Professional Documents
Culture Documents
Dispositivos de Proteção
Visão Geral
1.4 Cabos-guarda
São dois condutores de aço instalados acima dos condu-tores de fase das
LTs. Na figura abaixo, os condutores de fase localizados na faixa angular de
±300 têm cerca de 1000 vezes menos possibilidade de serem atingidos
diretamente por um raio, em comparação com uma LT sem cabos guarda.
Em LTs de 69 kV, em alguns casos, usa-se um só cabo.
2
Chagas – DEE / UFCG
3
Chagas – DEE / UFCG
Principais inconvenientes:
• Quando atuam, é estabelecido um defeito que se mantém enquanto o
sistema fornecer corrente. O arco só se extingue quando o fusível ou o
disjuntor abre, havendo interrupção de serviço.
• As variações das condições ambientais (poluição, umidade) causam
variações na tensão de disrupção.
• Em cada disrupção o arco causa erosão e aumento do gap. Assim, ocorre
aumento da tensão de disrupção
Pára-raios de Carboneto de Silício (SiC)
Compostos por gaps de material isolante com determinada tensão de
ignição, em série com resistor não linear (varistor).
Múltiplos gaps facilitam a extinção da corrente. Esses elementos são
colocados em invólucro de porcelana contendo um gás inerte e
perfeitamente vedado.
Aplicados principalmente em sistemas distribuição e de subtransmissão.
5
Chagas – DEE / UFCG
Funcionamento:
• Em condição normal, o sistema é isolado da terra pelo gap. A resistência é
elevada.
• Ocorrendo a sobretensão, há ignição e o contato se estabelece através do
resistor, descarregando o surto para a terra (resistência baixa).
• Quando a sobretensão cessa, a resistência volta a ser elevada, passando a
circular apenas uma corrente subsequente de 60 Hz (≤ 250 A),
interrompida na primeira passagem por zero, sem reacendimento do arco.
Assim, a normalidade é restabelecida.
6
Chagas – DEE / UFCG
7
Chagas – DEE / UFCG
8
Chagas – DEE / UFCG
9
Chagas – DEE / UFCG
3.2 Fusíveis
Constituição básica: Elo metálico encapsulado em um tubo, que se funde
ao ser percorrido por determinada corrente, interrompendo o circuito.
10
Chagas – DEE / UFCG
TEMPO ( s )
CORRENTE ( A )
Curvas tempo versus corrente para diferentes fusíveis.
11
Chagas – DEE / UFCG
LÂMINA
ELEMENTO
AREIA
TUBO
BASE VISTA
VISTA LATERAL SUPERIOR
TEMPO TOTAL
DE INTERRUPÇÃO
TEMPO ( s )
TEMPO MÍNIMO
DE FUSÃO
CORRENTE ( A )
12
Chagas – DEE / UFCG
13
Chagas – DEE / UFCG
Chaves Fusíveis
São destinadas à proteção de sobrecorrente em circuitos primários de
distribuição, incluindo transformadores, onde as corrente nominais não
excedam 200 A. Também são usadas em operações de manobra (abertura
e fechamento do circuito sem carga).
14
Chagas – DEE / UFCG
• Sistema de articulação, com uma mola que pressiona o cartucho para cima
quando se fixa o elo fusível na sua parte inferior. A extremidade superior
do cartucho penetra na parte superior da chave fusível, com certa
pressão. Quando o elo é rompido, a pressão cessa e o cartucho desloca-se
para baixo, girando em torno do ponto da articulação. Assim, o cartucho
fica suspenso, indicando à equipe de manutenção que a proteção atuou.
• Olhal para engate de uma vara de manobra constituída de fibra de vidro,
que é manobrada por um operador no solo, com a finalidade de abrir ou
fechar o circuito sem carga.
Na proteção de transformadores, é permitida a interrupção de correntes
de excitação com o secundário em vazio. A intensidade do arco produzido
depende da velocidade de abertura dos contatos. Porém, o uso de uma
ferramenta acoplada à vara de manobra permite a operação em carga.
