência, conforme modelos aprovados e rubrica- sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da
dos pelos órgãos de trânsito. Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedeci-
§ 1º Os livros indicarão: dos os padrões internacionais.
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor; dos Estados e Municípios que os compõem e, o
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem; CONTRANDIFE, do Distrito Federal.
IV - nome, endereço e identidade do comprador; Art.338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores
V - características do veículo constantes do seu certificado e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qual-
de registro; quer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da
VI - número da placa de experiência. comercialização do respectivo veículo, manual contendo nor-
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipografica- mas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva,
mente e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que, no primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
primeiro caso, conterão termo de abertura e encerramento la- Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito
vrados pelo proprietário e rubricados pela repartição de trânsi- especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e qua-
to, enquanto, no segundo, todas as folhas serão autenticadas tro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor do
pela repartição de trânsito. ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima do
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas decor-
referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se rentes da implantação deste Código.
verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas corresponden- Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias
tes, podendo os veículos irregulares lá encontrados ou suas suca- após a data de sua publicação.
tas ser apreendidos ou retidos para sua completa regularização. Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de se-
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais tembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10
terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo, de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308,
entretanto, retirá-los do estabelecimento. de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976,
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro de
realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa 1982, 7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de
prevista para as infrações gravíssimas, independente das demais dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237,
cominações legais cabíveis. de 28 de fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16 de
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que passarão a maio de 1969, 912, de 2 de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de
integrar os colegiados destinados ao julgamento dos recursos admi- julho de 1988.
nistrativos previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste Código, o
julgamento dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora existentes. Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e
Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Na- 109º da República.
cional de Trânsito proporcionarão aos membros do FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, to- Iris Rezende
das as facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecen- Eliseu Padilha
do-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspe-
cionar a execução de quaisquer serviços e deverão atender pron-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Resoluções do CONTRAN
RESOLUÇÃO Nº 001/98 CAMPO 1 - "CÓDIGO DO ÓRGÃO AUTUADOR"
Estabelece as informações mínimas que deverão cons- CAMPO 2 - "IDENTIFICAÇÃO DO AUTO DE IN-
tar do Auto de Infração de trânsito cometida em vias terrestres FRAÇÃO"
(urbanas e rurais) BLOCO 2 - IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando CAMPO 1 - "UF"
da competência que lhe confere o Art. 12 da Lei 9.503 de 23 de CAMPO 2 - "PLACA"
setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CAMPO 3 - "MUNICÍPIO"
CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, BLOCO 3 - IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; CAMPO 1 - "NOME"
Considerando a conveniência de ser estabelecido, para todo CAMPO 2 - "Nº DO REGISTRO DA CNH OU DA
o território nacional, o nível mínimo de informações requeridas PERMISSÃO PARA DIRIGIR"
para lavratura do Auto de Infração, detalhando e complementando CAMPO 3 - "UF"
o disposto no Artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro; CAMPO 4 - CPF"
Considerando a necessidade de viabilizar condições BLOCO 4 - IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR
operacionais adequadas ao atendimento do disposto no inciso CAMPO 1 - "NOME"
XIII, do art. 19 do Código de Trânsito Brasileiro; CAMPO 2 - "CPF OU CGC"
Considerando a necessidade de viabilizar condições BLOCO 5 - IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL DE CO-
operacionais adequadas ao efetivo controle da receita arrecada- METIMENTO DE INFRAÇÕES
da com a cobrança de multas, atendendo ao disposto no Pará- CAMPO 1 - "LOCAL DA INFRAÇÃO"
grafo Único do art. 320 do Código de Trânsito Brasileiro; CAMPO 2 - "DATA"
CAMPO 3 - "HORA"
R E S O L V E: CAMPO 4 - "CÓDIGO DO MUNICÍPIO"
BLOCO 6 - TIPIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO
Art.1º. Instituir a obrigatoriedade de adoção do padrão CAMPO 1 - "CÓDIGO DA INFRAÇÃO"
de blocos de informações descrito no Anexo I desta Resolução, CAMPO 2 - "EQUIPAMENTO/INSTRUMENTO
como uma referência mínima na definição e confecção dos Au- DE AFERIÇÃO UTILIZADO"
tos de Infração a serem elaborados. CAMPO 3 - "MEDIÇÃO REALIZADA"
Art.2º. Incumbir ao Departamento Nacional de Trân- CAMPO 4 - "LIMITE PERMITIDO"
sito - DENATRAN a definição e divulgação dos critérios de
codificação que deverão ser utilizados para preenchimento dos RESOLUÇÃO Nº 005/98
blocos de informação constantes dos Autos de Infração.
Art.3º. Estabelecer o que compete aos órgãos e entida- Dispõe sobre a vistoria de veículos e dá outras providências
des executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usan-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a atribuição do da competência que lhe confere o Art. 12 da Lei 9.503, de
de elaborar e implementar o modelo de Auto de Infração que 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
utilizará, no âmbito de suas respectivas circunscrições, respeita- Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de se-
dos os limites mínimos estabelecidos no artigo anterior. tembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
Art.4º. Autorizar a utilização dos modelos de Auto de Nacional de Trânsito;
Infração especificados pelos órgãos e entidades executivos de Considerando o que dispõe o art. 314 do Código de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal e do modelo de Auto Trânsito Brasileiro;
de Infração especificado pelo órgão executivo rodoviário da Considerando ser de conveniência técnica e adminis-
União, pelos órgãos e entidades executivas de trânsito dos Mu- trativa que as vistorias dos veículos obedeçam a critérios e pro-
nicípios e pelos órgãos executivos rodoviários dos Estados, do cedimentos uniformes em todo o país.
Distrito Federal e dos Municípios, respectivamente.
Art.5º. Autorizar ao DENATRAN a estabelecer convê- R E S O L V E:
nios de cooperação técnica com terceiros, com vistas à Art. 1º. As vistorias tratadas na presente Resolução serão
implementação de sistemática padronizada e informatizada para realizadas por ocasião da transferência de propriedade ou de
registro, controle e baixa das multas originadas por infrações de domicilio intermunicipal ou interestadual do proprietário do veí-
trânsito notificadas no território nacional. culo, ou qualquer alteração de suas caraterísticas, implicando no
Art.6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua assentamento dessa circunstância no registro inicial.
publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial Art. 2º. As vistorias mencionadas no artigo anterior execu-
a Resolução nº 661/85, de 03.12.85. tadas pelos Departamentos de Trânsito, suas Circunscrições Regi-
Brasília, 23 de janeiro de 1998. onais, têm como objetivo verificar :
a) a autenticidade da identificação do veículo e da sua
ANEXO I DA RESOLUÇÃO Nº 001/98 documentação;
b) a legitimidade da propriedade;
Padrão de blocos de informações mínimas a ser utiliza- c) se os veículos dispõem dos equipamentos obrigatórios,
do para confecção de modelo de auto de infração e se estes atendem as especificações técnicas e estão em perfeitas
BLOCO 1 - IDENTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO condições de funcionamento;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
d) se as características originais dos veículos e seus agre- Art. 6º. O responsável de promover a baixa do registro de
gados não foram modificados, e se constatada alguma altera- veículo terá o prazo de quinze dias, após a constatação da sua condi-
ção, esta tenha sido autorizada, regularizada, e se consta no pron- ção através de laudo, para providenciá-la, caso contrário incorrerá
tuário do veículo na repartição de trânsito; nas sanções previstas pelo art. 240 do Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo Único. Os equipamentos obrigatórios são Parágrafo Único. Finalizado o prazo previsto neste artigo, ini-
aqueles previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro, e Resolu- cia-se um novo prazo com a mesma duração, sujeito a nova sanção.
ções do CONTRAN editadas sobre a matéria. Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Art. 3º. Não se realizará vistoria em veículo sinistrado publicação, revogadas as disposições em contrário.
com laudo pericial de perda total, no caso de ocorrer transfe- Brasília, 23 de janeiro de 1998.
rência de domicílio do proprietário.
Art. 4º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua RESOLUÇÃO Nº 12/98
publicação, revogada a Resolução 809/95.
Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos
Brasília, 23 de janeiro de 1998. que transitem por vias terrestres.
RESOLUÇÃO Nº 011/98 O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inciso
Estabelece critérios para a baixa de registro de veículos I, do art. 12, da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, que
a que se refere bem como os prazos para efetivação. instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da
da competência que lhe confere o art. 12 da Lei 9503, de 23 de coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CONSIDERANDO o art. 99, do Código de Trânsito
CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, Brasileiro, que dispõe sobre peso e dimensões; e
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer os li-
Considerando o que dispõe o Código de Trânsito Brasi- mites de pesos e dimensões para a circulação de veículos; resolve:
leiro nos seus artigos 19, 126, 127 e 128; Art. 1º As dimensões autorizadas para veículos, com
Considerando a necessidade de serem estabelecidos requi- ou sem carga, são as seguintes:
sitos mínimos para a efetivação da baixa do registro de veículos; I - largura máxima: 2,60m;
II - altura máxima: 4,40m;
R E S O L V E: III - comprimento total:
Art. 1º. A baixa do registro de veículos é obrigatória a) veículos simples: 14,00m;
sempre que o veículo for retirado de circulação nas seguintes b) veículos articulados: 18,15m; c) veículos com rebo-
possibilidades: que: 19,80m.
I - veículo irrecuperável; § 1º Os limites para o comprimento do balanço traseiro de
II - veículo definitivamente desmontado; veículos de transporte de passageiros e de cargas são os seguintes:
III - sinistrado com laudo de perda total; I - nos veículos simples de transporte de carga, até 60%
IV - vendidos ou leiloados como sucata. (sessenta por cento) da distância entre os dois eixos, não poden-
§ 1º. Os documentos dos veículos a que se refere este do exceder a 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros);
artigo, bem como as partes do chassi que contém o registro II - nos veículos simples de transporte de passageiros:
VIN e suas placas, serão obrigatoriamente recolhidos aos ór- a) com motor traseiro: até 62% (sessenta e dois por cen-
gãos responsáveis por sua baixa. to) da distância entre eixos;
§ 2º. Os procedimentos previstos neste artigo deverão b) com motor central: até 66% (sessenta e seis por cen-
ser efetivados antes da venda do veículo ou sua destinação final. to) da distância entre eixos;
§ 3º. Os órgãos responsáveis pela baixa do registro dos c) com motor dianteiro: até 71% (setenta e um por cen-
veículos deverão reter sua documentação e destruir as partes do to) da distância entre eixos.
chassi que contém o registro VIN e suas placas. § 2º A distância entre eixos, prevista no parágrafo ante-
Art. 2º. A baixa do registro do veículo somente será rior, será medida de centro a centro das rodas dos eixos dos
autorizada mediante quitação de débitos fiscais e de multas de extremos do veículo.
trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente § 3º Não é permitido o registro e licenciamento de ve-
da responsabilidade pelas infrações cometidas. ículos, cujas dimensões excedam às fixadas neste artigo, salvo
Art. 3º. O órgão de trânsito responsável pela baixa do nova configuração regulamentada por este Conselho.
registro do veículo emitirá uma Certidão de Baixa de Veículo, § 4º Os veículos em circulação, com dimensões exceden-
no modelo estabelecido pelo anexo I desta Resolução - datilo- tes aos limites fixados neste artigo, registrados e licenciados até 13
grafado ou impresso, após cumpridas estas disposições e as de- de novembro de 1996, poderão circular até seu sucateamento,
mais da legislação vigente. mediante autorização específica e segundo os critérios abaixo:
Parágrafo Único. Caberá ao órgão previsto neste artigo a I - para veículos que tenham como dimensões máxi-
elaboração e encaminhamento ao Departamento Nacional de Trân- mas, até 20,00 metros de comprimento; até 2,86 metros de
sito - DENATRAN de relatório mensal contendo a identificação largura, e até 4,40 metros de altura, será concedida Autoriza-
de todos os veículos que tiveram a baixa de seu registro no período. ção Específica Definitiva, fornecida pela autoridade com cir-
Art. 4º. Uma vez efetuada a baixa, sob nenhuma hipó- cunscrição sobre a via, devidamente visada pelo proprietário do
tese o veículo poderá voltar à circulação. veículo ou seu representante credenciado, podendo circular
Art. 5º. A baixa do registro do veículo será providenciada mediante durante as vinte e quatro horas do dia, com validade até o seu
requisição do responsável e laudo pericial confirmando a sua condição. sucateamento, e que conterá os seguintes dados:
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
a) nome e endereço do proprietário do veículo; § 6º Os ônibus com peso por eixo superior ao fixado neste
b) cópia do Certificado de Registro e Licenciamento artigo e licenciados antes de 13 de novembro de 1996, poderão
do Veículo-CRLV; circular até o término de sua vida útil, desde que respeitado o
c) desenho do veículo, suas dimensões e excessos. disposto no art. 100, do Código de Trânsito Brasileiro e observa-
II - para os veículos, cujas dimensões excedam os limi- das as condições do pavimento e das obras de arte rodoviárias.
tes previstos no inciso I, será concedida Autorização Específica Art. 3º Os limites máximos de peso bruto por eixo e por
Anual, fornecida pela autoridade com circunscrição sobre a via conjunto de eixos, estabelecidos no artigo anterior, só prevalecem:
e considerando os limites dessa via, com validade de um ano, I - se todos os eixos forem dotados de, no mínimo, qua-
renovada até o sucateamento do conjunto veicular, obedecendo tro pneumáticos cada um;
os seguintes parâmetros: II - se todos os pneumáticos, de um mesmo conjunto
a) volume de tráfego; de eixos, forem da mesma rodagem e calçarem rodas no mesmo
b) traçado da via; diâmetro.
c) projeto do conjunto veicular, indicando dimensão § 1º Nos eixos isolados, dotados de dois pneumáticos,
de largura, comprimento e altura, número de eixos, distância o limite máximo de peso bruto por eixo será de seis toneladas,
entre eles e pesos. observada a capacidade e os limites de peso indicados pelo fa-
§ 5º De acordo com o art. 101, do Código de Trânsito bricante dos pneumáticos.
Brasileiro, as disposições dos parágrafos anteriores, não se apli- § 2º No conjunto de dois eixos, dotados de dois pneu-
cam aos veículos especialmente projetados para o transporte de máticos cada, desde que direcionais, o limite máximo de peso
carga indivisível. será de doze toneladas.
Art. 2º Os limites máximos de peso bruto total e peso Art. 4º O não cumprimento do disposto nesta Resolu-
bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das vias ção implicará nas sanções previstas no art.231 do Código de
públicas, são os seguintes: Trânsito Brasileiro, no que couber.
I - peso bruto total por unidade ou combinações de Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
veículos: 45t; publicação.
II - peso bruto por eixo isolados: 10t; Brasília, 06 de fevereiro de 1998.
III - peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem,
quando a distância entre os dois planos verticais, que conte- RESOLUÇÃO Nº 13/98
nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou
igual a 2,40 m: 17t; Dispõe sobre documentos de porte obrigatório e dá ou-
IV - peso bruto por conjunto de dois eixos não em tan- tras providências.
dem, quando a distância entre os dois planos verticais, que con- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
tenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
igual a 2,40m: 15t; da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
V - peso bruto por conjunto de três eixos em tandem, de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto 2.327, de 23
aplicável somente a semi reboque, quando a distância entre os de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Siste-
três planos verticais, que contenham os centros das rodas, for ma Nacional de Trânsito;
superior a 1,20 m e inferior ou igual a 2,40 m: 25,5t; CONSIDERANDO o que disciplinam os artigos 133,
VI - peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um 141, 159 e 232 do referido diploma legal sobre o Certificado de
dotado de quatro pneumáticos e outro de dois pneumáticos Licenciamento Anual, a Carteira Nacional de Habilitação e o
interligados por suspensão especial, quando a distância entre os porte obrigatório de documentos;
dois planos verticais que contenham os centros das rodas for: CONSIDERANDO a frota circulante em todo o terri-
a) inferior ou igual a 1,20m: 9t; tório nacional e, em especial, a das empresas, locadoras e outras
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5t. em serviço;
§ 1º Considerar-se-ão eixos em tandem dois ou mais CONSIDERANDO os veículos de transporte que tran-
eixos que constituam um conjunto integral de suspensão, po- sitam no país, com eventuais trocas de motoristas e em situações
dendo qualquer deles ser ou não motriz. operacionais nas quais se altera o conjunto de veículos, resolve:
§ 2º Quando, em um conjunto de dois eixos, a distân- Art. 1º São documentos de porte obrigatório do condu-
cia entre os dois planos verticais paralelos, que contenham os tor do veículo:
centros das rodas, for superior a 2,40m, cada eixo será conside- I - Autorização, Permissão para dirigir ou Carteira Naci-
rado como se fosse isolado. onal de Habilitação, válidos exclusivamente no original;
§ 3º Em qualquer par de eixos ou conjunto de três ei- II - Certificado de Registro e Licenciamento Anual-CRLV,
xos em tandem, com quatro pneumáticos em cada, com os res- no original, ou cópia autenticada pela repartição de trânsito que
pectivos limites legais de 17t e 25,5t, a diferença de peso bruto o expediu;
total entre os eixos mais próximos não deverá exceder a 1.700kg. III - Comprovante do pagamento atualizado do Imposto
§ 4º O registro e o licenciamento de veículos com peso sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, conforme
excedente aos limites fixados neste artigo não é permitido, salvo normas estaduais, inclusive do Distrito Federal;
nova configuração regulamentada por este Conselho. IV - Comprovante de pagamento do Seguro Obrigatório
§ 5º As configurações de eixos duplos com distância de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias
dos dois planos verticais, que contenham os centros das rodas Terrestres - DPVAT, no original, ou cópia autenticada.
inferior a 1,20 m, serão regulamentadas por este Conselho, es- Art. 2º O não cumprimento das disposições desta Reso-
pecificando os tipos de planos e peso por eixo, após ouvir o lução implicará nas sanções previstas no art. 232 do Código de
órgão rodoviário específico do Ministério dos Transportes. Trânsito Brasileiro.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua 25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo;
publicação. 26) chave de roda;
Brasília, 06 de fevereiro de 1998. 27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para
a remoção de calotas;
RESOLUÇÃO Nº 14/98 28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veí-
culos de carga, quando suas dimensões assim o exigirem;
Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota 29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em
de veículos em circulação e dá outras providências. veículos de transporte coletivo e carga;
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usan- II) para os reboques e semireboques:
do da competência que lhe confere o inciso I, do art.12 ,da Lei 1) pára-choque traseiro;
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de 2) protetores das rodas traseiras;
Trânsito Brasileiro - CTB e conforme o Decreto 2.327, de 23 3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema 4) freios de estacionamento e de serviço, com coman-
Nacional de Trânsito; dos independentes, para veículos com capacidade superior a
CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito 750 quilogramas e produzidos a partir de 1997;
Brasileiro; 5) lanternas de freio, de cor vermelha;
CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às 6) iluminação de placa traseira;
autoridades fiscalizadoras, as condições precisas para o exercí- 7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor
cio do ato de fiscalização; âmbar ou vermelha;
CONSIDERANDO que os veículos automotores, em cir- 8) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
culação no território nacional, pertencem a diferentes épocas de 9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando
produção, necessitando, portanto, de prazos para a completa ade- suas dimensões assim o exigirem.
quação aos requisitos de segurança exigidos pela legislação; resolve: III) para os ciclomotores:
Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos deve- 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
rão estar dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
abaixo, a serem constatados pela fiscalização e em condições de 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
funcionamento: 4) velocímetro;
I) nos veículos automotores e ônibus elétricos: 5) buzina;
1) pára-hoques, dianteiro e traseiro; 6) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões; 7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
3) espelhos retrovisores, interno e externo; IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
4) limpador de pára-brisa; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
5) lavador de pára-brisa; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
para o condutor; 4) lanterna de freio, de cor vermelha
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela; 5) iluminação da placa traseira;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca 6) indicadores luminosos de mudança de direção,
ou amarela; dianteiro e traseiro;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; 7) velocímetro;
10) lanternas de freio de cor vermelha; 8) buzina;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; 10)dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca; V) para os quadricíclos:
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
15) velocímetro, 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
16) buzina; 4) lanterna de freio, de cor vermelha;
17) freios de estacionamento e de serviço, com coman- 5) indicadores luminosos de mudança de direção,
dos independentes; dianteiros e traseiros;
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança; 6) iluminação da placa traseira;
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de 7) velocímetro;
emergência, independente do sistema de iluminação do veículo; 8) buzina;
20) extintor de incêndio; 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
e tempo, nos veículos de transporte e condução de escolares, 11) protetor das rodas traseiras.
nos de transporte de passageiros com mais de dez lugares e nos VI) nos tratores de rodas e mistos:
de carga com capacidade máxima de tração superior a 19t; 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo- 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
tor, naqueles dotados de motor a combustão; 4) indicadores luminosos de mudança de direção, di-
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, anteiros e traseiros;
com ou sem câmara de ar, conforme o caso; 5) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
6) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor. Código de Trânsito Brasileiro terá um prazo de cento e oitenta
VII) nos tratores de esteiras: dias para sua adequação, contados da data de sua Regulamen-
1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela; tação pelo CONTRAN.
2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a partir
3) lanternas de freio, de cor vermelha; de 1º de janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes
4) indicadores luminosos de mudança de direção, equipamentos obrigatórios:
dianteiros e traseiros; I - espelhos retrovisores externos, em ambos os lados;
5) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor. II - registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
Parágrafo único: Quando a visibilidade interna não per- tempo, para os veículos de carga, com peso bruto total superior
mitir, utilizar-se-ão os espelhos retrovisores laterais. a 4536 kg;
Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no artigo an- III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos auto-
terior, não se exigirá: móveis, exceto nos assentos centrais;
I) lavador de pára-brisa: IV - cinto de segurança graduável e de três pontos em
a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos todos os assentos dos automóveis. Nos assentos centrais, o cin-
produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; to poderá ser do tipo sub-abdominal;
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e microônibus Parágrafo único: Os ônibus e microônibus poderão uti-
produzidos até 1º de janeiro de 1999; lizar cinto sub-abdominal para os passageiros.
II) lanterna de marcha à ré e retrorefletores, nos veícu- Art. 7º. Aos veículos registrados e licenciados em ou-
los fabricados antes de 1º de janeiro de 1990; tro país, em circulação no território nacional, aplicam-se as
III) registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo: regras do art. 118 e seguintes do Código de Trânsito Brasileiro.
a) nos veículos de carga fabricados antes de 1991, ex- Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções 657/85, 767/
cluídos os de transporte de escolares, de cargas perigosas e de 93, 002/98 e o art. 65 da Resolução 734/89.
passageiros (ônibus e microônibus), até 1° de janeiro de 1999; Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações particulares
b) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso previstas nesta Resolução, os proprietários ou condutores, cujos
misto, registrados na categoria particular e que não realizem veículos circularem nas vias públicas desprovidos dos requisitos
transporte remunerado de pessoas; estabelecidos, ficam sujeitos às penalidades constantes do art.
IV) cinto de segurança: 230 do Código de Trânsito Brasileiro, no que couber.
a) para os passageiros, nos ônibus e microônibus pro- Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
duzidos até 1º de janeiro de 1999; publicação.
b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e tripu- Brasília, 06 de fevereiro de1998.
lantes, nos ônibus e microônibus;
c) para os veículos destinados ao transporte de passa- RESOLUÇÃO Nº 15/98
geiros, em percurso que seja
permitido viajar em pé. Dispõe sobre o transporte de menores de dez anos e dá
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda: outras providências.
a) nos veículos equipados com pneus capazes de trafe- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
gar sem ar, ou aqueles equipados com dispositivo automático CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12
de enchimento emergencial; da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Códi-
b) nos ônibus e microônibus que integram o sistema de go de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327,
transporte urbano de passageiros, nos municípios, regiões e de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do
microregiões metropolitanas ou conglomerados urbanos; Sistema Nacional de Trânsito;
c) nos caminhões dotados de características específicas CONSIDERANDO a necessidade de regulamentação
para transporte de lixo e de concreto; dos artigos 64 e 65, do Código de Trânsito Brasileiro;
d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte CONSIDERANDO ser necessário estabelecer as con-
de valores. dições mínimas de segurança para o transporte de passageiros,
VI) velocímetro, naqueles dotados de registrador ins- menores de dez anos; resolve:
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integrado. Art. 1º. Para transitar em veículos automotores, os me-
Parágrafo único: Para os veículos relacionados nas alí- nores de dez anos deverão ser transportados nos bancos trasei-
neas "b", "c", e "d", do inciso V, será reconhecida a ros e usar, individualmente, cinto de segurança ou sistema de
excepcionalidade, somente quando pertencerem ou estiverem retenção equivalente.
na posse de firmas individuais, empresas ou organizações que § 1º. Excepcionalmente, nos veículos dotados exclusi-
possuam equipes próprias, especializadas em troca de pneus ou vamente de banco dianteiro, o transporte de menores de dez
aros danificados. anos poderá ser realizado neste banco, observadas, rigorosamen-
Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veículos des- te, as normas de segurança objeto do caput deste artigo.
tinados ao transporte de produtos perigosos, bem como os equi- § 2º. Na hipótese do transporte de menores de dez
pamentos para situações de emergência serão aqueles indicados anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, será
na legislação pertinente admitido o transporte daquele de maior estatura no banco di-
Art. 4º. Os veículos destinados à condução de escolares anteiro, observadas as demais disposições desta Resolução.
ou outros transportes especializados terão seus equipamentos Art. 2º. As excepcionalidades constantes nesta Resolu-
obrigatórios previstos em legislação específica. ção não se aplicam ao transporte remunerado de menores de
Art. 5º. A exigência dos equipamentos obrigatórios para dez anos em automóveis.
a circulação de bicicletas, prevista no inciso VI, do art. 105, do Art. 3º. Fica proibida a utilização de dispositivos no
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
cinto de segurança que travem, afrouxem ou modifiquem, de para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das
qualquer forma, o seu funcionamento normal. Forças Armadas.
Art. 4º. O não cumprimento do disposto nesta Resolu- Art. 2º A gravação do número de identificação veicular
ção implicará nas sanções previstas nos arts. 167 ou 168, do Có- (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo,
digo de Trânsito Brasileiro, de acordo com a infração cometida. em um ponto de localização, de acordo com as especificações
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 da Asso-
publicação, revogadas as Resoluções 611/83 e 720/88. ciação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em profundida-
Brasília, 06 de fevereiro de 1998. de mínima de 0,2 mm.
§ 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os ve-
RESOLUÇÃO Nº 20/98 ículos serão identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (
número seqüencial de produção) previsto na NBR 3 nº 6066,
Disciplina o uso de capacete de segurança pelo condutor e podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profun-
passageiros de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e didade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta co-
quadriciclos motorizados, e dá outras providências. lada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção,
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutível no caso
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei 9.503, de de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi- componentes:
leiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; II - no compartimento do motor;
CONSIDERANDO o inciso I dos arts. 54 e 55 e os III - em um dos pára-brisas e em um dos vidros trasei-
incisos I e II do art. 244, do Código de Trânsito Brasileiro e a ros, quando existentes;
Resolução 03/88, do Conselho Nacional de Metrologia, Nor- IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veícu-
malização e Qualidade Industrial-CONMETRO; lo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos.
R E S O L V E: § 2º As identificações previstas nos incisos "III" e "IV"
do parágrafo anterior, serão gravadas de forma indelével, sem
Art.1º. Os condutores e passageiros de motocicletas, especificação de profundidade e, se adulterados, devem acusar
motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos motorizados, sinais de alteração.
só poderão circular utilizando capacetes de segurança que pos- § 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com cabina
suam os requisitos adequados, na forma da presente Resolução. incompleta, tais como os chassis para ônibus), terão as identifi-
Art.2º. Para fabricação dos capacetes de segurança, de- cações previstas no § 1º, implantadas pelo fabricante que com-
vem ser observadas as prescrições constantes das Normas Brasi- plementar o veículo com a respectiva carroçaria.
leiras: NBR 7471, NBR 7472 e NBR 7473. § 4º As identificações, referidas no §2º, poderão ser
§ 1º. Se o capacete de segurança não tiver viseira trans- feitas na fábrica do veículo ou em outro local, sob a responsabi-
parente diante dos olhos, o condutor deverá, obrigatoriamen- lidade do fabricante, antes de sua venda ao consumidor.
te, utilizar óculos de proteção. § 5º No caso de chassi ou monobloco não metálico, a
§ 2º. O capacete deverá estar devidamente afixado na numeração deverá ser gravada em placa metálica incorporada
cabeça para que seu uso seja considerado correto. ou a ser moldada no material do chassi ou monobloco, durante
Art. 3º. O prazo constante no inciso I, art. 4º da Reso- sua fabricação.
lução 004/98 será de cinco dias consecutivos. § 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o déci-
Art.4º. O não cumprimento do disposto nesta Resolu- mo dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066, será obrigato-
ção, implicará nas sanções previstas no art. 244 do Código de riamente o da identificação do modelo do veículo.
Trânsito Brasileiro. Art. 3º Será obrigatória a gravação do ano de fabrica-
Art.5º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua ção do veículo no chassi ou monobloco ou em plaqueta
publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial destrutível quando de sua remoção, conforme estabelece o § 1°
a Resolução nº 757/91. do art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro.
Brasília, 17 de fevereiro de 1998. Art. 4º Nos veículos reboques e semi-reboques, as gra-
vações serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi.
RESOLUÇÃO Nº 24/98 Art. 5º Para fins de controle reservado e apoio das vis-
torias periciais procedidas pelos órgãos integrantes do Sistema
Estabelece o critério de identificação de veículos, a que Nacional de Trânsito e por órgãos policiais, por ocasião do pe-
se refere o art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro. dido de código do RENAVAM, os fabricantes depositarão jun-
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - to ao órgão máximo executivo de trânsito da União as identifi-
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, cações e localização das gravações, segundo os modelos básicos.
inciso I, da Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que Parágrafo único. Todas as vezes que houver alteração dos mo-
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto delos básicos dos veículos, os fabricantes encaminharão, com antece-
n.º 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a dência de 30 (trinta) dias, as localizações de identificação veicular.
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: Art. 6º As regravações e as eventuais substituições ou
Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a partir reposições de etiquetas e plaquetas, quando necessárias, depen-
de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, derão de prévia autorização da autoridade de trânsito compe-
deverão estar identificados na forma desta Resolução. tente, mediante comprovação da propriedade do veículo, e só
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo serão processadas por empresas credenciadas pelo órgão execu-
os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamente tivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
§ 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput deste transporte urbano de passageiros nos municípios, regiões e
artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante do veículo. micro-regiões metropolitanas ou conglomerados urbanos;
§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica às II - caminhões dotados de características específicas
identificações constantes dos incisos III e IV do § 1º do art. 2º para o transporte de lixo e de concreto;
desta Resolução. III - veículos de carroçaria blindada para transporte
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do de valores; e
Distrito Federal não poderão registrar, emplacar e licenciar veículos IV - veículos equipados com pneus capazes de trafegar sem
que estiverem em desacordo com o estabelecido nesta Resolução. ar, ou com dispositivo automático de enchimento comercial.
Art. 8º Fica revogada a Resolução 659/89 do CONTRAN. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
publicação.
RESOLUÇÃO Nº 30/98
RESOLUÇÃO Nº 26/98
Dispõe sobre campanhas permanentes de segurança no
Disciplina o transporte de carga em veículos destina- trânsito a que se refere o art. 75 do Código de Trânsito Brasileiro.
dos ao transporte de passageiros a que se refere o art. 109 do O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
Código de Trânsito Brasileiro. CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art.12,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - inciso I, da Lei nº 9.503 de 23 e setembro de 1997, que insti-
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, tuiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o De-
inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins- creto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coor-
tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o denação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da Art. 1º O Departamento Nacional de Trânsito -
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: DENATRAN proporá ao CONTRAN a promoção de campa-
Art. 1° O transporte de carga em veículos destinados nhas permanentes pela segurança do trânsito, em âmbito naci-
ao transporte de passageiros, do tipo ônibus, microônibus, ou onal, as quais serão desenvolvidas em torno de temas específi-
outras categorias, está autorizado desde que observadas as exi- cos relacionados com os fatores de risco e com a produção dos
gências desta Resolução, bem como os regulamentos dos res- acidentes de trânsito.
pectivos poderes concedentes dos serviços. Art. 2º Sem prejuízo de outros, os principais fatores de
Art. 2° A carga só poderá ser acomodada em compartimen- risco a serem trabalhados serão: acidentes com pedestres, ingestão
to próprio, separado dos passageiros, que no ônibus é o bagageiro. de álcool, excesso de velocidade, segurança veicular, equipamen-
Art. 3º Fica proibido o transporte de produtos consi- tos obrigatórios dos veículos e seu uso.
derados perigosos conforme legislação específica, bem como Art. 3º Os temas serão estabelecidos e aprovados anu-
daqueles que, por sua forma ou natureza, comprometam a se- almente pelo CONTRAN.
gurança do veículo, de seus ocupantes ou de terceiros. Art. 4º O DENATRAN deverá oferecer as condições téc-
Art. 4º Os limites máximos de peso e dimensões da nicas para que cada tema trabalhado seja monitorado antes e de-
carga, serão os fixados pelas legislações existentes na esfera pois da implementação da campanha, visando avaliar sua eficácia.
federal, estadual ou municipal. Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Art. 5º No caso do transporte rodoviário internacional publicação.
de passageiros serão obedecidos os Tratados, Convenções ou
Acordos internacionais, enquanto vinculados à República Fe- RESOLUÇÃO Nº 31/98
derativa do Brasil.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Dispõe sobre a sinalização de identificação para
publicação. hidrantes, registros de água, tampas de poços de visita de galeri-
as subterrâneas, conforme estabelece o art. 181, VI do Código
RESOLUÇÃO N.º 28/98 de Trânsito Brasileiro.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
Dispõe sobre a circulação de veículos nas rodovias nos CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art.12,
trajetos entre o fabricante de chassi/plataforma, montadora, inciso I da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que insti-
encarroçadora ou implementador final até o município de des- tuiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o De-
tino, a que se refere a Resolução 14/98. creto n.º 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coor-
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - denação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art.12, Art. 1º As áreas destinadas ao acesso prioritário para
I da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o hidrantes, registros de água ou tampas de poços de visita de
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº galerias subterrâneas deverão ser sinalizadas através de pintura
2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação na cor amarela, com linhas de indicação de proibição de estaci-
do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: onamento e/ou parada, conforme Anexo I.
Art. 1º Nos trajetos compreendidos entre o fabricante Art. 2º Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e
de chassi/plataforma, montadora, encarroçadora ou oitenta) dias após a data de sua publicação.
implementador final até o município de destino, fica facultado
o trânsito nas rodovias, sem os equipamentos de pneu e aro RESOLUÇÃO Nº 32/98
sobressalente, macaco e chave de roda:
I - ônibus e microônibus que integram o sistema de Estabelece modelos de placas para veículos de representa-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
ção, de acordo com o art. 115, § 3° do Código de Trânsito Brasileiro. comprometer, no todo ou em parte, o desempenho operacional
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - e a segurança do veículo.
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art.12, Art. 2º O dispositivo sonoro do sistema, a que se refere
inciso I, da Lei nº9.503, de 23 de setembro de 1997, que insti- o art. 1º desta Resolução, não poderá:
tuiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº I - produzir sons contínuos ou intermitentes asseme-
2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coorde- lhados aos utilizados, privativamente, pelos veículos de socorro
nação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização
Art. 1º Ficam aprovados os modelos de placa constan- de trânsito e ambulância;
tes do Anexo à presente Resolução, para veículos de representa- II - emitir sons contínuos ou intermitentes de adver-
ção dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Governadores, tência por um período superior a 1(um) minuto.
Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes Parágrafo único. Quanto ao nível máximo de ruído, o
das Assembléias Legislativas e das Câmaras Municipais, dos Pre- alarme sonoro deve atender ao disciplinado na Resolução 35/
sidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do res- 98 do CONTRAN.
pectivo chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Gene- Art. 3° Os veículos nacionais ou importados fabrica-
rais das Forças Armadas. dos a partir de 1º de janeiro de 1999 deverão respeitar o dis-
Art. 2º Poderão ser utilizados os mesmos modelos de posto no inciso II do artigo anterior.
placas para os veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Vice-Prefeitos, assim como para os Ministros dos Tribunais publicação.
Federais, Senadores e Deputados, mediante solicitação dos Pre-
sidentes de suas respectivas instituições. RESOLUÇÃO Nº 38/98
Art. 3º Os veículos de representação deverão estar
registrados junto ao RENAVAM. Regulamenta o art. 86 do Código de Trânsito Brasilei-
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias ro, que dispõe sobre a identificação das entradas e saídas de
após a data de sua publicação. postos de gasolina e de abastecimento de combustíveis, ofici-
RESOLUÇÃO 36/98 nas, estacionamentos e/ou garagens de uso coletivo.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
Estabelece a forma de sinalização de advertência para os ve- CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
ículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-
leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins- Art. 1º A identificação das entradas e saídas de postos
tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB; e conforme De- de gasolina e abastecimento de combustíveis, oficinas, estacio-
creto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coor- namentos e/ou garagens de uso coletivo, far-se-á:
denação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: I - Em vias urbanas :
Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes a) Postos de gasolina e de abastecimento de combustíveis:
de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do tri- 1. as entradas e saídas deverão ter identificação física,
ângulo de sinalização ou equipamento similar à distância míni- com rebaixamento da guia (meio-fio) da calçada, deixando uma
ma de 30 metros da parte traseira do veículo. rampa com declividade suficiente à livre circulação de pedestres
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de emer- e/ou portadores de deficiência;
gência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, 2. nas quinas do rebaixamento serão aplicados zebrados
e em condição de boa visibilidade. nas cores preta e amarela;
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua 3. as entradas e saídas serão obrigatoriamente
publicação. identificadas por sinalização vertical e horizontal.
b) Oficinas, estacionamentos e/ou garagens de uso co-
RESOLUÇÃO Nº 37/98 letivo: as entradas e saídas, além do rebaixamento da guia (meio-
fio) da calçada, deverão ser identificadas pela instalação, em lo-
Fixa normas de utilização de alarmes sonoros e outros cais de fácil visibilidade e audição aos pedestres, de dispositivo
acessórios de segurança contra furto ou roubo para os veículos que possua sinalização com luzes intermitentes na cor amarela,
automotores, na forma do art. 229 do Código de Trânsito Bra- bem como emissão de sinal sonoro.
sileiro. II - Nas vias rurais: deverá estar em conformidade com
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - as normas de acesso elaboradas pelo órgão executivo rodoviário
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que Parágrafo único. Nas vias urbanas, a sinalização menci-
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o onada no presente artigo deverá estar em conformidade com o
Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da Plano Diretor Urbano (PDU), o Código de Posturas ou outros
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: dispositivos legais relacionados ao assunto.
