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05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Massa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Massa é um conceito
usado em ciências
naturais para explicar
vários dos fenômenos
que se observa na
natureza, e no uso
cotidiano é comum a Massa: a massa é uma medida
associação entre os direta da oposição que um corpo
resultados destes oferece à mudança em seu
fenômenos e o conceito estado de movimento.
de massa. Em particular,
a massa é frequentemente associada ao peso dos objetos.
Esta associação não se mostra na maioria das vezes,
entretanto, correta, ou quando correta, não se mostra
completamente elucidativa. Em acordo com o paradigma
científico moderno, o peso de um objeto resulta da interação
gravitacional entre sua massa e um campo gravitacional: ao
passo que a massa é parte integrante da explicação para o
peso, ela sozinha não constitui a explicação completa. Os
trajes espaciais dos astronautas, quando usados por eles aqui
na Terra, parecem consideravelmente mais pesados do que
quando usados na superfície da Lua - cujas massas
permanecem exatamente as mesmas.

É comum também a associação de massa ao tamanho e forma


de um objeto. Massa realmente é parte da explicação para o
tamanho dos objetos, mas não constitui a explicação correta
ou completa.

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O corpo humano é equipado com vários sentidos com os


quais estabelecemos a compreensão do mundo que nos
cerca. Em primeira instância é às sensações que eles nos
fornecem que naturalmente associamos certos conceitos e
definições, a citar os conceitos intuitivos de temperatura,
tamanho, resistência, peso, massa, e outros. O conceito
intuitivo de massa que desenvolvemos encontra-se
intimamente ligado a eles. Entretanto sabe-se hoje que
nossos sentidos são mestres em nos enganar - quem nunca
viu uma ilusão de ótica? - e que eles também não têm grande
precisão. Se um punhado de balas for colocado em uma de
suas mãos, e se uma for retirada do topo da pilha, você
certamente não dará por falta desta se confiar apenas na
sensação do peso que seu tato lhe confere.[1]

Como se deduz, para a correta compreensão do mundo que


nos cerca não podemos confiar em nossos sentidos. Para
alcançá-la devemos confiar em algo mais avançado, a saber,
no poder de abstração que temos e em informações
fornecidas por aparelhos especificamente projetados para
obtê-las. Dentro deste contexto, que culminou no que
chamamos hoje ciência, o conceito abstrato de massa evoluiu
juntamente com a nossa compreensão do mundo natural, mas
mesmo nos dias de hoje mostra-se essencial ainda na forma
com a qual se consolidou pela primeira vez: o primeiro
conceito científico de massa com o qual nos deparamos na
escola - o de massa como medida da inércia, da maior ou
menor oposição que um corpo impõe à mudança em seu
estado de movimento (F=m.a) - ainda é o fornecido pela
mecânica newtoniana, mas a partir dele podemos hoje
encontrar no mínimo sete definições diferentes de massa, e
em verdade, dentro da teoria mais geral para o estudo da
dinâmica dos corpos (a Relatividade Geral), podemos até
mesmo não encontrar uma definição satisfatória para
massa.[2]
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Os conceitos científicos de massa, que diferem do conceito


também científico de quantidade de matéria[3], sempre se
mostram de alguma forma associados ao conceito de inércia,
e mesmo em relatividade, onde energia e massa mantêm, em
acordo com a famosa equação E = mc², íntima relação, esta
associação está presente: não só a matéria mas também a
energia apresenta inércia. Entretanto, apesar de muito bem
definida dentro de cada área de estudo onde aparece,
"explicar" a massa não é uma coisa muito simples, e
atualmente existem algumas teorias que tentam elucidar nas
origens o que é massa. O LHC, recentemente construído na
Europa e já em operação, tem, em princípio, potência
suficiente para encontrar o suposto Bóson de Higgs, caso ele
exista.

Índice
1 Definição Geral de Massa
2 Unidade de Massa
3 Definições de Massa na Mecânica Newtoniana
3.1 Massa Inercial
3.2 Massa Gravitacional
3.2.1 Definição
3.2.2 Massas gravitacionais ativa e
passiva?
3.2.2.1 Definições
3.2.2.2 Uma questão de simetria
3.3 Equivalência de Massa Inercial e
Gravitacional
3.3.1 O Pêndulo de Newton
3.3.2 A balança de torção de Eötvös
3.3.3 Dike e Braginsk: incerteza menor
que 1 parte em 1011
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3.3.4 O princípio da equivalência de


Einstein
3.4 Conservação da Massa em Mecânica
Clássica
4 Massa no âmbito da Relatividade
4.1 Relatividade Restrita
4.1.1 Massa de Repouso
4.1.2 Massa relativística
4.1.2.1 Definição
4.1.2.2 Massa transversal e
longitudinal?
4.1.3 Conservação da Massa – Energia
4.2 Relatividade Geral
5 Massa no âmbito da mecânica Quântica
6 Conceitos de Massa em Sistemas Específicos
6.1 Massa reduzida
6.2 Massa efetiva
6.2.1 Elétrons e "buracos" em cristais
6.2.2 Os modelos para o núcleo
atômico
7 Referências
8 Bibliografia
8.1 Em português
8.2 Em inglês
8.3 Em outras línguas
9 Ver também

Definição Geral de Massa


Os conceitos físicos de
força e massa surgem
em teorias ou modelos

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destinados a estabelecer
a dinâmica em sistemas
compostos ou por entes
semelhantes ou por
entes de natureza às
vezes bem distintas.
Nestes modelos sempre
figuram também dois
outros conceitos
fundamentais, o
conceito de momento e
O quilograma-padrão. Relação
de dispersão para uma partícula o conceito de energia.
clássica. Em todos os modelos Os conceitos de energia
dinâmicos o momento P e a e momento são
energia E são definidos de forma importantes porque suas
a satisfazerem leis gerais de definições se dão de
conservação. forma que energia e
momento sempre
obedeçam a leis gerais de conservação, leis estas decorrentes
da existência de regras naturais de relacionamento entre
entes e/ou sistemas que são, em princípio, estáveis e muito
bem estabelecidas .[4] Neste contexto, energia e momento
guardam íntima relação, e um ente físico é caracterizado pela
sua relação de dispersão, um gráfico ou função que explicita
a relação existente entre o momento e a energia para este
ente. Dois entes físicos com a mesma natureza física têm
relações de dispersão semelhantes. Como exemplo, as
partículas clássicas dentro da mecânica de Newton têm
energias que dependem dos quadrados de seus momentos:
EαP2 (esta relação é encontrada de forma explicita na
mecânica hamiltoniana:E = P2 / 2m ). Já os fótons,
partículas definidas no âmbito da mecânica quântica, têm
energias linearmente dependentes de seus momentos: EαP.

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É com base na relação de dispersão que se estabelece a


definição geral de massa:

- a massa de um dado ente físico corresponde ao inverso da


derivada segunda da energia em relação ao momento.

Na oportunidade cita-se também a definição de força:

- a força que atua em um ente corresponde à derivada de seu


momento em relação ao tempo.

Definições mais intuitivas de massa, que não exigem a


princípio conhecimentos avançados em cálculo integral e
diferencial, podem ser derivadas desta definição formal
quando no contexto de um modelo dinâmico particular.

Unidade de Massa
Segundo o Sistema internacional de unidades (SI), a medida
da massa é o quilograma (kg). [5]

A unidade de medida de massa - o quilograma - encontra-se


intimamente atrelada ao quilograma-padrão, um protótipo
internacional de platina iridiada (feito de irídio e platina)
que se encontra conservado no Escritório Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM), situado no parque de Sant Cloud,
nas proximidades de Paris, França, sendo o quilograma
definido como a massa deste protótipo.

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Em vista do senso comum ressalta-se que o conceito de


quilograma (kg) como unidade de massa difere
completamente do conceito de quilograma-força (kgf), uma
unidade alternativa ao newton (N) na medida de força ou
peso.

No ramo da física de partículas é comum medir-se a massa


não em quilogramas (kg) mas em unidades diretamente
associadas às de energia, dentre as quais o elétron-volt (ev)
se destaca. Em acordo com a ideia de equivalência entre
massa e energia proposta por Eisntein (E = moC2) a massa
do elétron é expressa, em física de partículas, como
5,11x105 ev/c² ou 511 kev/c², e não como 9,11x10−31 kg.

Em química, apesar de não pertencer ao Sistema


Internacional mas ser por este aceita, uma unidade de massa
muito utilizada é a unidade de massa atômica, também
conhecida por dalton. A unidade de massa atômica,
abreviada por "u", "uma", ou simplesmente "Da", equivale à
massa de um doze avos (1/12) da massa do isótopo mais
estável e abundante de carbono (carbono 12) em seu estado
fundamental.

Mesmo sendo o quilograma a unidade oficial do Sistema


Internacional de Unidades, unidades específicas a cada ramo
de atividade ou de uso comum em certas localidades têm uso
ainda muito difundido, a citar a tonelada, a arroba, a onça, o
quilate (em joalheria e ourivesaria), e outras.