Os elos fusíveis são classificados em três tipos: H, K e T.
• Tipo H: Utilizado na proteção primária de transformadores de distribuição
e fabricado para correntes de até 5 A. Apresenta tempo de atuação
elevado para altas correntes.
• Tipo K: É muito usado em redes aéreas de distribuição urbanas e rurais.
Apresenta rapidez de atuação.
• Tipo T: Utilizado na proteção de ramais primários de redes aéreas de
distribuição. Apresenta atuação lenta.
15
Chagas – DEE / UFCG
BORNE
SUPERIOR
MECANISMO DISPARADOR
CONEXÃO TÉRMICO
DESCONEXÃO BIMETÁLICO
CONTATO
MÓVEL
CONTATO
FIXO
CÂMARA
EXTINÇÃO
DISPARADOR
ELETROMAGNÉTICO
ALAVANCA
MANOBRA
BORNE
INFERIOR
16
Chagas – DEE / UFCG
17
Chagas – DEE / UFCG
18
Chagas – DEE / UFCG
19
Chagas – DEE / UFCG
Constituição Básica
• Mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em carga
ou em curto-circuito, comandado por relés, como nos disjuntores. Os
meios de interrupção mais comuns são: óleo isolante; câmara de vácuo;
gás (SF6). Na atualidade, este último é o mais empregado.
• Dispositivos sensores e atuadores, como os relés de sobrecorrente
alimentados por TCs, que realizam as funções sobrecorrente instantânea
(50) e sobrecorrente temporizada (51), além de um relé de religamento
(79). Nos religadores mais modernos, esses relés são microprocessados.
Funcionamento
• O religador ao sentir uma condição de sobrecorrente, interrompe o
circuito, religando-o automaticamente, após um tempo predeterminado.
• Se o defeito ainda persiste, ocorre uma seqüência disparo - religamento,
até três vezes consecutivas. Geralmente, ocorrem 3 religamentos seguidos
por 4 disparos, no máximo.
• Após o quarto disparo, o mecanismo de religamento é travado, abrindo
definitivamente o circuito (lockout).
• Os disparos podem ser rápidos (instantâneos) e lentos (temporizados).
• As operações podem ser todas temporizadas, todas rápidas ou um
número escolhido de operações rápidas, seguindo por uma outra
quantidade escolhida de operações temporizadas.
• Para evitar queima de elos fusíveis, escolhe-se uma seqüência com duas
operações rápidas e duas operações temporizadas, como é mostrado a
seguir.
20
Chagas – DEE / UFCG
3.8 Seccionadores
Constituição Básica
• Mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em carga,
não sendo projetado para interromper correntes de curto-circuito. O meio
de interrupção mais comum é o óleo isolante.
• Dispositivos sensores e atuadores. Nos seccionalizadores mais modernos,
esses dispositivos são baseados em microprocessadores.
• É sempre instalado após outro equipamento de proteção automático
(religador ou disjuntor) e dentro da zona de proteção deste último
equipamento, como é mostrado na figura a seguir.
Funcionamento
• Quando uma corrente de curto-circuito circula pelo seccionalizador, o
mesmo é sensibilizado e se prepara para contar o número de operações
do religador.
• Esta corrente também sensibiliza o religador, que abre o circuito.
• O seccionalizador é sensibilizado pela queda da corrente e passa a contar
o número de operações do religador.
• Após o tempo determinado, o religador fecha o circuito.
• Se o defeito persiste, o processo se repete até que o seccionalizador faça a
contagem ajustada (uma, duas ou, no máximo, três). Então, durante o
tempo em que o religador estiver aberto, o seccionalizador abrirá os seus
contatos principais.
• Quando o equipamento de retaguarda religar, o trecho com defeito estará
isolado e o resto da rede funcionará normalmente.
A figura a seguir mostra a sequência de operações de um religador e a
abertura de um seccionalizador.
21
Chagas – DEE / UFCG
22