Art. 1º Reconhecer como "acessórios" os sistemas de Art. 2º Para os postos de gasolina e abastecimento de
segurança para veículos automotores, pelo uso de bloqueio elé- combustíveis, oficinas e/ou garagens de uso coletivo instalados
trico ou mecânico, ou através de dispositivo sonoro, que visem em esquinas de vias urbanas, a calçada será mantida inalterada
dificultar o seu roubo ou furto. até a uma distância mínima de 5 metros para cada lado, conta-
Parágrafo único. O sistema de segurança, não poderá dos a partir do vértice do encontro das vias.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) Art. 6º As placas serão confeccionadas por fabricantes
dias após a data de sua publicação. credenciados pelos órgãos executivo de trânsito dos Estados ou
do Distrito Federal, obedecendo as formalidades legais vigentes.
RESOLUÇÃO Nº 45/98 § 1° Será obrigatória a gravação do registro do fabrican-
te em superfície plana da placa e da tarjeta, de modo a não ser
Estabelece o Sistema de Placas de Identificação de obstruída sua visão quando afixadas nos veículos, obedecidas as
Veículos, disciplinado pelos artigos 115 e 221 do Código de especificações contidas no Anexo da presente Resolução.
Trânsito Brasileiro. § 2° Aos órgãos executivo de trânsito dos Estados ou
O CONSELHO, NACIONAL DE TRÂNSITO - do Distrito Federal, caberá credenciar o fabricante de placas e
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, tarjetas, bem como a fiscalização do disposto neste artigo.
inciso I, da Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, que insti- § 3° O fabricante de placas e tarjetas que deixar de obser-
tuiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decre- var as especificações constantes da presente Resolução e dos demais
to n° 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a dispositivos legais que regulamentam o sistema de placas de identi-
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: ficação de veículos, terá seu credenciamento cassado pelo órgão
Art.1° Após registrado no órgão de trânsito, cada veí- executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, no qual
culo será identificado por placas dianteira e traseira, afixadas concedeu a autorização, após o devido processo administrativo.
em parte integrante do mesmo, contendo caracteres § 4° Os órgãos executivo de trânsito dos Estados ou do
alfanuméricos individualizados sendo o primeiro grupo com- Distrito Federal, estabelecerão as abreviaturas, quando necessá-
posto por 3 (três) caracteres, resultante do arranjo, com repeti- rias, dos nomes dos municípios de sua Unidade de Federação, a
ção, de 26 (vinte e seis) letras, tomadas três a três, e o segundo serem gravados nas tarjetas.
composto por 4 (quatro) caracteres, resultante do arranjo, com Art. 7° Para a substituição das placas dos veículos, os
repetição, de 10 (dez) algarismos, tomados quatro a quatro. órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
§ 1° Além dos caracteres previstos neste artigo, as pla- deverão proceder a vistoria dos mesmos para verificação de suas
cas dianteira e traseira deverão conter, gravados em tarjetas re- condições de segurança, autenticidade de identificação, legiti-
movíveis a elas afixadas, a sigla identificadora da Unidade da midade de propriedade e atualização dos dados cadastras
Federação e o nome do Município de registro do veículo, exce- Art. 8° O processo de substituição das placas deverá
ção feita às placas dos veículos oficiais. estar concluído até 31 de julho de 1999.
§ 2° As placas dos veículos oficiais, deverão conter, gra- Art. 9° O não cumprimento do disposto nesta Resolu-
vados nas tarjetas ou, em espaço correspondente, na própria ção implicará na aplicação da penalidade prevista no art. 221
placa, os seguintes caracteres: do Código de Trânsito Brasileiro.
I - veículos oficiais da União: B R A S I L; Art. 10 Ficam revogadas as Resoluções 754/91, 755/
II - veículos oficiais das Unidades da Federação: nome 91, 813/96 e 09/98 do CONTRAN.
da Unidade da Federação; Art. 11 Esta Resolução entra em vigor na data de sua
III - veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade publicação.
da Federação e nome do Município.
§ 3° A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à RESOLUÇÃO Nº 53/98
estrutura do veículo, juntamente com a tarjeta, ressalvada a
opção disposta no parágrafo 2° deste artigo. Estabelece critérios em caso de apreensão de veículos e
§ 4° Os caracteres das placas de identificação serão gra- recolhimento aos depósitos, conforme artigo 262 do Código
vados em alto relevo. de Trânsito Brasileiro.
Art 2º As dimensões, cores e demais características das O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
placas obedecerão as especificações constantes do Anexo da pre- CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
sente Resolução. inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-
Parágrafo único. Serão toleradas variações de até 10% tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme De-
nas dimensões das placas e caracteres alfanuméricos das mesmas. creto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coor-
Art. 3º Os veículos automotores cujo receptáculo pró- denação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
prio das placas seja inferior ao mínimo estabelecido nesta Reso- Art.1º O procedimentos e os prazos de custódia dos
lução, ficam autorizados, após verificação da excepcionalidade veículos apreendidos em razão de penalidade aplicada, obede-
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito cerão ao disposto nesta Resolução.
Federal, a utilizar a placa adequada, conforme Figura 2. Art. 2º Caberá ao agente de trânsito responsável pela
Art. 4° No caso de mudança de categoria de veículos já apreensão do veículo, emitir Termo de Apreensão de Veículo,
identificados pelo novo sistema, as placas deverão ser alteradas que discriminará:
para as de cor da nova categoria, permanecendo entretanto a I - os objetos que se encontrem no veículo;
mesma identificação alfanumérica. II - os equipamentos obrigatórios ausentes;
Art. 5° O órgão máximo executivo de trânsito da União, III - o estado geral da lataria e da pintura;
estabelecerá normas técnicas e de procedimento, necessárias ao IV - os danos causados por acidente, se for o caso;
cumprimento desta Resolução, especialmente aquelas relativas a: V - identificação do proprietário e do condutor, quan-
I - operacionalização da sistemática; do possível;
II - distribuição e controle das séries alfanuméricas; VI - dados que permitam a precisa identificação do veículo.
III - especificações e características das placas para § 1º O Termo de Apreensão de Veículo será preenchi-
sua fabricação; do em três vias, sendo a primeira destinada ao proprietário ou
IV - especificações e características de lacração. condutor do veículo apreendido; a segunda ao órgão ou entida-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
de responsável pela custódia do veículo; e a terceira ao agente nalidades de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão
de trânsito responsável pela apreensão. de infrações para as quais sejam previstas multas agravadas com
§ 2º Estando presente o proprietário ou o condutor no fator multiplicador de cinco vezes.
momento da apreensão, o Termo de Apreensão de Veículo será Art. 3º O cômputo da pontuação referente às infrações de
apresentado para sua assinatura, sendo-lhe entregue a primei- trânsito, para fins de aplicabilidade da penalidade de suspensão do
ra via; havendo recusa na assinatura, o agente fará constar tal direito de dirigir, terá a validade do período de 12 (doze) meses.
circunstância no Termo, antes de sua entrega. § 1º A contagem do período expresso no caput deste
§ 3º O agente de trânsito recolherá o Certificado de artigo será computada sempre que o infrator for penalizado,
Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), contra entrega retroativo aos últimos 12 (doze) meses.
de recibo ao proprietário ou condutor, ou informará, no Termo § 2º Para efeito das penalidades previstas nesta Resolu-
de Apreensão, o motivo pelo qual não foi recolhido. ção, serão consideradas apenas as infrações cometidas a partir
Art. 3º O órgão ou entidade responsável pela apreen- da data de sua publicação.
são do veículo fixará o prazo de custódia, tendo em vista as § 3º Os pontos computados até esta data são conside-
circunstâncias da infração e obedecidos os critérios abaixo: rados de caráter eminentemente educativo, não se aplicando a
I - de 01 (um) a 10 (dez) dias, para penalidade aplicada penalidade de suspensão do direito de dirigir do condutor.
em razão de infração para a qual não seja prevista multa agravada; Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua
II - de 11 (onze) a 20 (vinte) dias, para penalidade apli- publicação.
cada em razão de infração para a qual seja prevista multa agra-
vada com fator multiplicador de três vezes; RESOLUÇÃO Nº 56/98
III - de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias, para penali-
dade aplicada em razão de infração para a qual seja prevista Disciplina a identificação e emplacamento dos veículos
multa agravada com fator multiplicador de cinco vezes. de coleção, conforme dispõe o art. 97 do Código de Trânsito
Art. 4º Em caso de veículo transportando carga perigosa Brasileiro.
ou perecível e de transporte coletivo de passageiros, aplicar-se-á O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
o disposto no § 5º do art. 270 do Código de Trânsito Brasileiro. CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-
publicação. tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o
Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe so-
RESOLUÇÃO Nº 54/98 bre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1º São considerados veículos de coleção aqueles
Dispõe sobre a penalidade de suspensão do direito de diri- que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
gir, nos termos do artigo 261 do Código de Trânsito Brasileiro. I - ter sido fabricado há mais de vinte anos;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - II - conservar suas características originais de fabricação;
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, III - integrar uma coleção;
inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins- IV - apresentar Certificado de Originalidade, reconhe-
tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o cido pelo Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN.
Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da § 1º O Certificado de Originalidade de que trata o inciso
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: IV deste artigo atestará as condições estabelecidas nos seus inciso
Art. 1º Os prazos para a suspensão do direito de dirigir I a III e será expedido por entidade credenciada e reconhecida
deverão obedecer os critérios abaixo: pelo DENATRAN de acordo com o modelo Anexo, sendo o
I - de 01 (um) a 03 (três) meses, para penalidades de documento necessário para o registro.
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações § 2º A entidade de que trata o parágrafo anterior será
para as quais não sejam previstas multas agravadas; pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída para a promo-
II - de 02 (dois) a 07 (sete) meses, para penalidades de ção da conservação de automóveis antigos e para a divulgação
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações dessa atividade cultural, de comprovada atuação nesse setor, res-
para as quais sejam previstas multas agravadas com fator pondendo pela legitimidade do Certificado que expedir.
multiplicador de três vezes; § 3º O Certificado de Originalidade, expedido conforme
III - de 04 (quatro) a 12 (doze) meses, para penalidades modelo constante do Anexo desta Resolução, é documento neces-
de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infra- sário para o registro de veículo de coleção no órgão de trânsito.
ções para as quais sejam previstas multas agravadas com fator Art. 2º O disposto nos artigos 104 e 105 do Código de
multiplicador de cinco vezes. Trânsito Brasileiro não se aplica aos veículos de coleção.
Art. 2º Os prazos para a suspensão do direito de dirigir Art. 3º Os veículos de coleção serão identificados por
cujos infratores forem reincidentes no período de 12 (doze) me- placas dianteira e traseira, neles afixadas, de acordo com os pro-
ses, deverão obedecer os critérios abaixo: cedimentos técnicos e operacionais estabelecidos pela Resolu-
I - de 06 (seis) a 10 (dez) meses, para penalidades de ção 45/98 - CONTRAN.
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações Art. 4º As cores das placas de que trata o artigo anterior
para as quais não sejam previstas multas agravadas; serão em fundo preto e caracteres cinza.
II - de 08 (oito) a 16 (dezesseis) meses, para penalida- Art. 5º Fica revogada a Resolução 771/93 do CONTRAN.
des de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
infrações para as quais sejam previstas multas agravadas com publicação.
fator multiplicador de três vezes;
III - de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) meses, para pe- RESOLUÇÃO Nº 61/98
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
f ) laudo técnico do engenheiro responsável pelo Decreto no 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da
projeto, atestando as condições de estabilidade e de segurança coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
da Combinação de Veículos de Carga - CVC. Art.1º A aposição de inscrições ou anúncios, painéis de-
II - Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamento corativos e pinturas nas áreas envidraçadas das laterais e traseiras
dos Veículos - CRLV. dos veículos, será permitida, se atendidas as seguintes condições:
§ 1º Nenhuma Combinação de Veículos de Carga - I - o material deverá apresentar transparência mínima
CVC poderá operar ou transitar na via pública sem que o Ór- de 50% de visibilidade de dentro para fora do veículo;
gão Executivo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municí- II - o veículo deverá possuir espelhos retrovisores exter-
pios ou Distrito Federal tenha analisado e aprovado toda a do- nos direito e esquerdo.
cumentação mencionada neste artigo. Art.2º A aplicação de película não refletiva nas áreas
§ 2º Somente será admitido o acoplamento de rebo- envidraçadas dos veículos automotores será permitida, se ob-
ques e semi-reboques, especialmente construídos para utiliza- servadas as condições seguintes:
ção nesse tipo de Combinação de Veículos de Carga - CVC , I - a transmissão luminosa do conjunto vidro-película não
devidamente homologados pelo Órgão Máximo Executivo de poderá ser inferior a 75% no pára-brisa e de 70% para os demais;
Trânsito da União com códigos específicos na tabela de marca/ II - ficam excluídos dos limites fixados no inciso anteri-
modelo do RENAVAM. or, os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas indis-
Art. 5º A Autorização Especial de Trânsito - AET terá pensáveis à dirigibilidade do veículo, desde que atendam, no
validade pelo prazo máximo de 1 (um) ano, de acordo com o mínimo, a 50% de transmissão luminosa;
licenciamento da unidade tratora, para os percursos e horários III - o veículo deverá possuir espelhos retrovisores ex-
previamente aprovados, e somente será fornecida após vistoria ternos direito e esquerdo.
técnica da Combinação de Veículos de Carga - CVC, que será § 1º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis
efetuada pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, ou dos à dirigibilidade do veículo:
Estados, ou dos Municípios ou do Distrito Federal. I - área do pára-brisa excluindo uma faixa periférica
§ 1º Para renovação da Autorização Especial de superior de 25 centímetros de largura que se sobrepõe à área
Trânsito - AET, a vistoria técnica prevista no caput deste artigo ocupada pela banda degradê, caso existente;
poderá ser substituída por um Laudo Técnico do engenheiro res- II - as áreas correspondentes das janelas das portas di-
ponsável pelo projeto da combinação de Veículos de Carga - CVC, anteiras esquerda e direita;
que emitirá declaração de conformidade junto com o proprietá- III - as áreas dos quebra-ventos fixos ou basculantes,
rio do veículo, atestando que a composição não teve suas caracte- caso existentes.
rísticas e especificações técnicas modificadas, e que a operação se § 2º A marca do instalador e o índice de transmissão
desenvolve dentro das condições estabelecidas nesta Resolução. luminosa existente em cada conjunto vidro-película, serão gra-
§ 2º Os veículos em circulação na data da entrada em vados indelevelmente na película por meio de chancela, deven-
vigor desta Resolução terão asseguradas a renovação da Autori- do ser visível pelos lados externos dos vidros.
zação Especial de Trânsito - AET, mediante apresentação da vis- Art.3º Fica revogada a Resolução no 40/98 -
toria técnica prevista no parágrafo anterior e do Certificado de CONTRAN.
Registro e Licenciamento dos Veículos - CRLV. Art.4º Esta Resolução entra em vigor da data da sua
Art. 6º Em atendimento às inovações tecnológicas, a publicação.
utilização e circulação de novas composições não previstas no Ane-
xo I, somente serão autorizadas após a comprovação de seu de- RESOLUÇÃO Nº 75/98
sempenho através de testes de campo incluindo manobrabilidade,
capacidade de frenagem, distribuição de carga e estabilidade, além Estabelece os requisitos de segurança necessários a cir-
do cumprimento do disposto na presente Resolução. culação de Combinações para Transporte de Veículos - CTV.
Parágrafo único. O uso regular dessa nova composição O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, usan-
só poderá ser efetivado após sua homologação e inclusão no do da competência que lhe confere o art.12, inciso I, da Lei no
Anexo I desta Resolução. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
Art. 7º A não observância dos preceitos desta Resolu- Trânsito Brasileiro c.c. com os seus arts, 97, 99, e § 3o do art.
ção sujeita o infrator as penalidades previstas na Lei, além da- 1o da Resolução no 12/98-CONTRAN, e conforme o Decre-
quelas decorrentes de processo administrativo. to no 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coorde-
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua nação do Sistema Nacional de Trânsito; e
publicação. Considerando a evolução tecnológica das Combinações
Art. 9º Fica revogada a Resolução no 631/84 - CONTRAN. para Transporte de Veículos - CTV, com inclusão de novas
configurações objetivando maior carga líquida sem infringir os
RESOLUÇÃO Nº 73/98 parâmetros da via, resolve:
Art. 1º As Combinações para Transporte de Veículos -
Estabelece critérios para aposição de inscrições, painéis CTV, construídas e destinadas exclusivamente ao transporte de
decorativos e películas não refletivas nas áreas envidraçadas dos outros veículos, cujas dimensões excedam aos limites previstos
veículos, de acordo com o disposto no inciso III do art.111 do na Resolução n o 12/98 - CONTRAN, só poderão circular nas
Código de Trânsito Brasileiro - CTB. vias portando Autorização Especial de Trânsito - AET, e aten-
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO- dendo às configurações previstas no Anexo I .
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, Parágrafo único. Entende-se por " combinação para o
inciso I, da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins- transporte de veículos" o veículo ou combinação de veículos,
tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o construídos ou adaptados especialmente para o transporte de
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
automóveis, vans, ônibus, caminhões e similares. IX - contar com sinalização especial na traseira do con-
Art. 2º As empresas e transportadores autônomos de veícu- junto veicular, na forma do Anexo III para Combinações com
los deverão requerer junto à autoridade competente, a Autorização comprimento superior a 19,80 m (dezenove metros e oitenta cen-
Especial de Trânsito - AET, juntando a seguinte documentação: tímetros) e estar provido de lanternas laterais, colocadas em in-
I - requerimento em três vias, indicando nome e ende- tervalos regulares de no máximo 3,00 m (três metros) entre si,
reço do proprietário, devidamente assinado por responsável ou que permitam a sinalização do comprimento total do conjunto.
representante credenciado do proprietário; Parágrafo único. A critério dos órgãos executivos rodoviá-
II - cópia do Certificado de Registro e Licenciamento rios, poderá ser admitida a altura máxima do conjunto carregado
do Veículo - CRLV; de 4,95 m (quatro metros e noventa e cinco centímetros), para
III - memória de cálculo comprobatório da estabilida- Combinação que transite exclusivamente em rota específica.
de do equipamento com carga considerando a ação do vento, Art. 4º O trânsito de Combinações para Transporte de
firmada por engenheiro que se responsabilizará pelas condi- Veículos - CTV de que trata esta Resolução, será do amanhecer
ções de estabilidade e segurança operacional do veículo; ao pôr do sol e sua velocidade máxima de 80 km/h.
IV - planta dimensional da combinação, na escala 1:50, § 1º Para Combinações cujo comprimento seja de no
com o equipamento carregado nas condições mais desfavorá- máximo 19,80 m, (dezenove metros e oitenta centímetros) o
veis indicando: trânsito será diuturno;
a) dimensões; § 2º Nas vias com pista dupla e duplo sentido de
b) distância entre eixos e comprimento dos balanços circulação, dotadas de separadores físicos, que possuam duas
dianteiro e traseiro; ou mais faixas de circulação no mesmo sentido, será admiti-
V - distribuição de peso por eixo; do o trânsito noturno nas Combinações que apresentem com-
VI - vias por onde transitarão; primento superior a 19,80 m ( dezenove metros e oitenta
VII - apresentação comprobatória de aptidão da visto- centímetros) até 22,40m ( vinte e dois metros e quarenta
ria efetuada pelo órgão executivo rodoviário da União. centímetros).
§ 1º Nenhuma Combinação para Transporte de Veí- §3º Nos trechos rodoviários de pista simples será per-
culos - CTV poderá operar ou transitar nas vias sem que a mitido também o trânsito noturno, quando vazio, ou com car-
autoridade competente tenha analisado e aprovado toda a do- ga apenas na plataforma inferior, devidamente ancorada e ati-
cumentação mencionada nesse artigo. vada toda a sinalização do equipamento transportador.
§ 2º Somente será admitido o acoplamento de rebo- § 4º Horários diferentes dos aqui estabelecidos pode-
que e semi-reboque, especialmente construídos para utilização rão ser adotados em trechos específicos mediante proposição da
nesse tipo Combinação para Transporte de Veículos- CTV, quan- autoridade competente, no âmbito de sua circunscrição
do devidamente homologados pelo órgão máximo executivo de Art. 5º Nos veículos articulados ou com reboque ocor-
trânsito da União, com códigos específicos na tabela de marca/ rendo pane ou qualquer outro evento que impeça a utilização
modelo do RENAVAM, que enviará atestado técnico de apro- dos caminhão trator, será permitida sua substituição exclusiva-
vação aos órgãos rodoviários executivos da União, dos Estados, mente para a complementação da viagem.
do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 6º A Autorização Especial de Transito - AET,
Art. 3º Para a concessão da Autorização Especial de expedida pela autoridade competente, terá validade pelo pra-
Trânsito - AET, deverão ser observados os seguintes limites: zo máximo de 1(um) ano, e somente será concedida após visto-
I - altura - 4,70 m ( quatro metros e setenta centíme- ria técnica da Combinação para Transporte de Veículos - CTV
tros), quando transportando veículos; expedida pelo órgão executivo rodoviário da União, que for-
II - largura - 2,60 m ( dois metros e sessenta centímetros); necerá o cadastro aos órgãos e entidades executivas rodoviárias
III - comprimentos - medido do pára-choque dianteiro à extre- dos Estados, DF e Municípios.
midade posterior ( plano inferior e superior) da carroceria do veículo: § 1º Para renovação da Autorização Especial de Trânsito
a) - veículos simples - 14,00 m (quatorze metros); - AET, a vistoria técnica prevista no caput deste artigo, poderá ser
b) - veículos articulados até - 22,40 m ( vinte e dois substituída por um Laudo Técnico apresentado pelo engenheiro
metros e quarenta centímetros), desde que a distância em entre responsável pelo projeto da Combinação para Transporte de Ve-
os eixos extremos não ultrapasse a 17,47m ( dezessete metros e ículos - CTV, que emitirá declaração junto com o proprietário
quarenta e sete centímetros); do veículo, atestando que a composição não teve suas caracterís-
c)veículo com reboque - até 22,40m ( vinte e dos metros ticas e especificações técnicas modificadas, e que a operação se
e quarenta centímetros); desenvolve dentro das condições estabelecidas nesta Resolução.
IV - os limites legais de Peso Bruto Total Combinado - PBTC § 2º Os veículos em circulação na data da entrada em
e Peso por Eixo previsto na Resolução no 12/98 - CONTRAN; vigor desta Resolução terão assegurados a renovação da Autori-
V - a compatibilidade do limite da Capacidade Máxima zação Especial de Trânsito - AET, mediante, a apresentação da
de Tração - CMT do caminhão trator, determinada pelo seu fabri- vistoria técnica prevista no parágrafo anterior , e o Certificado
cante, com o Peso Bruto Total Combinado - PBTC ( Anexo II); de Registro e Licenciamento dos Veículos - CRLV.
VI - as Combinações deverão estar equipadas com sis- §3º A renovação da Autorização Especial de Trânsito -
temas de freios conjugados entre si e com o Caminhão Trator, AET será coincidente com a do licenciamento anual do cami-
atendendo o disposto na Resolução nº 777/93 - CONTRAN; nhão trator pelos DETRANs.
VII - os acoplamentos dos veículos rebocados deverão Art 7º São dispensados da Autorização Especial de Trân-
ser do tipo automático conforme NBR 11410/11411, e esta- sito - AET as combinações que atendam as dimensões máximas
rem reforçados com correntes ou cabos de aço de segurança; fixadas pela Resolução no 12/98-CONTRAN.
VIII - os acoplamentos dos veículos articulados com pino- Art. 8º Não será concedida Autorização Especial de
rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto na NBR 5548; Trânsito - AET para combinações que não atendam integral-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
mente ao disposto nesta Resolução. Art.8º Esta Resolução entra em vigor da data da sua
Art 9º O proprietário do veículo, usuário de Autorização publicação.
Especial de Trânsito - AET, será responsável pelos danos que o ve-
ículo venha causar à via, à sua sinalização e à terceiros, como tam- RESOLUÇÃO Nº 82/98.
bém responderá integralmente pela utilização indevida de vias que
pelo seu gabarito não permitam o trânsito dessas combinações. Dispõe sobre a autorização, a título precário, para o
Art.10 A não observância dos preceitos desta Resolu- transporte de passageiros em veículos de carga.
ção sujeita o infrator às penalidades previstas na Lei, além O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
daquelas decorrentes de processo administrativo. CONTRAN, usando da competência que lhe confere o
Art. 11 Esta Resolução entra em vigor na data de sua art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
publicação. 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB,
e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de
RESOLUÇÃO Nº 81/98 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito, resolve:
Disciplina o uso de medidores da alcoolemia e a pes- Art. 1º O transporte de passageiros em veículos de car-
quisa de substâncias entorpecentes no organismo humano, es- ga, remunerado ou não, poderá ser autorizado eventualmente e
tabelecendo os procedimentos a serem adotados pelas autorida- a título precário, desde que atenda aos requisitos estabelecidos
des de trânsito e seus agentes . nesta Resolução.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO- Art. 2º Este transporte só poderá ser autorizado entre
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. localidades de origem e destino que estiverem situadas em um
12, inciso I, da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que mesmo município, municípios limítrofes, municípios de um
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, c.c. seus arts. 165, mesmo Estado, quando não houver linha regular de ônibus ou
276 , 277 e conforme o Decreto no 2.327, de 23 de setembro as linhas existentes não forem suficientes para suprir as necessi-
de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de dades daquelas comunidades.
Trânsito, resolve: § 1º A autorização de transporte será concedida para
Art.1º A comprovação de que o condutor se acha im- uma ou mais viagens, desde que não ultrapasse a validade do
pedido de dirigir veículo automotor, sob suspeita de haver ex- Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo-CRLV.
cedido os limites de seis decigramas de álcool por litro de san- § 2º Excetua-se do estabelecido neste artigo, a concessão
gue, ou de haver usado substância entorpecente, será confirma- de autorização de trânsito entre localidades de origem e destino
do com os seguintes procedimentos: fora dos limites de jurisdição do município, nos seguintes casos:
I - teste em aparelho de ar alveolar (bafômetro) com a I - migrações internas, desde que o veículo seja de pro-
concentração igual ou superior a 0,3mg por litro de ar expeli- priedade dos migrantes;
do dos pulmões; II - migrações internas decorrentes de assentamento agrí-
II - exame clínico com laudo conclusivo e firmado pelo colas de responsabilidade do Governo;
médico examinador da Polícia Judiciária; III - viagens por motivos religiosos, quando não hou-
III- exames realizados por laboratórios especializados in- ver condições de atendimento por transporte de ônibus;
dicados pelo órgão de trânsito competente ou pela Polícia Judiciá- IV - transporte de pessoas vinculadas a obras e/ou em-
ria, em caso de uso da substancia entorpecente, tóxica ou de efeitos preendimentos agro-industriais, enquanto durar a execução
análogos, de acordo com as características técnicas científicas. dessas obras ou empreendimentos;
Art.2º É obrigatória a realização do exame de alcoolemia V - atendimento das necessidades de execução, manu-
para as vítimas fatais de trânsito. tenção ou conservação de serviços oficiais de utilidade pública.
Art.3º Ao condutor que conduzir veículo automotor, § 3º Nos casos dos incisos I, II e III do parágrafo ante-
na via pública, sob influência do álcool ou substância de efeitos rior, a autorização será concedida para cada viagem, e, nos ca-
análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem, sos dos incisos IV e V, será concedida por período de tempo a
serão aplicadas as penas previstas no art. 306 do Código de Trân- ser estabelecido pela autoridade competente, não podendo ul-
sito Brasileiro-CTB para os crimes em espécie, isto é, detenção, trapassar o prazo de um ano.
de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter Art. 3º São condições mínimas para concessão de auto-
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. rização que os veículos estejam adaptados com:
Art.4º Ao condutor de veículo automotor que infrin- I - bancos com encosto, fixados na estrutura da
gir o disciplinado no artigo anterior, serão aplicadas as penali- carroceria;
dades administrativas estabelecidas no artigo165, do Código II - carroceria, com guardas altas em todo o seu perí-
de Trânsito Brasileiro-CTB, ou seja, multa (cinco vezes o valor metro, em material de boa qualidade e resistência estrutural ;
correspondente a 180 UFIR) e suspensão do direito de dirigir. III - cobertura com estrutura em material de resistência
Art.5º Os aparelhos sensores de ar alveolar serão aferi- adequada;
dos por entidades indicadas pelo órgão máximo executivo de Parágrafo único. Os veículos referidos neste artigo só
trânsito da União, que efetuará o seu registro, submetendo pos- poderão ser utilizados após vistoria da autoridade competente
teriormente à homologação do CONTRAN. para conceder a autorização de trânsito
Art.6º Os aparelhos sensores de ar alveolar em uso em todo Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no artigo
território nacional terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para anterior, a autoridade competente estabelecerá no documento
aferição e registro no órgão máximo executivo de trânsito da União. de autorização as condições de higiene e segurança, definindo
Art.7º Fica revogada a Resolução n o 52/98- os seguintes elementos técnicos:
CONTRAN. I - o número de passageiros (lotação) a ser transportado;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art.3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua 4-lanterna de freio de cor vermelha;
publicação, ficando revogada a Resolução CONTRAN nº 95/ 5-iluminação da placa traseira;
99. 6-indicadores luminosos de mudança de direção, dian-
teiro e traseiro;
RESOLUÇÃO Nº 115/00 7-velocímetro;
8-buzina;
Proíbe a utilização de chassi de ônibus para transfor- 9-pneus em condições mínimas de segurança;
mação em veículos de carga. 10-dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - 11-pára-choque traseiro;
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, 12-pára-brisa confeccionado em vidro laminado;
inciso I, da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins- 13-limpador de pára-brisa;
tituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, conforme o De- 14-luzes de posição na parte dianteira (faroletes) de cor
creto no 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coor- branca ou amarela;
denação do Sistema Nacional de Trânsito, e tendo em vista a 15-retrorefletores (catadióptricos) na parte traseira;
deliberação no 20 "ad referendum", publicada no Diário Ofici- 16-freios de estacionamento e de serviço, com coman-
al da União de 04 de maio de 2000, e dos independentes;
Considerando a preservação de características técnicas 17-dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emer-
adequadas, bem como a conveniência de renovação da frota de gência, independentemente do sistema de iluminação do veículo;
caminhões, resolve: 18-extintor de incêndio;
Art. 1º Fica proibida a utilização de chassi de ônibus 19-cinto de segurança;
para sua transformação em veículo de carga. 20-roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu;
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua 21-macaco, compatível com o peso e a carga do veículo;
publicação. 22-chave de roda.
§ 1º A relação de que trata este artigo contempla e in-
RESOLUÇÃO Nº 129/01 clui os equipamentos obrigatórios exigidos no inciso IV, do ar-
tigo 1o da Resolução no 14/98 - CONTRAN.
Estabelece os requisitos de segurança e dispensa a Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data da sua
obrigatoriedade do uso de capacete para o condutor e passagei- publicação.
ros do triciclo automotor com cabine fechada, quando em cir-
culação somente em vias urbanas. RESOLUÇÃO Nº 132/02
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I Estabelecer a obrigatoriedade de utilização de película
do art. 12 da Lei n.º 9503, de 23 de setembro de 1997, que refletiva para prover melhores condições de visibilidade diurna
institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o e noturna em veículos de transporte de carga em circulação
Decreto n.º 2327, de 23 de setembro de 1977, que dispõe so- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -
bre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I
Considerando que triciclo, definido como veículo de do art. 12 da Lei n.º 9503, de 23 de setembro de 1997, que
propulsão humana ou automotor dotado de 3 três rodas, pode institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o
ser fabricado nas versões com cabine aberta ou fechada; Decreto n.º 2327, de 23 de setembro de 1977, que dispõe so-
Considerando que a Câmara Temática de Assuntos Vei- bre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
culares emitiu parecer favorável visando a dispensa do uso obri- Considerando os estudos técnicos realizados a pedido
gatório do capacete de segurança pelo condutor e passageiros deste Conselho, pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares,
do triciclo automotor, dotado de cabine fechada e equipado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT/SP em conjunto
com dispositivos de segurança complementares, quando em cir- com o Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR, e por último os
culação nas vias urbanas, conforme consta na Ata da 12a Reu- estudos elaborados sob a coordenação do Ministério de Ciência
nião Ordinária realizada em 06 de abril de 2001; e Tecnologia, todos complementados por testes práticos em cam-
Considerando que para circular nas vias urbanas, sem po de prova concluíram pela necessidade de também tornar obri-
a obrigatoriedade do uso de capacete de segurança pelo con- gatório à utilização do dispositivo de segurança previsto na Re-
dutor e passageiros, o triciclo automotor com cabine fechada solução 128/2001 para os veículos em circulação;
deverá atender requisitos de segurança complementares aos Considerando a solicitação dos transportadores para que
exigidos no inciso IV do art. 1.º , da Resolução no 14/98- a medida fosse implantada de forma escalonada obedecendo ao
CONTRAN, resolve: final das placas dos veículos, resolve:
Art.1º A circulação do triciclo automotor de cabine fe- Referendar a Deliberação nº 30, de 19 de dezembro de
chada está restrita às vias urbanas, sendo proibida sua circula- 2001, do Presidente do Conselho Nacional de Trânsito -
ção em rodovias federais, estaduais e do Distrito Federal. CONTRAN;
Art. 2º. Para circular nas áreas urbanas, sem a Art. 1º Os veículos de transporte de carga em circulação,
obrigatoriedade do uso de capacete de segurança pelo condutor com Peso Bruto Total - PBT superior a 4.536 Kg, fabricados
e passageiros, o triciclo automotor com cabine fechada deverá até 29 de abril de 2001, somente poderão ser registrados, licen-
estar dotado dos seguintes equipamentos obrigatórios: ciados e renovada a licença anual quando possuírem dispositivo
1-espelhos retrovisores, de ambos os lados; de segurança afixado de acordo com as disposições constantes
2-farol dianteiro, de cor branca ou amarela; do anexo desta Resolução.
3-lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; Parágrafo único. Ficam vedados o registro e o
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
licenciamento dos veículos mencionados no caput que não aten- to ou por seus agentes, ou ainda comprovada sua ocorrência
derem ao disposto nesta Resolução. por equipamento audiovisual, aparelho eletrônico ou por meio
Art. 2º Os proprietários e condutores, cujos veículos hábil regulamentado pelo CONTRAN, será lavrado o Auto de
circularem nas vias públicas desprovidos dos requisitos estabele- Infração de Trânsito que deverá conter os dados mínimos defi-
cidos nesta Resolução ficam sujeitos às penalidades constantes nidos pelo art. 280 do CTB e em regulamentação específica.
no art. 230 inciso IX do Código de Trânsito Brasileiro, constitu- § 1°. O Auto de Infração de que trata o caput deste artigo
indo uma infração grave a não observância destes requisitos. poderá ser lavrado pela autoridade de trânsito ou por seu agente:
Art. 3º Os requisitos desta Resolução passarão a fazer I - por anotação em documento próprio;
parte da Inspeção de Segurança Veicular. II - por registro em talão eletrônico isolado ou acoplado
Art. 4º A obrigatoriedade do disposto nesta Resolução a equipamento de detecção de infração regulamentado pelo
obedecerá ao seguinte escalonamento: CONTRAN, atendido o procedimento que será definido pelo
I. Placas de Final: órgão máximo executivo de trânsito da União;
1 até 28 de fevereiro de 2002 III - por registro em sistema eletrônico de processamento
2 até 30 de abril de 2002 de dados quando a infração for comprovada por equipamento
3 até 30 de junho de 2002 de detecção provido de registrador de imagem, regulamentado
4 até 31 de agosto de 2002 pelo CONTRAN.
5 até 31 de outubro de 2002 § 2°. O órgão ou entidade de trânsito não necessita
6 até 31 de dezembro de 2002 imprimir o Auto de Infração elaborado nas formas previstas nos
7 até 28 de fevereiro de 2003 incisos II e III do parágrafo anterior para que seja aplicada a
8 até 30 de abril de 2003 penalidade, porém, quando impresso, deverá conter os dados
9 até 30 de junho de 2003 mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação
0 até 31 de agosto de 2003 específica.
Art. 5º Excluem-se os veículos militares das exigências § 3º. A comprovação da infração referida no inciso III
constantes desta Resolução. do § 1° deverá ter a sua análise referendada por agente da auto-
Art. 6º Os procedimentos para aplicação dos Disposi- ridade de trânsito que será responsável pela autuação e fará cons-
tivos Refletivos de Segurança de que trata esta Resolução, serão tar o seu número de identificação no auto de infração .
estabelecidos mediante Portaria do Órgão Máximo Executivo § 4º. Sempre que possível o condutor será identificado
de Trânsito da União. no ato da autuação.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua § 5º. O Auto de Infração valerá como notificação da
publicação. autuação quando colhida a assinatura do condutor e:
I - a infração for de responsabilidade do condutor;
RESOLUÇÃO Nº 149/03 II - a infração for de responsabilidade do proprietário e
este estiver conduzindo o veículo.
Dispõe sobre uniformização do procedimento adminis-
trativo da lavratura do auto de infração, da expedição da Notifi- II - DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
cação da Autuação e da Notificação da Penalidade de multa e de
advertência por infrações de responsabilidade do proprietário e Art. 3º. À exceção do disposto no § 5º do artigo anteri-
do condutor do veiculo e da identificação do condutor infrator. or, após a verificação da regularidade do Auto de Infração, a
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo de 30 (trin-
CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo ta) dias contados da data do cometimento da infração, a Noti-
art. 12, da Lei n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que insti- ficação da Autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual
tui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decre- deverão constar, no mínimo, os dados definidos no art. 280 do
to n.° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação CTB e em regulamentação específica.
do Sistema Nacional de Transito - SNT, § 1º. Quando utilizada a remessa postal, a expedição se
CONSIDERANDO a necessidade de adoção de nor- caracterizará pela entrega da Notificação da Autuação pelo órgão
mas complementares de uniformização do procedimento ad- ou entidade de trânsito à empresa responsável por seu envio.
ministrativo utilizado pelos órgãos e entidades de trânsito de § 2º. Da Notificação da Autuação constará a data do
um sistema integrado; término do prazo para a apresentação da Defesa da Autuação
CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar o pro- pelo proprietário do veículo ou pelo condutor infrator devida-
cedimento relativo à expedição da Notificação da Autuação e da mente identificado, que não será inferior a 15 (quinze) dias,
Notificação da Penalidade de multa e de advertência por infrações contados a partir da data da notificação da autuação.
de responsabilidade do proprietário e do condutor do veiculo, § 3º. A notificação da autuação, nos termos do § 4º do
artigo anterior, não exime o órgão ou entidade de trânsito da
RESOLVE: expedição de aviso informando ao proprietário do veículo os
dados da autuação e do condutor identificado.