Definições de Massa na Mecânica


Newtoniana
Em mecânica clássica, que encerra em si as Leis da dinâmica
e também a Lei da gravitação universal, ambas devidas à
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Isaac Newton, encontram-se duas possíveis definições para


massa:

- a massa inercial, associada à Segunda Lei de


Newton, e à necessidade de estabelecer-se uma
unidade de força - uma unidade derivada - condizente
com esta Lei.

- a massa gravitacional, definida em função da


interação gravitacional entre dois corpos.

Massa Inercial

A massa inercial m de
um corpo é uma
grandeza escalar
associada à razão entre o
módulo da aceleração
a0 apresentada por um
corpo de referência - por
Um sistema massa-mola: na definição o quilograma
medida da massa inercial forças padrão (cuja massa
não gravitacionais com mesmo
inercial vale m0 =
módulo são aplicadas a dois
corpos, um dos quais com massa 1kg) - e o módulo da
já conhecida
aceleração a
apresentada por este corpo quando ambos encontram-se
solicitados por forças não gravitacionais de mesmo
módulo. [6]

para forças (não gravitacionais) de mesmo


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módulo atuando em ambos os corpos.

Um mecanismo destinado à medida da massa inercial nada


mais é do que um mecanismo que aplique forças não
gravitacionais com módulos idênticos a dois corpos
distintos, e que permita a medida de suas acelerações.

Um bom "medidor de massa inercial" é o sistema constituído


por duas massas, uma das quais de referência m1 de valor
previamente conhecido (mas não necessariamente o
quilograma-padrão ou réplica deste), apoiadas em uma mesa
horizontal sem atrito, e conectadas entre si por uma mola de
massa desprezível e com constante elástica não
necessariamente conhecida. Em virtude da terceira lei de
Newton, ao colocar-se o sistema para oscilar ambas as
massas oscilarão em torno do centro de massa e os módulos
das forças em ambas serão, apesar de não necessariamente
conhecidos, obrigatoriamente iguais. Ao medir-se a
aceleração a1 e a2 das massas (em relação ao centro de
massa) e determinar-se a razão entre elas estabelece-se
automaticamente o inverso da razão de suas massas inerciais
m1 e m2, o que fornece a massa desconhecida em função da
massa de referência (ou a massa desconhecida diretamente
quando a massa de referência é quilograma-padrão ou réplica
deste, caso em que m1=1 kg).

para um corpo de referência qualquer com


massa m1 conhecida;
para forças (não gravitacionais) de módulos
iguais atuando em ambos os corpos.
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A construção de um medidor de massa inercial


fundamentado nos princípios citados pode ser muito
simplificada quando, baseando-se na Lei de Hooke e no
estudo dos movimentos harmônicos simples, percebe-se que
a medida da razão entre as acelerações pode ser substituída
pela medida da razão inversa das amplitudes dos
movimentos, grandeza esta facilmente mensurável.

O conceito de massa inercial fundamenta-se diretamente nas


leis da mecânica, em especial com a Segunda Lei de Newton.

A Segunda Lei de Newton afirma em essência que a força


aplicada em um dado objeto é diretamente proporcional à
aceleração que este apresenta. Assim, quanto maior a força
aplicada a um mesmo objeto, maior a sua aceleração.
Subentende-se aqui, como em todo problema de mecânica
clássica, que o referencial utilizado é um referencial inercial,
sendo portanto a primeira e a terceira leis sempre válidas no
referencial assumido (conforme praxe).

Nestas condições, a segunda lei também encerra em si o fato


experimental de que, ao selecionarem-se diversos corpos
completamente diferentes, uma mesma força irá produzir
nestes, muito provavelmente, acelerações completamente
diferentes.

Este fato estabelece a necessidade de se definir uma


grandeza intrínseca a cada corpo que expresse em seu valor a
relação entre a força necessária e a aceleração desejada neste
corpo em específico: esta grandeza, definida como a massa
inercial do corpo, aparece na segunda lei como sendo a
constante de proporcionalidade entre força e aceleração.

Tendo-se já por definida a unidade de aceleração (m/s²), pois


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esta deriva de uma relação entre a unidade de comprimento


(no S.I o metro) e uma unidade de tempo (no S.I o segundo),
havia, mediante as situações apresentadas, duas
possibilidades para se estabelecer as unidades das grandezas
restantes: ou definia-se um padrão de força, sendo a sua
intensidade então definida como uma unidade fundamental,
e mediante esta definição estabelecia-se a unidade de massa
como unidade derivada, ou estabelecia-se um corpo
referência para o qual a massa inercial seria a unidade, e
assim fazendo ter-se-ia a unidade de força e não a unidade
de massa como uma unidade derivada.

Por razões práticas, a opção escolhida foi a segunda, e


estabeleceu-se um corpo padrão, o quilograma-padrão, ao
qual se atribuiu por definição a massa inercial de 1
quilograma (1 kg). Com esta definição, a unidade de força,
uma grandeza derivada, recebeu o nome de newton, havendo
a seguinte relação entre elas:

1N = 1kg.1m / s2
Assim, uma força com intensidade de 1 newton (1N) é uma
força que, quando aplicada ao quilograma-padrão, ou a um
corpo cuja massa seja, por comparação inercial ao
quilograma padrão ou réplica deste, também 1kg, provoque
nestes uma aceleração de exatos 1m/s².

Massa Gravitacional

Definição

Isaac Newton, por preocupar-se não


apenas com a dinâmica dos corpos
terrenos mas também com a dos corpos
celestes, estabeleceu, juntamente com
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as leis da mecânica clássica, a Lei da


Gravitação Universal. A Lei da
gravitação universal suporta-se no fato
experimental de que todos os corpos
massivos conhecidos até hoje, pelo
simples fato de existirem, atraem
outros corpos massivos ao seu redor -
e todos os outros do universo, uma vez
que a força gravitacional decai com o
quadrado da distância, e a rigor nunca
se anula, por maior que esta seja. A
força de interação em questão é a
conhecida força gravitacional, sendo
esta também denominada (de fato em
situações mais específicas) força peso. Queda de uma
bola na superfície
Na Lei da Gravitação Universal figura da Terra: O peso
portanto uma massa, a massa da bola depende
gravitacional, uma propriedade que é, das massas
assim como a massa inercial, gravitacionais da
intrínseca a todos os corpos. A Terra e da bola,
mas sua
definição operacional de massa
aceleração
gravitacional de um corpo é feita,
depende da força
assim como o ocorrido para o caso da que nela atua (o
massa inercial, por comparação entre a peso) e de sua
massa gravitacional deste corpo e a massa inercial.
massa gravitacional de um corpo de
referência, e são em princípio as
massas gravitacionais e não as respectivas massas inerciais
que, juntamente com a distância de separação entre os
corpos, determinam a força gravitacional entre estes.

O processo de medida da massa gravitacional deve ter por


base, logicamente, a força gravitacional. Através de uma
balança de equilíbrio nota-se que diferentes corpos são
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atraídos de forma diferente quando nas proximidades de um


grande corpo massivo - a exemplo de um planeta como a
Terra. Em um experimento com uma dessas balanças,
observa-se que a balança "pende" para o lado do objeto mais
"pesado", ou seja, para o lado do objeto com maior massa
gravitacional. Através de uma balança de braço imersa em
um campo gravitacional constante como o criado (não
obrigatoriamente) pela Terra, a determinação da massa
gravitacional de um corpo pode ser feita por comparação a
um padrão unitário de massa gravitacional verificando-se
que a massa gravitacional do objeto em teste - colocado em
um dos pratos - será o número necessário de amostras-
padrão a serem colocados no outro prato a fim de que a
balança mostre-se equilibrada.

O corpo-padrão sobre o qual se define a unidade de massa


gravitacional acaba sendo, por razão simples à frente
discriminada, o mesmo protótipo sobre o qual se define a
unidade de massa inercial, o quilograma-padrão. A unidade
de massa gravitacional é, portanto, a mesma unidade usada
na medida de massa inercial: o quilograma (kg).

A definição de quilograma (kg) como a unidade de massa


gravitacional deve-se à equivalência experimental entre as
massas inerciais e gravitacionais observada em todos os
corpos, mas em princípio não há nada na mecânica ou na
gravitação que obrigue a existência de tal relação, e por isto
elas devem ser definidas, a priori, de formas separadas.

Um exemplo, hipotético e irreal, da não obrigatoriedade da


equivalência entre as massas inercial e gravitacional seria
obtido caso admitíssemos que a força gravitacional não
atuasse sobre partículas carregadas eletricamente, e sim
sobre partículas estritamente neutras. Nestas condições, dois
pedaços de urânio confeccionados de forma a terem massas
inerciais estritamente iguais, mas compostos por isótopos
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inerciais estritamente iguais, mas compostos por isótopos
distintos deste material, a saber urânio U235 (usado na
bomba de Hiroshima) e U238 (isótopo abundante, usado em
reatores), teriam visivelmente massas gravitacionais (e pesos)
diferentes, pois o número de nêutrons em uma amostra seria
maior do que o número de nêutrons na outra.

