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ESCOLA DE DISCÍPULOS
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ESCOLA DE DISCÍPULOS
Crescendo na Verdade

Módulo 2

Nome do discípulo
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APRESENTAÇÃO
Amados irmãos,

Como é maravilhoso esse chamado do Mestre para sermos seus


discípulos. Conhecê-lo e estar em sua presença é algo realmente glorioso e
Ele mesmo nos prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação
dos séculos. Cremos no que a Sua Palavra diz a nosso respeito, e recebemos
o Seu chamado com muita alegria no coração.
Nosso desafio é mais do que apenas aprender alguns fundamentos da
Palavra e enriquecer nosso conhecimento bíblico, mas muito mais que isso é
assumirmos um compromisso com Jesus e com Sua Palavra e sermos
verdadeiramente seus discípulos. (Jo 8.31)
Precisamos despertar-nos para a sua ordem: “ide... fazei...
discípulos...”. Em oração vamos pedir que o Espírito Santo encha o nosso
coração de amor por Jesus e pelas pessoas que convivem conosco, pois:
“fomos chamados para anunciar as virtudes Daquele que chamou das
trevas para a Sua maravilhosa luz”. (1 Pedro 2. 9)
Além da Bíblia, nós temos acesso a muito material escrito, audiovisual e
outros, que nos orientam sobre o verdadeiro discipulado, e com todos esses
materiais disponíveis aprendemos o que Jesus ensinou, porém, estes somente
cumprirão com seus propósitos se aplicarmos seus ensinamentos nos nossos
relacionamentos pessoais. Os discípulos de Jesus são chamados para viverem
juntos, aprendendo e ensinando uns aos outros a verdade de Jesus e
expressando uns aos outros o Seu caráter.
Esse material foi elaborado com base em outros materiais de irmãos que
disponibilizaram suas literaturas através de livros, internet e outros materiais.
Agradecemos a Deus pela vida de todos que foram instrumentos Seus e
compartilharam suas experiências conosco, para que pudéssemos realizar
esse projeto.
Amado irmão e irmã, eu te convido para caminharmos lado a lado,
combatendo o bom combate do Senhor, vivendo pela fé Nele, para que
possamos completar a nossa carreira com êxito.
Vamos estabelecer um propósito juntos: “nos tornarmos semelhantes
a Jesus, como sal e luz nesta terra e produzirmos frutos que glorifiquem o
Seu nome”.
Que Deus te abençoe grandemente em nome de Jesus e na unção do
Espírito Santo.
Pastor Fernando Freitas
Curitiba, maio/ 2015
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ÍNDICE
APOSTILA 2 – CRESCENDO NA VERDADE

APRESENTAÇÃO .............................................................. 3

Lição 9 A Igreja do Senhor Jesus Cristo ............................. 5

Lição 10 O Espírito Santo........................................................ 10

Lição 11 Alimentado-se do Pão do Céu................................. 16

Lição 12 A Oração.................................................................... 22

Lição 13 Dízimos e ofertas...................................................... 30

Lição 14 Dedicados a Comunhão........................................... 36

Lição 15 Preservando a Unidade............................................ 41

Lição 16 O batismo e a Ceia do Senhor................................. 46

Referências .......................................................................... 55
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ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 9 - A Igreja do Senhor Jesus Cristo

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mt 16.18)

Infelizmente as pessoas de um modo geral tem uma compreensão


errada sobre a Igreja do Senhor. As pessoas sem igreja ou até mesmo os
cristãos, seja de qual denominação forem, precisam restaurar sua visão a
respeito desse assunto.

Primeiramente é fundamental conhecermos a Pessoa de Jesus para que


então possamos ter um entendimento sobre a Sua Igreja, que é o seu Corpo.

É importante quebrarmos alguns paradigmas do modelo de Igreja que


temos e voltarmos à reunião dos primeiros cristãos relatados no livro de Atos
depois que foram cheios do Espírito Santo e foram então conhecidos como a
Igreja primitiva.

O que é Igreja?

A Igreja de Jesus não é um edifício, um templo, ou uma construção, nem


mesmo uma instituição religiosa. A Igreja não teve início há 2000 anos com o
surgimento dos primeiros discípulos, a Igreja sempre foi projeto eterno de Deus
desde a fundação do mundo. (Efésios 1. 22-23)

A Igreja é o Corpo de Cristo, e Ele é o cabeça.

Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem


todos os membros têm a mesma operação, Assim nós, que somos
muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos
membros uns dos outros. (Rm 12. 4-5)

Todos os que aceitaram o sacrifício de Cristo e o Senhorio do Senhor


em suas vidas formam um só corpo unidos com Ele.
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Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo,


quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido
de um Espírito. (1 Coríntios 12.13-14)

A Igreja do Senhor é composta por pessoas que foram salvas pelo Sangue
de Jesus, e tem um compromisso com Deus e uma com as outras, e obedecem
a Sua Palavra e vivem de maneira que glorificam ao Senhor.

O que Jesus disse sobre a Igreja

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a


minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
(Mt 16.18)

A palavra Igreja ou “EKKLESIA” no grego do NT tem o seguinte sentido:


EK (sair) e o verbo Kaleô (chamar). A palavra refere-se àqueles que foram
“chamados” dentre outras pessoas. Mais especificamente refere-se a uma
assembleia de indivíduos com um propósito específico.
O termo já era utilizado centenas de anos antes do nascimento de
Jesus, porém por meio do acréscimo da palavra “minha, Jesus revelou que
construiria a sua própria Ekklesia.

Por isso, a Igreja é um corpo de pessoas chamadas dentre a


humanidade para o propósito único e específico de glorificar o Salvador e
Senhor Jesus Cristo.

Em Efésios 2.19, “concidadãos dos santos e da família de Deus”,


são aqueles que são chamados para fora do pecado e para dentro da
comunhão de seu Filho, Jesus Cristo.

EKKLESIA é sempre empregada às pessoas e também identifica as


reuniões destes para adorar e servir ao Senhor.

A Palavra igreja quando se refere ao sentido coletivo tem o mesmo


significado que: assembleia, convocação, congregação relatando uma
reunião do povo de Deus no AT. (Nm 16.3; Dt 9.10 ).

Outros termos também são usados para identificar a Igreja do Senhor,


entre os quais: A Noiva de Cristo, o Povo de Deus, a Família de Deus, a
Nação santa e a Família da Fé.

O povo de Israel foi concebido para trazer ao mundo o Messias. E o


Messias, Jesus trouxe a luz à Igreja.
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E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que
estavam perto; Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo
Espírito. Assim que já não sois estrangeiros (estranhos), nem forasteiros,
mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; (Efésios 2. 17-19)

Conhecendo a Cristo, conheceremos também a Igreja, que é o seu corpo, e a


Família de Deus. Só podemos desfrutar daquilo que Cristo tem para nós,
quando nós sabemos quem somos Nele.

A Igreja é o CORPO DE CRISTO, do qual Ele próprio é o CABEÇA.

Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os


membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
(1 Coríntios 12. 12)

Ler também: 1 Coríntios 12. 18-19; :25-27

A Igreja é o CORPO DE CRISTO, e nós somos MEMBROS desse


corpo, ligados uns aos outros, por isso, temos o dever de promover a unidade,
o amor e paz.

A maior e mais profunda definição de igreja, o próprio Senhor assim


falou:

"Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe


Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-
aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares,
pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado
nos céus." (Mt 16. 15-19)

 É sua Igreja. (e não nossa).


 É uma única Igreja (Jesus só tem uma Igreja, e não muitas).
 Edificada pelo próprio Cristo.
 Edificada sobre a Rocha (verdade espiritual) que é Jesus.
 Está fundamentada sobre a revelação de que quem é Jesus, o filho do
Deus vivo.
 É triunfante sobre as portas do inferno.
 É Revestida de autoridade para ligar e desligar na terra e no céu.
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 Nós pelo conhecimento Dele devemos viver princípios que nos


sustentarão como irmãos em Cristo, e membros da Família de Deus.

Ler também: Mateus 18. 15-20; Cl 1. 15-18; Ef 4. 5-16

Jesus trouxe a existência a Igreja e ela é consolidada pela ação do


Espírito Santo. (Atos 2. 37-47) e Ele foi o primeiro a falar da Igreja. (Mt 16. 13-
18).
O Espírito Santo revestiu com poder aquele primeiro grupo de discípulos
que conhecemos como a igreja primitiva, para viver e proclamar o Evangelho.
Essa Igreja era considerada o modelo daquilo que estava no coração de Deus
para que o seu exemplo pudesse chegar a todas as gerações.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e


nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram
feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em
comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos,
segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias
no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de
coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia
acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” (At. 2. 44-47).

Ler também: At 1.8; Rm 8.14; Ef. 1.13; Ap. 2.7

Uma Igreja saudável e bíblica precisa viver com esses princípios:

Ensino da Palavra; Comunhão; Partir do pão (ceia); Orações;


Realizações de milagres; Unidade; Partilha (suprimento mútuo); Celebração;
Cultos; Louvor a Deus e Crescimento numérico.

Vemos na Igreja moderna um enfraquecimento dos princípios bíblicos,


uma perda do poder que ela deveria manifestar ao mundo. Infelizmente
permitiu-se que muitas coisas mundanas entrassem em seu meio, como
filosofias, costumes e interesses egoístas.

