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Dispositivos de Proteção
Visão Geral

1. Proteção contra Sobretensões Atmosféricas


A atenuação das mesmas é feita por sistemas de aterramento associados
aos seguintes elementos:
• hastes captoras ou pára-raios tipo Franklin (prédios);
• gaiola de Faraday (prédios);
• cabos-guarda ou cabos pára-raios (linhas de transmissão);
• descarregadores de surtos ou pára-raios (linhas, subestações).

1.1 Sistemas de Aterramento


Facilitam o escoamento do surto e diminuem a tensão no topo da torre.
São compostos por
• hastes verticais (prédios);
• condutores interligados em malha (prédios, subestações);
• cabos contrapeso (linhas de transmissão).
Os cabos contrapeso são cabos de aço galvanizado enterrados horizontal-
mente a certa profundidade do solo, próximo a linhas de transmissão.

1.2 Hastes Captoras


Princípio de operação: Poder das pontas. Usado em prédios de até 60 m.
Regulamentação feita pela norma ABNT NBR 5419:2001 (Proteção de
estruturas contra descargas atmosféricas).
Cabo de descida (cobre, seção ≥ 35 mm2) com o mínimo de curvas e raio
mínimo de 20 cm, sem emendas, exceto para o conector próximo ao solo.
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1.3 Gaiola de Faraday


Consiste em um sistema de captores formado por uma malha de
condutores horizontais (o campo magnético no interior de uma gaiola
condutora é nulo). Usada em prédios. Apresenta custo elevado.

1.4 Cabos-guarda
São dois condutores de aço instalados acima dos condu-tores de fase das
LTs. Na figura abaixo, os condutores de fase localizados na faixa angular de
±300 têm cerca de 1000 vezes menos possibilidade de serem atingidos
diretamente por um raio, em comparação com uma LT sem cabos guarda.
Em LTs de 69 kV, em alguns casos, usa-se um só cabo.
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O dimensionamento do cabo-guarda baseia-se na sua suportabilidade


térmica em caso de curto circuito fase-terra, quando há descarga através
cadeia de isoladores. Assim, a corrente de falta flui para a terra pela
estrutura metálica da torre e através dos cabos-guarda.

Cabos OPGW (Optical Ground Wire)


São cabos pára-raios que apresentam estrutura composta por camadas de
fios de aço e tubo de alumínio que contêm uma ou mais fibras óticas. As
partes metálicas funcionam como blindagem dos condutores de fase
contra as descargas atmosféricas. A parte ótica é usada para transmissão
de dados (sinais de voz, teleproteção, telemedição, telecomando).

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1.5 Descarregadores de Surtos


São dispositivos ligados em paralelo ao equipamento protegido, entre fase
e terra. Têm as seguintes características:
• Apresentam impedância muito alta durante as condições normais de
serviço, com correntes de fuga praticamente nulas.
• Apresentam baixa impedância durante a ocorrência de surtos de tensão,
limitando as sobretensões a valores admissíveis.
• Dissipam a energia associada ao surto de tensão sem sofrer dano.
• Retornam às condições de circuito aberto após a passagem do surto,
interrompendo a corrente subsequente de 60 Hz na sua primeira
passagem por zero.

Os principais tipos de descarregadores de surto são os seguintes:


• Pára-raios tipo haste.
• Pára-raios de carboneto de silício (SiC).
• Pára-raios de óxido de zinco (ZnO).
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Pára-raios Tipo Haste


São simples e baratos. Apresentam um gap formado por duas hastes entre
fase e terra, com distância definida e com valor de tensão de disrupção
inferior ao valor mínimo capaz de causar dano ao sistema.

Principais inconvenientes:
• Quando atuam, é estabelecido um defeito que se mantém enquanto o
sistema fornecer corrente. O arco só se extingue quando o fusível ou o
disjuntor abre, havendo interrupção de serviço.
• As variações das condições ambientais (poluição, umidade) causam
variações na tensão de disrupção.
• Em cada disrupção o arco causa erosão e aumento do gap. Assim, ocorre
aumento da tensão de disrupção
Pára-raios de Carboneto de Silício (SiC)
Compostos por gaps de material isolante com determinada tensão de
ignição, em série com resistor não linear (varistor).
Múltiplos gaps facilitam a extinção da corrente. Esses elementos são
colocados em invólucro de porcelana contendo um gás inerte e
perfeitamente vedado.
Aplicados principalmente em sistemas distribuição e de subtransmissão.