Massas gravitacionais ativa e passiva?

Definições

A introdução da ideia de campo na Física por Michael


Faraday representou um avanço formidável não só no ramo
da eletricidade mas também no estudo da gravitação
universal. A ideia fundamental atrás do conceito de campo
se opõe diretamente ao conceito de ação à distância. Dados
dois entes em interação, no modelo de ação à distância cada
um dos entes atua diretamente sobre o outro, não havendo
qualquer agente intermediário responsável por esta
interação. Na visão através do modelo de campo, um dos
entes em interação é agora responsável por criar ao seu redor
um terceiro ente físico, o campo, que será o mediador da
interação entre ele e o segundo ente. Neste caso, o segundo
ente não mais interage com o primeiro diretamente, e sim
com o campo que este criou.

Em algumas bibliografias usa-se o modelo de campo para


suportar a definição de duas massas gravitacionais a
princípio diferentes: a massa gravitacional ativa e a massa
gravitacional passiva, nenhuma das quais, então,
necessariamente igual à massa inercial do corpo associado.
Temos então a seguinte definição para cada uma delas:

- Massa gravitacional ativa: é a massa gravitacional


responsável por "criar" o campo gravitacional ao redor
do objeto a ela associado. Quanto maior a massa
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gravitacional ativa de um objeto pontual, maior é a


intensidade do campo gravitacional que ele criaria em
um ponto situado a uma distância arbitrária mas fixa
de seu centro. Nestes termos, a massa gravitacional
ativa da Terra é bem maior do que a da Lua, pois um
pequeno objeto de teste de massa ativa irrelevante
(conhecido como corpo de teste), digamos uma bola
de basebol, quando situado, de forma alternada, em
dois pontos diferentes, cada qual equidistante do
centro de um dos astros, sofre uma aceleração muito
maior quando solto no ponto sujeito ao campo criado
pela Terra. O mecanismo de medida da massa ativa é o
já considerado, a comparação: escolhe-se um corpo de
prova qualquer mas único, a ser situado a uma
distância das massas ativas experimentalmente
razoável mas única, e solta-se o mesmo ora no ponto
próximo a um ora na proximidade do outro corpo
ativo. Sendo uma das massas ativas a de referência, a
razão entre as acelerações apresentadas pelo corpo de
prova nos dois casos será a razão entre as massas
gravitacionais dos corpos ativos, o que fornece a
massa do outro em relação à do primeiro.
- Massa gravitacional passiva: a massa gravitacional
passiva é a massa que responde pela interação de um
objeto com o campo gravitacional (criado por uma
massa ativa). A medida da massa passiva é definida
dividindo-se o peso do objeto pela aceleração
determinada pelo campo de gravidade. Sabe-se que
dois objetos imersos em um mesmo campo
gravitacional apresentam a mesma aceleração, mas
verifica-se que um objeto com uma massa
gravitacional passiva menor quando comparada à de
um outro objeto também em análise mostra-se
solicitado por uma força peso também menor do que
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aquela verificada no primeiro objeto. Decorre que o


processo de medida da massa passiva é também um
processo de comparação, a saber o já descrito
anteriormente na definição de massa gravitacional,
com o possível uso de uma balança de braço.

Uma questão de simetria

Dentro da dinâmica de Newton há, ao contrário do que


ocorre entre massa gravitacional e massa inercial, forte base
teórica para se afirmar que as massas gravitacionais ativa e
passiva devem ser, em verdade, iguais, ou pelo menos
diretamente proporcionais mediante uma constante de
proporcionalidade universal. O suporte mais importante para
tal fato encontra-se na definição de força, que é exatamente a
mesma tanto no âmbito da teoria da gravitação universal
quanto no âmbito da teoria mecânica: força é a expressão
física da interação de DOIS objetos, e um objeto sob a ação
de uma força tem sua dinâmica determinada pela Segunda
Lei de Newton, qualquer que seja a natureza da interação
entre os corpos. Se assim não fosse, a teoria da gravitação
destacar-se-ia como uma teoria dinâmica a parte, devendo
estabelecer não apenas que existe uma interação de origem
gravitacional entre dois corpos e fornecer a tradicional
fórmula para o cálculo da força que representa esta
interação, como também fornecer todo um conjunto de
regras (similares ou não às leis de Newton) que permitissem
determinar a dinâmica dos corpos que por ventura se
encontrassem sobre a ação destas "forças especiais".

Uma vez estabelecido que a Terceira Lei de Newton vale


dentro da dinâmica gravitacional, a igualdade, ou melhor, a
proporcionalidade entre as massas gravitacionais ativa e
passiva é direta. Repare que estas massas não precisam
obrigatoriamente ter o mesmo valor para um dado corpo,
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pois um fator de proporcionalidade universal poderia ser


facilmente "absorvido" dentro da constante de gravitação
universal G que figura na equação da Lei da Gravitação
Universal. Assim, poder-se-ia, em princípio, definir: "a
massa gravitacional ativa de qualquer corpo vale sempre o
dobro de sua massa passiva". Se assim fosse, um corpo com
massa gravitacional passiva de 1 kg teria uma massa
gravitacional ativa de 2 kg. Repare entretanto que
estabelecendo-se, neste caso, o valor da constante de
gravitação G como tendo a metade do valor que na realidade
tem, o fator 2 introduzido na definição da massa ativa seria
cancelado por este fator 1/2 introduzido na constante G
original, e a força gravitacional bem como toda a dinâmica
fornecida pela segunda lei para estes corpos não seriam,
como um todo, afetadas. Entretanto, podendo-se escolher,
fazem-se sempre as escolhas mais simples:

- as massas gravitacionais ativa e passiva de qualquer


corpo são iguais no âmbito da mecânica clássica.
- o uso dos termos ativo e passivo mostra-se relevante
apenas quando, em uma análise baseada em interação
através de campos, deseja-se explicitar qual é o corpo
fonte de um campo e qual é o corpo que sente este
campo.

Equivalência de Massa Inercial e Gravitacional

É fato que, conforme elaboradas por Newton, não há nada


em toda a estrutura da dinâmica e da gravitação universal
que forneça uma razão teórica plausível para a equivalência
experimentalmente observada entre massa gravitacional e
massa inercial. A dinâmica newtoniana afirma apenas que as
massas gravitacionais são responsáveis pelas forças
gravitacionais entre dois corpos em interação gravitacional,
sendo estas massas e não as inerciais as massas usadas na
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determinação do módulo destas forças gravitacionais - um


par ação e reação. Afirma também que a massa inercial é a
massa utilizada na segunda lei da dinâmica, sendo esta
massa, e não a massa gravitacional, a massa utilizada no
cálculo da aceleração apresentada pelo corpo quando
solicitado por quaisquer forças - inclusive as de origem
gravitacional. A massa presente na equação fundamental da
dinâmica (F = m.a) é, pois, a massa inercial.[7]

O Pêndulo de Newton

Newton foi o
primeiro a
verificar

Pêndulo: diagrama mostrando a força


peso (mg) e suas componentes em
direção radial e tangencial. Os pêndulos
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são usados em diversos experimentos, a


saber no Pêndulo de Foucault, na
determinação da gravidade local e no
experimento de Newton relatado.

experimentalmente a equivalência entre massa inercial e


massa gravitacional. A ideia de seu experimento reside nos
resultados teóricos da aplicação das teorias gravitacional e
mecânica ao estudo de um pêndulo gravitacional simples,
que, mantidas explícitas as massas gravitacional e inercial
nos cálculos, leva à seguinte equação para o período de
oscilação T de um pêndulo:

onde mi e mg referem-se,

respectivamente, às massas inercial e gravitacional do corpo


suspenso, L ao comprimento do pêndulo e g ao módulo da
aceleração da gravidade no local do experimento.

Nesta equação torna-se evidente que, mantidos constantes o


local do experimento - e portanto a aceleração da gravidade
g no local - e o comprimento L do pêndulo, uma troca do
corpo suspenso no pêndulo por outro qualquer que tenha,
por simplicidade mas não obrigatoriedade, uma mesma
massa gravitacional mg, só levará a uma alteração no período
do pêndulo se a razão for diferente nos diversos corpos,

ou seja, se não houver uma relação fixa entre a massa


gravitacional mg e a massa inercial mi.

Na sequência, Newton construiu um pêndulo fixando uma


caixa oca e a princípio vazia na ponta de uma haste com
massa desprezível. O interior da caixa foi, então, em uma
sequência de experimentos, enchido com os mais diversos
materiais, tendo Newton sempre o cuidado de encher o
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pêndulo de forma que este tivesse, depois de cheio, sempre a


mesma massa gravitacional mg (o pêndulo era pesado). Os
períodos dos diversos pêndulos assim obtidos foram,
satisfeitos os rigores experimentais associados ao
experimento, a citar a manutenção, em valores constantes e
adequados, do local, da amplitude A do movimento, e do
comprimento L da corda, então medidos.