Temos que crer que a Igreja está caminhando para um processo de


restauração, que ainda não está pronto, mas precisamos permitir e buscar
diligentemente esse propósito. A igreja não deve ser separada por
denominações, acima do nome da nossa Comunidade, pertencemos a Jesus e
ao Seu Reino. “Deus nos vê como uma única Igreja”.
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Precisamos entender que a Igreja não é um “lugar”, mas sim cada salvo
em Cristo. Precisamos sim de um lugar, de um espaço para nos congregar,
mas a presença de Deus não está no “prédio”, mas sim nos corações
transformados pelo Espírito Santo, porque nós somos o Seu templo. (1 Co 3.
16)

Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como
diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que
casa me edificará? Diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso?
(Atos 7. 48-49)

Quando Jesus ascendeu ao céu, deixou para trás sua Presença na forma de
seu Corpo, a Igreja, e ela está o representando, por isso, “nossas ações
tornam-se suas ações”.

Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe


aquele que me enviou. (Mateus 10. 40)

As vezes parece que Deus está calado. Mas podemos fazer uma outra
pergunta, será que não é a Igreja que está calada?

Nós somos seus porta-vozes, as cordas vocais que ele designou nesse
planeta e Cristo sendo a cabeça do Corpo experimentou a humilhação em seu
papel de cabeça, como também da exaltação que concede a nós, os
MEMBROS DO SEU CORPO.

Portanto abracemos com temor essa autoridade que nos foi delegada,
mas acima de tudo com santidade e responsabilidade diante Dele, do reino das
trevas e do mundo.

“SE VOCÊ QUER VER A DEUS, ENTÃO OLHE PARA AS PESSOAS QUE
PERTENCEM A ELE. ELAS SÃO O SEU CORPO. SÃO O CORPO DE
CRISTO”.
Obs. Entendemos que esse assunto que estudamos é amplo e ao mesmo tempo profundo
para termos conseguido abordá-lo em apenas uma aula, por isso, essa segunda apostila terá
como propósito esclarecer outros princípios relacionados à nossa vida como família de Deus, e
convido você a caminharmos juntos para vivermos os princípios da comunhão e da unidade
para que tenhamos uma vida cheia do Espírito para irmos e testemunharmos do Senhor. Deus
os abençoe.
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ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 10 – O Espírito Santo

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra. (Atos 1. 8)

Antes de ascender ao céu, Jesus passou um tempo especial com os


seus discípulos. Apesar de estarem todo esse tempo com o Mestre, a missão
que receberam foi muito desafiadora, e com toda certeza causou muitas
inquietações e expectativas entre eles.

Quando Jesus lhes disse que os enviaria como cordeiros para o meio de
lobos, e não deveriam levar nem bolsa, nem alforje, nem sandálias e ninguém
deveriam saudar pelo caminho. Jesus alertou-os dos desafios, das oposições,
mas deu a eles autoridade contra os espíritos malignos, autoridade para liberar
e curar enfermos. E o principal de tudo isso era fazer de seus discípulos seus
embaixadores, anunciando que era chegado o “Reino de Deus”. (Ler Lucas
cap. 10)

Um fato era certo, Jesus em breve não estaria mais com eles, Outro viria
em seu lugar, por isso disse:

“a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo
tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava
convosco. E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me
pergunta: Para onde vais? Antes, porque isto vos tenho dito, o vosso
coração se encheu de tristeza. Todavia digo-vos a verdade, que vos
convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós;
mas, quando eu for, vo-lo enviarei”. (João 16. 4-7)

Parece que todos estavam aguardando que Jesus assumisse o


comando do seu reino aqui na terra. Mas agora Ele simplesmente diz que
estava transferindo tudo, para os doze.
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Ele disse: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio”.
(Lc 22.29)

Tudo aconteceu muito rápido, Jesus foi morto na cruz. Depois de três
dias, Ele ressuscitou. E começou a aparecer por um período de quarenta dias
para muitos de forma surpreendente falando do Reino de Deus.

Jesus então faz a promessa de que de que o Pai enviaria o Espírito


Santo que continuaria a Sua obra e testificaria Dele.

E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade
de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lucas 24. 49)

Ler também: Jo 14. 12-17; Jo 15. 26; Jo 16.7-8

A Igreja do Senhor foi chamada para cumprir sua missão, e o Espírito


Santo é aquele que capacita, ensina, e derrama o poder que a Igreja necessita
para testemunhar de Cristo. A Igreja não faz nada sem o Espírito Santo.

“A Igreja se completa com o Espírito Santo”.

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita
em vós? (1 Coríntios 3. 16)

O QUE É SIGNIFICA SER CHEIO DO ESPÍRITO

“Devemos buscar a plenitude do Espírito Santo, não para sermos poderosos,


mas para sermos santos”. Augustus Nicodemos

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos


do Espírito; (Efésios 5. 18)

O conceito de “enchei-vos do Espírito”, significa ser controlado pelo


Espírito, e é uma ordem para que a Igreja seja cheia, isto significa dizer que
alguém que está debaixo do domínio do Espírito Santo produzirá em todas as
áreas de sua vida o Fruto do Espírito. (Gl 5. 22)

Por isso, o Espírito que é Santo produzirá na vida daquele que tem
comunhão com Ele, a santidade, que é o resultado de uma vida controlada por
Ele e que expressa na vida da Igreja e do cristão, a obediência da Palavra de
Deus.

Compare as seguintes passagens, Efésios 5.18 e Colossense 3. 16.


12

Quando a Igreja busca a Deus em unidade, orando e servindo-o é que o


Espírito nos enche, abençoa, edifica e instrui.O derramamento do Espírito
acontece na Igreja quando a unidade é buscada e preservada.

Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. (Efésios


4.3)
O Espírito Santo é aquele que sela em nós as verdades do Evangelho.

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o


evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados
com o Espírito Santo da promessa. (Efésios 1. 13)

O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

Disse então Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração,
para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da
herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu
poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste,
aos homens, mas a Deus”. (Atos 5:3-4)

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, e Ele próprio


participou de toda a criação e também do plano de Deus de redenção e da
restauração do homem.O nosso Deus é um Deus triuno, um único Deus em
três pessoas inseparáveis.

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do


Espírito Santo seja com todos vós. Amém. (2 Coríntios 13.13)

Algumas vezes o Espírito Santo aparece na Bíblia representado por um


símbolo. Ex. fogo. (Lc 3.16); vento (At 2.2); água, rio, chuva (Jo 7. 37-39); óleo
(Zc 4. 2-6); selo (Ef 1.13); pomba (Mt 3.16).

Algumas características pessoais também encontramos Nele.

Ele pensa (Rm 8. 27); sente(Rm 15.30); determina(1 Co 12.11); Ele


sente emoção (Ef 4.30); Ele possui inteligência(1 Co 2.10-11);

O Espírito Santo é uma pessoa, e não uma mera influência ou poder.

Jesus fala sobre o Espírito Santo como uma pessoa, alguém semelhante
a Ele e que estaria conosco e nos ensinaria todas as coisas.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre; (João 14. 16)
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A palavra usada para “consolador” é a palavra grega. Parakletos, que


significa alguém semelhante, que fica ao lado, junto e tem o sentido de
aconselhador, exortador, intercessor, estimulador, consolador, fortalecedor.

O ESPÍRITO SANTO É DEUS.

A divindade do Espírito Santo é provada por suas múltiplas obras. A Ele


são atribuídas obras que somente Deus pode realizar: Consolar ( Jo 14.16. );
Convencer o homem ( Jo 16.8 ) – Criar ( Gn 1.2 ) – Gerar a Cristo em Sua
encarnação ( Lc 1.35 ) – Inspirar ( 2 Pe 1.21 ) – Interceder ( Rm 8.26-27 ) –
Regenerar o homem ( Jo 3.5-6 ) – Santificar ( 2 Ts 2.13 ).

Onipotência ( Gn 1.20 ); Onipresença (Sl 139.7); Onisciência (1 Co


2.10-11) Sabedoria (Is 40.13); Santidade (Lc 11.13); Verdade (1 Jo 5.6); Vida
(Rm 8.2)

Ler também: Gn 1.2; Jó 26. 13; 33.4; Sl 104.30.

A Palavra de Deus foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo.
(2 Pe 1.21). Sem o Espírito Santo não haveria fé, nem novo nascimento, nem
santidade e nenhum cristão neste mundo.

No AT, o Espírito Santo operava através de manifestações específicas,


repentinas e sobrenaturais capacitando uma pessoa para uma determinada
tarefa e depois se retirava. Mas Deus prometeu nos últimos dias, Ele
derramaria do Seu Espírito sobre toda a carne, dando a cada um novo coração
e habitaria neles.

E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e


vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão
sonhos, os vossos jovens terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o
meu Espírito. (Joel 2. 28-29)

Na nova aliança em Cristo, todo salvo, pela obra do Espírito Santo


recebe o novo nascimento, e então passa a ser o templo do Espírito Santo.

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita
em vós? (1 Coríntios 3. 16)

Os dons espirituais são dados pelo próprio Espírito Santo a cada


membro para a edificação e para a unidade do Corpo de Cristo. (1 Co 12. 4-
27).
14

Nunca esqueça desse princípio, que os dons foram nos dados para a
edificação da Igreja em amor, e não para o benefício ou uma honra pessoal.

DONS ESPIRITUAIS → ESPÍRITO SANTO→ 1 Coríntios 12

DONS MINISTERIAIS→ JESUS→ Efésios 4

Em 1 Co 12.14, Paulo explica a unidade, a diversidade, a distribuição, a


ordem, a motivação, a permanência, o valor relativo e o uso adequado dos
dons espirituais, que são dados pelo Espírito Santo. Os dons não são dados
para vangloriar a posição daquele que recebeu, mas sim para Glorificar a Deus
e Edificar o Corpo de Cristo.