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Funcionamento:
• Em condição normal, o sistema é isolado da terra pelo gap. A resistência é
elevada.
• Ocorrendo a sobretensão, há ignição e o contato se estabelece através do
resistor, descarregando o surto para a terra (resistência baixa).
• Quando a sobretensão cessa, a resistência volta a ser elevada, passando a
circular apenas uma corrente subsequente de 60 Hz (≤ 250 A),
interrompida na primeira passagem por zero, sem reacendimento do arco.
Assim, a normalidade é restabelecida.

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uS - Sobretensão sem descarregador.


uI - Tensão residual.
uR - Tensão da rede.
iD - Corrente de descarga do pára-raios.
iS - Corrente subsequente.
tD - Instante da descarga.
tD - Instante de restabelecimento do isolamento para a terra.

Pára-raios de Óxido de Zinco (ZnO)


Desenvolvidos mais recentemente (Matsushita Electrical Co., Japão,
1977). Não possuem gaps. São compostos por elemento cerâmico
(pastilhas de óxido de zinco com adição de pequenas porções de outros
óxidos metálicos). Usados em sistemas de baixa a extra-alta tensão.
Propriedades:
• Simplicidade de construção, o que aumenta a confiabilidade.
• Nível de proteção bem definido, implicando em redução da margem de
segurança para o isolamento.
• Valores de corrente subsequente em 60 Hz desprezíveis.
• Maior capacidade de absorção de energia e dissipação de calor.
• Em condições normais, apresenta resistência extremamente alta, com
correntes de fuga da ordem de µA e perdas de poucos watts.

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1.6 Normas de Especificação de Pára-Raios


• ABNT NBR 5287:1988 - Pára-raios de resistor não linear a carboneto de
silício (SiC) para circuitos de potência de corrente alternada.
• ABNT NBR 5424:2011 - Guia de aplicação de pára-raios de resistor não
linear em sistemas de potência — Procedimento.

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2. Proteção contra Sobretensões de Manobra


A proteção contra as sobretensões de manobra é exercida pelos
descarregadores de surtos (pára-raios).
Também são usados resistores de pré-inserção durante a energização das
redes elétricas para amortecimento das sobretensões.

3. Proteção contra Sobrecorrentes

3.1 Dispositivos de Proteção


São utilizados os seguintes dispositivos:
• Fusíveis (sistemas de baixa e média tensão).
• Disjuntores acionados por relés instalados no primário (baixa tensão).
• Disjuntores acionados por relés instalados no secundário (média, alta
tensão, extra-alta tensão).
• Religadores automáticos (média tensão).
• Seccionadores (média tensão).

3.2 Fusíveis
Constituição básica: Elo metálico encapsulado em um tubo, que se funde
ao ser percorrido por determinada corrente, interrompendo o circuito.

(a) Elementos básicos.


(b) Com a sobrecorrente, o elo se funde. A corrente se mantém pelo arco.
(c) A corrente se anula. O arco se extingue. A corrente é interrompida.

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TEMPO ( s )

CORRENTE ( A )
Curvas tempo versus corrente para diferentes fusíveis.

Fusíveis limitadores de corrente


Apresentam alta capacidade de ruptura. São capazes de interromper a
corrente em menos de meio ciclo, antes da passagem natural por zero.

O elemento fusível é envolvido num corpo cilíndrico de porcelana, onde


também há uma porção de areia de quartzo de pequena granulometria
que funciona como meio extintor. Quando o elo se rompe, o arco funde a
areia. É produzido um material de altíssima resistividade que apaga o arco.