Consideradas as incertezas experimentais inerentes, Newton


não observou qualquer alteração nos períodos dos diversos
pêndulos por ele construídos e, ao fazê-lo, estabeleceu a
igualdade entre as massas inercial e gravitacional até a
terceira casa decimal (precisão de cerca de 1 parte em 103).

Uma vez estabelecida a igualdade entre as duas massas, a


equação para o período do pêndulo se reduz a:

que é a equação encontrada em qualquer livro de física de


ensino médio.[8]

Graças à equivalência
entre as massas
inercial e
gravitacional há uma
completa
independência entre
o período de
oscilação T de um
pêndulo (oscilando
com pequenas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 20/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

amplitudes) e a massa
do corpo nele
suspenso. Assim,
mantidos o
comprimento L e a Balança de torção: mostrando-se um
aceleração da valioso instrumento experimental, a
gravidade no local do balança de torção já foi utilizada em
diversas áreas de estudo da física,
experimento,
entre as quais na mecânica e na
qualquer que seja a eletricidade
massa que se coloque
na ponta de um
pêndulo, o seu período de oscilação T será o mesmo. Uma
alteração no período T requer ou uma alteração no
comprimento L do pêndulo, ou uma alteração na aceleração
da gravidade no local onde realiza-se a experiência. Como a
aceleração da gravidade terrestre no local, suposto fixo,
também é constante, o período T de um pêndulo mostra-se
influenciável em primeira ordem apenas por alterações em
seu comprimento L.

Em consequência, os relógios "cuco" têm por base de tempo


as oscilações de pêndulos, os quais são ajustados, uma vez
em seus respectivos locais de trabalho, mediante pequenas
mudanças nos seus comprimentos L. Pêndulos mostram-se
também como bons equipamentos para a determinação, com
razoável precisão, da gravidade em um dado local.

A balança de torção de Eötvös

Um considerável avanço experimental na busca da afirmação


de igualdade entre as massas inercial e gravitacional foi feito
por Lorànd Eötvös em 1909 .[9] Utilizando uma balança de
torção ele realizou uma sequência de experimentos que
resultou em uma considerável redução na incerteza desta
afirmação, sendo seus resultados compatíveis com uma
9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 21/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

incerteza menor que 1 parte em 109 (1 milhão de vezes mais


precisa do que a obtida por Newton).

Eötvös colocou diferentes materiais nas extremidades de sua


balança de torção e comparou, para cada material, a sua
massa gravitacional (o seu "peso") e a sua massa inercial,
determinada a partir da força inercial centrífuga devida à
rotação da Terra. Qualquer diferença entre estas duas massas
seria observada como uma rotação da balança de torção. Tal
rotação, dentro dos limites experimentais, não foi observada.

Dike e Braginsk: incerteza menor que 1 parte em 1011

A ideia do uso da balança de torção para a determinação da


igualdade entre as massas inercial e gravitacional foi
retomada, em 1964, por um cientista de nome Dike, e em
1972 por Braginsk. Com refinamentos que agora levavam em
conta, entre outros, a atração gravitacional do Sol, e a força
inercial associada à órbita da Terra ao redor do sol, estes
cientistas conseguiram ao fim afirmar que a massas inercial e
gravitacional são iguais com uma incerteza menor do que 1
parte em 1011, refinando em pelo menos 100 vezes a
incerteza anteriormente obtida por Eötvos.

O princípio da equivalência de Einstein

"Eu estava
sentado em uma
cadeira no
escritório de
patentes, em
Berna, quando de
repente ocorreu-
me um
DC-9 da NASA em ascensão: durante a pensamento: se
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 22/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre
DC-9 da NASA em ascensão: durante a
aceleração os objetos dentro do avião uma pessoa cair
parecem pesar bem mais do que livremente, ela
realmente pesam, e não há como se não sentirá seu
dizer qual parcela do peso aparente é próprio peso. Eu
devida à gravidade, e qual é devida à estava atônito.
aceleração: trata-se do princípio da Este simples
equivalência. pensamento
impressionou-me
profundamente. Ele me impeliu para uma teoria da
gravitação." (Albert Einstein)

Talvez a mais forte evidência a favor da veracidade da


afirmação entre a igualdade das massas inercial e
gravitacional encontre-se em um fato inicialmente observado
por Galileu Galilei, e eternizado na famosa experiência da
Torre de Pisa. Uma vez estabelecido um local onde haja um
campo gravitacional conhecido, a exemplo um ponto na
superfície da Terra, verifica-se experimentalmente que
TODOS os objetos caem, quaisquer que sejam as suas
massas, materiais constituintes ou volumes, quando soltos
em queda livre a partir de um mesmo ponto, exatamente com
a MESMA aceleração. Conforme visto, se houvesse
realmente alguma diferença entre massa gravitacional e
massa inercial, um corpo que, a exemplo, apresentasse massa
inercial razoavelmente maior do que sua massa gravitacional
deveria, em seu processo de queda, apresentar uma
aceleração mensuravelmente menor do que a que seria
observada em um corpo no qual a massa gravitacional fosse
maior que (ou pelo menos não tão diferente da) sua massa
inercial.

Esta última ideia encontra enfronhada na citada frase de


Einstein pois, associada os diversos materiais que compõem
o corpo humano, levaria a forças de contato entre os diversos
sistemas do corpo quando este estivesse em queda livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 23/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Tomemos a exemplo o sistema ósseo e o sistema muscular.


Caso as razões entre as massas inercial e gravitacional
fossem diferentes nos dois sistemas, haveria
obrigatoriamente uma força de contato entre estas estruturas
a fim de se manter a unicidade do corpo durante a queda.
Sendo o nosso sentido de tato sensível justamente a estas
forças, estas fariam com que as pessoas "sentissem" a suas
próprias quedas, fato que não é, entretanto, observado.

O Princípio da Equivalência entre as massas inercial e


gravitacional guarda uma íntima relação com o Princípio da
Equivalência de Einstein, ponto de partida para a construção
de uma teoria de gravitação covariante em relação a qualquer
referencial: a Relatividade Geral.

Uma vez estabelecida a equivalência entre massa inercial e


massa gravitacional, o termo massa, dentro da dinâmica
newtoniana, passa a representar, de forma implícita, o termo
mais adequado à situação.

Conservação
da Massa em
Mecânica
Clássica

No âmbito da
mecânica clássica
considera-se que a
massa, uma
propriedade da
matéria, é Um DC-9, da NASA, mergulhando. A
NASA vale-se da igualdade entre as
constante, não
massas gravitacional e inercial para
podendo ser simular, aqui na Terra, um ambiente de
criada e nem gravidade "nula" (também conhecido
destruída, apenas com estado de imponderabilidade).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 24/52
05/09/2010 com
Massa -estado
Wikipédia, de imponderabilidade).
a enciclopédia livre

transportada.
Diversas leis, a
exemplo das leis de Newton e de Lavoisier (massa dos
reagentes é igual a massa dos produtos), tomam partido
desse fato que, mantidas as fronteiras impostas pela
mecânica clássica, mostra-se plenamente verídico no
cotidiano.

Entretanto a ideia de conservação e de associação entre


massa e matéria falha de forma considerável em outros
campos que não o da mecânica clássica, e em áreas sujeitas
às leis da física de partículas, da mecânica quântica e da
relatividade, esta acaba substituída ("englobada") por uma lei
mais fundamental, a lei da conservação de energia. Nestas
áreas massa mostra-se equivalente à energia, e a equação
E=mc² torna-se indispensável para estabelecer-se a citada lei
de conservação.

Massa no âmbito da Relatividade


Relatividade Restrita

(1) "As leis dos fenômenos eletromagnéticos, bem


como as leis da mecânica, são as mesmas em todos os
sistemas de referências inerciais, apesar de estes
sistemas se moverem uns em relação aos outros.
Consequentemente, todos os referenciais inerciais são
completamente equivalentes para todos os
fenômenos."

(2) "A velocidade da luz no vácuo independe do


movimento do observador e do movimento da fonte"

Conforme encontrados em Física Quântica (Eisberg, Robert


et. al.) [10] [11] , os postulados da Relatividade Restrita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 25/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

parecem simples. Entretanto esta simplicidade esconde um


intrincado conjunto de ideias e fatos que, derivados de
inconsistências entre as teorias da mecânica clássica e do
eletromagnetismo clássico, e de inconsistências, o que é bem
mais sério, entre estas teorias e fatos experimentais então
estabelecidos, culminaram com a necessidade de uma nova
proposta para a compreensão da dinâmica da matéria (e
energia). A simplicidade dos postulados esconde também
consequências em verdade nada simples e que fogem bem ao
senso de mundo que temos normalmente. Fatos como
dilatação do tempo, contração do espaço, e uma nova
"definição" de massa encontram-se bem distantes da
percepção de mundo de um "simples mortal".