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 4º. Nos casos dos veículos registrados em nome de
Art. 1°. Estabelecer procedimento para a expedição da missões diplomáticas, repartições consulares de carreira ou re-
Notificação da Autuação e da Notificação da Penalidade de ad- presentações de organismos internacionais e de seus integran-
vertência e de multa pelo cometimento de infrações de respon- tes, a Notificação da Autuação deverá ser remetida ao Ministé-
sabilidade do proprietário e do condutor de veículo registrado rio das Relações Exteriores, para as providências cabíveis, pas-
em território nacional. sando a correr os prazos a partir do seu conhecimento pelo pro-
Art. 2°. Constatada infração pela autoridade de trânsi- prietário do veículo.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 4º. Quando o veículo estiver registrado em nome de Art. 7º. Não havendo a identificação do condutor in-
sociedade de arrendamento mercantil, o órgão ou entidade de frator até o término do prazo fixado na Notificação da Autua-
trânsito deverá encaminhar a Notificação da Autuação direta- ção, o proprietário do veículo será considerado responsável
mente ao arrendatário, que para os fins desta Resolução, equipa- pela infração cometida.
ra-se ao proprietário do veículo, cabendo-lhe a identificação do Art. 8º. Ocorrendo a hipótese prevista no artigo anteri-
condutor infrator, quando não for o responsável pela infração. or e sendo o proprietário do veículo pessoa jurídica, será im-
Parágrafo único. A arrendadora deverá fornecer ao ór- posta multa, nos termos do § 8º do art. 257 do CTB, expedin-
gão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do-se a notificação desta ao proprietário do veículo.
do veículo, todos os dados necessários à identificação do arren-
datário, quando da celebração do respectivo contrato de arren- V - DO JULGAMENTO DA AUTUAÇÃO E
damento mercantil, sob pena de arcar com a responsabilidade APLICAÇÃO DA PENALIDADE
pelo cometimento da infração, além da multa prevista no § 8º
do art. 257 do CTB. Art. 9º. Interposta a Defesa da Autuação, nos termos
do § 2º do Art. 3º desta Resolução, caberá à autoridade de trân-
III - DO FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO sito apreciá-la.
DO CONDUTOR INFRATOR § 1º. Acolhida a Defesa da Autuação, o Auto de
Infração será cancelado, seu registro será arquivado e a
Art. 5º. Sendo a infração de responsabilidade do condutor, autoridade de trânsito comunicará o fato ao proprietário
quando este não for identificado no ato do cometimento da infra- do veículo.
ção, deverá fazer parte da Notificação da Autuação o Formulário de § 2º. Em caso do não acolhimento da Defesa da Au-
Identificação do Condutor Infrator contendo, no mínimo: tuação ou de seu não exercício no prazo previsto, a autorida-
I. identificação do órgão ou entidade de trânsito res- de de trânsito aplicará a penalidade, expedindo a Notifica-
ponsável pela autuação; ção da Penalidade, da qual deverão constar, no mínimo, os
II. campos para o preenchimento da identificação do dados definidos no art. 280 do CTB, o previsto em regula-
condutor infrator: nome, números do registro do documento mentação específica e a comunicação do não acolhimento
de habilitação, de identificação e do CPF; da defesa, quando for o caso.
III. campo para preenchimento da data da identifica- § 3º. A Notificação de Penalidade de multa deverá con-
ção do condutor infrator; ter um campo para a autenticação eletrônica a ser regulamenta-
IV. campo para a assinatura do proprietário do veículo; do pelo órgão máximo executivo da União.
V. campo para a assinatura do condutor infrator; § 4º. A notificação de penalidade de multa imposta a con-
VI. placa do veículo e número do Auto de Infração; dutor será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo
VII. data do término do prazo para a identificação do seu pagamento, como estabelece o § 3º do art. 282 do CTB.
condutor infrator; Art. 10. A autoridade de trânsito poderá socorrer-se de
VIII. esclarecimento das conseqüências da não identi- meios tecnológicos para julgar a consistência do auto e aplicar a
ficação do condutor infrator; penalidade cabível.
IX. instrução para que o Formulário de Identificação Art. 11. Não incidirá qualquer restrição, inclusive para
do Condutor Infrator seja acompanhado de cópia reprográfica fins de licenciamento e transferência, nos arquivos do órgão ou
legível do documento de habilitação, além de documento que entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do veí-
comprove a assinatura do condutor infrator, quando esta não culo, até que a penalidade seja aplicada.
constar do referido documento;
X. esclarecimento de que a identificação do condutor VI - DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS CONTRA
infrator só surtirá efeito se estiver corretamente preenchida, as- A IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE
sinada e acompanhada de cópia legível dos documentos relaci-
onados no inciso IX; Art. 12. Da imposição da penalidade caberá, ainda, recur-
XI. endereço para onde o proprietário deve encaminhar so em 1ª e 2 ª Instâncias na forma dos art. 285 e seguintes do CTB.
o Formulário de Identificação do Condutor Infrator; Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades apli-
XII. esclarecimento sobre a responsabilidade nas esfe- cadas nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH.
ras cível, administrativa e penal, pela veracidade das informa-
ções e dos documentos fornecidos. VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 6º. O Formulário de Identificação do Condutor
Infrator só produzirá os efeitos legais se estiver corretamente Art. 13. Até que o órgão máximo executivo da União defina
preenchido, assinado e acompanhado de cópia legível dos do- o procedimento do uso e o prazo para a adequação do talão eletrô-
cumentos relacionados no artigo anterior. nico a que se refere o inciso II do § 1º do art. 2º desta Resolução,
Parágrafo único. Na impossibilidade da coleta da assi- ficam convalidados os autos de infração já lavrados com esse equipa-
natura do condutor infrator, por ocasião da identificação, o pro- mento e validados os que serão lavrados até o término do prazo
prietário deverá anexar ao Formulário de Identificação do Con- fixado na regulamentação específica.
dutor Infrator, cópia de documento onde conste cláusula de Art.14. Os órgãos e entidades executivos de trânsito e rodo-
responsabilidade por quaisquer infrações cometidas na condu- viários terão o prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, contados da
ção do veículo, bem como pela pontuação delas decorrentes. publicação desta Resolução, para adequarem seus procedimentos.
Art. 15. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
IV - DA RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial
as Resoluções CONTRAN nºs 17/98, 59/98 e 72/98.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
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1. Considere as seguintes situações: III. seu condutor deve ser habilitado na categoria D;
I. Transferência de propriedade do veículo; IV. seu condutor não pode ter cometido infração grave ou
II. Mudança do Município de domicílio do proprietário gravíssima nos últimos doze meses;
do veículo; V. seu condutor não pode ser reincidente em infrações le-
III. lteração de qualquer característica do veículo; . ves nos últimos seis meses.
IV. Mudança de categoria do veículo. Pode-se concluir que:
É obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro a)somente I e IV estão corretas;
de Veículo nas situações: b)somente II e III estão corretas;
a) I e II somente b) II e III somente c)somente III e IV estão corretas;
c)III e IV somente d) I e IV somente d)somente II, III,IV e V estão corretas;
e) I , II , III e IV e)todas estão corretas.
2. Ao constatar o mau estado de conservação de um veí- 7. Em relação a composição e competência do tema Naci-
culo, em uma rodovia, o patrulheiro rodoviário deve: onal de Trânsito, assinale a alternativa
a)multar o condutor e liberar o veículo; a)Os CETRAN, Conselhos Estaduais de Trânsito, são
b)advertir o condutor e remover o veículo; órgãos máximos normativos e consultivos do Sistema Nacional
c)multar o condutor e apreender o veículo; de Trânsito;
d)multar o condutor e reter o veículo para regularização; b)Estabelecer as diretrizes da Política Nacional de Trân-
e)advertir o condutor e recolher o Certificado de Registro. sito é, entre outras, competência da Polícia Rodoviária Federal;
c)É competência do CONTRAN, Conselho Nacional
3. O condutor de veículo que estiver envolvido em lente de Trânsito, zelar pela uniformidade e cumprimento das nor-
com vítima, que deixar de prestar ou providenciar socorro, po- mas contidas no Código de Trânsito Brasileiro;
dendo fazê-lo, configura uma ação: d)Compete às JARI, Juntas Administrativas de Recur-
a)grave, com multa (5 vezes) e suspensão do direito de sos de Infrações, dirimir conflitos sobre circunscrição e compe-
dirigir; tência do trânsito no âmbito dos Municípios;
b) gravíssima, com multa (5 vezes) e suspensão do di- e)Compete às Câmaras Temáticas julgar os recursos in-
reito de dirigir; terpostos pelos infratores.
c)grave, com multa (3 vezes) e suspensão do direito de
dirigir; 8. Para evitar danos ao pavimento das rodovias, existem
d)gravíssima, com multa (3 vezes) e suspensão do áreas de pesagem obrigatória para os veículos de carga e coleti-
direito de dirigir; vos. Observe a placa abaixo:
e)gravíssima, com multa (4 vezes)’e recolhimento do A placa indica que a pesagem se refere a uma carga por:
documento de habilitação. a)eixo b) tara c) roda
d)chassi e) veículo
4. Nos feriados prolongados, ocorrem com freqüência
grandes engarrafamentos nas rodovias, devido a prática perigo- 09. Considere algumas das atribuições de órgãos e entida-
sa de transitar pelo acostamento para ultrapassar veículos em des que compõem o Sistema Nacional de Trânsito:
marcha lenta. I. Estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e ha-
Atento ao perigo dessa ação, o policial rodoviário po- bilitação de condutores de veículos, a expedição de documen-
derá aplicar multa com com multiplicador de: tos de condutores e licenciamento de veículos;
a)1,5 vezes b) 2 vezes c) 3 vezes II. Organizar a estatística geral de trânsito no território na-
d)4 vezes e) 5 vezes cional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais ór-
gãos e promover sua divulgação;
5. A utilização de sinais sonoros é importante para o de- III. Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito
sempenho das funções do policial rodoviário. Ao emitir dois e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
silvos breves, o patrulheiro determina que o motorista: IV. Realizar o patrulhamento ostensivo, executando opera-
a)siga com atenção e, quando for necessário, diminua a ções relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
marcha do veículo preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da
b)siga com atenção e observe com cautela a aproxima- União e de terceiros.
ção de veículo da Polícia São de competência da Polícia Rodoviária Federal:
c)pare para a fiscalização de documentos ou outro fim a)somente I
d)diminua a marcha devido à aproximação de ambulância b)somente I e III;
e)acenda a lanterna, obedecendo ao sinal sonoro c)somente II e III;
d)somente III e IV;
6. Considere as seguintes afirmativas sobre veículo a con- e)I, II, III e IV.
dução de escolares:
I. deve estar registrado como veículo de carga; 10. Fazer ou deixar que se façam reparos em um veículo na
II. seu condutor deve ter idade mínima superior a dezoito via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua
anos;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
PRF 2002
Questão 1
O mapa do estado do Mato Grosso do Sul (MS) está dese-
nhado na figura I ao lado, na escala 1:10.000.000, ou seja, 1 cm
na figura corresponde a 10.000.000 cm no tamanho real. Nesse
mapa, estão representadas as
rodovias federais que cortam esse estado. Na figura II, apre-
sentada na mesma escala, para efeito de simplificação, os tre-
chos das rodovias no interior do estado estão representados por
segmentos de reta, admitindo-se que toda a região seja plana.
No modelo representado na figura II, considere que os compri-
mentos dos segmentos AF, AD e CD sejam, respectivamente,
iguais a 1,8 cm, 1,2 cm e 1,7 cm. Além disso, suponha
que o trapézio ABCD seja isósceles, o triângulo ADE seja
retângulo em D, o comprimento de EF esteja para o compri-
mento de AF assim como 1 está para 6 e que o ângulo ADC seja
igual a 60º. De acordo com o modelo proposto e com o Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens abaixo.
cupante. “As tragédias ocorrem em decorrência dinheiro relativo à multa, oferecendo ao infrator recibo devida-
da falta de respeito às leis de trânsito”,disse. mente assinado.
19. Os estados do Acre e de Rondônia tiveram um
aumento 16 de 51,52% no número de mortos Questão 4
Hotel incluído
nas estradas federais, no ano passado, segui -
1. Em viagens acima de 300 km, não vale a pena
dos do Distrito Federal (DF), que teve um cres-
usar o carro quando se está sozinho. O preço médio da passa-
cimento de 43,48%. Já os estados de Tocantins gem de ônibus entre as cidades
e do 19 Amazonas apresentaram as maiores re- 4. de São Paulo e São José do Rio Preto é de R$
duções de mortes,34,21% e 35,71%, respecti- 50,00 (ida e volta), enquanto, de carro, gasta-se R $
vamente. 65,00 só de pedágios (doze). Some a esse
Questão 2 7. valor 1,5 tanque de combustível (R$ 130,00) e
A tabela abaixo resume a comparação dos acidentes nas ro- você terá gasto quatro vezes mais para desfru-tar do prazer de
dovias federais brasileiras nos anos de 2000 e de 2001. Nela, dirigir do que gastaria se trocas se a direção por um assento de
alguns dados foram omitidos e representados pelas letras x, y, z e passageiro. Isso
10. sem falar no desgaste do veículo e na possibilidade de
ser multado se a pressa de chegar ao destino reduzir o seu
cuidado em dirigir defensivamente.
14. Ao usar o ônibus, é como se você ganhasse de presente
w
. uma diária em um hotel de bom nível na cidade para a qual viaja.
Ou, se preferir, todas as refeições do fim de semana incluídas.
Com base no texto I e na tabela acima, julgue os seguintes itens. A partir do texto acima e considerando o CTB, julgue os
1. O valor de z é maior que a soma de x com y. itens que se seguem.
2.Em 2001, a média diária de mortos em acidentes nas 1.Como estratégia argumentativa, o leitor do texto ora é
rodovias federais brasileiras foi superior a 15. referido pelo índice de indeterminação “se”, ora pelo pronome “você”.
3. No ano de 2000, em mais de 35% dos acidentes nas 2. Embora o verbo “usar” (L.2) não tenha explicitamente
rodovias federais brasileiras não houve mortos nem feridos. sujeito, textualmente pode-se para ele subentender o pronome se.
4. Nas rodovias federais brasileiras, a razão entre o nú- 3. O tempo verbal de “terá gasto” (L.8) indica uma
mero de mortos e o de feridos em acidentes foi a mesma nos ação que terá sido realizada antes de outra ocorrer no futuro,
anos de 2000 e 2001. na hipótese de não se trocar a direção por um assento de passa-
5. Apesar do decréscimo ocorrido no número de aci- geiro.
dentes nas rodovias federais brasileiras de 2000 para 2001, o 4. Na linha 10, a conjunção “e” adiciona dois comple-
percentual de mortos em relação ao número de acidentes foi mentos ligados a “falar” (L.10).
maior em 2001 que em 2000. 5. Considere a seguinte situação hipotética.
Questão 3 Um policial rodoviário federal identificou que um car-
Considerando o texto I e o CTB, julgue os itens seguintes. ro movia-se além da velocidade máxima permitida na via e
1. O decréscimo ocorrido no número de mortos em ordenou ao condutor que parasse. Porém, essa ordem não foi
acidentes em rodovias federais brasileiras de 2000 para 2001 obedecida e o policial, embora não tivesse conseguido identifi-
seria o mesmo, se tivesse ocorrido um decréscimo de 1% ao car o motorista, anotou a placa do veículo.
mês durante todo o ano de 2001. Nessa situação, com base no CTB, o policial não deve
2. A partir do texto, é correto inferir que, em 2001, o lavrar auto de infração, mas lavrar ocorrência policial, para que
número de mortos nas estradas federais do estado de Tocantins, a autoridade competente possa apurar a autoria da infração.
em termos absolutos, foi inferior ao número de mortos nas
estradas federais do estado do Acre. Texto II – questões 5 e 6
3. Para que sejam preservadas as relações semânticas e a
correção gramatical do primeiro período do texto, ao se empre- No tocante à embriaguez, o CTB estabelece o seguinte:
gar a expressão “os números” (L.1) no singular, devem ser feitas
as seguintes substituições: “diminuíram” (L.2) por diminuiu e CAPÍTULO XVDAS INFRAÇÕES
“divulgados” (L.4) por divulgado.
4. De acordo com os sentidos textuais, a expressão “em 1. Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância
decorrência da falta de respeito às leis de trânsito” (L.17-18) de qualquer preceito deste Código, da legislação complemen-
mantém a coerência e a correção gramatical do texto ao ser tar ou das resolu-
substituída por como decorrência do desrespeito às leis de trân- 4. ções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às
sito ou como decorrência de se desrespeitarem as leis de trânsi- penalidades e medidas administrativas indicadas e m
to. cada artigo, além das punições previstas no
5. Considerando que o CTB determina que compete à 7. Capítulo XIX.
PRF, no âmbito das rodovias e estradas federais, aplicar e arre- (...)
cadar as multas impostas por infrações de trânsito, é correto Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool, em
afirmar, com base no referido código, que o policial rodoviário 10. nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou
federal pode multar um motorista por excesso de velocidade e, de qualquer substância entorpecente ou que determine depen-
para conferir celeridade ao procedimento, receber em mão o
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
não estejam posicionados agentes de trânsito nem semáforos, 1. Em um atropelamento no qual a velocidade de co-
requerendo-se, contudo, que os pedestres dêem um sinal de lisão seja de 50 km/h, a vítima tem menos de 40% de chance
advertência aos motoristas antes de iniciarem a travessia. de sobreviver.
4. O procedimento de advertência descrito no sétimo 2. Quando, em um atropelamento, a velocidade de coli-
tópico, embora moralmente reprovável, não caracteriza infra- são é superior a 80 km/h, praticamente todas as vítimas morrem.
ção de trânsito. 3. É impossível encontrar números reais a, b e c tais que
5. Se a faixa de pedestres estiver localizada em uma o gráfico da função f(x) = ax2 + bx + c coincida com o gráfico
esquina, o condutor que desobedecer à ultima recomendação ilustrado na figura, em que x é a velocidade de colisão e f(x) é a
do texto não cometerá dupla infração, haja vista as infrações probabilidade de morte.
relativas às condutas descritas no tipo infracional “estacionar o 4. A velocidade de impacto que o corpo humano supor-
veículo” não serem cumulativas. ta é aquela em que não há risco de morte.
5. Se p(v) representa a probabilidade de morte da víti-
Questão 8 ma de um atropelamento no qual a velocidade de colisão, em
Considerando o texto III, julgue os itens a seguir. km/h, é igual a v, então os números p(40), p(50), p(60), p(70) e
1. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de p(80) estão, nessa ordem, em progressão geométrica.
respeito para com os pedestres, está o fortalecimento do con-
ceito de cidadania, marcante na civilização contemporânea. Questão 10
2. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito ape- Com relação à recente crise de energia ocorrida no Brasil e
nas em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos verbais ao que informa o texto IV, julgue os itens seguintes.
indica que está subentendido em todos os demais. 1.Em municípios onde foram criadas alternativas para
3. As relações semânticas no terceiro tópico permitem minimizar a falta de iluminação, o índice de atropelamentos
subentender a idéia de porque entre “atropelamentos” e “Seu”. mostrou inversão na tendência de queda.
4. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou nebli- 2. Uma das maiores críticas que especialistas endereça-
na” tem função caracteristicamente explicativa e, por isso, se for ram ao governo brasileiro, quando do reconhecimento de que o
retirada, não se alterarão as condições de uso para “faróis acesos”. país passava por grave crise energética, diz respeito à falta de
5. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não investimento no setor, especialmente no que se refere à cons-
explicita a ação do motorista, apenas fornece uma condição trução de linhas de transmissão de energia.
para que seja subentendida cautela. 3. Ao contrário do ocorrido na área das telecomunica-
ções, o processo de privatização do setor elétrico se deu de
Texto IV – questões 9 e 10 maneira tranqüila, praticamente sem que vozes contrárias —
entre técnicos e políticos — se levantassem contra a venda das
Mortes por atropelamento sobem no período de redução empresas estatais.
da iluminação 4. O consenso em torno da privatização das estatais do
As mortes por atropelamento dispararam em municípios setor elétrico teve no governador Itamar Franco seu maior sím-
que reduziram a iluminação das ruas no racionamento de energia bolo: adversário declarado do presidente Fernando Henrique
elétrica, encerrado anteontem. Os dados mostram uma inversão Cardoso, conduziu a venda da Companhia Energética de Minas
na tendência de queda das mortes desde a implantação do CTB, Gerais (CEMIG), atuando de comum acordo com o governo
em 1998, exceto em municípios que criaram alternativas para federal.
minimizar a falta de iluminação e na região Sul do país. 5. O racionamento de energia elétrica chegou ao fim,
Os dados disponíveis comprovam aquilo que os especi- em 2002, quando as empresas fornecedoras viram-se obrigadas
alistas previam, já que mais da metade dos atropelamentos ocor- a arcar sozinhas com os prejuízos que tiveram em função da
rem à noite. Mas as medidas atenuantes, em geral, não foram redução do consumo; a sugestão de cobrança de um percentual
tomadas. O racionamento foi instituído em 21/5/2001. A par- a mais dos consumidores, para compensar a diminuição de re-
tir dessa data, as prefeituras tiveram um prazo até 30 de junho ceita das empresas, foi rechaçada pelo governo federal.
para reduzir em 35% a carga de energia da iluminação pública.
Questão 11
Questão 9 Você sabia que...
Com base nas informações apresentadas no texto IV, jul- ¨ser atropelado a uma velocidade de 60 km/h equivale
gue os itens abaixo. a uma queda do 11.º andar de um prédio, a uma velocidade de
80 km/h, a uma queda do 20.º andar e já a 120 km/h, a uma
queda do 45.º andar?
¨a maior parte dos acidentados tem idade inferior a 35
anos?
¨o acidente de trânsito é a maior causa de morte de
jovens do sexo masculino?
¨estimativas indicam que o Brasil gasta mais de R$ 10
bilhões por ano em conseqüência de acidentes de trânsito?
¨os veículos destinados a transporte de escolares só po-
dem circular com autorização do órgão executivo estadual?
¨é proibido dirigir com calçado que não esteja preso ao
pé, como o chinelo?
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
o preço da gasolina para o consumidor ainda acumulará neste 5. Se Maurício, esquecendo-se de que havia um defeito
ano uma queda de 15% em relação a 2001. no marcador do nível de combustível de seu automóvel, deixas-
se que o combustível de seu veículo acabasse e, com isso, desse
Questão 14 causa a que o automóvel ficasse imobilizado na via, então Mau-
Com base no texto V e supondo que não haja diferença no rício cometeria infração leve, à qual deveria ser aplicada pena
preço da gasolina praticado pelos postos brasileiros e nenhuma de multa e medida administrativa de retenção do veículo
outra alteração — além das mencionadas no texto — no preço
desse combustível durante os meses de fevereiro e março de Questão 16
2002, julgue os itens subseqüentes. O desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil
1. Durante os primeiros 16 dias do mês de março de está diretamente ligado à expansão da cafeicultura, primeiro no
2002, aumento total, ou seja, a taxa efetiva de aumento, no estado do Rio de Janeiro (Vale do Paraíba) e a seguir no estado
preço da gasolina para o consumidor foi igual a 12%. de São Paulo. No Rio de Janeiro, as ferrovias escoavam a pro-
2. Considerando que, entre dezembro de 2001 e março dução cafeeira do Vale do Paraíba até o Porto do Rio. Em São
de 2002, as únicas alterações no preço da gasolina para consumi- Paulo, elas escoavam a produção cafeeira do interior até o Por-
dor foram as mencionadas no texto, se um indivíduo, em dezem- to de Santos. O desenvolvimento do transporte rodoviário no
bro de 2001, gastava R$ 100,00 para colocar 55 L de gasolina no Brasil teve início no final da década de 20, no governo de Wa-
tanque do seu carro, em 17 de março de 2002, ele teria gasto R$ shington Luís (“Governar é abrir estradas”), quando se cons-
89,76 para comprar mesma quantidade de gasolina. truiu a rodovia Rio–São Paulo, única pavimentada até 1940. A
3. Considerando que, de 1.º de fevereiro a 31 de março partir da década de 50, o transporte rodoviário se transformou
de 2002, a taxa mensal de inflação no Brasil tenha sido de 1%, no principal meio de locomoção do país.
então, nesse período, a taxa real de reajuste do preço da gasoli- A partir das informações do texto acima, julgue os itens
na para o consumidor foi inferior a 10%. que se seguem.
4. Suponha que, no dia 1.º de março de 2002, um 1. A expansão e a decadência do transporte ferroviário
cliente de um posto de gasolina abasteceu o tanque de seu no Brasil relacionam-se com o processo de desenvolvimento e
carro, pagando a conta por meio de um cartão de crédito. No de declínio da atividade cafeeira no contexto global da econo-
dia 31 do mesmo mês, retornou ao mesmo posto e adquiriu a mia brasileira.
mesma quantidade de gasolina, pagando-a em dinheiro. Admi- 2. Orientadas no sentido do litoral para o interior, as
tindo que a administradora de cartão de crédito cobre, para ferrovias desempenharam papel proeminente na integração das
cada pagamento feito por meio de cartão, uma taxa de 5% diversas regiões brasileiras, papel proporcionalmente maior do
sobre o valor da conta e repasse o crédito para o dono do posto que o que viria a ser representado pelas rodovias.
de gasolina somente 30 dias após a compra, então o valor rela- 3. No governo de Juscelino Kubitschek, o Plano de
tivo à primeira compra recebido pelo posto foi inferior 84% Metas, priorizando os setores de energia e de transportes, permitiu
daquele relativo à segunda compra. grandes investimentos na construção e na pavimentação de rodovi-
5. Considere que um posto de combustíveis possua um as.
reservatório de gasolina com espaço interno em forma de um 4.A construção de Brasília deu impulso significativo à
cilindro circular reto de comprimento igual a 5 m e de raio da integração nacional por meio de grandes rodovias, o que aten-
base medindo 2 m. Se, imediatamente antes de ser praticado dia a um dos objetivos da nova capital, ou seja, promover a
oreajuste da gasolina do dia 16/3/2002, quando preço do litro interiorização do desenvolvimento.
desse combustível era de R$ 1,40, esse reservatório se encon- 5. Os governos militares, a partir do golpe de 1964 —
trasse cheio, então o montante que posto poderia arrecadar que derrubou o governo João Goulart —, optaram por novos
com a venda de todo o combustível desse reservatório pelo meios de integração do território brasileiro, como as telecomu-
novo preço seria superior a R$ 90.000,00. nicações, abandonando os grandes projetos rodoviários.
ína do mundo foi consumida nos EUA e, em 2000, consegui- em decorrência da doença. De 1.º de janeiro até hoje, 26 pes-
mos reduzir esse total para soas já morreram no estado por causa
19 menos da metade. O problema é que a droga está indo 7. da doença. Até então, o maior número de mortes havia
para outros países, entre eles o Brasil”, disse Mack. acontecido em 1991, quando 24 pessoas morreram por causa
22 Mack veio ao Brasil, acompanhado de outros especia- da dengue.
listas norte-americanos no assunto, para a reunião anu- 10 O ministro da Saúde, Barjas Negri, está reunido
al entre o Brasil e os EUA sobre coordenação no combate ao na manhã de hoje com reitores de universidades públicas e
narcotráfico e outros ilícitos, como lavagem de dinheiro, por privadas, na Fundação Oswaldo Cruz,
exemplo. 13 para discutir a participação dessas instituições
no combate aos focos do mosquito transmissor da dengue.
Questão 17
Com base no texto VI, julgue os seguintes itens. Questão 19
1. O fato de o Brasil ser “o segundo maior consumi- Relativamente à crise gerada pelo reaparecimento da den-
dor de cocaína do mundo” (L.1-2) conservará as mesmas gue, e com o auxílio das informações contidas no texto, julgue
relações de coerência com a argumentação do texto se, em os itens seguintes.
lugar de “acreditam” (L.1), for usado sabem, com as devidas 1. A preposição “Até” (R.6) indica a aproximação de um
alterações sintáticas. limite no tempo, representado por “então” (R.6), que, por sua
2. O emprego de “consuma” (L.5) indica, sintatica- vez, tem como referência o tempo em que a “Secretaria Muni-
mente, uma ação dependente de outra, ao mesmo tempo que cipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou mais duas mortes
denota uma hipótese, algo de que não se pode afirmar a certeza. por dengue na cidade” (R.1-2).
3. Mantêm-se as mesmas relações percentuais ao se 2. A atual epidemia de dengue assustou pelo ineditismo:
empregar a preposição em no lugar de “para” na expressão “para afinal, áreas densamente urbanizadas, como a cidade do Rio de
menos da metade” (L.18-19). Janeiro, por exemplo, não costumam conviver com doenças
4. Mantêm-se a coerência e a coesão textuais ao deslo- tropicais, típicas de grandes florestas.
car-se a expressão “acompanhado de outros especialistas 3. Segundo os especialistas, a junção de forte calor e chu-
norteamericanos no assunto” (L.22-23) para o início do perío- vas abundantes explica o fato de o Rio de Janeiro, por suas
do ou para imediatamente após “ilícitos” (L.26). peculiares condições geográficas e climáticas, ser, a rigor, a úni-
5. Nas linhas 1 e 20, “Brasil” e “EUA” estão sendo ca região do país em que a dengue se instalou de forma signifi-
utilizados para designar representantes brasileiros e represen- cativa.
tantes norte-americanos. 4. No momento em que a antiga capital brasileira
contabilizava número recorde de pacientes atingidos pela den-
Questão 18 gue, a opinião pública testemunhava a troca de acusações entre
Tendo o texto VI por referência, julgue os itens que se autoridades sanitárias municipais, estaduais e federais, cada uma
seguem, concernentes ao quadro gerado pelo incremento do delas procurando transferir responsabilidades quanto ao
narcotráfico e do consumo de drogas ilícitas. reaparecimento da doença.
1. Infere-se do texto que o mundo produziu mais de 600 5. A Fundação Oswaldo Cruz, sediada no Rio de Janeiro,
t de cocaína em 1999. é uma das mais respeitadas instituições brasileiras de pesquisa
2. Na Colômbia, grupos paramilitares de direita, na área de saúde pública, sendo seu nome uma homenagem ao
narcotraficantes e guerrilheiros políticos atuam de tal forma médico sanitarista que, no início do século XX, conduziu a
que a autoridade do poder central se vê profundamente abala- difícil e vitoriosa campanha de saneamento do Rio de Janeiro.
da, ficando até, em alguns casos, incapaz de atuar em determi- Questão 20
nados pontos do território nacional. Considere que, durante uma certa epidemia, cada indiví-
3. No quadro de guerra civil colombiana, comprovou-se a duo, começando no dia seguinte ao que foi infectado pelo vírus
aproximação de interesses entre as Forças Armadas Revolucioná- transmissor da doença e durante 10 dias consecutivos, conta-
rias da Colômbia (FARC) e o narcotráfico, inclusive envolvendo mine diariamente um outro indivíduo. Assim, se um indivíduo
o traficante brasileiro conhecido como Fernandinho Beira-Mar. é infectado no dia 0, no dia 1, ele continuará infectado e conta-
4. Graças ao Plano Colômbia, apresentado pelos EUA e minará mais um indivíduo; no dia 2, serão 4 indivíduos
consensualmente aprovado pela Organização dos Estados Ame- infectados, e assim por diante. No dia 11, o ciclo de vida do
ricanos (OEA), foi possível ao Estado colombiano desmantelar vírus completa-se para o primeiro indivíduo infectado, que,
as FARC, finalizando uma longa guerra civil que quase destruiu então, livra-se da doença, o mesmo se repetindo para os demais
completamente o país. indivíduos, quando se completam 11 dias após eles serem
5. Infere-se do texto que a política oficial norte-america- infectados. Com base nessa situação hipotética, representando
na de combate às drogas ilícitas permanece presa ao objetivo por an o número de indivíduos infectados n dias após a ocorrên-
central de atacar o narcotráfico, passando ao largo do crucial cia da primeira infecção por esse vírus e supondo a0 = 1, julgue
problema do elevado consumo no país. os itens a seguir.
1. Para 0 ≤ n ≤ 10 , a seqüência de termos an forma,
Rio bate recorde histórico de mortes por dengue
1 A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro nessa ordem, uma progressão geométrica.
confirmou mais duas mortes por dengue na cidade. Com essas 2. Para todo n, o quociente an + 1/an é constante e maior
vítimas fatais, o estado que 1.
4 do Rio de Janeiro bate seu recorde de mortes 3. (a5 - a4) × (a5 + a4) é divisível por 3.
4. No dia 9, mais de 250 indivíduos estarão contaminados
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Questão 26
À luz das informações contidas no texto VII e da legislação
de trânsito, julgue os itens a seguir.
1.Em uma blitz, se o condutor ouvir o policial emitir
sinal de apito consistente de três silvos breves, então deverá, em
atendimento ao comando, interromper o funcionamento do
veículo e apresentar os documentos pessoais e de registro do
veículo à fiscalização.
2. A perseguição dos dois homens que fugiram para
dentro da mata, suspeitos de terem praticado roubo, poderia
ser realizada pelos policiais rodoviários federais, sem violação
da competência legalmente atribuída à PRF.
3. Ao reter o veículo abandonado, a PRF terá praticado
ato definido no CTB como medida administrativa.
4. Descrita no segundo parágrafo do texto, a conduta de
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Questão 29
Em frente a uma mercearia, há um cartaz que diz o seguinte.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
policial que aciona o alarme sonoro e a iluminação vermelha seguir, de acordo com o CTB.
intermitente da viatura, sem serviço de urgência que o justifi- 1. O tipo de veículo que transita nas vias mencionadas
que, para efeito de ter a circulação facilitada em meio a via de nas situações I, II, III e V é irrelevante para efeito de definição
trânsito congestionada. da velocidade máxima permitida.
2. As situações correspondentes aos dois maiores
percentuais de excesso de velocidade são as de números I e VI.
3 Somente nas situações I, VI e VII teria cabimento medi-
da administrativa de recolhimento do documento de habilitação.
4. As infrações descritas nas situações III e IV são de
natureza diversa: grave e gravíssima, respectivamente.
Questão 36 5. A infração descrita na situação VIII sujeita o infrator
Considere o sinal de trânsito reproduzidoem preto e bran- à penalidade de apreensão do veículo.
co ao lado para julgar os itens que se seguem, segundo o CTB.
1. No sinal ilustrado ao lado, o código lingüístico tem pre- Questão 38
dominância sobre a simbologia do código de trânsito para que Julgue os seguintes itens, relativos ao trânsito nas vias
a mensagem seja adequadamente interpretada. brasileiras, segundo o CTB.
2. Considere que, em uma rodovia, o condutor de um veícu- 1. Considere a seguinte situação hipotética.
lo veja o sinal vertical representado acima. Nesse caso, o condu- Em uma rodovia em que as velocidades máximas per-
tor não estará, sob qualquer circunstância, obrigado a parar no mitidas estão de acordo com o CTB, embora transitando pela
local em que está posicionado o sinal, por força do seu comando. faixa da direita, um trator de rodas passou por um radar da PRF
3. Sinais luminosos móveis, posicionados verticalmente, ao a uma velocidade de 30 km/h.
lado da pista, com indicação de saídas, obras, desvios e veloci- Nessa situação, o condutor do veículo cometeu infração média.
dade permitida, podem ser regularmente utilizados nas rodovi- 2. Considere a seguinte situação.
as brasileiras, e a legislação de trânsito identifica esse tipo de Há algum tempo, já na vigência do atual CTB, alguns
sinalização como painel eletrônico. telejornais mostraram um senador argentino, em um posto da
4. As linhas de divisão de fluxos opostos, contínuas ou PRF no estado do Rio Grande do Sul, recebendo uma multa
seccionadas, são sempre amarelas, enquanto as de divisão por excesso de velocidade. À ocasião, agindo em
defluxos de mesmo sentido são sempre brancas. As linhas de conformidadecom o comando superior, os policiais
bordo podem, excepcionalmente, ser apostas na cor amarela. condicionaram o prosseguimento do trânsito do veículo, em
5. Considere a seguinte situação hipotética. direção a Camboriú – SC, ao prévio recolhimento da multa.
A largura de uma determinada ponte, que liga os bair- Nessa situação, o procedimento adotado estava em conso-
ros A e B, não era suficiente para a existência de quatro faixas de nância com o CTB, que proíbe o trânsito, pelo território naci-
trânsito. Assim, objetivando aliviar o tráfego nessa ponte, pro- onal, de veículos licenciados no exterior sem prévia quitação de
cedeu-se à criação de uma terceira faixa, de modo que a do débitos de multa por infrações de trânsito cometidas no Brasil.
centro foi destinada à utilização nos sentidos A–B e B–A, con- 3. Considere a seguinte situação hipotética.
forme a intensidade do tráfego nos diferentes horários do dia. Em julho de 1999, após o levantamento das informa-
Com a criação da terceira faixa, a largura das calçadas laterais ções necessárias, o órgão competente deliberou construir uma
foi reduzida e não foi possível a colocação de canteiros centrais ondulação transversal em determinada rodovia, de modo que,
separando as faixas de fluxos diversos, as quais, por isso, foram no segmento, a velocidade máxima fosse reduzida. Ademais, em
separadas por prismas de concreto apostos em série. outro segmento, seria colocado um sonorizador.
Nessa situação, a ponte não demanda a realização de obra Nessa situação, a colocação da ondulação e do sonorizador
de engenharia, para efeito de adequar a existência das três faixas não contrariará a legislação de trânsito, mas terá de ser realiza-
de trânsito aos ditames da legislação, haja vista o CTB admitir da em consonância com os padrões e critérios estabelecidos
a separação de faixas de tráfego por meio de dispositivos de pelo CONTRAN.
canalização. 4. Uma mãe que necessite conduzir os seus quatro fi-
lhos, com idades entre cinco e nove anos, não poderá transportá-
Questão 37 los, todos de uma só vez, em um carro com capacidade para
Considere as seguintes situações hipotéticas, envolvendo quatro passageiros, pois o CTB proíbe expressamente que cri-
veículos, velocidades e vias desprovidas de sinalização anças com idade inferior a dez anos sejam transportadas no
regulamentadora de velocidade: banco dianteiro.