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons


despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo
as palavras de Deus, se alguém administrar, administre segundo o poder
que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a
quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém”.
(1 Pe 4.10-11)

Quanto à motivação correta para se receber os dons, o apóstolo Paulo,


deixa claro que o amor pelos outros é a única base verdadeira.

Obs. O assunto sobre dons espirituais e batismo como o Espírito


Santo será ministrado em outra lição, devido a importância e a extensão
do assunto.

Não devem ser confundidos com o FRUTO DO ESPÍRITO, e também


não devem ser confundidos com os DONS MINISTERIAIS.

Os FRUTOS criam alicerces sólidos para os DONS. Sem os Frutos não


há uma ação real do Espírito Santo. Sem esta ação real do Espírito Santo em
nós não somos transformados dia a dia, restaurando nossa imagem e
semelhança com Ele.
A presença do Espírito Santo dentro de nós manifesta em nossas
ações, pensamentos, palavras, decisões dirigidas por Ele.
Os Frutos do Espírito revelam Seu caráter. Ele tem estas características
Nele, por isso se manifestam em nós:
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“Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a


benignidade, a bondade, a fidelidade. a mansidão, o domínio próprio;
contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.”
(Gálatas 5. 22 a 25)

Portanto, o maior testemunho na vida do cristão se manifesta pelos


frutos que ele produz. Lembre-se de que o Senhor Jesus nos ensinou: “Não
me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para
que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo
quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”. (João 15. 16)

Deus te abençoe.
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ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 11 - Alimentado-se do Pão do Céu

“O homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor
viverá o homem”. (Deuteronômio 8. 3b)

Conhecer a Palavra de Deus é conhecer o próprio Deus e a sua vontade


e direção para as nossas vidas. Quando nos aplicamos em conhecer a Palavra
e vivê-la é uma manifestação do amor de Deus em nós. Quando amamos
alguém queremos conhecê-lo e ter comunhão com essa pessoa, assim é o
conhecimento de Deus pela revelação da Palavra.

Um verdadeiro discípulo de Jesus precisa desejar conhecer e buscar a Palavra


de Deus.

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na
minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. (João 8. 31)

Ler também: Tiago 1. 22-25; Hb 4. 12; Sl 119. 105

Nós podemos obedecê-la ou rejeitá-la. Temos a liberdade de aceitar


tudo o que Deus disse, ou somente as partes que nos interessam. Mas quando
decidirmos como responder a ela, devemos lembrar de que nada o que
fizermos irá mudar a veracidade de suas palavras.
Nós escolhemos se queremos ou não sermos bem aventurados, ouvindo
e obedecendo a Palavra de Deus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,
para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda
boa obra. (2 Timóteo 3. 16-17)

Os cristãos de Bereia do primeiro século nos deram um grande exemplo


e como devemos proceder para vencermos os desafios e seguirmos as
orientações de Deus. (Atos 17. 11).
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Devemos ter a Palavra de Deus como uma referência para distinguirmos


o certo do errado. Paulo instruiu os Tessalonicenses: "Julgai todas as
cousas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal" (1
Tessalonicenses 5. 21-22).

Quando nós aprendemos e obedecemos a verdade revelada na


palavra de Deus, podemos estar certos da nossa salvação. João nos falou do
nosso relacionamento com Deus quando ele disse: "Ora, sabemos que o
temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele
que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso,
e nele não está a verdade" (1 João 2. 3-4).

A integridade é viver segundo a luz que temos. Seja uma novo


convertido, seja um ancião na fé, integridade traz um brilho e uma
autenticidade à pessoa.

“Não basta ter a Bíblia, é preciso ler a Bíblia, confiar em sua mensagem e
seguir a sua orientação”.SBB

O ESPÍRITO SANTO NOS FARÁ LEMBRAR DAQUILO QUE TEMOS


APRENDIDO (NA PALAVRA)

O Espírito Santo jamais contradirá a Palavra escrita de Deus, e se


alguém necessitar de alguma orientação recorra aos líderes espirituais para
que todas as questões possam ser examinadas à luz das Escrituras.

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu


nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito. (João 14. 26)

A Palavra de Deus contém toda a revelação que as pessoas precisam saber


sobre todas as coisas espirituais. Lemos em Deuteronômio 29.29 acerca do
dever humano com relação à revelação de Deus dos assuntos espirituais.
"As coisas encobertas são para o SENHOR, nosso Deus; porém as
reveladas são para nós e para nossos filhos, para
sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei".

Deus reservou muitas coisas secretas para Si, e o homem não tem nem
a capacidade de conhecê-las nem lhe compete sondá-las, mas ele está sob a
obrigação de saber e fazer o que foi revelado.

Ler também: Rm 1. 18-20; Sl 19. 1-4


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O PODER DA PALAVRA DE DEUS

A Palavra de Deus permanece firme nos céus (Sl 119.89). A Palavra não
é estática, mas dinâmica, poderosa e viva. (Hb 4. 12)

A Palavra de Deus é criadora, as coisas vieram a existir à medida que


Deus falou a sua Palavra. (Gn 1). E também Deus sustenta todas as coisas
pela palavra do seu poder. (Hb 1.3).

A palavra de Deus produz graça, poder e revelação para que os crentes


possam crescer na fé e na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. (2 Pe
3.18), e a Palavra é uma arma poderosa contra o maligno (Ef 6.17).

Ler também: Hb 11.3; 2 Pe 3.5; Jo 1. 1-3

Por isso a importância de enchermos os nossos corações com a Palavra


de Deus. “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a
sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com
salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em
vosso coração”. (Colossenses 3. 16)

Ler também: 1 Jo 2. 14; Salmo 119; Provérbios 30. 5

2º PARTE – MÉTODO DE ESTUDO DAS ESCRITURAS

Nessa segunda parte dessa Lição, vamos aprender alguns princípios


para desenvolver um método de estudo das Escrituras. Os comentários citados
abaixo foram extraídos do Livro: Dedicados à Palavra do pastor Josadak Lima,
em que o mesmo cita algumas dicas do livro: Como estudar a Bíblia Sozinho
de Tim Lahaye.

A IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO NA PALAVRA.

Sem memorizar é difícil meditar. Sem meditar a Palavra não encontra


raízes em nossos corações e vida. Simplesmente estudar a Palavra durante
alguns minutos durante o dia e não colocarmos em nossos corações e não
refletir nela durante o dia acabará não levando a nada.

1 – A Palavra nos tornará cristãos mais fortes.

Ninguém quer ser fraco física ou espiritualmente.

Os jovens de 1 João 2.14 já não eram mais filhinhos eram fortes porque a
Palavra de Deus permanecia neles e eles já haviam vencido o maligno.
19

Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi,


porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos
escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e
tendes vencido o Maligno. (1 Jo 2.14)

O cristão que crescerá constantemente e saudável, é aquele que se alimenta


constantemente da Palavra de Deus.

A Palavra de Deus testifica para pós sobre àquilo que temos direito.

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a
vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. (1 Jo 5.13)

2 – A Palavra nos dará confiança e poder na oração

A passagem de 1 Jo 5. 14-15 nos ensina que podemos orar com confiança de


que Ele nos ouve.

3 – A Palavra de Deus produz paz em nossos corações.

Uma das evidências sobrenaturais da vida cristã é a paz que sentimos


no coração, mesmo quando as coisas estão difíceis.

Jesus Cristo disse: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o
mundo (Jo 16.33

4 – A Palavra nos orientará nas decisões da vida

A vida é cheia de situações em que temos que tomar decisões. Há


decisões grandes e pequenas. Quando conhecemos bem o princípio da
Palavra teremos entendimento, discernimento para agir da maneira correta.

Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a


palavra de Deus e a guardam! (Lc 11. 28)

CINCO FORMAS DE CONHECER A PALAVRA

Esse modelo da ilustração abaixo é uma boa ferramenta para desenvolvermos


uma boa maneira de aprendermos a Palavra, guardando esses cinco passos:
Meditar, memorizar, estudar, ler e ouvir.
20

MÉTODOS DE LEITURA BÍBLICA

Precisamos nos dedicar à Palavra de Deus, isto é, desenvolvendo


formas de leitura devocional. Tim Lahaye nos recomenda quatro métodos
básicos na leitura da Bíblia:

1-Ler livro por livro

Ler somente pescando versículos chaves não é aconselhável e pode ser


até perigoso.

Certa vez um homem abriu em Mateus 27.5 e leu: “Judas... foi enfocar-
se”, Em seguida abriu em outro ponto que dizia: “Vai e faze o mesmo”. E
para terminar tirou sua última dúvida e leu: “O que pretendes fazer, fazê-lo
depressa”.

2 – Ler várias vezes

3 – Ler de acordo com a necessidade

4 – Ler toda a Bíblia

UMA FÓRMULA PARA APRENDER A AUTODISCIPLINA

Ler quando tem vontade e quando não tem também. Certa vez um
pregador falou: “Leia a Palavra de Deus quando tiver vontade, e quando
não tiver vontade, leia até ter”.

Precisamos desenvolver o hábito da devocional diária, isto é para todos


que desejam crescer na Palavra e na comunhão com Deus.
21

É necessário manter uma constância na leitura bíblica, a inconstância é


um dos nossos grandes inimigos, se quisermos sermos cristãos fervorosos, e
produtivos no Reino devemos ter também DISCIPLINA.

Ler diariamente; Marcar a duração do tempo; Marcar um lugar definido;


Ler com um caderno e lápis na mão; Ler a Bíblia devocionalmente; Escrever
um diário espiritual.

Um pedagogo disse: “O aprendizado não se completa, sem que haja


a repetição escrita, sempre que descobrimos uma lição nova no texto
devemos anotá-la, isso ajuda o nosso cérebro gravar o pensamento mais
firmemente”.