Massa de Repouso

Ao ser elaborada a relatividade restrita acabou herdando


vários dos conceitos antes existentes em mecânica clássica, o
que faz sentido visto que a mecânica clássica foi um
paradigma para a dinâmica que perdurou por quase trezentos
anos sem encontrar qualquer evidência experimental que não
fosse condizente com sua proposta, sendo portanto uma
teoria para a dinâmica que se ajusta plenamente aos fatos
observáveis do "mundo em que vivemos", e dentro de certos
limites plenamente válida ainda hoje. Qualquer nova teoria
dinâmica que pretenda estender a compreensão até então
fornecida pela mecânica clássica deverá portanto
necessariamente apresentar resultados que concordem com
os por ela fornecidos quando dentro dos limites de sua
validade, ou seja, em um mundo macroscópico e de baixas
velocidades quando comparadas à da luz.

A mais importante herança recebida pela relatividade restrita


da mecânica clássica é o conceito de referencial inercial
sobre o qual esta nova teoria também se estabelece, sendo a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 26/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

relatividade restrita, portanto, uma teoria ainda não


completamente covariante. Tal covariância geral só será
alcançada no âmbito da Relatividade Geral.

Na sequência, uma segunda herança direta da mecânica


clássica e que se traduz dentro da relatividade restrita por
massa de repouso m0 é o conceito clássico de massa
inercial, sendo esta definida dentro da relatividade restrita
como a massa medida para um objeto quando este se
encontre em repouso em relação ao referencial inercial a
partir do qual se estabelece a medida, ou seja, com
velocidade praticamente nula e assim completamente
desprezível quando comparada à da luz - condição que
implica o limite de validade da mecânica clássica. Assim:

a massa de repouso m0, apesar de constituir um


conceito com validade global dentro da teoria
relativística, é a massa de um objeto estabelecida em
condições que, dentro da mecânica relativística,
impliquem também a validade da mecânica clássica e
de seu conceito de massa inercial, sendo esta então
definida como igual à massa inercial clássica
estabelecida para o corpo: m0 = m.
No âmbito da relatividade restrita a massa de repouso (ou
simplesmente massa) de uma partícula ou sistema pode ser
obtida através da expressão:

onde E é a energia total do sistema, P é o momento total do


sistema e c a velocidade da luz.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 27/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Massa relativística

Definição

Lançamento do ônibus espacial Atlantis: apesar


da relatividade ter estendido a nossa visão do
universo, os cálculos que permitem o lançamento
e o domìnio do espaço são basicamente cálculos
que envolvem mecânica clássica.

relatividade restrita, sendo uma nova teoria sobre dinâmica,


estabeleceu novas regras que substituíram as Leis de Newton
quando fora do limite clássico, e foram elaboradas, conforme
discutido, de forma que se reduzissem a elas quando nos
limites onde a mecânica clássica vale. Estas novas leis, mais
abrangentes, foram também estabelecidas de forma a tornar
não só a dinâmica da matéria como também as leis da
dinâmica da energia invariantes à mudança de referencial,
leis últimas expressas por um conjunto de equações que
constituem ainda hoje o pilar fundamental da teoria
eletromagnética clássica, as Equações de Maxwell .[12]

Dentro deste contexto, nos limites onde as leis da mecânica


não valem, o conceito clássico de momento ( )
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 28/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

não se mostra mais associado a uma lei de conservação, e a


elaboração de um novo conceito de momento condizente
com as leis da relatividade restrita e também com a
existência de uma lei de conservação associada levou à
definição do que se denomina momento relativístico. O
momento relativístico P, que satisfaz conforme definido à
citada lei de conservação, é definido por:

Comparando-se estas e várias outras equações da dinâmica


relativística com as respectivas equações da dinâmica
clássica, tem-se a intuição que se pode derivar as leis da
dinâmica relativística substituindo a massa inercial m nas
equações para a mecânica clássica pelo que se convencionou
chamar massa relativística :

onde representa a velocidade da partícula em


relação ao referencial (inercial) de análise, e mo, a
massa de repouso antes definida.

Na equação para a massa relativística vemos que esta massa


é explicitamente dependente de sua velocidade, e, visto que
maiores valores de velocidade nesta equação implicam
maiores valores para a massa relativística, indo esta ao
infinito no limite que a velocidade do objeto iguala-se à
velocidade da luz C, não é incomum encontrar-se pessoas
ligadas à área científica dizendo que "a massa aumenta a
altas velocidades".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 29/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

O fato é que, apesar de intuitivo - e de muitas das vezes levar


a analogias que podem mostrar-se válidas - uma simples
substituição da massa inercial clássica pela massa
relativística leva, na maioria das vezes a resultados
completamente falsos. Vejamos o que ocorre com a força e
com a equação de Newton nesta perspectiva.

A relatividade "herda" a definição de força em sua forma


mais abrangente que, junto com a definição do momento
relativístico, resulta:

Notoriamente a força que se observa atuando em um corpo


que se move com uma velocidade não pode ser derivada
pela simples substituição da expressão da massa relativística
na lei da dinâmica de Newton F=ma. A força na mecânica
relativística apresenta duas componentes: uma condizente
com a "proposta" de massa relativística, paralela à aceleração
apresentada pelo corpo, e outra, que nos diz que há também
força na direção da velocidade do objeto, termo que não
condiz com a "proposta" e tão menos com a mecânica
clássica.

Outra incoerência associada à definição de massa


relativística pode ser obtida quando esta é substituída na Lei
da Gravitação de Newton. Conforme estruturada, a dinâmica
da relatividade restrita estabelece a dinâmica dos corpos e
energia apenas em situações completamente isentas de
campos gravitacionais, e uma equação para a lei da
gravitação não figura dentro do âmbito da relatividade
restrita. A associação de uma teoria de gravitação à da
relatividade restrita nos leva diretamente à relatividade geral.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 30/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Assim, conforme tradução do expresso em Classical


Daynamics (Thornton et. al), "Nós preferimos nos reter o
conceito de massa como uma grandeza invariante, uma
propriedade intrínseca dos corpos. O uso dos dois termos,
massa de repouso e massa relativística, é hoje considerado
obsoleto. Portanto nos sempre iremos nos referir apenas ao
termo massa, o qual equivale à massa de repouso. O uso da
massa relativística geralmente conduz a erros ao se usar
expressões clássicas." [13]

Massa transversal e longitudinal?

Os conceitos de massa longitudinal e massa transversal [14]


derivam diretamente ao conceito de massa relativística, e
assim estão sujeitos às mesmas restrições quanto a serem
conceitos confusos e fora de moda. Ao explicitar-se a
aceleração em função da força na relatividade restrita obtém-
se a seguinte expressão para a aceleração:

Esta expressão mostra que de forma geral a aceleração de um


partícula depende do ângulo entre a força e a velocidade, e
geralmente não tem a direção e o sentido da força.
Entretanto há dois casos em que a força tem a mesma direção
da aceleração, fornecendo algo parecido com a forma
clássica de Newton:

- Quando a força é paralela à velocidade. Neste caso


temos, após algumas operações:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 31/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

e a igualdade à direita define o que se convencionou chamar


massa longitudinal ml uma medida da "inércia" deste corpo -
mas apenas nas condições em que a força mostre-se
estritamente paralela à velocidade.

- Quando a força é perpendicular à velocidade. Neste


caso temos, após algumas operações:

e a igualdade à esquerda define o que se convencionou


chamar massa transversal mt , uma medida da "inércia" do
corpo neste caso em específico.

Se o conceito de massa relativística já é confuso, estes,


restritos à situações específicas dentro do mesmo contexto
também não se mostram menos complicados, e o uso de tais
grandezas não encontra apoio nos dias de hoje, se é que já o
teve.

Conservação da Massa – Energia

A mecânica relativística
também herda, além dos
já falados, dois outros
conceitos bem intuitivos
da mecânica clássica: o
conceito de trabalho T
de uma força,
classicamente definido Equivalência entre massa e
por: energia: em situções onde a
mecânica clássica deixa de ser
válida a lei clássica da
conservação da massa deve ser
substituída por uma lei mais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 32/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

geral, a lei da conservação da


massa-energia.

, e que, em mecânica

clássica, conduz à definição T = F.X.cosθ - válida quando


se tem uma força F constante formando sempre o mesmo
ângulo θ com o deslocamento - e o teorema da equiparação
entre trabalho e variação da energia cinética, δK = T.
A fim de se ter uma energia cinética relativística condizente
com o teorema da equivalência citado, devemos inserir a
força relativística na equação que define trabalho, o que,
após alguns cálculos não muito avançados (para quem sabe
um pouco de cálculo integral e diferencial - ver Eisberg et.al,
Física Clássica), fornece:

Mostra-se também, sem muita complicação, que no limite


onde a velocidade v da partícula é negligenciável perto da
velocidade c da luz, a equação da energia cinética
relativística se reduz à equação da energia cinética clássica
.