I trólebus (ônibus elétrico) transitando a 50 km/h em 5. Em uma via rural de pista dupla, a circulação de
uma via local; bicicletas, no segmento que atravesse aglomerado urbano, só
II motocicleta transitando a 80 km/h em via arterial; poderá ocorrer no sentido contrário ao do fluxo dos veículos
III microônibus transitando a 108 km/h em uma via de automotores se o trecho for dotado de ciclofaixa.
trânsito rápido;
IV ônibus transitando a 108 km/h em uma rodovia; Questão 39
V caminhão transitando a 80 km/h em uma via arterial; Acerca das definições do CTB quanto aos veículos e às
VI camioneta transitando a 95 km/h em uma estrada; infrações de trânsito, julgue os itens a seguir.
VII automóvel transitando a 100 km/h em uma estrada; 1. Considere a seguinte situação hipotética.
VIII caminhão transitando a 60 km/h em uma via Um automóvel sofreu abalroamento na sua parte tra-
coletora. seira, e o serviço de reparos da lataria foi executado de forma
Com relação às situações descritas acima, julgue os itens a
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
regular, tendo sido necessária, contudo, a retirada da placa, de comprovar que é habilitado na categoria D de condutores de
com a conseqüente remoção do lacre, para a realização do veículos automotores.
serviço. Ao receber o veículo de volta, com a placa colocada no
local devido, o proprietário não atentou para a ausência do Questão 40
lacre. Meses depois, essa ausência foi constatada em procedi- Julgue os itens abaixo, relativos a infrações de trânsito e à
mento de fiscalização durante uma viagem. habilitação de condutores de veículos automotores, com base no
Nessa situação, embora não tenha agido com dolo, o con- CTB.
dutor cometeu infração gravíssima, não podendo o veículo ser 1. Considere a seguinte situação hipotética.
liberado para a continuidade da viagem em face da necessária Carlos, proprietário de um veículo com onze lugares
imposição da medida administrativa de remoção do veículo. para passageiros, faz, semanalmente, o transporte de onze cole-
2. Considere a seguinte situação hipotética. gas para participarem da reunião da instituição religiosa na qual
Em visita a Brasília – DF, Sandro observou a existência todos eles se congregam. Cada passageiro paga a Carlos
de inúmeros veículos de representação com placas especiais. tãosomente um doze avos da despesa relativa ao combustível
Divisou, entre outras, as placas I e II, com as cores verde e gasto no trajeto de ida e volta entre o município onde residem
amarela da Bandeira Nacional como cores de fundo, e as placas e aquele em que está sediada a igreja. Ademais, para a condução
III e IV, com a cor de fundo branca. de veículos, Carlos é habilitado na categoria C.
Nessa situação, Carlos comete apenas uma infração — a de
não estar habilitado na categoria adequada para o transporte
daquele grupo —, já que a situação não requer licenciamento
para transporte de pessoas.
2. Se, de modo válido, a Constituição da República passas-
se a considerar penalmente inimputáveis os menores de dezesseis
anos, então uma jovem de dezesseis anos de idade poderia ha-
bilitar-se na categoria A — para conduzir motocicleta, por
exemplo —, independentemente de qualquer alteração no CTB.
3. Considere a seguinte situação hipotética.
Amanda submeteu-se a todo o processo para habili-
Conhecedor da legislação de trânsito, Sandro encami tar-se na categoria B de condutores de veículos automotores.
nhou, então, correspondência ao órgão executivo de trânsito Satisfeitos os sucessivos requisitos, foi-lhe conferida a Permis-
do DF, insurgindo-se contra a violação das normas de trânsito são para D irigir, em fevereiro de 2002. Dois meses
que regulam a identificação dos veículos. depois,quando retirava o veículo da posição em que se encon-
Nessa situação, Sandro terá razão se tiver afirmado que trava estacionado, Amanda avançou sem o devido cuidado,
pelo menos três placas violam as normas de trânsito. abalroando a cadeira de rodas de um transeunte, arremessan-
3. Considere a seguinte situação hipotética. do-o ao chão e causando-lhe lesões corporais leves. Essa única
Preocupada com os sucessivos aumentos no preço da infração cometida foi, então, devidamente anotada no pron-
gasolina, Laura decidiu alterar o motor do seu veículo para tuário de Amanda.
combustão a álcool. Assim, procedeu-se à modificação em ofi- Nessa situação, por tratar-se de uma infração de gravidade
cina de notória especialização e habilitada a emitir certificação, média, Amanda não obterá, em fevereiro de 2003, a CNH,
após o que Laura dirigiu-se ao órgão executivo de trânsito com- devendo reiniciar o processo para a obtenção de nova Permis-
petente para efetuar a alteração no registro do veículo, subme- são para Dirigir.
tendo-o a regular vistoria. 4. Considere a seguinte situação hipotética.
Nessa situação, foi regular o procedimento de Laura, e, não Deslocando-se pela BR-050 em veículo utilitário, ao
havendo constatação de problemas na vistoria, o órgão execu- qual fora acoplado um trailer, Gabriel atendeu ao comando
tivo de trânsito competente deverá anotar a alteração no cam- para parar, advindo de policial em um posto da PRF. Constata-
po apropriado do Certificado de Registro de Veículo. da a regularidade da documentação do veículo e do condutor, a
4. Caso a propriedade de um reboque licenciado pelo órgão viagem prosseguiu normalmente.
executivo de trânsito competente seja transferida, o proprietá- Nessa situação, o condutor apresentou ao policial, certa-
rio antigo deverá encaminhar a esse órgão cópia autenticada do mente, uma CNH, da categoria C, já que ele não poderia ter
comprovante de transferência de propriedade, devidamente as- apresentado uma Permissão para Dirigir, pois esta é concedida,
sinado e datado. previamente à obtenção da CNH, somente na habilitação ini-
5. Considere a seguinte situação hipotética. cial, qual seja, às categorias A ou B.
Carlos e Júlio, cada qual pai de duas crianças, ajustaram 5. O operador de um trator de esteiras utilizado exclusi-
revezar-se no transporte de seus filhos para a escola, no trajeto vamente na derrubada de árvores de grande porte em uma mata
de ida e volta do município onde residem ao município onde densa localizada em terras particulares não necessita estar habi-
está sediado o colégio. Atento às idas e vindas diárias daquelas litado junto ao órgão executivo de trânsito competente, em
crianças, um policial, em um posto da PRF, decidiu averiguar a uma das diferentes categorias de condutores de veículos
documentação pessoal de Júlio e do automóvel, de propriedade automotores, para efeito de realizar esse trabalho.
deste, utilizado no transporte.
Nessa situação, Júlio deverá apresentar ao policial autori-
zação do órgão executivo de trânsito do estado da Federação
em que reside para transportar escolares naquele veículo, além
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
GABARITO
* Intens Anulados
Direito Constitucional
Artigos da Constituição Federal XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
TÍTULO II podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
Dos Direitos e Garantias Fundamentais caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
CAPÍTULO I durante o dia, por determinação judicial;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comuni-
COLETIVOS cações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual- salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re- forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à instrução processual penal;
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
nos termos desta Constituição; estabelecer;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algu- XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e res-
ma coisa senão em virtude de lei; guardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento profissional;
desumano ou degradante; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele en-
anonimato; trar, permanecer ou dele sair com seus bens;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agra- XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
vo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; locais abertos ao público, independentemente de autorização,
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garan- para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autori-
tida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas dade competente;
liturgias; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assis- vedada a de caráter paramilitar;
tência religiosa nas entidades civis e militares de internação XXII - é garantido o direito de propriedade;
coletiva; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invo- lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de pe-
car para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar- nhora para pagamento de débitos decorrentes de sua ativida-
se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; de produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, desenvolvimento;
científica e de comunicação, independentemente de censura ou XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
licença; jurídico perfeito e a coisa julgada;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a orga-
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo nização que lhe der a lei, assegurados:
dano material ou moral decorrente de sua violação; a) a plenitude de defesa;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
b) o sigilo das votações; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
c) a soberania dos veredictos; ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos con- ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade admi-
tra a vida; nistrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultu-
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; ral, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos judiciais e do ônus da sucumbência;
direitos e liberdades fundamentais; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciá-
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação rio, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitu- sentença;
cional e o Estado Democrático; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres,
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos dis- na forma da lei:
tintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo a) o registro civil de nascimento;
do apenado; b) a certidão de óbito;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e
física e moral; “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercí-
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturaliza- cio da cidadania.
do, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, CAPÍTULO II
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpe- DOS DIREITOS SOCIAIS
centes e drogas afins, na forma da lei; Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho,
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por cri- a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
me político ou de opinião; à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Consti-
autoridade competente; tucional nº 26, de 14/02/2000)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insa-
sem o devido processo legal; lubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
julgado de sentença penal condenatória; anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por 12/98)
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária compe- VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
tente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propria- partir do registro da candidatura a cargo de direção ou repre-
mente militar, definidos em lei; sentação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encon- após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos ter-
tre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à mos da lei.
família do preso ou à pessoa por ele indicada; Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistên- os interesses que devam por meio dele defender.
cia da família e de advogado; Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis assegurada a eleição de um representante destes com a finalida-
por sua prisão ou por seu interrogatório policial; de exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela au- empregadores.
toridade judiciária; CAPÍTULO III
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quan- DA NACIONALIDADE
do a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; Art. 12. São brasileiros:
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do res- I - natos:
ponsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obri- a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
gação alimentícia e a do depositário infiel; de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém seu país;
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe bra-
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; sileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger Federativa do Brasil;
direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe bra-
“habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso sileira, desde que venham a residir na República Federativa do
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasi-
exercício de atribuições do Poder Público; leira; (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3,
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser de 07/06/94)
impetrado por: II - naturalizados:
a) partido político com representação no Congresso Nacional; a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasi-
b) organização sindical, entidade de classe ou associação le- leira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa
galmente constituída e em funcionamento há pelo menos um apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitu- II - facultativos para:
cional de Revisão nº 3, de 07/06/94) a) os analfabetos;
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, b) os maiores de setenta anos;
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuí- c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
dos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
de Revisão nº 3, de 07/06/94) § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasilei- I - a nacionalidade brasileira;
ros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Cons- II - o pleno exercício dos direitos políticos;
tituição. III - o alistamento eleitoral;
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; V - a filiação partidária;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; VI - a idade mínima de:
III - de Presidente do Senado Federal; a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; República e Senador;
V - da carreira diplomática; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Esta-
VI - de oficial das Forças Armadas. do e do Distrito Federal;
VII - de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso incluído pela c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Esta-
Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) dual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da Repúbli- d) dezoito anos para Vereador.
ca Federativa do Brasil. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a § 5º - O Presidente da República, os Governadores de Esta-
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. do e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedi-
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pode- do, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
rão ter símbolos próprios. para um único período subseqüente. (Redação dada pela EC nº
CAPÍTULO IV 16, de 04/06/97)
DOS DIREITOS POLÍTICOS § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio condições:
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para to- I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
dos, e, nos termos da lei, mediante: da atividade;
I - plebiscito; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado
II - referendo; pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
III - iniciativa popular. no ato da diplomação, para a inatividade.
Exercícios de Concursos
1. (ESAF/ASSIST. JURÍDICO/AGU/99) Assinale a op- seu uso com objetivo de defender atribuições ou prerrogativas
ção correta: de órgãos públicos.
a) Segundo entendimento pacífico do Supremo Tribu- b)A decisão proferida em mandado de injunção supre
nal Federal, qualquer alteração que afete os direitos fundamen- plenamente a omissão legislativa.
tais configura lesão expressa à cláusula pétrea. c)O salário do trabalhador é irredutível, salvo disposi-
b)Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe- ção contida em acordo ou convenção coletiva.
deral, não só as normas constantes do catálogo de direitos fun- d) A contribuição sindical, fixada pela assembléia geral,
damentais, mas também outras normas consagradoras de direi- será descontada em folha de qualquer trabalhador independen-
tos fundamentais constantes do Texto Constitucional podem temente de sua vinculação ao sindicato.
estar gravadas com a cláusula de imutabilidade. e) Lei complementar não pode estabelecer restrições
c)Os direitos previstos em tratados internacionais fir- ao direito de greve do servidor público.
mados pelo Brasil somente poderão ser alterados mediante emen-
da constitucional. 3. (ESAF/ASSIST. JURÍDICO/AGU/99) Assinale a op-
d) É vedada a alteração de disposições transitórias cons- ção correta:
tantes do texto constitucional original. a) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
e) Segundo a firme jurisprudência do Supremo Tribu- deral, a proteção do direito adquirido impede mudanças no re-
nal Federal, é admissível a argüição de inconstitucionalidade de gime de um dado instituto jurídico.
norma constitucional originária. b) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral, as leis de ordem pública hão de respeitar o princípio do
2. (ESAF/ASSIST. JURÍDICO/AGU/99) Assinale a op- direito adquirido.
ção correta: c) O caráter de garantia institucional que se atribui ao
a)Mandado de segurança somente pode ser utilizado direito de propriedade impede qualquer alteração legislativa de
para a defesa de direitos e garantias individuais, sendo vedado o seu conteúdo ou configuração.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
d) É legítimo invocar direito adquirido contra altera- pio do direito adquirido protege o indivíduo contra mudanças
ção no estatuto da moeda. nos estatutos e institutos jurídicos.
e) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe- c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral, pode-se invocar legitimamente direito adquirido em face deral, pode-se invocar validamente o princípio do direito ad-
de mudança de um estatuto jurídico como, por exemplo, o Es- quirido em face das leis de ordem pública.
tatuto dos Servidores Públicos. d) O princípio do direito adquirido é um instituto típi-
co do direito privado, não se aplicando às relações regidas pelo
4. (ESAF/ASSIST. JURÍDICO/AGU/99) Assinale a op- direito público.
ção correta: e) Direito adquirido e ato jurídico perfeito são concei-
a) É legítima a extradição de brasileiro naturalizado. tos complementares, aplicando-se o primeiro às relações jurídi-
b)Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe- cas de direito público e o segundo ao direito privado, especial-
deral, é legítima a extradição de português beneficiado com o mente aos contratos.
estatuto da igualdade.
c) A Constituição brasileira admite a extradição nos 8. (ESAF/FISCAL DO TRABALHO/98) Assinale a
casos de crimes políticos ou de opinião. assertiva correta:
d) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ad- a) Segundo o entendimento dominante do Supremo
mite a extradição de pessoas que enfrentam, nos países reque- Tribunal Federal, os direitos sociais são insuscetíveis de altera-
rentes, acusações que poderão acarretar a sua condenação à pena ção mediante emenda constitucional.
de morte. b) Extingue-se em dois anos, para o trabalhador urba-
e) O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado no no, o direito de reivindicar créditos resultantes de relações do
caso de comprovado envolvimento em tráfico de drogas. trabalho.
c) A participação nos lucros da empresa é um direito
5. (ESAF/ASSIST. JURÍDICO/AGU/99) Assinale a op- inalienável do empregado.
ção correta: d) Nos termos da Constituição Federal, o salário do
a) Nos termos da Constituição, a proteção contra a des- trabalhador pode sofrer redução com base em convenção ou
pedida arbitrária há de ser estabelecida em lei ordinária. acordo coletivo.
b) É permitida a criação de mais de uma entidade sin- e) Nos termos da Constituição Federal, o aviso-prévio
dical, representativa de categoria profissional ou econômica, na poderá ser inferior a 30 dias.
mesma base territorial.
c) A Constituição admite a não-equiparação dos direi- 9. (ESAF/FISCAL DO TRABALHO/98) Assinale a
tos do trabalhador avulso e do trabalhador com vínculo assertiva correta:
empregatício. a) É facultada aos sindicatos a participação nas negoci-
d) A Constituição legitima a distinção entre trabalho ações coletivas de trabalho.
manual, técnico e intelectual. b) Não se permite a criação de mais de uma organiza-
e) Nos termos da Constituição, é obrigatória a partici- ção sindical, representativa de uma mesma categoria profissio-
pação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. nal, em uma mesma base territorial.
c) A fundação de sindicato deverá ser homologada no
6. (ESAF/ANALISTA COM. EXTERIOR/98) Assinale órgão estatal competente.
a opção correta: d) O aposentado não tem direito a participar de orga-
a) O princípio segundo o qual a força probatória do nização sindical.
inquérito policial se esgota com a apresentação da denúncia cons- e) A contribuição para custeio do sistema confederativo
titui regra inafastável em qualquer condição. da representação sindical é obrigatória para todos os membros
b) Não constitui prova ilícita a captação por meio de da categoria profissional.
fita magnética de conversa entre presentes, autorizada por um
dos interlocutores, se realizada em legítima defesa. 10. (ESAF/AFCE/TCU/99) Assinale a opção correta:
c) É inconstitucional a prisão civil do depositário infiel a) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
em se tratando de alienação fiduciária em garantia. deral, o princípio da proporcionalidade tem aplicação no nosso
d) A existência de outros processos penais sem trânsito sistema constitucional por força do princípio do devido
em julgado contra o mesmo réu não pode ser apreciada como processo legal.
maus antecedentes por implicar violação do princípio da pre- b) A prisão provisória não se compatibiliza com o prin-
sunção de inocência. cípio constitucional da presunção de inocência.
e) A exigência de comprovação de depósito como pres- c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
suposto de admissibilidade e garantia recursal afronta o princí- deral, a determinação contida na lei de crimes hediondos no
pio da ampla defesa e do contraditório. sentido de que os autores de determinados crimes cumpram a
condenação em regime fechado atenta contra o princípio da
7. (ESAF/FISCAL DO TRABALHO/98) Assinale a individualização da pena.
assertiva correta: d) A condenação criminal proferida com base exclusiva
a) Segundo orientação dominante no Supremo Tribu- em provas obtidas no inquérito criminal é plenamente válida.
nal Federal, pode-se invocar, validamente, direito adquirido em e) O direito a permanecer calado está limitado estrita-
face de normas constitucionais. mente à esfera do processo criminal.
b) É pacífico o entendimento segundo o qual o princí-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Gabarito
1. b 2. c 3. b 4. e 5. e 6. b
7. c 8. d 9. b 10.a 11.b 12.e
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
nizado e mantido pela União e estruturado em carreira, desti- forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, junta-
na-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias mente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do
federais. (Redação pela EC nº 19, de 04/06/98) Distrito Federal e dos Territórios.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, orga- § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento
nizado e mantido pela União e estruturado em carreira, desti- dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
na-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias garantir a eficiência de suas atividades.
federais. (Redação pela EC nº 19, de 04/06/98) § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de car- destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, con-
reira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de forme dispuser a lei.
polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a pre- órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
servação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, art. 39. (§ incluído pela EC nº 19, de 04/06/98)
além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
Exercícios
1. O acompanhamento e a fiscalização da execução das me- b)depende de autorização da maioria absoluta do Con-
didas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio competem: gresso Nacional e poderá acarretar restrições à liberdade de im-
a) à Mesa do Senado Federal. prensa, a suspensão da liberdade de reunião e a requisição de
b) a uma Comissão interpartidária de sete Senadores. bens públicos ou privados.
c) a uma Comissão de cinco congressistas designada pela c)independe de autorização do Congresso Nacional e
Mesa do Congresso Nacional. poderá acarretar restrições aos direitos de reunião, de sigilo de
d) às Presidências do Senado Federal a da Câmara correspondência e de comunicação telefônica.
dos Deputados. d)independe de autorização do Congresso Nacional e
somente poderá acarretar a obrigação de permanência em local
2. Assinale, dentre as alternativas seguintes, aquela que não determinado e restrições aos direitos de reunião e de
diz respeito ao estado de sítio. inviolabilidade de correspondência.
a)É meio de defesa da ordem preferido nos países de e)depende de autorização do Senado Federal e as medidas
direito escrito, tem sua origem no Direito francês. coercitivas que acarretar deverão ser definidas previamente em lei.
b)Com ele ocorre a suspensão temporária e localizada
de garantias constitucionais. 5. O pronunciamento do Conselho de Defesa Nacional
c)Com o fundamento de comoção grave de repercussão sobre a decretação do estado de sítio é
nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de a)obrigatório e vincula o Presidente da República.
medida tomada durante o estado de defesa, não pode ser decre- b)obrigatório e vincula o Congresso Nacional.
tado por mais de vinte dias. c)facultativo e não vincula o Presidente da República.
d)A Constituição Federal atribui ao Presidente da Re- d)obrigatório e não vincula o Presidente da República.
pública, ouvidos o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho e)obrigatório e vincula o Presidente da República e o
da República, o poder de declarar o estado de sítio, sujeito, con- Congresso Nacional.
tudo, à autorização prévia do Congresso Nacional.
6. Indique a resposta incorreta:
3. Considere as afirmativas: a)O tempo de duração do estado de defesa será o neces-
I. A decretação do estado de defesa se fará após o pronuncia- sário para debelar a causa que justificou a decretação.
mento do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional e b)O estado de sítio pode ser decretado em caso de agres-
será submetida, em 24 horas, à apreciação do Congresso Nacional. são estrangeira.
II. O prazo de duração do estado de defesa é de trinta dias, c)O estado de defesa pode ser decretado para preservar,
permitida uma única prorrogação por igual prazo. em locais restritos e determinados, a ordem pública atingida
III. Cessado o estado de defesa cessam seus efeitos, não sub- por calamidade de grandes proporções na natureza.
sistindo nem mesmo a responsabilidade dos seus executores pe- d)Na vigência do estado de sítio, poderá ser efetuada
los ilícitos que cometerem. busca e apreensão em domicílio, independentemente de autori-
São verdadeiras: zação judicial.
a)I somente.
b)I e II somente. Gabarito
c)II e III somente.
d)III somente. 1. c 2. b
3. a 4. c
4. A decretação do Estado de Defesa pelo Presidente da 5. c 6. a
República, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de
Defesa Nacional
a)depende de autorização da maioria de dois terços do
Congresso Nacional e poderá acarretar restrições ao exercício
de quaisquer direitos e garantias fundamentais.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes CAPÍTULO V
princípios: DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a ex-
escola; pressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veícu-
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o lo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
pensamento, a arte e o saber; Constituição.
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qual-
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos quer veículo de comunicação social, observado o disposto no
oficiais; art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política,
mediante a garantia de: ideológica e artística.
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, in- CAPÍTULO VI
clusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram aces- DO MEIO AMBIENTE
so na idade própria; (Redação dada pela EC nº 14, de 13/09/96) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologica-
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
(Redação dada pela EC nº 14, de 13/09/96) sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à cole-
III - atendimento educacional especializado aos portadores tividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; futuras gerações.
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
a seis anos de idade; Poder Público:
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
da criação artística, segundo a capacidade de cada um; Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condi- são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
ções do educando; lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
através de programas suplementares de material didático-esco- CAPÍTULO VII
lar, transporte, alimentação e assistência à saúde. DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, consti- E DO IDOSO
tuirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial prote-
ensino fundamental. ção do Estado.
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fun- Art. 227................
damental e na educação infantil. (Redação dada pela EC nº 14, § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes
de 13/09/96) aspectos:
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao traba-
no ensino fundamental e médio. (Parágrafo incluído pela EC nº lho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
14, de 13/09/96) II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola;
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e § 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, exploração sexual da criança e do adolescente.
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção § 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma
e desenvolvimento do ensino. da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por
Seção II parte de estrangeiros.
DA CULTURA § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibi-
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoi- das quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
ará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de de-
culturais. zoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou Exercícios de Concursos
em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à 1. (CESPE/PROCURADOR/INSS/96): A Constituição
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasi- Federal prevê a participação dos empregados no financiamento
leira, nos quais se incluem: da Seguridade Social, por meio de contribuições sociais inciden-
I - as formas de expressão; tes sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro. Consideran-
II - os modos de criar, fazer e viver; do os preceitos do texto constitucional e a jurisprudência do Su-
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; premo Tribunal Federal acerca deles, julgue os itens abaixo.
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais (1)Essas contribuições devem ser arrecadadas pelo Ins-
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; tituto Nacional do Seguro Social (INSS). Se, diversamente, a
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, arrecadação for efetivada pela União, restará descaracterizada a
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico natureza jurídica de contribuição, evidenciando-se, nessa hipó-
e científico. tese, tratar-se de imposto.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
(2)Os contribuintes, as bases de cálculo e os fatos gera- (2)É auto-aplicável o dispositivo constitucional que as-
dores dessas contribuições sociais devem ser definidos em lei segura a correção monetária da média dos trinta e seis últimos
complementar que estabelece normas gerais em matéria de le- salários de contribuição, no cálculo da aposentadoria
gislação tributária. previdenciária.
(3)A contribuição social que incida sobre o lucro deve (3)O Atos das Disposições Constitucionais Transitóri-
ser instituída por meio de lei complementar, haja vista tratar-se as ordenou a revisão do valor dos benefícios previdenciários, a
de idêntica base de cálculo e mesmo fato gerador do Imposto fim de restabelecer o poder aquisitivo, expresso em número de
de Renda. salários mínimos, que tinham na data da sua concessão. Ade-
(4)A contribuição social que recai sobre a folha de salá- mais, o texto constitucional ordenou a perpetuação dessa
rios prevista em lei ordinária incide, também, sobre o pro labore vinculação, em número de salários, para o efeito de garantir-se
devido aos administradores. a irredutibilidade dos benefícios.
(5)Deve ser instituída por meio de lei complementar a (4)O texto constitucional impõe que os fatos gerado-
contribuição social que tenha por base de cálculo os valores pagos res, bases de cálculo e sujeitos passivos das contribuições sociais
a trabalhadores autônomos. sejam definidos na lei complementar que fixar as normas gerais
em matéria tributária.
2. (CESPE/PROCURADOR/INSS/97) Julgue os itens se- (5) Contribuições novas, não-previstas na Consti-
guintes, a respeito do financiamento da seguridade social. tuição Federal, poderão ser criadas somente mediante lei com-
(1)A participação dos trabalhadores no custeio da plementar e desde que se destinem à expansão do sistema de
seguridade social deve vir disciplinada em lei complementar, seguridade e não simplesmente à sua manutenção.
haja vista a Constituição ter recepcionado a contribuição para
o Programa de Integração Social (PIS). 5. (CESPE/PROCURADOR INSS/99) Considerando as
(2)A contribuição para o PIS e a contribuição social normas constitucionais acerca da comunicação social, julgue os
incidente sobre os valores pagos, a título de pro labore, aos dire- itens que se seguem.
tores das empresas têm idêntica base de cálculo – razão pela (1)A Constituição impõe à comunicação social respei-
qual esta última exação é disciplinada em lei complementar. to aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de maneira
(3)O ordenamento jurídico impõe aos empregadores di- que a lei pode impedir aos meios de comunicação a veiculação
versas contribuições para o custeio da seguridade social, entre as de matérias que ofendam esses valores.
quais incluem-se a contribuição social sobre o lucro, a contribui- (2)Compete ao Presidente da República, por decreto,
ção incidente sobre o faturamento (COFINS), a contribuição estabelecer meios que garantam à pessoa e à família a possibili-
incidente sobre a folha de salários e a contribuição para o PIS. dade de se defenderem de programas ou programações de rá-
(4)Ressalvada a instituição de contribuição social a ser dio, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços
exigida dos seu próprios servidores – destinada ao custeio, em que possam ser nocivos à saúde e ao ambiente.
benefícios destes, de sistemas de previdência e assistência social (3)Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar con-
-, os estados e os municípios, em nenhuma outra hipótese, po- cessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão
derão instituir contribuição social. sonora e de sons e imagens, a qual independe de licitação.
(5)Os partidos políticos e as entidades religiosas não (4)O Ministério das Comunicações não tem o poder
estão obrigados ao recolhimento de contribuições sociais inci- de outorgar concessão à emissora de televisão sem ouvir o Con-
dentes sobre as respectivas folhas de salário. gresso Nacional.
(5)Considere a seguinte situação hipotética: A empre-
3. (CESPE/PROCURADOR/INSS/97): Julgue os itens a se- sa Amoral Comunicação Ltda., detém concessão como emisso-
guir, relativos à ordem social disciplinada na Constituição Federal. ra de televisão. O órgão competente do poder público federal
(1)É garantida aos segurados da previdência social a seguidamente aplicou punições à empresa por ofensa às normas
irredutibilidade do valor dos seus benefícios. legais disciplinadoras dessa atividade, as quais previam a possi-
(2)As condutas consideradas lesivas ao meio ambiente bilidade de cancelamento da concessão nesses casos. Nessa si-
podem sujeitar uma pessoa jurídica a sanções penais. tuação, o cancelamento será possível ainda antes do prazo da
(3)É vedada a vinculação orçamentária de receita de im- concessão, desde que mediante ação judicial.
postos a órgão, fundo ou despesa. Assim, será inconstitucional
a disposição de lei orçamentária federal que, por exemplo, vin- 6. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO STF/99) Relativa-
cule 18% da receita resultante de impostos à manutenção e ao mente à ordem social, disciplinada na Constituição da Repú-
desenvolvimento do ensino. blica, assinale a opção incorreta.
(4)As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios não a)A União é investida de competência para instituir con-
são passíveis de usucapião. tribuição social não prevista na Constituição, mas deverá fazê-
(5)Não é permitida a destinação de subvenções a insti- lo mediante lei complementar. Ademais, a contribuição novel
tuições privadas de saúde com fins lucrativos, a menos que tais não poderá ter por base de cálculo o lucro, a receita ou o
instituições prestem assistência médica, mediante convênio, jun- faturamento das empresas.
to ao sistema único de saúde pública. b)O texto constitucional estabelece a
inimputabilidade penal dos menores de 18 anos e a
4. (CESPE/PROCURADOR/INSS/97) Considerando as imprescritibilidade dos direitos dos índios sobre as terras im-
normas constitucionais a respeito dos benefícios previdenciários prescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessá-
e do custeio da seguridade social, julgue os itens seguintes. rios aos seu bem-estar.
(1)As taxas e as contribuições sociais não podem ser ins- c)Considerando que um indivíduo tenha-se naturali-
tituídas com base de cálculo idêntica à de impostos já existentes. zado brasileiro em 1989, a Constituição não veda que ele seja
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
proprietário de empresa jornalística e de radiofusão sonora e de e)A Constituição proíbe a destinação de recursos pú-
sons e imagens. blicos a instituições privadas de ensino de natureza confessional.
d)A Constituição garante a gratuidade dos trans-
portes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco Gabarito
anos de idade. 1,E/E/E/E/C 2.E/E/C/C/E 3.C/*/E/C/C
4.E/E/E/E/E 5.E/E/E/C/C 6. e * = anulada
Direito Penal
Artigos do Código Penal II - em legítima defesa;
TÍTULO II III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
DO CRIME regular de direito.
Relação de causalidade Excesso punível
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses des-
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a te artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Estado de necessidade
Superveniência de causa independente Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vonta-
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os de, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Relevância da omissão § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente dever legal de enfrentar o perigo.
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir in- § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
cumbe a quem: ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; Legítima defesa
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando mo-
resultado; deradamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocor- ou iminente, a direito seu ou de outrem.
rência do resultado. TÍTULO III
Art. 14 - Diz-se o crime: DA IMPUTABILIDADE PENAL
Crime consumado Inimputáveis
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
de sua definição legal; ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao
Tentativa tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de enten-
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
por circunstâncias alheias à vontade do agente. com esse entendimento.
Art. 18 - Diz-se o crime: Menores de dezoito anos
Crime doloso Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legis-
risco de produzi-lo; lação especial.
Crime culposo Emoção e paixão
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
imprudência, negligência ou imperícia. I - a emoção ou a paixão;
Erro sobre a pessoa Embriaguez
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as substância de efeitos análogos.
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez com-
quem o agente queria praticar o crime. pleta, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tem-
Coação irresistível e obediência hierárquica po da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de supe- entendimento.
rior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
Exclusão de ilicitude agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
I - em estado de necessidade; capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Exercícios
c)exclusão de antijuridicidade.
1. A coação irresistível, de que trata o artigo 22 do Código d)exclusão da culpabilidade.
Penal, é causa de
a)atipicidade. 2. Indique a disjuntiva verdadeira.
b)exclusão de ilicitude. a)A fonte imediata do Direito Penal é a jurisprudência.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
b)A fonte imediata do Direito Penal é a analogia. 9. Constitui causa de diminuição de pena prevista na Par-
c)A fonte imediata do Direito Penal é o costume do povo. te Geral do Código Penal,
d)A fonte imediata do Direito Penal é a lei. a)o crime impossível.
b)o arrependimento posterior.
3. Considera-se concurso formal de crimes quando o agen- c)a desistência voluntária.
te pratica d)o arrependimento eficaz.
a) dois ou mais crimes mediante duas ou mais ações. 10. Pode ser sujeito ativo de infanticídio
b)dois ou mais crimes mediante uma só ação. a)qualquer pessoa que cometa crime de homicídio con-
c)um crime mediante uma ação que se prolonga no tempo. tra crianças menores de quatorze anos.
d)um crime complexo. b)apenas os pais de criança com menos de trinta dias.
c)somente a mãe do recém-nascido.
4. Qual é o conceito doutrinário de erro de proibição? d)os pais da criança recém-nascida.
a)É o erro quanto à existência dos limites da excludente.
b)É o erro que recai sobre o elemento constitutivo do 11. Assinale a alternativa correta.
tipo penal. a)Entende-se em legítima defesa quem, usando mode-
c)É o que se denomina de erro incidente sobre os ele- radamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
mentos objetivos do tipo penal. ou iminente, a direito seu ou de outrem.
d)É o erro incidente sobre a ilicitude do fato. b)Entende-se em legítima defesa quem pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade
5. Na culpa consciente, o agente nem poderia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
a)prevê o resultado e, conscientemente, assume o risco cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
de produzi-lo. c)Entende-se em legítima defesa o cônjuge que, des-
b)prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que ele confiado da fidelidade do outro, mata-o para defender sua honra.
não ocorra. d)Entende-se em legítima defesa quem pratica o crime
c)não quer o resultado, mas, com sua conduta, assume impelido por razões de ordem moral, religiosa ou social.
o risco de produzi-lo.
c)não tem a previsão quanto ao resultado, mas, consci- 12. Para a configuração do crime culposo, além da
entemente, considera-o previsível. tipicidade, torna-se necessária a prática de conduta com
a)observância de dever de cuidado que cause um resul-
6. João atira visando matar José, que já estava morto, em tado não desejado e imprevisível.
razão de ataque cardíaco. É correto afirmar que esta situação b)inobservância do dever de cuidado que cause um re-
a)configura crime impossível ou de tentativa inidônea. sultado não desejado e imprevisível.
b)diz respeito a crime de homicídio tentado. c)inobservância do dever de cuidado que cause um re-
c)configura o que se denomina de “crime de ensaio”. sultado cujo risco foi assumido pelo agente.
d)é a chamada “tentativa branca”. d)inobservância do dever de cuidado que cause um re-
sultado não desejado, mas previsível.
7. Marco Aurélio nasceu às 22 horas e 35 minutos do dia
10 de outubro de 1982. Por fatalidade, à zero hora e 30 minu- 13. Nos crimes de mera conduta, o legislador só descreve o
tos do dia 10 de outubro de 2000 cometeu fato configurado comportamento do agente, não havendo resultado naturalístico.
como furto de veículo. Qual a opção verdadeira? Tal assertiva é
a)É a lei civil que determina a idade das pessoas. Por- a)correta, mas somente aplicável aos delitos materiais.
tanto, diante dela, Marco Aurélio é menor de dezoito anos para b) parcialmente correta.
efeitos penais. c) equivocada diante da classificação dos crimes.
b)Marco Aurélio deve ser considerado inimputável, ante d) absolutamente correta.
o fato de não ter completado dezoito anos.
c)Deve ser ele tido como semi-imputável, uma vez que, 14. Os crimes omissivos impróprios são
biologicamente, não completou dezoito anos. a) de conduta mista.
d)Considera-se penalmente responsável o agente que b) comissivos por omissão.
pratica a infração no dia em que comemora seu 18o aniversário. c) comissivos propriamente ditos.
d) puramente omissivos.
8. São crimes que admitem tentativa, os
a)dolosos. Gabarito
b)culposos. 1. d 2. d 3. b 4. d 5. b 6. a
c)preterdolosos. 7. d 8. a 9. b 10.c 11.a 12.d
d)habituais. 13.d 14.b
Artigos do Código Penal
CAPÍTULO I Caso de diminuição de pena
DOS CRIMES CONTRA A VIDA § 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de
Homicídio simples relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
Art. 121 - Matar alguém: emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em CAPÍTULO VIII
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante DISPOSIÇÕES GERAIS
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
Forma privilegiada quem tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuí- próprio ou alheio:
zo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: § 1º. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
Disposição de coisa alheia como própria embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai,
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garan- ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou
tia coisa alheia como própria; alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualida-
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria de de funcionário.
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa Peculato Culposo
própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que pro- § 2º. Se o funcionário concorre culposamente para o crime
meteu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silen- de outrem:
ciando sobre qualquer dessas circunstâncias; pagar benefício devido Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido § 3º. No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano,
reembolsados à empresa pela previdência social. se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
Defraudação de penhor lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor Peculato mediante Erro de Outrem
ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
objeto empenhado; que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Fraude na entrega de coisa Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que Inserção de dados falsos em sistema de informações
deve entregar a alguém; Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente da-
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou dos corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados
lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; para si ou para outrem ou para causar dano:
Fraude no pagamento por meio de cheque Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
do sacado, ou lhe frustra o pagamento. informações
Aumento de pena Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em informações ou programa de informática sem autorização ou
detrimento de entidade de direito público ou de instituto de econo- solicitação de autoridade competente:
mia popular, assistência social ou beneficência. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Fraude à execução Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer documento,
ou danificando bens, ou simulando dívidas: de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. lo, total ou parcialmente:
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa. Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não
CAPÍTULO VII constitui crime mais grave.
DA RECEPTAÇÃO Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas
Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diver-
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, sa da estabelecida em lei:
ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
(art. 180 e §§ 1º, 2º, 3º e 4º com nova redação dada pela Lei nº 9.426, Concussão
de 24 de dezembro de 1996) Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indireta-
Receptação qualificada mente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em razão dela, vantagem indevida:
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercí- Excesso de Exação (cobrança de impostos)
cio de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser § 1º. Se o funcionário exige tributo ou contribuição
produto de crime: social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando de-
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do vido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que
parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou a lei não autoriza:
clandestino, inclusive o exercido em residência. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Lei nº
Receptação culposa 8.137/90)
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou § 2º. Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres
quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: públicos:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Corrupção Passiva § 1º. Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, dire- I. permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e
ta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assu- empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pes-
mi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar pro- soas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de
messa de tal vantagem: dados da Administração Pública;
Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. II. se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 1º. A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüên- § 2º. Se da ação ou omissão resulta dano à Administração
cia da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de Pública ou a outrem:
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (§§ 1º
funcional. e 2º acrescentados pela Lei nº 9.983/2000)
§ 2º. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda Violação do Sigilo de Proposta de Concorrência
ato de oficio, com infração de dever funcional, cedendo a pedi- Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de concorrência pú-
do ou influência de outrem: blica, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Facilitação de Contrabando ou Descaminho Funcionário Público
Art. 318. Facilitar, com infração de dever funcional, a prá- Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos
tica de contrabando ou descaminho (art. 334): penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração,
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. exerce cargo, emprego ou função pública.