Todos esses exemplos nos orientam a desenvolvermos uma disciplina de


Leitura da Palavra de Deus. Nossa oração é que o Espírito Santo encha os
nossos corações de amor pelas Sagradas Escrituras.
22

ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 12 – A Oração

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando


nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. (Efésios 6. 18)

Jesus orava e deixava que os seus discípulos o vissem orando. Ele não
apenas orava, mas ensinava os seus discípulos a orar. Jesus insistia com os
seus discípulos sobre a necessidade da oração. No Getsêmani, durante três
ocasiões, o Senhor insistiu com os discípulos a fim de que orassem, e muito,
para que não caíssem em tentação (Mt 26. 40-44).

Um dos grandes exemplos da vida de oração de Jesus foi que antes de


chamar seus doze apóstolos, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a
noite orando a Deus, e também nos momentos de grande dor e sofrimento que
precediam sua crucificação, Ele passou em todos os momentos em
comunicação direta com o Pai.

Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite


orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e
escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos:
(Lc 6. 12-13)

As orações de Jesus eram poderosas porque Sua vida era limpa e


sempre estava no centro da vontade do Pai.

O maior ministério que qualquer crente possa realizar é o da


intercessão. É este o ministério que pode transformar o coração de uma nação.
Os grandes soldados de Cristo, através dos séculos, venceram grandes
batalhas com seus joelhos em terra.

É com nossos joelhos em terra que vemos as mãos dele estendidas


para o mundo perdido e agonizante. É com nossos joelhos em terra que vemos
o poder que dispomos, mediante o Cristo ressurreto.
23

Ouvimos falar de vários homens e mulheres como Boonke, D. L. Moody,


Billy Graham, mas pouco ouvimos falar de pessoas comuns que têm
intercedido por estes grande evangelistas. São pessoas que não serão
conhecidas pelos homens, mas com certeza são conhecidas pelo Pai.

Devemos tomar o cuidado para não cairmos na armadilha da


conveniência e do conforto em vez da cruz. O nosso inimigo não se preocupa
quando fazemos alguma coisa sem oração, mas quando oramos ele é
abalado e não suporta permanecer.

A ORAÇÃO NOS DÁ PODER PARA TESTEMUNHAR

Quando uma pessoa teve uma experiência de transformação com o Rei


Jesus, é necessário maior esforço para ela deixar de testemunhar do que para
testemunhar. A coragem da Igreja primitiva era resultado direto de uma vida de
oração.

“E tendo ele orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos, e


todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a
Palavra de Deus”. (At 4.31)

A ORAÇÃO É UM ATO ANTINATURAL

A oração é um atentado à autonomia humana, uma ofensa à


independência do viver. Para as pessoas que vivem apressadas, determinadas
a vencer por si mesmas, orar é uma interrupção desagradável. A oração não
faz parte de nossa orgulhosa natureza humana.

Mesmo assim qualquer pessoa sabe que nos momentos quando o buscaram
verdadeiramente e de todo coração encontraram uma grande visitação do
Senhor.

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam


conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus. (Fp 4. 6-7)

Alguém disse certa vez: “Quando trabalhamos, nós trabalhamos,


mas quando oramos, Deus trabalha”.
24

Quando perseveramos em oração, obtemos resultados de várias


maneiras, como sabedoria, coragem, fé, perseverança e de muitas outras
formas.

Gordon disse: “Os grandes da terra hoje, são os que oram. São aqueles
que separam tempo para orar e oram. Elas não têm tempo disponível. O
tempo deve ser subtraído de outra atividade qualquer. Esta atividade
qualquer pode ser importante e urgente, contudo, não tão importante nem
tão urgente quanto a oração.

Ler também: 2 Cr 7. 14-15; Pv 18.8b; 1 Ts 5.17; 1 Tm 2. 1-4; Ap 5.8

VAMOS APRENDER A ORAR COM QUEM MAIS ENTENDE DE ORAÇÃO:


JESUS

1 – Quando orares (Mt 6.5)

- Isto parte da ideia que todos os discípulos separavam um tempo para orar
durante o dia.

- Pessoas que levam a sério um projeto DEDICAM TEMPO de suas vidas a


ele.

- Precisamos separar um período regular de oração, porque sem


regularidade a oração jamais se tornará um hábito.

- Só podemos nos sintonizar com Deus, quando deixamos as outras


coisas e oramos.

FUJA DAS DISTRAÇÕES – Vá para um lugar isolado e ore (Mt 6.6)

CRIE UM AMBIENTE ESPECIAL PARA ORAR – VOCÊ E DEUS. “SEM


DISTRAÇÕES”

ORE COM O CORAÇÃO

“Deus não quer um monte de palavras que o impressionem, precisamos


refletir naquilo que oramos e orar com sinceridade”.

A oração mais poderosa que fazemos é aquela que derramamos a


nossa alma na presença do Senhor.

ORE ESPECIFICAMENTE
25

Além de orar em particular e com sinceridade, Jesus mostrou aos


discípulos que Ele queria dizer dando-lhes uma oração modelo. A ORAÇÃO
DO PAI NOSSO

O EXEMPLO DA ORAÇÃO QUE JESUS NOS ENSINOU TEM APENAS


CINCO VERSÍCULOS, MAS TEM OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE COMO
DEVEMOS ORAR.

Para facilitar nossa compreensão podemos usar o modelo de oração citada no


livro OCUPADO DEMAIS PARA DEIXAR DE ORAR.

É IMPORTANTE TERMOS UM MODELO EM NOSSO PROGRAMA DIÁRIO


DE ORAÇÃO PARA NÃO CAIRMOS EM DESIQUILIBRIO.

Como: “Deus me ajude, Deus eu preciso disso, ou Deus me socorre...

- Quando não temos um “PADRÃO DE ORAÇÃO EQUILIBRADA” na maioria


das vezes vamos ter experiências ruins, que podem nos fazer desanimar.

Para iniciarmos o nosso modelo de oração podemos usar este modelo que a
maioria dos cristãos usa, e facilita a nossa compreensão lembrando sempre do
seguinte acróstico: “ACAS”

A – ADORAÇÃO

C – CONFISSÃO

A – AGRADECIMENTO

S - SÚPLICA (PEDIDO)

1º ADORAÇÃO

É indispensável iniciar a oração com adoração ou louvor.

A adoração nos faz recordar a identidade e o caráter de Deus, à medida


que afirmamos o seu caráter e sua personalidade, fortalecemos nossa
compreensão de quem Ele é.

Podemos iniciar dizendo que Deus é: FIEL, MARAVILHOSO,


EXALTADO, GRANDIOSO, JUSTO, MISERICORDIOSO. Quando exaltamos a
Deus assim nossos corações se abrem e reconhecemos que estamos na
presença do DEUS TODO PODEROSO.

“A adoração purifica quem está orando”.


26

Nossa alma se aquieta e nossas prioridades começam a mudar,


experimentamos a presença do Espírito e nos esquecemos dos nossos
problemas e nossa alma se deleita em Deus.

Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de


alegria, na tua destra, delícias perpetuamente. (Sl 16.11)

QUANDO ORAMOS ENTRAMOS EM UM TERRENO SANTO

Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o
chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus
continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o
lugar em que estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o
rosto, porque temeu olhar para Deus. (Ex 3. 4-6)

a) A adoração purifica o nosso espírito e nos prepara para ouvir a Deus;

b) O Espírito Santo nos ajudar a orar.

Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa


fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis. (Rm 8.26)

COMO ADORAR?

1 - A VERDADEIRA ADORAÇÃO É PRESTADA EM ESPÍRITO E EM


VERDADE.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores


adorarão ao Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a
tais que assim o adorem” (Jo 4.23)

EM ESPÍRITO

A adoração não se faz apenas na esfera da mente, ou seja, com


nossa razão, mas sim com o nosso espírito humano, o nosso homem
interior, que foi regenerado pelo Espírito Santo, para nos fazer de acordo
com a vontade de Deus.
27

EM VERDADE

A Verdade é uma característica da própria essência de Deus de


Deus

“Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do


Senhor é para sempre. Louvai ao Senhor!”. (Sl 117.2)

O ensino das Escrituras para a Igreja é que devemos “oferecer sempre,


por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que
confessam o seu nome” (Hb 13.15).

A ORAÇÃO E A ADORAÇÃO SÃO INSEPARÁVEIS.

No livro de 1 Tessalonicensses, o Apóstolo Paulo nos adverte a “orar


sem cessar” e “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco.” (1 Ts 5.17-18)

2º CONFISSÃO.

Na maioria das vezes jogamos nossos pecados e uma pilha, e oramos:

“Senhor perdoa nossos pecados...”

Abordar assim a confissão é uma tremenda falta de compromisso,


Precisamos chamar cada pecado pelo seu nome. “Pecamos no varejo e
pedimos perdão no atacado”.

Não podemos encobrir nossos pecados, é necessário confessar.

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as


confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28. 13-14)

O QUE SIGNIFICA CONFESSAR?

Admitir que você está tendo uma mudança de atitude e lembre-se,


“Confissão vem sempre acompanhado do Arrependimento”.

Para quem devo me confessar.

A confissão dos nossos pecados é feita a Deus (Sl 32. 3-6; 1 Jo 1.9)

A pessoa que sofreu o dano (Lc 17.4)


28

A um conselheiro espiritual (2 Sm 12. 13)

Confessar aos irmãos (1 Co 5. 1-3)

Quando se tratar de Confissão de fé, isto é, receber o Senhor Jesus


Cristo em seu coração deve-se ser feito confessando oralmente a todos os que
estiverem presentes, seja na igreja ou em outro lugar. (Mt 10. 32; Rm 10.9; 1
Tm 6. 12-13)

3º AGRADECIMENTO

Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus


para convosco. (1 Ts 5.18)

Há uma diferença entre sentir-se grato e expressar gratidão.