A equação da energia cinética relativística, assim definida, é


uma equação em que há duas parcelas, um dependente de
velocidade V do lado esquerdo, e uma independente de V,
fixa uma vez conhecida a massa inercial da partícula, do lado
direito: K = E(V) − E'(0). Transpondo os termos temos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 33/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

E(V) = K + E'(0), e lembrando que a energia total de


uma partícula é a soma entre sua energia cinética e demais
tipos de energia que esta possui, a intuição nos leva
diretamente à conclusão que o termo

deve ser interpretado como a energia relativística total da


partícula. Quando a velocidade da partícula é nula, sua
energia total vale, assim:

E(0) = moC2
que é a famosa equação de Einstein para a equivalência entre
massa e energia.

A validade desta equivalência entre massa de repouso e


energia de repouso no contexto da relatividade restrita
encontra suporte experimental em uma série de eventos que
vão desde a produção e aniquilação de pares de partícula-
antipartícula, onde massa de repouso é claramente
convertida em energia pura (radiação eletromagnética: raios
gama), até reações nucleares onde a conversão de massa de
repouso em energia é responsável por manter reatores
funcionando, e também por permitir que se construam
bombas muito pequenas perto do seu imenso poder de
destruição (bombas nucleares).

A energia relativística também obedece, como é de se


esperar, a uma lei de conservação: a lei da conservação da
massa-energia no contexto da relatividade restrita.

Relatividade Geral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 34/52
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No âmbito da
Relatividade Geral a
queda livre de uma
partícula em um campo
gravitacional é
entendida como um
movimento que se
realiza em ausência de
força. A força neste
contexto é a causa de
desvios nesta trajetória
de queda livre.
Associada à força,
medindo a oposição da
partícula a mudanças na
sua trajetória de queda
livre, temos a massa
inercial da partícula.

As trajetórias das
partículas em queda
livre são linhas retas - de
forma mais rigorosa
Princípio da equivalência: em
geodésicas - no espaço-
Relatividade Geral a queda livre
em um objeto em um campo
tempo. Estas trajetórias
gravitacional é entendida como são dependentes apenas
um movimento que se realiza em das posições e
ausência de força. velocidades iniciais das
partículas em queda
livre, mostrando-se completamente independentes de
propriedades inerentes como as massas ou as dimensões
destas (o princípio da equivalência). Em função do espaço-
tempo não ser plano, as projeções das geodésicas associadas
sobre o espaço tridimensional ao qual estamos habituados
normalmente não fornecem trajetórias retas e sim trajetórias
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 35/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

quase sempre "curvas", a exemplo trajetórias parabólicas,


neste mundo tridimensional onde espaço e tempo são
entendidos como separados.

A origem dos campos gravitacionais na equação fundamental


da Teoria da Relatividade Geral encontra-se o tensor de
energia-momento, ou seja, nas densidades e fluxos de
energia e momento. Uma vez que a energia de uma partícula
em repouso associa-se diretamente à sua massa (inercial), as
massas dos corpos em repouso são "fontes" de campos
gravitacionais. Sendo o movimento da fonte do campo
gravitacional desprezível e sendo a velocidade do objeto em
queda livre bem pequena quando comparada à velocidade da
luz, tem-se no limite a validade da lei da gravitação de
Newton: a massa do corpo confunde-se com a massa
gravitacional clássica. Assim tem-se o princípio da
equivalência. Entretanto há exceções: para corpos com alta
densidade de energia (luz como partícula) este argumento
não é válido: a gravidade nas proximidades do sol mostra-se
duas vezes maior do que a que seria esperada pela
Gravitação de Newton sob mesmo princípio.[15]

O conceito de massa na Teoria Geral da relatividade é em


verdade bem mais complexo do que o encontrado na sua
versão restrita. De fato, a Teoria Geral da Relatividade não
oferece uma definição simples do termo massa, mas oferece
diferentes definições aplicáveis cada qual em circunstâncias
específicas diferentes, a exemplo as massa "ADM" e
"Komar" ..[16] E existem situações claras dentro da Teoria
Geral onde não há como se estabelecer um conceito aceitável
para massa.

Em suma, não há um conceito de massa que se mostre


completamente covariante dentro da Teoria Geral da
Relatividade.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 36/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Massa no âmbito da mecânica


Quântica
Dentro dos limites onde não só a granulosidade da matéria
como também a quantização nos processos de troca de
energia mostram-se relevantes, as leis da teoria clássica
deixam muito a desejar quando o objetivo é explicar os
fenômenos naturais que nele ocorrem, e em primeira
instância a teoria da mecânica quântica não relativística
torna-se a teoria responsável por nos fornecer as ferramentas
adequadas para a correta compreensão dos fenômenos
naturais observáveis dentro destes limites. A mecânica
quântica não relativística é uma extensão da mecânica
clássica para o mundo microscópico com dimensões
comparáveis às dos átomos. Esta teoria, cujas origens
remontam ao ano de 1900 com os trabalhos de Max Planck,
pode ser rapidamente sintetizada na Equação de
Schrödinger, equação que exerce na teoria quântica papel
similar à equação fundamental da dinâmica dentro da
mecânica clássica.

Com a devida ressalva sobre o conceito de partícula no


âmbito da teoria quântica, a qual nos leva diretamente ao
princípio da complementaridade de Niels Bohr, na equação
de Schrödinger figura uma massa, essencialmente a massa
inercial da partícula, herança direta da mecânica clássica.
Em consequência, no escopo da mecânica quântica não
relativística a massa é a mesma massa inercial, clássica, da
partícula. No que se refere à associação entre massa inercial
e gravitacional, no mundo quântico o conceito de massa
gravitacional tornam-se completamente sem sentido visto
que a ordem de grandeza das massas no mundo atômico leva
a valores extremamente pequenos - completamente
desprezíveis e realmente desprezados - para as forças
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 37/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

gravitacionais entre dois entes neste mundo microscópico.


Para a descrição correta do átomo de hidrogênio a expressão
para a energia potencial elétrica de interação entre o próton e
o elétron é indispensável na equação de Schrödinger, mas
em nenhuma literatura esta aparecerá ao lado de sua
equivalente gravitacional.

Para a descrição de fenômenos que envolvam altas


velocidades (se comparadas às da luz) ou elevados níveis de
energia - a exemplo espalhamento de raios X pela matéria - a
mecânica quântica ganha uma versão relativística, e neste
caso nas equações associadas, entre elas a equação de Klein-
Gordon, figura o conceito de massa de repouso da partícula.
O uso do conceito de massa relativística herda as mesmas
restrições já consideradas na definição desta neste artigo,
sendo suprimido pelo uso do conceito de energia total da
partícula. Em certas situações a massa mostra-se muitas
vezes medida através de um comprimento de onda,
diretamente associado ao comprimento de onda de um fóton
cuja energia seja a mesma da energia de repouso da
partícula. Seguindo esta associação, para elétrons tem-se a
massa quântica do elétron, o seu comprimento de onda
Compton, que pode ser determinada por várias formas de
espectroscopia e encontra-se intimamente relacionada à
constante de Rydberg, o raio de Bohr, e o raio clássico do
elétron. A massa quântica de objetos maiores pode ser
diretamente medida pela balança de watt.[17]

Conceitos de Massa em Sistemas


Específicos
Massa reduzida

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 38/52
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Massa Reduzida: o problema da gravitação de dois corpos


em torno do respectivo centro de massa pode
formalmente ser convertido em um problema de corpo
único - com "massa reduzida" - gravitando em torno de
um referencial (inercial) situado onde se encontrava o
outro corpo, este último substituído por um campo de
força central adequado.

Geralmente estabelecido dentro do âmbito da gravitação mas


também válido em outras situações similares, o conceito de
massa reduzida surge a partir de resultados matemáticos
associados à análise da dinâmica de dois corpos com massas
m1 e m2 que, devido à interação gravitacional entre eles,
gravitam mutuamente o centro de massa do sistema que
constituem. A análise clássica deve ser feita a partir do
centro de massa ou de outro referencial inercial equivalente,
e a rigor não pode ser estabelecida com base em um
referencial fixo em um dos corpos, pois estes não constituem
referenciais inerciais válidos. São necessários portanto seis
grandezas, a saber as componentes dos vetores e que
localizam os dois corpos a partir do referencial inercial
escolhido.[18]

Entretanto, sob certas condições, que incluem a dependência


da função energia potencial U associada ao sistema apenas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 39/52
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com o módulo do vetor que localiza uma das


massas em relação à outra, condições geralmente satisfeitas
por tais sistemas gravitacionais constituindo um sistema
isolado, a análise pode ser feita a partir de qualquer
referencial inercial mediante o conhecimento do vetor que
localiza o centro de massa do sistema em relação ao
referencial escolhido e do vetor que localiza uma das
massas em relação à outra. Escolhendo-se, sem perda de
generalidade, o centro de massa como referencial ( ),
os cálculos podem ser feitos com base apenas em três
grandezas, a saber as componentes do vetor que localiza uma
massa em relação à outra (o vetor ).