Prevaricação § 1º. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. § 2º. A pena será aumentada da terça parte quando os au-
Condescendência Criminosa tores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de res- cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento
ponsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do de órgão da administração direta, sociedade de economia mis-
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao ta, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
conhecimento da autoridade competente: Usurpação de Função Pública
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Art .328. Usurpar o exercício de função pública:
Advocacia Administrativa Pena - detenção, de três meses a dois anos e multa.
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse pri- Parágrafo único. Se do fato o agente aufere vantagem:
vado perante a administração pública, valendo-se da qualidade Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
de funcionário: Resistência
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violên-
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo: cia ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. quem lhe esteja prestando auxílio:
Violência Arbitrária Pena - detenção de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos.
Art. 322. Praticar violência, no exercício de função ou a § 1º. Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
pretexto de exercê-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da § 2º. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
pena correspondente à violência. correspondentes à violência.
Abandono de Função Desobediência
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos per- Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
mitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. O elemento normativo do tipo consiste na legalidade da
§ 1º. Se do fato resulta prejuízo público: ordem, formal e materialmente.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. O elemento subjetivo é o dolo. A conduta culposa do deli-
§ 2º. Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de to não é crime.
fronteira: Desacato
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da
Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado função ou em razão dela:
Art. 324. Entrar no exercício de função pública antes de Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem au- Tráfico de Influência
torização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, re- Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou
movido, substituído ou suspenso: para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretex-
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. to de influir em ato praticado por funcionário público no
Violação de Sigilo Funcional exercício da função.
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em razão do Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se
revelação: o agente alega ou insinua que a vantagem é também des-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o tinada ao funcionário.
fato não constitui crime mais grave.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 338. Reingressar no território nacional o estrangeiro Parágrafo único. Se não há emprego de violência, somente
que dele foi expulso: se procede mediante queixa.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo Subtração ou Dano de Coisa Própria em Poder de Terceiro
de nova expulsão após o cumprimento da pena. Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa
Denunciação Caluniosa própria, que se acha em poder de terceiro por determina-
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, ção judicial ou convenção:
de processo judicial, instauração de investigação administrati- Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
va, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa con- Fraude Processual
tra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de proces-
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. so civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
serve de anonimato ou de nome suposto. Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de Parágrafo único. Se a inovação se destina a produzir efeito
prática de contravenção. em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se
Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção em dobro.
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe Favorecimento Pessoal
a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade públi-
verificado: ca autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
Auto-Acusação Falsa § 1º. Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de crime Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
inexistente ou praticado por outrem: § 2º. Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente,
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
Falso Testemunho ou Falsa Perícia Favorecimento Real
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria
como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito
processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em do crime:
juízo arbitral: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder
§ 1º. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:
de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano.
ou em processo civil em que for parte entidade da administra- Parágrafo único. Na mesma pena incorre o funcionário que:
ção pública direta ou indireta. I. ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabe-
§ 2º. O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no lecimento destinado a execução de pena privativa de liberdade
processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara ou de medida de segurança;
a verdade. II. prolonga a execução de pena ou de medida de seguran-
Corrupção Ativa de Testemunha, Perito, Contador, ça, deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar
Tradutor ou Intérprete imediatamente a ordem de liberdade;
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer III. submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a
outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou in- vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
térprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em IV. efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: Fuga de Pessoa Presa ou Submetida a Medida de Segurança
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa. Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
destinada a produzir efeito em processo penal ou em proces- § 1º. Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de
so civil em que for parte entidade da administração pública uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão,
direta ou indireta. de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Coação no Curso do Processo § 2º. Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de também a pena correspondente à violência.
favorecer interesse próprio ou alheio, contra a autoridade, par- § 3º. A pena é de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se
te, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a in- o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está
tervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em o preso ou o internado.
juízo arbitral: § 4º. No caso de culpa do funcionário incumbido da custó-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além dia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de 3 (três) meses a
da pena correspondente à violência. 1 (um) ano, ou multa.
Exercício Arbitrário das Próprias Razões Evasão mediante Violência contra Pessoa
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indiví-
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: duo a medida de segurança detentiva, usando de violência con-
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou mul- tra a pessoa:
ta, além da pena correspondente à violência.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da Contratação de Operação de Crédito
pena correspondente à violência. Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de cré-
Arrebatamento de Preso dito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa:
Art. 353. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
de quem o tenha sob custódia ou guarda: Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, au-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, além da pena toriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:
correspondente à violência. I – com inobservância de limite, condição ou montante
Motim de Presos estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal;
Art. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o
disciplina da prisão: limite máximo autorizado por lei.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar
pena correspondente à violência. Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a
Patrocínio Infiel pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o ou que exceda limite estabelecido em lei:
dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
juízo, lhe é confiado: Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obriga-
Patrocínio Simultâneo ou Tergiversação ção, nos dois últimos quadrimestres do último ano do man-
Parágrafo único. Incorre na pena deste artigo o advogado dato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mes-
ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultâ- mo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
nea ou sucessivamente, partes contrárias. exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente
Sonegação de Papel ou Objeto de Valor Probatório de disponibilidade de caixa:
Art. 356. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de res- Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
tituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que re- Ordenação de despesa não autorizada
cebeu na qualidade de advogado ou procurador: Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Exploração de Prestígio Prestação de garantia graciosa
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer ou- Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem
tra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do que tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou su-
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, perior ao valor da garantia prestada, na forma da lei:
intérprete ou testemunha: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Não cancelamento de restos a pagar
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promo-
agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se ver o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em
destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo. valor superior ao permitido em lei:
Violência ou fraude em arrematação judicial Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Art. 358. Impedir, perturbar ou fraudar arrematação ju- Aumento de despesa total com pessoal no último ano do
dicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, mandato ou legislatura
por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarre-
de vantagem: te aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou multa, dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura:
além da pena correspondente à violência. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspen- Oferta pública ou colocação de títulos no mercado
são de direito Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta públi-
Art. 359. Exercer função, atividade, direito, autoridade ou ca ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida
múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, ou multa. registrados em sistema centralizado de liquidação e de custódia:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Exercícios
que, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Seu pai, João Roberto,
movido por sentimento paternalista, assumiu a autoria do crime,
1. Assinale a alternativa em que são apontados os crimes contra
dando início a inquérito policial para a apuração dos fatos. João
a administração pública, praticados por funcionário público.
Roberto teria, em tese, praticado o crime de
a)Corrupção ativa, contrabando ou descaminho e trá-
a)favorecimento pessoal.
fico de influência.
b)comunicação falsa de crime.
b)Concussão, peculato e prevaricação.
c)denunciação caluniosa.
c)Facilitação de contrabando e descaminho, violência
d)auto-acusação falsa.
arbitrária e usurpação de função pública.
d)Corrupção passiva, violação de sigilo funcional e desacato.
3. Vivaldo da Silva, funcionário público municipal, en-
contrava-se de serviço na caixa de recebimentos de impostos
2. Alberto Roberto, 19 anos de idade, dirigindo em veloci-
prediais em local próprio para pagamentos de tributos em atra-
dade incompatível com o local dos fatos, atropelou um pedestre
so. No final do dia, ao invés de depositar todos os valores rece-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
bidos na conta da Fazenda Municipal, com a ajuda do bancário e) Não há crime, dada a percepção imediata de X da
José Eufrásio, desviou dois cheques, depositando-os em sua conta adulteração no documento.
particular, pretendendo devolver a importância aos cofres pú-
blicos no prazo de 3 dias. 9. Aquele que der causa à instauração de investigação po-
Em relação ao caso relatado, pode-se afirmar que licial contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe ino-
a)Vivaldo não cometeu crime pois, pretendendo devol- cente, comete o delito de
ver a importância aos cofres públicos, não agiu com dolo. a) calúnia
b)se Vivaldo restituir a importância devida aos cofres b) injúria
públicos antes da sentença, será declarada extinta a sua c) denunciação caluniosa
punibilidade. d) difamação
c)José Eufrásio responderá em co-autoria com Vivaldo
por peculato culposo. 10. Aquele que presta a criminoso, fora dos casos de co-
d)Vivaldo não faz jus à extinção da punibilidade mesmo autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o
que restituir a importância, pois cometeu crime de peculato doloso. proveito do ilícito, comete o crime de
a) favorecimento pessoal
4. O advogado Vivaldo da Silva foi constituído pelo pro- b) advocacia administrativa
prietário de um imóvel para promover ação de despejo por falta c) apropriação indébita
de pagamento em face do locatário. Após a distribuição da ini- d) favorecimento real
cial o locador, por razões particulares, revogou a procuração
outorgada para o advogado. Vivaldo foi, então, constituído pelo 11. A tergiversação está intimamente ligada à atividade do
locatário para promover sua defesa e ofereceu a contestação. advogado ou do procurador no processo. Incorrerá nessa viola-
Neste caso, Vivaldo da Silva ção aquele que
a)não pratica crime, pois a defesa sucessiva é lícita. a) recusar o patrocínio de causa em juízo
b)pratica crime de advocacia administrativa. b) defender, na mesma causa, partes contrárias
c)pratica crime de tergiversação. c) trair o dever funcional, prejudicando interesse que
d)pratica crime de patrocínio infiel. lhe é confiado
d) retardar a defesa em juízo, prejudicando interesses
5. Shakespeare devia uma considerável quantia de dinhei-
ro a Shylock. Com o fim de obter para si, como condição ou 12. O fato de duas pessoas trocarem suas provas, durante a
preço do resgate, o pagamento de referida dívida, Shylock se- realização de concurso público, de modo a fazer passar uma
qüestrou Shakespeare. Neste caso, verificou-se pela outra, configura o crime de:
a)o crime de extorsão mediante seqüestro. a) falsa identidade
b)o crime de extorsão. b)falsificação
c)o crime de exercício arbitrário das próprias razões. c) estelionato
d)a atipicidade do fato. d)falsidade ideológica
6. “A”, empregado de empresa pública, desvia, em provei- 13. Funcionário público recebe dinheiro para que recomen-
to próprio, um computador da entidade, que lhe fora confiado de a um colega, que tem poderes, a prática ou não de um ato de
em razão do emprego. “A” pratica ofício. Obtendo o que pretende, comete o crime de
a) apropriação indébita a)favorecimento real
b) furto b) corrupção passiva
c) peculato c) exploração de prestígio
d) receptação d) advocacia administrativa
e) roubo
14. O funcionário público que, com o objetivo de satisfa-
7. “A”, funcionário público, emprega, na cobrança de im- zer interesse ou sentimento pessoal, não atende a determinação
posto, meio gravoso, não autorizado em lei. “A” pratica judicial para exibição de documento arquivado em sua reparti-
a) contravenção de perturbação de tranqüilidade ção, comete o delito de
b) contravenção de importunação ofensiva ao pudor a) favorecimento pessoal
c) crime de concussão b)desobediência
d) crime de usurpação de função pública c) prevaricação
e) crime de excesso de exação d)favorecimento real
8. X, policial, determina a Y, em blitz no trânsito, que este 15. Funcionário público, no exercício do cargo, que deixa
apresente sua carteira de habilitação. Y apresenta-a, descobrin- de responsabilizar subordinado, por indulgência, pratica
do-se falso tal documento, em exame ulterior. a) condescendência criminosa b) excesso de exação
a) Há crime de uso de documento falso. c) prevaricação d) desobediência
b) O crime a identificar-se é o do art. 307 do Código
Penal (falsa identidade). Gabarito
c) O crime é de falso ideológico. 1. b 2. d 3. d 4. c 5. c 6. c
d) Não há crime ante a precedente determinação do 7. e 8. b 9. c 10.d 11.b 12.d
policial, que constrange Y. 13.d 14.c 15.a
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
de, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação caso previsto no artigo 14, letra “b”, requerimentos para a reali-
de audiência de instrução e julgamento. zação de diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em
§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em despacho motivado, considere indispensáveis tais providências.
duas vias. Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autorida- auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência, apre-
de houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá: goando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o represen-
a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, tante do Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito
por meio de duas testemunhas qualificadas; a queixa e o advogado ou defensor do réu.
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audi- Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se
ência de instrução e julgamento, a designação de um perito para se ausente o Juiz.
fazer as verificações necessárias. Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo
prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por o ocorrido constar do livro de termos de audiência.
escrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento. Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será públi-
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação ca, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia
poderá conter a indicação de mais duas testemunhas. útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou,
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apre- excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
sentar a denúncia requerer o arquivamento da representação, o Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o
Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, interrogatório do réu, se estiver presente.
fará remessa da representação ao Procurador-Geral e este ofere- Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advo-
cerá a denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Públi- gado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para funcionar
co para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao qual só en- na audiência e nos ulteriores termos do processo.
tão deverá o Juiz atender. Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao ad-
denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação privada. vogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou defen-
O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a queixa, sor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorro-
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos gável por mais dez (10), a critério do Juiz.
os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamen-
caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte te a sentença.
principal. Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de qua- livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo,
renta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os reque-
a denúncia. rimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz desig- Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do
nará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a quei-
julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente, den- xa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
tro de cinco dias. Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difí-
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento ceis e não permitirem a observância dos prazos fixados nesta lei, o
final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, juiz poderá aumentá-las, sempre motivadamente, até o dobro.
será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da se- Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do
gunda via da representação e da denúncia. Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o siste-
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser ma de instrução e julgamento regulado por esta lei.
apresentada em juízo, independentemente de intimação. Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória os recursos e apelações previstas no Código de Processo Penal.
para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
Parágrafo único. A autoridade deverá justificar em despa- dual, cabendo-lhes providenciar o seu registro e decidir do
cho fundamentado, as razões que a levaram a classificação legal seu destino.
do fato, mencionando concretamente as circunstâncias referi- § 1º Ficarão sob a guarda e responsabilidade das autorida-
das neste artigo, sem prejuízo de posterior alteração da classifi- des policiais, até o trânsito em julgado da sentença, as substân-
cação pelo Ministério Público ou pelo juiz. cias referidas neste artigo.
Art. 38. A pena de multa consiste no pagamento ao Te- § 2º Quando se tratar de plantação ou quantidade que tor-
souro Nacional, de uma soma em dinheiro que é fixada em ne difícil o transporte ou apreensão da substância na sua totali-
dias-multa. dade, a autoridade policial recolherá quantidade suficiente para
Art. 39. As autoridades sanitárias, policiais e alfandegárias exame pericial destruindo o restante, de tudo lavrando auto cir-
organizarão e manterão estatísticas, registros e demais infor- cunstanciado.
mes, inerentes às suas atividades relacionadas com a preven- Art. 41. As autoridades judiciárias, o Ministério Público
ção e repressão de que trata esta Lei, deles fazendo remessa ao e as autoridades policiais poderão requisitar às autoridades
órgão competente com as observações e sugestões que julga- sanitárias competentes independentemente de qualquer pro-
rem pertinentes à elaboração do relatório que será enviado cedimento judicial, a realização de inspeções nas empresas
anualmente ao Órgão Internacional da Fiscalização de Entor- industriais ou comerciais, nos estabelecimentos hospitalares,
pecentes. de pesquisa, ensino e congêneres, assim como nos serviços
Art. 40. Todas as substâncias entorpecentes ou que deter- médicos que produzirem, venderem, comprarem, consumi-
minem dependência física ou psíquica, apreendidas por infra- rem ou fornecerem substâncias entorpecentes ou que deter-
ção a qualquer dos dispositivos desta Lei, serão obrigatoria- minem dependência física ou psíquica, ou especialidades far-
mente remetidas, após o trânsito em julgado da sentença, ao macêuticas que as contenham, sendo facilitada a assistência
órgão competente do Ministério da Saúde ou congênere esta- da autoridade requisitante.
atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, Competência pelo Lugar da Infração
e quaisquer outros elementos que contribuírem para a aprecia- Art. 70 A competência será, de regra, determinada pelo lu-
ção do seu temperamento e caráter. gar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa,
Art. 7º. Para verificar a possibilidade de haver a infração pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
sido praticada de determinado modo, autoridade policial pode- § 1º. Se, iniciada a execução no território nacional, a infra-
rá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta ção se consumar fora dele, a competência será determinada pelo
não contrarie a moralidade ou a ordem pública. lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
Art. 8º. Havendo prisão em flagrante, será observado o dis- execução.
posto no Capítulo II do Título IX deste Livro. § 2º. Quando o último ato de execução for praticado fora
Art. 9º. Todas as peças do inquérito policial serão, num só do território nacional, será competente o juiz do lugar em que
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia pro-
rubricadas pela autoridade. duzir seu resultado.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos § 3º. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais
que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. jurisdições; ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infra-
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: ção consumada ou tentada na divisa de duas ou mais jurisdi-
I. fornecer às autoridades judiciárias as informações neces- ções, a competência firmar-se-á pela prevenção.
sárias à instrução e julgamento dos processos; Art. 71 Tratando-se de infração continuada ou permanen-
II. realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Mi- te, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a com-
nistério Público; petência firmar-se-á pela prevenção.
III. cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autori- Competência pelo Domicílio ou Residência do Réu
dades judiciárias; Art. 72 Não sendo conhecido o lugar da infração, a compe-
IV. representar acerca da prisão preventiva. tência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
TÍTULO III § 1º. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência
DA AÇÃO PENAL firmar-se-á pela prevenção.
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida § 2º. Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar co-
lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de repre- nhecimento do fato.
sentação do ofendido ou de quem tiver qualidade para Art. 73 Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante
representá-lo. poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu,
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ainda quando conhecido o lugar da infração.
ausente por decisão judicial, o direito de representação passará Competência pela Natureza da Infração
ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo úni- Art. 74 A competência pela natureza da infração será regu-
co renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) lada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimen- privativa do Tribunal do Júri.
to do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a § 1º. Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos cri-
ação penal será pública. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.699 mes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único,
de 27.8.1993) 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com tentados.
o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida § 2º. Se, iniciado o processo perante um juiz, houver des-
pela autoridade judiciária ou policial. classificação para infração da competência de outro, a este será
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensá- primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada.
veis ao próprio sustento ou da família. § 3º. Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autori- outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o
dade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sen-
mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver repre- tença (art. 492, § 2º).
sentante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, Competência por Distribuição
o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, Art. 75 A precedência da distribuição fixará a competência
nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um
pelo juiz competente para o processo penal. juiz igualmente competente.
Competência no Código de Processo Penal Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da
O art. 69 do Código de Processo Penal estabelece concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de
que determinará a competência jurisdicional: qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a
I - o lugar da infração: da ação penal.
II - o domicílio ou residência do réu; Competência pela Prerrogativa de Função
III - a natureza da infração; Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do
IV - a distribuição; Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos
V - a conexão ou continência; Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados
VI - a prevenção; e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam res-
VII - a prerrogativa de função. ponder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade.
(Redação dada pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002)
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
§ 1o A competência especial por prerrogativa de função, depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do declararão no auto.
exercício da função pública. (Parágrafo incluído pela Lei nº Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posi-
10.628, de 24.12.2002) ção em que forem encontrados, bem como, na medida do pos-
§ 2o A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de sível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do
2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal compe- crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
tente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver,
autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exer- os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas
cício de função pública, observado o disposto no § 1o. (Redação fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
dada pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002) Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver
Art. 85 Nos processos por crime contra a honra, em que exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de
forem querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à juris- Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela in-
dição do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apela- quirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento
ção, àquele ou a estes caberá o julgamento, quando oposta e e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
admitida a exceção da verdade. sinais e indicações.
Art. 86 Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativa- Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e au-
mente, processar e julgar: tenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis
I - os seus ministros, nos crimes comuns; para a identificação do cadáver.
II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito,
os do Presidente da República; por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
III - o procurador-geral da República, os desembargadores poderá suprir-lhe a falta.
dos Tribunais de Apelação, os ministros do Tribunal de Contas Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame
e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos crimes comuns pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame comple-
e de responsabilidade. mentar por determinação da autoridade policial ou judiciária,
Art. 87 Competirá, originariamente, aos Tribunais de Ape- de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendi-
lação o julgamento dos governadores ou interventores nos Es- do ou do acusado, ou de seu defensor.
tados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respec- § 1º No exame complementar, os peritos terão presente o
tivos secretários e chefes de Polícia, juízes de instância inferior e auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou
órgãos do Ministério Público. retificá-lo.
CAPÍTULO II § 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que
PERÍCIAS EM GERAL decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indis- § 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida
pensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não pela prova testemunhal.
podendo supri-lo a confissão do acusado. Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido
Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente
serão feitos por dois peritos oficiais. (Redação dada pela Lei nº para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos
8.862, de 28.3.1994) peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, dese-
§ 1o Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado nhos ou esquemas elucidativos.
por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso su- Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alte-
perior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilita- rações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as conse-
ção técnica relacionada à natureza do exame. (Redação dada pela qüências dessas alterações na dinâmica dos fatos. (§ acrescenta-
Lei nº 8.862, de 28.3.1994) do pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de CAPÍTULO II
bem e fielmente desempenhar o encargo. DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde des- Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades polici-
creverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos ais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encon-
quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de trado em flagrante delito.
28.3.1994) Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo I. está cometendo a infração penal;
máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, II. acaba de cometê-la;
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada III. é perseguido, logo após, pela autoridade pelo ofendido
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser au-
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em tor da infração;
qualquer dia e a qualquer hora. IV. é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas,
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Art. 514 Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com
queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a documentos e justificações.
notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do Art. 516 O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em des-
prazo de 15 (quinze) dias. pacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado
ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedên-
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência cia da ação.
do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser- Art. 517 Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusa-
lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a respos- do citado, na forma estabelecida no Capítulo I do Título X do
ta preliminar. Livro I.
Art. 515 No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo Art. 518 Na instrução criminal e nos demais termos do
concedido para a resposta, os autos permanecerão em cartório, onde processo, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Título I,
poderão ser examinados pelo acusado ou por seu defensor. deste Livro.
Testes
1. Apresentando-se na delegacia um adolescente, trazen- 5. A informação de um fato criminoso que qualquer do
do um suposto ladrão por ele preso, deve a autoridade policial povo pode levar ao conhecimento da autoridade policial ou ju-
a)relaxar o flagrante, pois o adolescente é incapaz juri- diciária chama-se
dicamente, logo não poderá efetuar prisão. a)notitia criminis
b)autuar o adolescente e apresentá-lo ao Ministério Pú- b)delatio criminis
blico, pois ele usurpou atribuição exclusiva da autoridade poli- c)inquérito informativo
cial, praticando assim ato infracional. d)inquérito policial
c)ouvir outras testemunhas do crime. Se essas não exis-
tirem, será impossível a prisão em flagrante. 6. Das afirmações abaixo, uma é incorreta.
d)apreender os instrumentos e o produto do crime. a)O inquérito policial é fase preliminar ou preparatória
e)ouvir o adolescente e eventuais testemunhas, interro- da ação penal.
gando o acusado sobre a imputação, lavrando auto. b)O inquérito policial é instrução provisória.
c)O inquérito policial não é um processo, mas um pro-
2. Por entender inexistente o crime apurado em inquérito cedimento administrativo.
policial, o representante do Ministério Público requereu ao juiz d)Nos casos em que se procede mediante requisição, é
Em tal caso, lícito à autoridade discutir seu mérito antes de iniciar o inqué-
a)o juiz, caso discorde da posição do Ministério Público, rito policial.
determinará a remessa dos autos ao Chefe do Ministério Público.
b)de acordo com entendimento majoritário dos tribu- 7. O prazo para conclusão do inquérito policial, estando
nais superiores, a vítima poderá, arquivado o inquérito policial, o réu em liberdade, será de:
ajuizar ação penal privada subsidiária da pública. a)10 dias
c)o juiz, aceitando o pedido do Ministério Público e b)20 dias
arquivando o inquérito policial, não poderá desarquivá-lo di- c)30 dias
ante de novas provas. d)60 dias
d)a vítima poderá impetrar ordem de habeas corpus, a fim
de que o Ministério Público seja obrigado a oferecer denúncia. 8. Se o juiz não concordar com o pedido de arquivamento
e)o juiz, aceitando o pedido, ordenará a soltura do do inquérito policial, deverá remetê-lo ao
indiciado, se este estiver preso. a)Ministro da Justiça
b)Procurador-Geral da Justiça
3. Nos crimes de ação privada o inquérito policial será iniciado c)Procurador-Geral da Fazenda
a)de ofício d)Secretário de Segurança Pública
b)mediante requisição do Ministério Público, condici-
onada à representação do ofendido 9. Do despacho de indeferimento do pedido de instaura-
c)mediante requerimento do ofendido ou de seu repre- ção do inquérito cabe recurso
sentante legal a)administrativo, para o Chefe de Polícia
d)mediante requisição da autoridade judiciária b)administrativo, para o Governador do Estado
e)mediante requisição do Ministério Público c)de apelação, para o juiz criminal
d)em sentido estrito, para uma das Câmaras criminais
4. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu 10. Com relação ao inquérito policial, assinale a opção
preso, será contado da data em que o órgão do Ministério Públi- incorreta.
co receber os autos do inquérito policial e não poderá exceder de: a)Pode a autoridade indeferir pedido de diligência for-
a)5 dias mulado pelo indiciado ou pela vítima.
b)10 dias b)É critério exclusivo da autoridade a juntada aos autos
c)15 dias de inquérito dos laudos de exame e perícia realizados.
d)30 dias c)Se entender necessário, a autoridade poderá realizar a
reprodução simulada dos fatos, desde que tal não contrarie a
moralidade e a ordem pública.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
13. Quanto à ação penal pública condicionada, 19. Em tema de competência, mostre a alternativa errada.
a)segundo o Código de Processo Penal, a representação a)O único caso, em processo penal de foro alternativo,
será irretratável depois de recebida a denúncia ou facultativo, é quando, na ação exclusivamente privada, o
b)a representação é a peça que legitima o Ministério querelante pode escolher o foro do domicílio do réu, ainda que
Público a propor ação contra autor de crime contra a honra de conhecido o local da infração.
funcionário público, ofendido não em razão de sua função b)O crime cometido a bordo de aeronave estrangeira,
c)o direito de representação poderá ser exercido pessoal- dentro do espaço aéreo brasileiro, será processado e julgado pela
mente ou por procurador com poderes especiais, mediante decla- justiça da comarca em cujo território se verificar o pouso após o
ração escrita ou oral, feita exclusivamente ao Juiz e ao Promotor crime ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.
d)o Ministério Público, diante de representação em que c)É competente a justiça eleitoral para julgar um homi-
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação cídio praticado no período que imediatamente antecede as elei-
penal, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias, dispensan- ções e realizado por motivos político-eleitorais.
do inquérito d)Se um crime, em tese, da competência da justiça fe-
e)recebida a representação pelo Juiz e encaminhada ao deral for crime-meio, absorvido pelo crime-fim, da competên-
Delegado de Polícia, poderá este deixar de instaurar inquérito, cia da justiça estadual, perante esta é que ele deverá ser proces-
ainda que tenha sido requisitada a instauração sado e julgado.
e)São competentes os tribunais regionais federais para
14. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por julgar crime comum praticado por Juiz do Trabalho, ressalvada
a)denúncia a competência da Justiça Eleitoral.
b)queixa
c)representação 20. Em se tratando de infração permanente, praticada em
d)requisição território de duas jurisdições, a competência se firma:
a)pelo domicílio do réu
15. O direito de queixa poderá ser exercido pelo ofendido, b)pela natureza da infração
desde que seja maior de c)pelo lugar da infração
a)14 anos d)n.d.a.
b)16 anos
c)18 anos 21. O julgamento do Presidente da República pela prática
d)21 anos de crimes comuns é da competência:
a)do Senado Federal
16. No caso de inércia do Ministério Público em intentar a b)do Congresso Nacional
ação penal pública, o ofendido ou seu representante legal pro- c)do Supremo Tribunal Federal
moverá ação penal privada d)da Câmara dos Deputados
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
22. Foi iniciada a execução de uma infração em território b)O Senado Federal, quando investido na função de
nacional, mas a sua consumação verificou-se fora dele. julgar o Presidente da República, tem jurisdição ordinária.
Como determinar-se, no caso, a competência? c)A delimitação do poder de julgar é a competência.
a)pelo lugar do início da execução d)São fontes legais da competência a Constituição, as leis
b)pelo domicílio ou residência do réu de organização judiciária e os regimentos internos dos tribunais.
c)pelo lugar em que se praticou, no Brasil, o último
ato da execução 25. Assinale a opção correta.
d)pela natureza da infração a)A competência pelo lugar da infração é fixada, exclu-
e)pela prevenção sivamente, pelo lugar em que se consumou o crime.
b)Tratando-se de crime tentado, a competência se fir-
23. Antônio, domiciliado em Canoas, praticou, no curso ma pelo lugar em que foi praticado o ato que impermitiu a
de um mês, três crimes de furto simples em Esteio, um de furto obtenção do resultado.
qualificado em Sapiranga e dois durante o período de repouso c)Firmar-se-á a competência por prevenção quando cer-
noturno em Sapucaia do Sul, todas as localidades situadas no to o limite entre duas cidades.
Estado do Rio Grande do Sul. d)Quando a infração for consumada ou tentada na divisa
Devendo haver um só processo, a competência será de- de dois municípios, a competência será firmada por prevenção.
terminada:
a)pela prevenção Gabarito
b)pelo lugar em que foi praticada a infração mais grave 1.F/F/F/V/V 2.F/F/V/V/V 3. c
c)pelo lugar em que foi praticado o maior número 4. a 5. a 6. d
de infrações 7. c 8. b 9. a
d)pelo lugar da jurisdição mais categorizada 10.b 11.b 12.a
e)pelo lugar do domicílio do réu, tendo em vista a di- 13.d 14.a 15.c
versidade de lugares em que as infrações foram consumadas 16.b 17.e 18.d
19.c 20.d 21.c
24. Assinale a opção incorreta. 22.c 23.a 24.b 25.d
a)Jurisdição, em sentido estrito, é o poder de que dis-
põe o juiz para julgar as lides.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Direito Administrativo
Estado, Governo e Administração Pública
Conceitos, Elementos, Poderes e Organização
Administração Pública
Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para mentos (art. 84, IV, da Constituição Federal) que a própria
a consecução dos objetivos do Governo. Materialmente, é o administração baixa objetivando disciplinar leis e regular seus
conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em ge- comportamentos ulteriores. Este princípio também não incide
ral (efetivação da função básica). só sobre a atividade administrativa, mas também sobre as ativi-
Em sentido operacional, é o desempenho permanente e dades legislativa e judiciária, sob as mesmas penas. Devemos
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou ainda lembrar que as leis administrativas são, normalmente, de
por ele assumido em benefício da coletividade. ordem pública e seus preceitos não podem ser relegados pelo
A Administração é o instrumental de que dispõe o Estado administrador, nem mesmo por acordo de vontade. Cumprir a
para pôr em prática as opções políticas do Governo. Ela não lei é um poder/dever do agente público.
pratica atos de governo, pratica atos de execução, os chamados Princípio da Moralidade Pública ou Probidade Ad-
atos administrativos. ministrativa
O governo e a Administração, como criações abstratas da Por este princípio, os administrados têm direito a uma ad-
Constituição e das leis, atuam por intermédio de suas entidades ministração proba, honesta e ética, que objetive dar a cada um
(pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de o que é seu, em que exista uma correta aplicação do dinheiro
seus agentes (pessoas físicas investidas em cargos e funções). público - enfim, seriedade e sinceridade no trato da coisa públi-
Constitucionalmente, a organização do Estado é matéria ca. Em outras palavras, deve-se respeitar a moral pública, dis-
no que se refere à divisão política do território nacional, à tinguindo o bem do mal, o legal do ilegal, o conveniente do
estruturação dos poderes, à forma de governo, à forma de inconveniente, o honesto do desonesto, o lícito do ilícito, o
investidura dos governantes e aos direitos e garantias dos go- justo do injusto, bem como as regras do bem administrar e os
vernados. A Constituição molda a organização política do Es- bons costumes.
tado soberano, enquanto as leis ordinárias e complementares Cabe observar, como decorrência, que a administração deve
dão a organização administrativa das entidades estatais, obediência, além da lei, a esta moral, uma vez que nem tudo o
autarquias e empresas estatais, instituídas para a execução que é legal é honesto, sendo verdadeiro pressuposto de toda
desconcentrada e descentralizada dos serviços públicos e ou- ação administrativa, integrando, juntamente com o interesse
tras atividades de interesse coletivo. coletivo, a legalidade administrativa. O seu desrespeito impor-
As entidades estatais, na Federação brasileira, são aquelas ta em atos de improbidade acarretando as sanções do artigo 37,
com autonomia política, administrativa e financeira (União, § 4°, da Constituição Federal, além de, dependendo da autori-
Estados-membros, Municípios e Distrito Federal). As outras dade envolvida, importar em crime de responsabilidade (art.
pessoas jurídicas instituídas ou autorizadas a se constituírem 85, V, da Constituição Federal). Este princípio deve ser obser-
por lei ou são autarquias, ou fundações, ou empresas governa- vado também pelos particulares que se relacionam com a Ad-
mentais, ou entidades paraestatais. O conjunto delas forma a ministração Pública.
Administração Pública em sentido instrumental amplo - a Ad- Princípio da Isonomia (Igualdade) dos Administra-
ministração centralizada e a descentralizada. dos em Face da Administração, da Finalidade ou da
Princípio da Legalidade Impessoalidade
A Lei da Ação Popular (Lei n° 4.717/65 - art. 2°) conside- Previsto na Constituição de 1988, sob o nome de princípio
ra nulos os atos lesivos ao patrimônio quando eivados de ilega- da impessoalidade, determina que o administrador público so-
lidade do objeto. mente pratique ato destinado ao seu fim legal, que é aquele que
Segundo este princípio, a Administração está subordinada a norma legal, expressa ou virtualmente, indica como objetivo
aos ditames da lei e às exigências do bem comum, sob pena da do ato, de forma impessoal. Todo o ato administrativo tem por
prática de ato inválido e de expor o administrador à responsa- fim o interesse público, sem o qual sujeita-se à invalidação, por
bilidade nas esferas administrativo-disciplinar, civil e/ou cri- desvio de finalidade. Portanto, exige-se que o ato seja pratica-
minal. A própria Constituição (art. 5°, II) diz que ninguém será do sempre com finalidade pública, não podendo o administra-
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em dor criar outros objetivos ou praticá-lo no interesse próprio ou
virtude da lei. de terceiros, alheios à Administração. Não se pode, na ação
É na administração legal que encontramos a garantia das administrativa, promover favoritismo ou desvalias em provei-
liberdades e dos direitos públicos subjetivos, bem como da to ou detrimento de alguém. Lembre-se que os atos adminis-
separação e divisão harmônica dos poderes. Celso Antônio trativos são imputados sempre ao órgão ou à entidade da Ad-
ensina-nos que na Administração Pública não há liberdade ministração Pública, e não ao funcionário ou administrador
pessoal. Enquanto na Administração particular é lícito fazer que o praticou.
tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é per- A ação da administração não pode, assim, se pautar no
mitido fazer o que a lei autoriza. Administrar é aplicar a lei, de prestígio pessoal do administrado, nos favores que o agente
ofício. público deve a este e no fato de ser ou não correligionário
A observância à lei a que se refere este princípio não é só político.
aquele advinda do Poder Legislativo, como também os regula- Deve-se, portanto, dispensar tratamento igualitário aos
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
administrados, não por meras razões morais, mas pelo fato de a 2) nos casos de investigação policial, em que o Inquérito Po-
própria Constituição assegurar a igualdade de todos, sendo ve- licial é extremamente sigiloso (só a ação penal é que é pública);
dada qualquer preferência. A licitação e os concursos públicos 3) nos casos dos atos internos da Administração Pública - nes-
são aplicações deste princípio, uma vez que o patrimônio públi- tes, por não haver interesse da coletividade, não há razão para
co e os empregos públicos são da coletividade, não tendo cu- serem públicos.
nho de propriedade particular, devendo ser acessíveis a todos Por outro lado, embora os processos administrativos de-
(igualdade das vantagens oferecidas pela Administração). Ou- vam ser públicos, a publicidade restringe-se somente aos seus
tra situação que decorre deste princípio é a igualdade das tari- atos intermediários, ou seja, a determinadas fases processuais.
fas públicas a todos os cidadãos (igualdade diante dos encargos A publicidade dos atos administrativos é feita tanto na
públicos). esfera federal (através do Diário Oficial Federal) como na esta-
Princípio da Publicidade dual (através do Diário Oficial Estadual) ou municipal (atra-
Arrolado na Constituição Federal, determina que a Admi- vés do Diário Oficial do Município).
nistração deve, em sua gestão, atuar de forma clara, a fim de Nos Municípios, se não houver o Diário Oficial Municipal,
permitir o pleno exercício do regime republicano, não a publicidade poderá ser feita através dos jornais de grande
obstaculizando o acesso dos interessados a seus atos, concluí- circulação ou afixada em locais conhecidos e determinados
dos ou não, advindos de órgãos técnicos ou jurídicos, despa- pela Administração.
chos finais ou interlocutórios, bem como contratos, compro- Por último, a publicidade deve ter objetivo educativo, in-
vantes de despesas e prestações de conta. formativo e de interesse social, não podendo ser utilizados
A administração deve, em razão deste princípio, promover símbolos, imagens etc. que caracterizem a promoção pessoal
a divulgação oficial de seus atos para conhecimento e produção do agente administrativo.
de efeitos. Deve, em suma, promover a publicação de atos Princípio da Eficiência
concluídos e de contratos administrativos (constando objeto, É o mais recente princípio incluído entre os básicos da
valores envolvidos, contratantes, número do processo, pelo Administração Pública, que já não se contenta com que seus
menos), bem como de certos procedimentos (convocação de agentes desempenhem suas atividades apenas com legalidade e
concursos públicos, concorrências e tomadas de preço - art. 21 moralidade, exigindo resultados positivos para o Serviço Pú-
da Lei n° 8.666/93), através de órgão oficial, público ou par- blico e satisfatório atendimento das necessidades da comuni-
ticular contratado para este fim. dade e de seus membros.