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LÂMINA
ELEMENTO

AREIA
TUBO

BASE VISTA
VISTA LATERAL SUPERIOR

TEMPO TOTAL
DE INTERRUPÇÃO
TEMPO ( s )

TEMPO MÍNIMO
DE FUSÃO

CORRENTE ( A )

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PICO DE CORRENTE NÃO LIMITADO SEM COMPONENTE CC


COM A MAIOR COMPONENTE CC
CORRENTE LIMITADA - PICO ( kA )

CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO SIMÉTRICA - RMS ( kA )

• Na figura acima, considera-se um fusível de corrente nominal 100 A. Para


uma falta que produz uma corrente simétrica de aproximada-mente 22
kA, o primeiro pico de corrente assimétrica seria de ∼ 50 kA (ponto A).
Com a ação do fusível, a corrente máxima só atinge 9 kA (ponto B).
• Os fusíveis limitadores são aplicados em baixa e média tensão, inclusive na
proteção de transformadores instalados em subestações de consumidores
de pequeno porte.
• Esses fusíveis não são adequados para operar em sobrecargas (∼ 2,5 x
corrente nominal). Para correntes menores, o tempo de fusão é alto e a
grande energia liberada pode romper o corpo de porcelana. Isto é evitado
com o uso de elementos adicionais que proporcionem proteção contra
sobrecargas, os quais devem atuar antes que o fusível seja danificado.

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Chaves Fusíveis
São destinadas à proteção de sobrecorrente em circuitos primários de
distribuição, incluindo transformadores, onde as corrente nominais não
excedam 200 A. Também são usadas em operações de manobra (abertura
e fechamento do circuito sem carga).

Principais componentes das chaves fusíveis


• Isolador de porcelana vitrificada, com suporte de fixação à estrutura
montada no poste do circuito de distribuição, e terminais de ligação.
• Cartucho, porta-fusível ou canela. É em um tubo de fibra de vidro ou
fenolite, no interior do qual se acha o elo fusível. Possui um revestimento
interno que se decompõe em altas temperaturas. Durante a fusão do elo,
há produção de gases que são subitamente expelidos por uma das
extremidades do cartucho, ou por ambas. Desta forma, este processo faz
com que o arco seja extinto mais facilmente.
• Elo fusível, instalado no interior do cartucho e percorrido pela corrente do
circuito protegido. Tem como parte principal um elemento metálico (liga
de estanho) que se funde em um tempo que diminui à medida que
aumenta a corrente que causa o processo de fusão.

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• Sistema de articulação, com uma mola que pressiona o cartucho para cima
quando se fixa o elo fusível na sua parte inferior. A extremidade superior
do cartucho penetra na parte superior da chave fusível, com certa
pressão. Quando o elo é rompido, a pressão cessa e o cartucho desloca-se
para baixo, girando em torno do ponto da articulação. Assim, o cartucho
fica suspenso, indicando à equipe de manutenção que a proteção atuou.
• Olhal para engate de uma vara de manobra constituída de fibra de vidro,
que é manobrada por um operador no solo, com a finalidade de abrir ou
fechar o circuito sem carga.
Na proteção de transformadores, é permitida a interrupção de correntes
de excitação com o secundário em vazio. A intensidade do arco produzido
depende da velocidade de abertura dos contatos. Porém, o uso de uma
ferramenta acoplada à vara de manobra permite a operação em carga.
Os elos fusíveis são classificados em três tipos: H, K e T.
• Tipo H: Utilizado na proteção primária de transformadores de distribuição
e fabricado para correntes de até 5 A. Apresenta tempo de atuação
elevado para altas correntes.
• Tipo K: É muito usado em redes aéreas de distribuição urbanas e rurais.
Apresenta rapidez de atuação.
• Tipo T: Utilizado na proteção de ramais primários de redes aéreas de
distribuição. Apresenta atuação lenta.

3.3 Disjuntores Comandados por Relés Primários


Disjuntores: Elementos de manobra e proteção que atuam como uma
chave, devendo ser capazes de interromper a corrente de um circuito, em
condições normais como em condição de curto-circuito. Também devem
ser capazes de restabelecer a corrente sob as citadas condições.
Relés: Elementos sensores e atuadores. São capazes de detectar
condições anormais de operação no circuito, como os curtos-circuitos, e
enviar um sinal de atuação para o disjuntor associado, fazendo-o atuar.
Em baixa tensão, o relé e o disjuntor estão contidos em um mesmo
invólucro, sendo ligados diretamente ao circuito primário. Exemplo:
disjuntores termomagnéticos.