Nestas condições, o problema é formalmente reduzido,


sendo matematicamente análogo, ao problema da análise do
movimento de um único corpo que se mova sob influência de
um campo central - campo este diretamente associado à
função energia potencial e à origem do referencial
inercial assumido - e que tenha massa μ determinada através
da expressão:

Esta massa μ é conhecida por massa reduzida do sistema


formado pelas massas m1 e m2.

Assim, a análise do sistema Terra-Lua pode ser feita a partir


de um referencial com origem no centro na Terra desde que à
Lua seja atribuída a massa reduzida associada ao sistema
Terra-Lua.

O emprego do conceito de massa reduzida não se restringe


ao problema clássico citado, figurando também em áreas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 40/52
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como eletromagnetismo e física quântica, a exemplo no


estudo dos átomos e na definição da "Constante de Rydberg
para um núcleo de Massa M".[19]

Massa efetiva

Elétrons e "buracos" em cristais

Massa Efetiva: quando elétrons tentam se mover no


interior de cristais com certos valores de energia e
momento, o fenômeno de ressonância que é
desencadeado leva a uma inibição imediata destes estados
energéticos, e portanto à existência de bandas de energia
proibidas no cristal. A proximidade à ressonância leva a
enormes desvios no valor da massa efetiva dos elétrons.

Ao se discutir o comportamento de partículas que se movem


dentro de estruturas que lhe impõem potenciais periódicos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 41/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

ao longo de seu movimento é conveniente introduzir o


conceito de massa efetiva. Esta situação é típica dentro de
física do estado sólido, onde a maioria dos efeitos elétricos
de interesse decorre do alto padrão de simetria encontrado
nos cristais semicondutores - a exemplo silício ou arsenieto
de gálio - e da quebra proposital desta simetria - a exemplo
através da introdução de pequenas quantidades de elementos
específicos - os dopantes - na rede. A introdução da massa
efetiva tem um considerável valor teórico pois dentro dos
cristais semicondutores a ausência de um elétron introduzida
por um dopante com valência inferior à requisitada pela rede
- a exemplo gálio em cristal de silício - gera um "buraco",
que efetivamente funciona como uma partícula positiva - um
portador de carga que também contribui para a produção de
corrente elétrica - e que, apesar de ter uma massa real nula (é
literalmente um buraco - a falta de um elétron), move-se
dentro da rede e sob ação de campos (forças) externos como
se fosse uma partícula com massa real igual à sua massa
efetiva.

A origem da massa efetiva encontra-se no comportamento


dual da matéria no mundo quântico, sendo os movimentos
das partículas dentro dos cristais melhor descritos por ondas
de matéria do que pelo clássico movimento de partículas em
si. Quando se movem com determinadas velocidades
(momentos) dentro da rede que lhes conferem comprimentos
de onda de De Broglie próximos ou iguais aos dos
parâmetros de rede - ou da periodicidade da rede na direção
de seus movimentos - a interação entre estas partículas e as
barreiras periódicas impostas pelos íons do cristal, ou seja,
entre estas partículas e o cristal como um todo, aumentam
consideravelmente. Ocorre um fenômeno de ressonância
entre a partícula que se move e a rede, e nestas condições o
cristal todo se opõe consideravelmente ao movimento do
elétron com aquela determinada energia e momento. A
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tentativa de se aumentar a energia da partícula quando


próximo a esta situação, digamos através da aplicação de um
campo elétrico externo - de uma força externa - pode
inclusive levar a uma resposta muito mais intensa da rede
cristalina sobre esta partícula, que ao invés de realmente
acelerar no sentido da força externa aplicada, acaba
acelerando em sentido contrário ao desta: fala-se então em
massa efetiva negativa, pois, em acordo com o senso clássico
da lei de Newton, a aplicação da força externa à partícula
causou uma aceleração no sentido contrário ao da força
aplicada.

Para situações em que o momento e a energia das partículas


impliquem comprimentos de onda de De Broglie com
valores bem diferentes dos comprimentos impostos pela
periodicidade da rede, as massas efetivas têm valores
praticamente iguais aos das massas reais destas partículas.

As situações de ressonância para determinadas energias


levam à existência de bandas de energias proibidas para as
partículas dentro dos cristais. As bandas permitidas
traduzem-se como as conhecidas camadas eletrônicas (K, L,
M, etc.) dentro do estudo da química e física, e são bem
visíveis em um diagrama de relação de dispersão para estas
partículas quando em um determinado cristal. Um exemplo
ilustrativo encontra-se na figura ao lado. Repara as regiões
onde a massa efetiva é negativa.

Em termos da relação de dispersão mostrada como exemplo,


a massa efetiva de uma partícula na rede cristalina é definida
como:

A massa efetiva liga-se à curvatura da relação de dispersão:


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"boca" para cima implica massa efetiva positiva, "boca" para


baixo, massa efetiva negativa. Na transição, a massa efetiva é
nula.[20]

A situação representada na figura é unidimensional e


portanto simplificada. Os cristais são geralmente
tridimensionais, e quando necessária ao tratamento formal
destes, a massa efetiva assume a forma de um tensor:

Maiores detalhes sobre esta definição e sobre fenômenos de


transporte associados a elétrons e buracos em cristais
tridimensionais fogem ao escopo deste artigo, mas sendo de
interesse do leitor estes podem facilmente ser encontrados
na literatura especializada.[21]

Os modelos para o núcleo atômico

No estudo da física nuclear não


se tem ainda um modelo
completamente coerente com
todas as informações
experimentais disponíveis, e
alguns modelos concorrem lado a
lado - no velho estilo da
complementaridade, a citar o
modelo da gota líquida, o do gás
de Fermi, o de Camadas e o
Coletivo - para a compreensão do
núcleo como parte integrante da
matéria.

Bomba nuclear de No modelo do Gás de Fermi a


http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 44/52
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"exatos" 1 quiloton: modelagem é a mesma que a


apesar de já possuirmos encontrada para um gás de
grande compreensão e elétrons, e nele cada nucleon do
domínio dos fenômenos núcleo se move em um potencial
diretamente ligados ao efetivo atrativo, de valor médio
núcleo, ainda não
essencialmente constante, criado
dispomos de um único
modelo capaz de pelos demais nucleons com o
fornecer uma qual interage. Este potencial
explicação completa do apresenta uma profundidade
núcleo atômico. constante Vo dentro de um raio
equivalente ao do núcleo, e
reduz-se imediatamente a zero fora destas dimensões. Com
base em trabalhos experimentais para nucleons em diversas
energias dentro do núcleo, evidenciou-se que não se poderia
a rigor tratar o potencial Vo como constante, pois este
apresenta variações lentas e aproximadamente lineares com
as energias dos nucleons. Em vista destes dados
experimentais, optou-se por um tratamento onde Vo
permanecesse essencialmente constante, e as massas dos
nucleons sofressem as correções necessárias para tornar o
modelo condizente com os dados experimentais, havendo
assim uma massa efetiva no modelo do Gás de Fermi em
moldes essencialmente análogos à massa efetiva de elétrons
e buracos em cristais.

Dentro dos modelos atômicos há outras definições


diretamente associadas à massa, como o conceito de "massa
semi-empírica", existente dentro do modelo de Gota Líquida
para o núcleo, e com validade geral o conceito de "defeito de
massa", que retrata o quanto menor é a massa de um núcleo
resultante da fusão de dois outros quando comparado à soma
das massas dos núcleos que lhe deram origem. O "defeito de
massa" é facilmente compreensível, sendo composto por uma
única parcela que retrata, em acordo com a equação da
equivalência massa-energia (E = MC2), a energia que é
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 45/52
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liberada na fusão dos núcleos pais e que se traduz como uma


redução da massa no núcleo filho. Já na equação de massa,
que fornece a massa semi empírica no modelo de Gota
Líquida, encontram-se seis parcelas, cada uma responsável
por considerar a influência de um dado parâmetro físico
relevante na determinação de uma massa efetiva dentro deste
modelo, havendo um termo associado à massa de repouso
dos núcleons isolados, um termo de volume proporcional ao
número de massa A, um termo de superfície proporcional a
A2/3, um termo coloumbiano proporcional a Z²/A1/3, um
termo de assimetria proporcional a (Z-A/2)²/A onde Z é o
número atômico e um termo de emparelhamento, geralmente
proporcional a A1/2, que pode ser aditivo, nulo, ou
subtrativo, sendo este subtrativo quando Z e N são ambos
pares e aditivo se Z e N são ambos ímpares.