A regra é de que os atos são públicos, devendo ser divulga- A eficiência consiste em realizar as atribuições de uma fun-
dos, mostrados ou permitido o acesso aos que desejam conhecê- ção pública com competência, presteza, perfeição e rendimen-
los e obter certidões (art. 5°, XXXIV, c, da Constituição Fede- to funcional, procurando, com isso, superar as expectativas do
ral). A publicidade de qualquer ato não deve conter indicações cidadão-cliente. A eficiência apresenta-se, inclusive, como con-
que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servi- dição à aquisição da estabilidade, de acordo com a Emenda
dor (art. 37, § 1°, da Constituição Federal). Constitucional n° 19 (Reforma Administrativa) de 4 de junho
A publicidade dos atos administrativos sofre as seguintes de 1998, mediante avaliação especial de desempenho efetuada
exceções: por comissão instituída para essa finalidade. Além disso, a cita-
1) nos casos de segurança nacional, seja ela de origem militar, da reforma, ao consagrar o princípio da eficiência administrati-
econômica, cultural etc. Nestas situações, os atos não são tor- va, recomenda a demissão ou dispensa do servidor
nados públicos. Por exemplo, os órgãos de espionagem não comprovadamente ineficiente e indolente no exercício da fun-
fazem publicidade de seus atos; ção pública.
TESTES
1. A chamada Administração Indireta, na área federal, em preciso que elas sejam necessárias aos imperativos da segurança
face do Decreto-lei 200/67 e legislação a ela superveniente, é nacional ou a relevante interesse coletivo, segundo definição
constituída pelas seguintes espécies de entidades, na sua legal.
abrangência total: b)As empresas públicas e as sociedades de economia
a)pelas autarquias, exclusivamente mista, embora dependam de lei para serem criadas, podem,
b)apenas pelas autarquias, empresas públicas e socieda- independentemente dela, criar subsidiárias ou participar no
des de economia mista capital de empresas privadas e seus servidores, em algumas
c)pelas da letra “b” mais as fundações públicas hipóteses, podem ser considerados funcionários públicos.
d)só pelas empresas públicas e sociedades de economia c)O controle das autarquias pela Administração Cen-
mista tral só existe nos casos e formas estabelecidos em lei (tutela
e)pelas referidas nas letras “b” e “c” anteriores mais os ordinária), afastada, segundo a doutrina, qualquer tutela extra-
denominados serviços sociais autônomos ordinária.
d)Segundo o entendimento pacífico da doutrina, den-
2. As pessoas jurídicas que compõem a administração des- tre as entidades paraestatais componentes da Administração
centralizada: Indireta, somente as autarquias são pessoas jurídicas de direito
a)não se submetem aos princípios da administração pú- público.
blica, salvo se forem pessoas de direito público
b)não se obrigam a licitar, se forem pessoas de direito 4. O que distingue, essencialmente, uma empresa pública
privado de uma sociedade de economia mista é a(o)
c)submetem-se aos princípios da administração públi- a)objeto da atividade-fim
ca estabelecidos no texto constitucional b)forma de constituição da entidade
d)submetem-se aos princípios, se forem autarquias e c)forma de integralizar o capital
fundações públicas d)controle acionário
e)titularidade do capital social
3. Escolha a correta. Gabarito
a)Para a criação de entidades paraestatais exploradoras 1. c 2. c 3. a 4. e
de atividades econômicas, além da autorização legislativa, é
Agentes Públicos
Espécies e Classificação Estado e de Município;
De forma genérica, pode-se conceituar como agente público - membros das corporações legislativas: senadores, de-
todas as pessoas físicas que, de uma forma ou de outra, mantêm putados e vereadores;
com a Administração uma vinculação de natureza profissional - membros do poder judiciário: magistrados;
ou política, por meio da qual são incumbidas, definitiva ou tran- - membros do Ministério Público: Procuradores da Re-
sitoriamente, do exercício de alguma função pública. pública, da Justiça e Promotores;
Os agentes públicos repartem-se em cinco espécies: - membros dos Tribunais de Contas: Ministros e Conse-
1.agentes políticos lheiros;
2.agentes administrativos - representantes diplomáticos;
3.agentes honoríficos - demais autoridades que atuem com independência fun-
4.agentes delegados cional no desempenho de atribuições governamentais, judiciais
5.agentes credenciados ou quase-judiciais, estranhas ao quadro de servidores públicos.
Agentes políticos Agentes administrativos
São os componentes do Governo nos seus primeiros esca- São todos aqueles que mantêm com o Estado ou com suas
lões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões entidades autárquicas e fundacionais relação de emprego, pro-
por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercí- fissionais, normalmente nomeados ou contratados, não exer-
cio de atribuições constitucionais. cendo atividades políticas ou governamentais.
Estes agentes atuam com plena liberdade funcional, desem- Têm como espécies os servidores públicos (antigos funcio-
penhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidade nários públicos) concursados, os exercentes de cargo ou empre-
próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. go em comissão e os servidores temporários.
Estes agentes exercem funções governamentais, judiciais e Servidor Público
quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os ne- Hely Lopes Meirelles diz que “servidores públicos em sen-
gócios públicos, decidindo e atuando com independência nos tido amplo são todos os agentes públicos que se vinculam à
assuntos de sua competência. Administração Pública, direta e indireta, do Estado, sob regime
Não se encontram hierarquizados, sujeitando-se apenas aos jurídico a) estatutário regular, geral ou peculiar, ou b) adminis-
graus e limites constitucionais e legais de jurisdição. trativo especial, ou c) celetista (regido pela Consolidação das
Nesta categoria encontram-se: Leis do Trabalho - CLT), de natureza profissional e
- os chefes do executivo; empregatícia”.
- seus auxiliares imediatos: Ministros e Secretários de
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Os servidores públicos em sentido amplo classificam-se, estatutário e o celetista. Nos estritos termos jurídicos, a relação
segundo a Constituição Federal, com a redação dada pela Emen- estatutária é de Direito Público e se fundamenta no reconheci-
da Constitucional n° 19, bem como pela Emenda Constitucio- mento da supremacia do Estado. A relação entre o servidor e a
nal n° 20, em quatro espécies: agentes políticos, servidores Administração se pauta na obediência aos princípios da legali-
públicos em sentido estrito ou estatutários, empregados públi- dade, moralidade, publicidade, eficiência, e impessoalidade.
cos e os contratados por tempo determinado. Vale dizer, tanto afasta a possibilidade de grandes liberalidades
Os agentes políticos são, na verdade, categoria própria de do administrador, quanto nega qualquer espaço para o arbítrio
agente público, sendo ocupados por eles todos os cargos vitalí- ou o capricho da autoridade administrativa, tudo devidamente
cios, ocupando eles também cargos em comissão (como os Mi- inspirado pelo princípio da impessoalidade.
nistros de Estado). Deverão eles ser normalmente regidos pelo A CLT, ao contrário, rege relações de base contratual, fun-
regime estatutário, porém alguns se submetem a um regime dadas no princípio da autonomia da vontade das partes que
estatutário de natureza peculiar, como o Ministério Público e a podem ajustar livremente as condições de trabalho
Magistratura. (bilateralidade), respeitadas as normas mínimas da legislação
Os servidores públicos em sentido estrito ou estatutários pertinente. Por esta razão, se diz de natureza privada a relação
são os titulares de cargo público efetivo e em comissão, com jurídico-trabalhista, ainda que o Estado se apresente de manei-
regime jurídico estatutário geral ou peculiar, integrantes da ra veemente no contexto daquela relação por intermédio de
Administração direta, das autarquias e das fundações públicas. seus órgãos fiscalizatórios (Ministério do Trabalho) e de con-
Seus titulares podem adquirir estabilidade e se sujeitarão a trole judicial (Justiça Trabalhista).
regime peculiar de previdência social. Entende-se por regime jurídico o conjunto de direitos, de-
Os empregados públicos são os titulares de emprego públi- veres, garantias, vantagens, proibições e penalidades aplicáveis
co (não de cargo público) da Administração direta e indireta, a determinadas relações sociais qualificadas pelo direito. Sendo
sujeitos à CLT, pelo que não têm condição de adquirir a estabi- assim, o regramento conferido pelos diversos diplomas jurídi-
lidade constitucional (art. 41 da Constituição Federal) e nem cos instaura uma linha de conduta a ser seguida e raciocinada
podem ser submetidos ao regime de previdência peculiar, à dentro de certos parâmetros, premissas, conceitos, idéias e va-
maneira dos titulares de cargo efetivo e os agentes políticos. lores. Neste sentido, não podemos falar do assunto “férias” nos
São os empregados públicos enquadrados no regime geral de mesmos termos e condições ante os estatutos militar e civil,
previdência social, como os titulares de cargo em comissão ou bem como ante a CLT. Os valores que informam o raciocínio
temporário. jurídico a ser aplicado ao tema ante cada um desses diplomas
Os contratados por tempo determinado são os servidores são completamente diferentes, não nos permitindo uma linha
públicos submetidos ao regime jurídico administrativo especial uniforme de aplicação de direitos.
da lei prevista no art. 37, IX, da Constituição Federal, e ao Concluímos, então, que a diferença entre o regime jurídico
regime geral de previdência social. A contratação dá-se apenas estatutário e o celetista é de duas ordens: material e formal. O
por tempo determinado, com a finalidade de atender a necessi- primeiro se fundamenta nos princípios, conceitos e idéias que
dade temporária de excepcional interesse público. norteiam as relações de direito público e as de direito privado;
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis o segundo, de caráter formal, reflete as prerrogativas e obriga-
O regime jurídico dos servidores públicos civis pode ser ções experimentadas por uma relação jurídica não vivenciadas
estatutário, celetista e administrativo especial. A Emenda Cons- pela outra, como por exemplo, FGTS e estabilidade.
titucional n° 19, ao dar conteúdo totalmente diverso ao art. Provimento ou Investidura
39, caput, da Constituição Federal, e ao alterar a redação do art. Prover cargo público é atribuir-lhe o elemento subjetivo, é
206, V, suprimiu a obrigatoriedade de um regime jurídico único juntar, ao lugar instituído na organização do funcionalismo, o
para todos os servidores públicos. Além disso, em razão de suas servidor que passará a exercer o conjunto de atribuições espe-
autonomias políticas, a União, os Estados, o Distrito Federal e cíficas do cargo.
os Municípios podem estabelecer regime jurídico não contratual O provimento pode ser:
para os titulares de cargo público, sempre através de lei geral ou a)político - decorrente de eleição para mandatos, assim
de leis específicas para certas categorias profissionais. Podem, como para altos cargos da Administração e para os em comis-
ainda, adotar para parte de seus servidores o regime da CLT ou, são nas mesmas circunstâncias (ministros, secretários, procura-
enfim, adotar um de natureza administrativa especial, na for- dor-geral da República e procurador-geral da Justiça). Depen-
ma da lei de cada pessoa política, prevista pelo art. 37, IX, da dem sempre do pleno gozo de direitos políticos e do preenchi-
Constituição Federal, para a contratação por tempo determi- mento de requisitos específicos.
nado para atender a necessidade temporária de excepcional Os eleitos para mandato exercerão as funções corres-
interesse público. pondentes ao cargo por tempo certo; os nomeados (ministros e
Observe-se, no entanto, que alguns servidores públicos, secretários) são exoneráveis a qualquer tempo; o chefe do Mi-
por exercerem atribuições exclusivas de Estado, submetem-se, nistério Público também exerce as funções correspondentes ao
obrigatoriamente, a regime jurídico estatutário, pois, como se cargo por tempo certo, ou a prazo certo.
depreende do art. 247 da Constituição Federal, com a redação b)originário: a pessoa que vai ocupar o cargo público é
dada pela Emenda Constitucional n° 19, devem ter cargo efe- estranha ao quadro do funcionalismo e passará a integrá-lo
tivo, sendo certo que alguns (membros da Magistratura, do através de nomeação.
Ministério Público e os Conselheiros dos Tribunais de Contas) c)derivado: o preenchimento se fará por pessoa nome-
têm, também, por força da própria Constituição Federal, cargo ada, que já pertence ao funcionalismo e que tem acesso ao
vitalício. cargo por promoção, remoção, permuta, reintegração,
Vejamos as diferenças básicas entre o regime jurídico readmissão, aproveitamento e reversão.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Obs.: tanto o provimento originário como o derivado O concurso, que pode ser de provas ou de provas e
pressupõem, via de regra, concurso externo (originário) ou in- títulos, tem validade de até dois anos, contados da homologa-
terno (derivado). ção, prorrogável uma vez, por igual período. Tratando-se de
d)vitalício é o que confere caráter de perpetuidade ao cargo público, após o concurso segue-se o provimento do cargo,
seu titular: juízes, promotores de justiça, membros do Tribunal através da nomeação do candidato aprovado. A nomeação é o
de Contas, exigindo processo judicial para o desligamento. ato de provimento de cargo, que se completa com a posse e o
e)efetivo é adequado para os servidores públicos, con- exercício.
ferindo grau de estabilidade depois de vencido o estágio Além dos servidores públicos concursados ou nomea-
probatório de três anos (art. 41 da Constituição Federal). dos em comissão, a Constituição Federal permite que a União,
f)em comissão - não confere vitaliciedade ou efetividade os Estados e os Municípios editem leis que estabeleçam os
ao titular, cabendo nas nomeações para cargos ou funções de casos de contratação por tempo determinado, “para atender a
confiança (art. 37, V, da Constituição Federal). necessidade temporária de excepcional interesse público” (art.
Obs.: A Constituição Federal manteve para os juízes e 37, IX).
promotores de justiça o estágio probatório em dois anos (CF, O provimento de cargos do Executivo é da competên-
arts. 95, I, e 128, § 5°, I, a) como tempo necessário para o cia exclusiva do chefe desse Poder (art. 84, XXV, da Constitui-
atributo da vitaliciedade. A estabilidade passou a depender de: ção), visto ser a investidura ato tipicamente administrativo;
a) ingresso por concurso para cargo efetivo (excluídos os tem- conseqüentemente, também a desinvestidura e os exercícios
porários, celetistas, ocupantes de cargos em comissão); b) está- dos poderes hierárquico e disciplinar são da alçada privativa do
gio de três anos. Executivo, no que se refere a seus servidores. A lei somente
São requisitos para o provimento: poderá estabelecer a forma e condições de provimento e
-Nacionalidade: até a reforma administrativa procedi- desprovimento, não podendo, entretanto, concretizar
da através da EC n° 19, ser nacional era a primeira condição investiduras ou indicar pessoas a serem nomeadas. O provi-
para ocupar cargo público. Atualmente, o inciso I do art. 37 da mento feito por lei é nulo, assim como a criação ou modifica-
Constituição Federal estabelece que “os cargos, empregos e funções ção de cargo por decreto ou qualquer outro ato administrativo.
públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos Regime Disciplinar
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”. Deveres dos Servidores Públicos
O desempenho de serviços especializados, de natureza São deveres do servidor:
técnico-científica, pode ser entregue a estrangeiros contratados. -exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Há, também, cargos públicos que só podem ser ocupa- -ser leal às instituições a que servir;
dos por brasileiros natos. São aqueles enumerados no § 3° do -observar as normas legais e regulamentares;
art. 12, II, da Constituição Federal: Presidente e Vice-Presi- -cumprir as ordens superiores, exceto quando manifes-
dente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Pre- tamente ilegais;
sidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Fe- -atender com presteza: a) ao público em geral, prestan-
deral, de carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e do as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por
de Ministro de Estado da Defesa. sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de
-Idade: é um dos requisitos porque pressupõe capaci- direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c)
dade física e mental. Há uma idade mínima para ingresso no às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
serviço público (18 anos) e, em alguns casos, uma idade máxi- -levar ao conhecimento da autoridade superior as irre-
ma. gularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
Cargos de grande responsabilidade como o de Presidente -zelar pela economia do material e a conservação do
da República, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Procura- patrimônio público;
dor-geral da República e Ministro de Estado só serão ocupados -guardar sigilo sobre assunto da repartição;
por quem já tenha alcançado a idade estabelecida em lei. -manter conduta compatível com a moralidade admi-
-Direitos políticos: deve estar o candidato no gozo dos nistrativa;
direitos políticos, ou seja, apto a influir nos destinos da nação, -ser assíduo e pontual ao serviço;
para participar do governo. Esta participação compreende a -tratar com urbanidade as pessoas;
possibilidade de eleger, de ser eleito, de ocupar cargos políticos. -representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
Podem, portanto, ocupar cargos públicos não os nacionais, mas poder.
os cidadãos, aqueles brasileiros que se encontrem no pleno Proibições
gozo dos direitos políticos. Ao servidor é proibido:
-Obrigações militares: deve o candidato ter regulariza- -ausentar-se do serviço durante o expediente, sem pré-
da sua situação com o serviço militar. A prova de quitação é via autorização do chefe imediato;
feita pela carteira de reservista ou certificado de alistamento -retirar, sem prévia anuência da autoridade competen-
militar. te, qualquer documento ou objeto da repartição;
-Procedimento: exige-se daquele que vai ocupar um -recusar fé a documentos públicos;
cargo público que tenha idoneidade moral. -opor resistência injustificada ao andamento de docu-
-Saúde: a boa saúde do candidato ficará comprovada mento e processo ou execução de serviço;
através de inspeção médica oficial. -promover manifestação de apreço ou desapreço no
-Habilitação em concurso: o art. 37, II, da Constitui- recinto da repartição;
ção Federal dispõe que a investidura em cargo público depende -cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
de aprovação em concurso, ressalvando as nomeações para car- previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
gos em comissão.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
bém a advertência no caso de inobservância de dever funcional em detrimento da dignidade da função pública e por b) atuar,
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não como procurador ou intermediário, junto a repartições públi-
justifique imposição de penalidade mais grave. cas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das fal- assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
tas punidas com advertência e de violação das demais proibi- companheiro, incompatibiliza o ex-servidor para nova
ções que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis- investidura em cargo público federal, pelo prazo de cinco anos.
são, não podendo exceder de noventa dias. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor
Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servi- que for demitido ou destituído do cargo em comissão por co-
dor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspe- meter: a) crime contra a Administração Pública; b) improbidade
ção médica determinada pela autoridade competente, cessando administrativa; c) aplicação irregular de dinheiros públicos; d)
os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio nacio-
Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade nal; e) corrupção.
de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de cin- Configura abandono de cargo a ausência intencional do
qüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, fi- servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
cando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço,
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, du-
registros cancelados, após o decurso de três e cinco anos de rante o período de doze meses.
efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habi-
nesse período, praticado nova infração disciplinar. O cancela- tual, observar-se-á especialmente que:
mento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. I - a indicação da materialidade dar-se-á: a) na hipótese de
A demissão será aplicada nos seguintes casos: a) crime con- abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausên-
tra a administração pública; b) abandono de cargo; c) cia intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; b)
inassiduidade habitual; d) improbidade administrativa; e) in- no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de
continência pública e conduta escandalosa, na repartição; f) falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou
insubordinação grave em serviço; g) ofensa física, em serviço, a superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período
servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de de doze meses;
outrem; h) aplicação irregular de dinheiros públicos; i) revela- II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará
ção de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; j) lesão relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; l) do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
corrupção; m) acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de
ções públicas; n) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao
ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autorida-
o) participar de gerência ou administração de empresa privada, de instauradora para julgamento.
sociedade civil, salvo a participação nos conselhos de adminis- As penalidades disciplinares serão aplicadas:
tração e fiscal de empresas ou entidades em que a União dete- I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
nha, direta ou indiretamente, participação do capital social, Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão
acionista, cotista ou comanditário; p) atuar, como procurador e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vin-
ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se culado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imedi-
até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; q) receber atamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando
propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, se tratar de suspensão superior a trinta dias;
em razão de suas atribuições; r) aceitar comissão, emprego ou III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma
pensão de estado estrangeiro; s) praticar usura sob qualquer de dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de ad-
suas formas; t) proceder de forma desidiosa; u) utilizar pessoal vertência ou de suspensão de até trinta dias;
ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando
particulares. se tratar de destituição de cargo em comissão.
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inati- A ação disciplinar prescreverá:
vo que houver praticado, na atividade, falta punível com a I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demis-
demissão. são, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição
A destituição de cargo em comissão exercido por não ocu- de cargo em comissão;
pante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujei- II - em dois anos, quanto à suspensão;
ta às penalidades de suspensão e de demissão. III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
casos abaixo mencionados, implica a indisponibilidade dos bens fato se tornou conhecido.
e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível: Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às
a) improbidade administrativa punida na forma da Lei no infrações disciplinares capituladas também como crime.
8.429/92; A abertura de sindicância ou a instauração de processo
b) aplicação irregular de dinheiros públicos; disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferi-
c) lesão aos cofres públicos de dilapidação do patrimônio da por autoridade competente.
nacional; Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a
d) corrupção. correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por a)
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Testes
1. (ESAF/PFN/98) - São direitos trabalhistas estendidos b) necessário para a penalidade de destituição de cargo
aos servidores públicos, exceto: em comissão.
a) repouso semanal remunerado. c) dispensável para a penalidade de suspensão em geral.
b) férias anuais remuneradas, com acréscimo de 1/3. d) dispensável para a penalidade de destituição de car-
c) remuneração do serviço extraordinário superior, no go em comissão.
mínimo, em 50% à do normal. e)dispensável para a penalidade de cassação da aposen-
d) fundo de garantia por tempo de serviço. tadoria.
e) licença à gestante.
7. (ESAF/COMEX/98) - Quanto à estabilidade no ser-
2. (ESAF/FISCAL TRABALHO/98) - Entre os casos viço público, é falso afirmar:
puníveis com a penalidade de demissão do servidor público a) a estabilidade decorre, automaticamente, de nomea-
federal, regido pelo Regime Jurídico Único da Lei nº 8.112/ ção em virtude de concurso público e do transcurso de três
90, não se inclui o de anos de efetivo exercício.
a) abandono do cargo. b) a perda do cargo do servidor estável por desempe-
b) inassiduidade habitual. nho insuficiente deve ser precedida de ampla defesa e do con-
c) improbidade administrativa. traditório.
d) insubordinação grave em serviço. c) o servidor estável colocado em disponibilidade per-
e) coagir subordinado a filiar-se a organização sindical ceberá remuneração proporcional ao seu tempo de serviço.
ou a partido político. d) o servidor estável dispensado por excesso de quadro
fará jus a indenização.
3. (ESAF/AGU/98) O servidor público federal, subor- e)o instituto da estabilidade tem características dife-
dinado ao Regime Jurídico Único da Lei no 8.112/90, que rentes em razão da natureza das atribuições do cargo efetivo.
ainda esteja em estágio probatório, não poderá
a) afastar-se para fazer curso de formação necessário a 8. (CESPE/PROCURADOR AUTÁRQUICO/INSS/
assumir outro cargo. 98) - Julgue os itens abaixo, relativos aos direitos e às vantagens
b) afastar-se para missão oficial no exterior. atribuídos aos servidores públicos federais.
c) exercer cargo comissionado. (1) O servidor de uma fundação pública federal fará jus a
d) ter licença para atividade política. três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, após
e) ter licença para mandato classista. cada qüinqüênio ininterrupto de efetivo exercício no cargo.
(2) Na hipótese de substituição de servidor investido em
4. (ESAF/FISCAL TRABALHO/98) - O servidor pú- cargo de direção, o substituto só fará jus à retribuição pelo
blico civil federal, regido pelo Regime Jurídico Único da Lei nº exercício do referido cargo por período que exceder a trinta
8.112/90, responde civil, penal e administrativamente, pelo dias de afastamento do titular.
exercício irregular das suas atribuições, sendo certo que (3) O servidor investido em cargo efetivo e designado para
a) as sanções daí decorrentes são interdependentes e o desempenho de função de chefia não terá direito à incorpo-
inacumuláveis entre si. ração, na sua remuneração, de qualquer proporção da respecti-
b) no caso de dano causado a terceiros, ele não respon- va gratificação.
de regressivamente. (4) É facultado ao servidor converter um terço do período
c) a responsabilidade administrativa fica afastada, se de férias em abono pecuniário, desde que o requeira com, pelo
houver absolvição criminal, por negativa do fato. menos, sessenta dias de antecedência.
d) a responsabilidade administrativa não se afasta, mes- (5) Não é admissível que o servidor ocupante de cargo
mo se houver absolvição por negativa de autoria. efetivo de um órgão público seja transferido para cargo do
e) no caso de dano ao erário, a obrigação de reparar quadro de pessoal de outro órgão, ainda que ambos os órgãos
extingue-se com a sua morte e não se transmite a herdeiros. integram a estrutura do mesmo poder.
Poderes Administrativos
Poder Hierárquico
É o poder de que dispõe a Administração para se organizar delegante), avocar (chamar a si atribuições ou funções origina-
hierarquicamente, escalonando seus órgãos e agentes de forma riamente destinadas ao subordinado) e rever atos de inferiores
a desempenhar as funções que lhe são atribuídas. Do poder hierárquicos (apreciar os atos em todos os seus aspectos de
hierárquico decorrem as faculdades de dar ordens e fiscalizar competência, objeto, oportunidade etc.).
seu cumprimento, de delegar ou avocar atribuições e a de rever Observe-se que não se deve confundir subordinação com
os atos de seus inferiores. vinculação administrativa, pois, se aquela decorre do poder
Hierarquia é a relação de subordinação existente entre os hierárquico, esta resulta do poder de supervisão sobre a entida-
vários órgãos e agentes do Executivo, com a distribuição de de vinculada.
funções e a gradação da autoridade de cada um. Não há hierar- Poder de Polícia
quia no Judiciário e no Legislativo, pois ela é privativa de Noções e Conceito
função executiva, como elemento típico da organização e or- Além dos poderes políticos exercidos pelo Legislativo, Ju-
denação dos serviços administrativos. diciário e Executivo, no desempenho de suas funções constitu-
O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, cionais, e dos poderes administrativos, o Estado é dotado ain-
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito da do poder de polícia administrativa, exercido sobre todas as
interno da Administração Pública. Efetivamente, ordena as atividades e bens que afetam ou possam afetar a coletividade.
atividades da Administração, repartindo e escalonando as fun- Para tal poder há competências exclusivas e concorrentes entre
ções entre os agentes do poder, de modo a viabilizar o desem- as três esferas estatais (União, Estados, Distrito Federal e Mu-
penho de seus encargos; coordena, entrosando as funções no nicípios), dada a descentralização político-administrativa que
sentido de obter o funcionamento harmônico de todos os ser- decorre do nosso sistema constitucional. Contudo, como certas
viços a cargo do mesmo órgão; controla, velando pelo cumpri- atividades interessam simultaneamente às três entidades esta-
mento da lei e das instituições, acompanhando o desempenho tais, em todo o território nacional, como saúde, trânsito, trans-
de cada servidor; corrige os erros administrativos, pela ação portes etc., o poder de regular e de policiar se difunde entre as
revisora dos superiores sobre os atos dos inferiores - assim, a Administrações interessadas.
hierarquia atua como instrumento de organização e aperfeiço- O estudo relativo ao Poder de Polícia, antes de tudo, impli-
amento do serviço. ca, necessariamente, numa análise do regime político do Esta-
Do poder hierárquico decorrem certas faculdades implíci- do e de sua estrutura constitucional, no que se refere aos direi-
tas ao agente superior, como a de dar ordens (determinar a tos e garantias individuais e ao interesse público consubstanciado
prática de certos atos ao subordinado), fiscalizar (vigiar perma- nas normas reguladoras de ordem econômica e social. O con-
nentemente os atos praticados pelos subordinados, visando a ceito e a natureza do Poder de Polícia têm sofrido evolução no
mantê-los nos padrões legais e regulamentares), delegar (confe- tempo. Desse modo, do Estado absolutista ao Estado Social
rir a outrem atribuições que originariamente competem ao atual tivemos uma grande caminhada. Sendo assim, o Poder de
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Polícia moderno tem por destinação institucional a proteção (direito de construir, direito dos vizinhos etc.), Código de Águas,
do interesse coletivo, do bem-estar geral. Código de Caça e Pesca etc.
O poder de polícia apresenta-se, acima de tudo, como ins- Do mesmo modo que os direitos individuais são relativos,
tituto de natureza basicamente administrativa. É o Poder de o Poder de Polícia também é circunscrito, jamais podendo pôr
Polícia que gera a denominada Polícia Administrativa, que, em perigo a liberdade, a propriedade. Os limites do Poder de
juntamente com a Polícia Judiciária, procuram zelar pela or- Polícia administrativa são, portanto, demarcados pelo interesse
dem pública, tranqüilidade das pessoas e garantia do exercício social em conciliação com os direitos fundamentais do indiví-
dos direitos, quer individuais, quer sociais. Devemos ressaltar duo e assegurados na Constituição e na legislação brasileira.
que o Poder de Polícia apenas pode atuar onde a lei autoriza, O Prof. Caio Tácito diz: “O exercício do Poder de Polícia
mesmo que o faça de forma discricionária; porém, é um discri- pressupõe, inicialmente, uma autorização legal explícita ou im-
cionário legítimo, porque é da essência desta qualidade de ato plícita atribuindo a um determinado órgão ou agente adminis-
administrativo. trativo a faculdade de agir. A competência é sempre condição
Segundo Henrique de Carvalho Simas, o Poder de Polícia vinculada dos atos administrativos, decorrentes necessariamente
“consiste na faculdade deferida à Administração Pública de de prévia enunciação legal. A sua verificação constitui, portan-
condicionar ou restringir o uso e gozo de direitos individuais, to, outro limite à latitude da ação da polícia que somente pode-
notadamente o direito de propriedade, em benefício da coleti- rá emanar de autoridade legalmente habilitada”.
vidade”. Logo, o Poder de Polícia atua somente através de órgãos e
Caio Tácito, por sua vez, define o poder de polícia como “o agentes devidamente capacitados e munidos de autoridade ema-
conjunto de atribuições concedidas à Administração para dis- nada de texto legal.
ciplinar e restringir, em favor do interesse público adequado, Os limites do Poder de Polícia administrativa são demarca-
direitos e liberdades individuais”, ao passo que Cretella Júnior dos pelo interesse social em conciliação com os direitos funda-
conceitua esse poder como “o conjunto de poderes coercitivos, mentais do indivíduo assegurados na Constituição Federal no
exercidos por agentes do Estado sobre as atividades do cida- seu art. 5°. O ato de polícia, assim como todo ato administra-
dão, mediante a imposição de restrições a tais atividades, a fim tivo, subordina-se ao ordenamento jurídico que rege as demais
de assegurar a ordem pública”. atividades da Administração, sujeitando-se, inclusive, ao con-
Devemos entender o Poder de Polícia como a faculdade de trole de legalidade pelo Poder Judiciário, como ensina o Prof.
que dispõe a Administração Pública para condicionar e restrin- Hely Lopes Meirelles.
gir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em O abuso do Poder de Polícia pode ser entendido como a
benefício da coletividade ou do próprio Estado. Ou ainda, extrapolação, por parte da autoridade, dos limites legais que
segundo Hely Lopes Meirelles, “o mecanismo de freagem de lhe são traçados para o exercício de sua atividade. O abuso do
que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do poder significa, ainda, ultrapassar os limites de sua própria
direito individual”. competência. Assim, pode ser entendido como ato por qual-
Em outras palavras, é a faculdade que se reconhece à Ad- quer circunstância praticado com infração da lei. A respeito,
ministração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo afirma Armando de O. Marinho: “O desvio de poder
dos direitos individuais, inclusive os de propriedade, em bene- corresponde a outra maneira de má utilização de sua compe-
fício do bem-estar da coletividade. A razão do poder de polícia tência no âmbito de sua própria esfera discricionária. Em ma-
é o interesse social e o seu fundamento está na supremacia geral téria de abuso de poder e desvio de poder a grande incidência
que o Estado pode exercer em seu território sobre todas as recai sobre o Poder de Polícia, fato explicável pelas próprias
pessoas, bens e atividades. características deste poder. Os instrumentos corretivos são os
O Poder de Polícia, portanto, apresenta os seguintes traços: mesmos para o controle da legalidade dos atos administrativos,
•É poder exercido pela Administração Pública; acrescidos dos instrumentos de natureza constitucional desti-
•É limitador dos direitos individuais (objeto); nados a garantir e assegurar o livre exercício dos direitos e das
•Objetiva assegurar o bem-estar coletivo (finalidade); garantias individuais”.
•Está balizado pela lei sob controle do Poder Judiciário Atributos
•Estende seu campo de ação sobre todas as atividades O Poder de Polícia tem os seguintes atributos específicos:
sociais. •auto-executoriedade: não precisa do Poder Judiciário
Limitações para ser implementado;
O Poder de Polícia é atualmente muito abrangente, alcan- •coercitividade: obrigatoriedade;
çando desde a proteção à moral e aos bons costumes, à preser- •discricionariedade (em princípio): livre escolha de usá-
vação da saúde pública, à censura de filmes e espetáculos públi- lo ou não, visando sempre sua perfeita aplicação e o atendi-
cos, ao controle de publicações, à segurança das construções e mento dos fins colimados.
dos transportes, até à segurança nacional em particular. Modos (Meios) de Atuação
A faculdade de reprimir dada na definição de Cretella Júnior Preferencialmente, a polícia administrativa atuará de for-
não é, entretanto, absoluta, estando sujeita a limites jurídicos: ma preventiva, através de ordens, proibições e normas
direitos do cidadão, prerrogativas individuais e liberdades pú- limitadoras e sancionadoras do comportamento dos indivíduos
blicas asseguradas na Constituição em seu artigo 5°, tais como: que convivem na sociedade. Geralmente, no uso dos bens e no
liberdade de consciência e de crença (incisos VI e VIII); direito exercício das atividades, o controle do Poder de Polícia é ma-
de propriedade (incisos XXIII e XXIV); exercício das profis- terializado por alvarás.
sões (inciso XIII); direito de reunião (inciso XVI) etc., como Alvará é, de acordo com Hely Lopes Meirelles, “o instru-
também liberdade de comércio e livre concorrência (art. 170), mento da licença ou da autorização para a prática de ato, reali-
assim como na legislação infraconstitucional, tais como o CCB zação de atividade ou exercício de direito dependente de poli-
ciamento administrativo”.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
O alvará, se definitivo, chama-se licença; o alvará precário O art. 1° da Constituição Federal dispõe sobre os funda-
é a autorização. O Poder de Polícia vem revestido de sanções, mentos do Estado de Direito, citando, entre eles, a cidadania e
que são elementos de coação e intimidação, manifestando-se a dignidade da pessoa humana, o que significa que a adminis-
através de: tração deve utilizar-se regularmente do direito e, principal-
•multas; mente, preservar e respeitar todas as prerrogativas da cidadania
•interdição; e garantir os direitos relativos à pessoa humana.
•fechamento etc. O poder administrativo concedido à autoridade pública
Outro meio de atuação do poder de polícia é a fiscalização tem limites certos e forma legal de utilização. Qualquer ato de
das atividades sujeitas ao controle da Administração. autoridade, para ser irrepreensível, deve conformar-se com a
Condições de Validade lei, com a moral da instituição e com o interesse público, sem o
Para ser válido o Poder de Polícia deve ser: que o ato administrativo expõe-se à nulidade.
-proporcional às infrações; Uso de Poder
-respeitar a lei. O uso de poder é prerrogativa da autoridade, que deverá
Espécies exercê-la sem abuso, na consecução de interesses públicos e na
A cada restrição de direito individual, expressa ou implícita medida necessária à satisfação desses interesses. Abusar do po-
na lei, corresponde equivalentemente o poder de polícia admi- der é empregá-lo fora da lei, sem utilidade pública.
nistrativa para a Administração Pública que deve fazer cumpri- Nas palavras do prof. Hely Lopes Meirelles, o emprego do
la. A extensão desse poder é hoje muito ampla, abrangendo, poder deve se dar “segundo as normas legais, a moral da insti-
como já vimos, desde a proteção da saúde pública, a censura de tuição, a finalidade do ato e as exigências do interesse público”.
filmes e espetáculos públicos, o controle de publicações, segu- O uso do poder é lícito, enquanto o abuso é sempre ilícito.
rança das construções e transportes, até a segurança nacional em Em decorrência disso, todo ato abusivo é nulo, por excesso ou
particular. Daí a razão da formação de polícia sanitária, polícia desvio de poder, como veremos adiante.
de costumes, polícia florestal, de trânsito, ambiental, e tantas Abuso de Poder
outras, e da cobrança de taxas, tributos específicos vinculados ao A inobservância do uso regular do poder conduz à irregula-
exercício da fiscalização de tais atividades. ridade do ato administrativo, conhecida como abuso de poder.
a) Polícia de Costumes: entre os instrumentos O abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora
moralizantes de que dispõe a Administração Pública, estão a competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas
interdição de locais, a cassação de alvarás e a vigilância. A atribuições ou se desvia das finalidades administrativas.
competência para a realização da polícia de costumes é dos três O abuso de poder, como todo ilícito, apresenta-se sob di-
graus federativos. versas formas: ora se apresenta ostensivo (como a truculência),
b) Polícia da Comunicação: mesmo extinta a às vezes dissimulado (como o estelionato) e, não raramente,
censura (art. 220, § 2°, da Constituição Federal), subsiste a encoberto sob a aparência de ato legal. Em qualquer dessas
polícia de comunicação, controlando as diversões e espetáculos formas, o abuso de poder é sempre uma ilegalidade que invali-
públicos. da o ato que o contém.
c) Polícia Sanitária: visa a defesa da saúde humana, O abuso de poder pode ocorrer tanto na forma comissiva
coletivamente considerada. como na omissiva, sendo ambas capazes de afrontar a lei e
d) Polícia de Viação: os meios de transporte trazem causar lesão a direito individual do administrado. O abuso de
considerável perigo ao homem. A polícia de viação estabelece os poder é coibido por mandado de segurança, individual ou cole-
limites ao direito individual à utilização dos meios de transporte. tivo, sempre que partir de autoridade pública ou agente de
e) Polícia de Comércio e Indústria: compreende as pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
várias atuações administrativas limitadoras do comércio ambu- O abuso de poder apresenta-se sob duas espécies bem ca-
lante, feiras livres e mercados, sendo maciçamente municipal. racterizadas: o excesso de poder e o desvio de finalidade.
f) Polícia das Profissões: as profissões liberais e téc- Excesso de Poder
nico-científicas estão submetidas a condições legais para seu É a pratica de ato que excede a competência do cargo do
exercício, cujo cumprimento tem que ser fiscalizado. agente público. O agente pratica ato além da competência fun-
g) Polícia Ecológica: fiscaliza o cumprimento da cional que lhe é acometida em virtude do cargo que ocupa e,
legislação de proteção ao meio ambiente. com isso, invalida o ato, porque ninguém pode agir em nome da
h) Polícia Edilícia: estabelece limitações de toda Administração fora do que a lei lhe permite.
espécie nas cidades, a fim de tornar mais segura e digna a vida O excesso de poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo.
em áreas urbanizadas. Essa conduta abusiva pode caracterizar-se tanto pelo
Uso e Abuso de Poder descumprimento frontal da lei - quando a autoridade age clara-
No Estado de Direito, toda atividade administrativa deve mente além de sua competência - como também quando ela
estar contida dentro da lei, ainda que ocorra manifestação de contorna dissimuladamente as limitações da lei, para arrogar-se
discricionariedade (liberdade quanto à conveniência e oportu- poderes que não lhe são atribuídos legalmente. Em qualquer
nidade). Portanto, os atos praticados pelo agente público de- dos casos há excesso de poder, exercido com culpa ou dolo,
vem, em qualquer hipótese, ater-se à lei, no que diz respeito à mas sempre com violação da regra de competência, o que basta
forma, à finalidade e à competência. para invalidar o ato assim praticado.