Ler o texto de Lucas 17. 11-19 (História dos dez leprosos que foram
curados).

A cura de dez leprosos


De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da
Galiléia. Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que
ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de
nós! Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.
Aconteceu que, indo eles, foram purificados. Um dos dez, vendo que fora
curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o
rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.
Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde
estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a
Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te
salvou.

Todos se sentem alegres com a gratidão expressada, Jesus também.

“A ingratidão é um sinal de SEQUIDÃO ESPIRITUAL E EMOCIONAL”.

Além de ser grato a Deus, aprenda também a ser grato também àqueles
que estão em sua volta, porque Deus usa pessoas para nos abençoar, assim
como Ele quer nos usar também para abençoar outros. Por isso, seja educado,
cordial e agradecido. O contrário da gratidão é a indiferença.

Ler também: Sl 103. 2; Sl 116.12.

4º SÚPLICA – OU PETIÇÕES
29

Chegou então o momento de contarmos nossas necessidades a Ele.


Deus se interessa por todos os detalhes das nossas vidas (pequenas e
grandes).

Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o


que vocês precisam e orem sempre com o coração agradecido.
(Fp 4.6)NTLH
Qualquer pai gostaria que seus filhos compartilhassem suas questões e
dúvidas e temores para que eles pudessem se ajudados, todo pai tem o prazer
de abençoar seus filhos, quanto mais no pai celestial.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.


Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que
bate,abrir-se-lhe-á. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o
seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe
pedirem? (Mateus 7. 7-11)

Podemos ter certeza que nossas orações serão respondidas. Não


devemos parar de orar, de interceder, porque essa é vonta de Deus, é
necessário perseverar. “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, perseverainaoração”. (Romanos 12. 12).

Quando andamos em santidade e temos uma vida centrada em Cristo e


em Sua Palavra, certamente o Espírito Santo nos ensinará a orar como
convém. Nesse estudo fizemos apenas algumas reflexões acerca da oração e
de sua importância, devido ao extensão e a profundidade do assunto. E em
outros lições dos próximos Módulos trataremos de outros níveis de oração,
como a intercessão e batalha espiritual.

“COISA ALGUMA É GRANDE DEMAIS PARA DEUS SOLUCIONAR;


E NADA PEQUENO DEMAIS PARA QUE NÃO DESPERTE O INTERESSE
DELE” (Pr. Bill Hybels)
30

ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 13 – Dízimos e ofertas.

Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus
ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.
(Provérbios 3. 9-10)

Todo cristão que ama ao Senhor precisa confiar Nele de todo o seu
coração, e buscar o Seu Reino porque certamente todas as demais coisas
serão acrescentadas.

Quando se trata das questões materiais, certamente é vontade de Deus


como nosso Pai Celestial suprir as necessidades de seus filhos.

O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas


necessidades em glória, por Cristo Jesus. (Filipenses 4. 19)

As promessas de Deus sobre nossas vidas estão sempre relacionadas


também a nossa postura e a forma correta de como devemos nos posicionar
para recebê-la.

Nunca devemos esquecer que o Senhor sonda nossos corações e o Seu


desejo é alinhar o nosso coração com o Dele, para que possamos receber o
que Ele tem para seus filhos, portanto devemos avaliar de fato qual é a nossa
intenção ou propósito quando oramos, ou cremos a respeito de alguma
promessa das Escrituras.

Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos


deleites. (Tiago 4. 3)

No livro Honrando o Senhor com os nossos bens, o pastor Luciano


Subirá esclarece que Deus dá o seu conselho por meio de Salomão é o de
honrar ao Senhor com os nossos bens, ou seja a questão é a honra e não os
bens em si, o uso dos bens é só um meio para expressar a honra. Deus não
31

está interessado em nossa oferta, e sim na atitude que nos leva a entregar-lhe
a oferta.

A questão das ofertas e dízimos está muito mais relacionada não


apenas no dar, mas sim na forma correta de fazê-lo, ou seja, a motivação é
que dever avaliada.

Nunca podemos esquecer o princípio do Reino de Deus que se a nossa


oferta não demonstra a honra por Ele esperada, então ela passa a estar numa
condição de não ser mais aceita pelo Senhor.

Honrar ao Senhor com os nossos bens diz respeito a muito mais do que
apenas dizimar e ofertar.

Ler: Malaquias 1. 6-10; 1 Samuel 2. 30b; Marcos 12. 41-44

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DINHEIRO

A Bíblia fala muito sobre dinheiro, dezesseis das trinta e oito parábolas
de Jesus mencionam o assunto.

Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas


concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa
cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com
muitas dores. (1 Timóteo 6. 9-10)

O dinheiro em si não é errado, e sim as atitudes e inclinações de nosso


coração. A questão não é se a pessoa tem ou não dinheiro, mas sim como as
pessoas se comportam em relação a ele.

... se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nelas o coração.


(Sl 62.10)
A ganância é destrutiva e escraviza as pessoas, trazendo
consequências terríveis para o seu relacionamento com Deus, sufocando a
Sua Palavra em nossos corações (Mt 13. 22), pode também atrapalhar nossos
relacionamentos com nosso próximo, e ainda pode tornar-se um ídolo em
nossas vidas.

Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a


fornicação, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a
avareza, que é idolatria;
32

Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;


(Colossenses 3. 5-6)

A Bíblia revela que o dinheiro é um concorrente ao senhorio de Cristo


em nossa vida. (Mt 6. 24). Nós decidimos quem é o Senhor de nossas vidas.

Aprendemos acerca desse assunto tanto no Antigo e também no Novo


Testamento acerca desse assunto. Vamos aprender um pouco mais acerca
dos dízimos e das ofertas.

A MORDOMIA CRISTÃ

A mordomia é um cuidado temporário daquilo que pertence a outra


pessoa e que o verdadeiro dono exigirá uma prestação de contas dessa
administração.

E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual
tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus
bens. E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas
da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
(Lucas 16. 1-2)

Somos propriedade de Deus, portanto tudo o que temos pertence a Ele,


até mesmo nossas vidas. Por isso devemos viver como bons mordomos,
administrando com fidelidade aquilo que é do Senhor.

Ler também: Lucas 12. 42-46; Ap. 5. 9-10

Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e


despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso requer-se dos
despenseiros que cada um se ache fiel. (1 Coríntios 4. 1-2)

O DÍZIMO

O primeiro nível de contribuição que aprendemos na Bíblia é o dízimo. O


dízimo aparece na Bíblia como prática dos patriarcas mesmo antes de ser
instituído na Lei de Moisés. Abraão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn 14. 20)
e Jacó também fez votos de dar o dízimo de tudo que o Senhor lhe concedesse
(Gn 28. 22). Já na Lei de Moisés o povo era orientado a dar o dízimo dos frutos
e do gado (Lv 27. 30,32).

Um dos textos que mais esclarece sobre o assunto está registrado no


livro de Malaquias no capítulo 3.
33

Devemos entender o seguinte:

O DÍZIMO É DE DEUS

O dízimo é do Senhor e quando nós não devolvemos a Ele, estamos o


roubando. Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus o
que é de Deus (Mt 22. 21; Ml 3. 6-12).

Entregar o dízimo é um ato espiritual e quando devolvemos somos


abençoados (v. 10 a 12) ou quando retemos somos amaldiçoados (v. 9).
Dizimar visa o nosso bem e não o Dele.

Devemos devolver o nosso dízimo na Casa do Senhor e cada cristão


deve ser dizimista nas Igrejas onde são ministrados e onde participam da Ceia
do Senhor.

Ler também 1 Co 9. 11; Gl 6.6; Gn 14. 18-20

O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO

Há alguns que afirmam que o dízimo estava destinado apenas a velha


aliança, mas o Novo Testamento sustentou esse princípio.

Jesus reafirmou esse princípio quando se dirigiu aos religiosos da


época, mostrando que deveriam entregar o dízimo, mas com um coração reto
diante de Deus.

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o


endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a
misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir
aquelas. (Mateus 23. 23)

No livro de Hebreus, falando de Abraão que deu o dízimo a


Melquisedeque, o escritor afirma:

E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele
de quem se testifica que vive. (Hebreus 7. 8)

Quando aprendemos no texto de Provérbios, onde Deus nos orienta:


“honra ao Senhor com as primícias de toda a tua renda”, devemos
entender que não devemos esperar sobrar para dizimar ou ofertar, mas sim
devemos separar como parte principal do nosso orçamento.
34

Portanto que dizima está declarando acima de tudo o senhorio de Jesus


sobre a sua vida.

AS OFERTAS

Enquanto os dízimos tem o seu percentual determinado, isto é, dez por


cento da nossa renda, as ofertas não. As nossas ofertas devem expressar
gratidão, honra a Deus, e também devemos ofertar para missões, para
abençoar aqueles que ministram na obra do Senhor ou para adquirir qualquer
coisa útil para propagação do Evangelho. (Ler 2 Coríntios 9. 7-8)

E além disso devemos lembrar também que devemos também ajudar


outras pessoas que necessitam, porque isso também é agradável ao Senhor.

Em cada época as palavras acabam tendo conotações e até conceitos


diferentes em relação a sua origem. Um exemplo disso é a palavra esmola, que
hoje tem uma conotação diferente do conceito bíblico. (Ler Atos 10. 1-4)

Por isso, quando repartimos aquilo que temos e ajudamos alguém em


sua necessidade estamos aplicando esse princípio.

Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu


benefício. (Provérbios 19. 17)

Ler também: Lv 19.10; Sl 112.9; Gl 2.10; Gl 6. 9-10; Mt 6. 1-4

A SEMEADURA ESPIRITUAL

As Escrituras nos revelam que a semeadura e ceifa não é só uma lei


natural, ela é aplicada pela Palavra de Deus como uma lei espiritual também.

Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. (Gálatas 6. 7)

O apóstolo Paulo comparou a oferta com uma semeadura, por isso há


vários princípios para serem aprendermos sobre isso.

E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância, em abundância ceifará. (2 Coríntios 9. 6)

Alguns princípios a serem observados.

 A colheita será na mesma proporção do plantio. (2 Co 9.6);

 Há um tempo específico. (Mc 4. 28-29);


35

 A semente tem que morrer. (Jo 12. 25);

O pastor Luciano Subirá nos traz uma reflexão importante a respeito desse
paralelo entre o natural e o espiritual. A questão é que não devemos ofertar
para receber, e sim pelo propósito da entrega em si. Além de honrar ao
Senhor, ainda estaremos suprindo as necessidades do Reino e das pessoas. O
desejo de abençoar nos faz abrir mão de algo que liberamos em favor do reino
de Deus ou de alguém. Essa atitude de abrir mão é o momento em que a
semente morre para nós e pode frutificar.

Nunca devemos nos esquecer que a melhor forma de aprendermos um


princípio é a prática. A questão maior não está em conhecer esse princípio,
mas sim em fazê-lo. Jesus disse: “O reino de Deus é assim como se um
homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou
de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque
a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último
o grão cheio na espiga”. (Marcos 4. 26-28)

Por isso, não faça nada por obrigação ou muito menos com motivações
erradas, mas faça porque você ama a Deus, e deseja expressar-lhe honra com
tudo o que você tem e o que você é, glorifique, pois, a Ele de todo o coração.
Lembre-se que o Senhor sonda os nossos corações. “E tudo quanto fizerdes,
fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.
(Colossenses 3. 23)
36

ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 14 - Dedicados a Comunhão.

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão,


e nas orações. (Atos 2. 42)

A igreja tem três grandes prioridades. A primeira é a nossa relação com


Deus, a segunda é a nossa relação como família de Deus e a terceira é a
nossa relação com as pessoas que ainda não conhecem a Deus.

A Comunhão é atitude de abrir nossas vidas para nossos irmãos e de


amá-los, e a comunhão precisa ser desenvolvida em comunidade. Em primeiro
lugar, a comunhão com meus irmãos revela minha comunhão com Deus. É
impossível alguém dizer que tenha uma relação profunda de amor com Deus
se a sua relação com seus irmãos não demonstra o mesmo. (1 João 1.7; 2. 9-
11; 3. 14-18; 4. 7-8. 20-21)

A comunhão responde a uma das necessidades mais profundas do ser


humano, amar e ser amado. Quando demonstramos o amor uns pelos outres
estaremos testemunhando ao mundo de que verdadeiramente Jesus está entre
nós. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes
uns aos outros”. (João 13. 35)

Ler também: Jo 17. 21-23; 1 Jo 4. 11-12

O desejo de Deus é que vivamos juntos, e essa experiência


compartilhada, a Bíblia a chama de comunhão.

No entanto, a palavra “comunhão” perdeu grande parte do seu


significado. “Comunhão” ou “confraternização”, hoje as vezes se refere
normalmente a uma conversa casual, ou uma reunião para se alimentar ou
simplesmente um momento de diversão.

A verdadeira comunhão significa muito mais do que apenas aparecer


nos cultos, mas sim em ter uma vida em comum. E isso inclui amar,
37

compartilhar com transparência, servir nas necessidades práticas, ser


generoso e estar disposto a doar-se ao nosso próximo, para que todos sejam
encorajados e edificados.

A comunhão acontece sempre em um grupo pequeno, é difícil ter


comunhão no meio de uma multidão. Jesus nos deu um grande exemplo disso
quando ministrava e compartilhava com o seu pequeno grupo de doze
discípulos.

Na comunhão verdadeira as pessoas encontram autenticidade.

A verdadeira comunhão não pode acontecer em um ambiente de


superficialidade, e ela só pode desenvolver quando os irmãos abrem os seus
corações uns para os outros e partilham sua intimidade. Ela ocorre quando as
pessoas são verdadeiras sobre quem são e sobre o que acontece em suas
vidas. É na verdadeira comunhão que as pessoas dividem suas mágoas,
revelam seus sentimentos, confessam suas falhas, admitem seus medos,
reconhecem suas fraquezas e pedem ajuda em oração.

Os discípulos de Jesus devem amar a todas as pessoas, especialmente aos da


família da fé.

Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente


aos domésticos da fé. (Gálatas 6. 10)

Deus quer que sua família seja conhecida pelo seu amor, mais do que
por qualquer outra coisa. O maior testemunho que os seus discípulos podem
dar para o mundo é viverem uma vida em amor. Jesus disse: “Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
(João 13:35)

Muitos cristãos conhecem Jo 3.16, mas desconhecem 1 Jo 3.16. Se


Jesus deu a sua vida por nós, devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.

Assim como uma família que vive junto, temos algumas


“responsabilidades familiares”, que é aprendermos a praticar o amor de
uns para os outros.

No livro uma Vida com Propósitos, o pastor Rick Warren nos lembra que
somos ordenados a amar uns aos outros, a orar uns pelos outros, a incentivar
uns aos outros, a admoestar uns aos outros, a saudar uns aos outros, a servir
uns aos outros, a ensinar uns aos outros, a aceitar uns aos outros, a honrar
uns aos outros, a carregar o fardo uns dos outros, a perdoar uns aos outros, a
38

nos submeter uns aos outros, a ser dedicados uns aos outros e muitas outras
responsabilidades.

O amor não pode ser aprendido quando alguém vive solitário,


precisamos de pessoas por perto, mesmo aquelas indesejadas, imperfeitas,
irritantes, são através dessas pessoas que Deus nos ensinará a amar. Deus
quer que amemos pessoas “reais” e não “ideais”.

O maior alvo da vida de todo cristão deve ser amar. A nossa vida cristã
se constrói através dos relacionamentos. Quatro dos dez mandamentos falam
sobre nosso relacionamento com Deus, enquanto os outros seis falam sobre os
relacionamentos com as pessoas.

Jesus resumiu claramente qual é o desejo de Deus para os homens.

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e


de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e
grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a
lei e os profetas.” (Mateus 22. 37-40)

As realizações pessoais e a aquisição de bens não são o que mais


importa na vida, mas sim os nossos relacionamentos. As nossas ocupações
excessivas podem se tornar um grande inimigo para os nossos
relacionamentos. A “correria” da vida podem sufocar aquilo que
verdadeiramente é importante: Aprender a amar a Deus e as pessoas.

Nossas posses, nossas conquistas pessoais não podem ser nossas


prioridades. O objetivo de nossa vida dever ser aprender a amar, porque tudo
passa mas o amor permanece até a eternidade. “Agora, pois, permanecem a
fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1
Coríntios 13. 13)

A melhor expressão do tempo é o amor

A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos
dispostos a investir. Quanto maior o tempo dedicado a alguma coisa, mais
demonstramos a importância e o valor que ela tem para nós.

O tempo é o nosso bem mais precioso. Nós até podemos fazer mais
dinheiro, mas não podemos fazer mais tempo. Quando dedicamos nosso
tempo a alguém, estamos doando uma porção de nossa vida para alguém.
39

Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e
em verdade. (1 João 3. 18)

“Podemos dar sem amar, mas não podemos amar sem dar”.

Nunca esqueça de que o melhor momento para amar é agora. Então,


enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos
domésticos da fé. (Gálatas 6. 10)

Nunca saberemos o dia de amanhã, se teremos ainda oportunidade. As


pessoas morrem, as circunstâncias mudam, as pessoas vão embora de nossa
vida. “O tempo de amar é hoje”.

TENDO UMA VIDA EM COMUM.

A verdadeira comunhão significa muito mais até mesmo do que ir para


os cultos. É partilhar de uma vida em comum, amando, consolando, servindo,
sendo generoso e até mesmo sacrificando a sua vida para abençoar aos
outros.

As trevas são usadas para esconder ferimentos, erros, medos, fracassos


e falhas, mas na luz trazemos todos para um lugar aberto e admitimos quem
realmente somos.

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o
pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos, e não há verdade em nós. (1 João 1. 7-8)

Nós somos podemos crescer espiritualmente e emocionalmente quando


temos a humildade de abrir os nossos corações e nos expormos para os
nossos irmãos em Cristo.” Confessai as vossas culpas uns aos outros, e
orai uns pelos outros, para que sareis.” (Tiago 5. 16b).

“O orgulho ergue muros entre as pessoas, a humildade ergue pontes”.

Não esqueça que a Bíblia nos ordena que haja entre nós prestação de
contas, incentivo, atendimento e honra de forma recíproca.

Nós só crescemos assumindo riscos, e o mais difícil risco de todos é


sermos honestos com nós mesmos e com os outros. Rick Warren

Há níveis de comunhão. O nível mais raso acontece quando apenas


estudamos a Palavra juntos ou assistimos um culto ou uma reunião juntos. Um
40

outro nível, um pouco mais profundo, acontece quando servimos em uma


determinada missão. Mas há um nível de comunhão mais intenso e profundo
quando entramos na dor e no sofrimento uns dos outros. “Levai as cargas
uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”. (Gálatas 6. 2)

Na comunhão autentica nós encontramos compaixão e misericórdia.


Todos precisamos de misericórdia, porque todos tropeçamos e caímos e
precisamos voltar para o caminho.