Assim, a fórmula da massa semi-empírica no modelo da Gota


Líquida, com resultado expresso em unidades de massa
atômica (u), é:

MZA = [1,007825Z + 1,008665(A − Z)] − a1A +


a2A2 / 3 + a3Z2A1 / 3 + a4(Z − A / 2)2A − 1 + ( −
1,0, + 1)a5A − 1 / 2
onde os termos a1 a a5 são empiricamente obtidos a partir
dos dados experimentais. Um conjunto capaz de fornecer
bons resultados é obtido quando estes termos de
proporcionalidade valem respectivamente (0,01691;
0,01911; 0,000763; 0,10175; 0,012).

Maiores detalhes sobre os modelos nucleares fogem ao


escopo deste artigo, e para maiores informações sobre
defeito de massa, massa semi-empírica e outros conceitos de
massa dentro dos modelos nucleares sugerimos a leitura de
[22]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 46/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

bibliografia especializada.[22]

Referências
1. ↑ Introdução parcialmente traduzida da versão inglesa deste
artigo na Wikipédia anglófona.
2. ↑ Uma série com dois artigos apresentando não só as
definições, mas também uma visão histórico-evolutiva dos
vários conceitos de massa, pode ser encontrada na Revista
Brasileira de Ensino de Física, vol. 15, 1983. [1]
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a13.pdf) , [2]
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a13.pdf)
3. ↑ A quantidade de matéria é uma grandeza distinta da massa
e que tem por unidade o mol. É, juntamente com a massa,
uma das sete unidades base do Sistema Internacional de
Unidades. A quantidade de matéria especifica a quantidade
numérica de entidades elementares, a saber átomos,
moléculas, íons, elétrons, e outros, existentes em uma
amostra. 1 Mol equivale a aproximadamente 6,02x1023
elementos, e 1 mol de elétrons tem uma massa muito
inferior a de um mesmo mol de prótons.
4. ↑ Um tratamento teórico rigoroso (e matemático) associado
às leis de conservação tanto clássicas como relativísticas e
também ao estudo destas teorias dinâmicas é encontrado em
Classical Mechanics (Goldstein, Herbert).
5. ↑ Para uma leitura não muito extensa sobre o Sistema
Internacional de Unidades e sobre as unidades fundamentais
(quilograma, metro e segundo), consulte Física 1- 4a edição
(Halliday, Resnick, Krane), cap. 1.
6. ↑ A definição de massa inercial e uma introdução à às Leis
de Newton podem ser encontradas em Física 1 - 4a edição
(Halliday, Resnick, Krane), cap. 5 (e outros).
7. ↑ Para uma breve discussão sobre a equivalência das massas
inercial e gravitacional, sobre as comprovações
experimentais da mesma, sobre princípio da equivalência e
sobre suas associações com a relatividade geral, consulte:
Física 2 - 4a edição (Halliday, Resnick, Krane), cap. 16(-4).
8. ↑ Uma introdução ao estudo dos movimentos ondulatórios
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 47/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

e oscilatórios bem como ao estudo dos pêndulos simples -


mediante a apresentação da equação para o período T de um
pêndulo - pode ser encontrado em: Física - ensino médio -
Vol. 2 (Máximo, Antônio; Alvarenga, Beatriz), cap. 16 e
Apêndice D
9. ↑ O artigo original de Eötvös encontra-se publicado em
Annalen der Physik vol. 68, 1922.
10. ↑ Uma introdução formal à Teoria da Relatividade Restrita
pode ser encontrada em Física Quântica - Átomos,
Moléculas, Sólidos, Núcleos e Partículas (Eisberg;Resnick),
Apêndice A
11. ↑ Para uma introdução à Teoria da Relatividade Restrita
consulte também: Física 2 - 4a edição (Halliday, Resnick,
Krane), cap. 21.
12. ↑ A origem do desenvolvimento da Relatividade Restrita
associa-se diretamente a incompatibilidades teóricas entre a
mecânica newtoniana e a teoria clássica do
eletromagnetismo. Visto que as equações de Maxwell não
se mostram covariantes em relação às transformações de
referencial galileanas adotas na mecânica clássica, a
introdução da transformada de Lorentz como regra para
mudanças de reverencial capazes de manter a covariância
das equações de Maxwell leva à Relatividade Restrita como
teoria covariante para a dinâmica da matéria e energia
eletromagnética. Para uma visão mais detalhada da
Relatividade Restrita como teoria dinâmica associada às leis
do eletromagnetismo, consulte: Introduction to
Eletrodynamics - Third Edition (Griffths).
13. ↑ Conforme tradução do texto encontrado em Classical
Dynamics of Particles and Systems (Thornton;Marion)
seção 14.7, página 555
14. ↑ Encontram-se referências sobre o conceito de massas
transversal e longitudinal na versão alemã do presente artigo
na Wikipédia de 8 de junho de 2009 e na Revista Brasileira
de ensino de Física, vol. 15 - 1983[3]
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a13.pdf) [4]
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a14.pdf)
15. ↑ Conforme traduzido da versão alemã (Masse) de 6 de
junho de 2009 - 10:52 UTC
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 48/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

16. ↑ Para maiores informações sobre massa no âmbito da


Relatividade Geral (em inglês), consulte: "Mass in general
relativity" na versão inglesa da Wikipédia.
17. ↑ Massa quântica: conforme tradução da versão anglófona
deste artigo (Mass) na Wikipédia.
18. ↑ Para maiores informações sobre massa reduzida favor
consultar Classical Dynamics of particles and Systems
(Thornton;Marion), cap. 8.
19. ↑ Para maiores informações sobre a constante de Rydelberg
e sobre emprego de massa reduzida no estudo dos átomos
consulte: Física Quântica - Átomos, Moléculas, Sólidos,
Núcleos e Partículas (Eisberg;Resnick), Cap. 4 (seção 7)
entre outros.
20. ↑ Para maiores detalhes sobre massa efetiva consulte Física
Quântica - Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e
Partículas (Eisberg;Resnick), cap. 13
21. ↑ Para um tratamento (matemático) formal sobre massa
efetiva, fenômenos de transporte e bandas de energia em
sólidos cristalinos tridimensionais, consulte: Solid-State
Physics - An introduction to Theory and Experiment
(Ibach;Lüth) Cap. 9, entre outros.
22. ↑ Para maiores informações sobre massa efetiva, defeito de
massa, massa semi-empírica bem como sobre os diversos
modelos atômicos para o núcleo, consulte Física Quântica -
Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e Partículas
(Eisberg;Resnick), cap. 15 e 16.

Bibliografia
Em português

Halliday, David; Resnick, Robert; Krane, Kenneth S..


Física (volumes 1,2, 3 e 4). Rio de Janeiro: LTD
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996.

Resnick, Robert; Eisberg, Robert. Física Quântica.


Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e partículas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 49/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio de Janeiro: Editora Campus, 1979.

Máximo, Antônio; Alvarenga, Beatriz.. Física - ensino


médio (vol. 1,2 e 3). São Paulo: Scipione, 2007.

Revista Brasileira de Ensino de Física - Vol. 15 - nos


1 a 4 - 1993 - pag. 110. O conceito de Massa. I.
Introdução Histórica. Valadares, José Antônio.
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a13.pdf)
Revista Brasileira de Ensino de Física - Vol. 15 - nos
1 a 4 - 1993 - pag. 118. O conceito de Massa. II.
Introdução Histórica. Valadares, José Antônio.
(http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol15a14.pdf)
Wikipédia, A Enciclopédia Livre: Artigo(s)
anterior(es) na Wikipédia lusófona.

Em inglês

Goldstein, Herbert. Classical Mechanics Second


Edition. Columbia University,
Massachusets: Addson-Wesley Publishing Company,
1980.

Marion, Jerry B.; Thornton, Stephen P.. Classical


Dynamics of Particles and Systems (4 ed.).
Philadelphia: Saunders College Publishing, 1995.

Griffiths, David J.. Introduction to Eletrodynamics


Thirth Edition. New Jersey: Upper Saddle River,
1981.
Ibach, Harald; Lüth, Hans. Solid-State Physics: An
introduction to theory and Experiment.. New
York: Springer-Verlag, 1991.
Wikipedia, The Free Encyclopedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 50/52
05/09/2010 Massa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Mass (last modified on 8 June 2009 at 08:28). [5]


(http://en.wikipedia.org/wiki/Mass)
Mass in general relativity (last modified on 18 May
2009 at 01:21)[6]
(http://en.wikipedia.org/wiki/Mass_in_general_relativity#cite_ref-
0)

Em outras línguas

R.V. Eötvös et al., Ann. Phys. (Leipzig) 68 11 (1922)


Wikipedia, Die Freie Encyclopedie: Masse (Physik)
(6. Juni 2009 um 10:52) [7]
(http://de.wikipedia.org/wiki/Masse_(Physik))

Ver também

Unidades de Massa Transferência


massa molecular de Massa
Unidade de Massa Princípio da
massa específica equivalência
atômica Matéria Força
Massa
atômica
Diferenças
entre massa e
peso

Para outras acepções do vocábulo massa: Massa


(desambiguação)

Para maiores informações sobre energia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 51/52
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