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Funções dos disjuntores termomagnéticos


• Manobra: Podem ser rearmados manualmente, depois da atuação.
• Proteção contra sobrecarga: Realizada por atuador bimetálico sensível ao
calor, que abre o circuito quando a corrente permanece, por certo
período, acima da corrente nominal do disjuntor.
• Proteção contra curto-circuito: Realizada por disparador magnético
(solenóide), que abre o circuito com aumento súbito da corrente.

BORNE
SUPERIOR

MECANISMO DISPARADOR
CONEXÃO TÉRMICO
DESCONEXÃO BIMETÁLICO

CONTATO
MÓVEL

CONTATO
FIXO

CÂMARA
EXTINÇÃO

DISPARADOR
ELETROMAGNÉTICO
ALAVANCA
MANOBRA
BORNE
INFERIOR

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3.4 Disjuntores Comandados por Relés Secundários

Nos sistemas de média, alta e extra-alta tensão, os principais compo-


nentes dos sistemas de proteção são os seguintes:
• Transformadores de potencial (TPs), destinados a isolação e condiciona-
mento dos sinais de tensão para 115 V ou 115/ √3 V.
• Transformadores de corrente (TCs), destinados a isolação e condiciona-
mento dos sinais de corrente para 5 A ou 1 A.
• Relés instalados no lado do secundário dos TPs e/ou TCs. Um relé de
sobrecorrente é alimentado por um TC; um relé diferencial, por dois ou
mais TCs; um relé de distância, por um TC e um TP.
• Disjuntores e respectivos circuitos de acionamento comandado por relés,
em caso de curto-circuito. Operações de religamento automático também
podem ser realizadas mediante emprego de relés apropriados. Os
disjuntores também podem receber comando manual para abertura e
fechamento.
• Circuito de comando e controle da proteção, em corrente contínua. Possui
autonomia de fornecimento de energia, conferida por um conjunto de
baterias, cuja carga é mantida em nível máximo através de carregadores
controlados (não indicados na figura), utilizando a energia fornecida pelo
circuito principal. Normalmente, a tensão fornecida pelas baterias é de
115 V (CC).

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3.5 Relés – Considerações Gerais

A seguir, os relés são classificados de acordo com a grandeza de atuação.


A nomenclatura atribuída é estabelecida pela norma americana ASA
(American Standard Association), aceita internacionalmente.
• Relés de magnitude: Respondem à magnitude da grandeza de entrada.
Exemplo: relés de sobrecorrente instantâneos (50); sobrecorrente
temporizados (51); sobretensão (59); subtensão (27); subcorrente ou
subpotência (37); frequência (81).
• Relés direcionais: Respondem à diferença de fase entre duas grandezas,
corrente-corrente ou tensão-corrente. Exemplo: relés direcionais de
sobrecorrente (67); direcionais de potência ativa reversa ou anti-
motorização (32); direcionais de potência reativa reversa ou de perda de
excitação (40).
• Relés de quociente: Respondem à razão de duas grandezas. Exemplo:
relés de distância (21), que operam segundo a razão entre o fasor tensão e
o fasor corrente; relés de sobreexcitação ou volts por hertz (24), que
operam segundo a razão entre tensão e frequência.
• Relés diferenciais: Respondem à magnitude da soma fasorial de duas ou
mais grandezas. Exemplo: relé diferencial de transformador, de gerador e
de barra (87).
Além desses, há vários outros tipos de relés, destinados a finalidades
diversas. Exemplo: relé de alarme (74), religamento (79), relé receptor de
onda portadora ou fio piloto (85), relé de bloqueio (86), etc.

3.6 Disjuntores – Considerações Gerais


Definição
Segundo a norma ABNT NBR 5459:1987 - Manobra e Proteção de
Circuitos, disjuntor é um dispositivo mecânico de manobra e de proteção,
capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições
normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo
especificado e interromper correntes anormais especificadas, tais como as
de curto-circuito.