A verdadeira comunhão, seja no casamento, seja na amizade, seja na


sua igreja, depende da franqueza. Quando um conflito é tratado corretamente,
crescemos em intimidade uns para com os outros ao enfrentar e resolver
nossas diferenças. A Bíblia diz: “Quem repreende o próximo obterá por fim
mais favor do que aquele que só sabe bajular”.(Provérbios 28. 23)

Relacionamentos exigem tempo. A Bíblia diz: “Não deixando a nossa


congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns
aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele
dia”. (Hebreus 10. 25)

Devemos desenvolver o hábito de nos reunir, porque o tempo de


convívio com os irmãos trará intimidade e isso é fundamental para a nossa
saúde espiritual. Os primeiros cristãos se reuniam todos os dias, reuniam-se
nas casas para terem comunhão.

Ler também: Rm 12.10; Rm 14.19; 1 Co 12. 25; Gl 6.10; Efésios 5.2; Fp 2. 3-


4; Cl 3. 12-13; 1 Pedro 2.17.
No livro: Uma vida com Propósitos, aprendemos acerca de nove
características da comunhão bíblica que nos levará a deixarmos de sermos
menos individualistas e nos tornarmos mais interdependentes, as quais são:
autenticidade, reciprocidade, compaixão, misericórdia, sinceridade,
humildade, cortesia, sigilo e constância.

Lembre-se de quando andamos juntos como uma família, expressando o


verdadeiro amor, Deus derrama das suas ricas bênçãos sobre nossas vidas.

Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.


É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba
de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de
Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.
(Salmos 133. 1-3)
41

ESCOLA DE DISCIPULOS
LIÇÃO 15 - Preservando a Unidade

Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. (Efésios 4. 3)

A unidade da Igreja é tão importante, que encontramos no Novo


Testamento mais referências a esse assunto do que até mesmo o céu e o
inferno. Ela é a essência da comunhão, e o maior exemplo dessa unidade é a
Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo que são totalmente unidos em um.

Antes de ser preso e ser crucificado, Jesus orou, e o primeiro desejo que
estava em seu coração foi o seu desejo de que os seus discípulos vivessem
em unidade.

E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua
palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que
também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um,
como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para
que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a
eles como me tens amado a mim. (João 17:20-23)

O Senhor amou tanto a sua Igreja que deu a sua própria vida por ela,
por isso se fazemos parte da família de Deus é nossa responsabilidade
preservarmos a unidade da igreja.

Devemos nos concentrar no que temos em comum e não nas nossas


diferenças. Foi Deus quem nos deu a cada um de nós as diferenças de
personalidade, de raça, de gostos e por isso, deveríamos nos alegrar com
elas. Não precisamos de uniformidade para termos unidade. O que temos em
comum é muito mais importante do que nossas pequenas diferenças.
42

Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em


uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só
batismo;
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos
vós. (Efésios 4. 4-6)

Devemos ter o cuidado para não nos concentrarmos em assuntos


controvertidos que tende a nos desviar do foco principal. “Aceitem o que é
fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos”. (Romanos 14:1)

Quando nos concentramos em estilos, métodos, preferências e


interpretações caminhamos para a divisão, mas quando nos amamos e nos
atentamos para o que a Palavra de Deus nos orienta chegamos então a uma
harmonia.

Uma questão importante é lidar com o “ideal” e o “real”. Mesmo que


não tenhamos ainda aquilo que é o ideal, precisamos saber lidar com aquilo
que é real em nosso meio, quando saímos daquele círculo vicioso em apenas
criticar o real, e caminhamos para juntos com soluções para o ideal, isso é um
sinal de maturidade.

Toda igreja tem suas falhas, fragilidades e problemas, afinal ela compost
de pessoas, por isso, quando nos deparamos com alguma dessas questões
precisamos ser maduros para encontrarmos uma solução para que possamos
crescer juntos. Isso é um sina de amamos de verdade. (Leia 1 Coríntios 13).

Um grande indicador de imaturidade espiritual é quando apenas criticamos


aqueles que estão servindo, ao invés de nos envolvermos e contribuirmos para
a Sua obra.

Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está
de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar.
(Romanos 14. 4)

Como igreja local poderíamos colocar a seguinte placa na entrada:

“Pessoas perfeitas não precisam entrar. Esse é um lugar somente para os


que admitem ser pecadores, precisam de graça e querem crescer”.

O inimigo de nossas almas fica muito satisfeito quando outros crentes


fazem o “seu serviço”. A Bíblia o chama de acusador de nossos irmãos. (Ap
12.10)
43

No livro Uma vida com Propósitos de Rick Warren aprendemos algo


importantíssimo para nossas vidas: “Quando julgamos outro crente, quatro
coisas acontecem instantaneamente: perco minha comunhão com Deus,
exponho o meu próprio orgulho e insegurança, coloco-me em uma
situação pela qual serei julgado por Deus e prejudico a comunhão da
Igreja”.

Muito mais importante do que apenas termos união, que significa apenas
uma soma de esforços e que não depende do que as pessoas pensam ou
sentem, a unidade cristã é muito mais profunda já que o seu significado nos
remete a termos: um só pensar, um só sentir, um único desejo, por isso é o
lugar onde a Igreja deve estar. (Livro:Unidade- A missão conciliadora da Igreja)

A Igreja do Senhor Jesus Cristo foi chamada por Ele para restaurar a
unidade que foi quebrada como consequência da entrada do pecado do
mundo.

Quando a Igreja não vive nessa dimensão, nós passamos uma imagem
ao mundo de que estamos divididos e Cristo também, que não precisamos ser
fiéis porque isso não é importante, e por isso prestamos um “mal serviço” a
proclamação do Evangelho. (João17.21)

Conforme o texto de Efésios 4. 4-6, podemos refletir em alguns pontos:

1 - A UNIDADE DO CORPO - ...UM SÓ CORPO...

A figura do corpo se refere à Igreja e exemplifica que ela é um


organismo vivo e indivisível. Esse exemplo expressa como deve ser os nossos
relacionamentos dentro da igreja local.

Nosso inimigo sabe muito bem desse princípio, por isso, ele fará de tudo
para quebrá-lo e assim impedir o avanço do Reino.

2 – A UNIDADE DO ESPÍRITO - .... UM SÓ ESPÍRITO...

O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade, e com certeza a


trindade é o melhor exemplo de unidade. A unidade do Deus trino se mostra na
sua substância, no seu poder e na sua eternidade.

A igreja é composta por pessoas, mas ninguém faz nada se não for
orientado, capacitado ou ungido pelo Espírito Santo. É Ele que opera e
impulssiona a Igreja para cumprir sua missão na terra.
44

3 – A UNIDADE DE PROPÓSITO - ... UMA SÓ ESPERANÇA...

Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual


seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua
herança nos santos. (Efésios 1. 18)

A nossa grande esperança é a volta de Jesus, e esse é o nosso objetivo


final. Por isso, precisamos caminhar, trabalhar com dedicação e entusiasmo,
porque essa é a vontade de Deus. Jesus nos chamou, nos nomeou para
déssemos frutos e frutos permanentes.

4 – A UNIDADE DE AUTORIDADE - ....UM SÓ SENHOR...

Jesus é o Senhor da Igreja, e todas as coisas precisam estar


sustentadas em cima desse princípio. Quando a Igreja deixa de ser submissa
ao seu senhorio, abrimos uma legalidade para que outro senhorio ganhe
espaço em nossos corações, trazendo maldição sobre nossas vidas.

5 – UNIDADE DA FÉ - ...UMA SÓ FÉ...

Essa fé é o conjunto de doutrinas e fundamentos que sustentam e dão


estabilidade a Igreja. Essa fé está fundamentada em Cristo e em sua Palavra.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de


Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.
(Efésios 4. 13)

6 - UNIDADE DO BATISMO - ... UM SÓ BATISMO...

Fomos mergulhados e colocados no mesmo corpo. Esse batismo é o


sinal físico e simbólico da nossa entrada no Corpo de Cristo, a Igreja.

É o símbolo da regeneração do Espírito Santo, e uma prova do nosso


arrependimento, e uma declaração de que morremos verdadeiramente para o
pecado e vivemos uma nova vida com Cristo.

Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também
andemos nós em novidade de vida. (Rm 6.4)

7 – UNIDADE FAMILIAR - ...UM SÓ DEUS E PAI DE TODOS...

Deus é soberano, é o Criador e acima de tudo é o nosso Pai Celestial,


por isso, o seu desejo é ter comunhão plena com cada um de nós, e o seu
45

propósito é restaurar Sua família, a qual Ele mesmo criou e sempre esteve em
seu coração.

Por isso, todos os membros dessa família tem o dever de guardar


diligentemente a UNIDADE pelo vínculo da paz. Como filhos de Deus
obedientes, e que são dirigidos pelo Espírito devem caminhar levando essa
bandeira firme até o fim.

Leia também: Rm 10.12; 12. 4-5; Rm 14.19; 1 Co 1.10; 8.6; 12.13; Ef 4.4; Fp
2.2
46

ESCOLA DE DISCIPULOS
LiÇÃO 16 - O batismo e a Ceia do Senhor

Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo
foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos
nós em novidade de vida. (Rm 6.4)

O BATISMO É UMA ORDENANÇA DE JESUS CRISTO.

Decidimos ter a Jesus como Senhor da nossa vida, nosso Mestre, então
podemos perfeitamente seguir Seus passos.
Ele se batizou no início da Sua vida como ministro de Deus nesta terra.
Antes de iniciar Seu ministério, Sua caminhada dentro do projeto de Deus, Ele
foi batizado por João Batista.
Todos nós, como Seus discípulos, devemos fazer o mesmo.