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Testes
1. (ESAF/AGU/98) A atividade da Administração Públi- 5. (CESPE/BACEN/97) - Julgue os itens seguintes acerca
ca que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liber- dos poderes da administração.
dades individuais, regula a prática de ato ou abstenção de fato, (1) O poder disciplinar abrange as sanções impostas a par-
em razão do interesse público, nos limites da lei e com obser- ticulares, tais como : multa, interdição de atividade, fechamen-
vância do devido processo legal, constitui mais propriamente o to de estabelecimento e destruição de objetos.
exercício do poder (2) São atributos do poder de polícia a discricionariedade,
a)de domínio b) de polícia a auto-executoriedade e a coercibilidade.
c)disciplinar d) hierárquico (3) Para a validade da pena, a motivação da punição disci-
e)regulamentar plinar é sempre imprescindível.
(4) Prevalece na doutrina nacional o entendimento de que,
2. (ESAF/AUDITOR FORTALEZA/98) - Em razão do após o texto constitucional vigente, não há mais que se falar na
exercício regular do poder de polícia, a Administração pode possibilidade de expedição de decretos autônomos, pois o poder
a)desapropriar terras improdutivas regulamentar supõe a existência de uma lei a ser regulamentada.
b) exigir pagamento pela concessão de alvará para fun- (5) Do exercício do poder hierárquico decorrem as facul-
cionamento de casa comercial dades de fiscalizar, rever, delegar, dar ordens e avocar. São
c) cobrar emolumentos pela expedição de certidão características da fiscalização hierárquica: a permanência e a
d) afastar servidor que possa influir na apuração dos automaticidade.
fatos no processo administrativo
e) ordenar a prisão de servidor em flagrante delito de 6. (CESPE/PROCURADOR/INSS/98) Julgue os itens
desacato a seguir, com relação ao abuso do poder administrativo e à
invalidação dos atos administrativos.
3. (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU/99) Quan- (1) O ordenamento jurídico investe o cidadão de meios
do a autoridade remove servidor para localidade remota, com para desencadear o controle externo da omissão abusiva de um
o intuito de puni-lo, administrador público. Não há, porém, previsão legal específi-
a)incorre em desvio de poder ca que autorize um cidadão a suscitar o controle da omissão
b)pratica ato disciplinar pela própria administração.
c) age dentro de suas atribuições (2) Em consonância com as construções doutrinárias acer-
d)não está obrigada a instaurar processo administrativo ca do uso e do abuso do poder administrativo, a lei considera
e) utiliza-se do poder hierárquico que o gestor público age com excesso de poder quando pratica
o ato administrativo, visando a fim diverso daquele previsto,
4. (CESPE/PROCURADOR AUTÁRQUICO/INSS/ explícita ou implicitamente, na regra de competência.
98) - Julgue os seguintes itens acerca do poder de polícia admi- (3) Para as partes envolvidas, os efeitos da anulação de um
nistrativa. ato administrativo retroagem à data da prática do ato ilegal.
(1) Em decorrência do poder de polícia de que é investida, Apesar da anulação, porém, admite-se a produção de efeitos
a administração pública pode condicionar e restringir o uso e o em relação a terceiros de boa-fé, podendo o ato anulado ensejar,
gozo de bens, atividades e direitos individuais, independente- por exemplo, uma eventual reparação de danos.
mente de prévia autorização judicial. (4) A ação popular e o mandado de segurança são instru-
(2) O acatamento do ato de polícia administrativa é obri- mentos processuais adequados à eventual invalidação de atos
gatório ao seu destinatário. Para fazer valer o seu ato, a admi- administrativos discricionários.
nistração pode até mesmo empregar força pública em face da (5) A revogação do ato administrativo é ato privativo da
resistência do administrado, sem que, para isso, dependa de administração pública, haja vista decorrer de motivos de con-
qualquer autorização judicial. veniência ou oportunidade. Como corolário, é correto afirmar,
(3) As sanções decorrentes do exercício do poder de polí- então, que o Poder Judiciário jamais poderá revogar um ato
cia administrativa - por exemplo, a interdição de atividade, o administrativo.
fechamento de estabelecimento, a demolição de construção, a
destruição de objetos e a proibição de fabricação de determina- 7. O poder administrativo, do qual decorre a faculdade de
dos produtos só podem ser aplicadas após regular processo avocação e autocontrole, pela via recursal, é o
judicial, haja vista a dimensão da restrição de direitos individu- a)disciplinar
ais implementada. b)discricionário
(4) A proporcionalidade entre a restrição imposta pela ad- c)hierárquico
ministração e o benefício social que se tem em vista, bem como d)regulamentar
a correspondência entre a infração cometida e a sanção aplica- e)vinculado
da, podem ser questionadas em juízo, mas deverão ser esgota-
das previamente as vias recursais administrativas, sob pena de 8. O poder administrativo pelo qual se disciplina o uso e
o Poder Judiciário proclamar a falta de interesse de agir do gozo dos direitos e garantia, restringindo-os, nos termos da lei,
administrativo. compreende especialmente o
(5) Considerando a natureza e os efeitos da atuação da a)poder discricionário
polícia administrativa, os atos administrativos praticados nessa b)poder hierárquico
esfera são estritamente vinculados. c)poder regulamentar
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
d)poder disciplinar tica de ato, ainda que dentro da competência legal, mas despro-
e)poder de polícia vida de finalidade pública, caracterizam, respectivamente:
a) desvio de finalidade e desvio de poder
9. O poder regulamentar b) ilegitimidade e desvio de poder
a)é exercido pelo Poder Legislativo através da expedi- c) excesso de poder e desvio de poder
ção de decretos legislativos d) desvio de poder e excesso de poder
b)é exercido pelo Poder Executivo por meio de decretos-lei 13. O administrador detém o dever de usar o poder que lhe
c)é exercido pelo Poder Judiciário por meio de sentenças foi conferido. O uso anormal deste poder configura
d)n.d.a. a) abuso de poder
10. No âmbito do chamado Poder de Polícia, constituem b) discricionariedade
assertivas corretas, entre outras, as indicadas a seguir: c) poder de agir
a) A expressão “poder de polícia” abrange tanto ato do d) n.d.a.
Legislativo quanto do Executivo e do Judiciário. 14. São formas de abuso de poder:
b) Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Admi- a) excesso de poder e desvio de poder
nistração para condicionar e restringir o uso e gozo de bens e b) desvio de poder e desvio de finalidade
direitos de particulares contrastantes com os interesses sociais. c) desvio de finalidade e ilegitimidade
c) Não estão sujeitas ao poder de polícia as atividades d) n.d.a.
próprias dos profissionais liberais.
d) São atributos peculiares ao poder de polícia a Gabarito
discricionariedade, a supralegalidade e a coercibilidade.
11. São deveres do administrador: 1. b 2. b 3. a
a) de prestar contas e dever de eficiência 4.C/C/E/E/E 5.E/C/C/C/C 6.E/E/C/C/E
b) de agir e dever de probidade 7. c 8. e 9.d
c) vinculados e discricionários 10.b 11.d 12.c
d) as alternativas “a” e “b” estão corretas 13.a 14.a
12. A extrapolação da competência administrativa e a prá-
SERVIÇOS PÚBLICOS
Conceito - Princípio da cortesia: exige bom atendimento ao público.
Serviço público é “todo aquele prestado pela Administra- Requisitos, Formas e Meios dos Serviços Públicos
ção ou por seus delegados, sob norma e controles estatais, para Como vimos anteriormente, cinco princípios sintetizam os
satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da comunida- requisitos que a Administração deve ter sempre presentes para
de ou simples conveniência do Estado” (Hely Lopes Meirelles). exigi-los de quem presta os serviços públicos. Faltando qual-
Classificação dos Serviços Públicos quer um dos citados requisitos em um serviço público ou de
Hely Lopes Meirelles, considerando a essencialidade, ade- utilidade pública, a Administração deve intervir para restabele-
quação, finalidade e destinatários dos serviços públicos, classi- cer seu funcionamento regular ou retomar sua prestação.
fica-os, respectivamente, em públicos e de utilidade pública; A prestação do serviço público ou de utilidade pública pode ser:
próprios e impróprios; administrativos e industriais; uti universi - Centralizada: o Poder Público presta-o por seus pró-
e uti singuli. prios órgãos, em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade.
Portanto, quanto à sua essencialidade, temos: - Descentralizada: o Poder Público transfere sua
Serviços públicos propriamente ditos titularidade ou simplesmente sua execução, por outorga ou
São aqueles que a Administração presta diretamente à co- delegação, respectivamente, para autarquias, fundações, enti-
munidade, em face de sua essencialidade e necessidade para o dades paraestatais, empresas públicas e sociedade de economia
desenvolvimento seguro da sociedade. São, portanto, privati- mista, empresas privadas ou particulares individualmente.
vos do Poder Público, não podendo haver delegação a tercei- Ocorre outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela
ros, mesmo porque geralmente exigem atos de império e medi- transfere, por lei, a titularidade de determinado serviço público.
das compulsórias com relação aos administrados. Ocorre delegação quando o Estado transfere por con-
Como exemplos de serviços públicos propriamente ditos trato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização)
temos os de polícia, de preservação da saúde pública, de defesa unicamente a execução do serviço.
nacional. Na administração descentralizada, o terceiro exerce o
Princípios dos Serviços Públicos serviço por sua conta e risco, sob controle estatal.
Os serviços públicos devem atender a cinco princípios, cuja -Desconcentrada: o Poder Público executa-o
inobservância impõe à Administração o dever de intervir para res- centralizadamente, mas distribui-o entre os vários órgãos da
tabelecer seu regular funcionamento ou retomar sua prestação. mesma entidade, para facilitar a realização e obtenção pelos
São eles: usuários. A desconcentração pode ser horizontal, em face das
-Princípio da permanência: impõe a continuidade do diversas áreas de atuação do Poder Público (ministérios da Fa-
serviço; zenda, da Agricultura, etc.), ou vertical, em face da hierarquia
-Princípio da generalidade: impõe serviço igual para todos; administrativa (ministério da Fazenda, Secretaria da Receita
-Princípio da eficiência: exige atualização do serviço; Federal, Delegacias da Receita Federal, etc.).
-Princípio da modicidade: exige tarifas razoáveis; A prestação do serviço público ainda pode ser:
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
- Direta: realizada com recursos humanos e materiais Os permissionários respondem pelos próprios atos, mas a
da própria pessoa responsável pela sua prestação, sem a Administração poderá responder subsidiariamente por culpa
contratação de terceiros. Por exemplo, a própria autarquia re- na escolha ou na fiscalização do serviço (culpa in eligendo ou
aliza seus serviços, sem contratar terceiras pessoas; culpa in vigilando).
- Indireta: a pessoa responsável pelo serviço (podendo Enquanto a concessão é delegação contratual ou legal, a
ser da administração direta ou indireta) contrata terceiros para permissão e também a autorização são delegações por ato uni-
a realização de serviços. É o caso de uma autarquia contratar lateral da Administração.
algum serviço de terceiro (contratação de serviço de Autorização de Serviços Públicos
processamento de dados para emissão de certidões). Serviços autorizados são aqueles que o Poder Público, por
Permissão de Serviços Públicos ato unilateral, precário e discricionário, consente que sejam
Permissão é o ato unilateral pelo qual a Administração executados por particular para atender a interesses coletivos
atribui determinados serviços aos particulares que demons- instáveis ou emergências transitórias (Hely Lopes Meirelles).
trarem capacidade para seu desempenho, estando os requisi- São sujeitos a constantes modificações do modo de sua
tos para prestação desses serviços ao público previamente pre- prestação ao público e também à supressão a qualquer momen-
vistos na legislação. to, dada sua precariedade.
A permissão é discricionária e precária, mas admite condi- A remuneração é tarifada pela Administração. A execu-
ções e prazos para exploração do serviço, a fim de garantir a ção é pessoal.
rentabilidade e assegurar a exploração do serviço, visando atrair Em princípio não exige licitação, mas poderá esta ser adota-
a iniciativa privada. da para a escolha do melhor autorizatário.
O serviço de transporte coletivo é, em regra, executado por Este tipo de delegação é adequada para serviços que não
permissionários. Normalmente a permissão não gera privilégios exigem execução pela própria administração, nem pedem espe-
nem assegura exclusividade aos permissionários, salvo cláusula cialização em sua prestação ao público, tal como os serviços de
expressa neste sentido. táxi, despachantes, pavimentação de ruas por conta dos mora-
É ato intuitu personae, ou seja, não admite repasse para dores, guardas particulares, etc.
terceiro, de forma que o permissionário tem o dever de prestar Os autorizatários não são agentes públicos nem praticam
o serviço pessoalmente. atos administrativos. Assim, a contratação destes com os parti-
culares é sempre uma relação de direito privado.
Testes
1. O Município de Alfa decidiu-se por delegar a particula- 3. Na delegação e na outorga de serviço público ocorre,
res a execução do serviço público de coleta de lixo urbano. Para respectivamente:
tanto, são necessários alguns atos e procedimentos. Identifi- a)entrega da titularidade e execução do serviço
que, na relação a seguir, a opção que indica os passos corretos b)entrega da execução e titularidade do serviço
para a delegação, em sua ordem cronológica (da esquerda para c)em nenhuma hipótese há entrega de titularidade do
a direita). serviço
a) edital de licitação / regulamento do serviço / lei d)em nenhuma hipótese há entrega de execução do serviço
autorizativa / contrato de concessão
b) regulamento do serviço / edital de licitação / termo 4. Entre as formas de descentralização do serviço público,
de permissão / lei autorizativa aponte aquela(s) que necessariamente confere(m) exclusivida-
c) lei autorizativa / regulamento do serviço / edital de de ao prestador:
licitação / contrato de concessão a)permissão e concessão
d) edital de licitação / contrato de concessão / lei b)concessão
autorizativa / regulamento do serviço c)autorização, permissão e concessão
e) regulamento do serviço / edital de licitação / lei d)n.d.a.
autorizativa / termo de permissão
5. A remuneração, estabilidade do vínculo e prévia licita-
2. A delegação e a outorga de serviço público dão-se, res- ção são características
pectivamente, através de a)da permissão
a)concessão e permissão b)da concessão
b)permissão e concessão c)da autorização
c)contrato ou ato administrativo e lei d)das três modalidades
d)lei e contrato ou ato administrativo Gabarito
1. c 2. c 3. b 4. b 5. b
nistração Pública, já que esta não tem personalidade jurídica e, c)Teorias Publicistas, nas quais se enquadram a teoria da
portanto, não poderia ser titular de direitos e obrigações na culpa administrativa, do risco administrativo e do risco integral
ordem civil. As teorias publicistas (ou de direito público) afirmam a
Cabe lembrar que, neste tema, fica excluída a responsabili- responsabilidade civil do Estado, independentemente da culpa
dade civil contratual, que se rege por princípios próprios, res- do agente ou do próprio Estado, bastando a comprovação da
tringindo-se a explanação, portanto, à responsabilidade falha na prestação do serviço público ou o reconhecimento de
extracontratual. que algumas atividades não são dissociadas da possibilidade de
Ao contrário do direito privado, em que a responsabilidade causar dano.
exige sempre um ato ilícito (contrário à lei), no direito adminis- Responsabilidade do Estado no Direito Brasileiro
trativo ela pode decorrer de atos ou comportamentos que, As Constituições de 1824 e 1891 não continham disposi-
embora lícitos, causem a pessoas determinadas ônus maior do ção que previsse a responsabilidade do Estado; elas previam
que o imposto aos demais membros da coletividade. apenas a responsabilidade do funcionário, em decorrência de
Daí distinguir-se entre o dever de ressarcir (ressarcimento) abuso ou omissão praticados no exercício de suas funções. Nes-
do dever de indenizar (indenização). O ressarcimento decorre se período, contudo, havia leis ordinárias prevendo a responsa-
de ato ilícito; a indenização é devida mesmo em face de ato bilidade do Estado, acolhida como sendo solidária com a dos
lícito que cause dano a terceiro. O Estado responde por atos funcionários.
lícitos e ilícitos. A Constituição de 1934 acolheu o princípio da responsabi-
Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, “a responsabilida- lidade solidária entre Estado e funcionário. A Constituição de
de extracontratual do Estado corresponde à obrigação de repa- 1946 adotou a teoria da responsabilidade objetiva. A Consti-
rar danos causados a terceiros em decorrência de comporta- tuição de 1967 mantém essa posição, acrescentando a idéia de
mentos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos proposição de ação regressiva em caso de culpa ou dolo.
ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos”. A Constituição de 1988, no art. 37, § 6º, determina que “as
Teorias pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
Inúmeras teorias têm sido elaboradas, inexistindo, dentro de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
de um mesmo direito, uniformidade de regime jurídico que nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de re-
abranja todas as hipóteses: gresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
a)Teoria da Irresponsabilidade No dispositivo constitucional estão compreendidas duas
Esta teoria foi adotada na época dos Estados absolu- regras: a da responsabilidade objetiva do Estado e a da respon-
tos e repousava fundamentalmente na idéia de soberania. O sabilidade subjetiva do funcionário (ditando a possibilidade da
Estado dispunha de autoridade incontestável perante o súdi- ação regressiva). A regra da responsabilidade objetiva exige,
to, pois, exercendo a tutela do direito, não admitia qualquer segundo o art. 37, § 6°, da Constituição Federal:
ação contra ele. - que se trate de pessoa jurídica de direito público ou de
Entendia-se que qualquer responsabilidade atribuída direito privado prestadora de serviços públicos;
ao Estado colocá-lo-ia no mesmo nível do súdito, desrespeitan- - que essas entidades prestem serviços públicos, o que
do sua soberania. exclui as entidades da administração indireta que executem
Por óbvia, esta teoria foi logo sendo descartada: o atividade econômica de natureza privada;
Estado, pessoa jurídica, é titular de direitos e obrigações, - que haja um dano causado a terceiros em decorrência da
devendo, portanto, ser passível de responder por danos causa- prestação de serviço público - aqui está o nexo de causa e efeito;
dos a terceiros. - que o dano seja causado por agente das aludidas pesso-
b)Teoria da Responsabilidade com Culpa ou Teoria as jurídicas, o que abrange todas as categorias de agentes políti-
Civilista da Culpa cos, administrativos ou particulares em colaboração com a Ad-
Apóia-se na idéia da culpa. Para fins de responsabilida- ministração, sem interessar o título sob o qual preste o serviço;
de, cabe distinguir os atos de império e os atos de gestão. - que o agente, ao causar o dano, aja nessa qualidade;
- Os atos de império seriam os praticados pela Admi- não basta ter a qualidade de agente público, pois, ainda que o
nistração com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade seja, não acarretará a responsabilidade estatal se, ao causar o
e impostos unilateral e coercitivamente ao particular, indepen- dano, não estiver agindo no exercício de suas funções.
dentemente de autorização judicial, sendo regidos por um di- Reparação do Dano e Direito de Regresso
reito especial. A vítima de ação danosa da Administração Pública pode
- Os atos de gestão seriam praticados pela Administra- conseguir a correspondente indenização através de procedimen-
ção em situação de igualdade com os particulares, para a con- to amigável ou Judicial. O primeiro ocorre perante a Administra-
servação e desenvolvimento do patrimônio público e para a ção Pública. O segundo passa-se junto ao Poder Judiciário. Lá se
gestão de seus serviços, regidos, portanto, pelo direito comum. instaura um processo administrativo; aqui, uma ação judicial.
Desta forma, passou-se a admitir a responsabilidade Indenizada a vítima, deve a Administração Pública restau-
civil quando decorrente de atos de gestão e a afastá-la nos rar seu patrimônio desfalcado com o ressarcimento, à custa dos
prejuízos resultantes de atos de império. bens do causador direto do dano, o seu agente. Essa medida
Também esta teoria não foi bem aceita, tendo em vista (ação de regresso) está expressamente autorizada na parte final
a própria impossibilidade de enquadrar como atos de gestão os do § 6° do art. 37 da Constituição da República.
praticados pelo Estado na administração do patrimônio públi- Duas são as formas de reparação: amigável e judicial.
co e na prestação de seus serviços. Procedimento Judicial
Entretanto, muitos autores, apegados à essa doutrina, acei- A ação de indenização deve ser proposta pela vítima peran-
tam a responsabilidade do Estado, desde que demonstrada a culpa, te a Justiça Estadual, se a causadora for pessoa jurídica inte-
formando a teoria da culpa civil ou da responsabilidade subjetiva. grante das administrações estaduais ou municipais. De outro
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
lado, se a ação for contra a União, a competência é dos juizes Responsabilidade Objetiva e Subjetiva
federais, ex vi do art. 109, I, da Constituição da República. A Temos a responsabilidade objetiva nos casos de falta anôni-
ação é de rito ordinário e pode ser ajuizada contra a entidade ma, quando o dano se verifica, mas não é possível apurar o agente
responsável pelo ressarcimento ou contra seu agente causador responsável. Dessa forma, ocorrendo o dano e o nexo causal,
do dano. Se dirigida contra a Administração Pública, deve o bem como provando-se que o dano é proveniente do Estado,
agente público causador do dano ser denunciado à lide, nos mesmo remotamente, está presente a responsabilidade objetiva,
termos do art. 70, III, do Código de Processo Civil, embora a qual não exige a individuação do funcionário público.
nem todos os autores pensem desse modo. A responsabilidade subjetiva, por sua vez, ocorre quando é
A inicial, em termos, deve preencher os requisitos da legis- possível identificar o agente causador do dano, o sujeito, isto é,
lação processual civil, notadamente o art. 282 do Código de a pessoa que agiu ou deixou de agir, sendo neste caso possível a
Processo Civil. Provados os fatos, no que respeita ao dano ação regressiva.
efetivamente suportado pela vítima, e o nexo de causalidade Em certos casos, a responsabilidade é objetiva, sem culpa,
entre o evento lesivo e o dano, garantido está o êxito da deman- ou de presunção absoluta de culpa, bastando a relação de cau-
da, salvo se a Administração Pública demonstrar que a culpa salidade entre a ação e o dano.
pelo dano é da vítima. Ação Regressiva
A indenização deve ser paga em dinheiro e de uma só vez, Fixada a responsabilidade do Estado e efetivada a indeniza-
salvo acordo. Transitada em julgado a sentença, procede-se à ção devida ao particular que sofreu lesão, decorrerá a possibili-
execução do crédito, observado o que estabelece o art. 100, e dade de regresso em face daquele que causou o dano, agente
seus parágrafos, da Constituição Federal, se for contra a Fazen- público ou não. É o “direito de regresso”, submisso aos rigores
da Pública ou autarquia. Se for contra entidade governamen- do regime jurídico-administrativo, não assistindo ao adminis-
tal, procede-se à execução como se fosse contra o particular. trador nenhuma possibilidade de deixar de buscar a
Também aqui a prescrição é em cinco anos, contados da responsabilização, salvo se a culpa do servidor for inexistente.
data do evento danoso. O direito tem a característica de dever e não está sujeito a
Indenização do Dano prazo prescricional.
A indenização do dano há de ser completa. Vale dizer, o O Estado, desta forma, ajuizará a ação regressiva sempre que
patrimônio da vítima, com o ressarcimento, deve permanecer reunidas provas da culpa do agente público, buscando reaver
inalterado, deve-se retornar ao status quo ante. Seu valor, antes tudo quanto tenha sido efetivamente pago pelo dano suportado
e depois do dano, deve ser o mesmo. A indenização deixa indene por outrem. O falecimento, a demissão, a exoneração, a disponi-
o patrimônio do prejudicado. Destarte, deve abranger o que a bilidade ou a aposentadoria do agente não obstam a ação regres-
vítima perdeu, o que dispendeu, e o que deixou de ganhar em siva, que pose ser ajuizada em face de herdeiros ou sucessores.
razão do evento danoso. Além desses valores, agreguem-se a O chamamento para o processo, nesta situação, denomina-
correção monetária e os juros de mora, se houver atraso no se denunciação à lide.
pagamento.
Testes
1. (ESAF/AGU/98) A responsabilidade civil do Estado, pe- 4. Em relação à responsabilidade do servidor pela indeni-
los danos causados por seus agentes a terceiros, é hoje tida por ser zação devida pelo Estado, decorrente de ato que tenha pratica-
a) subjetiva passível de regresso do, é correto afirmar:
b)objetiva insusceptível de regresso a)é presente em qualquer hipótese
c) objetiva passível de regresso b)nunca estará configurada, pois o servidor é agente do Esta-
d)subjetiva insusceptível de regresso do e não poderá ser onerado por atos que pratique nesta qualidade
e)dependente de culpa do agente c)somente se afigura nos casos em que agir com dolo
d)se afigura nos casos em que agir com dolo ou culpa
2. Na Constituição, a responsabilidade civil aquiliana do
Estado encontra fundamento na teoria 5. A denunciação da lide em relação ao servidor que hou-
a)da responsabilidade objetiva sob modalidade da ver dado causa ao dano
culpa concorrente a)é obrigatória, sob pena de perda do direito de regresso
b)da responsabilidade objetiva sob a modalidade do b)é facultativa, não impedindo a ação da Fazenda con-
risco administrativo tra o servidor
c)da responsabilidade subjetiva c)é facultativa, mas a Fazenda perde o direito de regresso
d)da responsabilidade objetiva sob a modalidade do d)n.d.a.
risco integral
6. A responsabilidade extracontratual do Estado, assegu-
3. Assinale a alternativa que não constitui pressuposto da rada no art. 37, § 6º, da Constituição Federal:
responsabilidade civil do Estado. a)é objetiva com relação ao Estado e subjetiva com
a)a culpa relação ao funcionário e aplica-se aos atos lícitos praticados
b)o dolo pela Administração
c)o nexo causal b)estende-se aos atos lícitos e ilícitos que ocasionam
d)as alternativas “a” e “b” estão corretas danos e sejam praticados pela Administração e pelo Judiciário
c)é objetiva com relação ao Estado, subjetiva quanto
aos funcionários, abrange os atos lícitos, se ocasionarem certos
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de con-
9.527/97) fiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço,
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sem-
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por pre que houver interesse da Administração. (Redação dada pela
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Lei nº 9.527/97)
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de § 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de
bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto trabalho estabelecida em leis especiais. (§ incluído pela Lei nº
ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 8.270/91)
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo. cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua
inspeção médica oficial. aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempe-
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições nho do cargo, observados os seguinte fatores: (A Emenda Cons-
do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela titucional nº 19 alterou a redação do art. 41 da CF, passando o
Lei 9.527/97) estágio probatório para 3 anos)
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado I - assiduidade;
em cargo público entrar em exercício, contados da data da II - disciplina;
posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) III - capacidade de iniciativa;
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado IV - produtividade;
sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, V - responsabilidade.
se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, § 1o Quatro meses antes de findo o período do estágio
observado o disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº probatório, será submetida à homologação da autoridade com-
9.527, de 10.12.97) petente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento do sistema de
onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) enumerados nos incisos I a V deste artigo.
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidi- § 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será
rá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quais-
o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta quer cargos de provimento em comissão ou funções de direção,
dias da publicação. (§ incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para
do exercício serão registrados no assentamento individual ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em
do servidor. comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apre- DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (§ incluído pela Lei nº
sentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu 9.527, de 10.12.97)
assentamento individual. § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts.
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para
data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação participar de curso de formação decorrente de aprovação em
dada pela Lei 9.527/97) concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro municí- (§ incluído pela Lei nº 9.527/97)
pio em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licen-
cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, ças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96,
no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e
para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do car- será retomado a partir do término do impedimento. (§ incluído
go, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento pela Lei nº 9.527/97)
para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Seção V - Da Estabilidade
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabili-
contado a partir do término do impedimento. (renumerado e dade no serviço público ao completar dois anos de efetivo exer-
alterado pela Lei 9.527/97) cício. (prazo 3 anos - EM nº 19)
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabeleci- Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude
dos no caput. (§ incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de sentença judicial transitada em julgado ou de processo ad-
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixa- ministrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defe-
da em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, sa.
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta Seção VI - Da Transferência
horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº Seção VII - Da Readaptação
8.270, de 17.12.91) Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada res percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer títu-
em inspeção médica. lo, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Esta-
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando do, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supre-
será aposentado. mo Tribunal Federal.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (*) Nota: O
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como exceden- menor e o maior valor da remuneração do servidor está, agora,
te, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de estabelecido no art. 18 da Lei nº 9.624, de 02.04.98: o fator é de
10.12.97) 25,641, o menor é R$ 312,00 e o maior é de R$ 8.000,00.
Seção X - Da Recondução Art. 44. O servidor perderá:
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem mo-
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: tivo justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atra-
II - reintegração do anterior ocupante. sos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que tra-
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de ori- ta o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compen-
gem, o servidor será aproveitado em outro, observado o dispos- sação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser
to no art. 30. estabelecida pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº
Capítulo II - Da Vacância 9.527/97)
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso
I - exoneração; fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério
II - demissão; da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exer-
III - promoção; cício. (§ incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
VI - readaptação; Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, pode-
VII - aposentadoria; rá haver consignação em folha de pagamento a favor de tercei-
VIII - posse em outro cargo inacumulável; ros, a critério da administração e com reposição de custos, na
IX - falecimento. forma definida em regulamento.
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido Art. 46 As reposições e indenizações ao erário, atualizadas
do servidor, ou de ofício. até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento,
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em pedido do interessado. (Redação do artigo e §§ dada pela MP nº
exercício no prazo estabelecido. 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527/97) correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou
I - a juízo da autoridade competente; pensão.
II - a pedido do próprio servidor. § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527/97) mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será
Título III feita imediatamente, em uma única parcela.
Dos Direitos e Vantagens § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
Capítulo I - Do Vencimento e da Remuneração cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sen-
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exer- tença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles
cício de cargo público, com valor fixado em lei. atualizados até a data da reposição.
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de ven- Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demi-
cimento, importância inferior ao salário-mínimo. tido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibili-
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres- dade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.
cido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. (Redação do artigo e parágrafo único dada pela MP nº 2.225-45,
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou de 4.9.2001)
cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62. Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo pre-
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão visto implicará sua inscrição em dívida ativa.
ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não
de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vanta- de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
gens de caráter permanente, é irredutível. Capítulo II - Das Vantagens
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servi-
de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou en- dor as seguintes vantagens:
tre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de ca- I - indenizações;
ráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. II - gratificações;
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, III - adicionais.
a título de remuneração, importância superior à soma dos valo-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Parágrafo único. O restante do período interrompido será Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (§ Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
incluído pela Lei nº 9.527/97) Art. 90. (VETADO).
Capítulo IV - Das Licenças Seção VIII - Da Licença para o Desempenho de
Seção I - Disposições Gerais Mandato Classista
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem
I - por motivo de doença em pessoa da família; remuneração para o desempenho de mandato em confedera-
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; ção, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindi-
III - para o serviço militar; cato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da
IV - para atividade política; profissão, observado o disposto na alínea “c” do inciso VIII do
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527/97) art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e obser-
VI - para tratar de interesses particulares; vados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
VII - para desempenho de mandato classista. 10.12.97)
§ 1o A licença prevista no inciso I será precedida de exame I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor;
por médico ou junta médica oficial. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997) II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante servidores; (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
o período da licença prevista no inciso I deste artigo. III - para entidades com mais de 30.000 associados, três
Art. 82. A licença concedida dentro de sessenta dias do servidores. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
término de outra da mesma espécie será considerada como § 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para
prorrogação. cargos de direção ou representação nas referidas entidades, des-
Seção II - Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa de que cadastradas no Ministério da Administração Federal e
da Família Reforma do Estado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por mo- 10.12.97)
tivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos fi- § 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo
lhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.
viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, Capítulo V - Dos Afastamentos
mediante comprovação por junta médica oficial. (Redação dada Seção I - Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou
pela Lei nº 9.527/97) Entidade
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em
doservidor for indispensável e não puder ser prestada simulta- outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou
neamente com o exercício do cargo ou mediante compensação do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Reda- (Redação do artigo, incisos e §§ 1º, 2º e 3º dada pela Lei nº 8.270/
ção dada pela Lei 9.527/97) 91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002)
§ 2o A licença será concedida sem prejuízo da remuneração I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
do cargo efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por II - em casos previstos em leis específicas.
até trinta dias, mediante parecer de junta médica oficial e, § 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou
excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
dias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária,
Seção V - Da Licença para Atividade Política mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remunera- § 2o Na hipótese de o servidor cedido à empresa pública ou
ção, durante o período que mediar entre a sua escolha em sociedade de economia mista, nos termos das respectivas nor-
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a vés- mas, optar pela remuneração do cargo efetivo, a entidade
pera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade órgão ou entidade de origem.
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diá-
chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será rio Oficial da União.
afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candida- § 4o Mediante autorização expressa do Presidente da Re-
tura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pública, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em
pleito. (Redação dos §§ 1 e 2 dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) outro órgão da Administração Federal direta que não tenha
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os certo. (§ incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
Seção VI - Da Licença para Capacitação servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o ser- § 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de
vidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exer- sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro
cício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de paga-
três meses, para participar de curso de capacitação profissional. mento de pessoal, independem das disposições contidas nos
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput empregado cedido condicionado a autorização específica do
não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
(§ incluído pela Lei nº 10.470/02) e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Re-
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
com a finalidade de promover a composição da força de traba- f ) por convocação para o serviço militar;
lho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou X - participação em competição desportiva nacional ou con-
servidor, independentemente da observância do constante no vocação para integrar representação desportiva nacional, no
inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Parágrafo incluído pela Lei País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
nº 10.470/02) XI - afastamento para servir em organismo internacional de
Seção II - Do Afastamento para Exercício de Mandato que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Inciso incluído
Eletivo pela Lei nº 9.527/97)
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo apli- Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria
cam-se as seguintes disposições: e disponibilidade:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Muni-
ficará afastado do cargo; cípios e Distrito Federal;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do car- II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família
go, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; do servidor, com remuneração;
III - investido no mandato de vereador: III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vanta- IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato
gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao in-
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado gresso no serviço público federal;
do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contri- Previdência Social;
buirá para a seguridade social como se em exercício estivesse. VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde
não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para locali- que exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso VIII
dade diversa daquela onde exerce o mandato. do art. 102. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo VII - Do Tempo de Serviço § 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de ser- contado apenas para nova aposentadoria.
viço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas. § 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em às Forças Armadas em operações de guerra.
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como § 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
de trezentos e sessenta e cinco dias. prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função
Parágrafo único. (Revogado pela Lei 9.527/97) de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade
97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos de economia mista e empresa pública.
em virtude de: Título IV - Do Regime Disciplinar
I - férias; Capítulo I - Dos Deveres
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em ór- Art. 116. São deveres do servidor:
gão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípi- I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
os e Distrito Federal; II - ser leal às instituições a que servir;
III - exercício de cargo ou função de governo ou adminis- III - observar as normas legais e regulamentares;
tração, em qualquer parte do território nacional, por nomea- IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifes-
ção do Presidente da República; tamente ilegais;
IV - participação em programa de treinamento regularmente V - atender com presteza:
instituído, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
pela Lei nº 9.527/97) ressalvadas as protegidas por sigilo;
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, mu- b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direi-
nicipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por me- to ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
recimento; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irre-
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o gularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada VII - zelar pela economia do material e a conservação do
pela Lei nº 9.527/97) patrimônio público;
VIII - licença: VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
a) à gestante, à adotante e à paternidade; IX - manter conduta compatível com a moralidade admi-
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e nistrativa;
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço públi- X - ser assíduo e pontual ao serviço;
co prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação XI - tratar com urbanidade as pessoas;
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
c) para o desempenho de mandato classista, exceto para Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
efeito de promoção por merecimento; será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autori-
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dade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo
ao representando ampla defesa. em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art.
Capítulo II - Das Proibições 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de delibera-
Art. 117. Ao servidor é proibido: ção coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
autorização do chefe imediato; remuneração devida pela participação em conselhos de admi-
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, nistração e fiscal das empresas públicas e sociedades de econo-
qualquer documento ou objeto da repartição; mia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer
III - recusar fé a documentos públicos; empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamen-
IV - opor resistência injustificada ao andamento de docu- te, detenha participação no capital social, observado o que, a
mento e processo ou execução de serviço; respeito, dispuser legislação específica (Redação da MP 2.225-
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no re- 45, de 4.9.2001)
cinto da repartição; Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os
responsabilidade ou de seu subordinado; cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibili-
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem- dade de horário e local com o exercício de um deles, declarada
se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; Capítulo IV - Das Responsabilidades
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrati-
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; vamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
X - participar de gerência ou administração de empresa Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo
privada, sociedade civil, salvo a participação nos conselhos de ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União erário ou a terceiros.
detenha, direta ou indiretamente, participação do capital soci- § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
al, sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na
de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Medi- falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela
da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) via judicial.
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a re- § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
partições públicas, salvo quando se tratar de benefícios servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e
e de cônjuge ou companheiro; contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e con-
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; travenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado es- Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
trangeiro; ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; ou função.
XV - proceder de forma desidiosa; Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas pode-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição rão cumular-se, sendo independentes entre si.
em serviços ou atividades particulares; Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao car- afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência
go que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; do fato ou sua autoria.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatí- Capítulo V - Das Penalidades
veis com o exercício do cargo ou função e com o horário de Art. 127. São penalidades disciplinares:
trabalho; I - advertência;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando II - suspensão;
solicitado. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) III - demissão;
Capítulo III - Da Acumulação IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é V - destituição de cargo em comissão;
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. VI - destituição de função comissionada.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas
e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públi- anatureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
cas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Fede- provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes
ral, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condici- Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade menci-
onada à comprovação da compatibilidade de horários. onará sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de ven- nar. (§ incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos
da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII
remunerações forem acumuláveis na atividade. (§ incluído pela e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
Lei nº 9.527/97) regulamentação ou norma interna, que não justifique imposi-
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ção de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do
de 10.12.97) ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão trans-
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidên- critas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem
cia das faltas punidas com advertência e de violação das demais como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do pro-
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o cesso na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164.