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Solicitações sobre os disjuntores


• Solicitações térmicas: Causadas pelas perdas ôhmicas nas resistências de
contato associadas ao regime normal e/ou curto-circuito.
• Solicitações mecânicas: Causadas por forças de reação do arco sobre o
mecanismo de operação, forças eletromagnéticas associadas às altas
correntes, forças resultantes da massa dos componentes acelerados e
parados rapidamente (inércia).
• Solicitações elétricas: Causadas pela TRT e TCTRT.
Componentes
• Meio isolante e extintor: Ar, óleo, gás, vácuo.
• Câmara de extinção: Contatos móveis e fixos (partes condutoras); bocais e
barreiras isolantes (partes isoladoras).
• Mecanismo de operação: Acumuladores de energia (molas, pneumáticos,
hidráulicos, mistos).
• Componentes auxiliares: Capacitores de equalização, resistores de pré-
inserção, varistores, dispositivos de controle síncrono.
Classificação em relação ao meio de extinção do arco
• Ar livre.
• Grande volume de óleo – GVO (em desuso).
• Pequeno volume de óleo – PVO.
• Ar comprimido.
• Hexafluoreto de enxofre (SF6).
• Vácuo.
O estudo dos disjuntores é matéria do curso de Equipamentos Elétricos.

3.7 Religadores Automáticos


Em sistemas de distribuição aéreos, grande parte dos defeitos são auto-
extinguíveis (contatos com galhos de árvores, arco através de isolador,
etc). Assim, após ocorrer o desligamento, pode-se realizar o religamento
após certo intervalo de tempo, com grande chance de que a normalidade
tenha se restabelecido, não havendo necessidade de interrupções de
serviço prolongadas e mobilização de equipes de serviço.

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Constituição Básica
• Mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em carga
ou em curto-circuito, comandado por relés, como nos disjuntores. Os
meios de interrupção mais comuns são: óleo isolante; câmara de vácuo;
gás (SF6). Na atualidade, este último é o mais empregado.
• Dispositivos sensores e atuadores, como os relés de sobrecorrente
alimentados por TCs, que realizam as funções sobrecorrente instantânea
(50) e sobrecorrente temporizada (51), além de um relé de religamento
(79). Nos religadores mais modernos, esses relés são microprocessados.

Funcionamento
• O religador ao sentir uma condição de sobrecorrente, interrompe o
circuito, religando-o automaticamente, após um tempo predeterminado.
• Se o defeito ainda persiste, ocorre uma seqüência disparo - religamento,
até três vezes consecutivas. Geralmente, ocorrem 3 religamentos seguidos
por 4 disparos, no máximo.
• Após o quarto disparo, o mecanismo de religamento é travado, abrindo
definitivamente o circuito (lockout).
• Os disparos podem ser rápidos (instantâneos) e lentos (temporizados).
• As operações podem ser todas temporizadas, todas rápidas ou um
número escolhido de operações rápidas, seguindo por uma outra
quantidade escolhida de operações temporizadas.
• Para evitar queima de elos fusíveis, escolhe-se uma seqüência com duas
operações rápidas e duas operações temporizadas, como é mostrado a
seguir.

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3.8 Seccionadores

Constituição Básica
• Mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em carga,
não sendo projetado para interromper correntes de curto-circuito. O meio
de interrupção mais comum é o óleo isolante.
• Dispositivos sensores e atuadores. Nos seccionalizadores mais modernos,
esses dispositivos são baseados em microprocessadores.
• É sempre instalado após outro equipamento de proteção automático
(religador ou disjuntor) e dentro da zona de proteção deste último
equipamento, como é mostrado na figura a seguir.

Funcionamento
• Quando uma corrente de curto-circuito circula pelo seccionalizador, o
mesmo é sensibilizado e se prepara para contar o número de operações
do religador.
• Esta corrente também sensibiliza o religador, que abre o circuito.
• O seccionalizador é sensibilizado pela queda da corrente e passa a contar
o número de operações do religador.
• Após o tempo determinado, o religador fecha o circuito.
• Se o defeito persiste, o processo se repete até que o seccionalizador faça a
contagem ajustada (uma, duas ou, no máximo, três). Então, durante o
tempo em que o religador estiver aberto, o seccionalizador abrirá os seus
contatos principais.
• Quando o equipamento de retaguarda religar, o trecho com defeito estará
isolado e o resto da rede funcionará normalmente.
A figura a seguir mostra a sequência de operações de um religador e a
abertura de um seccionalizador.

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