NINGUÉM DEVE SE BATIZAR SEM SABER BEM O QUE ESTÁ


ACONTECENDO.

“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja


batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e
recebereis o dom do Espírito Santo”. (Atos 2. 38)

O batismo é uma cerimônia que expressa fisicamente um acontecimento


espiritual. A nossa natureza pecaminosa morreram para o mundo e para o
pecado. Este “velho ser”, está sendo enterrado para sempre. Ao se levantar
das águas, nós proclamos que renascemos como um novo ser, selado pelo
Espírito Santo de Deus, e salvo por Cristo.
O batismo é um ato profético, uma declaração pública de que agora
pertencemos ao Corpo de Cristo como uma nova criatura.
47

SER BATIZADO EXPRESSA TAMBÉM NOSSO DESEJO DE SER


OBEDIENTE A JESUS.

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a


graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como
viveremos ainda nele?
Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo
Jesus fomos batizados na sua morte?
Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
andemos nós também em novidade de vida”. (Romanos 6. 1-4)

Ao ser batizado, fazemos o mesmo que Jesus fez, e isto é um sinal de


que decidimos segui-Lo, e sermos então discípulos fiéis.
Ao ser batizado,Jesus saiu da água, e eis que se lhe abriram os céus, e
viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele, e
eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo. Mateus 3. 16-17
Ao ser batizado você está declarando ao mundo que há um novo
Governo sobre a sua vida, o Governo do Reino de Jesus Cristo. Tudo agora é
novo em você.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que
habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós
mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no
vosso corpo.” (1 Coríntios 6. 19-20)

“Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já


passaram; eis que tudo se fez novo”. (2 Coríntios 5. 17)

O QUE É O BATISMO?

Mergulho, imersão, símbolo do fim da nossa vida sem Jesus, e da nossa


ressurreição para uma nova vida com Cristo, em Cristo!
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QUEM DEVE SE BATIZAR?

A Bíblia nos ensina que todo aquele que crê em Jesus, e se arrepende
dos seus pecados, deve ser batizado, testemunhando publicamente da sua
nova vida, se unindo ao Corpo de Cristo. É um sinal de obediência.

O BATISMO DEMONSTRA QUE FAZEMOS PARTE DA FAMÍLIA DE DEUS

O batismo não nos torna membros da família de Deus, somente a fé em


Jesus nos torna Filhos de Deus e membros de sua família. No casamento,
vemos a aliança como um símbolo visível de um compromisso feito pelos
cônjuges, assim o batismo é também um símbolo visível de que agora
pertencemos e temos compromisso com Deus e com sua família.

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo,


quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido
de um Espírito. (1 Coríntios 12. 13)

Lembremos do grande privilégio de fazermos parte dessa família tão


maravilhosa, por isso, não permita que nada tire a alegria de ser salvo por
Cristo.
Alguns tópicos desse estudo tiveram por fonte de pesquisa: www.projetoadoradores.org.br e do
livro Uma vida com Propósitos.

A CEIA DO SENHOR

O pastor Luciano Subirá escreveu um artigo sobre a Ceia do Senhor, por


julgarmos ser um estudo bem claro, objetivo e edificante sobre esse princípio
tão essencial para a Igreja do Senhor, iremos compartilhar nessa apostila.

UMA INSTITUIÇÃO DE CRISTO

“…o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado
graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto
em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado,
tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu
sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de
mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Coríntios 11. 23-6)
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Observando a expressão “fazei isto”, percebemos que se trata de uma


ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda mais evidente ser uma
ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes
que”… mostrando que este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.

UM MEMORIAL

Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando


literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo
contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em
memória de mim”.

A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós


ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos,
estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que Ele volte! Os elementos
são, portanto, figurativos, e não literais.

UM RITUAL DE ALIANÇA

Os orientais davam muito valor à alianças, e as respeitavam. Quando


Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia
exatamente o quê estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte
de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém
poderia se submeter.

Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando


que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e
vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU
SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.

No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de


Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era
isto? Um ritual de aliança. Quando ceamos, estamos reconhecendo que
realmente estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão
misturadas, fundidas uma na outra (1 Co.6.17).

Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas
simpatizar-se com ele ou seguí-lo pelos milagres que operava, mas que era
necessário uma aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os
judeus conheciam: a aliança de sangue.
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Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época,


mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras:

“Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do


homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos.
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu
o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e
meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o
meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (João 6.53-56)

É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim
sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui
dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto
também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo;
embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança onde
testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.

UM TEMPO DE COMUNHÃO

No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou


“festas de amor” – Jd.12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na
expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta
visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em
praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa
de ter também esta característica.

UM ATO DE CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS

Na epístola de Paulo aos coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem
consequências espirituais, ela será sempre um momento de benção ou de
maldição para os que dela participam.

BENÇÃO

“Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do


sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de
Cristo?” (1 Coríntios 10.16)

Observe o termo “cálice da benção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia


do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam.
51

Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo


importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um
poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O
que isto significa? Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão
de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que
tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode
transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex 12.23, Ap 12.12).

E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi


moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores
carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is 53.4,5). A obra
redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um
momento onde podemos provar a benção da saúde a da cura. Muitos estavam
fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na
Ceia.

Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia


não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados,
mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade
e é fonte de vida aos que com ele comungam.

A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão,


reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com
reverência, pois é um ato de consequências espirituais.

MALDIÇÃO

A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a


maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do
Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está
anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito
Santo, traz a seguinte advertência:

“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor


indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se,
pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois
quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a
razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que
dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos
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julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para


não sermos condenados com o mundo.” (1 Coríntios 11.27-32)

Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não


participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas
veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um autoexame
antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa
possível. (1 Jo 1.9).

Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos


ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há
aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum
do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo.

Participar da mesa do Senhor tem consequências espirituais, ou o


cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é
apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa
de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de
implicações no reino espiritual.

QUEM PARTICIPA

A Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se


encontram em aliança com Cristo, ou seja, aos que já nasceram de novo e
estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para
quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois
a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente
de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do
Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa.

Há ainda, aqueles que afirmam só poder participar da Ceia do Senhor


quem já se batizou nas águas, mas não há sustentação bíblica para isto; desde
o momento em que a pessoa se comprometeu com Cristo em sua decisão ela
já está dentro da aliança firmada por Jesus na cruz. Entendemos que o novo
convertido deva ser encaminhado para o batismo tão logo seja possível.

Os critérios básicos são: estar aliançado com Cristo, e com vida


espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas
ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma.
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Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado foi proibido por Jesus de


participar da Ceia (Lc 22.3,21).

A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que


seja examinada pelos outros. Portanto não examinamos ninguém, nem as
proibimos, só instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna
colherá o juízo divino.

ONDE ACONTECE

Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que


estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita.

No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos
2.46), o que nos deixa totalmente à vontade em relação a celebrá-la nas
células; mas Paulo ao usar as seguintes palavras: “…quando vos reunis na
igreja…” e “Se alguém tem fome coma em casa…” (1 Coríntios 11.18 e 34);
revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior
de reunião para toda a igreja.

Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos


dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois
locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando
reunimos todo o corpo local.

QUANDO ACONTECE

Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à


celebração da Ceia; Jesus apenas disse:

“…fazei isto, TODAS AS VEZES QUE o beberdes, em memória de mim” (1


Co 11.25b).

Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos


quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo.

COMO É CELEBRADA

No templo ela é celebrada pelo presbitério, que normalmente se serve


dos diáconos para que ajudem na distribuição.
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No templo, devido à quantidade de pessoas e ao tempo de reunião, já


servimos o pão cortado em pequenos pedaços e o suco de uva em pequenos
cálices individuais.

Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era


também chamada de ágape ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter
comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e
juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia. Nas casas é possível
cearmos de maneira informal e festiva, e é o que procuramos fazer.
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REFERÊNCIAS

 Apostila: Escola de discípulos. www.projetoadoradores.org.br

 Apostila: Os fundamentos. www.odiscipulo.com

 Bíblia Pentecostal. Almeida Revista e Corrigida, edição de 1995.

 Bíblia NVI. Site: www.bibliaonline.com.br

 Bíblia Almeida Corrigida e Revisada fiel. Site: www.bibliaonline.com.br

 Bill Hybels. Ocupado demais para deixar de orar.

 ED René Kivitz. Talmidim. Mundo Cristão, 2012.

 Josadak Lima. Unidade. A missão conciliadora da Igreja. AD Santos.

 Josadak Lima. Dedicados a Comunhão. AD Santos.

 Luciano Subirá. Honrando ao Senhor com nossos bens. Ed. Maná,


2004.

 Peter Colley. Pureza de Coração. RS Editora, 2011.

 Philip Yancey. Decepcionados com Deus. Mundo Cristão, 2012.

 Rick Warren. Uma vida com propósitos. Vida, 2002.

 Teologia Sistemática I e II. ENSINAI. Assembleia de Deus.

 Wyclife. Dicionário bíblico. CPAD, 2006.

 http://www.estudosdabiblia.net/d2.htm

 http://www.palavraprudente.com.br/estudos/dw_huckabee/hermeneutica/
cap01.html

 http://www.orvalho.com/a-ceia-do-senhor-por-luciano-subira/
Obs. Para a elaboração dessa apostila usamos como fonte de pesquisa os livros, apostilas e
sites mencionados acima, com permissão dos seus autores. Disponibilizamos essa apostila
desde que tenha também a citação do autor.

Todos os direitos autorais pertencem a Comunidade Cristã Peniel de Curitiba.

Contato: Pr. Fernando e Luciane Freitas. Email: fofreitas7@yahoo.com.br

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