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a ins- § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório
peção médica determinada pela autoridade competente, cessando conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor,
os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penali- licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo disposi-
dade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de tivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para
50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remune- julgamento. (§§ 3º a 8º incluídos pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão te- processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, apli-
rão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 cando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167.
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surti- automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.
rá efeitos retroativos. § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de
I - crime contra a administração pública; aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, em-
II - abandono de cargo; pregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal,
III - inassiduidade habitual; hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão
IV - improbidade administrativa; comunicados.
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na § 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo
repartição; disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias,
VI - insubordinação grave em serviço; contados da data de publicação do ato que constituir a comis-
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, são, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; circunstâncias o exigirem.
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; § 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições des-
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do te artigo, observando-se, no que lhe for aplicável,
cargo; subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilida-
nacional; de do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível
XI - corrupção; com a demissão.
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por
ções públicas; não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infra-
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. ção sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este
de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será con-
refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua vertida em destituição de cargo em comissão.
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comis-
de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de são, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica
omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
regularização imediata, cujo processo administrativo discipli- prejuízo da ação penal cabível.
nar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comis-
nº 9.527, de 10.12.97) são, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal,
comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simul- pelo prazo de cinco anos.
taneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público fe-
objeto da apuração; (Incisos incluídos pela Lei nº 9.527, de deral o servidor que for demitido ou destituído do cargo em
10.12.97) comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intenci-
e relatório; onal do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
III - julgamento. Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela des- interpoladamente, durante o período de doze meses.
crição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou
acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento
datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente
regime jurídico. (Redação dos §§ 1º e 2º pela Lei nº 9.527/97) que: (Redação dada pela Lei nº 9.527/97)
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I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incisos e alíneas Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
incluídos pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação preci- (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou dispo-
sa do período de ausência intencional do servidor ao serviço nibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigató-
superior a trinta dias; ria a instauração de processo disciplinar.
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos Capítulo II - Do Afastamento Preventivo
dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor
ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o perío- não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade
do de doze meses; instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará re- afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
latório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indica- Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por
rá o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de aban- igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não
dono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço concluído o processo.
superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade Capítulo III - Do Processo Disciplinar
instauradora para julgamento. Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destina-
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: do a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Ca- no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as
sas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procu- atribuições do cargo em que se encontre investido.
rador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cas- Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por co-
sação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vincula- missão composta de três servidores estáveis designados pela
do ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; autoridade competente, observado o disposto no § 3o do art.
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imedia- 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser
tamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter
se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Reda-
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma ção pela Lei nº 9.527/97)
dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de ad- § 1o A Comissão terá como secretário servidor designado
vertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando membros.
se tratar de destituição de cargo em comissão. § 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, con-
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com sangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e des- Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com inde-
tituição de cargo em comissão; pendência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que terão caráter reservado.
o fato se tornou conhecido. Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- guintes fases:
se às infrações disciplinares capituladas também como crime. I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo comissão;
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida II - inquérito administrativo, que compreende instrução,
por autoridade competente. defesa e relatório;
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará III - julgamento.
a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. Art. 152. O prazo para a conclusão do processo discipli-
Título V nar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publi-
Do Processo Administrativo Disciplinar cação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorro-
Capítulo I - Disposições Gerais gação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apu- § 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo
ração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunci- integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados
ante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. do ponto, até a entrega do relatório final.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evi- § 2o As reuniões da comissão serão registradas em atas que
dente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será ar- deverão detalhar as deliberações adotadas.
quivada, por falta de objeto. Seção I - Do Inquérito
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princí-
I - arquivamento do processo; pio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
de até 30 (trinta) dias; Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo
III - instauração de processo disciplinar. disciplinar, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância
não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
período, a critério da autoridade superior. autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Minis-
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tério Público, independentemente da imediata instauração do Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
processo disciplinar. sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a União e em jornal de grande circulação na localidade do último
tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências domicílio conhecido, para apresentar defesa.
cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para de-
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa fesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do
elucidação dos fatos. edital.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular-
o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arro- mente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
lar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e § 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do pro-
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. cesso e devolverá o prazo para a defesa.
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos con- § 2 o Para defender o indiciado revel, a autoridade
siderados impertinentes, meramente protelatórios, ou de ne- instauradora do processo designará um servidor como defensor
nhum interesse para o esclarecimento dos fatos. dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de
§ 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a com- mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao
provação do fato independer de conhecimento especial de perito. do indiciado. (Redaçãodada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relató-
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a se- rio minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
gunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos. mencionará as provas em que se baseou para formar a sua con-
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a vicção.
expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe § 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência
da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marca- ou à responsabilidade do servidor.
dos para inquirição. § 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comis-
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzi- são indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido,
do a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§ 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente. Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comis-
§ 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se são, será remetido à autoridade que determinou a sua instaura-
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes. ção, para julgamento.
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comis- Título VI
são promoverá o interrogatório do acusado, observados os pro- Da Seguridade Social do Servidor
cedimentos previstos nos arts. 157 e 158. Capítulo I - Disposições Gerais
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para
ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas decla- o servidor e sua família.
rações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acarea- § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não
ção entre eles. seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao interroga- na administração pública direta, autárquica e fundacional não
tório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe veda- terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com
do interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, po- exceção da assistência à saúde. (Redação dada pela Lei nº 10.667,
rém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão. de 14.5.2003)
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental § 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem
do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que direito à remuneração, inclusive para servir em organismo ofici-
ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual al internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o
participe pelo menos um médico psiquiatra. qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será pro- social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do
cessado em auto apartado e apenso ao processo principal, após Plano de Seguridade Social do Servidor Público enquanto du-
a expedição do laudo pericial. rar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste perío-
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a do, os benefícios do mencionado regime de previdência. (Inclu-
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele im- ído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
putados e das respectivas provas. § 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem
§ 1o O indiciado será citado por mandado expedido pelo pre- remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano
sidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhi-
(dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. mento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual
§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remu-
e de 20 (vinte) dias. neração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribui-
§ 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, ções, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens
para diligências reputadas indispensáveis. pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na § 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado
cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data decla- até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunera-
rada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a ções dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de
citação, com a assinatura de duas testemunhas. cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhi-
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obriga- das na data de vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de
do a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. 14.5.2003)
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertu- com base na medicina especializada.
ra aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e § 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas insa-
compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às lubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art.
seguintes finalidades: 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, “a” e “c”, observará
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, o disposto em lei específica.
invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimen- § 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à
to e reclusão; junta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracteri-
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; zada a incapacidade para o desempenho das atribuições do
III - assistência à saúde. cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24.
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos ter- (§ incluído pela Lei 9.527/97)
mos e condições definidos em regulamento, observadas as dis- Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e
posições desta Lei. declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no
servidor compreendem: serviço ativo.
I - quanto ao servidor: Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigo-
a) aposentadoria; rará a partir da data da publicação do respectivo ato.
b) auxílio-natalidade; § 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de licen-
c) salário-família; ça para tratamento de saúde, por período não excedente a vinte
d) licença para tratamento de saúde; e quatro meses.
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; § 2o Expirado o período de licença e não estando em condi-
f ) licença por acidente em serviço; ções de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será
g) assistência à saúde; aposentado.
h) garantia de condições individuais e ambientais de traba- § 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da
lho satisfatórias; licença e a publicação do ato da aposentadoria será considera-
II - quanto ao dependente: do como de prorrogação da licença.
a) pensão vitalícia e temporária; Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com
b) auxílio-funeral; observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma
c) auxílio-reclusão; data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos
d) assistência à saúde. servidores em atividade.
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer be-
pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os nefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servido-
servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224. res em atividade, inclusive quando decorrentes de transforma-
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por ção ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total aposentadoria.
auferido, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional
Capítulo II - Dos Benefícios ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias
Seção I - Da Aposentadoria especificadas no art. 186, § 1o, passará a perceber provento integral.
Art. 186. O servidor será aposentado: Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da
quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissio- atividade.
nal ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em Art. 192. (Revogado - Lei nº 9.527, de 10.12.97)
lei, e proporcionais nos demais casos; Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação
proventos proporcionais ao tempo de serviço; natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalen-
III - voluntariamente: te ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente parti-
30 (trinta) se mulher, com proventos integrais; cipado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundi-
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magis- al, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será
tério se professor, e vinte e cinco se professora, com proventos concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte
integrais; e cinco) anos de serviço efetivo.
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte Seção II - Do Auxílio-Natalidade
e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por mo-
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta tivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incurá- § 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido
veis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira § 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servi-
posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia dor público, quando a parturiente não for servidora.
grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, Seção III - Do Salário-Família
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avan- Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou
çados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de ao inativo, por dependente econômico.
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em
para efeito de percepção do salário-família: vitalícias e temporárias.
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os ente- § 1o A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas perma-
ados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 nentes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de
(vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade; seus beneficiários.
II - o menor de vinte e um anos que, mediante autorização § 2o A pensão temporária é composta de cota ou cotas que
judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação
inativo; de invalidez ou maioridade do beneficiário.
III - a mãe e o pai sem economia própria. Art. 217. São beneficiários das pensões:
Art. 198. Não se configura a dependência econômica quan- I - vitalícia:
do o beneficiário do salário-família perceber rendimento do tra- a) o cônjuge;
balho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorci-
da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo. ada, com percepção de pensão alimentícia;
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e c) o companheiro ou companheira designado que compro-
viverem em comum, o salário-família será pago a um deles; ve união estável como entidade familiar;
quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
distribuição dos dependentes. do servidor;
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pes-
madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes. soa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência eco-
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tri- nômica do servidor;
buto, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive II - temporária:
para a Previdência Social. a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade,
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remunera- ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
ção, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família. b) o menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de idade;
Seção IV - Da Licença para Tratamento de Saúde c) o irmão órfão, até vinte e um anos, e o inválido, enquan-
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento to durar a invalidez, que comprovem dependência econômica
de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, do servidor;
sem prejuízo da remuneração a que fizer jus. d) a pessoa designada que viva na dependência econômica
Art. 203. Para licença até 30 (trinta) dias, a inspeção será do servidor, até vinte e um anos, ou, se inválida, enquanto durar
feita por médico do setor de assistência do órgão de pessoal e, a invalidez.
se por prazo superior, por junta médica oficial. § 1o A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que
§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será realiza- tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo exclui desse
da na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”.
onde se encontrar internado. § 2o A concessão da pensão temporária aos beneficiários de
§ 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo exclui desse
se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servi- direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”.
dor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao titular
do art. 230, será aceito atestado passado por médico particular. da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão
(Redação da Lei nº 9.527, de 10.12.97) temporária.
§ 3o No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produ- § 1o Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vi-
zirá efeitos depois de homologado pelo setor médico do respectivo talícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os
órgão ou entidade, ou pelas autoridades ou pessoas de que tratam beneficiários habilitados.
os parágrafos do art. 230. (Redação dada pela Lei nº 9.527/97) § 2o Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporá-
§ 4o O servidor que durante o mesmo exercício atingir o ria, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão
limite de trinta dias de licença para tratamento de saúde, con- vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre
secutivos ou não, para a concessão de nova licença, indepen- os titulares da pensão temporária.
dentemente do prazo de sua duração, será submetido a inspe- § 3o Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária,
ção por junta médica oficial. (§ incluído pela Lei nº 9.527/97) o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre
Art. 204. Findo o prazo da licença, o servidor será submeti- os que se habilitarem.
do a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo,
pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refe- cinco anos.
rirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova pos-
lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional terior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário
ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o. ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões or- que for oferecida.
gânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica. Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado
Seção VII - Da Pensão pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus servidor.
a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte pre-
remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado sumida do servidor, nos seguintes casos:
o limite estabelecido no art. 42.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
V - ter procedimento irrepreensível; Art. 17. O órgão competente organizará para cada vaga a
VI - gozar de boa saúde, física e psíquica, comprovada em ser provida por merecimento uma lista não excedente de três
inspeção médica; candidatos.
VII - possuir temperamento adequado ao exercício da fun- Art. 18. O funcionário policial, ocupante de cargo de classe
ção policial, apurado em exame psicotécnico realizado pela singular ou final de série de classes, poderá ter acesso à classe
Academia Nacional de Polícia; inicial de séries afins, de nível mais elevado, de atribuições
VIII - ter sido habilitado previamente em concurso público correlatas porém mais complexas.
de provas ou de provas e títulos. § 1º A nomeação por acesso, além das exigências legais e
§ 1º A prova da condição prevista no item IV deste artigo das qualificações em cada caso, obedecerá a provas práticas que
não será exigida da candidata ao ingresso na Polícia Feminina. compreendam tarefas típicas relativas ao exercício do novo car-
§ 2º Será demitido, mediante processo disciplinar regular, go e, quando couber, à ordem de classificação em concurso de
o funcionário policial que, para ingressar no Departamento títulos que aprecie a experiência profissional, ou em curso espe-
Federal de Segurança Pública e na Polícia do Distrito Federal, cífico de formação profissional, ambos realizados pela Acade-
omitiu fato que impossibilitaria a sua matrícula na Academia mia Nacional de Polícia.
Nacional de Polícia. § 2º As linhas de acesso estão previstas nos Anexos IV dos
Art. 10. São competentes para dar posse: Quadros de Pessoal do Departamento Federal de Segurança
I - o Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal, aprovados pela Lei nº
Pública, ao Chefe de seu Gabinete, ao Corregedor, aos Delega- 4.483, de 16 de novembro de 1964.
dos Regionais e aos diretores e chefes de serviço que lhe sejam Art. 19. As nomeações por acesso abrangerão metade das
subordinados; vagas existentes na respectiva classe, ficando a outra metade re-
II - o Diretor da Divisão de Administração do mesmo De- servada aos provimentos na forma prevista no artigo 6º desta Lei.
partamento, nos demais casos; Art. 20. O funcionário policial que, comprovadamente, se
III - o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, revelar inapto para o exercício da função policial, sem causa
ao Chefe de seu Gabinete e aos Diretores que lhe sejam subor- que justifique a sua demissão ou aposentadoria, será readaptado
dinados; em outro cargo mais compatível com a sua capacidade, sem
IV - o Diretor da Divisão de Serviços Gerais da Polícia do decesso nem aumento de vencimento.
Distrito Federal, nos demais casos. Parágrafo único. A readaptação far-se-á mediante a trans-
Parágrafo único. O Diretor-Geral do Departamento Federal formação do cargo exercido em outro mais compatível com a
de Segurança Pública, o Secretário de Segurança Pública do Dis- capacidade física ou intelectual e vocação.
trito Federal e o Diretor da Divisão de Administração do referido Art. 21. O funcionário policial não poderá ser obrigado a
Departamento poderão delegar competência para dar posse. interromper as suas férias, a não ser em virtude de emergente
Art. 11. O funcionário policial não poderá afastar-se de sua necessidade da segurança nacional ou manutenção da ordem,
repartição para ter exercício em outra ou prestar serviços ao mediante convocação da autoridade competente.
Poder Legislativo ou a qualquer Estado da Federação, salvo § 1º Na hipótese prevista neste artigo, in fine, o funcionário
quando se tratar de atribuição inerente à do seu cargo efetivo e terá direito a gozar o período restante das férias em época
mediante expressa autorização do Presidente da República ou oportuna.
do Prefeito do Distrito Federal, quando integrante da Polícia § 2º Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao chefe
do Distrito Federal. imediato o seu provável endereço, dando-lhe ciência, durante o
Art. 12. A freqüência aos cursos de formação profissional da período, de suas eventuais mudanças.
Academia Nacional de Polícia para primeira investidura em CAPÍTULO III
cargo de atividade policial é considerada de efetivo exercício Das Vantagens Específicas
para fins de aposentadoria. Art. 22. O funcionário policial fará jus ainda às seguintes
Art. 13. Estágio probatório é o período de dois anos de vantagens:
efetivo exercício do funcionário policial, durante o qual se apu- I - Gratificação de função policial;
rarão os requisitos previstos em lei. II - Auxílio para moradia.
Parágrafo único. Mensalmente, o responsável pela reparti- Art. 23. A gratificação de função policial é devida ao polici-
ção ou serviço, em que esteja lotado funcionário policial sujeito al pelo regime de dedicação integral que o incompatibiliza com
a estágio probatório, encaminhará ao órgão de pessoal relatório o exercício de qualquer outra atividade pública ou privada,
sucinto sobre o comportamento do estagiário. bem como pelos riscos dela decorrentes.
Art. 14. Sem prejuízo da remessa prevista no parágrafo úni- § 1º Pelo efetivo exercício da função policial, o funcionário
co do artigo anterior, o responsável pela repartição ou serviço fará jus a uma gratificação percentual calculada sobre o venci-
em que sirva funcionário policial sujeito a estágio probatório, mento de seu cargo efetivo, a ser fixada pelo Presidente da
seis meses antes da terminação deste, informará reservadamen- República.
te ao órgão de pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os § 2º Ressalvado o magistério na Academia Nacional de
requisitos previstos em lei. Polícia, o exercício da profissão de Jornalista, para os ocupantes
Art. 15. As promoções serão realizadas em 21 de abril e 28 de cargos das séries de classes de Censor e Censor Federal, e a
de outubro de cada ano, desde que verificada a existência de prática profissional em estabelecimento hospitalar, para os ocu-
vaga e haja funcionários em condições de a ela concorrer. pantes de cargos da série de classes de Médico Legista, ao fun-
Art. 16. Para a promoção por merecimento é requisito ne- cionário policial é vedado exercer outra atividade, qualquer
cessário a aprovação em curso da Academia Nacional de Polícia que seja a forma de admissão, remunerada ou não, em entidade
correspondente à classe imediatamente superior àquela a que pública ou empresa privada.
pertence o funcionário. Art. 24. O regime de dedicação integral obriga o funcioná-
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
rio policial à prestação, no mínimo, de 200 (duzentas) horas beneficiarão de reduções, devendo ser feitas pelo justo valor do
mensais de trabalho. material aplicado ou da peça fornecida.
Art. 25. A gratificação de função policial não será paga Art. 35. Para os efeitos da prestação de assistência médico-
enquanto o funcionário policial deixar de perceber o vencimen- hospitalar, consideram-se pessoas da família do funcionário po-
to do cargo em virtude de licença ou outro afastamento, salvo licial, desde que vivam às suas expensas e em sua companhia:
quando investido em cargo em comissão ou função gratificada a) o cônjuge;
com atribuições e responsabilidades de natureza policial, hipó- b) os filhos solteiros, menores de dezoito anos ou inválidos
tese em que continuará a perceber a gratificação na base do e, bem assim, as filhas ou enteadas, solteiras, viúvas ou
vencimento do cargo efetivo. desquitadas;
Art. 26. A gratificação de função policial incorporar-se-á c) os descendentes órfãos, menores ou inválidos;
aos proventos da aposentadoria à razão de 1/30 (um trinta d) os ascendentes sem economia própria;
avos) do seu valor por ano de efetivo exercício de atividade e) os menores que, em virtude de decisão judicial, forem
estritamente policial. entregues à sua guarda;
Art. 27. O funcionário policial casado, quando lotado em f ) os irmãos menores e órfãos, sem arrimo.
Delegacia Regional, terá direito a auxílio para moradia corres- Parágrafo único. Continuarão compreendidos nas disposi-
pondente a 10% (dez por cento) do seu vencimento mensal. ções deste capítulo a viúva do policial, enquanto perdurar a
Parágrafo único. O auxílio previsto neste artigo será pago viuvez, e os demais dependentes mencionados nas letras “b” a
ao funcionário policial até completar 5 (cinco) anos na locali- “f ”, desde que vivam sob a responsabilidade legal da viúva.
dade em que, por necessidade de serviço, nela deva residir, e Art. 36. Os recursos para a assistência de que trata este
desde que não disponha de moradia própria. capítulo provirão das dotações consignadas no Orçamento Geral
Art. 28. Quando o funcionário policial, de que trata o arti- da União e do pagamento das indenizações referidas no artigo
go anterior, ocupar imóvel sob a responsabilidade do órgão em 34.
que servir, 20% (vinte por cento) do valor do auxílio previsto CAPÍTULO V
no artigo anterior serão recolhidos como receita da União e o Das Disposições Especiais sobre Aposentadoria
restante, empregado conforme for estabelecido pelo referido Art. 37. O funcionário policial será aposentado compulso-
órgão de acordo com as suas peculiaridades. riamente aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, qualquer que
Art. 29. Quando o funcionário policial ocupar imóvel de seja a natureza dos serviços prestados.
outra entidade, a importância referida no artigo 28 terá o se- Art. 38. O provento do policial inativo será revisto sempre
guinte destino: que ocorrer:
a) a importância correspondente ao aluguel, recolhida ao a) modificação geral dos vencimentos dos funcionários po-
órgão responsável pelo imóvel; liciais civis em atividade; ou
b) o restante, empregado na forma estabelecida no artigo b) reclassificação do cargo que o funcionário policial inati-
anterior, in fine. vo ocupava ao aposentar-se.
Art. 30. Esgotado o prazo previsto no parágrafo único do Art. 39. O funcionário policial, quando aposentado em
artigo 27, o funcionário que continuar ocupando imóvel de virtude de acidente em serviço ou doença profissional, ou quando
responsabilidade da repartição em que servir indenizá-la-á da acometido das doenças especificadas no artigo 178, item III, da
importância correspondente ao auxílio para moradia. Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, incorporará aos
Parágrafo único. Se a ocupação for de imóvel pertencente a proventos de inatividade a gratificação de função policial no
outro órgão o funcionário indenizá-la-á pelo aluguel corres- valor que percebia ao aposentar-se.
pondente. CAPÍTULO VI
CAPÍTULO IV Da Prisão Especial
Da Assistência Médico-Hospitalar Art. 40. Preso preventivamente, em flagrante ou em virtude
Art. 31. A assistência médico-hospitalar compreenderá: de pronúncia, o funcionário policial, enquanto não perder a
a) assistência médica contínua, dia e noite, ao policial en- condição de funcionário, permanecerá em prisão especial, du-
fermo, acidentado ou ferido, que se encontre hospitalizado; rante o curso da ação penal e até que a sentença transite em
b) assistência médica ao policial ou sua família, através de julgado.
laboratórios, policlínicas, gabinetes odontológicos, pronto-so- § 1º O funcionário policial nas condições deste artigo fica-
corro e outros serviços assistenciais. rá recolhido a sala especial da repartição em que sirva, sob a
Art. 32. A assistência médico-hospitalar será prestada pelos responsabilidade do seu dirigente, sendo-lhe defeso exercer qual-
serviços médicos dos órgãos a que pertença ou tenha pertencido o quer atividade funcional, ou sair da repartição sem expressa
policial, dentro dos recursos próprios colocados à disposição deles. autorização do Juízo a cuja disposição se encontre.
Art. 33. O funcionário policial terá hospitalização e trata- § 2º Publicado no Diário Oficial o decreto de demissão,
mento por conta do Estado quando acidentado em serviço ou será o ex-funcionário encaminhado, desde logo, a estabeleci-
acometido de doença profissional. mento penal, onde permanecerá em sala especial, sem qualquer
Art. 34. O funcionário policial em atividade, excetuado o contato com os demais presos não sujeitos ao mesmo regime, e,
disposto no artigo anterior, o aposentado e, bem assim, as pes- uma vez condenado, cumprirá a pena que lhe tenha sido impos-
soas de sua família, indenizarão, no todo ou em parte, a assis- ta, nas condições previstas no parágrafo seguinte.
tência médico-hospitalar que lhes for prestada, de acordo com § 3º Transitada em julgado a sentença condenatória, será o
as normas e tabelas que forem aprovadas. funcionário encaminhado a estabelecimento penal, onde cum-
Parágrafo único. As indenizações por trabalhos de prótese prirá a pena em dependência isolada dos demais presos não
dentária, ortodontia, obturações, bem como pelo fornecimen- abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo
to de aparelhos ortopédicos, óculos e artigos correlatos, não se sistema disciplinar e penitenciário.
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
últimos, como membro da respectiva comissão, negligenciar no Art. 46. A pena de repreensão será sempre aplicada por
cumprimento das obrigações que lhe são inerentes; escrito nos casos em que, a critério da Administração, a trans-
XLVIII - prevalecer-se, abusivamente, da condição de fun- gressão seja considerada de natureza leve, e deverá constar do
cionário policial; assentamento individual do funcionário.
XLIX - negligenciar a guarda de objetos pertencentes à Parágrafo único. Serão punidas com a pena de repreensão as
repartição e que, em decorrência da função ou para o seu exer- transgressões disciplinares previstas nos itens V, XVII, XIX,
cício, lhe tenham sido confiados, possibilitando que se danifi- XXII, XXIII, XXIV, XXV, XLIX e LIV do artigo 43 desta Lei.
quem ou extraviem; Art. 47. A pena de suspensão, que não excederá de noventa
L - dar causa, intencionalmente, ao extravio ou danificação dias, será aplicada em caso de falta grave ou reincidência.
de objetos pertencentes à repartição e que, para os fins menci- Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, são de nature-
onados no item anterior, estejam confiados à sua guarda; za grave as transgressões disciplinares previstas nos itens I, II,
LI - entregar-se à prática de vícios ou atos atentatórios aos III, VI, VII, VIII, X, XVIII, XX, XXI, XXVI, XXVII, XXIX,
bons costumes; XXX, XXXI XXXII, XXXIII, XXXIV, XXXV, XXXVII,
LII - indicar ou insinuar nome de advogado para assistir XXXIX, XLI, XLII, XLVI, XLVII, LVI, LVII, LIX, LX e LXIII
pessoa que se encontre respondendo a processo ou inquérito do art. 43 desta Lei.
policial; Art. 48. A pena de demissão, além dos casos previstos na
LIII - exercer, a qualquer título, atividade pública ou priva- Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, será também aplicada
da, profissional ou liberal, estranha à de seu cargo; quando se caracterizar:
LIV - lançar em livros oficiais de registro anotações, quei- I - crimes contra os costumes e contra o patrimônio, que,
xas, reivindicações ou quaisquer outras matérias estranhas à por sua natureza e configuração, sejam considerados como
finalidade deles; infamantes, de modo a incompatibilizar o servidor para o exer-
LV - adquirir, para revenda, de associações de classe ou enti- cício da função policial.
dades beneficentes em geral, gêneros ou quaisquer mercadorias; II - transgressão dos itens IV, IX, XI, XII, XIII, XIV, XV,
LVI - impedir ou tornar impraticável, por qualquer meio, XVI, XXVIII, XXXVI, XXXVIII, XL, XLIII, XLIV, XLV, XLVIII,
na fase do inquérito policial e durante o interrogatório do L, LI, LII, LIII, LV, LVIII, LXI e LXII do art. 43 desta Lei.
indiciado, mesmo ocorrendo incomunicabilidade, a presença § 1º Poderá ser, ainda, aplicada a pena de demissão, ocor-
de seu advogado; rendo contumácia na prática de transgressões disciplinares.
LVII - ordenar ou executar medida privativa da liberdade § 2º A aplicação de penalidades pelas transgressões discipli-
individual, sem as formalidades legais, ou com abuso de poder; nares constantes desta Lei não exime o funcionário da obriga-
LVIII - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexa- ção de indenizar a União pelos prejuízos causados.
me ou constrangimento não autorizado em lei; Art. 49. Tendo em vista a natureza da transgressão e o
LIX - deixar de comunicar imediatamente ao Juiz compe- interesse do Serviço Público, a pena e suspensão até 30 (trinta)
tente a prisão em flagrante de qualquer pessoa; dias poderá ser convertida em detenção disciplinar até 20 (vin-
LX - levar à prisão e nela conservar quem quer que se te) dias, mediante ordem por escrito do Diretor-Geral do De-
proponha a prestar fiança permitida em lei; partamento Federal de Segurança Pública ou dos Delegados
LXI - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer Regionais, nas respectivas jurisdições, ou do Secretário de Se-
outra despesa que não tenha apoio em lei; gurança Pública, na Polícia do Distrito Federal.
LXII - praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da Parágrafo único. A detenção disciplinar, que não acarreta a
pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder, ou perda dos vencimentos, será cumprida:
sem competência legal; I - na residência do funcionário, quando não exceder de 48
LXIII - atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo- (quarenta e oito) horas;
se dela, contra a inviolabilidade de domicílio. II - em sala especial, na sede do Departamento Federal de
CAPÍTULO VIII Segurança Pública ou na Polícia do Distrito Federal, quando se
Das Penas Disciplinares tratar de ocupante de cargo em comissão ou função gratificada
Art. 44. São penas disciplinares: ou funcionário ocupante de cargo para cujo ingresso ou desem-
I - repreensão; penho seja exigido diploma de nível universitário;
II - suspensão; III - em sala especial na Delegacia Regional, quando se
III - multa; tratar de funcionário nela lotado;
IV - detenção disciplinar; IV - em sala especial da repartição, nos demais casos.
V - destituição de função; CAPÍTULO IX
VI - demissão; Da Competência Para Imposição de Penalidades
VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Art. 50. Para imposição de pena disciplinar são competen-
Art. 45. Na aplicação das penas disciplinares serão considerados: tes:
I - a natureza da transgressão, sua gravidade e as circunstân- I - o Presidente da República, nos casos de demissão e
cias em que foi praticada; cassação de aposentadoria ou disponibilidade de funcionário
II - os danos dela decorrentes para o serviço público; policial do Departamento Federal de Segurança Pública;
III - a repercussão do fato; II - o Prefeito do Distrito Federal, nos casos previstos no
IV - os antecedentes do funcionário; item anterior quando se tratar de funcionário policial da Po-
V - a reincidência. lícia do Distrito Federal;
Parágrafo único. É causa agravante da falta disciplinar III - o Ministro da Justiça e Negócios Interiores ou o
o haver sido praticada em concurso com dois ou mais Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, respec-
funcionários. tivamente, nos casos de suspensão até noventa dias;
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Serviço Policial Metropolitano aplicam-se as disposições da derá efetivar-se após dois anos, no mínimo, de exercício em
legislação relativa ao funcionalismo civil da União no que não cada localidade.
colidirem com as desta Lei. Art. 68. Não são considerados herança os vencimentos e
Parágrafo único. Os funcionários dos quadros de pessoal do vantagens devidos ao funcionário falecido, os quais serão pagos,
Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do independentemente de ordem judicial, à viúva ou, na sua falta,
Distrito Federal ocupantes de cargos não integrantes do Servi- aos legítimos herdeiros daquele.
ço de Polícia Federal e do Serviço Policial Metropolitano, con- Art. 69. Será concedido transporte à família do funcionário
tinuarão subordinados integralmente ao regime jurídico insti- policial falecido no desempenho de serviço fora da sede de sua
tuído pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952. repartição.
Art. 63. O disposto nesta Lei aplica-se aos funcionários que, Parágrafo único. A família do funcionário falecido em servi-
enquadrados no Serviço Policial de que trata a Lei nº 3.780, de ço na sede de sua repartição terá direito, dentro de seis meses
10 de julho de 1960 e transferidos para a Administração do após o óbito, a transporte para a localidade do território naci-
Estado da Guanabara, retornaram ao Serviço Público Federal. onal em que fixar residência.
Art. 64. Os funcionários do Quadro de Pessoal do Departa- CAPÍTULO XIV
mento Federal de Segurança Pública ocupantes de cargos não Das Disposições Transitórias
incluídos no Serviço de Polícia Federal, quando removidos ex Art. 70. A competência atribuída por esta Lei ao Prefeito
officio, farão jus ao auxílio previsto no art. 22, item II, nas mes- do Distrito Federal e ao Secretário de Segurança Pública do
mas bases e condições fixadas para o funcionário policial civil. Distrito Federal será exercida, em relação à Polícia do Distrito
Art. 65. O disposto no Capítulo IV desta Lei é extensivo a Federal, respectivamente, pelo Presidente da República e pelo
todos os funcionários do Quadro de Pessoal do Departamento Chefe de Polícia do Distrito Federal, até 31 de janeiro de 1966.
Federal de Segurança Pública e respectivas famílias. Art. 71. Ressalvado o disposto no art. 11 desta Lei, os funci-
Art. 66. É vedada a remoção ex officio do funcionário poli- onários do Departamento Federal de Segurança Pública e da
cial que esteja cursando a Academia Nacional de Polícia, desde Polícia do Distrito Federal, que se encontrem à disposição de
que a sua movimentação impossibilite a freqüência no curso em outros órgãos, deverão retornar ao exercício de seus cargos no
que esteja matriculado. prazo máximo de trinta dias, contados da publicação desta Lei.
Art. 67. O funcionário policial poderá ser removido: Art. 72. O Poder Executivo, no prazo de noventa dias,
I - Ex officio; contados da publicação desta Lei, baixará por decreto o Regu-
II - A pedido; lamento-Geral do Pessoal do Departamento Federal de Segu-
III - Por conveniência da disciplina. rança Pública, consolidando as disposições desta Lei com as da
§ 1º Nas hipóteses previstas nos itens II e III deste artigo, o Lei número 1.711, de 28 de outubro de 1952, e legislação
funcionário não fará jus a ajuda de custo. posterior relativa a pessoal.
§ 2º A remoção ex officio do funcionário policial, salvo im- Art. 73. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
periosa necessidade do serviço devidamente justificada, só po- Art. 74. Revogam-se as disposições em contrário.
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
de ofício; apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na
razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; data em que o agente público deixar o exercício do mandato,
IV - negar publicidade aos atos oficiais; cargo, emprego ou função.
V - frustrar a licitude de concurso público; § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente pú-
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de blico que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida prazo determinado, ou que a prestar falsa.
política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da
bem ou serviço. declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita
CAPÍTULO III Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Ren-
Das Penas da e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atua-
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e ad- lizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2°
ministrativas, previstas na legislação específica, está o respon- deste artigo .
sável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações: CAPÍTULO VI
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acres- Das Disposições Penais
cidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do Art. 19. Constitui crime a representação por ato de
dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil quando o autor da denúncia o sabe inocente.
de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majo- ou à imagem que houver provocado.
ritário, pelo prazo de dez anos; Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direi-
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, tos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sen-
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, tença condenatória.
se concorrer esta circunstância, perda da função pública, sus- Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa
pensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento competente poderá determinar o afastamento do agente públi-
de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de co do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incen- remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
tivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que processual.
por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritá- Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
rio, pelo prazo de cinco anos; I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de
se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos po- controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
líticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou administrativa ou mediante representação formulada de acor-
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda do com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majo- de inquérito policial ou procedimento administrativo.
ritário, pelo prazo de três anos. CAPÍTULO VII
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o Da Prescrição
juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções
proveito patrimonial obtido pelo agente. previstas nesta lei podem ser propostas:
CAPÍTULO IV I - até cinco anos após o término do exercício de mandato,
Da Declaração de Bens de cargo em comissão ou de função de confiança;
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam con- II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica
dicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do servi-
compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no ço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
serviço de pessoal competente. CAPÍTULO VIII
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, Das Disposições Finais
semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exteri- Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho
or, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais dispo-
do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que sições em contrário.
ra de Policial Rodoviário Federal, com as atribuições previstas § 2o As gratificações referidas neste artigo serão calculadas
na Constituição Federal, no Código de Trânsito Brasileiro e na sobre o vencimento básico percebido pelo servidor, a este não
legislação específica. se incorporando, e não serão computadas ou acumuladas para
Parágrafo único. A implantação da carreira far-se-á mediante fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título
transformação dos atuais dez mil e noventa e oito cargos efetivos ou idêntico fundamento.
de Patrulheiro Rodoviário Federal, do quadro geral do Ministé- Art. 5o Os ocupantes de cargos efetivos da carreira de que
rio da Justiça, em cargos de Policial Rodoviário Federal. trata o art. 1o farão jus, ainda, à Gratificação de Atividade,
Art. 2o A carreira de que trata esta Lei terá a mesma estru- instituída pela Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de 1992, no
tura de classes e padrões e tabela de vencimentos previstos na percentual de cento e sessenta por cento, aplicando-se o dis-
Lei no 8.460, de 17 de setembro de 1992, enquadrando-se os posto nos §§ 1o e 2o do artigo anterior.
servidores na mesma posição em que se encontrem na data da Art. 6º Fica extinta a Gratificação Temporária, nos termos
publicação desta Lei. do § 3º do art. 1º da Lei nº 9.166, de 20 de dezembro de 1995.
Art. 3o O ingresso nos cargos da carreira de que trata esta Art. 7o Os ocupantes de cargos da carreira de Policial Ro-
Lei dar-se-á mediante aprovação em concurso público, consti- doviário Federal ficam sujeitos a integral e exclusiva dedicação
tuído de duas fases, ambas eliminatórias e classificatórias, sen- às atividades do cargo.
do a primeira de exame psicotécnico e de provas e títulos e a Art. 8o Os cargos em comissão e as funções de confiança do
segunda constituída de curso de formação. Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão preenchi-
§ 1o São requisitos de escolaridade para o ingresso na carrei- dos, preferencialmente, por servidores integrantes da carreira
ra o diploma de curso de segundo grau oficialmente reconheci- que tenham comportamento exemplar e que estejam
do, assim como os demais critérios que vierem a ser definidos posicionados nas classes finais, ressalvados os casos de interesse
no edital do concurso. da administração, conforme normas a serem estabelecidas pelo
§ 2o A investidura nos cargos dar-se-á sempre na classe D, Ministro de Estado da Justiça.
padrão I. Art. 9o É de quarenta horas semanais a jornada de trabalho
Art. 4o Os vencimentos do cargo de Policial Rodoviário dos integrantes da carreira de que trata esta Lei.
Federal constituem-se do vencimento básico e das seguintes Art. 10. Compete ao Ministério da Administração Federal e
gratificações: Reforma do Estado, ouvido o Ministério da Justiça, a definição
I - Gratificação de Atividade Policial Rodoviário Federal, de normas e procedimentos para promoção na carreira de que
para atender as peculiaridades decorrentes da integral e exclu- trata esta Lei.
siva dedicação às atividades do cargo, no percentual de cento e Art. 11. O disposto nesta Lei aplica-se aos proventos de
oitenta por cento; aposentadoria e às pensões.
II - Gratificação de Desgaste Físico e Mental, decorrente Art. 12. As despesas decorrentes da execução desta Lei cor-
da atividade inerente ao cargo, no percentual de cento e oitenta rerão à conta das dotações constantes do orçamento do Minis-
por cento; tério da Justiça.
III - Gratificação de Atividade de Risco, decorrente dos Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
riscos a que estão sujeitos os ocupantes do cargo, no percentual retroagindo seus efeitos financeiros a 1o de janeiro de 1998.
de cento e oitenta por cento.
§ 1o A percepção dos benefícios pecuniários previstos neste
artigo é incompatível com a de outros benefícios instituídos
sob o mesmo título ou idêntico fundamento.